Dissertations and Theses
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		2025-04Vozes da alteridade: diálogos entre História e Literatura em Milton Hatoum e Mahmud Darwich TítuloVozes da alteridade: diálogos entre História e Literatura em Milton Hatoum e Mahmud Darwich Autor
 Fabrício Lucas Sampaio Moreira AlmeidaOrientador(a)
 Francine IegelskiData de Defesa
 2025-04-07Nivel
 MestradoPáginas
 127Volumes
 1Banca de DefesaFrancine IegelskiMauricio Barreto Alvarez ParadaStefania Rota Chiarelli
 ResumoEssa pesquisa investiga as condições narrativas na história e na literatura a partir da análise comparativa de Relato de um certo Oriente (1989), de Milton Hatoum, e Memória para o esquecimento (1987), de Mahmud Darwich, obras que engendram reflexões sobre temporalidades. Em ambos, há a mobilização da memória como temática e como estratégia de composição narrativa, visando à transmissão de um legado cultural árabe. Contudo, as tentativas de conexão com o inventário das tradições nas duas obras encontram entraves à medida que as ruínas tornam as experiências do passado cada vez mais fragmentárias. Nesse sentido, toma-se o trabalho com a linguagem, expresso na escrita literária, como um esforço de compreensão e explicação dessa nova experiência temporal do tempo presente, configurada em torno de alguns vetores em comum, como a viagem, o exílio e a violência. A dissertação realiza, por meio da abordagem de História Intelectual, uma aproximação entre os campos da História do tempo presente e da Literatura contemporânea no que diz respeito às formas alternativas de mobilizar e pensar as temporalidades, na medida em que as experiências históricas contemporâneas tensionam e problematizam as concepções mais tradicionais de tempo, levando a uma desestabilização das formas de narrar o passado e o presente. Argumento que esse caráter instável é uma marca da literatura contemporânea, uma expressão multifacetada que, pela montagem do artista, faz emergir um conglomerado de tempos e espaços no agora, propiciando o terreno para que as obras sejam mobilizadas pela historiografia por sua capacidade de inquirirem o passado e o presente a partir de procedimentos estéticos. 
 
 
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		2025-04TRAJETÓRIAS DA CRIAÇÃO DE LOS DETECTIVES SALVAJES, DE ROBERTO BOLAÑO: UMA INVESTIGAÇÃO POLIFÔNICA TítuloTRAJETÓRIAS DA CRIAÇÃO DE LOS DETECTIVES SALVAJES, DE ROBERTO BOLAÑO: UMA INVESTIGAÇÃO POLIFÔNICA Autor
 Luiz Felipe Martos de OliveiraOrientador(a)
 Francine IegelskiData de Defesa
 2025-04-04Nivel
 MestradoPáginas
 133Volumes
 1Banca de DefesaFrancine IegelskiJulio Cesar Pimentel Pinto FilhoKelvin Dos Santos Falcão Klein
 ResumoEsta dissertação analisa Los detectives salvajes (1998), de Roberto Bolaño, destacando sua estrutura polifônica e investigativa, em diálogo com La pista de hielo (1993) e La literatura nazi en América (1996). Para tanto, antes examina-se a circulação das obras de Roberto Bolaño no cenário literário estadunidense, discutindo como estratégias editoriais e a recepção crítica contribuíram para o sucesso internacional de Bolaño. Em seguida, explora-se como Bolaño desloca a função de detetive para o leitor, criando narrativas fragmentadas que exigem uma postura ativa na resolução de mistérios. As obras do autor são marcadas por uma dinâmica de segredos em trânsito, onde o sentido está sempre em movimento. Conclui-se que a literatura de Bolaño se sustenta na imprecisão e na proliferação de enigmas, desafiando interpretações definitivas. 
 
 
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		2025-04"NO FESTIVAL DA LIBERDADE, RECUSO MINHA PRÓPRIA LIBERDADE: A História dos Refuseniks e o movimento de desobediência civil em Israel (1980-1990)" Título"NO FESTIVAL DA LIBERDADE, RECUSO MINHA PRÓPRIA LIBERDADE: A História dos Refuseniks e o movimento de desobediência civil em Israel (1980-1990)" Autor
 Ana Caroline Paiva LourençoOrientador(a)
 Denise Rollemberg CruzData de Defesa
 2025-04-04Nivel
 MestradoPáginas
 94Volumes
 1Banca de DefesaDenise Rollemberg CruzFlavio LimoncicMichel Gherman
 ResumoEsta pesquisa explora o heroísmo, a memória e o sacrifício no contexto do movimento Yesh Gvul, fundado em 1982 durante a Primeira Guerra do Líbano. O foco recai sobre as motivações que levaram soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI), particularmente do Exército Israelense, a aderirem à recusa voluntária ao serviço militar obrigatório e as consequências desse ato, especialmente entre os reservistas alocados na Cisjordânia no período de 1982 a 1992. Como fontes principais, destacam-se as cartas escritas por esses soldados ao se declararem Refuseniks — termo ressignificado pelos militares israelenses a partir de sua origem na antiga URSS, significando "aquele que se recusa". Essas cartas, muitas delas compiladas por Peretz Kidron no livro Refusenik – os rebeldes do Exército Israelense, oferecem um testemunho direto das escolhas individuais desses soldados, que preferiram enfrentar a prisão militar e o estigma social a obedecer às ordens consideradas moralmente inaceitáveis. A pesquisa questiona: o que leva esses soldados a desafiarem o militarismo israelense, uma instituição profundamente enraizada na identidade nacional, e a sacrificarem suas liberdades pessoais em nome de suas convicções? Para responder, examina-se a construção histórica das FDI, marcada por guerras e por um ethos de sacrifício pelo Estado de Israel. Além disso, a investigação dá atenção ao papel coletivo dos movimentos Yesh Gvul e Peace Now, pioneiros na recusa espontânea e sustentados por uma ética de desobediência civil. No período de 1982 a 1992, a pesquisa também analisou as transformações no perfil do soldado israelense, tanto ativo quanto reservista, considerando aspectos como nível de instrução, classe social e impacto dessas mudanças na sociedade israelense. Nesse contexto, conceitos como violência, desobediência civil e resistência são fundamentais para compreender as tensões entre o micro e o macro: os testemunhos pessoais dos soldados oferecem um olhar interno sobre o conflito israelense-palestino e as formas de resistência surgidas nesse cenário. A versão incorpora os elementos de heroísmo, memória, sacrifício, a relevância do soldado reservista, o testemunho e a importância dos movimentos Yesh Gvul e Peace Now. 
 
 
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		2025-04Políticas de memória e o esquecimento de violações dos direitos humanos em passados ditatoriais: perspectivas comparadas entre Alemanha e Brasil (1979-2019) TítuloPolíticas de memória e o esquecimento de violações dos direitos humanos em passados ditatoriais: perspectivas comparadas entre Alemanha e Brasil (1979-2019) Autor
 Rafael Haddad Cury PintoOrientador(a)
 Samantha Viz QuadratData de Defesa
 2025-04-03Nivel
 DoutoradoPáginas
 357Volumes
 1Banca de DefesaAngela Moreira Domingues da SilvaAngelica MüllerLucia GrinbergPâmela de Almeida ResendeSamantha Viz Quadrat
 ResumoA tese visa trabalhar, através de uma perspectiva comparada, as políticas públicas de memória e os processos de esquecimento referentes aos passados ditatoriais que envolvem a Alemanha após o Terceiro Reich, e o Brasil após a ditadura civil-militar, mais precisamente, analisando as aproximações e distanciamentos ocorridos em relação às violações de direitos humanos, praticadas por ambos os regimes. O estudo se insere temporalmente a partir de 1979, percorrendo o período até 2019: na República Federal da Alemanha (RFA), a Lei de Imprescritibilidade, promulgada no final dos anos 1980, tornou possíveis que os delitos nazistas fossem, a partir dali, julgados a qualquer tempo, modificando a forma com que segmentos sociais e institucionais entendiam os processos de esquecimentos e rememorações, referentes a tais violações, algo com desdobramentos até os dias atuais. A abordagem comparada em relação ao Brasil se dará também nesse 
 mesmo recorte temporal, a partir de 1979, quando uma Lei de Anistia foi aprovada pela ditadura civil-militar: a análise dos aspectos que levaram a esse dispositivo legal e suas vertentes, permeiam as próprias relações existentes com o esquecimento do passado relativo aos delitos da ditadura, além das dificuldades de suas rememorações, mesmo nos dias atuais. Apesar das visíveis diferenças entre os contextos de ambos ao países, as violações dos direitos humanos cometidas por seus regimes ditatoriais, no século XX, possuem aproximações que pretendemos abordar e debater em todo o nosso trabalho.
 
 
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		2025-04"À Noite e em Segredo": o Modelo de Translationes de Furta Sacra nos Miracula S. Vicente (Séculos XI-XII) Título"À Noite e em Segredo": o Modelo de Translationes de Furta Sacra nos Miracula S. Vicente (Séculos XI-XII) Autor
 Luiz Octávio Lima de MelloOrientador(a)
 Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
 2025-04-02Nivel
 MestradoPáginas
 143Volumes
 1Banca de DefesaMário Jorge da Motta BastosRenata Cristina de Sousa Nascimento PereiraThiago Pereira da Silva Magela
 ResumoEsta dissertação tem como objetivo realizar um aproximação às chamadas translationes de Furta Sacra, ou seja, relatos de roubos de relíquias, a partir do estudo do caso da translação das relíquias de São Vicente mártir do Algarve para Lisboa, contida nos Miracula S. Vicentii, do chantre mestre Estêvão. Assim, o primeiro capítulo desenha um quadro contextual geral da Península Ibérica entre os séculos XI e XII, reconhecendo que este período foi de consideráveis transformações nas eferas política, militar e, sobretudo, religiosa. O capítulo II incide no estudo do fenômeno de que consiste o objeto, ou seja, o culto às relíquias dos santos. Logo, discute-se sua origem, fundamentação teológica, tipologia e os textos que a esses focos de sacralidade se ligavam, com especial atenção para as translações e, entre essas, as translações furtivas, particularmente estudadas por Patrick Geary em sua obra, Furta Sacra (1990). Finalmente, no último capítulo, busca-se delinear as características de furta sacra presentes no texto de Mestre Estêvão, ao mesmo tempo em que se reconhece que essa fonte, ou seja, os Miracula S. Vicentii, liga-se a toda uma tradição literária e cultual anterior e posterior. Chega-se a conclusão de que a furta sacra em espaço ibérico, quando comparada com suas narrativas irmãs, de além-Pirineus, adquiriu características muito próprias, que se alinhavam ao quadro político-cultural local, em que se buscava na posse dos corpos dos santos, legitimação. Mestre Estêvão, chantre da catedral de Lisboa, utilizou os tópicos narrativos de furta sacra para melhor esconder o que havia de contraditório, ao mesmo tempo em que destacava o que deveria passar a posteridade. 
 
 
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		2025-04Abastecimento, Poder e Comércio sob Afonso III: Tributação e Dinâmicas do Poder Régio nos Rios Douro e Lima TítuloAbastecimento, Poder e Comércio sob Afonso III: Tributação e Dinâmicas do Poder Régio nos Rios Douro e Lima Autor
 Jean Henrique de Macedo VianaOrientador(a)
 Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
 2025-04-01Nivel
 MestradoPáginas
 163Volumes
 1Banca de DefesaMário Jorge da Motta BastosRenata Rodrigues VerezaThiago Pereira da Silva Magela
 ResumoO presente trabalho tem como objetivo considerar os esforços da Coroa portuguesa para estabilizar politica e economicamente o Reino de Portugal, após uma guerra civil derrubar o rei Sancho II e colocar o rei Afonso III no trono. Unindo elementos da sociologia e da antropologia para entender as relações comerciais, esta dissertação abordou em conjunto questões referentes à história digital, elegendo duas ferramentas como elementos centrais para a metodologia aplicada. Buscou-se, assim, formas de entender o fluxo de produtos na região do Entre-Douro-e-Minho, as formas de extrair renda e excedentes dos habitantes dos povoamentos portugueses e as interações entre o produzido e o comercializado. Por fim, a análise das rotas e regiões tornou possível abordar 
 as rotas e centros comerciais como verdadeiros palcos de disputa entre o poder régio e o poder local, mostrando diferenças entre a abordagem da Coroa e dos senhorios do rio Lima, com quem
 negociou, e a abordagem para com o senhorio do Porto, representando as disputas que o rei teve no rio Douro.
 
 
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		2025-03Às sombras da Cavalaria: Figuras Marginais, Elementos Não Europeus e Variantes de Gênero nos livros de cavalarias portugueses do século XVI TítuloÀs sombras da Cavalaria: Figuras Marginais, Elementos Não Europeus e Variantes de Gênero nos livros de cavalarias portugueses do século XVI Autor
 Caio Rodrigues SchechnerOrientador(a)
 Vânia Leite FróesData de Defesa
 2025-03-31Nivel
 DoutoradoPáginas
 329Volumes
 1Banca de DefesaCarolina Chaves FerroMaria Cristina Correia Leandro PereiraMiriam Cabral CoserSínval Carlos Mello GonçalvesVânia Leite Fróes
 ResumoJá se tornou comum, entre os especialistas do tema, ressaltar o "esquecimento", pela posteridade, dos livros de cavalarias, um gênero literário de grande sucesso no século XVI ibérico. Ainda que tal panorama tenha mudado significativamente desde o início deste milênio, ainda há muito o que avançar. Via de regra, os trabalhos acadêmicos que se debruçaram sobre estas fontes enfocaram nos seus aspectos mais explícitos e aparentes, isto é, na própria Cavalaria – indubitavelmente, o centro narrativo dessas ficções quinhentistas. Este trabalho buscará explorar outro de seus aspectos. Abordaremos, nestas fontes, o que lhes é mais recôndito, secundário, supostamente irrelevante, ou, dito de outra forma: aquilo que se encontra às sombras da Cavalaria. Resumidamente, nossa intenção é estudar o discurso dos livros de cavalarias a partir de três eixos analíticos: Figuras Marginais, Elementos Não Europeus e Variantes de Gênero. Entendemos que tais elaborações discursivas assumem relação direta com o contexto em que essas fontes históricas foram produzidas, e tiveram influência sobre a maneira que os portugueses do século XVI perceberam questões importantes em seu tempo, relativas a sujeitos marginalizados, espaços geográficos diversos e seus respectivos habitantes, bem como os padrões de gênero vigentes em sua época. Para fins de uma delimitação geográfica e temporal mais precisa, elegemos três fontes principais. São elas: Crônica do Imperador Clarimundo (Lisboa, 1522), de João de Barros, Palmeirim de Inglaterra (Lisboa, c. 1544), de Francisco de Moraes, e Memorial das Proezas da Segunda Távola Redonda (Lisboa, 1567), de Jorge Ferreira de Vasconcelos, as principais obras do gênero impressas em Portugal. Sendo assim, temos como recorte o reino português entre os anos de 1522 e 1567, mas recorrendo, quando necessário, a referências históricas anteriores ou posteriores, a fim de melhor compreender o tema em questão. Isto porque, a despeito de terem sido publicados no século XVI, os livros de cavalarias exibem características medievais em diversos 
 aspectos, tais como: elementos e temas narrativos, concepção de mundo, e mesmo uma perceptível nostalgia em relação a este passado.
 
 
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		2025-03"Os primeiros olhos modernos": Imigrantes e a prática da fotografia moderna no Brasil entre 1930-1960. Título"Os primeiros olhos modernos": Imigrantes e a prática da fotografia moderna no Brasil entre 1930-1960. Autor
 Luiza Apolinário Rangel VictorinoOrientador(a)
 Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
 2025-03-28Nivel
 MestradoPáginas
 217Volumes
 1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusHelouise Lima CostaPaulo Knauss de Mendonça
 ResumoA dissertação em questão se propõe a investigar as contribuições de Thomaz Farkas, Gertrudes Altschul, Hildegard Rosenthal e Alice Brill para a construção da fotografia moderna no Brasil, entre as décadas de 1930 e 1960. Reunidos sob o signo dos "primeiros olhos modernos", como proposto por Maurício Lissovsky (2013), esses fotógrafos/as compartilham três características centrais: a condição de imigrantes de origem judaica, o enraizamento na cidade de São Paulo e seu papel na conformação de novas linguagens e práticas fotográficas no Brasil. O estudo parte da experiência compartilhada desses fotógrafos/as como imigrantes e analisa como suas trajetórias, redes de sociabilidade e experimentações formais influenciaram a renovação estética e técnica da prática fotográfica no país. Para abarcar as diferentes dimensões da experiência moderna na fotografia, a pesquisa adota a orientação proposta por Helouise Costa (2013), que distingue três principais frentes de atuação nas origens da prática moderna: o fotoclubismo, a fotografia humanista e o fotojornalismo. Assim, o estudo se debruça sobre os circuitos fotográficos nos quais esses 
 autores estavam inseridos, como o Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB), e sobre o impacto de suas imagens na cultura visual da época. Além disso, examina as dinâmicas de gênero no campo da fotografia, destacando as barreiras enfrentadas pelas mulheres fotógrafas no processo de consagração historiográfica. Metodologicamente, a pesquisa adota a ideia de "constelações fotográficas", prática relacional inspirada nas de Rita Velloso (2018), que permite estabelecer conexões entre imagens, discursos e contextos históricos. Mobiliza, também, o "pensar por nebulosas", de Margareth Pereira (2018), para abordar o arquivo fotográfico como um campo de significados em fluxo, sujeito a múltiplas interpretações. Por fim, esta pesquisa busca contribuir para a história da fotografia ao problematizar as narrativas tradicionais sobre a modernidade fotográfica no Brasil, ressaltando o protagonismo de imigrantes e as disputas internas do campo. Ao destacar a pluralidade de experiências e estratégias adotadas por esses fotógrafos, a dissertação busca ampliar o entendimento sobre a inserção da fotografia moderna no país e suas conexões com um circuito transnacional de inovação estética.
 
 
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		2025-03CAIXA ECONÔMICA DE CAMPOS: POUPANÇA E INVESTIMENTOS EM APÓLICES DA DÍVIDA PÚBLICA (1870-1887) TítuloCAIXA ECONÔMICA DE CAMPOS: POUPANÇA E INVESTIMENTOS EM APÓLICES DA DÍVIDA PÚBLICA (1870-1887) Autor
 Edimilson Júnio do Amaral PessanhaOrientador(a)
 Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
 2025-03-28Nivel
 MestradoPáginas
 296Volumes
 1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesThiago Alvarenga de OliveiraWalter Luiz Carneiro de Mattos Pereira
 ResumoEsta dissertação busca analisar as operações de poupança e os investimentos em apólices da dívida pública da Caixa Econômica de Campos entre 1870 e 1887. Os estatutos da caixa econômica, os seus valores de depósitos e saques e as operações financeiras do correspondente no Rio de Janeiro, o responsável pela aquisição de títulos da dívida pública, perfazem o objeto da pesquisa. São investigados também os administradores e os maiores acionistas da instituição financeira e beneficente. Os cargos ocupados, as suas atividades sociais e as fortunas de uma amostra de acionistas são tratados para discutir o funcionamento da Caixa Econômica de Campos no norte da província fluminense. Este trabalho traça comparações entre a caixa econômica, os bancos da cidade de Campos e outras caixas econômicas públicas e privadas brasileiras. Buscamos responder o porquê a Caixa Econômica de Campos tornou-se em uma sociedade anônima, durante as reformas das caixas econômicas brasileiras na década de 1880, mas não em um banco de crédito real, algo demandado pela lavoura no norte do Rio de Janeiro desde a década de 1870. 
 
 
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		2025-03Narrativas militantes, memórias e usos do passado: a construção da geração 68 brasileira TítuloNarrativas militantes, memórias e usos do passado: a construção da geração 68 brasileira Autor
 Johnnatan David Bias MonteiroOrientador(a)
 Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
 2025-03-28Nivel
 DoutoradoPáginas
 193Volumes
 1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoJuliana Marques do NascimentoKeila Auxiliadora de CarvalhoTatyana de Amaral MaiaWallace Andrioli Guedes
 ResumoO seguinte trabalho tem como objetivo contribuir para um panorama que permita entender o ano de 1968 como um ponto de convergência não monolítico dentro do processo de grandes transformações sociais, políticas e culturais que se desenvolviam ao longo do século XX. Em mais de 50 anos, os movimentos de contestação social ocorridos em 1968 foram periodicamente revisitados, tanto em termos acadêmicos quanto em termos políticos e culturais. No que tange aos resultados destes movimentos no Brasil, em relação aos impactos sobre os comportamentos e costumes, sobretudo das juventudes, muito se tem levantado. Entretanto, inúmeras perspectivas não dão conta da enorme complexidade do período, na medida em que se prendem a determinadas batalhas de memória social. Por sua vez, no contexto brasileiro, tal memória das transformações comportamentais ajudaria a conciliar algumas esferas sociais que se acomodaram à 
 ditadura civil-militar instaurada em 1964, com a memória dos grupos de jovens estudantes, artistas, intelectuais e trabalhadores que de alguma forma enfrentaram as brutalidades do regime. Assim, ao longo dos capítulos, nos direcionamos à observação dos usos do passado que permitem a conciliação social em torno da memória da ditadura civil-militar brasileira, através do silenciamento da importância das lutas de oposição política e revolucionária realizada por parte da geração 68 brasileira em contrapartida à exaltação das questões comportamentais de maneira generalizante. Com base em reconhecidas obras historiográficas sobre o período, serão analisadas, de acordo com as conjunturas sociais em que foram produzidas, algumas narrativas em linguagens diferenciadas que trataram sobre os movimentos de 1968 e seus desdobramentos, por ocasião das proximidades dos aniversários redondos de 1968: 1978, 1988, 1998, 2008 e 2018. Neste sentido, as primeiras obras de Fernando Gabeira, Alfredo Sirkis e Herbert Daniel, escritas e publicadas no contexto de exílio e anistia, ocupam lugar privilegiado como fontes da
 investigação, permitindo a contraposição com produções posteriores com objetivo de observar o desenvolvimento da memória dos movimentos de contestação social de 1968 em um percurso que ultrapassa cinco décadas.
 
 
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		2025-03GOLIARDOS: UM CAMINHO ENTRE A MARGINALIDADE E O AMBIENTE INTELECTUAL A PARTIR DOS CARMINA BURANA (SÉCULOS XII A XIV) TítuloGOLIARDOS: UM CAMINHO ENTRE A MARGINALIDADE E O AMBIENTE INTELECTUAL A PARTIR DOS CARMINA BURANA (SÉCULOS XII A XIV) Autor
 Matheus Ferreira PereiraOrientador(a)
 Edmar Checon de FreitasData de Defesa
 2025-03-28Nivel
 MestradoPáginas
 129Volumes
 1Banca de DefesaBeatris Dos Santos GonçalvesEdmar Checon de FreitasRaquel Alvitos Pereira
 ResumoEste trabalho tem por finalidade abordar em suas esferas sociais os chamados goliardos, poetas que compuseram um movimento jovem predominantemente estudantil. Para tanto, após uma exposição sobre a metodologia utilizada para a Análise do Discurso Crítica, será abordado o seu manuscrito mais conhecido, Carmina Burana, com considerações acerca de suas evidências internas e externas. Em seguida, será verificado o ambiente intelectual a partir da relevância das universidades no contexto da Idade Média Central e as suas relações com a comunidade e as instituições de poder então vigentes. Questões predominantes sobre os goliardos, tais como o seu anonimato, a geografia do seu aspecto andarilho e o aspecto idiomático de seus poemas serão também analisados. Um destrinchamento sobre pertinência do termo "Intelectuais intermediários" para descrevê- los também será realizado, uma vez que se encontram dentro da relevância do ambiente acadêmico, porém marginalizados quando observados socialmente devido a fatores como as características que lhe são oriundas ou o caráter transgressor demonstrado por sua 
 formação. Tal marginalidade será analisada em sua natureza econômica, como por exemplo na maneira como se relaciona com o seu progresso no ambiente acadêmico que, por sua vez, impacta na perspectiva de futuro que esses intelectuais poderiam ter após a conclusão dos cursos universitários, culminando em outro aspecto da marginalidade, aquela transmitida na colocação desses estudantes à margem da sociedade. Entretanto, tal conclusão exige uma ressalva a ser melhor analisada, uma vez que esses mesmos cursos lhes outorgavam uma promoção à categoria de intelectuais, o que lhes resultara em uma tensão que por vezes tendia ao descrédito por sua posição original e, em outros momentos, ao privilégio de compor uma classe de pensadores. Deste modo, a pesquisa ressalta a tensão pertinente aos goliardos em quaisquer parâmetros que sejam analisados, desde a sua nomenclatura até a sua posição na sociedade em que estavam inseridos, quer no centro dos olhares enquanto intelectuais, quer à margem da sociedade devido à postura que assumiram.
 
 
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		2025-03Liberdade, Moralidade e Política na Produção Intelectual de José da Silva Lisboa (1798-1832) TítuloLiberdade, Moralidade e Política na Produção Intelectual de José da Silva Lisboa (1798-1832) Autor
 Leonardo Amaral da Cruz OliveiraOrientador(a)
 Renato Júnio FrancoData de Defesa
 2025-03-28Nivel
 MestradoPáginas
 123Volumes
 1Banca de DefesaGuilherme Nogueira Bittar CelestinoRenato Júnio FrancoTâmis Peixoto Parron
 ResumoEste trabalho investiga os fundamentos teológicos das propostas econômicas do século XIX que tinham por objetivo conferir estabilidade política ao Império Português, analisando as obras 
 Princípios de Economia Política (1804) e Estudos do Bem Comum (1819-1821), de autoria de José da Silva Lisboa (1756-1835), considerando sua produção no contexto da Conjuração Baiana (1798) e da Revolução Liberal do Porto (1820), respectivamente. O presente estudo utiliza como aporte teórico-metodológico o diálogo entre a teologia econômica, que investiga a interação entre imaginários teológicos e a teorização da economia, e a metodologia da história intelectual para compreender a articulação de ideias teológicas na economia política de Silva Lisboa. A pesquisa busca delinear as características dessa teologia econômica, focando na relação entre economia política e moralidade, bem como nos circuitos intelectuais e na formação de Silva Lisboa na Universidade de Coimbra. Ao concentrar-se nos textos que discutem a formação da economia enquanto ciência, e a posição de Silva Lisboa em relação a Aritmética Política e Economia Política — seus dois campos fundamentais — o trabalho contribui para o entendimento da intersecção entre teologia, economia e política no pensamento de Silva Lisboa, evidenciando sua visão pedagógica e integradora das ciências econômicas em prol do fortalecimento do Império Português como resposta à reconfiguração da política europeia após a Revolução Francesa.
 
 
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		2025-03Intercâmbios culturais entre Brasil e Estados Unidos em meados do século XX: Gilberto Souto, um brasileiro em Hollywood TítuloIntercâmbios culturais entre Brasil e Estados Unidos em meados do século XX: Gilberto Souto, um brasileiro em Hollywood Autor
 Tatiana de Carvalho CastroOrientador(a)
 Giselle Martins VenancioData de Defesa
 2025-03-27Nivel
 DoutoradoPáginas
 396Volumes
 1Banca de DefesaAndré Carlos FurtadoAngela Maria de Castro GomesGiselle Martins VenancioNatália de Santanna GuerellusRafael de Luna Freire
 ResumoEste trabalho traz à luz da historiografia a trajetória do escritor, jornalista e publicista Gilberto Souto (1906 – 1972) e discorre sobre sua vida como um profissional da escrita cinematográfica e sua contribuição para compreender as relações culturais e intelectuais estabelecidas entre o Brasil e os Estados Unidos na primeira parte do século XX. Gilberto Souto se mudou para Los Angeles aos 25 anos, em 1931 e, até o seu retorno para o Brasil, em 1952, Souto executou uma sequência de trabalhos, tais como, correspondências, escrita crítica de filmes, produção de crônicas, tradução de filmes e mediação de brasileiros, que permitiram este trabalho a tencionar uma nova perspectiva para se analisar a Política da Boa Vizinhança no campo dos estudos históricos e da historiografia do cinema brasileiro. Assim como refletir sobre as relações entre a escrita popular de cinema, intituladas "leituras de fã", e o desenvolvimento da imprensa brasileira e sua inserção no 
 mundo moderno do século XX.
 
 
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		2025-03Entre as tramas de Ártemis e Afrodite: as identidades de gênero presentes no Teatro Euripidiano TítuloEntre as tramas de Ártemis e Afrodite: as identidades de gênero presentes no Teatro Euripidiano Autor
 Rafaela França da SilvaOrientador(a)
 Alexandre Carneiro Cerqueira LimaData de Defesa
 2025-03-27Nivel
 MestradoPáginas
 366Volumes
 1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaBrian Gordon Lutalo KibuukaCarolina Coelho Fortes
 ResumoA presente pesquisa tem como objetivo analisar as identidades de gênero por meio do antagonismo entre as personagens e deusas Ártemis e Afrodite. Essa análise é feita a partir de duas tragédias de Eurípides: Ifigênia em Áulis (c.405) e Hipólito (428 a.C). O teatro ático era um palco onde os discursos normativos de gênero eram empregados por Eurípides para dialogar ou transgredir a eles. Defendemos a hipótese de que esse autor constrói seus personagens de forma complexa e multidimensional. É possível identificar que um mesmo personagem euripidiano pode agir de acordo com os papéis de gêneros esperados para ele e, em outro momento, romper com essa normativa. Entendemos que esse movimento é possível, pois Eurípides escreve seus personagens baseando-se no seu cotidiano, uma vez que os homens e mulheres atenienses não seguiam rigorosamente os estereótipos de gênero impostos a eles, dessa forma, agiam de forma fluida, podendo aderir a algum papel e transgredir a outro. Dessa forma, defendemos que diversidade de gênero era uma realidade cotidiana no cenário ateniense do V a.C, assim como as tentativas de supressão através dos discursos normativos oficiais. Os discursos normativos de gênero estavam por todos os lados, ocultando sua criação social e sendo defendidos e reforçados por meio de leis, regulamentos, normas sociais, preconceitos e segregações que visavam estabelecer condutas corretas para homens e mulheres. Havia, portanto, uma feminilidade e masculinidade ideal. 
 
 
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		2025-03Ser jovem está na moda: a construção das identidades juvenis através das roupas na década de 1980 TítuloSer jovem está na moda: a construção das identidades juvenis através das roupas na década de 1980 Autor
 Anne de Lima MacedoOrientador(a)
 Samantha Viz QuadratData de Defesa
 2025-03-27Nivel
 MestradoPáginas
 128Volumes
 1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusMaria do Carmo Teixeira RainhoSamantha Viz Quadrat
 ResumoO presente trabalho tem por objetivo analisar as relações das juventudes cariocas com a moda durante o processo de transição democrática no Brasil, na década de 1980. A partir da análise de fotografias e produções de propaganda audiovisual, buscamos compreender o papel das roupas e da Moda, enquanto formas de comportamento, para os jovens que desejavam expressar-se politicamente, reconhecendo a importância da estética para esse movimento. Além disso, abordamos algumas das diversas estéticas e tendências de moda do período, sempre entendendo que estas estão vinculadas ao contexto social, cultural, econômico e político do país. 
 
 
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		2025-03Em qualquer cidade da América Latina: a música cafona de Nelson Ned e o autoritarismo nas Américas (1961-1985) TítuloEm qualquer cidade da América Latina: a música cafona de Nelson Ned e o autoritarismo nas Américas (1961-1985) Autor
 Eduardo Eugenio Asterito BaptistaOrientador(a)
 Samantha Viz QuadratData de Defesa
 2025-03-26Nivel
 MestradoPáginas
 263Volumes
 1Banca de DefesaFelipe da Costa TrottaPaulo Cesar de AraújoSamantha Viz Quadrat
 ResumoEssa dissertação tem como objetivo analisar a vida e a obra do cantor e compositor cafona Nelson Ned (1947-2014) entre os anos de 1961 e 1985, buscando identificar os elementos estéticos (capítulo 1) e sociais (capítulo 2) que moldaram o gênero musical cafona. Além disso, pretendemos refletir sobre a carreira internacional do cantor (capítulo 3) e como o capacitismo, ou seja, o preconceito contra as pessoas afetou sua carreira por ele ser uma pessoa com nanismo (capítulo 4). O recorte temporal abarca o início e os anos áureos de sua carreira nacional e internacional e período da ditadura militar brasileira (1964-1985). Considerando que o gênero musical "cafona" foi criado por setores da intelectualidade como a síntese do "mau gosto", a dissertação examina a construção de uma percepção negativa sobre os artistas românticos em níveis estéticos, visto como ultrapassados, e políticos, ao serem considerados simpatizantes do regime militar. Este trabalho investiga a presença do melodrama nas letras e das sonoridades latinas, em especial o bolero e da balada mexicana, gêneros com os quais a discografia de Nelson Ned dialogava. Nesse sentido, propõe-se um panorama sobre o mercado de música romântica no Brasil e na América Latina. 
 
 
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		2025-03AMIGOS, AMIGOS, NEGÓCIOS À PARTE: IGREJA, OPERARIOS E GETÚLIO VARGAS NOS ANOS DE 1930 E 1940 TítuloAMIGOS, AMIGOS, NEGÓCIOS À PARTE: IGREJA, OPERARIOS E GETÚLIO VARGAS NOS ANOS DE 1930 E 1940 Autor
 Jerson de Oliveira Fernandes FilhoOrientador(a)
 Renato Soares CoutinhoData de Defesa
 2025-03-25Nivel
 MestradoPáginas
 132Volumes
 1Banca de DefesaGladys Sabina RibeiroJayme Lúcio Fernandes RibeiroRenato Soares Coutinho
 ResumoOs Círculos Operários chegaram ao Rio de Janeiro em um momento de forte controle estatal 
 sobre o mundo do trabalho, mas isso não impediu sua rápida expansão. A dissertação analisa
 como essas associações, impulsionadas pela Igreja Católica e lideradas pelo padre Leopoldo
 Brentano, se consolidaram na então capital federal entre 1937 e 1942. O trabalho investiga o
 papel dos Círculos na moralização e organização do operariado, suas tensões com o Estado
 Novo e a maneira como foram retratados na imprensa, especialmente no jornal A Cruz.
 Também são abordados os símbolos circulistas – bandeiras, distintivos e rituais – que
 ajudavam a reforçar a identidade do movimento. Mais do que simples espaços de assistência
 social, os Círculos Operários se tornaram peças-chave na disputa por influência sobre os
 trabalhadores, equilibrando-se entre a autonomia e a cooperação com o regime varguista.
 
 
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		2025-03The Flower Girl (1972) e o cinema do Juche: a produção cinematográfica norte-corena como fonte histórica TítuloThe Flower Girl (1972) e o cinema do Juche: a produção cinematográfica norte-corena como fonte histórica Autor
 Bianca Ferreira Machado da SilvaOrientador(a)
 Renata Torres SchittinoData de Defesa
 2025-03-25Nivel
 MestradoPáginas
 145Volumes
 1Banca de DefesaEmiliano Unzer MacedoMarina Annie Martine Berthet RibeiroRenata Torres Schittino
 ResumoA pesquisa realizada teve por objetivo apresentar um panorama geral sobre o cinema produzido na Coreia do Norte, com ênfase em um dos títulos norte-coreanos mais reconhecidos 
 internacionalmente: The Flower Girl (1972). O estudo abordou o processo metodológico de tratar o filme enquanto uma fonte histórica, explorando suas amplas possibilidades pedagógicas
 ao examinar o contexto do país asiático e os seus pormenores no que diz respeito ao campo da produção artística. Em verdade, na década de 1950, o Estado norte-coreano se configurou em
 mais uma das nações socialistas produtoras de filmes no século XX, transformando os seus bens socioculturais, artísticos em geral — incluindo o cinema —, em objetos moldados pela ideia
 nacional do Juche. A participação feminina no processo revolucionário; o tratamento da história e memória da revolução; e o estilo presente na narrativa do longa-metragem, oferecem um rico
 campo de análise aqui explorado com o objetivo de evidenciar o potencial do cinema como ferramenta para refletir a história da Coreia do Norte.
 
 
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		2025-03PELO PRISMA DA MINERAÇÃO: OS METAIS PRECIOSOS NO PENSAMENTO ILUSTRADO IBERO-AMERICANO TítuloPELO PRISMA DA MINERAÇÃO: OS METAIS PRECIOSOS NO PENSAMENTO ILUSTRADO IBERO-AMERICANO Autor
 Felipe Mesquita AntunesOrientador(a)
 Leonardo MarquesData de Defesa
 2025-03-25Nivel
 DoutoradoPáginas
 346Volumes
 1Banca de DefesaCarolina Marotta CapanemaLeonardo MarquesNívia da Conceição PomboRafael de Bivar MarqueseTâmis Peixoto Parron
 ResumoA promoção de reformas na mineração americana figurou entre as prioridades das administrações ibéricas nas últimas décadas do período colonial. No entanto, a despeito de sua importância para esses impérios e para os circuitos da economia-mundo, tais iniciativas são frequentemente tratadas pela historiografia como fenômenos de escopo regional. Neste trabalho, oferecemos uma história integrada dos processos de reforma ilustrada nos principais centros produtores de ouro e prata da América Latina, com foco na análise dos discursos da comunidade letrada ibero-americana sobre temas relacionados à mineração. O objetivo principal consiste em compreender como as ideias e ações ilustradas moldaram os projetos reformistas de cada região americana. Para isso, busca-se identificar os condicionamentos mútuos entre as diferentes áreas mineiras, bem como as correlações entre os elementos socioecológicos desses locais e o pensamento 
 dos autores estudados.
 
 
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		2025-03Revolta Mau Mau, ontem e hoje: colonialismo, Historiografia e teatro imperial TítuloRevolta Mau Mau, ontem e hoje: colonialismo, Historiografia e teatro imperial Autor
 Juliana de Oliveira VelosoOrientador(a)
 Felipe Paiva SoaresData de Defesa
 2025-03-21Nivel
 MestradoPáginas
 145Volumes
 1Banca de DefesaColin Major DarchFelipe Paiva SoaresRegiane Augusto de Mattos
 ResumoO presente trabalho tem por objetivo analisar a repressão àquela que ficou conhecida como Revolta Mau Mau (1952-1960), na então colônia britânica do Quênia, explorando os impactos da violência e suas representações na memória histórica e na historiografia sobre o assunto. Partindo de panorama da colonização na região, com enfoque especial no povo kikuyu, o estudo mapeia as discussões públicas e acadêmicas acerca dos "Mau Mau" e do homem que foi transformado em símbolo do movimento: Dedan Kimathi. Seu julgamento, a partir do qual foi condenado à forca em 1956, foi recuperado e publicado em 2017. A análise desta fonte, por sua vez, propõe trazer luz aos aspectos jurídicos da repressão britânica e aos percursos da memória e da ciência histórica dos anos 1950 até os anos 2010. 
 
 
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		2025-03O Comércio da Vida e da Morte: o charque do Rio Grande de São Pedro e o Tráfico Transatlântico de Escravizados na Era da Revoluções, c. 1787-1815 TítuloO Comércio da Vida e da Morte: o charque do Rio Grande de São Pedro e o Tráfico Transatlântico de Escravizados na Era da Revoluções, c. 1787-1815 Autor
 Luigi Bastos do Nascimento PintaudeOrientador(a)
 Leonardo MarquesData de Defesa
 2025-03-20Nivel
 MestradoPáginas
 264Volumes
 1Banca de DefesaJonas Moreira VargasLeonardo MarquesMaximiliano Mac Menz
 ResumoEste trabalho constitui-se em torno da investigação acerca das inter-relações entre a produção de charque (tasajo) na fronteira sul da América portuguesa e o tráfico transatlântico de escravizados no período colonial tardio. Compreende-se este período como de rearticulações das dinâmicas atlânticas que permitiram a composição do Ciclo de Acumulação Inglês e a formação da constelação geo-histórica do Terceiro Sistema-Atlântico enquanto unidade coesa no interior da Economia-Mundo Capitalista. O estudo da cadeia mercantil do charque, alimento frequente nas embarcações escravistas, pode, portanto, iluminar os fluxos e refluxos entre uma localidade específica e o quadro ampliado da Economia-Mundo, pois, em primeiro lugar, o charque era produzido por pessoas escravizadas, o que incluía a incorporação de tecnologias africanas; em segundo lugar, a circulação mercantil era realizada por agentes comercialmente relacionados aos traficantes e contrabandistas escravistas portugueses e espanhóis, sobretudo do Rio de Janeiro, de Montevideo e de Buenos Aires; e, por fim, o consumo dessa mercadoria se destinava especialmente a pessoas escravizadas, nas plantations exportadoras e nos navios escravistas, o que configurava o charque como uma condição material da reprodução do Sistema Atlântico Ibérico. Assim, os três diferentes momentos dessa cadeia mercantil compunham uma relação de mútua determinação ente as dinâmicas do Rio Grande de São Pedro e do Atlântico, de modo que a proposta é produzir um esforço explicativo de caráter global. A hipótese que proponho é que a reestruturação do tráfico, acelerado no duplo empuxo do renascimento agrícola e da Revolução Industrial, foi possível por meio de um rearranjo na relação entre alimentos mercantilizados e pessoas escravizadas, produzido e produtor da periferização da fronteira sul da América, particularmente da capitania do Rio Grande de São Pedro, por meio de trocas ecológicas desiguais entre a capitania e a capital do Vice-reino do Brasil, que estimulavam a formação de um quadro de especialização produtiva por meio da exploração coercitiva da força de trabalho e dos saberes dos sujeitos africanos escravizados. 
 
 
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		2025-03A (RE)INVENÇÃO HISTÓRICO-IDENTITÁRIA DE GOIÁS: civilização, modernidade e raça (1917-1944) TítuloA (RE)INVENÇÃO HISTÓRICO-IDENTITÁRIA DE GOIÁS: civilização, modernidade e raça (1917-1944) Autor
 Janaina Ferreira Dos Santos da SilvaOrientador(a)
 Karoline CarulaData de Defesa
 2025-03-18Nivel
 DoutoradoPáginas
 363Volumes
 1Banca de DefesaCristiano Pereira Alencar ArraisEliézer Cardoso de OliveiraKaroline CarulaMaria Letícia CorrêaMariana Rodrigues Tavares
 ResumoEste trabalho tem como tônica central a construção político-ideológica de um projeto de modernidade e civilização para o Ocidente, entre o final do Oitocentos e a primeira metade do Novecentos. Em uma análise centrada no Brasil nesta delimitação temática-temporal, parto do exame da busca pela inserção de um programa moderno-civilizacional para o Estado-nação em desenvolvimento para investigar a conjuntura de Goiás. Na averiguação da conjectura regional, observa-se o surgimento de uma geração de intelectuais que, inserida em redes de sociabilidades nacionais que dialogavam sobre os tópicos supracitados, elaboraram um plano: (re)apresentar o estado de Goiás em consonância com os parâmetros moderno-civilizacionais em discussão. Contudo, para opor-se às narrativas produzidas sobre o hinterland brasileiro no século XVIII, especialmente as literaturas de viagens, documentos políticos e produções artísticas, que teceram uma representação de Goiás em comunhão com a alegoria de um sertão decadente, atrasado e incivilizado, o círculo de letrados goianos traçou uma estratégia para (re)construir as imagens do estado para a nação para além de defender as potencialidades socioeconômicas goianas. Inseridos em um recorte espaço-temporal brasileiro de arguições em torno de um ideal racial para a construção de um Estado-nação em concordância com um futuro de progressos socioeconômicos, traçaram uma (re)invenção histórico-identitária para Goiás em congruência com o projeto moderno-civilizacional em vigor: o quadro multirracial regional foi atenuado por uma mestiçagem étnico-racial harmoniosa e redentora, pois, embora fruto da miscigenação, a população goiana descendia de um elemento caucasiano sóciorracialmente dominante. Dessa forma, a incorporação da ideologia da democracia étnico-racial conjugada com a solução de um branqueamento sociorracial progressivo oriundo do cruzamento racial integrava Goiás ao projeto moderno-civilizacional do Brasil, também (re)imaginado sob estes parâmetros. Para a finalidade de investigar esta (re)concepção de um projeto histórico-identitário de Goiás, partindo de um aparato teórico-metodológico da história social das ideias em conjunto com um suporte da história intelectual, verifico as atuações da rede de intelectuais goianos para a construção e consolidação dessa agenda, focando, principalmente, nas duas revistas formadas por eles, A Informação Goyana (1917-1935) e Oeste (1942-1944), que são fundamentais no corpus documental desta tese. Contudo, acrescento a essa apuração a partilha desse mesmo objetivo disposta em outros campos, perpassando pelas suas laborações nas concepções de obras historiográficas, entradas na arena política, formações de instituições de produção científica e criações de espaços de memórias, para apontar (re)elaboração de uma memória histórica oficial embranquecida para Goiás. 
 
 
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		2025-03O MOVIMENTO HIP-HOP CRIOULO COMO PLATAFORMA DE CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES POLÍTICAS – A PARTIR DE 1990 TítuloO MOVIMENTO HIP-HOP CRIOULO COMO PLATAFORMA DE CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES POLÍTICAS – A PARTIR DE 1990 Autor
 Thaísa Antunes da Costa SouzaOrientador(a)
 Felipe Paiva SoaresData de Defesa
 2025-03-18Nivel
 MestradoPáginas
 133Volumes
 1Banca de DefesaFelipe Paiva SoaresMarcelo Bittencourt Ivair PintoVictor Andrade de Melo
 ResumoEste estudo examina o hip-hop crioulo cabo-verdiano como um movimento social que vai além de sua dimensão musical, emergindo como uma plataforma de construção de identidades políticas de resistência e mobilização coletiva, com base nas ideias de Stuart Hall e Maurice Hawsbach. Parte-se da premissa de que, ao se sentirem marginalizados pelas estruturas de poder formais, os jovens encontram no hip-hop crioulo cabo-verdiano uma alternativa para se inserir no espaço público. Ou seja, objetivo é entender como esse movimento, que ganhou destaque em Cabo Verde nos anos 1990, se estabelece como um fenômeno cultural e social, funcionando como uma ferramenta de afirmação identitária e mobilização política, especialmente em um contexto de marginalização. A pesquisa propõe uma ênfase na análise do rap político, destacando sua capacidade de revisitar eventos históricos, construir memória coletiva e problematizar questões contemporâneas sensíveis à sociedade cabo-verdiana, como o pan-africanismo, a memória da violência colonial e a memória da resistência anti-colonial. A abordagem metodológica integra referências de história, sociologia e estudos culturais, com base na análise de músicas, videoclipes e material audiovisual, fundamentando-se nas concepções de Marcos Napolitano sobre música como fonte histórica, Mikhail Bakhtin sobre discurso dialógico, W. J. T. Mitchel sobre análise de imagens e Michel Chion sobre contrato audiovisual. Além disso, partindo das fontes em sites, jornais online e redes sociais, a pesquisa investiga como o hip-hop, enquanto movimento social constitui espaços de intervenção política na contemporaneidade, utilizando a concepção gramsciana para caracterizar o rapper como um "intelectual orgânico", que articula críticas ao Estado pós-colonial e se envolve de forma ativa na sociedade mediante o trabalho social e político concreto. 
 
 
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		2025-03Mães de outras pátrias: as experiências maternais vividas por imigrantes no Rio de Janeiro (1880-1908) TítuloMães de outras pátrias: as experiências maternais vividas por imigrantes no Rio de Janeiro (1880-1908) Autor
 Ingrid Job MarcelloOrientador(a)
 Karoline CarulaData de Defesa
 2025-03-13Nivel
 MestradoPáginas
 339Volumes
 1Banca de DefesaFabiane PopinigisKaroline CarulaLená Medeiros de Menezes
 ResumoEssa dissertação discute as vivências das mães imigrantes no Rio de Janeiro entre 1880 e 1908, através da análise de processos de tutela e soldadas em articulação com jornais, revistas, mapas, 
 fotografias, certidões cartoriais, documentos de entrada nos portos etc. O recorte foi escolhido, por marcar o auge e a queda dessas demandas. Concentraremos no imbricamento entre
 escravidão, imigração e o boom dos processos de tutela e soldada, quando, diante das mudanças decorridas no mercado de trabalho, inúmeros homens e mulheres interessados em angariarem
 pequenos trabalhadores, pleitearam a guarda legal de crianças e jovens pobres, prometendo lhes dar educação e os proverem um futuro melhor, mas os inseriam em dinâmicas de trabalho
 análogas à escravidão, enquanto suas mães tiveram sua maternidade interrompida de forma completa ou parcial por não respeitarem o padrão de maternidade e moralidade burguesa.
 Porém, essas demandas também foram usadas por mães e outras figuras maternas para garantir a sua maternagem e prover educação aos seus filhos, numa época em que educação e trabalho
 eram concebidos como sinônimos para as camadas mais pobres. Nossa intenção é, então, analisar os usos da tutela e da soldada e sua relação com o discurso filantrópico; o perfil social
 das mães envolvidas nas ações e como nacionalidade, classe e ofício influenciaram na possibilidade de se tornarem tutoras dos seus filhos.
 
 
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		2025-03Pelas margens do império: a pirataria e o corso no Rio de Janeiro entre 1680-1711 TítuloPelas margens do império: a pirataria e o corso no Rio de Janeiro entre 1680-1711 Autor
 Elizabeth Vieira MenezesOrientador(a)
 Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
 2025-03-13Nivel
 MestradoPáginas
 285Volumes
 1Banca de DefesaAdriano ComissoliMarcello José Gomes LoureiroMaria Fernanda Baptista Bicalho
 ResumoO propósito desta pesquisa é investigar a pirataria e o corso na América Portuguesa, a partir dos impactos dessas atividades no Rio de Janeiro entre 1680 e 1711. Para atingir esse objetivo 
 analítico, foi elaborado um panorama dos casos de saques, avistamentos e invasões (concretizados ou aventados) reportados por moradores locais. A partir desse mapeamento, foi possível rastrear não apenas os principais mecanismos e características dessas incursões, como também as múltiplas formas de reações à pirataria em relações políticas e sociais sediadas na cidade. As principais fontes primárias mobilizadas para compor esse quadro foram os processos e correspondências que tramitavam no Conselho Ultramarino (custodiado no AHU) e os documentos administrativos emitidos por autoridades locais (consultados no ANRJ). Ao longo deste trabalho, a pirataria foi considerada como reflexo das tensões imperiais no Atlântico. Dessa maneira, as reações aos saques e ameaças revelariam nuances da complexa rede de relações entre os impérios e seus domínios ultramarinos. Ao mesmo tempo, essas práticas de pilhagem contribuíram para flexibilizar os limites da autoridade imperial no Ultramar, demonstrando uma ampla gama de interações entre os saqueadores e os grupos, personagens e práticas sociais locais.
 
 
 
            