Dissertações e Teses
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2015-03 Utopismo ou a reinvenção da esquerda: a new left review após o colapso do comunismo (1989 - 2003)TítuloUtopismo ou a reinvenção da esquerda: a new left review após o colapso do comunismo (1989 - 2003)Autor
Ruben Maciel FranklinOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2015-03-27Nivel
DoutoradoPáginas
426Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherFrederico de Castro NevesHector Alberto AlimondaJoão Márcio Mendes PereiraMaria Verónica Secreto FerrerasNorberto Osvaldo FerrerasPaulo Roberto Ribeiro Fontes
Resumo
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2015-03 Uma Constituinte pouco cidadã: as disputas do empresariado e as tentativas de intervenção dos trabalhadores sobre os direitos políticos dos trabalhadores na na Constituinte de 1988TítuloUma Constituinte pouco cidadã: as disputas do empresariado e as tentativas de intervenção dos trabalhadores sobre os direitos políticos dos trabalhadores na na Constituinte de 1988Autor
Marilia El-kaddoum TrajtenbergOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2015-03-27Nivel
MestradoPáginas
135Volumes
1Banca de DefesaMarcelo Badaró MattosMaria Letícia CorrêaRenato Luís do Couto Neto E LemosSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA presente pesquisa tem por objetivo tratar dos direitos políticos dos trabalhadores que foram discutidos no processo constituinte de 1988. Para tal, este objeto exigiu uma discussão teórica sobre o papel do Direito na sociedade burguesa, que é o de igualar sujeitos jurídicos formalmente para manter a desigualdade real, e o papel do Direito do Trabalho, que é o de regulamentar a circulação da mercadoria trabalho. Com base nesses preceitos analisamos as questões que envolveram estes direitos nas disputas constituintes, inseridas no contexto da transição do modelo ditatorial, instaurado a partir do golpe de 1964, para a democracia burguesa que viria após a promulgação da constituição. Esta transição foi marcada pela tentativa de manutenção de diversos aspectos, econômicos e políticos do regime na ordem democrática e apesar de não manter integralmente o controle dos acontecimentos, logrou êxito em muitos pontos. A constituinte de 1988 faz parte dessa transição na medida em que se propõe a reconfigurar o ordenamento jurídico da nova ordem e por isso é palco de intensas disputas travadas pelos principais atores da sociedade civil na época para inserir-se na sociedade política. Ainda que tenha guardado contradições, possibilidades de disputa pelos subalternos, ela é responsável por importantes manutenções, principalmente no que se refere à legislação trabalhista. Esta, por sua vez, é matéria de importância fundamental para o empresariado que percebe o surgimento de um novo modelo de movimento sindical que mostrava disposição para quebrar as amarras do sindicalismo corporativo, o Novo Sindicalismo.
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2015-03 Interpretações da Liberdade: O Dissenso Norte-americano levado aos tribunais (1983-1988)TítuloInterpretações da Liberdade: O Dissenso Norte-americano levado aos tribunais (1983-1988)Autor
Alexandre Guilherme da Cruz Alves JuniorOrientador(a)
Thaddeus Gregory BlanchetteData de Defesa
2015-03-27Nivel
DoutoradoPáginas
227Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoFlavio LimoncicFrancisco Carlos Teixeira da SilvaMaría Elvira Díaz BenítezMartha Campos AbreuMary Anne JunqueiraTatiana Silva Poggi de FigueiredoThaddeus Gregory Blanchette
ResumoO presente trabalho tem por objetivo analisar a disputa judicial entre o pastor fundamentalista cristão, Jerry Falwell, e o editor da revista pornográfica Hustler, Larry Flynt, entre 1983 e 1988, acerca dos limites da Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos.O caso ensejou uma nova interpretação constitucional por parte da Suprema Corte daquele país, refletindo uma ampliação dos discursos protegidos pela Primeira Emenda, resultado de décadas de lutas de grupos dissidentes.A vitória da interpetação defendida por Larry Flynt não representou apenas uma conquista individual, mas também a vitória de uma interpretação contrária à limitação da liberdade de expressão e de imprensa, assim como, indiretamente, a defesa veemente da separação entre igreja e estado.É possível demonstrar ainda, que contexto dos anos 1980, caracterizado pela historiografia como a "revolução" conservadora da Era Reagan, conviveu com discursos mais progressistas, que muitas vezes lograram vitórias importantes, tornando necessário uma permanente problematização do período.
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2015-03 Portos e Sertões: a província do Espírito Santo e a emancipação da América Portuguesa (1815-1825)TítuloPortos e Sertões: a província do Espírito Santo e a emancipação da América Portuguesa (1815-1825)Autor
Rodrigo da Silva GoularteOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2015-03-27Nivel
DoutoradoPáginas
220Volumes
1Banca de DefesaAdriana Pereira CamposGladys Sabina RibeiroHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroIara Lis Franco SchiavinattoKeila GrinbergLuiz Fernando SaraivaRita de Cássia da Silva Almico
ResumoEsta investigação concentra-se na década 1815-1825 para analisar a adesão da província do Espírito Santo à autoridade de D. Pedro Imperador do Brasil. A hipótese aqui levantada é a de que as redes mercantis em que o Espírito Santo se envolvia nas primeiras décadas do oitocentos foram fundamentais a essa adesão. Essa decisão, a seu turno, foi tomada por homens com interesses particulares que se aproximavam por meio de laços sociais em atividades econômicas e políticas. Buscou-se, portanto, descobrir como essas redes mercantis influíram nas decisões políticas desses agentes no início da década de 1820. Essas redes tinham como principais destinos os portos intraprovinciais e o Rio de Janeiro, o último a praça extraprovincial mais visitada por embarcações oriundas do Espírito Santo. Essas redes também eram movimentadas por classe local de negociantes, por meio das fianças às viagens oriundas do Espírito Santo. Esses negociantes detinham posses consideráveis e eram inseridos na vida pública provincial, ocupando cargos militares, burocráticos e religiosos, o que lhes dava projeção na vida social regional. O interesse concreto desses negociantes era manter e expandir as redes de comércio em que se envolviam. Assim, este estudo se desenrolou a partir da observação das flutuações dos contatos mercantis náuticos do Espírito Santo, no interstício 1815-1825, comparando-os com os eventos políticos dos anos de 1820 a 1823, período delimitado pela Revolução do Porto que estabeleceu as Cortes lisboetas e o ano seguinte à emancipação formal da América Portuguesa, que teve peculiaridades naquela província.
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2015-03 "A experiência comunista da Organização Revolucionária Marxista - Política Operária (1961-1964)"Título"A experiência comunista da Organização Revolucionária Marxista - Política Operária (1961-1964)"Autor
Lineker Oliveira Noberto da SilvaOrientador(a)
Carlos Augusto AddorData de Defesa
2015-03-26Nivel
MestradoPáginas
151Volumes
1Banca de DefesaCarlos Augusto AddorCezar Teixeira HonoratoMuniz Gonçalves FerreiraRicardo Figueiredo de Castro
ResumoEsta dissertação trata das origens e primeiros anos de existência da Organização Revolucionária Marxista - Política Operária (ORM-PO, simplesmente POLOP ou PO). Organização que vem sendo reconhecida pela historiografia da esquerda brasileira, pelo caráter peculiar de seu marxismo e pela inovação que representou no campo das organizações de esquerda no Brasil a partir dos anos de 1960.
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2015-03 Partidos e alianças políticas na "moscouzinha" do Brasil: Os comunistas e as eleições municipais de outubro de 1947 em Jaboatão - PE.TítuloPartidos e alianças políticas na "moscouzinha" do Brasil: Os comunistas e as eleições municipais de outubro de 1947 em Jaboatão - PE.Autor
Diego Carvalho da SilvaOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2015-03-24Nivel
MestradoPáginas
179Volumes
1Banca de DefesaAndréa Casa Nova MaiaJorge Luiz FerreiraKarla Guilherme CarloniMarly de Almeida Gomes Vianna
ResumoOs dois primeiros anos da experiência democrática brasileira (1946-1947) foram marcados pela participação inédita dos comunistas na política nacional. Após legalizado, o Partido Comunista do Brasil (PCB) passou a exercer influência considerável nos principais centro urbanos do país, intensificando o temor entre os setores anticomunistas. Em maio de 1947 o registro do PCB foi cassado, deixando os comunistas novamente na ilegalidade. A partir da proscrição de sua legenda, os membros do PCB passaram a buscar meios alternativos para continuarem ativos na política nacional, utilizando de seu eleitorado fiel para atrair o apoio dos diversos partidos existentes. Em Pernambuco as alianças com os comunistas foram presentes durante todo o período democrático. Essa dissertação pretende recuperar os caminhos percorridos pelos comunistas de Pernambuco em busca de alternativas para a manutenção de sua influência. Em particular será analisado o caso das eleições municipais na cidade de Jaboatão onde, através da aliança com o Partido Social Democrático (PSD), os comunistas conseguiram eleger o médico e militante do PCB Manoel Rodrigues Calheiros como prefeito do município nas eleições de 26 de outubro de 1947. A dissertação almeja ainda contribuir para a historiografia sobre as esquerdas, tendo como foco principal a reflexão sobre as culturas políticas do período, em especial no estado de Pernambuco.
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2015-03 Educação, Escola e trabalho: projetos e reformas educacionais entre o Império e a República Brasileira (1878-1909)TítuloEducação, Escola e trabalho: projetos e reformas educacionais entre o Império e a República Brasileira (1878-1909)Autor
Leonardo da Costa FerreiraOrientador(a)
Gizlene NederData de Defesa
2015-03-24Nivel
DoutoradoPáginas
208Volumes
1Banca de DefesaAna Paula Barcelos Ribeiro da SilvaFlávio Coelho EdlerGiselle Martins VenancioGizlene NederHumberto Fernandes MachadoLarissa Moreira VianaSonia Maria de Almeida Ignatiuk Wanderley
ResumoObjetivamos, com esse trabalho, desenvolver reflexões sobre o ensino primário tendo como eixo central a análise de reformas educacionais propostas por agentes do estado na transição do Império do Brasil para a República Brasileira. As reformasanalisadas são as organizadas pelo Ministro da Justiça Leôncio de Carvalho (1878-1879), pelo Ministro da Instrução Pública Benjamin Constant (1890-1891) e pelo Presidente da República Nilo Peçanha (1909). A problemática da Tese foi construída tendo a premissa de discutir que além de ensinar a ler, a escrever e a contar os reformadores educacionais procuraram controlar, domesticar e disciplinar os alunos e os professores, em particularaqueles oriundos das classes populares ou subalternas.
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2015-03 Reconstruindo as muralhas de sodoma - Homossexualidade no mundo luso-brasileiro no século XVIITítuloReconstruindo as muralhas de sodoma - Homossexualidade no mundo luso-brasileiro no século XVIIAutor
Matheus Rodrigues PintoOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2015-03-23Nivel
MestradoPáginas
195Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresGeorgina Silva Dos SantosLana Lage da Gama LimaMagali Gouveia EngelRonaldo Vainfas
ResumoA sodomia foi a palavra cujo sentido mais se aproximou da contemporânea noção de homossexualidade no período anterior ao surgimento desse conceito em meados do século XIX. Em um processo que se estende dos fins da Baixa Idade Média às portas da Modernidade, operou-se a cristalização de certa interpretação a respeito da destruição das cidades de Sodoma e Gomorra que acabou por efetuar a identificação dos pecados daquelas cidades às práticas homossexuais. Paralelamente, se desenrolou na Europa do período um crescente de intolerância contra tais práticas. Os dois fatores combinados dariam ensejo às perseguições sistemáticas que os praticantes da homossexualidade sofreram no início da Idade Moderna. O ápice das perseguições se daria no século XVII e em Portugal e seus domínios seria protagonizado pelos trabalhos sistemáticos do Tribunal do Santo Ofício.
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2015-03 Mercadores e Comerciantes na Democracia Ateniense (431 - 322 a.C.)TítuloMercadores e Comerciantes na Democracia Ateniense (431 - 322 a.C.)Autor
Gabriel da Silva MeloOrientador(a)
Adriene Baron TaclaData de Defesa
2015-03-23Nivel
MestradoPáginas
Volumes
1Banca de DefesaAdriene Baron TaclaAlexandre Santos de MoraesDeivid Valério GaiaFábio de Souza LessaSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoEsta pesquisa tem o objetivo de contribuir para as discussões sobre o comércio no campo da História Antiga, especialmente no que se refere aos estudos de Economia e Sociedade na Antiguidade. O tema central do trabalho é a atuação de mercadores e comerciantes durante o período da democracia ateniense, mais especificamente entre o início da Guerra do Peloponeso em 431 a.C. até a morte de Alexandre III em 322 a.C., quando a democracia perde boa parte do caráter de participação política popular que a definiu. A hipótese aqui defendida é a de que independentemente do status social de comerciantes e mercadores eles influenciavam indiretamente, porém de maneira decisiva, no funcionamento do regime político democrático em Atenas. Com isso pretendo confrontar os estudos de viés institucionalista, hegemônicos no campo, e propor uma análise materialista que, a partir de uma história do cotidiano, estabeleça relações entre a prática social dos comerciantes e mercadores e as instituições sociais reproduzidas por elas.
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2015-03 O Governo Médici pelas Lentes da Agência Nacional (1971-1974)TítuloO Governo Médici pelas Lentes da Agência Nacional (1971-1974)Autor
Mariana Monteiro da SilveiraOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2015-03-23Nivel
MestradoPáginas
146Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusLucia GrinbergMaria do Carmo Teixeira RainhoPaulo Knauss de MendonçaSamantha Viz Quadrat
ResumoEste trabalho tem como objetivo analisar as fotografias produzidas pela Agência Nacional entre os anos 1971 e 1974, durante o governo do Presidente Médici. A Agência Nacional tinha como finalidade fazer a divulgação das notícias do governo de interesse do país, através do envio de boletins de notícias e fotografias à imprensa e da produção de cinejornais. Para esta pesquisa, toma-se como objeto sua produção fotográfica, aqui considerada como fotografia pública na medida em que cumpre uma função política de dar visibilidade ao poder e é produto de práticas sociais e experiências históricas. Analisa-se, portanto, o discurso político produzido pela Agência Nacional por meio da mensagem fotográfica durante o período, além de verificar a circulação dessa mensagem na imprensa da época.
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2015-03 "AINDA CHORAM MARIAS E CLARICES": Mulheres guerrilheiras e pecebistas na resistência à ditadura militar no BrasilTítulo"AINDA CHORAM MARIAS E CLARICES": Mulheres guerrilheiras e pecebistas na resistência à ditadura militar no BrasilAutor
Denise Truguilho RigonatiOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2015-03-23Nivel
MestradoPáginas
173Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoLilian Marta Grisolio MendesRonaldo do Livramento CoutinhoSilene de Moraes Freire
ResumoA pesquisa apresenta um olhar, dentre vários possíveis, sobre a trajetória de mulheres pertencentes a organizações guerrilheiras e ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) na resistência contra a ditadura militar no Brasil, que teve início com um golpe em 1964 e perdurou até 1985. A pesquisa teve como objetivo explorar a trajetória de vida dessas militantes sob a ótica de gênero, apresentando as peculiaridades de cada opção de militância, superando o abismo que separa os movimentos armados do PCB, expondo os impactos na vida cotidiana dessas mulheres confrontadas com o regime autoritário sob o qual viviam. Para tanto, os testemunhos de oito mulheres foram analisados. Essas mulheres são: Criméia Alice, Maria Amélia Teles, Rosalina Santa Cruz, Victória Grabois e Jessie Jane, pertencentes à oposição armada, e Maria Thereza Candido de Menezes, Maria Felisberta Baptista Trindade e Ligia Martins Coelho, que optaram pela resistência democrática ao lado do então ilegal PCB.
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2015-03 A Grande Família: intelectuais de esquerda, Rede Globo e censura durante a ditadura militar (1973-1975)TítuloA Grande Família: intelectuais de esquerda, Rede Globo e censura durante a ditadura militar (1973-1975)Autor
Roberta Alves SilvaOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2015-03-20Nivel
MestradoPáginas
209Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Palomanes MartinhoIgor Pinto SacramentoMiliandre Garcia de Souza
ResumoEsta dissertação analisa a primeira versão do seriado A Grande Família, exibida pela Rede Globo, a partir da entrada de Oduvaldo Vianna Filho (Vianinha), Armando Costa e, posteriormente, Paulo Pontes na redação do programa, entre 1973 e 1975. Usando o conceito de ambivalência, desenvolvido tanto por Pierre Laborie quanto por Mikhail Bakhtin, o presente trabalho se divide em quatro capítulos. O primeiro tenta entender as relações entre intelectuais de esquerda e Rede Globo, no contexto da ditadura militar brasileira. O segundo e o terceiro investigam o seriado em seus aspectos gerais, bem como estudam, com maior detalhamento, sete episódios, dentre roteiros e video tapes (VTs). Por fim, o último capítulo pesquisa 110 pareceres da Censura Federal acerca do programa. Portanto, avalia a recepção de A Grande Família por um órgão federal.
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2015-03 O "Bom Burguês": a trajetória de Jorge Medeiros Valle sob a Ditadura BrasileiraTítuloO "Bom Burguês": a trajetória de Jorge Medeiros Valle sob a Ditadura BrasileiraAutor
Valesca de Souza AlmeidaOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2015-03-20Nivel
MestradoPáginas
141Volumes
1Banca de DefesaCarlos Fico da Silva JúniorDaniel Aarão Reis FilhoKarla Guilherme CarloniMaria Paula Nascimento AraújoRenata Torres Schittino
Resumo
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2015-03 Métis: Do reconhecimento do mar Mediterrâneo ao domínio do mar EgeuTítuloMétis: Do reconhecimento do mar Mediterrâneo ao domínio do mar EgeuAutor
Camila Alves JourdanOrientador(a)
Alexandre Carneiro Cerqueira LimaData de Defesa
2015-03-20Nivel
MestradoPáginas
288Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaAlexandre Santos de MoraesAna Livia Bomfim VieiraGiselle Martins Venancio
ResumoComumente os estudos desenvolvidos sobre a thalassocracia ateniense versam sobre questões políticas e econômicas e abordam um curto espaço de tempo, considerando as mudanças mais imediatas. No entanto, em nossa pesquisa, buscamos entender o processo thalassocrático a partir de um longo recorte temporal (séculos VIII-V a.C.), através de indagações que perpassam o universo da cultura. Para tanto, investigamos as "representações sociais" (conceito conforme definido por Denise Jodelet) que foram sendo forjadas pelos helenos nos séculos que precederam a dominação do mar Egeu pela pólis de Atenas. Deste modo, nossa análise investigou as representações que permaneceram na documentação textual (através da metodologia empregada por Françoise Frontisi-Ducroux) referente ao mar, à navegação e aos nautai (navegantes), que serviram como base para o imaginário dos helenos sobre o meio marítimo e sobre aqueles que praticavam a navegação. Também nos debruçamos sobre a noção métis, a astúcia, a inteligência prudente e ardilosa que é empregada nas situações difíceis, flexíveis e ambivalentes, para alcançar uma conquista. Assim, centramo-nos na figura de Odisseu, o herói polýmetis, que se utiliza de muitos ardis para conseguir retornar à Ítaca. Entre seus desafios há o embate com as Sereias, que se desenvolve em meio marítimo. Esta cena, e a temática do mar e da navegação, é reconhecível na produção dos oleiros em Atenas quando do final do século VI para as primeiras décadas do V século a.C., momento em que o estrátego ateniense Temístocles, comparável a Odisseu nos usos dos ardis (métis), inicia o projeto que "volta" o interesse da pólis para os benefícios da exploração do mar e da navegação. Na pintura dos vasos (analisada a partir da metodologia proposta por Claude Bérard) a temática marítima e mítica é retomada como um meio de divulgação de mensagem thalassocrática
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2015-03 Os ofícios superiores e inferiores da tropa paga(ou de 1ª linha) na capitania do Rio de Janeiro, 1640-1652: Lógica social, circulação e a governança da terra.TítuloOs ofícios superiores e inferiores da tropa paga(ou de 1ª linha) na capitania do Rio de Janeiro, 1640-1652: Lógica social, circulação e a governança da terra.Autor
Luiz Guilherme Scaldaferri MoreiraOrientador(a)
Ronald José RaminelliData de Defesa
2015-03-20Nivel
DoutoradoPáginas
367Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioFrancisco Carlos Cardoso CosentinoJoão Luís Ribeiro FragosoLuiz Geraldo Santos da SilvaMaria Fernanda Baptista BicalhoRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
Resumo
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2015-03 Fotoclubismo, fotografia e arte no Brasil (1940-1960)TítuloFotoclubismo, fotografia e arte no Brasil (1940-1960)Autor
Monique Ferreira Dos SantosOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2015-03-20Nivel
MestradoPáginas
162Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusMaria do Carmo Teixeira RainhoMaria Teresa Villela Bandeira de MelloPaulo Knauss de MendonçaSilvana Louzada da Silva
ResumoDurante os anos de 1940-1960 houve um grande desenvolvimento e disseminação do fotomadorismo no Brasil. Esse processo Teve como protagonista duas instituições importantes, o Foto Cine Clube Bandeirantes e a Sociedade Fluminense de Fotografia, além de dois periódicos publicadas por essas instituições: o Boletim do Foto Cine e a FotoRevista, respectivamente. A partir das análises das duas revistas investiga-se a prática fotográfica e o debate estético nos fotoclubes, compreendidos enquanto espaço de sociabilidades artísticas, que caracterizariam uma experiência fotográfica inovadora por parte dos fotógrafos amadores.
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2015-03 Engajamento político e prática fotográfica no Brasil dos anos 1970 e 1980TítuloEngajamento político e prática fotográfica no Brasil dos anos 1970 e 1980Autor
Luciano Gomes de Souza JúniorOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2015-03-20Nivel
MestradoPáginas
141Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusCharles MonteiroLucia GrinbergMaria Teresa Villela Bandeira de MelloSamantha Viz Quadrat
ResumoO presente trabalho dedica-se ao estudo das relações entre engajamento político e prática fotográfica no Brasil dos anos 1970 e 1980. Buscou-se compreender o papel que as práticas associativas, como a fundação de associações e agências cooperativas, exerceram na transformação da prática fotográfica dessas décadas. Para isso, foram analisadas as trajetórias de Nair Benedicto, Milton Guran e João Roberto Ripper, três fotógrafos brasileiros que ingressaram, se consolidam na profissão e se tornam lideranças nas associações e órgãos de representação da categoria nesse período e que produziram uma vasta documentação sobre a mobilização dos movimentos sociais em pleno processo de redemocratização da sociedade brasileira.
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2015-03 UMA BOA MORTE HONRA TODA A VIDA: CAPELAS FUNERÁRIAS DE REIS E NOBRES EM CASTELA NO SÉCULO XVTítuloUMA BOA MORTE HONRA TODA A VIDA: CAPELAS FUNERÁRIAS DE REIS E NOBRES EM CASTELA NO SÉCULO XVAutor
Cinthia Marina Moreira da RochaOrientador(a)
Renata Rodrigues VerezaData de Defesa
2015-03-19Nivel
DoutoradoPáginas
362Volumes
1Banca de DefesaAndréia Cristina Lopes Frazão da SilvaEdmar Checon de FreitasMário Jorge da Motta BastosRaquel Alvitos PereiraRenata Rodrigues VerezaTamara Quírico
ResumoO século XV é um momento de frequentes conflitos sociais e de reordenação política.Também é um período de intensa atividade construtora e do surgimento de mestres, reconhecidos por seus contemporâneos, que foram responsáveis por edificar diversos palácios, igrejas e capelas que figuram entre os principais monumentos espanhóis. Entre eles, estão capelas e sepulcros erguidos pela nobreza e a monarquia, que passaram, nesse período, a dar mais destaque para os investimentos relacionados à memória funerária. Tendo em vista essas questões, essa tese visa contribuir para a análise do processo de centralização política do reino de Castela e o papel desempenhado por reis e nobres, por meio do estudo de capelas funerárias realizadas por eles e seus descendentes, acreditando que tal análise possa auxiliar na compreensão dos projetos políticos, das visões de mundo e da imagem que esses indivíduos pretendiam criar de si próprios. Defende-se como hipótese central que o aumento de importância e magnitude das construções encomendadas por reis e nobres estaria diretamente relacionado aos conflitos intranobiliários e ao fortalecimento da autoridade monárquica.
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2015-03TítuloAutor
Sônia Ribeiro de SouzaOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2015-03-19Nivel
DoutoradoPáginas
199Volumes
1Banca de DefesaClaudia Maria Costa AlvesLílian Aragão Bastos do ValleMarcelo Badaró MattosRicardo Augusto Dos SantosSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos FontesWanderley da Silva
ResumoA tese pretende analisar a atuação da Associação Brasileira de Educação (ABE) e de seus intelectuais orgânicos nas disputas pela condução das políticas educacionais no país, entre1924 e 1935. A partir de vasta documentação produzida pela ABE e disponível em seu acervo, busca-se contextualizar as lutas em torno da Educação Pública, se iniciando nos primórdios da República, a partir de seus principais intelectuais, perpassando as nascentes organizações da sociedade civil pela alfabetização e de movimentos de professores, nas duas primeiras décadas do século XX. A fundação da ABE (1924) representou um marco na organização da sociedade civil, na perspectiva da construção de um discurso hegemônico, que não se deu sem disputas internas. Analisa-se também as estratégias utilizadas pela ABE buscando se transformar em uma entidade nacional e com uma proposta, também, nacional. A tese propõe, ainda, a utilização do referencial gramsciano, principalmente o conceito de Estado Ampliado, para que se possa compreender a Educação Pública de forma ampliada, ou seja, resultante dos conflitos na Sociedade Civil e de sua relação com a Sociedade Política (Estado em sentido restrito), durante um período em que se questionava a hegemonia dos grupos cafeicultores paulistas e em vias de se consolidar a direção a partir das atividades urbano-industriais.
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2015-03 Imprensa e política: O governo Goulart nas páginas do Correio da Manhã (1961-1964)TítuloImprensa e política: O governo Goulart nas páginas do Correio da Manhã (1961-1964)Autor
Renato Pereira da SilvaOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2015-03-19Nivel
MestradoPáginas
198Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireJorge Luiz FerreiraJuniele Rabêlo de AlmeidaPaulo Roberto Ribeiro Fontes
ResumoA pesquisa tem por objetivo analisar a trajetória do jornal Correio da Manhã em relação aos eventos que fizeram parte do governo de João Goulart e seu posicionamento nos primeiros dias da instauração do regime militar. Trata-se de compreender o que levou um diário identificado e notabilizado pelo compromisso com a democracia representativa a apoiar um golpe de Estado para destituir um presidente da República legalmente constituído e, logo depois, tornar-se um dos poucos jornais brasileiros a se opor abertamente aos caminhos seguidos pelo governo militar depois do golpe civil-militar de 1964. Analisar e compreender as metamorfoses, ambiguidades e ambivalências do jornal carioca na conjuntura explosiva do início dos anos 1960 podem possibilitar a repensar os embates políticos durante o período e visualizar as aproximações e divergências entre o Correio da Manhã e o governo Goulart. Do mesmo modo, pode ajudar a entender o distanciamento do diário carioca com o novo regime. Analisar os momentos em que o Correio da Manhã se voltou contra o governo torna-se, assim, importante para a compreensão histórica dos idos de março e a queda de abril de Goulart da presidência da República.
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2015-03 Os sentidos dos quadrinhos em contexto nacional-popular (Brasil e Chile 1960 e 1970)TítuloOs sentidos dos quadrinhos em contexto nacional-popular (Brasil e Chile 1960 e 1970)Autor
Ivan Lima GomesOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2015-03-19Nivel
DoutoradoPáginas
412Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusArthur Gomes ValleCharles MonteiroGiselle Martins VenancioNelson SchapochnikPaulo Knauss de MendonçaSamantha Viz Quadrat
ResumoAs histórias em quadrinhos são uma das narrativas visuais mais importantes do século XX. Suas origens remetem à Segunda Revolução Industrial, período em que por meio do desenvolvimento tecnológico e das possibilidades de comunicação a longas distâncias, a imprensa de massa disputa mais e mais leitores. Na América Latina, o início dos quadrinhos é tributário das tradições visuais e gráficas norte-americana e europeia. Porém, longe de ser um mero reflexo das exigências da produção internacional, as histórias em quadrinhos enquanto prática cultural são objeto de disputas entre variados agentes. Dessa maneira, defende-se aqui a existência de um olhar latino-americano sobre os quadrinhos, marcado pelas discussões em torno de uma cultura nacional-popular e crítica à produção estrangeira. Tendo sido fundamentais para a construção desta noção os anos de Guerra Fria, são analisadas duas iniciativas editoriais: a pequena Cooperativa Editora e de Trabalho de Porto Alegre (CETPA), que funcionou nos marcos do governo estadual de Leonel Brizola no Rio Grande do Sul e da presidência de João Goulart; e a grande editora do governo da Unidad Popular chilena, Quimantú, que teve nas suas publicações de quadrinhos um dos pontos mais controversos de sua linha editorial. Através da exposição da formação de ambas as editoras em seus respectivos contextos, são realizadas análises cruzadas do cotidiano de trabalho de artistas e funcionários das editoras e de alguns quadrinhos lançados por elas. Por meio deles, CETPA e Quimantú propuseram uma crítica aos super-heróis dos quadrinhos norte-americanos, sugerindo em seu lugar novos personagens e temas a favor da efetiva promoção de uma cultura nacional-popular para crianças e jovens leitores. Como conclusão, os sentidos dos quadrinhos na América Latina são discutidos a partir de temas relacionados à cultura política e visual.
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2015-03 Dimensões da participação política indígena na formação do Estado Nacional Brasileiro: Revoltas em Pernambuco e Alagoas (1817-1848)TítuloDimensões da participação política indígena na formação do Estado Nacional Brasileiro: Revoltas em Pernambuco e Alagoas (1817-1848)Autor
Mariana Albuquerque DantasOrientador(a)
João Pacheco de Oliveira FilhoData de Defesa
2015-03-18Nivel
DoutoradoPáginas
321Volumes
1Banca de DefesaEdmundo Marcelo Mendes PereiraElisa Frühauf GarciaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJoão Pacheco de Oliveira FilhoLarissa Moreira VianaMarcus Joaquim Maciel de CarvalhoVânia Maria Losada Moreira
ResumoO presente trabalho tem por objetivo central analisar as diferentes dimensões da participação de indígenas nas quatro principais revoltas ocorridas em Pernambuco e Alagoas na primeira metade do século XIX, que foram a Insurreição de 1817, a Confederação do Equador (1824), a Guerra dos Cabanos ou Cabanada (1832-1835) e a Praieira (1848). Embora grupos indígenas de várias aldeias tenham se envolvido nos conflitos armados, os aldeados em Jacuípe, Barreiros e Cimbres tiveram participação mais intensa. Essas revoltas são entendidas como momentos cruciais do processo de formação do Estado nacional brasileiro, pois nelas estavam sendo discutidos os diversos projetos políticos defendidos por diferentes segmentos das elites. Mesmo tendo sido iniciadas por membros das elites provinciais, as revoltas se constituíram enquanto espaços de participação política dos indígenas envolvidos pois, na maioria das vezes, conseguiam atrelar suas necessidades e expectativas mais específicas aos interesses mais amplos tantos de líderes rebeldes, quanto dos da repressão. As motivações dos indígenas, em grande parte dos casos, estavam relacionadas à manutenção do território das aldeias e à defesa da administração desses espaços da maneira que melhor lhes conviesse. Em outras situações, os índios foram coagidos a participar dos conflitos por meio de recrutamentos forçados realizados tanto por potentados locais não indígenas, quanto por um líder indígena, cujo objetivo era defender seus interesses particulares. Apesar dessas situações de participação forçada, o envolvimento de índios nas revoltas ocorreu em torno de conflitos entre índios e não índios pelas terras das aldeias. Esses espaços tinham papel central da vida dos indígenas aqui estudados, pois neles, durante o período colonial, vivenciaram o primeiro processo de territorialização e reelaboraram suas identidades e culturas. Nesse sentido, as aldeias foram constituídas enquanto espaços apropriados pelos indígenas, onde protagonizaram sua ressocialização diante do contexto colonial. No século XIX, a partir das aldeias, os indígenas elaboraram suas redes de relacionamentos com não índios, baseadas em alianças ou inimizades que se transformavam a depender das circunstâncias políticas, e construíram espaços informais e formais de participação política na formação do Estado nacional brasileiro.
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2015-03 Damiana da Cunha: uma índia entre a "sombra da cruz" e os caiapós do sertão (Goiás, c. 1780-1831)TítuloDamiana da Cunha: uma índia entre a "sombra da cruz" e os caiapós do sertão (Goiás, c. 1780-1831)Autor
Suelen Siqueira JulioOrientador(a)
Elisa Frühauf GarciaData de Defesa
2015-03-17Nivel
MestradoPáginas
171Volumes
1Banca de DefesaElisa Frühauf GarciaJoão Pacheco de Oliveira FilhoRonaldo VainfasVânia Maria Losada Moreira
ResumoA dissertação aborda a trajetória da índia caiapó Damiana da Cunha (c.1779-1831), que exerceu uma atuação política notável em Goiás no início do século XIX. Tal atuação se insere no contexto das políticas de atração dos indígenas iniciadas na segunda metade do século XVIII e que se prolongaram pelo Oitocentos. A partir deste caso pretendo fornecer elementos para complexificar o conhecimento acerca das mulheres indígenas na história do Brasil, rompendo com imagens estereotipadas que têm a ver com a dupla estigmatização que recaiu sobre as índias: enquanto mulheres e indígenas. Busco também demonstrar como a situação de contato com a sociedade envolvente forneceu oportunidades para a atuação política de mulheres e homens indígenas. Desenvolvo a ideia de que uma soma de circunstâncias, adicionada à sua habilidade política, permitiram que Damiana atuasse como mediadora entre os caiapós e as medidas de atração dos índios enquanto povoadores e mão de obra. Tanto a trajetória de Damiana quanto a de outras índias revelam que a vida das mulheres indígenas não coube nos estereótipos de submissão, confinamento ao domínio privado e inferioridade que recaíam sobre o gênero feminino na sociedade colonial e pós-colonial.
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2015-03 Textos militares e mercês numa Angola que se pretendia "reformada": um estudo de caso dos autores Elias Alexandre da Silva Correa e Paulo Martins Pinheiro de LacerdaTítuloTextos militares e mercês numa Angola que se pretendia "reformada": um estudo de caso dos autores Elias Alexandre da Silva Correa e Paulo Martins Pinheiro de LacerdaAutor
Ingrid Silva de Oliveira LeiteOrientador(a)
Alexsander Lemos de Almeida GebaraData de Defesa
2015-03-17Nivel
DoutoradoPáginas
278Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Vieira RibeiroAlexsander Lemos de Almeida GebaraFlávia Maria de CarvalhoLucilene ReginaldoMarcelo Bittencourt Ivair PintoMarina de Mello E SouzaRoberto Guedes Ferreira
ResumoO reinado de D. José I (1750-1777) foi caracterizado por uma série de esforços de reorganização administrativa do império português. Sob influência iluminista e direção de Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal, iniciou-se uma nova gestão metropolitana nas colônias. A extensão dos domínios transcontinentais de Portugal exigiu o desenvolvimento de mecanismos para possibilitar seu governo, conectando e enlaçando áreas dispersas através da circulação de homens, mercadorias e instituições. Uma das características desse período foi a construção de memórias e informações compiladas sobre os domínios ultramarinos por viajantes, comerciantes, militares, administradores e religiosos. Tais produtores de notícias cumpriam um papel fundamental para a transmissão de ideias, valores, costumes e saberes no mundo ibérico. Tendo em vista essa "monarquia ilustrada" portuguesa, em alguns desses textos, os autores expressavam críticas e sugestões para racionalizar a administração colonial local e as dirigiam ao rei lusitano. Na visão daqueles homens, tais projetos coloniais eram legítimos e proporcionariam uma melhor administração, visto que a experiência local os gabaritava como os melhores conselheiros reais. A tese tem por objetivo analisar os textos dos militares Elias Alexandre da Silva Correa e Paulo Martins Pinheiro de Lacerda, produzidos em fins do século XVIII sobre a região de Angola. Alguns objetivos nortearão a investigação desses textos. Primeiramente, a identificação das trajetórias desses autores no complexo império português, a fim de perceber como chegaram a Angola e a natureza da iniciativa da compilação das informações sobre as sociedades africanas e das conquistas portuguesas na região. Em seguida, analisar em que medida tais escritos podem ser entendidos como estratégias de seus autores para obter mercês reais. Em terceiro lugar, demonstrar as características mais marcantes dos textos e estabelecer comparações entre eles. Finalmente, se é possível verificar nessas memórias e relatos a existência e a caracterização de denúncias e sugestões para a administração local, a fim de aconselhar o rei a como proceder naqueles domínios, dentro de uma perspectiva iluminista e compará-los, considerando o lugar social de cada autor.
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2015-03 Ciências sociais e pensamento e político: o grupo da USP e a frente democrática a partir dos semanários Opinião e Movimento (1972-1981)TítuloCiências sociais e pensamento e político: o grupo da USP e a frente democrática a partir dos semanários Opinião e Movimento (1972-1981)Autor
Hugo Alexandre de Lemos BelluccoOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2015-03-17Nivel
DoutoradoPáginas
280Volumes
1Banca de DefesaDênis de Roberto Villas Boas de MoraesFelipe Abranches DemierMarcelo Badaró MattosMarco Antonio PerrusoRoberto LeherVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEste trabalho dedica-se a investigar o pensamento político desenvolvido por um grupo de cientistas sociais originários da Universidade de São Paulo (USP) e do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) nos anos 1970, a partir do material publicado por esses intelectuais nos semanários Opinião (1972-1977) e Movimento (1975-1981). Sua atuação nos órgãos da assim chamada "imprensa alternativa" é colocada em diálogo com outras publicações do período que podem ser incluídas no conjunto de suportes editoriais que conferiu então um sentido político oposicionista à reflexão sociológica. Essa produção foi uma das principais formas de interlocução social da sociologia acadêmica na década de 1970. Recupera-se, nesse sentido, os marcos políticos fundamentais que levaram à ascendência de determinados membros do Cebrap e da USP como intelectuais públicos e dos jornais Movimento e Opinião como veículos impressos da frente oposicionista. Na tentativa de articular coletivamente a trajetória desses autores e desses periódicos na década de 1970, a leitura do material publicado nos jornais e revistas de oposição dialoga com sua obra sociológica e fundamenta a reflexão em torno dos distintos papéis atribuídos às ciências sociais na conjuntura de crise política do regime ditatorial e nas diferentes posições presentes em suas abordagens em torno da "questão democrática".