Dissertations and Theses
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2017-03 QUE FFUESE FFECHO POR ESCRIPTO PARA SSIENPRE: O SCRIPTORIUM RÉGIO E A CULTURA ESCRITA NO REINADO DE AFONSO X (CASTELA E LEÃO, 1252-1284)TítuloQUE FFUESE FFECHO POR ESCRIPTO PARA SSIENPRE: O SCRIPTORIUM RÉGIO E A CULTURA ESCRITA NO REINADO DE AFONSO X (CASTELA E LEÃO, 1252-1284)Autor
Leonardo Augusto Silva FontesOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2017-03-29Nivel
DoutoradoPáginas
431Volumes
1Banca de DefesaGiselle Martins VenancioLenora Pinto MendesMaria do Amparo Tavares MalevalRaquel Alvitos PereiraRenata Rodrigues VerezaSínval Carlos Mello GonçalvesVânia Leite Fróes
ResumoEsta tese situa-se no âmbito de uma história cultural renovada, a partir dos estudos de Roger Chartier e Paul Zumthor sobre o livro, a cultura escrita, a oralidade e as práticas de leitura na Baixa Idade Média, principalmente em relação ao poder. A hipótese central buscou confirmar como o projeto político-cultural e o scriptorium régio atuaram por meio da cultura escrita na sustentação do reinado de Afonso X, rei de Castela e Leão (1252-1284), autor e tradutor de diversas obras. Esse material escrito foi condensado em um extenso corpus documental: seus documentos de chancelaria, a fim de dimensionar a extensão e importância de seu scriptorium, de sua produção livresca e de seus profissionais, Dentre esses escritos, destacam-se os privilégios reais, que iluminam pontos acerca da relação da corte afonsina com os súditos-leitores, entre outros temas. As grandes obras (cronísticas, poéticas, científicas e jurídicas) afonsinas, incluindo suas traduções de textos clássicos greco-romanos, árabes e judaicos, são fundamentais para compreender e explicar o motivo e os mecanismos pelos quais foram criadas e traduzidas e o que elas trazem de representativo sobre o livro e a leitura nessa época, para além de seu uso no exercício do poder. Pretendeu-se, assim, investigar o uso da cultura escrita pela corte do rei sábio, seus propósitos, estrutura e funcionamento, ensejando um projeto político-cultural sem precedentes em terras hispânicas e europeias.
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2017-03 Manifestos industrialistas: A luta hegemônica do sistema fabril sob a ótica do reformismo liberal inglês nos anos finais da Revolução Industrial, 1832 - 1846TítuloManifestos industrialistas: A luta hegemônica do sistema fabril sob a ótica do reformismo liberal inglês nos anos finais da Revolução Industrial, 1832 - 1846Autor
Daniel Schneider BastosOrientador(a)
Bernardo KocherData de Defesa
2017-03-29Nivel
MestradoPáginas
187Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoMarco Aurélio SantanaRita de Cássia da Silva Almico
ResumoO objetivo dessa pesquisa foi o de estabelecer uma análise do triunfo do pensamento liberal coligado com a defesa do industrialismo na Inglaterra durante a Revolução Industrial, sobretudo em seus anos finais. Entende-se que esta é uma forma de explorar a industrialização em sua dimensão política e cultural, na condição de projeto ideológico encabeçado por setores sociais específicos, e que para seu desenvolvimento a obtenção de consenso dentro da sociedade em torno de suas ideias principais demonstrou-se tão importante quanto o investimento econômico em si. A ideologia inserida nesse programa é analisada com base principalmente em inquéritos sociais referentes ao intervalo de tempo entre 1832 e 1846, considerada a fase de atuação destacada de uma nova intelectualidade burguesa ligada ao industrialismo, que inseriu sua própria visão sociopolítica na redação desses materiais escritos.
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2017-03 Limites fluidos: A ação política dos índios Itatins nos confins do Paraguai Colonial (1630–1659)TítuloLimites fluidos: A ação política dos índios Itatins nos confins do Paraguai Colonial (1630–1659)Autor
Bruno Oliveira Castelo BrancoOrientador(a)
Elisa Frühauf GarciaData de Defesa
2017-03-29Nivel
MestradoPáginas
164Volumes
1Banca de DefesaElisa Frühauf GarciaEunícia Barros Barcelos FernandesJoão Pacheco de Oliveira FilhoMaria Regina Celestino de Almeida
ResumoEste trabalho se detém a analisar a trajetória de um determinado grupo étnico do Paraguai colonial - os índios itatins - durante o período missioneiro, que se iniciou em 1632, com a fundação das missões pelos jesuítas nesta localidade. A história dos itatins, pouco conhecida, está atrelada a construção de um modelo missioneiro pelos inacianos e também ao contexto das incursões dos bandeirantes paulistas, eventos que ocorreram em meados do século XVII. Através dos debates teórico-metodológicos entre a história e a antropologia e da retomada dos escritos sobre a época mencionada, busca-se fornecer elementos para problematizar a situação colonial que se apresentava para os itatins, considerando o lugar destes indígenas em meio às populações nativas do Paraguai. Assim, procura-se demonstrar de quais formas os índios articulavam a sua ação política, que privilegiou a adesão ao projeto missionário. Tal política indígena se opunha à prestação do trabalho compulsório nativo e à escravidão. Deste modo, considerando a presença de diversos atores sociais e privilegiando o ponto de vista indígena, este trabalho também contribui para pensar as conexões entre as histórias coloniais espanholas e portuguesas na América meridional, na medida em que se utiliza do conceito de fronteira para pensar essas relações, marcadas pela fluidez.
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2017-03 Nas enfrenagens do Estado Novo: a centralidade do DASP na reforma administrativa e na criação de redes organizacionais de produção (1938-1945)TítuloNas enfrenagens do Estado Novo: a centralidade do DASP na reforma administrativa e na criação de redes organizacionais de produção (1938-1945)Autor
Rodrigo Oliveira de AraújoOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2017-03-29Nivel
DoutoradoPáginas
367Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoClaudio Roberto Marques GurgelGisálio Cerqueira FilhoLeonardo Leonidas de BritoMaria Letícia CorrêaPedro Henrique Pedreira Campos
ResumoEste trabalho tem como meta analisar a formacao do Departamento Administrativo do ServicoPublico (DASP), sua atuacao na reforma administrativa estatal e consequentemente na criacaode redes organizacionais de producao durante a vigencia do Estado Novo brasileiro (1937-1945). Criado em 1938, em conformidade ao disposto na carta constitucional de 1937, oDASP centralizou as funcoes de gerenciamento de pessoal e de redimensionamento damaquina estatal tendo como fundamento os principios do scientific management. Para realizareste trabalho, partimos de uma perspectiva alternativa a da historiografia brasileira a respeitodo carater de classe dos operadores deste processo, fazendo assim uso do conceito de classedos gestores enquanto agentes organizadores das chamadas Condicoes Gerais de Producao(CGP). Efetivamente entendemos que o DASP, ao pretender com suas acoes criar condicoesbasicas para o funcionamento da economia, ele se enquadre no escopo das CGP, o que na suaatuacao implicou na criacao de redes que vinculavam organizacoes estatais e paraestatais sobsua influencia e comando objetivando o desenvolvimento da economia nacional. Para isto,realizamos a analise deste orgao passando pelos niveis institucionais, economicos eideologicos, cujas conclusoes acreditamos ter ainda implicacoes sobre a interpretacao docarater do Estado, das classes sociais e do proprio capitalismo no periodo estudado.
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2017-03 Semeando Consenso com Adubo e Dedal - Dominação e Luta de Classes na Extensão Rural no Brasil (1974-1990)TítuloSemeando Consenso com Adubo e Dedal - Dominação e Luta de Classes na Extensão Rural no Brasil (1974-1990)Autor
Pedro Cassiano Farias de OliveiraOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2017-03-28Nivel
DoutoradoPáginas
338Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoDemian Bezerra de MeloJoão Márcio Mendes PereiraPaulo Roberto Raposo AlentejanoRegina Angela Landim BrunoRodrigo de Azevedo Cruz LamosaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA tese é o resultado de uma pesquisa sobre a extensão rural no Brasil nos anos de 1974 a 1990, período em esta política esteve sobre a coordenação da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMBRATER). Baseado no pensamento de Antonio Gramsci sobre Estado ampliado como ferramenta teórica e metodológica traçamos nosso principal objetivo: analisar a relação entre Estado restrito e sociedade civil na trajetória do extensionismo, tomado aqui como uma expressão de propostas hegemônicas intraclasse do patronato rural no Brasil nesse período, que transbordavam para iniciativas de convencimento e dominação de setores subalternos, ao lado de intensa violência direta e simbólica. Essa relação trouxe conflitos internos e externos que desemborcaram, na década de 1980, para um conflito interno entre setores do patronato rural e movimentos sociais rurais. Para isso, contamos com a análise dos aparelhos privados de hegemonia das frações da classe dominante agrária que estiveram envolvidos na política extensionista e ainda de outras instâncias da sociedade.
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2017-03 Gênero em cena: Representações no cinema pernambucano da década de 1920TítuloGênero em cena: Representações no cinema pernambucano da década de 1920Autor
Jessika Evelyn Leitão AlvesOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2017-03-28Nivel
MestradoPáginas
188Volumes
1Banca de DefesaJuniele Rabêlo de AlmeidaLaura Antunes MacielMarta Gouveia de Oliveira RovaiRachel SoihetSonia Cristina da Fonseca Machado Lino
ResumoEsse trabalho tem como objetivo analisar as relações de gênero nos filmes Aitaré da Praia(1925) e A Filha do Advogado (1926), participantes do movimento cinematográficoocorrido em Pernambuco durante a década de 1920, considerando o cinema enquantoagente da História. Busca-se compreender a forma como essas obras representaramestereótipos femininos e masculinos, tal como abordaram temáticas relativas aodesempenho dos papeis de gênero na sociedade, feminismo, masculinidade, família,relacionamentos e defesa da honra, no período citado. Para isso, em paralelo a discussãofílmica, há utilização de fontes impressas, crônicas e arquivos pessoais, a fim derelacionar as películas ao momento cinematográfico e contexto em que esses filmes foramproduzidos e pensar de que forma estiveram inseridos nos debates públicos do seu tempo,movimentando discussões, influenciando a sociedade e sendo influenciado por essa,considerando os entrecruzamentos possíveis entre gênero, cinema e História. Observouseque ambas as películas apresentaram processos de disputas sociais e estiveramenvolvidas em contradições referentes a homens e mulheres de forma relacional, ou entresi mesmos, abordando aspectos relativos a uma modernidade difundida em imagens semrompimento com conceitos, hábitos e valores conservadores e tradicionais.
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2017-03 Comendador Antônio Martins Lage: Entre a Navegação e a Operação Portuária no Século XIXTítuloComendador Antônio Martins Lage: Entre a Navegação e a Operação Portuária no Século XIXAutor
Thiago Vinícius Mantuano da FonsecaOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2017-03-28Nivel
MestradoPáginas
407Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoLuiz Carlos SoaresLuiz Cláudio Moisés RibeiroPaulo Cruz Terra
ResumoEste trabalho tem como principal objetivo aclarar a relação complementar e conflitiva entre navegação e operação portuária ao longo do século XIX. Aqui buscamos estabelecer o nexo causal entre a Revolução dos Vapores na Navegação Marítima e os Melhoramentos Portuários no Atlântico Oitocentista. Balizados na discussão sobre como Imperialismo foi força propulsora e transformadora do capitalismo, procuramos demonstrar sua relação com a expansão da Divisão Internacional do Trabalho comandada a partir do centro capitalista. Entender esse processo nos levou a uma reflexão mais ampla sobre as Formações Econômico-Sociais Pré-Capitalistas e a tensão que as forças capitalistas exercem dentro delas quando dos momentos de transição. Com isso, nos voltamos à História do Brasil a partir da sua inserção subordinadas na Divisão Internacional do Trabalho, tecendo pontes com entre esse processo e a verdadeira Modernização Conservadora intentada na segunda metade do oitocentos brasileiro. Partimos para a reflexão sobre a Navegação e a Operação Portuária em termos nacionais, levando em conta suas transformações e permanências. Com um olhar privilegiado para o Rio de Janeiro, maior porto do Hemisfério Sul, decidimos por fazer um estudo de caso empresarial. Pesquisar e resgatar a história familiar e empresarial do Comendador Antônio Martins Lage foi uma grande ferramenta para uma reflexão específica de um todo complexo. A atuação da Família Lage no Porto do Rio de Janeiro encerra esta dissertação tentando demonstrar como a relação entre Navio e Porto passou de completa compatibilidade no alvorecer do oitocentos à acentuada contradição na segunda metade do século XIX.
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2017-03 "Um preto de alma branca". Escrita de si, redes de sociabilidade e mobilidade na trajetória do Marechal João Baptista de Mattos nas primeiras décadas do Século XXTítulo"Um preto de alma branca". Escrita de si, redes de sociabilidade e mobilidade na trajetória do Marechal João Baptista de Mattos nas primeiras décadas do Século XXAutor
Alessa Passos FranciscoOrientador(a)
Marcus Ajuruam de Oliveira DezemoneData de Defesa
2017-03-28Nivel
MestradoPáginas
198Volumes
1Banca de DefesaÁlvaro Pereira do NascimentoHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMarcus Ajuruam de Oliveira DezemoneVerena Alberti
ResumoA pesquisa tem como tema o negro no pós-abolição, a partir da trajetória do Marechal João Baptista de Mattos (1900-1969), primeiro negro a receber tal título no Exército Brasileiro. Descendente de ex-escravos, Mattos carregava sob sua pele o amálgama da escravidão. Tanto que, após sua morte, foi classificado como "um preto de alma branca". Apesar do racismo por trás destas palavras, a mobilidade social do Marechal Mattos foi o motivo pelo qual sua alma foi classificada como branca: mesmo "preto", acessou os extratos mais elevados da sociedade. A dissertação busca entender como um menino negro, nascido doze anos após a Abolição, conseguiu se inserir no mundo letrado e ingressar no oficialato do Exército, apesar dos poucos recursos financeiros que dispunha. Para isso, foi analisada sua rede de sociabilidade, como forma de perceber pessoas que contribuíram para sua mobilidade social. Parte dessa rede foi mapeada por meio de um conjunto de dedicatórias, anexadas aos livros publicados pelo próprio Mattos, entre o final dos anos 1940 e início dos anos 1960. Tal conjunto documental oferece um sentido autobiográfico à pesquisa, pois privilegia o olhar de Mattos sobre a sua trajetória, sob a perspectiva de sua ascensão social. Fica evidente o papel materno na elaboração de relações sociais, forjadas no convívio do trabalho doméstico como babá, que permitiram o acúmulo de um capital social fundamental para a inserção de Baptista de Mattos no mundo letrado e seu ingresso no Exército.
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2017-03 A perda da hegemonia industrial do Rio de Janeiro (1907-1939)TítuloA perda da hegemonia industrial do Rio de Janeiro (1907-1939)Autor
Guilherme Barreto Bacellar PereiraOrientador(a)
Rita de Cássia da Silva AlmicoData de Defesa
2017-03-27Nivel
MestradoPáginas
141Volumes
1Banca de DefesaAlmir Pita Freitas FilhoBernardo KocherLuiz Fernando SaraivaRita de Cássia da Silva Almico
ResumoPropomos nessa dissertação uma análise de como a cidade do Rio de Janeiro se estruturou,sobretudo ao longo do XIX, como principal centro industrial do Brasil e como,progressivamente, e a partir das primeiras décadas do século XX este cenário semodificou. Para isso, analisamos os Censos industriais de 1907, 1919 e 1939, além daação das entidades patronais, principalmente a FIESP, para que outro grande centroindustrial – o estado de São Paulo – se organizasse no mesmo período. Nos utilizando doreferencial teórico gramsciano para entendermos a disputa pela posição de centroindustrial hegemônico, analisamos também a ação de Roberto Simonsen como intelectualorgânico dos industriais paulistas, e seu papel central para a estruturação de uma novahegemonia que se construiu, de maneira mais destacada, a partir da década de 1930.
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2017-03 O governo Dodsworth: Administração e intervenção urbana no Estado NovoTítuloO governo Dodsworth: Administração e intervenção urbana no Estado NovoAutor
Pedro Sousa da SilvaOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2017-03-27Nivel
MestradoPáginas
305Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoMaria Letícia CorrêaPedro Henrique Pedreira Campos
ResumoO presente trabalho abarca suas investigações na história do Integralismo em Nova Friburgo, entre os anos de 1934 e 1937. O objetivo deste é averiguar a trajetória histórica da Ação Integralista Brasileira (AIB) no município de Nova Friburgo, através da existência do núcleo local, estudando a sua fundação e atividades de militância. O contexto social e urbano de Nova Friburgo é apresentado, considerando os espaços de sociabilidade ocupados pelos integralistas. Também, como ponto central desta dissertação a trajetória profissional, política e intelectual do professor Júlio Ferreira Caboclo, no qual a sua atuação no movimento integralista de Friburgo foi marcante por ter sido o único vereador da AIB na Câmara de Vereadores de Nova Friburgo. A sua produção intelectual foi significativa, sendo analisada, a luz da doutrina integral. Utilizo-me da nova história política que, nas últimas décadas, a história cultural tem se tornado um referencial na análise da história política principalmente na produção de teses e dissertações sobre o assunto. Assim, persigo a cultura política como forma de estudo do pensamento político que circula entre os grupos sociais envolvidos no processo histórico.
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2017-03 Indústria Imperatrix Mundi. Modernidade , Progresso e Catástrofe, 1900-1939TítuloIndústria Imperatrix Mundi. Modernidade , Progresso e Catástrofe, 1900-1939Autor
Miguel Ángel Suárez EscobioOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2017-03-27Nivel
DoutoradoPáginas
585Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Ribeiro SamisDaniel Aarão Reis FilhoFrancisco Carlos Teixeira da SilvaFrancisco José Calazans FalconGiselle Martins VenancioMarco Aurélio SantanaMarly de Almeida Gomes Vianna
ResumoOs sintomas de decadência e esgotamento existencial derivados de uma modernidadeencaixada sobre o mito do progresso atingiram um ponto crítico nas primeiras décadasdo século XX. A erosão de certezas vitais introduzida pela secularização e odesencadeamento de forças mecânicas fora de toda escala humana provocou anecessidade de encontrar paliativos de substituição que preenchessem a sensação devazio e anomia social. Muitos destes paliativos tomaram a forma de impulsosindividuais auto-destrutivos, irracionais ou escapistas. O triunfo da Revolução Russa e aconsolidação do nacionalsocialismo alemão constituíram projetos utópicos deregeneração coletiva cujos objetivos, longe de negar os princípios constitutivos daModernidade, supusseram sua culminação. Executores de doutrinas trascendentes quemanipulavam o tempo histórico para adaptá-lo às exigencias da raça ou da classeoperária, ambos projetos fiaram toda sua sorte ao ídolo do Progresso, preservando assimos dois principais fatores de alienação da Modernidade, o Estado burocráticocentralizado e um aparato tecnológico superdimensionado.
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2017-03 A alma do negócio: A trajetória do negociante Antonio José Meirelles no Maranhão (c.1820-1832)TítuloA alma do negócio: A trajetória do negociante Antonio José Meirelles no Maranhão (c.1820-1832)Autor
Luisa Moraes Silva CutrimOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2017-03-27Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaMarcelo Cheche GalvesMárcia Maria Menendes MottaMarina Monteiro MachadoNívia Pombo Cirne Dos Santos
ResumoA presente dissertação analisa a trajetória do personagem Antonio José Meirelles noMaranhão, especialmente entre 1820 e 1832. Denominado na documentação comonegociante, este alcançou preponderância econômica a partir de atividades mercantis, como otráfico de escravos e a arrematação de contratos régios. A posição privilegiada experimentadapor Meirelles, integrante da elite mercantil atuante no Maranhão, possibilitou ainda grandeinfluência política na região, com sua atuação ligada aos governadores de capitania epresidentes de província. A trajetória do negociante foi marcada pelo acúmulo de riqueza, oque incentivou a busca por distinção social, e pelos constates embates em que esteveenvolvido, devido a sua preponderância econômica e política. A atuação deste homem denegócios atravessou diferentes contextos estabelecidos no Maranhão na primeira metade doséculo XIX, como a adesão a Revolução do Porto, as guerras de Independência e a posterior"adesão" a projeto de separação política do Brasil, períodos marcados por querelas políticas eintensa circulação de ideias.Palavras-chave: Antonio José Meirelles; negociante; trajetória; Maranhão.V
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2017-03 "Leis e Costumes": as listas de serviço militar por João de Ibelin na jurisprudência do Reino Latino de Jerusalém -1099-1266Título"Leis e Costumes": as listas de serviço militar por João de Ibelin na jurisprudência do Reino Latino de Jerusalém -1099-1266Autor
Aurélio Galvão BarbosaOrientador(a)
Edmar Checon de FreitasData de Defesa
2017-03-27Nivel
MestradoPáginas
125Volumes
1Banca de DefesaCarolina Coelho FortesEdmar Checon de FreitasFrancisco José Silva GomesRaquel Alvitos PereiraVânia Leite Fróes
ResumoAs grandes expedições cristãs para defender a Terra Santa sempre foram de grande interesse de vários estudos, cada qual com um recorte específico. O presente trabalho se debruçará sobre a investigação e análise em especial das listas de serviços militares escritas por João de Ibelin, Conde de Jafa e Ascalão, para pensar suas possíveis utilizações e influências para os serviços dos vassalos do feudalismo no Reino Latino de Jerusalém, tendo como recorte os séculos XII e XIII. Para isso, algumas assises e vínculos existentes entre vassalos e reis serão dispostos buscando uma melhor contextualização das listas em questão. Então, o trabalho irá investigar e comparar o período de sua composição e questionar se esse também pode ser o período ao qual as listas se aplicam.
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2017-03 Solano Trindade: Luta, poesia e teatro - Possibilidades de análise de raça e classe social no Brasil (1940 – 1960)TítuloSolano Trindade: Luta, poesia e teatro - Possibilidades de análise de raça e classe social no Brasil (1940 – 1960)Autor
Camila Pizzolotto Alves Das ChagasOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2017-03-24Nivel
MestradoPáginas
118Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoMuniz Gonçalves FerreiraRodrigo de Azevedo Cruz LamosaSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoO presente trabalho busca compreender de que maneira os conceitos de "classe social" e "raça" se relacionam na militância e na obra do poeta Solano Trindade, entre 1940 e 1960. Exploramos como as categorias de classe social e raça, no Brasil, são indissociáveis. Relacionamos os conceitos para entender como a luta e a poesia de Trindade consolidaram-se como um discurso contra-hegemônico.Partindo da metodologia do Estado ampliado formulada por Gramsci e desenvolvida por Sonia Regina de Mendonça, investigamos de que modo Solano Trindade se associou à aparelhos privados de hegemonia como o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e sua atuação em diversas organizações do movimento negro, entre eles o Centro de Cultura Afro-Brasileiro (CCAB).
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2017-03 Da lama ao caos e Afrociberdelia: memórias e narrativas da banda Nação Zumbi na construção da história do movimento ManguebeatTítuloDa lama ao caos e Afrociberdelia: memórias e narrativas da banda Nação Zumbi na construção da história do movimento ManguebeatAutor
Amanda Fará de LucasOrientador(a)
Juniele Rabêlo de AlmeidaData de Defesa
2017-03-24Nivel
MestradoPáginas
120Volumes
1Banca de DefesaAndréa Casa Nova MaiaJuniele Rabêlo de AlmeidaMartha Campos AbreuRicardo Santhiago CorreaRodrigo de Almeida Ferreira
ResumoEsta pesquisa problematiza o processo de formação e consolidação da banda pernambucana Nação Zumbi, integrante e idealizadora do movimento Manguebeat, em fins do século XX. O líder da banda, Chico Science (falecido em 1997), consolidou, juntamente com os demais integrantes do grupo, uma vasta obra que integrou ritmos brasileiros e ritmos internacionais – com os álbuns Da Lama ao Caos (1994) e Afrociberdelia (1996). Em meio aos desafios do processo de Globalização, Chico Science e Nação Zumbi recriaram possibilidades da música, da política e das relações socais que os impulsionaram para o resto do mundo. Dessa forma, são objetivos da presente dissertação: 1) analisar a constituição do grupo Chico Science e Nação Zumbi, investigando as memórias construídas das primeiras experiências musicais de Chico Science na banda Orla Orbe (1987) ao álbum Da lama ao caos (1994) por meio da observação dos aspectos narrativos do Manguebeat presentes nas canções desse primeiro disco; 2) compreender o processo de consolidação da banda Chico Science e Nação Zumbi a partir do lançamento do albúm Afrociberdelia (1996), em meio aos diálogos com o movimento Manguebeat e os sentidos da Globalização; 3) dimensionar as ressignificações da Nação Zumbi após a morte do músico Chico Science a partir da indicação do trabalho de memória para o reconhecimento do impacto cultural da obra do músico Chico Science e da observação do projeto cultural para criação do Memorial Chico Science, em 2009; 4) discutir sobre a situação atual da banda, observando os novos discos, shows e ações culturais.
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2017-03 Os Amaral Gurgel: Família, poder e violência na América portuguesa (c.1600 - c.1725)TítuloOs Amaral Gurgel: Família, poder e violência na América portuguesa (c.1600 - c.1725)Autor
Douglas Corrêa de Paulo SantosOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2017-03-24Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioJoão Luís Ribeiro FragosoLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMaria Fernanda Baptista BicalhoRenato Júnio Franco
ResumoEsta dissertação tem como objetivo analisar as inserções da família senhorial Amaral Gurgel na cidade do Rio de Janeiro e no centro-sul do Estado do Brasil ao longo do século XVII e do primeiro quartel do XVIII. Serão privilegiados os seguintes aspectos: formação de redes familiares, propriedades e negócios no centro-sul, ocupação de cargos civis e eclesiásticos, participação nos postos militares, ligações com autoridades metropolitanas, conflitos violentos entre elites e administração da justiça régia.
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2017-03 Em nome da ordem: O Jornal do Commercio a as batalhas da aboliçãoTítuloEm nome da ordem: O Jornal do Commercio a as batalhas da aboliçãoAutor
Roger Anibal Lambert da SilvaOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2017-03-24Nivel
DoutoradoPáginas
275Volumes
1Banca de DefesaAndréa Santos da Silva PessanhaCláudia Regina Andrade Dos SantosGiselle Martins VenancioHumberto Fernandes MachadoLaura Antunes MacielLucia Maria Bastos Pereira Das NevesTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoNosso objeto de estudo na presente tese é a atuação do Jornal do Commercio no processo da abolição, no âmbito de distintas conjunturas políticas, a saber: os debates a respeito da libertação dos sexagenários, durante o ministério Dantas; acerca das fugas em massa de escravos e da radicalização do abolicionismo, durante o ministério Cotegipe; e sobre o significado do 13 de Maio, durante o ministério João Alfredo. Através da análise de editoriais e de artigos da seção "Publicações a pedido", procuramos conferir atenção às representações veiculadas no Jornal do Commercio, em diálogo com alguns periódicos que circulavam naquelas conjunturas, situando-o no âmbito das batalhas políticas em que se disputava a melhor forma de encaminhamento da extinção da escravidão, bem como analisando a sua posição em relação aos governos, aos proprietários de escravos, ao movimento abolicionista e aos escravos e futuros libertos. Argumentamos que o Jornal do Commercio – através das retóricas da prudência, da ameaça e da dádiva, mobilizadas, respectivamente, nas diferentes conjunturas supracitadas – teve uma participação ativa no processo da abolição, atuando sempre em nome da ordem: política, social e, sobretudo, econômica. Em termos historiográficos, argumentamos, especialmente, que as batalhas políticas pela representação do abolicionismo e das fugas dos escravos sugerem a necessidade de repensarmos a já tradicional e cristalizada perspectiva segundo a qual aquele contexto era marcado por um pânico geral diante da insurreição dos escravos.
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2017-03 Sob a sombra do Apocalipse:o medo do fim do mundo nas revistas em quadrinhos da Guerra Fria Reaganista (1980-1989)TítuloSob a sombra do Apocalipse:o medo do fim do mundo nas revistas em quadrinhos da Guerra Fria Reaganista (1980-1989)Autor
Gustavo Montalvão FreixoOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2017-03-23Nivel
MestradoPáginas
216Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoRoberto Moll NetoSamantha Viz Quadrat
ResumoO presente trabalho se propõe a analisar o medo do fim do mundo no imaginário social dos EUA, bem como vislumbrar a ascensão conservadora que levou aos anos Reagan, e observar outros ecos da Guerra Fria. Para tanto, fazemos uso de revistas em quadrinhos publicadas pelas duas principais editoras do mercado estadunidense, Marvel Comics e DC Comics, além dos principais modelos de publicação: Revistas seriais e encadernados de luxo. 9
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2017-03 Criados, escravos e empregados: O serviço doméstico e seus trabalhadores na emergência da modernidade brasileira (cidade do Rio de Janeiro, c.1850-1920)TítuloCriados, escravos e empregados: O serviço doméstico e seus trabalhadores na emergência da modernidade brasileira (cidade do Rio de Janeiro, c.1850-1920)Autor
Flavia Fernandes de SouzaOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2017-03-23Nivel
DoutoradoPáginas
583Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusDemian Bezerra de MeloFabiane PopinigisFelipe Abranches DemierFlávio Dos Santos GomesPaulo Cruz TerraRafael Maul de Carvalho Costa
ResumoEsta tese apresenta como objeto de análise diferentes dimensões da esfera laboral formada pelos trabalhadores domésticos na cidade do Rio de Janeiro, então capital brasileira, entre os anos 1850 e 1920, aproximadamente. Trata-se de um estudo cujo objetivo geral é compreender algumas transformações ocorridas no serviço doméstico com o avanço do trabalho livre e assalariado e com o declínio e o fim da escravidão no Brasil. Isso sendo realizado a partir da análise de um conjunto variado de fontes primárias e de um enfoque teórico-metodológico transnacional, que visa estabelecer relações com fenômenos e processos ocorridos na prestação de serviços domésticos em diferentes lugares do mundo, no longo período que se estende do século XIX até as primeiras décadas do século XX. Sendo assim este estudo se debruça sobre questões relativas: à composição social dos criados domésticos (que envolvia um número crescente de mulheres e diferentes tipos de trabalhadores, que poderiam ser escravizados, livres, nacionais ou estrangeiros); às variadas modalidades de arranjos de trabalho (entre as quais se destacavam o aluguel e a locação de serviços por dívida); ao agravamento de tensões e de conflitos nas relações de trabalho estabelecidas entre senhores e escravos e patrões e empregados, o qual foi responsável por formar um cenário de crise social; e aos processos de estigmatização e de regulamentação do serviço doméstico, empreendidos por representantes municipais, autoridades policiais, patrões e intelectuais ligados à imprensa. Tendo em vista essas questões, esta tese apresenta, portanto, um amplo panorama das características da prestação de serviços domésticos na construção da chamada modernidade no Brasil.
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2017-03 Sevilha, terra de conquista: Colonização e reordenação territorial através dos diplomas régios de Alfonso XTítuloSevilha, terra de conquista: Colonização e reordenação territorial através dos diplomas régios de Alfonso XAutor
Paula de Souza Valle JustenOrientador(a)
Renata Rodrigues VerezaData de Defesa
2017-03-23Nivel
MestradoPáginas
162Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusCarolina Coelho FortesJoão Cerineu Leite de CarvalhoMário Jorge da Motta BastosRenata Rodrigues Vereza
ResumoA formação dos reinos cristãos ibéricos durante a Idade Média está intimamente ligada à chamada Reconquista, a retomada pelos cristãos dos territórios sob domínio islâmico, estabelecido desde o século VIII. Durante este processo de conquista territorial, dentre a participação dos diversos reinos ibéricos, a hegemonia do reino de Castela na península se pronunciou a partir do século XII, mas foi no século XIII que se tornou o maior em extensão territorial, graças à atuação de Fernando III, que conseguiu unificar definitivamente os reinos de Leão e Castela e realizou o maior avanço sobre o sul da península. No entanto, conquistar e efetivamente dominar são processos distintos, e coube a Alfonso X a tarefa de integrar os antigos territórios islâmicos ao reino cristão de Castela. Não por menos, Alfonso X foi notadamente reconhecido como rei ordenador pela historiografia, por ter empreendido um vasto projeto de reorganização territorial, especialmente da recém-conquistada Andaluzia. O presente trabalho pretende analisar a atuação deste monarca no processo de colonização e reordenação da Andaluzia através das cartas de doação de propriedades, contidas no Diplomatario Andaluz de Alfonso X, tendo em perspectiva o caráter centralizador de seu reinado e de seu esforço em integrar as distintas partes do reino, assim como os entraves impostos a esse projeto político.
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2017-03 O pintor e a cidade: Giotto e Florença no trecentoTítuloO pintor e a cidade: Giotto e Florença no trecentoAutor
Thatiane Piazza de MeloOrientador(a)
Renata Rodrigues VerezaData de Defesa
2017-03-21Nivel
MestradoPáginas
117Volumes
1Banca de DefesaCarolina Coelho FortesMário Jorge da Motta BastosRenata Rodrigues VerezaTamara Quírico MoraesVânia Leite Fróes
ResumoA dissertação tem como objetivo refletir sobre o papel dos pintores no cotidianoflorentino no século XIV, a partir do estudo de caso do Giotto di Bondone. Este pintorfoi estudado por sua trajetória e em registros literários dos livros: "Divina Comédia" 1do Dante Alighieri, "Decamerão"2 escrito por Boccaccio e "Il Trecentonovelle"3 doFranco Sacchetti. Nessas obras, Giotto é citado, e apontam para uma rede de relações ehierarquias do universo desses artistas. Nota-se que esse trabalho não pretendecomprovar a veracidade dos relatos, e sim, constatar que tais narrativas estão inseridasnesse mundo medieval e que representam uma visão singular sobre o mesmo. EmFlorença este artista possuía um ateliê e realizou diversas obras pictóricas, como naigreja de Santa Croce nas capelas Bardi e Peruzzi e na capela del Podestà no Palazzodel Bargello. Muitas dessas obras foram encomendadas por uma elite burguesa, comono caso das capelas Bardi e Peruzzi,. Esta primeira foi escolhida para delimitar a relaçãoentre os pintores e os financiadores e, com isso compreender um período que possuíaum lento movimento de autoria das obras por parte de artistas mais reconhecidos.Portanto, as fontes permitem estudar o pintor a partir de uma tradição oral e imagéticapara compreender uma sociedade através de sua multiplicidade de relações. Nota-se umintenso quadro social que pode ser estudado, na tentativa de quebrar modelos doconvívio social e das representações no espaço urbano.
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2017-03 Matas Folheadas: Imprensa, Práticas letradas e Sociabilidades de Proteção à Natureza na Revista Florestal (1929-1949)TítuloMatas Folheadas: Imprensa, Práticas letradas e Sociabilidades de Proteção à Natureza na Revista Florestal (1929-1949)Autor
Filipe Oliveira da SilvaOrientador(a)
Juniele Rabêlo de AlmeidaData de Defesa
2017-03-21Nivel
MestradoPáginas
326Volumes
1Banca de DefesaJosé Augusto Valladares PáduaJuniele Rabêlo de AlmeidaLise Fernanda SedrezMario Grynszpan
ResumoEsta dissertação se propõe a investigar a trajetória editorial da Revista Florestal, impresso que circulou no Brasil entre 1929 e 1949, divulgando ideias nacionalistas de proteção à natureza. Trata-se de uma das primeiras publicações especializadas nesse gênero no país, sendo organizada, inicialmente, pelo agrônomo Luiz Simões Lopes e o bibliotecário Francisco Rodrigues de Alencar. Em torno de sua confecção e produção editorial, reuniram-se diversos intelectuais, especialmente, engenheiros agrônomos, botânicos e literatos. Pretende-se, por meio da análise desta estrutura de sociabilidade, interpretar as ações sócio-políticas do movimento florestal no Brasil durante o período Nacional Estatista; compreender as estratégias do discurso veiculado em suas páginas; identificar a circulação internacional do periódico e do imaginário florestal, mapear os itinerários intelectuais que nela se cruzaram pelas práticas de escrita e leitura; bem como dimensionar as disputas e relações que envolveram seus processos de produção, distribuição e circulação. Nesse sentido, desnovelam-se diálogos sobre o meio natural e os usos do impresso na tessitura de uma rede intelectual que identificava a natureza à nação brasileira.
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2017-03 O Caminho Novo e a Boa Razão: Conflitos e a lei de 1769TítuloO Caminho Novo e a Boa Razão: Conflitos e a lei de 1769Autor
João Victor Diniz Coutinho PolligOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2017-03-20Nivel
DoutoradoPáginas
314Volumes
1Banca de DefesaAllan Rocha de SouzaIris KantorMárcia Maria Menendes MottaMarcos Guimarães SanchesMarina Monteiro MachadoMônica Maria Guimarães SavedraNívia Pombo Cirne Dos Santos
ResumoNo século XVIII, a descoberta do ouro provocou consideráveis transformações no Brasil Colonial. Para facilitar o acesso a região das minas foi aberta uma via de comunicação que ligava diretamente os núcleos mineradores com o porto do Rio de Janeiro. Tal via ficou conhecida como Caminho Novo, área de intenso movimento populacional no eixo centro-sul da colônia cujos resultados sensíveis foram à dinamização regional. Estabeleceram-se atividades agropecuárias paralelas à extração aurífera que acelerou o processo de apropriação de terras e, consequentemente, aumentaram os conflitos pelo domínio do território. Proprietários de terras envoltos a disputas pela legitimidade da propriedade e administradores metropolitanos e coloniais envolviam-se num emaranhando de determinações legais, ordens régias e costumes locais com o intuito de organização fundiária da região. Compreender o mecanismo do direito colonial, caracterizado pelo pluralismo jurídico, serve de suporte para entender os jogos de poder que atuavam naquele cenário específico. Com o declínio do ouro, a política fisiocrática do fomento agrário exigia a reestruturação do edifício jurídico do acesso a terra. O arcabouço jurídico que transformou o direito colonial teve efeito com a promulgação da Lei de 18 de agosto de 1769, conhecida como Lei da Boa Razão, formulada no conjunto de reformas durante o governo de D. José I e seu ministro Marquês de Pombal. A lei reorientava a prática jurídica no mundo lusitano e no império ultramarino com o objetivo de centralizar o direito às ações do Estado. A Lei da Boa Razão é composta por catorze parágrafos que trazem o ponto central de reformular as estruturas jurídicas de Portugal. Seu objetivo geral é colocar as leis pátrias como sendo o conjunto legislativo principal para reger Portugal em detrimento do direito romano, eclesiástico e outras fontes de direito, que vigoravam por um longo tempo como o corpo de leis que organizava a sociedade portuguesa. É um retrato de um processo histórico de transformação na concepção do direito, enquanto complemento e instrumento do Estado. A pesquisa, portanto, consiste na análise sobre a influência da Lei da Boa Razão, a partir da sua finalidade de reorientar o direito no período moderno, em relação com a multiplicidade de normas, leis e costumes que caracterizavam a realidade agrária do Brasil.
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2017-03 Da instrução dos trabalhadores à revolução social - A formação da Universidade Popular de Ensino Livre no Rio de Janeiro em 1904TítuloDa instrução dos trabalhadores à revolução social - A formação da Universidade Popular de Ensino Livre no Rio de Janeiro em 1904Autor
Eduardo Carracelas LamelaOrientador(a)
Carlos Augusto AddorData de Defesa
2017-03-17Nivel
MestradoPáginas
184Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Ribeiro SamisCarlos Augusto AddorJean Rodrigues SalesRenata Torres SchittinoTatiana Silva Poggi de Figueiredo
ResumoRESUMOA Universidade Popular de Ensino Livre foi um projeto de um grupo deanarquistas do Rio de Janeiro que tinha por objetivo a instrução dos trabalhadores. Estaexperiência educacional aconteceu no momento considerado como de formação domercado de trabalho na capital, mas também como um período de efervescênciapolítica, principalmente no que diz respeito às lutas sociais amplamente organizadas etravadas pelos trabalhadores nas ruas e nas fábricas. Para os anarquistas, a educaçãotinha um importante papel na formação do indivíduo, o que garantiria a transformaçãoprofunda da sociedade. Experiências como esta, que permeiam o cenário políticoaltamente excludente do período, porém por vias não dominantes, são importantes natentativa de melhor compreender o momento, marcado por tensões e conflitos, ecaracterizado pelas diferentes disputas pelo poder.
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2017-03 Os engenheiros tomam Partido: Trajetórias e transformações no Clube de Engenharia (1874-1910)TítuloOs engenheiros tomam Partido: Trajetórias e transformações no Clube de Engenharia (1874-1910)Autor
Fernanda Barbosa Dos Reis RodriguesOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2017-03-16Nivel
MestradoPáginas
185Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoMaria Inez TurazziMaria Letícia Corrêa
ResumoA Engenharia Civil, enquanto categoria profissional e campo de saber técnico e científico, se estrutura no Brasil a partir de meados do século XIX, em meio a uma intensa agenda de obras públicas que ganharão o território fluminense e nacional, direta ou indiretamente ligadas ao setor agroexportador. Nesse processo, dá-se a formação de quadros que operacionalizarão tais empreendimentos em vinculação orgânica com o Estado, ocupando a função de intelectuais das frações de classe dominantes. Sob esse aspecto, o presente estudo lança luz sobre parcela significativa dos engenheiros brasileiros, bem como uma das suas principais associações,o Clube de Engenharia, identificando os espaços de ação daqueles atores, bem como a história daquela entidade e as contradições que a perpassavam, inerentes ao contexto de intensas modificações estruturais e culturais do período assinalado, de modo a compreendermos o processo de organização da cultura no país, em especial, na cidade do Rio de Janeiro.