Dissertações e Teses
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2015-03 Mercadores e Comerciantes na Democracia Ateniense (431 - 322 a.C.)TítuloMercadores e Comerciantes na Democracia Ateniense (431 - 322 a.C.)Autor
Gabriel da Silva MeloOrientador(a)
Adriene Baron TaclaData de Defesa
2015-03-23Nivel
MestradoPáginas
Volumes
1Banca de DefesaAdriene Baron TaclaAlexandre Santos de MoraesDeivid Valério GaiaFábio de Souza LessaSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoEsta pesquisa tem o objetivo de contribuir para as discussões sobre o comércio no campo da História Antiga, especialmente no que se refere aos estudos de Economia e Sociedade na Antiguidade. O tema central do trabalho é a atuação de mercadores e comerciantes durante o período da democracia ateniense, mais especificamente entre o início da Guerra do Peloponeso em 431 a.C. até a morte de Alexandre III em 322 a.C., quando a democracia perde boa parte do caráter de participação política popular que a definiu. A hipótese aqui defendida é a de que independentemente do status social de comerciantes e mercadores eles influenciavam indiretamente, porém de maneira decisiva, no funcionamento do regime político democrático em Atenas. Com isso pretendo confrontar os estudos de viés institucionalista, hegemônicos no campo, e propor uma análise materialista que, a partir de uma história do cotidiano, estabeleça relações entre a prática social dos comerciantes e mercadores e as instituições sociais reproduzidas por elas.
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2015-03 O Governo Médici pelas Lentes da Agência Nacional (1971-1974)TítuloO Governo Médici pelas Lentes da Agência Nacional (1971-1974)Autor
Mariana Monteiro da SilveiraOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2015-03-23Nivel
MestradoPáginas
146Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusLucia GrinbergMaria do Carmo Teixeira RainhoPaulo Knauss de MendonçaSamantha Viz Quadrat
ResumoEste trabalho tem como objetivo analisar as fotografias produzidas pela Agência Nacional entre os anos 1971 e 1974, durante o governo do Presidente Médici. A Agência Nacional tinha como finalidade fazer a divulgação das notícias do governo de interesse do país, através do envio de boletins de notícias e fotografias à imprensa e da produção de cinejornais. Para esta pesquisa, toma-se como objeto sua produção fotográfica, aqui considerada como fotografia pública na medida em que cumpre uma função política de dar visibilidade ao poder e é produto de práticas sociais e experiências históricas. Analisa-se, portanto, o discurso político produzido pela Agência Nacional por meio da mensagem fotográfica durante o período, além de verificar a circulação dessa mensagem na imprensa da época.
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2015-03 "AINDA CHORAM MARIAS E CLARICES": Mulheres guerrilheiras e pecebistas na resistência à ditadura militar no BrasilTítulo"AINDA CHORAM MARIAS E CLARICES": Mulheres guerrilheiras e pecebistas na resistência à ditadura militar no BrasilAutor
Denise Truguilho RigonatiOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2015-03-23Nivel
MestradoPáginas
173Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoLilian Marta Grisolio MendesRonaldo do Livramento CoutinhoSilene de Moraes Freire
ResumoA pesquisa apresenta um olhar, dentre vários possíveis, sobre a trajetória de mulheres pertencentes a organizações guerrilheiras e ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) na resistência contra a ditadura militar no Brasil, que teve início com um golpe em 1964 e perdurou até 1985. A pesquisa teve como objetivo explorar a trajetória de vida dessas militantes sob a ótica de gênero, apresentando as peculiaridades de cada opção de militância, superando o abismo que separa os movimentos armados do PCB, expondo os impactos na vida cotidiana dessas mulheres confrontadas com o regime autoritário sob o qual viviam. Para tanto, os testemunhos de oito mulheres foram analisados. Essas mulheres são: Criméia Alice, Maria Amélia Teles, Rosalina Santa Cruz, Victória Grabois e Jessie Jane, pertencentes à oposição armada, e Maria Thereza Candido de Menezes, Maria Felisberta Baptista Trindade e Ligia Martins Coelho, que optaram pela resistência democrática ao lado do então ilegal PCB.
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2015-03 A Grande Família: intelectuais de esquerda, Rede Globo e censura durante a ditadura militar (1973-1975)TítuloA Grande Família: intelectuais de esquerda, Rede Globo e censura durante a ditadura militar (1973-1975)Autor
Roberta Alves SilvaOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2015-03-20Nivel
MestradoPáginas
209Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Palomanes MartinhoIgor Pinto SacramentoMiliandre Garcia de Souza
ResumoEsta dissertação analisa a primeira versão do seriado A Grande Família, exibida pela Rede Globo, a partir da entrada de Oduvaldo Vianna Filho (Vianinha), Armando Costa e, posteriormente, Paulo Pontes na redação do programa, entre 1973 e 1975. Usando o conceito de ambivalência, desenvolvido tanto por Pierre Laborie quanto por Mikhail Bakhtin, o presente trabalho se divide em quatro capítulos. O primeiro tenta entender as relações entre intelectuais de esquerda e Rede Globo, no contexto da ditadura militar brasileira. O segundo e o terceiro investigam o seriado em seus aspectos gerais, bem como estudam, com maior detalhamento, sete episódios, dentre roteiros e video tapes (VTs). Por fim, o último capítulo pesquisa 110 pareceres da Censura Federal acerca do programa. Portanto, avalia a recepção de A Grande Família por um órgão federal.
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2015-03 O "Bom Burguês": a trajetória de Jorge Medeiros Valle sob a Ditadura BrasileiraTítuloO "Bom Burguês": a trajetória de Jorge Medeiros Valle sob a Ditadura BrasileiraAutor
Valesca de Souza AlmeidaOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2015-03-20Nivel
MestradoPáginas
141Volumes
1Banca de DefesaCarlos Fico da Silva JúniorDaniel Aarão Reis FilhoKarla Guilherme CarloniMaria Paula Nascimento AraújoRenata Torres Schittino
Resumo
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2015-03 Métis: Do reconhecimento do mar Mediterrâneo ao domínio do mar EgeuTítuloMétis: Do reconhecimento do mar Mediterrâneo ao domínio do mar EgeuAutor
Camila Alves JourdanOrientador(a)
Alexandre Carneiro Cerqueira LimaData de Defesa
2015-03-20Nivel
MestradoPáginas
288Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaAlexandre Santos de MoraesAna Livia Bomfim VieiraGiselle Martins Venancio
ResumoComumente os estudos desenvolvidos sobre a thalassocracia ateniense versam sobre questões políticas e econômicas e abordam um curto espaço de tempo, considerando as mudanças mais imediatas. No entanto, em nossa pesquisa, buscamos entender o processo thalassocrático a partir de um longo recorte temporal (séculos VIII-V a.C.), através de indagações que perpassam o universo da cultura. Para tanto, investigamos as "representações sociais" (conceito conforme definido por Denise Jodelet) que foram sendo forjadas pelos helenos nos séculos que precederam a dominação do mar Egeu pela pólis de Atenas. Deste modo, nossa análise investigou as representações que permaneceram na documentação textual (através da metodologia empregada por Françoise Frontisi-Ducroux) referente ao mar, à navegação e aos nautai (navegantes), que serviram como base para o imaginário dos helenos sobre o meio marítimo e sobre aqueles que praticavam a navegação. Também nos debruçamos sobre a noção métis, a astúcia, a inteligência prudente e ardilosa que é empregada nas situações difíceis, flexíveis e ambivalentes, para alcançar uma conquista. Assim, centramo-nos na figura de Odisseu, o herói polýmetis, que se utiliza de muitos ardis para conseguir retornar à Ítaca. Entre seus desafios há o embate com as Sereias, que se desenvolve em meio marítimo. Esta cena, e a temática do mar e da navegação, é reconhecível na produção dos oleiros em Atenas quando do final do século VI para as primeiras décadas do V século a.C., momento em que o estrátego ateniense Temístocles, comparável a Odisseu nos usos dos ardis (métis), inicia o projeto que "volta" o interesse da pólis para os benefícios da exploração do mar e da navegação. Na pintura dos vasos (analisada a partir da metodologia proposta por Claude Bérard) a temática marítima e mítica é retomada como um meio de divulgação de mensagem thalassocrática
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2015-03 Os ofícios superiores e inferiores da tropa paga(ou de 1ª linha) na capitania do Rio de Janeiro, 1640-1652: Lógica social, circulação e a governança da terra.TítuloOs ofícios superiores e inferiores da tropa paga(ou de 1ª linha) na capitania do Rio de Janeiro, 1640-1652: Lógica social, circulação e a governança da terra.Autor
Luiz Guilherme Scaldaferri MoreiraOrientador(a)
Ronald José RaminelliData de Defesa
2015-03-20Nivel
DoutoradoPáginas
367Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioFrancisco Carlos Cardoso CosentinoJoão Luís Ribeiro FragosoLuiz Geraldo Santos da SilvaMaria Fernanda Baptista BicalhoRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
Resumo
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2015-03 Fotoclubismo, fotografia e arte no Brasil (1940-1960)TítuloFotoclubismo, fotografia e arte no Brasil (1940-1960)Autor
Monique Ferreira Dos SantosOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2015-03-20Nivel
MestradoPáginas
162Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusMaria do Carmo Teixeira RainhoMaria Teresa Villela Bandeira de MelloPaulo Knauss de MendonçaSilvana Louzada da Silva
ResumoDurante os anos de 1940-1960 houve um grande desenvolvimento e disseminação do fotomadorismo no Brasil. Esse processo Teve como protagonista duas instituições importantes, o Foto Cine Clube Bandeirantes e a Sociedade Fluminense de Fotografia, além de dois periódicos publicadas por essas instituições: o Boletim do Foto Cine e a FotoRevista, respectivamente. A partir das análises das duas revistas investiga-se a prática fotográfica e o debate estético nos fotoclubes, compreendidos enquanto espaço de sociabilidades artísticas, que caracterizariam uma experiência fotográfica inovadora por parte dos fotógrafos amadores.
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2015-03 Engajamento político e prática fotográfica no Brasil dos anos 1970 e 1980TítuloEngajamento político e prática fotográfica no Brasil dos anos 1970 e 1980Autor
Luciano Gomes de Souza JúniorOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2015-03-20Nivel
MestradoPáginas
141Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusCharles MonteiroLucia GrinbergMaria Teresa Villela Bandeira de MelloSamantha Viz Quadrat
ResumoO presente trabalho dedica-se ao estudo das relações entre engajamento político e prática fotográfica no Brasil dos anos 1970 e 1980. Buscou-se compreender o papel que as práticas associativas, como a fundação de associações e agências cooperativas, exerceram na transformação da prática fotográfica dessas décadas. Para isso, foram analisadas as trajetórias de Nair Benedicto, Milton Guran e João Roberto Ripper, três fotógrafos brasileiros que ingressaram, se consolidam na profissão e se tornam lideranças nas associações e órgãos de representação da categoria nesse período e que produziram uma vasta documentação sobre a mobilização dos movimentos sociais em pleno processo de redemocratização da sociedade brasileira.
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2015-03 UMA BOA MORTE HONRA TODA A VIDA: CAPELAS FUNERÁRIAS DE REIS E NOBRES EM CASTELA NO SÉCULO XVTítuloUMA BOA MORTE HONRA TODA A VIDA: CAPELAS FUNERÁRIAS DE REIS E NOBRES EM CASTELA NO SÉCULO XVAutor
Cinthia Marina Moreira da RochaOrientador(a)
Renata Rodrigues VerezaData de Defesa
2015-03-19Nivel
DoutoradoPáginas
362Volumes
1Banca de DefesaAndréia Cristina Lopes Frazão da SilvaEdmar Checon de FreitasMário Jorge da Motta BastosRaquel Alvitos PereiraRenata Rodrigues VerezaTamara Quírico Moraes
ResumoO século XV é um momento de frequentes conflitos sociais e de reordenação política.Também é um período de intensa atividade construtora e do surgimento de mestres, reconhecidos por seus contemporâneos, que foram responsáveis por edificar diversos palácios, igrejas e capelas que figuram entre os principais monumentos espanhóis. Entre eles, estão capelas e sepulcros erguidos pela nobreza e a monarquia, que passaram, nesse período, a dar mais destaque para os investimentos relacionados à memória funerária. Tendo em vista essas questões, essa tese visa contribuir para a análise do processo de centralização política do reino de Castela e o papel desempenhado por reis e nobres, por meio do estudo de capelas funerárias realizadas por eles e seus descendentes, acreditando que tal análise possa auxiliar na compreensão dos projetos políticos, das visões de mundo e da imagem que esses indivíduos pretendiam criar de si próprios. Defende-se como hipótese central que o aumento de importância e magnitude das construções encomendadas por reis e nobres estaria diretamente relacionado aos conflitos intranobiliários e ao fortalecimento da autoridade monárquica.
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2015-03TítuloAutor
Sônia Ribeiro de SouzaOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2015-03-19Nivel
DoutoradoPáginas
199Volumes
1Banca de DefesaClaudia Maria Costa AlvesLílian Aragão Bastos do ValleMarcelo Badaró MattosRicardo Augusto Dos SantosSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos FontesWanderley da Silva
ResumoA tese pretende analisar a atuação da Associação Brasileira de Educação (ABE) e de seus intelectuais orgânicos nas disputas pela condução das políticas educacionais no país, entre1924 e 1935. A partir de vasta documentação produzida pela ABE e disponível em seu acervo, busca-se contextualizar as lutas em torno da Educação Pública, se iniciando nos primórdios da República, a partir de seus principais intelectuais, perpassando as nascentes organizações da sociedade civil pela alfabetização e de movimentos de professores, nas duas primeiras décadas do século XX. A fundação da ABE (1924) representou um marco na organização da sociedade civil, na perspectiva da construção de um discurso hegemônico, que não se deu sem disputas internas. Analisa-se também as estratégias utilizadas pela ABE buscando se transformar em uma entidade nacional e com uma proposta, também, nacional. A tese propõe, ainda, a utilização do referencial gramsciano, principalmente o conceito de Estado Ampliado, para que se possa compreender a Educação Pública de forma ampliada, ou seja, resultante dos conflitos na Sociedade Civil e de sua relação com a Sociedade Política (Estado em sentido restrito), durante um período em que se questionava a hegemonia dos grupos cafeicultores paulistas e em vias de se consolidar a direção a partir das atividades urbano-industriais.
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2015-03 Imprensa e política: O governo Goulart nas páginas do Correio da Manhã (1961-1964)TítuloImprensa e política: O governo Goulart nas páginas do Correio da Manhã (1961-1964)Autor
Renato Pereira da SilvaOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2015-03-19Nivel
MestradoPáginas
198Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireJorge Luiz FerreiraJuniele Rabêlo de AlmeidaPaulo Roberto Ribeiro Fontes
ResumoA pesquisa tem por objetivo analisar a trajetória do jornal Correio da Manhã em relação aos eventos que fizeram parte do governo de João Goulart e seu posicionamento nos primeiros dias da instauração do regime militar. Trata-se de compreender o que levou um diário identificado e notabilizado pelo compromisso com a democracia representativa a apoiar um golpe de Estado para destituir um presidente da República legalmente constituído e, logo depois, tornar-se um dos poucos jornais brasileiros a se opor abertamente aos caminhos seguidos pelo governo militar depois do golpe civil-militar de 1964. Analisar e compreender as metamorfoses, ambiguidades e ambivalências do jornal carioca na conjuntura explosiva do início dos anos 1960 podem possibilitar a repensar os embates políticos durante o período e visualizar as aproximações e divergências entre o Correio da Manhã e o governo Goulart. Do mesmo modo, pode ajudar a entender o distanciamento do diário carioca com o novo regime. Analisar os momentos em que o Correio da Manhã se voltou contra o governo torna-se, assim, importante para a compreensão histórica dos idos de março e a queda de abril de Goulart da presidência da República.
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2015-03 Os sentidos dos quadrinhos em contexto nacional-popular (Brasil e Chile 1960 e 1970)TítuloOs sentidos dos quadrinhos em contexto nacional-popular (Brasil e Chile 1960 e 1970)Autor
Ivan Lima GomesOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2015-03-19Nivel
DoutoradoPáginas
412Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusArthur Gomes ValleCharles MonteiroGiselle Martins VenancioNelson SchapochnikPaulo Knauss de MendonçaSamantha Viz Quadrat
ResumoAs histórias em quadrinhos são uma das narrativas visuais mais importantes do século XX. Suas origens remetem à Segunda Revolução Industrial, período em que por meio do desenvolvimento tecnológico e das possibilidades de comunicação a longas distâncias, a imprensa de massa disputa mais e mais leitores. Na América Latina, o início dos quadrinhos é tributário das tradições visuais e gráficas norte-americana e europeia. Porém, longe de ser um mero reflexo das exigências da produção internacional, as histórias em quadrinhos enquanto prática cultural são objeto de disputas entre variados agentes. Dessa maneira, defende-se aqui a existência de um olhar latino-americano sobre os quadrinhos, marcado pelas discussões em torno de uma cultura nacional-popular e crítica à produção estrangeira. Tendo sido fundamentais para a construção desta noção os anos de Guerra Fria, são analisadas duas iniciativas editoriais: a pequena Cooperativa Editora e de Trabalho de Porto Alegre (CETPA), que funcionou nos marcos do governo estadual de Leonel Brizola no Rio Grande do Sul e da presidência de João Goulart; e a grande editora do governo da Unidad Popular chilena, Quimantú, que teve nas suas publicações de quadrinhos um dos pontos mais controversos de sua linha editorial. Através da exposição da formação de ambas as editoras em seus respectivos contextos, são realizadas análises cruzadas do cotidiano de trabalho de artistas e funcionários das editoras e de alguns quadrinhos lançados por elas. Por meio deles, CETPA e Quimantú propuseram uma crítica aos super-heróis dos quadrinhos norte-americanos, sugerindo em seu lugar novos personagens e temas a favor da efetiva promoção de uma cultura nacional-popular para crianças e jovens leitores. Como conclusão, os sentidos dos quadrinhos na América Latina são discutidos a partir de temas relacionados à cultura política e visual.
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2015-03 Dimensões da participação política indígena na formação do Estado Nacional Brasileiro: Revoltas em Pernambuco e Alagoas (1817-1848)TítuloDimensões da participação política indígena na formação do Estado Nacional Brasileiro: Revoltas em Pernambuco e Alagoas (1817-1848)Autor
Mariana Albuquerque DantasOrientador(a)
João Pacheco de Oliveira FilhoData de Defesa
2015-03-18Nivel
DoutoradoPáginas
321Volumes
1Banca de DefesaEdmundo Marcelo Mendes PereiraElisa Frühauf GarciaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJoão Pacheco de Oliveira FilhoLarissa Moreira VianaMarcus Joaquim Maciel de CarvalhoVânia Maria Losada Moreira
ResumoO presente trabalho tem por objetivo central analisar as diferentes dimensões da participação de indígenas nas quatro principais revoltas ocorridas em Pernambuco e Alagoas na primeira metade do século XIX, que foram a Insurreição de 1817, a Confederação do Equador (1824), a Guerra dos Cabanos ou Cabanada (1832-1835) e a Praieira (1848). Embora grupos indígenas de várias aldeias tenham se envolvido nos conflitos armados, os aldeados em Jacuípe, Barreiros e Cimbres tiveram participação mais intensa. Essas revoltas são entendidas como momentos cruciais do processo de formação do Estado nacional brasileiro, pois nelas estavam sendo discutidos os diversos projetos políticos defendidos por diferentes segmentos das elites. Mesmo tendo sido iniciadas por membros das elites provinciais, as revoltas se constituíram enquanto espaços de participação política dos indígenas envolvidos pois, na maioria das vezes, conseguiam atrelar suas necessidades e expectativas mais específicas aos interesses mais amplos tantos de líderes rebeldes, quanto dos da repressão. As motivações dos indígenas, em grande parte dos casos, estavam relacionadas à manutenção do território das aldeias e à defesa da administração desses espaços da maneira que melhor lhes conviesse. Em outras situações, os índios foram coagidos a participar dos conflitos por meio de recrutamentos forçados realizados tanto por potentados locais não indígenas, quanto por um líder indígena, cujo objetivo era defender seus interesses particulares. Apesar dessas situações de participação forçada, o envolvimento de índios nas revoltas ocorreu em torno de conflitos entre índios e não índios pelas terras das aldeias. Esses espaços tinham papel central da vida dos indígenas aqui estudados, pois neles, durante o período colonial, vivenciaram o primeiro processo de territorialização e reelaboraram suas identidades e culturas. Nesse sentido, as aldeias foram constituídas enquanto espaços apropriados pelos indígenas, onde protagonizaram sua ressocialização diante do contexto colonial. No século XIX, a partir das aldeias, os indígenas elaboraram suas redes de relacionamentos com não índios, baseadas em alianças ou inimizades que se transformavam a depender das circunstâncias políticas, e construíram espaços informais e formais de participação política na formação do Estado nacional brasileiro.
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2015-03 Damiana da Cunha: uma índia entre a "sombra da cruz" e os caiapós do sertão (Goiás, c. 1780-1831)TítuloDamiana da Cunha: uma índia entre a "sombra da cruz" e os caiapós do sertão (Goiás, c. 1780-1831)Autor
Suelen Siqueira JulioOrientador(a)
Elisa Frühauf GarciaData de Defesa
2015-03-17Nivel
MestradoPáginas
171Volumes
1Banca de DefesaElisa Frühauf GarciaJoão Pacheco de Oliveira FilhoRonaldo VainfasVânia Maria Losada Moreira
ResumoA dissertação aborda a trajetória da índia caiapó Damiana da Cunha (c.1779-1831), que exerceu uma atuação política notável em Goiás no início do século XIX. Tal atuação se insere no contexto das políticas de atração dos indígenas iniciadas na segunda metade do século XVIII e que se prolongaram pelo Oitocentos. A partir deste caso pretendo fornecer elementos para complexificar o conhecimento acerca das mulheres indígenas na história do Brasil, rompendo com imagens estereotipadas que têm a ver com a dupla estigmatização que recaiu sobre as índias: enquanto mulheres e indígenas. Busco também demonstrar como a situação de contato com a sociedade envolvente forneceu oportunidades para a atuação política de mulheres e homens indígenas. Desenvolvo a ideia de que uma soma de circunstâncias, adicionada à sua habilidade política, permitiram que Damiana atuasse como mediadora entre os caiapós e as medidas de atração dos índios enquanto povoadores e mão de obra. Tanto a trajetória de Damiana quanto a de outras índias revelam que a vida das mulheres indígenas não coube nos estereótipos de submissão, confinamento ao domínio privado e inferioridade que recaíam sobre o gênero feminino na sociedade colonial e pós-colonial.
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2015-03 Textos militares e mercês numa Angola que se pretendia "reformada": um estudo de caso dos autores Elias Alexandre da Silva Correa e Paulo Martins Pinheiro de LacerdaTítuloTextos militares e mercês numa Angola que se pretendia "reformada": um estudo de caso dos autores Elias Alexandre da Silva Correa e Paulo Martins Pinheiro de LacerdaAutor
Ingrid Silva de Oliveira LeiteOrientador(a)
Alexsander Lemos de Almeida GebaraData de Defesa
2015-03-17Nivel
DoutoradoPáginas
278Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Vieira RibeiroAlexsander Lemos de Almeida GebaraFlávia Maria de CarvalhoLucilene ReginaldoMarcelo Bittencourt Ivair PintoMarina de Mello E SouzaRoberto Guedes Ferreira
ResumoO reinado de D. José I (1750-1777) foi caracterizado por uma série de esforços de reorganização administrativa do império português. Sob influência iluminista e direção de Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal, iniciou-se uma nova gestão metropolitana nas colônias. A extensão dos domínios transcontinentais de Portugal exigiu o desenvolvimento de mecanismos para possibilitar seu governo, conectando e enlaçando áreas dispersas através da circulação de homens, mercadorias e instituições. Uma das características desse período foi a construção de memórias e informações compiladas sobre os domínios ultramarinos por viajantes, comerciantes, militares, administradores e religiosos. Tais produtores de notícias cumpriam um papel fundamental para a transmissão de ideias, valores, costumes e saberes no mundo ibérico. Tendo em vista essa "monarquia ilustrada" portuguesa, em alguns desses textos, os autores expressavam críticas e sugestões para racionalizar a administração colonial local e as dirigiam ao rei lusitano. Na visão daqueles homens, tais projetos coloniais eram legítimos e proporcionariam uma melhor administração, visto que a experiência local os gabaritava como os melhores conselheiros reais. A tese tem por objetivo analisar os textos dos militares Elias Alexandre da Silva Correa e Paulo Martins Pinheiro de Lacerda, produzidos em fins do século XVIII sobre a região de Angola. Alguns objetivos nortearão a investigação desses textos. Primeiramente, a identificação das trajetórias desses autores no complexo império português, a fim de perceber como chegaram a Angola e a natureza da iniciativa da compilação das informações sobre as sociedades africanas e das conquistas portuguesas na região. Em seguida, analisar em que medida tais escritos podem ser entendidos como estratégias de seus autores para obter mercês reais. Em terceiro lugar, demonstrar as características mais marcantes dos textos e estabelecer comparações entre eles. Finalmente, se é possível verificar nessas memórias e relatos a existência e a caracterização de denúncias e sugestões para a administração local, a fim de aconselhar o rei a como proceder naqueles domínios, dentro de uma perspectiva iluminista e compará-los, considerando o lugar social de cada autor.
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2015-03 Ciências sociais e pensamento e político: o grupo da USP e a frente democrática a partir dos semanários Opinião e Movimento (1972-1981)TítuloCiências sociais e pensamento e político: o grupo da USP e a frente democrática a partir dos semanários Opinião e Movimento (1972-1981)Autor
Hugo Alexandre de Lemos BelluccoOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2015-03-17Nivel
DoutoradoPáginas
280Volumes
1Banca de DefesaDênis de Roberto Villas Boas de MoraesFelipe Abranches DemierMarcelo Badaró MattosMarco Antonio PerrusoRoberto LeherVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEste trabalho dedica-se a investigar o pensamento político desenvolvido por um grupo de cientistas sociais originários da Universidade de São Paulo (USP) e do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) nos anos 1970, a partir do material publicado por esses intelectuais nos semanários Opinião (1972-1977) e Movimento (1975-1981). Sua atuação nos órgãos da assim chamada "imprensa alternativa" é colocada em diálogo com outras publicações do período que podem ser incluídas no conjunto de suportes editoriais que conferiu então um sentido político oposicionista à reflexão sociológica. Essa produção foi uma das principais formas de interlocução social da sociologia acadêmica na década de 1970. Recupera-se, nesse sentido, os marcos políticos fundamentais que levaram à ascendência de determinados membros do Cebrap e da USP como intelectuais públicos e dos jornais Movimento e Opinião como veículos impressos da frente oposicionista. Na tentativa de articular coletivamente a trajetória desses autores e desses periódicos na década de 1970, a leitura do material publicado nos jornais e revistas de oposição dialoga com sua obra sociológica e fundamenta a reflexão em torno dos distintos papéis atribuídos às ciências sociais na conjuntura de crise política do regime ditatorial e nas diferentes posições presentes em suas abordagens em torno da "questão democrática".
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2015-03 Território e identidade Guarani Mbya do Espírito Santo (1967-2006)TítuloTerritório e identidade Guarani Mbya do Espírito Santo (1967-2006)Autor
Kalna Mareto TeaoOrientador(a)
Maria Regina Celestino de AlmeidaData de Defesa
2015-03-17Nivel
DoutoradoPáginas
234Volumes
1Banca de DefesaElisa Frühauf GarciaIzabel Missagia de MattosJoão Pacheco de Oliveira FilhoJosé Ribamar Bessa FreireLarissa Moreira VianaMaria Regina Celestino de AlmeidaVânia Maria Losada Moreira
ResumoEste trabalho tem por objetivo analisar a construção identitária dos povos Tupinikim e Guarani do Espírito Santo durante o processo de luta pela terra contra a empresa Aracruz Celulose (1967-2006). Esses índios, ao reelaborarem suas identidades étnicas, constroem suas histórias em processos distintos, por meio da atualização de seus mitos, ritos, narrativas, memórias, objetos, locais e pessoas. A construção do território guarani é realizada por meio dos deslocamentos (oguata porã), e é também por meio desses deslocamentos que os Guarani Mbya constroem suas histórias e suas identidades sociais. O território guarani é físico, porque esses índios buscam espaços possíveis, com condições ambientais específicas, para a construção das aldeias. O território guarani é imaginado, porque os Mbya, ao realizarem os deslocamentos, estão construindo um território para além das fronteiras físicas estabelecidas pelo Estado nacional, pois trata-se de um território construído por meio desses deslocamentos e pelas relações de casamentos, de parentesco, de busca de sementes, de rituais. Os Guarani Mbya buscam se apropriar de espaços como escolas, universidades, assembleias indígenas e museus para afirmarem sua identidade étnica, na qual os índios compartilham o sentimento de pertencimento étnico diante de contextos históricos de transformação política. Este trabalho se ancora em fontes escritas – documentais, informativas e teóricas – e em fontes orais, entre as quais se destacam os depoimentos indígenas.
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2015-03 Prática Fotográfica e Experiência Social:A Trajetória do Fotógrafo Alcir LacerdaTítuloPrática Fotográfica e Experiência Social:A Trajetória do Fotógrafo Alcir LacerdaAutor
Aryanny Thays da SilvaOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2015-03-16Nivel
MestradoPáginas
Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusHelouise Lima CostaLucia GrinbergPaulo Knauss de MendonçaSilvana Louzada da Silva
ResumoO trabalho a seguir tem como objeto a análise da fotografia como elemento da experiência histórica contemporânea, com base no estudo da trajetória do fotógrafo pernambucano Alcir Lacerda. Opera-se com as noções de experiência social e prática fotográfica para se pensar o percurso social desse sujeito histórico. Procurou-se assim traçar um esboço biográfico da inserção de Lacerda na fotografia, de modo a dimensionar os espaços de sociabilidade e lugares de distinção social em torno de sua produção fotográfica. A pesquisa apresenta documentação visual produzida em esferas distintas da prática fotográfica, tais como o fotojornalismo e fotodocumentarismo. O escopo de análise dessas fontes avalia a pluralidade de contextos sociais que envolvem a trajetória de um fotógrafo, com destaque para os projetos efetivados dentro do campo de possibilidades apresentado por sua vivência. Busca-se assim, estudar a prática fotográfica contemporânea segundo circuitos, usos e funções.
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2015-03 "UMA VASTA CAIEIRA": UM ESTUDO SOBRE OS FABRICANTES DE CAL DA FREGUESIA DA ILHA DO GOVERNADOR (1861-1900)Título"UMA VASTA CAIEIRA": UM ESTUDO SOBRE OS FABRICANTES DE CAL DA FREGUESIA DA ILHA DO GOVERNADOR (1861-1900)Autor
Judite Paiva SoutoOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2015-03-16Nivel
MestradoPáginas
141Volumes
1Banca de DefesaAnita Correia Lima de AlmeidaCezar Teixeira HonoratoHumberto Fernandes MachadoLaura Antunes Maciel
ResumoNa segunda metade do século XIX, a principal atividade econômica na freguesia de Nossa Senhora da Ajuda da Ilha do Governador, no Município Neutro da Corte, era a produção de cal de marisco. Seus fabricantes ocuparam importantes funções públicas: foram juízes de paz, fiscais municipais, subdelegados e inspetores de quarteirão. O presente trabalho tem por finalidade mapear as relações sociais estabelecidas pelos fabricantes de cal da Freguesia de Nossa Senhora da Ajuda da Ilha do Governador na segunda metade do século XIX, isto é, identificar quem foram, como e com quem se relacionavam, que alianças estabeleceram, enfim, que lugar ocuparam na sociedade imperial. Para tal, adotou-sea metodologia onomástica, aliando a análise quantitativa à qualitativa, muito utilizada nos estudos microanalíticos, em fontes diversas tais como periódicos, processos judiciais, inventários post-mortem e registros paroquiais, no intuito de localizar os caieiros nas suas diversas áreas de atuação. Sustenta-se que a produção de cal era uma atividade própria da "boa sociedade" insulana e que muitos caieiros, integrantes de redes clientelísticas, foram chefes locais na Ilha do Governador.
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2015-03 Estado, empresários e política: a hegemonia em construção (1930-1950)TítuloEstado, empresários e política: a hegemonia em construção (1930-1950)Autor
Maurício Gonçalves MargalhoOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2015-03-12Nivel
DoutoradoPáginas
257Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoEsther KupermanGelsom Rozentino de AlmeidaRenato Luís do Couto Neto E LemosSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoApesar do recorte cronológico da pesquisa priorizar o período correspondente ao Primeiro Governo Vargas, para compreender a formação social desses dois empresários foi necessário fazer um recuo e com isso analisar suas origens durante a Primeira República, ressaltando os aspectos de suas distintas formações e trajetórias sociais. A tese analisa a economia capitalista brasileira durante o período de 1930 a 1945, considerando a luta e a participação política do empresariado industrial e comercial no Estado capitalista brasileiro. A metodologia utilizada para conduzir a pesquisa consistiu na realização do mapeamento das relações sociais de lideranças do empresariado industrial e comercial nas agências do Estado, considerado de acordo com a matriz teórica gramsciana. Tendo em vista esse propósito, demos ênfase aos empresários Euvaldo Lodi e Valentim Bouças. Em suas atribuições de representantes de grupos empresariais distintos, ambos foram intelectuais orgânicos que, atuando na sociedade civil, educavam e direcionavam a ação coletiva das frações do capital por eles representadas com a finalidade de consubstanciar seus interesses nas agências da sociedade política. Assim sendo, a pesquisa buscou explorar as interconexões entre política e economia na luta pela hegemonia entre as frações do capital.
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2015-03 Virgílio de Mello Franco: Trajetória política em contexto de mudanças (1929-1948)TítuloVirgílio de Mello Franco: Trajetória política em contexto de mudanças (1929-1948)Autor
Flavia Salles FerroOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2015-03-12Nivel
MestradoPáginas
130Volumes
1Banca de DefesaCláudia Maria Ribeiro ViscardiHelena Maria Bousquet BomenyJorge Luiz FerreiraJuniele Rabêlo de Almeida
ResumoO trabalho compreende a trajetória política de Virgílio de Mello Franco entre os anos 1929-1948. Dessa forma, o estudo perpassa desde a Primeira República até os primeiros anos da experiência democrática brasileira. Esse período é importante na história do Brasil republicano. Valores e ideais autoritários e liberais-democráticos conviveram, instituindo culturas políticas, das quais Virgílio estava inserido. Virgílio de Mello Franco foi político tradicional na Primeira República. Destacou-se na Revolução de 1930 devido sua liderança no movimento, foi conhecido tenente-civil. Foi aliado de Getúlio Vargas durante o governo provisório, compôs o chamado "Gabinete Negro", lutou ao lado do governo federal na Guerra Civil de 1932. Disputou a interventoria de Minas Gerais em 1933, rompeu relações com Getúlio Vargas, tornou-se opositor de seu governo. Foi um dos articuladores e escritores do Manifesto dos Mineiros. Contribuiu na fundação da União Democrática Nacional, foi seu secretário geral. Exonerou-se do cargo em 1946 por divergências com o partido. Foi presidente da secção mineira da UDN. Em 1948 foi assassinado. O estudo da trajetória de Virgílio de Mello Franco é maneira de compreender importante personagem político e episódios relevantes da história do Brasil. O trabalho analisa também, no âmbito político: disputas entre forças públicas; contradições; pensamento social; circulação de ideias; práticas; ideologias e partidos desse contexto histórico.
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2015-03 Mudanças e permanências no uso do espaço: A cidade de Tell El-amarna e a questão do Urbanismo no Egito AntigoTítuloMudanças e permanências no uso do espaço: A cidade de Tell El-amarna e a questão do Urbanismo no Egito AntigoAutor
Liliane Cristina CoelhoOrientador(a)
Sônia Regina Rebel de AraújoData de Defesa
2015-03-11Nivel
DoutoradoPáginas
308Volumes
1Banca de DefesaAdriene Baron TaclaAlexandre Santos de MoraesClaudia Beltrão da RosaFábio de Souza LessaMargaret Marchiori BakosNely Feitoza ArraisSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoA construção de cidades por ordem real no Egito antigo, bem como a adoção de diferentes divindades como deus dinástico, eram atitudes comuns para a monarquia egípcia, mas alguns destes aspectos, quando relacionados ao reinado de Akhenaton, precisam ser melhor elucidados. Este trabalho aborda o desenvolvimento urbano e as relações sociais no Egito antigo, especialmente durante o reinado de Akhenaton (c. 1353-1335 a.C.), e está centrado geograficamente na localidade de Akhetaton, no Médio Egito. Documentos produzidos durante os governos deste faraó e de seus antecessores imediatos, como escaravelhos, as Cartas de Amarna e as estelas de fronteira de Akhetaton, bem como de mapas do Egito e de seus domínios no período final da XVIII Dinastia (c. 1550-1307 a.C.), ajudam a elucidar aspectos pertinentes não apenas à escolha do local para a construção de Akhetaton, mas também relacionados à opção por Aton, uma divindade praticamente desconhecida e que foi elevada a deus dinástico. Por meio dos textos das estelas de fronteira e da documentação produzida pela Arqueologia é possível também conhecer a configuração espacial da cidade de Akhetaton e discutir questões relacionadas ao urbanismo e ao desenvolvimento de relações sociais entre os seus habitantes. O objetivo geral deste estudo, então, é compreender como o desenho urbano pode influenciar o desenvolvimento de redes de sociabilidade entre os habitantes de uma cidade, neste caso, a Residência Real de Akhetaton, construída por ordem de Akhenaton e cuja fundação simbólica está presente nos textos das estelas de fronteira que delimitam o espaço e que são a principal fonte desta pesquisa.
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2015-03 Ecos da casa grande: o pensamento escravista nos últimos anos da escravidão (1883 - 1888)TítuloEcos da casa grande: o pensamento escravista nos últimos anos da escravidão (1883 - 1888)Autor
Fernando de Britto FalciOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2015-03-06Nivel
MestradoPáginas
116Volumes
1Banca de DefesaHumberto Fernandes MachadoLarissa Moreira VianaLuiz Fernando SaraivaMarilene Rosa Nogueira da SilvaTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoEste trabalho disserta sobre as diversas reações escravistas à decadência da escravidão no contexto circundante às leis dos Sexagenários (1885) e Áurea (1888). E, junto a isso, dos argumentos a favor de indenizações aos senhores, das denúncias de descontrole sobre a escravaria e do movimento abolicionista movida pelos defensores dos interesses senhoriais na imprensa e no parlamento. Partindo do pressuposto que nessa época não era possível defender abertamente a escravidão, já que condenada em larga medida não só pelo liberalismo herdeiro do iluminismo (tido como modelo de civilização pelas classes dominantes imperiais), mas igualmente pelas novas teorias cientificistas europeias do final do século XIX. O discurso estudado se apropriava de elementos dessas ideias e as juntava com elementos do pensamento escravocrata tradicional. Com essa mistura que eles propunham suas alternativas, confrontavam seus adversários, enfrentavam o movimento abolicionista e expunham seus temores de um eventual descontrole sobre os escravos e os libertos. Os temas focados são as reações à ascensão do movimento abolicionista e ao aumento da rebeldia escrava, além das expectativas e previsões sobre a inserção do liberto no mercado de trabalho.
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2015-03 Negotium Fidei et Pacis no Languedoc: a Igreja e as relações de poder na Cruzada Albigense (1209-1229)TítuloNegotium Fidei et Pacis no Languedoc: a Igreja e as relações de poder na Cruzada Albigense (1209-1229)Autor
Philipe Rosa de LimaOrientador(a)
Renata Rodrigues VerezaData de Defesa
2015-03-04Nivel
MestradoPáginas
1Volumes
143Banca de DefesaAndréia Cristina Lopes Frazão da SilvaFrancisco José Silva GomesMário Jorge da Motta BastosRenata Rodrigues Vereza
ResumoO objeto desta dissertação é o estudo das relações de poder da Igreja na Cruzada Albigense (1209-1229) no Languedoc, conflito que também envolveu a heresia cátara e poderes seculares da região. A repressão eclesiástica ao catarismo foi fruto de uma complexa rede de relações de poder que se modificou ao longo dos séculos XII e XIII, até culminar na Cruzada Albigense. A compreensão dessas relações se dará pela concepção do "poder", não como um simples instrumento de dominação, mas como uma relação dinâmica e reflexiva que demonstra uma lógica englobadora das formas de exercício desse poder, inserido na realidade social medieval. Após analisar essas relações de poder, poderemos nos posicionar sobre as grandes questões apresentadas pela historiografia da Cruzada Albigense: a Cruzada foi uma guerra de conquista francesa contra a Occitânia? A cruzada foi uma empreitada da Igreja para salvaguardar a fé católica e garantir a paz na região (idéia de negotium fidei et pacis) ? A Cruzada inaugurou um novo tipo de sociedade na Cristandade medieval com o estabelecimento da Inquisição? As respostas destas questões surgirão com a análise minuciosa das formas de exercício do poder eclesiástico neste conflito, em especial a atuação do papado, dos legados papais e do clero occitano na Cruzada Albigense.