Dissertations and Theses
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2017-03 A áfrica sob o olhar do Outro: A guiné nas representações literárias e Cartográficas Portuguesas do Século XV.TítuloA áfrica sob o olhar do Outro: A guiné nas representações literárias e Cartográficas Portuguesas do Século XV.Autor
Katiuscia Quirino BarbosaOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2017-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
349Volumes
1Banca de DefesaDouglas Mota Xavier de LimaEdmar Checon de FreitasGracilda AlvesPriscila Aquino SilvaVânia Leite Fróes
ResumoConsiderando o avanço das navegações portuguesas no Atlântico central no século XV, este trabalho tem por finalidade compreender as relações entre portugueses e africanos durante a expansão quatrocentista, a fim de analisar o impacto dessas relações na construção de uma nova perspectiva de mundo, que passa tanto por aspectos culturais, quanto por aspectos geográfico-espaciais. Destacamos as formas como a África fora representada pelos viajantes do período com o intuito de compreender como o continente e seus habitantes foram apreendidos pelos europeus e de que modo os novos contatos culturais estabelecidos à época contribuíram para a formação e consolidação da identidade portuguesa, pautada em valores cristãos, erigida na relação de alteridade com os povos da região da Guiné.
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2017-03 ATítuloAAutor
Igor Gomes SantosOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2017-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
345Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusFelipe Abranches DemierFlávio Dos Santos GomesGabriel AladrénIacy Maia MataPaulo Cruz TerraVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA tese central deste estudo defende que, no contexto das lutas do processo de constituição do Estado nacional no Brasil, sujeitos pobres, de várias raças e cores, atuaram nas brechas da desorganização política, administrativa e militar para realizar pequenas e grandes ações armadas fora da lei que dificultaram os planos de ordem do Império Brasileiro. Essas ações armadas se deram através de atos individuais ou através de "comunidades volantes" que atacavam a propriedade, os mercados e a segurança individualdos "homens de bens". Destacamos no texto a heterogeneidade das ações; das pretensões políticas implícitas ou explícitas; bem como das mobilidades territoriais para que essa hidra, formada de muitas comunidades e indivíduos dispersos, fosse composta. Essa"horda heterogênea" possuía pouca consciência das implicações de sua atuação frente a um sistema político em formação, mas mesmo assim produziu uma miríade de "deslocamentos de autoridades", que confrontou senhores e Estado. Suas ações visavam à sobrevivência material imediata. Negociavam os frutos de suas atividades e de seus serviços com homens poderosos, mas também podiam alterar a correlação de forças em favor dos grupos sociais subalternos quando se envolviam ou aproveitavam das desordens ocasionadas nos rastros de algumas lutas entre classes senhoriais e Estado contra escravos, índios, lavradores pobres e trabalhadores diversos. Contraditoriamente, suas ações podiam deixar a vida desses mesmos grupos subalternos mais difíceis, pois atraíam para os pequenos povoados, através do recrutamento e do encarceramento generalizado, uma "repressão preventiva" contra os modos de vida de homens pobres, taxados de vadios, vagabundos e ociosos. Em aliança com a população criminalizada, lutaram contra o recrutamento e fizeram das cadeias cenário para um contrateatro do poder, atacando-as frequentemente a fim de libertar seus parceiros e vexar simbolicamente algumas autoridades. No entanto, tinham consciência de que, em meio às crises de reacomodação no interior do Estado pelas classes senhoriais, a sua mão de obra era importante para viabilizar as pretensões de poder que localmente ainda dependiam muito da capacidade desses homens poderosos de provar seus potenciais de vencer eleições e garantir a ordem. Do mesmo modo,o desafiante ao poder deveria demonstrar mais força que seu inimigo para se mostrar apto ao apoio do poder central para conquistar postos de comando e de distribuição de cargos que teciam a malha do Estado em vias de centralização. As disputas, eleitoraise outras, se mostraram momentos propícios para os bandidos negociarem uma pauta invisível e muda que envolvia butins, liberdade territorial, o não aprisionamento de seus parceiros, a proteção por autoridades, entre outras demandas. Eles complementavam as forças públicas nas disputas contra os "facciosos", que, por sua vez, tinham em seus exércitos grande proporção de foragidos da justiça.
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2017-03 Formação e reprodução da Aristocracia Visigoda (Séculos V-VIII).TítuloFormação e reprodução da Aristocracia Visigoda (Séculos V-VIII).Autor
Patrick Zanon GuzzoOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2017-03-31Nivel
MestradoPáginas
180Volumes
1Banca de DefesaCarolina Coelho FortesEdmar Checon de FreitasLeila Rodrigues da SilvaMário Jorge da Motta BastosPaulo Henrique de Carvalho Pachá
ResumoO presente trabalho objetiva abordar, por via dos referenciais teóricos do materialismo histórico, os meios pelos quais se constituiu a classe aristocrática no Reino Visigodo de Toledo, entre os séculos V e VIII. Para tanto, buscou-se analisar os diferentes tipos de relação e níveis de ação que esta classe social desenvolveu no interior da sociedade visigótica ibérica a fim de identificar os diferentes tipos de elementos de caracterização pertinentes à afirmação da ascendência social dos membros da aristocracia. A análise de fontes de diversas origens e tipos aqui proposta, portanto, tem por intuito revelar o processo do "fazer-se" da aristocracia do Reino Visigodo de Toledo, partindo-se da premissa de que esta dinâmica só pode ser apreendida na historicidade que lhe dá forma.
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2017-03 Nas Tramas da Política, nos Bastidores das Instituições: O Conselho da Fazenda e a construção do Império Luso-Brasileiro nos Trópicos (1808-1821)TítuloNas Tramas da Política, nos Bastidores das Instituições: O Conselho da Fazenda e a construção do Império Luso-Brasileiro nos Trópicos (1808-1821)Autor
Eder da Silva RibeiroOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2017-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
352Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesClaudia Maria Das Graças ChavesGladys Sabina RibeiroLucia Maria Bastos Pereira Das NevesMaria Fernanda Baptista BicalhoMaria Fernanda Vieira Martins
ResumoEsse estudo tem como objetivo central analisar a organização e o funcionamento docomplexo político e administrativo edificado no Rio de Janeiro após a chegada da Corte deD. João, em 1808. A partir do exame dos assuntos que eram direcionados ao Tribunal doReal Conselho da Fazenda, especialmente aqueles referentes ao sistema de arrecadação decontratos, buscou-se apreender a constituição da nova sede imperial com base em um duplomovimento: Organização e Expansão (1808-1812) e Consolidação e Estabilização (1813-1821). Todavia, a correta assimilação desse processo não pode prescindir de demarcar deforma clara os interesses que orientaram o que à época se entendia efetivamente por"Estado do Brasil", cujos parâmetros devem ser buscados nas dinâmicas próprias existentesna região centro-sul da América portuguesa. Além disso, com o propósito de avaliar o nívelde hierarquia e influência existente entre as instituições fazendárias situadas em Portugal eno Brasil, sobretudo nas matérias de maior importância para o império, procurou-seproceder a uma comparação entre o funcionamento do Conselho da Fazenda de Lisboa e doórgão congênere que foi criado na nova Corte em 1808. Tencionou-se, por fim, tanto pormeio da reconstrução das trajetórias dos membros de maior destaque do Tribunal do Rio deJaneiro, quanto através de seus escritos e memórias, compreender o pensamento político e arelevância desse organismo para os objetivos de construção do Império luso-brasileiro nostrópicos.
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2017-03 Rebeliões Heterônomas: Cochabamba na era de Túpac Amaru, 1780-1782TítuloRebeliões Heterônomas: Cochabamba na era de Túpac Amaru, 1780-1782Autor
Cesar Augusto Coaguila CalvimontesOrientador(a)
Marcelo da Rocha WanderleyData de Defesa
2017-03-31Nivel
MestradoPáginas
292Volumes
1Banca de DefesaEduardo Natalino Dos SantosElisa Frühauf GarciaMarcelo da Rocha WanderleyMaria Verónica Secreto Ferreras
ResumoA presente pesquisa é uma peça historica que faz parte da Grande Rebelião de índios que se desenrolou nos Andes entre os anos 1780 e 1782, vinculada aos ideais (à época) de Túpac Amaru. Privilegiando os fatos ocorridos na região de Cochabamba, abordamos tanto os acontecimentos suscitados pelas autoridades espanholas como as respostas dadas pelos nativos, também os exércitos rebeldes e realistas, os interesses dos criolos e os das comunidades andinas. Enfocamos o agir das autoridades locais no mundo colonial hispânico assim como aquele que era próprio dos ayllus e dos povoados de índios. Refletimos sobre a subjetividade étnica, a cultura e a politica de supremacia do espanhol, introduzida no espaço andino pelo poder colonial que, após 250 anos de colonização, redefiniu o perfil de todas as suas colônias na América do Sul ao introduzir a ruptura étnica nas comunidades de índios que em busca da integralidade perdida, tentaram encontrar, pelas armas, o caminho da libertação.
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2017-03 Feitiço caboclo: um índio mandingueiro condenado pela InquisiçãoTítuloFeitiço caboclo: um índio mandingueiro condenado pela InquisiçãoAutor
Luís Rafael Araújo CorrêaOrientador(a)
Maria Regina Celestino de AlmeidaData de Defesa
2017-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
271Volumes
1Banca de DefesaAlmir Diniz de Carvalho JúniorCélia Cristina da Silva TavaresDaniela Buono CalainhoMaria Regina Celestino de AlmeidaMariza de Carvalho SoaresRonaldo VainfasVânia Maria Losada Moreira
ResumoO tema da presente tese se desenvolve a partir da trajetória de Miguel Ferreira Pestana, índionatural do aldeamento de Reritiba, no Espírito Santo, e que foi julgado pela Inquisiçãoportuguesa sob a acusação de feitiçaria – por portar bolsas de mandinga e cartas de tocar – epacto com o diabo. Emblemática, a vida de Pestana foi marcada pelas fugas do aldeamento emque vivia, pelas andanças entre o Espírito Santo e o Rio de Janeiro – que acabaram levando-o àfreguesia de Inhomirim, no Recôncavo da Guanabara – e também pela diversidade de suascrenças religiosas, fruto em grande parte das múltiplas e heterogêneas relações que manteve aolongo de sua vida. Nesse sentido, o foco estará voltado principalmente para a recepção e acircularidade da religiosidade colonial e de práticas mágicas entre indivíduos de origem indígena;para a heterogeneidade étnica, cultural e social característica dos ambientes nos quais viveu,considerando os processos de mestiçagem pelos quais passou; e para as possibilidades de ação e olugar social de indígenas inseridos ao mundo colonial que, por opção ou em virtude dascircunstâncias, viveram fora dos aldeamentos. O objetivo será destacar reflexões e apontamentossobre a sua trajetória, conectando-a a um contexto mais amplo a fim de denotar que casos como odeste personagem possuíram mais paralelos do que se costuma imaginar.
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2017-03 Negócios e negociantes lusitanos: O comércio dos portugueses em Belém dos meados do oitocentosTítuloNegócios e negociantes lusitanos: O comércio dos portugueses em Belém dos meados do oitocentosAutor
Mábia Aline Freitas SalesOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2017-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
371Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesIsmênia de Lima MartinsLeila Mourão MirandaLúcia Maria Paschoal GuimarãesLuiz Fernando SaraivaMariana de Aguiar Ferreira MuazeWalter Luiz Carneiro de Mattos Pereira
ResumoA presente tese tem por objetivo analisar o comércio dos portugueses em Belém nos meados do século XIX. Esse período apresenta uma dinâmica comercial acentuada marcada pela inserção dos imigrantes/negociantes portugueses que, desde o final do século XVIII, movimentavam a economia do Pará, mesmo em momentos conturbados como a abertura dos portos em 1808, o processo de independência em 1823 e a Cabanagem de 1835. Nesse contexto, os comerciantes de grosso trato ultrapassaram as intempéries pontuais e experimentaram o reflorescimento do comércio que iniciou logo após os legalistas retomarem o poder e se acentuou à medida que se distanciavam os anos da revolta cabana. Assim, buscou-se analisar as inúmeras possibilidades de atuação dos negociantes lusitanos no comércio, considerando que além do comércio havia uma rede de sociabilidades – a participação em ações de benevolências, a inserção na Santa Casa de misericórdia, no Grêmio Literário Português e a obtenção de títulos nobiliárquicos -, além das redes familiares, parentais, nas quais o negociante português buscava alcançar inclusão e prestígio social. Para alcançar tal distinção na hierarquia social era preciso atuar como agentes mercantis, vender, comprar, emprestar e diversificar seus investimentos. Com base nos registros de passaportes de migrantes portugueses, em registros das navegações portuguesas e nas matrículas no Tribunal de Comércio, escrituras públicas e inventários post-mortem, buscou-se mapear muitos aspectos que fizeram dos negociantes portugueses um grupo importante na Belém do oitocentos.
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2017-03 A Companhia de Jesus e os Pregadores Japoneses: Missões Jesuítas e Mediação Religiosa (1549 -1614)TítuloA Companhia de Jesus e os Pregadores Japoneses: Missões Jesuítas e Mediação Religiosa (1549 -1614)Autor
Jorge Henrique Cardoso LeãoOrientador(a)
Elisa Frühauf GarciaData de Defesa
2017-03-30Nivel
DoutoradoPáginas
319Volumes
Banca de DefesaBruna Dutra de Oliveira Soalheiro CruzDaniela Buono CalainhoElisa Frühauf GarciaEunícia Barros Barcelos FernandesPatrícia Souza de FariaRonald José RaminelliRonaldo Vainfas
ResumoA difusão do Evangelho no Japão começou com a chegada dos jesuítas em 1549. Donosde uma cultura peculiar e de uma estrutura social hierarquizada, os japoneses setornaram alvos da admiração dos missionários, que chegaram a adjetiva-los de Brancosda Ásia. O Japão estava localizado na zona de periferia do império português, o queacarretou sérias complicações para a evangelização. Além da distância em relação àGoa e a falta de padres e de recursos, havia as disparidades culturais, religiosas elinguísticas, somadas a instabilidade política por conta da Sengoku-Jidai. No séculoXVI, os jesuítas utilizaram o modelo de cooperação com as elites locais e as diferentesestratégias de adaptação como meios de obter resultados consideráveis para ocatolicismo nos arquipélagos de Kyushu e Honshu. No cotidiano dos padres, ospercalços quase sempre foram superados com a ajuda dos nativos, levando Companhiade Jesus a pensar na elaboração de um corpo de auxiliares e catequistas, chamados dedógicos, com intuito de dar suporte linguístico e doutrinário aos padres. Entre 1549 e1578, os catequistas foram largamente utilizados pelos jesuítas, no entanto, suainstitucionalização veio somente a partir de 1579, quando Alessandro Valignanoinstituiu a política de formação desses indivíduos a partir de colégios e seminários. Asmanobras institucionais do visitador evidenciaram a predileção pelos dógicos, que apartir das décadas de 1580 e 1590 passaram por um processo de aprimoramentoeducacional com a criação de seminários e colégios no Japão e em Macau. Apesar dorelativo sucesso das missões, o início do século XVII foi marcado pelos recuos nessascomunidades cristãs, em consequência da ascensão do xogunato Tokugawa. Entretanto,entre 1598 e 1614, período de atividade do bispo de Funai, D. Luís de Cerqueira,começaram a acontecer as primeiras ordenações de nativos no Japão com a criação doSeminário Diocesano de Nagasaki. Deste modo, o receio do fracasso do cristianismopor conta das reviravoltas políticas levou os jesuítas transformarem os dógicos em umclero nativo, garantindo a sobrevivência de suas comunidades mesmo no auge dasperseguições religiosas.
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2017-03 Stand up now, diggers all: A experiência Digger na Inglaterra revolucionária seiscentista (1648 - 1652)TítuloStand up now, diggers all: A experiência Digger na Inglaterra revolucionária seiscentista (1648 - 1652)Autor
Lívia Bernardes RobergeOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2017-03-30Nivel
MestradoPáginas
162Volumes
1Banca de DefesaGeorgina Silva Dos SantosLuís Filipe Silvério LimaLuiz Carlos SoaresRodrigo Nunes Bentes MonteiroSilvia Regina Liebel
ResumoDurante o período denominado Revolução Inglesa (1640-1660), houve o surgimento de uma série de grupos e seitas político-religiosas que influenciaram este contexto de diversas maneiras. Dentre tais grupos, os Diggers possuíram uma atuação fortemente marcada por questões relacionadas à ideia de propriedade de terra, demandando, por exemplo, o direito de cultivo das terras comunais pelas pessoas comuns e o fim da política de cercamentos. A partir de um posicionamento crítico frente à habitual centralização do movimento na figura de Gerrard Winstanley por grande parte da historiografia, procura-se compreender os Diggers como havendo tido uma atuação coletiva, entre os anos de 1649 e 1650, utilizando como fontes panfletos publicados entre 1648 e 1652. A partir da formulação de questionamentos a respeito da construção da sua identidade enquanto grupo e da forma como atuavam, procurar-se-á determinar de que maneira a atuação Digger é mais adequadamente compreendida historicamente dentro deste contexto, e de que forma eles podem ser caracterizados como radicais.
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2017-03 Construindo a Hegemonia na Alta Idade Média: Gregório Magno e as Monarquias no OcidenteTítuloConstruindo a Hegemonia na Alta Idade Média: Gregório Magno e as Monarquias no OcidenteAutor
João Paulo CharroneOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2017-03-30Nivel
DoutoradoPáginas
375Volumes
1Banca de DefesaAndréia Cristina Lopes Frazão da SilvaCarolina Coelho FortesEdmar Checon de FreitasLeila Rodrigues da SilvaMário Jorge da Motta BastosPaulo Duarte SilvaRodrigo Dos Santos Rainha
ResumoO objetivo central desse trabalho é analisar Gregório I (540-604) como intelectual orgânico do papado frente às monarquias germânicas. Isto é, traçar as estratégias do bispo de Roma para firmar sua posição como facção hegemônica frente aos Estados ampliados germânicos, notadamente, os lombardos, francos e anglo-saxões. Neste sentido, acreditamos que a correspondência que o bispo de Roma manteve com os esses reinos podem ser tomadas, num sentido amplo, como indicativas de seu pensamento político e, mais especificamente, como referência de suas ideias acerca das relações entre Igreja e os Estados Segmentários. A realidade histórica impunha ao bispo de Roma uma multiplicidade de problemas e desafios que exigiam a realização de respostas e articuladas intervenções, deste modo, muitos episódios que colaboraram para a ampliação do poder papal, durante o pontificado gregoriano, foram acidentais, inesperados e autônomos em relação os anseios do papa; por extensão, boa parte de suas deliberações e ações, longe de pertencerem a um plano coerente e preestabelecido, não passaram, na verdade, das mais genuínas reações às conjunturas e situações particulares.
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2017-03 A "cubanização" do Brasil e o mundo rural: A crise do governo Goulart na imprensa carioca (1961-1964)TítuloA "cubanização" do Brasil e o mundo rural: A crise do governo Goulart na imprensa carioca (1961-1964)Autor
Pedro Henrique Barbosa BalthazarOrientador(a)
Marcus Ajuruam de Oliveira DezemoneData de Defesa
2017-03-30Nivel
MestradoPáginas
134Volumes
1Banca de DefesaFabiano Soares MagdalenoMárcia Maria Menendes MottaMarcus Ajuruam de Oliveira DezemoneMario Grynszpan
ResumoA "CUBANIZAÇÃO" DO BRASIL E O MUNDO RURAL: A CRISE DO GOVERNO GOULART (1961-1964) NA IMPRENSA CARIOCA A pesquisa pretende discutir o papel de parte da imprensa carioca na campanha de desestabilização e na conspiração que contribuíram com a deposição do governo João Goulart (1961-1964). Para isso, se concentra nas representações sobre a noção de "cubanização" do Brasil e sua relação com o mundo rural, a partir da análise de temas como as Ligas Camponesas e as visões sobre a região Nordeste. Tal discurso serviu para desqualificar movimentos sociais no campo e foi utilizado para legitimar o golpe de 1964.
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2017-03 Mulheres no Seringal: Experiência, trabalho e muitas histórias (1940-1950)TítuloMulheres no Seringal: Experiência, trabalho e muitas histórias (1940-1950)Autor
Agda Lima BritoOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2017-03-30Nivel
MestradoPáginas
139Volumes
1Banca de DefesaAdonia Antunes PradoAntônio Emilio MorgaElisa de Campos BorgesMaria Verónica Secreto FerrerasNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoBuscamos através de fontes orais, periódicos e fontes oficiais, pesquisar a história de trabalho das mulheres que viveram nos seringais. Nossas protagonistas são as mulheres nascidas na região da Amazônia e/ou mulheres imigrantes, sobretudo nordestinas, em buscas de delinearmos suas vivências em meio às matas Amazônicas. Para isso foi necessário reconstituirmos: o trajeto que esses imigrantes fizeram até as áreas que eram colhidas o látex; o meio de transporte, as regiões onde ficaram hospedadas e a política de recrutamento do governo Vargas. Para posteriormente ir caminhando em direção as áreas de seringais, que ficavam em meio mata, perceber como as mulheres através do trabalho como coleta de castanha, coleta de açaí, cultivo de gêneros alimentícios, defumação de borracha e pesca. Nessa variedade de atividades onde elas estavam inseridas, eram as responsáveis pela manutenção de suas famílias, além de com isso evitarem comprar produtos nos barracões dos patrões. Tratando de suas histórias de trabalho, abrimos um leque de outras discussões como a alimentação, às práticas de cura, o parto, as festas, enfim seu cotidiano de trabalho, lazer e resistência frente aos patrões, no período de 1940 até 1950.
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2017-03 QUE FFUESE FFECHO POR ESCRIPTO PARA SSIENPRE: O SCRIPTORIUM RÉGIO E A CULTURA ESCRITA NO REINADO DE AFONSO X (CASTELA E LEÃO, 1252-1284)TítuloQUE FFUESE FFECHO POR ESCRIPTO PARA SSIENPRE: O SCRIPTORIUM RÉGIO E A CULTURA ESCRITA NO REINADO DE AFONSO X (CASTELA E LEÃO, 1252-1284)Autor
Leonardo Augusto Silva FontesOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2017-03-29Nivel
DoutoradoPáginas
431Volumes
1Banca de DefesaGiselle Martins VenancioLenora Pinto MendesMaria do Amparo Tavares MalevalRaquel Alvitos PereiraRenata Rodrigues VerezaSínval Carlos Mello GonçalvesVânia Leite Fróes
ResumoEsta tese situa-se no âmbito de uma história cultural renovada, a partir dos estudos de Roger Chartier e Paul Zumthor sobre o livro, a cultura escrita, a oralidade e as práticas de leitura na Baixa Idade Média, principalmente em relação ao poder. A hipótese central buscou confirmar como o projeto político-cultural e o scriptorium régio atuaram por meio da cultura escrita na sustentação do reinado de Afonso X, rei de Castela e Leão (1252-1284), autor e tradutor de diversas obras. Esse material escrito foi condensado em um extenso corpus documental: seus documentos de chancelaria, a fim de dimensionar a extensão e importância de seu scriptorium, de sua produção livresca e de seus profissionais, Dentre esses escritos, destacam-se os privilégios reais, que iluminam pontos acerca da relação da corte afonsina com os súditos-leitores, entre outros temas. As grandes obras (cronísticas, poéticas, científicas e jurídicas) afonsinas, incluindo suas traduções de textos clássicos greco-romanos, árabes e judaicos, são fundamentais para compreender e explicar o motivo e os mecanismos pelos quais foram criadas e traduzidas e o que elas trazem de representativo sobre o livro e a leitura nessa época, para além de seu uso no exercício do poder. Pretendeu-se, assim, investigar o uso da cultura escrita pela corte do rei sábio, seus propósitos, estrutura e funcionamento, ensejando um projeto político-cultural sem precedentes em terras hispânicas e europeias.
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2017-03 Manifestos industrialistas: A luta hegemônica do sistema fabril sob a ótica do reformismo liberal inglês nos anos finais da Revolução Industrial, 1832 - 1846TítuloManifestos industrialistas: A luta hegemônica do sistema fabril sob a ótica do reformismo liberal inglês nos anos finais da Revolução Industrial, 1832 - 1846Autor
Daniel Schneider BastosOrientador(a)
Bernardo KocherData de Defesa
2017-03-29Nivel
MestradoPáginas
187Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoMarco Aurélio SantanaRita de Cássia da Silva Almico
ResumoO objetivo dessa pesquisa foi o de estabelecer uma análise do triunfo do pensamento liberal coligado com a defesa do industrialismo na Inglaterra durante a Revolução Industrial, sobretudo em seus anos finais. Entende-se que esta é uma forma de explorar a industrialização em sua dimensão política e cultural, na condição de projeto ideológico encabeçado por setores sociais específicos, e que para seu desenvolvimento a obtenção de consenso dentro da sociedade em torno de suas ideias principais demonstrou-se tão importante quanto o investimento econômico em si. A ideologia inserida nesse programa é analisada com base principalmente em inquéritos sociais referentes ao intervalo de tempo entre 1832 e 1846, considerada a fase de atuação destacada de uma nova intelectualidade burguesa ligada ao industrialismo, que inseriu sua própria visão sociopolítica na redação desses materiais escritos.
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2017-03 Limites fluidos: A ação política dos índios Itatins nos confins do Paraguai Colonial (1630–1659)TítuloLimites fluidos: A ação política dos índios Itatins nos confins do Paraguai Colonial (1630–1659)Autor
Bruno Oliveira Castelo BrancoOrientador(a)
Elisa Frühauf GarciaData de Defesa
2017-03-29Nivel
MestradoPáginas
164Volumes
1Banca de DefesaElisa Frühauf GarciaEunícia Barros Barcelos FernandesJoão Pacheco de Oliveira FilhoMaria Regina Celestino de Almeida
ResumoEste trabalho se detém a analisar a trajetória de um determinado grupo étnico do Paraguai colonial - os índios itatins - durante o período missioneiro, que se iniciou em 1632, com a fundação das missões pelos jesuítas nesta localidade. A história dos itatins, pouco conhecida, está atrelada a construção de um modelo missioneiro pelos inacianos e também ao contexto das incursões dos bandeirantes paulistas, eventos que ocorreram em meados do século XVII. Através dos debates teórico-metodológicos entre a história e a antropologia e da retomada dos escritos sobre a época mencionada, busca-se fornecer elementos para problematizar a situação colonial que se apresentava para os itatins, considerando o lugar destes indígenas em meio às populações nativas do Paraguai. Assim, procura-se demonstrar de quais formas os índios articulavam a sua ação política, que privilegiou a adesão ao projeto missionário. Tal política indígena se opunha à prestação do trabalho compulsório nativo e à escravidão. Deste modo, considerando a presença de diversos atores sociais e privilegiando o ponto de vista indígena, este trabalho também contribui para pensar as conexões entre as histórias coloniais espanholas e portuguesas na América meridional, na medida em que se utiliza do conceito de fronteira para pensar essas relações, marcadas pela fluidez.
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2017-03 Nas enfrenagens do Estado Novo: a centralidade do DASP na reforma administrativa e na criação de redes organizacionais de produção (1938-1945)TítuloNas enfrenagens do Estado Novo: a centralidade do DASP na reforma administrativa e na criação de redes organizacionais de produção (1938-1945)Autor
Rodrigo Oliveira de AraújoOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2017-03-29Nivel
DoutoradoPáginas
367Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoClaudio Roberto Marques GurgelGisálio Cerqueira FilhoLeonardo Leonidas de BritoMaria Letícia CorrêaPedro Henrique Pedreira Campos
ResumoEste trabalho tem como meta analisar a formacao do Departamento Administrativo do ServicoPublico (DASP), sua atuacao na reforma administrativa estatal e consequentemente na criacaode redes organizacionais de producao durante a vigencia do Estado Novo brasileiro (1937-1945). Criado em 1938, em conformidade ao disposto na carta constitucional de 1937, oDASP centralizou as funcoes de gerenciamento de pessoal e de redimensionamento damaquina estatal tendo como fundamento os principios do scientific management. Para realizareste trabalho, partimos de uma perspectiva alternativa a da historiografia brasileira a respeitodo carater de classe dos operadores deste processo, fazendo assim uso do conceito de classedos gestores enquanto agentes organizadores das chamadas Condicoes Gerais de Producao(CGP). Efetivamente entendemos que o DASP, ao pretender com suas acoes criar condicoesbasicas para o funcionamento da economia, ele se enquadre no escopo das CGP, o que na suaatuacao implicou na criacao de redes que vinculavam organizacoes estatais e paraestatais sobsua influencia e comando objetivando o desenvolvimento da economia nacional. Para isto,realizamos a analise deste orgao passando pelos niveis institucionais, economicos eideologicos, cujas conclusoes acreditamos ter ainda implicacoes sobre a interpretacao docarater do Estado, das classes sociais e do proprio capitalismo no periodo estudado.
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2017-03 Semeando Consenso com Adubo e Dedal - Dominação e Luta de Classes na Extensão Rural no Brasil (1974-1990)TítuloSemeando Consenso com Adubo e Dedal - Dominação e Luta de Classes na Extensão Rural no Brasil (1974-1990)Autor
Pedro Cassiano Farias de OliveiraOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2017-03-28Nivel
DoutoradoPáginas
338Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoDemian Bezerra de MeloJoão Márcio Mendes PereiraPaulo Roberto Raposo AlentejanoRegina Angela Landim BrunoRodrigo de Azevedo Cruz LamosaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA tese é o resultado de uma pesquisa sobre a extensão rural no Brasil nos anos de 1974 a 1990, período em esta política esteve sobre a coordenação da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMBRATER). Baseado no pensamento de Antonio Gramsci sobre Estado ampliado como ferramenta teórica e metodológica traçamos nosso principal objetivo: analisar a relação entre Estado restrito e sociedade civil na trajetória do extensionismo, tomado aqui como uma expressão de propostas hegemônicas intraclasse do patronato rural no Brasil nesse período, que transbordavam para iniciativas de convencimento e dominação de setores subalternos, ao lado de intensa violência direta e simbólica. Essa relação trouxe conflitos internos e externos que desemborcaram, na década de 1980, para um conflito interno entre setores do patronato rural e movimentos sociais rurais. Para isso, contamos com a análise dos aparelhos privados de hegemonia das frações da classe dominante agrária que estiveram envolvidos na política extensionista e ainda de outras instâncias da sociedade.
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2017-03 Gênero em cena: Representações no cinema pernambucano da década de 1920TítuloGênero em cena: Representações no cinema pernambucano da década de 1920Autor
Jessika Evelyn Leitão AlvesOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2017-03-28Nivel
MestradoPáginas
188Volumes
1Banca de DefesaJuniele Rabêlo de AlmeidaLaura Antunes MacielMarta Gouveia de Oliveira RovaiRachel SoihetSonia Cristina da Fonseca Machado Lino
ResumoEsse trabalho tem como objetivo analisar as relações de gênero nos filmes Aitaré da Praia(1925) e A Filha do Advogado (1926), participantes do movimento cinematográficoocorrido em Pernambuco durante a década de 1920, considerando o cinema enquantoagente da História. Busca-se compreender a forma como essas obras representaramestereótipos femininos e masculinos, tal como abordaram temáticas relativas aodesempenho dos papeis de gênero na sociedade, feminismo, masculinidade, família,relacionamentos e defesa da honra, no período citado. Para isso, em paralelo a discussãofílmica, há utilização de fontes impressas, crônicas e arquivos pessoais, a fim derelacionar as películas ao momento cinematográfico e contexto em que esses filmes foramproduzidos e pensar de que forma estiveram inseridos nos debates públicos do seu tempo,movimentando discussões, influenciando a sociedade e sendo influenciado por essa,considerando os entrecruzamentos possíveis entre gênero, cinema e História. Observouseque ambas as películas apresentaram processos de disputas sociais e estiveramenvolvidas em contradições referentes a homens e mulheres de forma relacional, ou entresi mesmos, abordando aspectos relativos a uma modernidade difundida em imagens semrompimento com conceitos, hábitos e valores conservadores e tradicionais.
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2017-03 Comendador Antônio Martins Lage: Entre a Navegação e a Operação Portuária no Século XIXTítuloComendador Antônio Martins Lage: Entre a Navegação e a Operação Portuária no Século XIXAutor
Thiago Vinícius Mantuano da FonsecaOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2017-03-28Nivel
MestradoPáginas
407Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoLuiz Carlos SoaresLuiz Cláudio Moisés RibeiroPaulo Cruz Terra
ResumoEste trabalho tem como principal objetivo aclarar a relação complementar e conflitiva entre navegação e operação portuária ao longo do século XIX. Aqui buscamos estabelecer o nexo causal entre a Revolução dos Vapores na Navegação Marítima e os Melhoramentos Portuários no Atlântico Oitocentista. Balizados na discussão sobre como Imperialismo foi força propulsora e transformadora do capitalismo, procuramos demonstrar sua relação com a expansão da Divisão Internacional do Trabalho comandada a partir do centro capitalista. Entender esse processo nos levou a uma reflexão mais ampla sobre as Formações Econômico-Sociais Pré-Capitalistas e a tensão que as forças capitalistas exercem dentro delas quando dos momentos de transição. Com isso, nos voltamos à História do Brasil a partir da sua inserção subordinadas na Divisão Internacional do Trabalho, tecendo pontes com entre esse processo e a verdadeira Modernização Conservadora intentada na segunda metade do oitocentos brasileiro. Partimos para a reflexão sobre a Navegação e a Operação Portuária em termos nacionais, levando em conta suas transformações e permanências. Com um olhar privilegiado para o Rio de Janeiro, maior porto do Hemisfério Sul, decidimos por fazer um estudo de caso empresarial. Pesquisar e resgatar a história familiar e empresarial do Comendador Antônio Martins Lage foi uma grande ferramenta para uma reflexão específica de um todo complexo. A atuação da Família Lage no Porto do Rio de Janeiro encerra esta dissertação tentando demonstrar como a relação entre Navio e Porto passou de completa compatibilidade no alvorecer do oitocentos à acentuada contradição na segunda metade do século XIX.
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2017-03 "Um preto de alma branca". Escrita de si, redes de sociabilidade e mobilidade na trajetória do Marechal João Baptista de Mattos nas primeiras décadas do Século XXTítulo"Um preto de alma branca". Escrita de si, redes de sociabilidade e mobilidade na trajetória do Marechal João Baptista de Mattos nas primeiras décadas do Século XXAutor
Alessa Passos FranciscoOrientador(a)
Marcus Ajuruam de Oliveira DezemoneData de Defesa
2017-03-28Nivel
MestradoPáginas
198Volumes
1Banca de DefesaÁlvaro Pereira do NascimentoHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMarcus Ajuruam de Oliveira DezemoneVerena Alberti
ResumoA pesquisa tem como tema o negro no pós-abolição, a partir da trajetória do Marechal João Baptista de Mattos (1900-1969), primeiro negro a receber tal título no Exército Brasileiro. Descendente de ex-escravos, Mattos carregava sob sua pele o amálgama da escravidão. Tanto que, após sua morte, foi classificado como "um preto de alma branca". Apesar do racismo por trás destas palavras, a mobilidade social do Marechal Mattos foi o motivo pelo qual sua alma foi classificada como branca: mesmo "preto", acessou os extratos mais elevados da sociedade. A dissertação busca entender como um menino negro, nascido doze anos após a Abolição, conseguiu se inserir no mundo letrado e ingressar no oficialato do Exército, apesar dos poucos recursos financeiros que dispunha. Para isso, foi analisada sua rede de sociabilidade, como forma de perceber pessoas que contribuíram para sua mobilidade social. Parte dessa rede foi mapeada por meio de um conjunto de dedicatórias, anexadas aos livros publicados pelo próprio Mattos, entre o final dos anos 1940 e início dos anos 1960. Tal conjunto documental oferece um sentido autobiográfico à pesquisa, pois privilegia o olhar de Mattos sobre a sua trajetória, sob a perspectiva de sua ascensão social. Fica evidente o papel materno na elaboração de relações sociais, forjadas no convívio do trabalho doméstico como babá, que permitiram o acúmulo de um capital social fundamental para a inserção de Baptista de Mattos no mundo letrado e seu ingresso no Exército.
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2017-03 A perda da hegemonia industrial do Rio de Janeiro (1907-1939)TítuloA perda da hegemonia industrial do Rio de Janeiro (1907-1939)Autor
Guilherme Barreto Bacellar PereiraOrientador(a)
Rita de Cássia da Silva AlmicoData de Defesa
2017-03-27Nivel
MestradoPáginas
141Volumes
1Banca de DefesaAlmir Pita Freitas FilhoBernardo KocherLuiz Fernando SaraivaRita de Cássia da Silva Almico
ResumoPropomos nessa dissertação uma análise de como a cidade do Rio de Janeiro se estruturou,sobretudo ao longo do XIX, como principal centro industrial do Brasil e como,progressivamente, e a partir das primeiras décadas do século XX este cenário semodificou. Para isso, analisamos os Censos industriais de 1907, 1919 e 1939, além daação das entidades patronais, principalmente a FIESP, para que outro grande centroindustrial – o estado de São Paulo – se organizasse no mesmo período. Nos utilizando doreferencial teórico gramsciano para entendermos a disputa pela posição de centroindustrial hegemônico, analisamos também a ação de Roberto Simonsen como intelectualorgânico dos industriais paulistas, e seu papel central para a estruturação de uma novahegemonia que se construiu, de maneira mais destacada, a partir da década de 1930.
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2017-03 O governo Dodsworth: Administração e intervenção urbana no Estado NovoTítuloO governo Dodsworth: Administração e intervenção urbana no Estado NovoAutor
Pedro Sousa da SilvaOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2017-03-27Nivel
MestradoPáginas
305Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoMaria Letícia CorrêaPedro Henrique Pedreira Campos
ResumoO presente trabalho abarca suas investigações na história do Integralismo em Nova Friburgo, entre os anos de 1934 e 1937. O objetivo deste é averiguar a trajetória histórica da Ação Integralista Brasileira (AIB) no município de Nova Friburgo, através da existência do núcleo local, estudando a sua fundação e atividades de militância. O contexto social e urbano de Nova Friburgo é apresentado, considerando os espaços de sociabilidade ocupados pelos integralistas. Também, como ponto central desta dissertação a trajetória profissional, política e intelectual do professor Júlio Ferreira Caboclo, no qual a sua atuação no movimento integralista de Friburgo foi marcante por ter sido o único vereador da AIB na Câmara de Vereadores de Nova Friburgo. A sua produção intelectual foi significativa, sendo analisada, a luz da doutrina integral. Utilizo-me da nova história política que, nas últimas décadas, a história cultural tem se tornado um referencial na análise da história política principalmente na produção de teses e dissertações sobre o assunto. Assim, persigo a cultura política como forma de estudo do pensamento político que circula entre os grupos sociais envolvidos no processo histórico.
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2017-03 Indústria Imperatrix Mundi. Modernidade , Progresso e Catástrofe, 1900-1939TítuloIndústria Imperatrix Mundi. Modernidade , Progresso e Catástrofe, 1900-1939Autor
Miguel Ángel Suárez EscobioOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2017-03-27Nivel
DoutoradoPáginas
585Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Ribeiro SamisDaniel Aarão Reis FilhoFrancisco Carlos Teixeira da SilvaFrancisco José Calazans FalconGiselle Martins VenancioMarco Aurélio SantanaMarly de Almeida Gomes Vianna
ResumoOs sintomas de decadência e esgotamento existencial derivados de uma modernidadeencaixada sobre o mito do progresso atingiram um ponto crítico nas primeiras décadasdo século XX. A erosão de certezas vitais introduzida pela secularização e odesencadeamento de forças mecânicas fora de toda escala humana provocou anecessidade de encontrar paliativos de substituição que preenchessem a sensação devazio e anomia social. Muitos destes paliativos tomaram a forma de impulsosindividuais auto-destrutivos, irracionais ou escapistas. O triunfo da Revolução Russa e aconsolidação do nacionalsocialismo alemão constituíram projetos utópicos deregeneração coletiva cujos objetivos, longe de negar os princípios constitutivos daModernidade, supusseram sua culminação. Executores de doutrinas trascendentes quemanipulavam o tempo histórico para adaptá-lo às exigencias da raça ou da classeoperária, ambos projetos fiaram toda sua sorte ao ídolo do Progresso, preservando assimos dois principais fatores de alienação da Modernidade, o Estado burocráticocentralizado e um aparato tecnológico superdimensionado.
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2017-03 A alma do negócio: A trajetória do negociante Antonio José Meirelles no Maranhão (c.1820-1832)TítuloA alma do negócio: A trajetória do negociante Antonio José Meirelles no Maranhão (c.1820-1832)Autor
Luisa Moraes Silva CutrimOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2017-03-27Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaMarcelo Cheche GalvesMárcia Maria Menendes MottaMarina Monteiro MachadoNívia Pombo Cirne Dos Santos
ResumoA presente dissertação analisa a trajetória do personagem Antonio José Meirelles noMaranhão, especialmente entre 1820 e 1832. Denominado na documentação comonegociante, este alcançou preponderância econômica a partir de atividades mercantis, como otráfico de escravos e a arrematação de contratos régios. A posição privilegiada experimentadapor Meirelles, integrante da elite mercantil atuante no Maranhão, possibilitou ainda grandeinfluência política na região, com sua atuação ligada aos governadores de capitania epresidentes de província. A trajetória do negociante foi marcada pelo acúmulo de riqueza, oque incentivou a busca por distinção social, e pelos constates embates em que esteveenvolvido, devido a sua preponderância econômica e política. A atuação deste homem denegócios atravessou diferentes contextos estabelecidos no Maranhão na primeira metade doséculo XIX, como a adesão a Revolução do Porto, as guerras de Independência e a posterior"adesão" a projeto de separação política do Brasil, períodos marcados por querelas políticas eintensa circulação de ideias.Palavras-chave: Antonio José Meirelles; negociante; trajetória; Maranhão.V
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2017-03 "Leis e Costumes": as listas de serviço militar por João de Ibelin na jurisprudência do Reino Latino de Jerusalém -1099-1266Título"Leis e Costumes": as listas de serviço militar por João de Ibelin na jurisprudência do Reino Latino de Jerusalém -1099-1266Autor
Aurélio Galvão BarbosaOrientador(a)
Edmar Checon de FreitasData de Defesa
2017-03-27Nivel
MestradoPáginas
125Volumes
1Banca de DefesaCarolina Coelho FortesEdmar Checon de FreitasFrancisco José Silva GomesRaquel Alvitos PereiraVânia Leite Fróes
ResumoAs grandes expedições cristãs para defender a Terra Santa sempre foram de grande interesse de vários estudos, cada qual com um recorte específico. O presente trabalho se debruçará sobre a investigação e análise em especial das listas de serviços militares escritas por João de Ibelin, Conde de Jafa e Ascalão, para pensar suas possíveis utilizações e influências para os serviços dos vassalos do feudalismo no Reino Latino de Jerusalém, tendo como recorte os séculos XII e XIII. Para isso, algumas assises e vínculos existentes entre vassalos e reis serão dispostos buscando uma melhor contextualização das listas em questão. Então, o trabalho irá investigar e comparar o período de sua composição e questionar se esse também pode ser o período ao qual as listas se aplicam.