Dissertations and Theses
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2017-05 Portugal e Espanha no extremo sul das Américas: Fronteiras, gentes, direitos soberanias (1750-1830)TítuloPortugal e Espanha no extremo sul das Américas: Fronteiras, gentes, direitos soberanias (1750-1830)Autor
Hevelly Ferreira AcrucheOrientador(a)
Maria Verónica Secreto FerrerasData de Defesa
2017-05-02Nivel
DoutoradoPáginas
451Volumes
1Banca de DefesaFlávio Dos Santos GomesFlorencia GuzmánLeonardo MarquesMarcelo da Rocha WanderleyMaria Verónica Secreto FerrerasVânia Maria Losada Moreira
ResumoEsta tese de doutorado tem por objetivos trabalhar a fronteira do extremo sul da América a partir das interações entre as pessoas que nela viviam e transitavam dentre os anos de 1750 a 1830. Nestes anos, assistimos a um contexto conturbado de conflitos que culminaram em flutuações na formalização de uma fronteira entre os Estados português e espanhol. Estipulada por meio de tratados diplomáticos, este espaço poroso e fluido foi alvo de uma série de questões envolvendo o comércio, a relação entre os súditos e seus respectivos governos, assim como a circulação de pessoas e informações num espaço que se procurava controlar. O contexto analisado engloba uma série de transformações de uma ordem colonial para um ordenamento republicano, nas terras hispano-criollas, e imperial, no Brasil. Pretendemos trabalhar com as ações das pessoas numa fronteira beligerante, bem como os manejos políticos dos espaços para se atender a determinados interesses; mostrando a construção de uma série de territorialidades que indefiniam a região da fronteira. Destacamos assim a presença de negros e indígenas nesse espaço poroso e permeado de significados a fim de explorar melhor suas relações com os governos e as territorialidades. Portanto, o teor principal deste trabalho se destina a mostrar uma disputa por lealdade dos súditos e cidadãos para com os Estados, onde a presença de indígenas, negros, espanhóis, portugueses e seus descendentes trouxeram uma diversidade de compreensões da experiência de viver em fronteira.
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2017-04 Da Polícia ao museu: A formação da coleção africana do Museu Nacional na última década da escravidãoTítuloDa Polícia ao museu: A formação da coleção africana do Museu Nacional na última década da escravidãoAutor
Carolina Cabral Ribeiro de AlmeidaOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2017-04-27Nivel
MestradoPáginas
205Volumes
1Banca de DefesaAndrea Barbosa MarzanoIvana Stolze LimaJonis FreireLarissa Moreira VianaMartha Campos Abreu
ResumoEsta dissertação teve início na pesquisa realizada para o projeto de exposiçãoKumbukumbu - África, memória e patrimônio, no Museu Nacional, coordenado pelaprofessora Drª. Mariza Soares. É também, uma continuidade da monografia do curso deHistória, defendida em 2014, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro –PUC-Rio, sob orientação da professora Drª Ivana Stolze Lima. Nela pretende-sedemonstrar como a cultura material africana, já na última década da escravidão, tornouseobjeto de interesse do diretor do Museu Nacional, Ladislau Netto, sendo seu núcleobásico os objetos apreendidos pela polícia nas chamadas "casas de dar fortuna".
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2017-04 O Partido do Brasil: A História do Partido do Movimento Democrático BrasileiroTítuloO Partido do Brasil: A História do Partido do Movimento Democrático BrasileiroAutor
Andre Franklin PalmeiraOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2017-04-26Nivel
DoutoradoPáginas
300Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoJean Rodrigues SalesJoão Márcio Mendes PereiraJosé Ricardo Garcia Pereira RamalhoNorberto Osvaldo FerrerasPaulo Roberto Ribeiro FontesVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA presente tese tem como objetivo analisar a representação político partidária no Brasil, com ênfase na história do Brasil recente e, mais especificamente, na história do Partido do Movimento democrático Brasileiro (PMDB). Discutiremos ao longo do trabalho a relação do partido com o Estado brasileiro (na "Nova República"), seu lugar de classe, seus programas, seus intelectuais, suas representações nos estados da federação, bem como seu papel central de viabilização de maiorias que possibilitaram os governos na Nova República. Nossas problemáticas giram em torno das seguintes questões: por que o PMDB se constituiu no maior partido político brasileiro, mesmo não exercendo a Presidência da República, e por que os diferentes governos só foram viáveis a partir do apoio do referido partido.
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2017-04 Clubes Dançantes e Moralidades no Rio de Janeiro da Primeira RepúblicaTítuloClubes Dançantes e Moralidades no Rio de Janeiro da Primeira RepúblicaAutor
Juliana da Conceição PereiraOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2017-04-17Nivel
MestradoPáginas
145Volumes
1Banca de DefesaCarolina Vianna DantasLarissa Moreira VianaLeonardo Affonso de Miranda PereiraMarcelo de Souza MagalhãesMartha Campos Abreu
ResumoEssa dissertação tem como objetivo analisar os códigos de moralidade adotados nos bailes realizados pelos clubes dançantes carnavalescos no período de 1904 a 1912. Frequentados por homens e mulheres de maioria negra essas associações são resultado de um fenômeno dançante que tomou o Rio de Janeiro entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Os diretores dessas associações adotaram regras de conduta e comportamento como uma importante estratégia de afirmação social, garantia de respeitabilidade e proteção feminina. De fato, nesse período, com a intenção de reformar a Nação e torná-la moderna e civilizada, se estabeleceu um forte apelo moral dos discursos de médicos, juristas e autoridades políticas. Foi sobre as mulheres que recaíram as maiores imposições e pressões acerca do comportamento desejado. Partindo dessa constatação, o trabalho pretende, ainda, refletir sobre a presença feminina nas associações e o modo que, mesmo estando sujeitas ao poder masculino, encontraram caminhos de luta e subversão no lazer.
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2017-04 A cidade do feitiço: Feiticeiros no cotidiano carioca durante as décadas iniciais da Primeira República (1890/1910)TítuloA cidade do feitiço: Feiticeiros no cotidiano carioca durante as décadas iniciais da Primeira República (1890/1910)Autor
Caio Sergio de Moraes Santos E SilvaOrientador(a)
Jonis FreireData de Defesa
2017-04-07Nivel
MestradoPáginas
203Volumes
1Banca de DefesaGladys Sabina RibeiroJonis FreireKaroline CarulaPaulo Cruz Terra
ResumoEntre meados do século XIX e as primeiras décadas do século XX, os espaços de associativismo de negros pobres e das "classes perigosas" na Capital Federal e em diversos lugares do Brasil viviam sob constantes suspeitas daqueles que estavam pensando o modelo de "Nação". A ideia de ordem era encarada não só como prevenção e repressão dos crimes públicos ou privados, mas também consistia em garantir um bom andamento das relações sociais existentes. As ruas do Rio de Janeiro eram enfestadas de indivíduos que encantavam, com suas feitiçarias, a grande parte da população carioca. A "prática da feitiçaria e seus sortilégios" era um dos combustíveis que alimentava a crença do povo nas práticas de cura popular e busca por boa sorte. Na visão da elite que buscava o avanço e a modernidade na belle époque carioca, tais práticas significavam a desordem e a manutenção da herança africana. Esses indivíduos, donos do feitiço, mantinham-se às margens da sociedade e ao mesmo tempo eram capazes de tecer redes de sociabilidade que os permitiam circular em locais de status social elevado, muitas vezes, os tornavam imunes à aplicação plena das leis e os colocavam em um lugar de destaque na sociedade carioca.
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2017-04 Maria Margarida e Hercílio, mãe liberta e seu filho ilegítimo no final do século XIX em Desterro/SCTítuloMaria Margarida e Hercílio, mãe liberta e seu filho ilegítimo no final do século XIX em Desterro/SCAutor
Jurama Bergmann VieiraOrientador(a)
Jonis FreireData de Defesa
2017-04-07Nivel
MestradoPáginas
194Volumes
1Banca de DefesaJonis FreireJorge Luiz Prata de SouzaLeonardo MarquesMaria Verónica Secreto Ferreras
ResumoPautado na micro-história esse estudo acompanha a trajetória de três personagens: Manoel Antonio Victorino de Menezes, Maria Margarida Duarte e Hercílio Victorino de Menezes que viveram na segunda metade do século XIX em Desterro, a antiga cidade de Florianópolis. Victorino de Menezes foi um comerciante que atuou no comércio interprovincial de cativos e homem casado, mas sua escrava Maria tornou-se sua concubina, que dele recebeu bens e alforria. Hercílio, o filho dessa relação ilícita, também não foi desamparado por seu pai, ainda que não tenha sido legitimado. Esse estudo visa acompanhar as oportunidades, expectativas, estratégias, facilidades e dificuldades que mãe e filho encontraram em suas vidas e as consequências desse envolvimento com um homem de prestígio na sociedade. Ainda que o cenário principal desse trabalho seja Florianópolis, buscamos inseri-la ao restante do país, especialmente à região Sudeste.
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2017-04 Revolução política e revolução dos costumes: a construção da geração 1968 Brasileira - Comportamento, Sexualidade, Gênero e MemóriaTítuloRevolução política e revolução dos costumes: a construção da geração 1968 Brasileira - Comportamento, Sexualidade, Gênero e MemóriaAutor
Johnnatan David Bias MonteiroOrientador(a)
Janaína Martins CordeiroData de Defesa
2017-04-07Nivel
MestradoPáginas
145Volumes
Banca de DefesaFábio KoifmanJanaína Martins CordeiroKarla Guilherme CarloniRachel SoihetRicardo Antonio Souza Mendes
ResumoEm quase cinco décadas, os movimentos de contestação social ocorridos em 1968 foram periodicamente revisitados, tanto em termos acadêmicos quanto em termos políticos e culturais. No que tange aos resultados destes movimentos no Brasil, em relação aos impactos sobre os comportamentos e costumes, sobretudo das juventudes, muito se tem levantado. Entretanto, inúmeras perspectivas não dão conta da enorme complexidade do período, na medida em que se prendem muitas vezes, à determinadas batalhas de memória social. Por sua vez no contexto brasileiro, tal memória das transformações comportamentais ajuda a conciliar algumas esferas sociais que se acomodaram à ditadura civil-militar instaurada em 1964, com a memória dos grupos de jovens estudantes, artistas, intelectuais e trabalhadores que de alguma forma enfrentaram as brutalidades do regime. Assim, o seguinte trabalho tem como objetivo apresentar um panorama que permita entender o ano de 1968 como um ponto de convergência não monolítico dentro do processo de grandes transformações sociais, políticas e culturais que se desenvolviam ao longo do século XX. Desta forma observando os usos do passado que permitem a conciliação social em torno da memória da ditadura civil-militar brasileira, através do silenciamento da importância das lutas de oposição política e revolucionária em contrapartida à exaltação das questões comportamentais. Simultaneamente, serão analisadas algumas obras que trataram sobre o movimento de 1968 e seus desdobramentos, produzidas por ocasião das proximidades dos aniversários redondos de 1968: 1978, 1988, 1998 e 2008. Estas produções serão analisadas de acordo com as conjunturas sociais em que foram produzidas, na tentativa de se compreender o percurso pelo qual a memória social do período se desenvolveu relativas às transformações nos costumes, comportamentos, sexualidade e relações de gênero. E por fim, será explorada na dissertação a trajetória do militante estudantil, guerrilheiro e exilado político Herbert Daniel e como sua homossexualidade foi vivida no decorrer deste processo, atentando principalmente para o período de sua militância política revolucionária. Pretende-se verificar, assim, as formas a partir das quais as esquerdas lidavam com a homossexualidade. Da mesma forma, a proposta é também verificar se as organizações armadas de esquerda, por si só, seriam espaços privilegiados para as práticas de oposição à sociedade capitalista e seus valores. Sendo o movimento de luta armada, devido à intervenção concreta que tentou realizar na sociedade, um dos mais significativos processos, que se entrelaça a narrativa de parte da chamada "geração 68" no Brasil.
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2017-04 A Colonização Oriental e o Senhorio Rural em Brandemburgo (séculos XII - XIV)TítuloA Colonização Oriental e o Senhorio Rural em Brandemburgo (séculos XII - XIV)Autor
Álvaro Mendes FerreiraOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2017-04-06Nivel
DoutoradoPáginas
302Volumes
1Banca de DefesaNoneCarolina Coelho FortesEdmar Checon de FreitasJoão Cerineu Leite de CarvalhoLeila Rodrigues da SilvaMário Jorge da Motta BastosPaulo Henrique de Carvalho Pachá
ResumoEsta tese visa estudar a estrutura do senhorio rural em Brandemburgo desde suaimplantação em meados do século XII até o fim do século XIV dentro do contexto daColonização Oriental (Ostsiedlung). Como toda a zona colonizatória da EuropaOriental, o senhorio que aí se implantou trouxe condições particularmente vantajosasaos camponeses como direitos fundiários seguros e hereditários, lotes mais extensos,pequenas prestações em favor dos senhores, corvéias quase inexistentes. Brandemburgoapresenta-se, portanto, como uma das zonas onde a modalidade rentista do senhorioestava mais desenvolvida. De fato, há uma forte correlação entre a idade da colonizaçãoe a modalidade do senhorio: quanto mais recente é a colonização, mais próximo é osenhorio do regime rentista puro. Entretanto a crise baixo-medieval produz uma sériaretração nos direitos campesinos, com um retrocesso mesmo às formas dominais desenhorio, que, na Europa Ocidental, pertenciam à fase carolíngia. Embora esse períodode reversão na Europa Oriental, que se prolonga por toda a Idade Moderna, seja bastanteestudado, a mesma atenção não tem sido dedicada ao período formador.
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2017-04 "A Litel jape that fil in oure citee" : a construção da identidade citadina e o discurso sobre a Londres medievalTítulo"A Litel jape that fil in oure citee" : a construção da identidade citadina e o discurso sobre a Londres medievalAutor
Viviane Azevedo de JesuzOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2017-04-05Nivel
DoutoradoPáginas
296Volumes
1Banca de DefesaBeatris Dos Santos GonçalvesMaria Angélica da SilvaMiriam Cabral CoserPaulo André Leira ParenteRaquel Alvitos PereiraSínval Carlos Mello GonçalvesVânia Leite Fróes
ResumoNosso estudo concentra-se na análise da identidade citadina no medievo inglês, mais especificamente, em Londres na Baixa Idade Média. Londres, como uma grande cidade medieval, estava inserida em diferentes redes urbanas tanto internamente, junto a outras cidades do reino inglês, quanto externamente, inserida no contexto do Ocidente medieval. Além disso, encontrava-se envolvida em um conflito de longa duração com a França, reino irmão, que se torna ao mesmo tempo inimigo. A cidade buscava preservar sua posição central no território insular. Os citadinos, por sua vez, procuravam estratégias para consolidar sua identificação com a cidade. Questiona-se nesse estudo quais são os vetores que corroboram para a construção da identidade citadina. Ao tomar Chaucer e sua narrativa The Canterbury Tales como fio condutor, observamos que a cidade encontra sua unidade a partir da diversidade de grupos que a compõe. Apoiamo-nos ainda sobre a base documental dos Calendars of Letter Books, dos Memorials of London and London Life, do Calendar of Wills proved and enrolled in the Court of Husting e do Parish Fraternity Register: Fraternity of The Holy Trinity And Ss. Fabian And Sebastian.
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2017-04 Entre o imaginário e o vivido - As representações dos padeiros na catedral de Chartres (França - século XIII)TítuloEntre o imaginário e o vivido - As representações dos padeiros na catedral de Chartres (França - século XIII)Autor
Debora Santos MartinsOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2017-04-04Nivel
MestradoPáginas
162Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusEdmar Checon de FreitasMaria Beatriz de Mello E SouzaRaquel Alvitos PereiraVânia Leite Fróes
ResumoEstudo sobre os vitrais da catedral de Chartres que representam os ofícios e suasorganizações confraternais no âmbito da cidade, focalizando o ofício dos padeiros. Do ponto de vista espacial, além da própria catedral, tomamos como referência a cidade que a abriga e com quem espacialmente se relaciona. Partiu-se do princípio de que os dados figurativos estruturam-se nos quadros imaginários da cristandade e das grandes narrativas bíblicas. Portanto, não consideramos a relação imagem/texto como um espelho da realidade ou diretamente estruturada num contexto. A ideia central é a de que existe uma cultura visual presente nestas representações, elas mesmas estruturantes deste universo. Neste sentido, multiplicam-se as funções da imagem que presentifica os grandes ideais da cristandade.
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2017-04 A crença na magia a partir da literatura medieval: estudo comparativo nas narrativas inglesas e francesas (1135-1200)TítuloA crença na magia a partir da literatura medieval: estudo comparativo nas narrativas inglesas e francesas (1135-1200)Autor
Átila Augusto Vilar de AlmeidaOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2017-04-04Nivel
DoutoradoPáginas
203Volumes
1Banca de DefesaAdriana Maria de Souza ZiererEdmar Checon de FreitasLuiz Carlos SoaresPaulo André Leira ParenteRaquel Alvitos PereiraSínval Carlos Mello GonçalvesVânia Leite Fróes
ResumoEste Trabalho se propõe a analisar quatro narrativas do século XII: a Historia RegumBritanniae, Vita Merlini, Roman de Brut e Merlin. Nestas, o personagem Merlim érecorrente ao utilizar seus poderes mágicos para cumprir diversos objetivos. O objetivo daanálise comparativa é observar como estes poderes mágicos foram apresentados e, apartir desta observação, tentar montar um quadro com os tipos de poderes. Estadiscussão propõe um espaço propício para refletir, também, sobre o lugar da magia noambiente geral dos saberes medievais. Assim, Merlim é um personagem que, por umlado, é um mago e adivinho, mas que, por outro, é também um sábio e conhecedor danatureza. Por outro lado, este estudo baseia-se em fontes literárias, o que tambémoferece condições para discutir sobre as relações entre história e literatura, obrigando auma reflexão metodológica e teórica sobre os resultados obtidos.
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2017-03 Libera... Amore Mio. Imprensa anarquista e comunicação contra-hegemônica em tempos de consenso neoliberal (1991-2011)TítuloLibera... Amore Mio. Imprensa anarquista e comunicação contra-hegemônica em tempos de consenso neoliberal (1991-2011)Autor
João Henrique de Castro de OliveiraOrientador(a)
Carlos Augusto AddorData de Defesa
2017-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
395Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Ribeiro SamisAngela Maria Roberti MartinsCarlo Maurizio RomaniCarlos Augusto AddorDaniel Aarão Reis FilhoIsmênia de Lima MartinsRenata Torres Schittino
ResumoO tema desta tese é o periódico Libera... Amore Mio, publicado no Rio de Janeiro, apartir de 1991, por indivíduos identificados com os princípios teóricos e práticos doanarquismo. Fundado como informativo do Círculo de Estudos Libertários (CEL) – umcoletivo que promovia, semanalmente, palestras e discussões de textos – o periódicotornou-se, posteriormente, veículo de comunicação da Federação Anarquista do Rio deJaneiro (FARJ), criada em 2003. A partir da análise desta publicação, são investigadasduas questões principais. Primeiro, o modus operandi do jornal. Nesse sentido, avalia-seque tipo de jornalismo era praticado pelos editores e colaboradores; como eram feitas asedições; e quais as diferenças em relação à prática jornalística dos meios decomunicação corporativos, de tendência liberal-burguesa. O segundo questionamento seconfunde com o próprio fazer jornalístico: saber como se caracterizou a ação socialdesses sujeitos históricos; qual a inserção desse coletivo na sociedade civil; onde seusmembros militavam politicamente; que relação (ou tensão) mantinham commovimentos sociais urbanos e outras correntes de esquerda; e quais suas propostaspolíticas frente ao quadro de "consenso neoliberal" compartilhado por boa parte dosEstados latino-americanos na virada dos séculos XX e XXI.
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2017-03 As Capitanias de Pernambuco e a construção dos territórios e das jurisdições na América portuguesa (século XVIII)TítuloAs Capitanias de Pernambuco e a construção dos territórios e das jurisdições na América portuguesa (século XVIII)Autor
José Inaldo Chaves JúniorOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2017-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
385Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioCarlos Gabriel GuimarãesGeorge Felix Cabral de SouzaMaria Fernanda Baptista BicalhoRonald José RaminelliRonaldo VainfasVânia Maria Losada Moreira
ResumoAs Capitanias de Pernambuco e a construção dos territórios e das jurisdições na América portuguesa (século XVIII) tem por objetivo investigar a construção dos espaços de poder e governança coloniais nas antigas capitanias do Norte do Estado do Brasil, fundamentalmente no século XVIII, um período marcado por tensões interimperiais e pelos projetos de reforma territorial no reino e nas conquistas ultramarinas. Deste modo, por meio de uma abordagem que congrega a história da urbanização no mundo português, a história indígena e a história política, o interesse central é compreender o lento processo de construção do ordenamento territorial assumido majoritariamente em meados de Setecentos, que confirmou a capitalidade do Recife e a proeminência de seus governadores-generais no trato com as elites locais e no governo da conquista, mas também foi responsável pela produção de um novo cenário relacional com as populações indígenas, especialmente aquelas que compuseram o contingente-base das chamadas "vilas pombalinas", cuja principal finalidade passava invariavelmente pelo enfrantamento dos sertões e pela reorganização violenta das territorialidades nativas.
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2017-03 A áfrica sob o olhar do Outro: A guiné nas representações literárias e Cartográficas Portuguesas do Século XV.TítuloA áfrica sob o olhar do Outro: A guiné nas representações literárias e Cartográficas Portuguesas do Século XV.Autor
Katiuscia Quirino BarbosaOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2017-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
349Volumes
1Banca de DefesaDouglas Mota Xavier de LimaEdmar Checon de FreitasGracilda AlvesPriscila Aquino SilvaVânia Leite Fróes
ResumoConsiderando o avanço das navegações portuguesas no Atlântico central no século XV, este trabalho tem por finalidade compreender as relações entre portugueses e africanos durante a expansão quatrocentista, a fim de analisar o impacto dessas relações na construção de uma nova perspectiva de mundo, que passa tanto por aspectos culturais, quanto por aspectos geográfico-espaciais. Destacamos as formas como a África fora representada pelos viajantes do período com o intuito de compreender como o continente e seus habitantes foram apreendidos pelos europeus e de que modo os novos contatos culturais estabelecidos à época contribuíram para a formação e consolidação da identidade portuguesa, pautada em valores cristãos, erigida na relação de alteridade com os povos da região da Guiné.
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2017-03 ATítuloAAutor
Igor Gomes SantosOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2017-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
345Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusFelipe Abranches DemierFlávio Dos Santos GomesGabriel AladrénIacy Maia MataPaulo Cruz TerraVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA tese central deste estudo defende que, no contexto das lutas do processo de constituição do Estado nacional no Brasil, sujeitos pobres, de várias raças e cores, atuaram nas brechas da desorganização política, administrativa e militar para realizar pequenas e grandes ações armadas fora da lei que dificultaram os planos de ordem do Império Brasileiro. Essas ações armadas se deram através de atos individuais ou através de "comunidades volantes" que atacavam a propriedade, os mercados e a segurança individualdos "homens de bens". Destacamos no texto a heterogeneidade das ações; das pretensões políticas implícitas ou explícitas; bem como das mobilidades territoriais para que essa hidra, formada de muitas comunidades e indivíduos dispersos, fosse composta. Essa"horda heterogênea" possuía pouca consciência das implicações de sua atuação frente a um sistema político em formação, mas mesmo assim produziu uma miríade de "deslocamentos de autoridades", que confrontou senhores e Estado. Suas ações visavam à sobrevivência material imediata. Negociavam os frutos de suas atividades e de seus serviços com homens poderosos, mas também podiam alterar a correlação de forças em favor dos grupos sociais subalternos quando se envolviam ou aproveitavam das desordens ocasionadas nos rastros de algumas lutas entre classes senhoriais e Estado contra escravos, índios, lavradores pobres e trabalhadores diversos. Contraditoriamente, suas ações podiam deixar a vida desses mesmos grupos subalternos mais difíceis, pois atraíam para os pequenos povoados, através do recrutamento e do encarceramento generalizado, uma "repressão preventiva" contra os modos de vida de homens pobres, taxados de vadios, vagabundos e ociosos. Em aliança com a população criminalizada, lutaram contra o recrutamento e fizeram das cadeias cenário para um contrateatro do poder, atacando-as frequentemente a fim de libertar seus parceiros e vexar simbolicamente algumas autoridades. No entanto, tinham consciência de que, em meio às crises de reacomodação no interior do Estado pelas classes senhoriais, a sua mão de obra era importante para viabilizar as pretensões de poder que localmente ainda dependiam muito da capacidade desses homens poderosos de provar seus potenciais de vencer eleições e garantir a ordem. Do mesmo modo,o desafiante ao poder deveria demonstrar mais força que seu inimigo para se mostrar apto ao apoio do poder central para conquistar postos de comando e de distribuição de cargos que teciam a malha do Estado em vias de centralização. As disputas, eleitoraise outras, se mostraram momentos propícios para os bandidos negociarem uma pauta invisível e muda que envolvia butins, liberdade territorial, o não aprisionamento de seus parceiros, a proteção por autoridades, entre outras demandas. Eles complementavam as forças públicas nas disputas contra os "facciosos", que, por sua vez, tinham em seus exércitos grande proporção de foragidos da justiça.
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2017-03 Formação e reprodução da Aristocracia Visigoda (Séculos V-VIII).TítuloFormação e reprodução da Aristocracia Visigoda (Séculos V-VIII).Autor
Patrick Zanon GuzzoOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2017-03-31Nivel
MestradoPáginas
180Volumes
1Banca de DefesaCarolina Coelho FortesEdmar Checon de FreitasLeila Rodrigues da SilvaMário Jorge da Motta BastosPaulo Henrique de Carvalho Pachá
ResumoO presente trabalho objetiva abordar, por via dos referenciais teóricos do materialismo histórico, os meios pelos quais se constituiu a classe aristocrática no Reino Visigodo de Toledo, entre os séculos V e VIII. Para tanto, buscou-se analisar os diferentes tipos de relação e níveis de ação que esta classe social desenvolveu no interior da sociedade visigótica ibérica a fim de identificar os diferentes tipos de elementos de caracterização pertinentes à afirmação da ascendência social dos membros da aristocracia. A análise de fontes de diversas origens e tipos aqui proposta, portanto, tem por intuito revelar o processo do "fazer-se" da aristocracia do Reino Visigodo de Toledo, partindo-se da premissa de que esta dinâmica só pode ser apreendida na historicidade que lhe dá forma.
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2017-03 Nas Tramas da Política, nos Bastidores das Instituições: O Conselho da Fazenda e a construção do Império Luso-Brasileiro nos Trópicos (1808-1821)TítuloNas Tramas da Política, nos Bastidores das Instituições: O Conselho da Fazenda e a construção do Império Luso-Brasileiro nos Trópicos (1808-1821)Autor
Eder da Silva RibeiroOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2017-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
352Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesClaudia Maria Das Graças ChavesGladys Sabina RibeiroLucia Maria Bastos Pereira Das NevesMaria Fernanda Baptista BicalhoMaria Fernanda Vieira Martins
ResumoEsse estudo tem como objetivo central analisar a organização e o funcionamento docomplexo político e administrativo edificado no Rio de Janeiro após a chegada da Corte deD. João, em 1808. A partir do exame dos assuntos que eram direcionados ao Tribunal doReal Conselho da Fazenda, especialmente aqueles referentes ao sistema de arrecadação decontratos, buscou-se apreender a constituição da nova sede imperial com base em um duplomovimento: Organização e Expansão (1808-1812) e Consolidação e Estabilização (1813-1821). Todavia, a correta assimilação desse processo não pode prescindir de demarcar deforma clara os interesses que orientaram o que à época se entendia efetivamente por"Estado do Brasil", cujos parâmetros devem ser buscados nas dinâmicas próprias existentesna região centro-sul da América portuguesa. Além disso, com o propósito de avaliar o nívelde hierarquia e influência existente entre as instituições fazendárias situadas em Portugal eno Brasil, sobretudo nas matérias de maior importância para o império, procurou-seproceder a uma comparação entre o funcionamento do Conselho da Fazenda de Lisboa e doórgão congênere que foi criado na nova Corte em 1808. Tencionou-se, por fim, tanto pormeio da reconstrução das trajetórias dos membros de maior destaque do Tribunal do Rio deJaneiro, quanto através de seus escritos e memórias, compreender o pensamento político e arelevância desse organismo para os objetivos de construção do Império luso-brasileiro nostrópicos.
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2017-03 Rebeliões Heterônomas: Cochabamba na era de Túpac Amaru, 1780-1782TítuloRebeliões Heterônomas: Cochabamba na era de Túpac Amaru, 1780-1782Autor
Cesar Augusto Coaguila CalvimontesOrientador(a)
Marcelo da Rocha WanderleyData de Defesa
2017-03-31Nivel
MestradoPáginas
292Volumes
1Banca de DefesaEduardo Natalino Dos SantosElisa Frühauf GarciaMarcelo da Rocha WanderleyMaria Verónica Secreto Ferreras
ResumoA presente pesquisa é uma peça historica que faz parte da Grande Rebelião de índios que se desenrolou nos Andes entre os anos 1780 e 1782, vinculada aos ideais (à época) de Túpac Amaru. Privilegiando os fatos ocorridos na região de Cochabamba, abordamos tanto os acontecimentos suscitados pelas autoridades espanholas como as respostas dadas pelos nativos, também os exércitos rebeldes e realistas, os interesses dos criolos e os das comunidades andinas. Enfocamos o agir das autoridades locais no mundo colonial hispânico assim como aquele que era próprio dos ayllus e dos povoados de índios. Refletimos sobre a subjetividade étnica, a cultura e a politica de supremacia do espanhol, introduzida no espaço andino pelo poder colonial que, após 250 anos de colonização, redefiniu o perfil de todas as suas colônias na América do Sul ao introduzir a ruptura étnica nas comunidades de índios que em busca da integralidade perdida, tentaram encontrar, pelas armas, o caminho da libertação.
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2017-03 Feitiço caboclo: um índio mandingueiro condenado pela InquisiçãoTítuloFeitiço caboclo: um índio mandingueiro condenado pela InquisiçãoAutor
Luís Rafael Araújo CorrêaOrientador(a)
Maria Regina Celestino de AlmeidaData de Defesa
2017-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
271Volumes
1Banca de DefesaAlmir Diniz de Carvalho JúniorCélia Cristina da Silva TavaresDaniela Buono CalainhoMaria Regina Celestino de AlmeidaMariza de Carvalho SoaresRonaldo VainfasVânia Maria Losada Moreira
ResumoO tema da presente tese se desenvolve a partir da trajetória de Miguel Ferreira Pestana, índionatural do aldeamento de Reritiba, no Espírito Santo, e que foi julgado pela Inquisiçãoportuguesa sob a acusação de feitiçaria – por portar bolsas de mandinga e cartas de tocar – epacto com o diabo. Emblemática, a vida de Pestana foi marcada pelas fugas do aldeamento emque vivia, pelas andanças entre o Espírito Santo e o Rio de Janeiro – que acabaram levando-o àfreguesia de Inhomirim, no Recôncavo da Guanabara – e também pela diversidade de suascrenças religiosas, fruto em grande parte das múltiplas e heterogêneas relações que manteve aolongo de sua vida. Nesse sentido, o foco estará voltado principalmente para a recepção e acircularidade da religiosidade colonial e de práticas mágicas entre indivíduos de origem indígena;para a heterogeneidade étnica, cultural e social característica dos ambientes nos quais viveu,considerando os processos de mestiçagem pelos quais passou; e para as possibilidades de ação e olugar social de indígenas inseridos ao mundo colonial que, por opção ou em virtude dascircunstâncias, viveram fora dos aldeamentos. O objetivo será destacar reflexões e apontamentossobre a sua trajetória, conectando-a a um contexto mais amplo a fim de denotar que casos como odeste personagem possuíram mais paralelos do que se costuma imaginar.
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2017-03 Negócios e negociantes lusitanos: O comércio dos portugueses em Belém dos meados do oitocentosTítuloNegócios e negociantes lusitanos: O comércio dos portugueses em Belém dos meados do oitocentosAutor
Mábia Aline Freitas SalesOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2017-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
371Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesIsmênia de Lima MartinsLeila Mourão MirandaLúcia Maria Paschoal GuimarãesLuiz Fernando SaraivaMariana de Aguiar Ferreira MuazeWalter Luiz Carneiro de Mattos Pereira
ResumoA presente tese tem por objetivo analisar o comércio dos portugueses em Belém nos meados do século XIX. Esse período apresenta uma dinâmica comercial acentuada marcada pela inserção dos imigrantes/negociantes portugueses que, desde o final do século XVIII, movimentavam a economia do Pará, mesmo em momentos conturbados como a abertura dos portos em 1808, o processo de independência em 1823 e a Cabanagem de 1835. Nesse contexto, os comerciantes de grosso trato ultrapassaram as intempéries pontuais e experimentaram o reflorescimento do comércio que iniciou logo após os legalistas retomarem o poder e se acentuou à medida que se distanciavam os anos da revolta cabana. Assim, buscou-se analisar as inúmeras possibilidades de atuação dos negociantes lusitanos no comércio, considerando que além do comércio havia uma rede de sociabilidades – a participação em ações de benevolências, a inserção na Santa Casa de misericórdia, no Grêmio Literário Português e a obtenção de títulos nobiliárquicos -, além das redes familiares, parentais, nas quais o negociante português buscava alcançar inclusão e prestígio social. Para alcançar tal distinção na hierarquia social era preciso atuar como agentes mercantis, vender, comprar, emprestar e diversificar seus investimentos. Com base nos registros de passaportes de migrantes portugueses, em registros das navegações portuguesas e nas matrículas no Tribunal de Comércio, escrituras públicas e inventários post-mortem, buscou-se mapear muitos aspectos que fizeram dos negociantes portugueses um grupo importante na Belém do oitocentos.
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2017-03 A Companhia de Jesus e os Pregadores Japoneses: Missões Jesuítas e Mediação Religiosa (1549 -1614)TítuloA Companhia de Jesus e os Pregadores Japoneses: Missões Jesuítas e Mediação Religiosa (1549 -1614)Autor
Jorge Henrique Cardoso LeãoOrientador(a)
Elisa Frühauf GarciaData de Defesa
2017-03-30Nivel
DoutoradoPáginas
319Volumes
Banca de DefesaBruna Dutra de Oliveira Soalheiro CruzDaniela Buono CalainhoElisa Frühauf GarciaEunícia Barros Barcelos FernandesPatrícia Souza de FariaRonald José RaminelliRonaldo Vainfas
ResumoA difusão do Evangelho no Japão começou com a chegada dos jesuítas em 1549. Donosde uma cultura peculiar e de uma estrutura social hierarquizada, os japoneses setornaram alvos da admiração dos missionários, que chegaram a adjetiva-los de Brancosda Ásia. O Japão estava localizado na zona de periferia do império português, o queacarretou sérias complicações para a evangelização. Além da distância em relação àGoa e a falta de padres e de recursos, havia as disparidades culturais, religiosas elinguísticas, somadas a instabilidade política por conta da Sengoku-Jidai. No séculoXVI, os jesuítas utilizaram o modelo de cooperação com as elites locais e as diferentesestratégias de adaptação como meios de obter resultados consideráveis para ocatolicismo nos arquipélagos de Kyushu e Honshu. No cotidiano dos padres, ospercalços quase sempre foram superados com a ajuda dos nativos, levando Companhiade Jesus a pensar na elaboração de um corpo de auxiliares e catequistas, chamados dedógicos, com intuito de dar suporte linguístico e doutrinário aos padres. Entre 1549 e1578, os catequistas foram largamente utilizados pelos jesuítas, no entanto, suainstitucionalização veio somente a partir de 1579, quando Alessandro Valignanoinstituiu a política de formação desses indivíduos a partir de colégios e seminários. Asmanobras institucionais do visitador evidenciaram a predileção pelos dógicos, que apartir das décadas de 1580 e 1590 passaram por um processo de aprimoramentoeducacional com a criação de seminários e colégios no Japão e em Macau. Apesar dorelativo sucesso das missões, o início do século XVII foi marcado pelos recuos nessascomunidades cristãs, em consequência da ascensão do xogunato Tokugawa. Entretanto,entre 1598 e 1614, período de atividade do bispo de Funai, D. Luís de Cerqueira,começaram a acontecer as primeiras ordenações de nativos no Japão com a criação doSeminário Diocesano de Nagasaki. Deste modo, o receio do fracasso do cristianismopor conta das reviravoltas políticas levou os jesuítas transformarem os dógicos em umclero nativo, garantindo a sobrevivência de suas comunidades mesmo no auge dasperseguições religiosas.
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2017-03 Stand up now, diggers all: A experiência Digger na Inglaterra revolucionária seiscentista (1648 - 1652)TítuloStand up now, diggers all: A experiência Digger na Inglaterra revolucionária seiscentista (1648 - 1652)Autor
Lívia Bernardes RobergeOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2017-03-30Nivel
MestradoPáginas
162Volumes
1Banca de DefesaGeorgina Silva Dos SantosLuís Filipe Silvério LimaLuiz Carlos SoaresRodrigo Nunes Bentes MonteiroSilvia Regina Liebel
ResumoDurante o período denominado Revolução Inglesa (1640-1660), houve o surgimento de uma série de grupos e seitas político-religiosas que influenciaram este contexto de diversas maneiras. Dentre tais grupos, os Diggers possuíram uma atuação fortemente marcada por questões relacionadas à ideia de propriedade de terra, demandando, por exemplo, o direito de cultivo das terras comunais pelas pessoas comuns e o fim da política de cercamentos. A partir de um posicionamento crítico frente à habitual centralização do movimento na figura de Gerrard Winstanley por grande parte da historiografia, procura-se compreender os Diggers como havendo tido uma atuação coletiva, entre os anos de 1649 e 1650, utilizando como fontes panfletos publicados entre 1648 e 1652. A partir da formulação de questionamentos a respeito da construção da sua identidade enquanto grupo e da forma como atuavam, procurar-se-á determinar de que maneira a atuação Digger é mais adequadamente compreendida historicamente dentro deste contexto, e de que forma eles podem ser caracterizados como radicais.
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2017-03 Construindo a Hegemonia na Alta Idade Média: Gregório Magno e as Monarquias no OcidenteTítuloConstruindo a Hegemonia na Alta Idade Média: Gregório Magno e as Monarquias no OcidenteAutor
João Paulo CharroneOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2017-03-30Nivel
DoutoradoPáginas
375Volumes
1Banca de DefesaAndréia Cristina Lopes Frazão da SilvaCarolina Coelho FortesEdmar Checon de FreitasLeila Rodrigues da SilvaMário Jorge da Motta BastosPaulo Duarte SilvaRodrigo Dos Santos Rainha
ResumoO objetivo central desse trabalho é analisar Gregório I (540-604) como intelectual orgânico do papado frente às monarquias germânicas. Isto é, traçar as estratégias do bispo de Roma para firmar sua posição como facção hegemônica frente aos Estados ampliados germânicos, notadamente, os lombardos, francos e anglo-saxões. Neste sentido, acreditamos que a correspondência que o bispo de Roma manteve com os esses reinos podem ser tomadas, num sentido amplo, como indicativas de seu pensamento político e, mais especificamente, como referência de suas ideias acerca das relações entre Igreja e os Estados Segmentários. A realidade histórica impunha ao bispo de Roma uma multiplicidade de problemas e desafios que exigiam a realização de respostas e articuladas intervenções, deste modo, muitos episódios que colaboraram para a ampliação do poder papal, durante o pontificado gregoriano, foram acidentais, inesperados e autônomos em relação os anseios do papa; por extensão, boa parte de suas deliberações e ações, longe de pertencerem a um plano coerente e preestabelecido, não passaram, na verdade, das mais genuínas reações às conjunturas e situações particulares.
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2017-03 A "cubanização" do Brasil e o mundo rural: A crise do governo Goulart na imprensa carioca (1961-1964)TítuloA "cubanização" do Brasil e o mundo rural: A crise do governo Goulart na imprensa carioca (1961-1964)Autor
Pedro Henrique Barbosa BalthazarOrientador(a)
Marcus Ajuruam de Oliveira DezemoneData de Defesa
2017-03-30Nivel
MestradoPáginas
134Volumes
1Banca de DefesaFabiano Soares MagdalenoMárcia Maria Menendes MottaMarcus Ajuruam de Oliveira DezemoneMario Grynszpan
ResumoA "CUBANIZAÇÃO" DO BRASIL E O MUNDO RURAL: A CRISE DO GOVERNO GOULART (1961-1964) NA IMPRENSA CARIOCA A pesquisa pretende discutir o papel de parte da imprensa carioca na campanha de desestabilização e na conspiração que contribuíram com a deposição do governo João Goulart (1961-1964). Para isso, se concentra nas representações sobre a noção de "cubanização" do Brasil e sua relação com o mundo rural, a partir da análise de temas como as Ligas Camponesas e as visões sobre a região Nordeste. Tal discurso serviu para desqualificar movimentos sociais no campo e foi utilizado para legitimar o golpe de 1964.
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2017-03 Mulheres no Seringal: Experiência, trabalho e muitas histórias (1940-1950)TítuloMulheres no Seringal: Experiência, trabalho e muitas histórias (1940-1950)Autor
Agda Lima BritoOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2017-03-30Nivel
MestradoPáginas
139Volumes
1Banca de DefesaAdonia Antunes PradoAntônio Emilio MorgaElisa de Campos BorgesMaria Verónica Secreto FerrerasNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoBuscamos através de fontes orais, periódicos e fontes oficiais, pesquisar a história de trabalho das mulheres que viveram nos seringais. Nossas protagonistas são as mulheres nascidas na região da Amazônia e/ou mulheres imigrantes, sobretudo nordestinas, em buscas de delinearmos suas vivências em meio às matas Amazônicas. Para isso foi necessário reconstituirmos: o trajeto que esses imigrantes fizeram até as áreas que eram colhidas o látex; o meio de transporte, as regiões onde ficaram hospedadas e a política de recrutamento do governo Vargas. Para posteriormente ir caminhando em direção as áreas de seringais, que ficavam em meio mata, perceber como as mulheres através do trabalho como coleta de castanha, coleta de açaí, cultivo de gêneros alimentícios, defumação de borracha e pesca. Nessa variedade de atividades onde elas estavam inseridas, eram as responsáveis pela manutenção de suas famílias, além de com isso evitarem comprar produtos nos barracões dos patrões. Tratando de suas histórias de trabalho, abrimos um leque de outras discussões como a alimentação, às práticas de cura, o parto, as festas, enfim seu cotidiano de trabalho, lazer e resistência frente aos patrões, no período de 1940 até 1950.