Dissertações e Teses
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2015-03 Território e identidade Guarani Mbya do Espírito Santo (1967-2006)TítuloTerritório e identidade Guarani Mbya do Espírito Santo (1967-2006)Autor
Kalna Mareto TeaoOrientador(a)
Maria Regina Celestino de AlmeidaData de Defesa
2015-03-17Nivel
DoutoradoPáginas
234Volumes
1Banca de DefesaElisa Frühauf GarciaIzabel Missagia de MattosJoão Pacheco de Oliveira FilhoJosé Ribamar Bessa FreireLarissa Moreira VianaMaria Regina Celestino de AlmeidaVânia Maria Losada Moreira
ResumoEste trabalho tem por objetivo analisar a construção identitária dos povos Tupinikim e Guarani do Espírito Santo durante o processo de luta pela terra contra a empresa Aracruz Celulose (1967-2006). Esses índios, ao reelaborarem suas identidades étnicas, constroem suas histórias em processos distintos, por meio da atualização de seus mitos, ritos, narrativas, memórias, objetos, locais e pessoas. A construção do território guarani é realizada por meio dos deslocamentos (oguata porã), e é também por meio desses deslocamentos que os Guarani Mbya constroem suas histórias e suas identidades sociais. O território guarani é físico, porque esses índios buscam espaços possíveis, com condições ambientais específicas, para a construção das aldeias. O território guarani é imaginado, porque os Mbya, ao realizarem os deslocamentos, estão construindo um território para além das fronteiras físicas estabelecidas pelo Estado nacional, pois trata-se de um território construído por meio desses deslocamentos e pelas relações de casamentos, de parentesco, de busca de sementes, de rituais. Os Guarani Mbya buscam se apropriar de espaços como escolas, universidades, assembleias indígenas e museus para afirmarem sua identidade étnica, na qual os índios compartilham o sentimento de pertencimento étnico diante de contextos históricos de transformação política. Este trabalho se ancora em fontes escritas – documentais, informativas e teóricas – e em fontes orais, entre as quais se destacam os depoimentos indígenas.
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2015-03 Prática Fotográfica e Experiência Social:A Trajetória do Fotógrafo Alcir LacerdaTítuloPrática Fotográfica e Experiência Social:A Trajetória do Fotógrafo Alcir LacerdaAutor
Aryanny Thays da SilvaOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2015-03-16Nivel
MestradoPáginas
Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusHelouise Lima CostaLucia GrinbergPaulo Knauss de MendonçaSilvana Louzada da Silva
ResumoO trabalho a seguir tem como objeto a análise da fotografia como elemento da experiência histórica contemporânea, com base no estudo da trajetória do fotógrafo pernambucano Alcir Lacerda. Opera-se com as noções de experiência social e prática fotográfica para se pensar o percurso social desse sujeito histórico. Procurou-se assim traçar um esboço biográfico da inserção de Lacerda na fotografia, de modo a dimensionar os espaços de sociabilidade e lugares de distinção social em torno de sua produção fotográfica. A pesquisa apresenta documentação visual produzida em esferas distintas da prática fotográfica, tais como o fotojornalismo e fotodocumentarismo. O escopo de análise dessas fontes avalia a pluralidade de contextos sociais que envolvem a trajetória de um fotógrafo, com destaque para os projetos efetivados dentro do campo de possibilidades apresentado por sua vivência. Busca-se assim, estudar a prática fotográfica contemporânea segundo circuitos, usos e funções.
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2015-03 "UMA VASTA CAIEIRA": UM ESTUDO SOBRE OS FABRICANTES DE CAL DA FREGUESIA DA ILHA DO GOVERNADOR (1861-1900)Título"UMA VASTA CAIEIRA": UM ESTUDO SOBRE OS FABRICANTES DE CAL DA FREGUESIA DA ILHA DO GOVERNADOR (1861-1900)Autor
Judite Paiva SoutoOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2015-03-16Nivel
MestradoPáginas
141Volumes
1Banca de DefesaAnita Correia Lima de AlmeidaCezar Teixeira HonoratoHumberto Fernandes MachadoLaura Antunes Maciel
ResumoNa segunda metade do século XIX, a principal atividade econômica na freguesia de Nossa Senhora da Ajuda da Ilha do Governador, no Município Neutro da Corte, era a produção de cal de marisco. Seus fabricantes ocuparam importantes funções públicas: foram juízes de paz, fiscais municipais, subdelegados e inspetores de quarteirão. O presente trabalho tem por finalidade mapear as relações sociais estabelecidas pelos fabricantes de cal da Freguesia de Nossa Senhora da Ajuda da Ilha do Governador na segunda metade do século XIX, isto é, identificar quem foram, como e com quem se relacionavam, que alianças estabeleceram, enfim, que lugar ocuparam na sociedade imperial. Para tal, adotou-sea metodologia onomástica, aliando a análise quantitativa à qualitativa, muito utilizada nos estudos microanalíticos, em fontes diversas tais como periódicos, processos judiciais, inventários post-mortem e registros paroquiais, no intuito de localizar os caieiros nas suas diversas áreas de atuação. Sustenta-se que a produção de cal era uma atividade própria da "boa sociedade" insulana e que muitos caieiros, integrantes de redes clientelísticas, foram chefes locais na Ilha do Governador.
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2015-03 Estado, empresários e política: a hegemonia em construção (1930-1950)TítuloEstado, empresários e política: a hegemonia em construção (1930-1950)Autor
Maurício Gonçalves MargalhoOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2015-03-12Nivel
DoutoradoPáginas
257Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoEsther KupermanGelsom Rozentino de AlmeidaRenato Luís do Couto Neto E LemosSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoApesar do recorte cronológico da pesquisa priorizar o período correspondente ao Primeiro Governo Vargas, para compreender a formação social desses dois empresários foi necessário fazer um recuo e com isso analisar suas origens durante a Primeira República, ressaltando os aspectos de suas distintas formações e trajetórias sociais. A tese analisa a economia capitalista brasileira durante o período de 1930 a 1945, considerando a luta e a participação política do empresariado industrial e comercial no Estado capitalista brasileiro. A metodologia utilizada para conduzir a pesquisa consistiu na realização do mapeamento das relações sociais de lideranças do empresariado industrial e comercial nas agências do Estado, considerado de acordo com a matriz teórica gramsciana. Tendo em vista esse propósito, demos ênfase aos empresários Euvaldo Lodi e Valentim Bouças. Em suas atribuições de representantes de grupos empresariais distintos, ambos foram intelectuais orgânicos que, atuando na sociedade civil, educavam e direcionavam a ação coletiva das frações do capital por eles representadas com a finalidade de consubstanciar seus interesses nas agências da sociedade política. Assim sendo, a pesquisa buscou explorar as interconexões entre política e economia na luta pela hegemonia entre as frações do capital.
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2015-03 Virgílio de Mello Franco: Trajetória política em contexto de mudanças (1929-1948)TítuloVirgílio de Mello Franco: Trajetória política em contexto de mudanças (1929-1948)Autor
Flavia Salles FerroOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2015-03-12Nivel
MestradoPáginas
130Volumes
1Banca de DefesaCláudia Maria Ribeiro ViscardiHelena Maria Bousquet BomenyJorge Luiz FerreiraJuniele Rabêlo de Almeida
ResumoO trabalho compreende a trajetória política de Virgílio de Mello Franco entre os anos 1929-1948. Dessa forma, o estudo perpassa desde a Primeira República até os primeiros anos da experiência democrática brasileira. Esse período é importante na história do Brasil republicano. Valores e ideais autoritários e liberais-democráticos conviveram, instituindo culturas políticas, das quais Virgílio estava inserido. Virgílio de Mello Franco foi político tradicional na Primeira República. Destacou-se na Revolução de 1930 devido sua liderança no movimento, foi conhecido tenente-civil. Foi aliado de Getúlio Vargas durante o governo provisório, compôs o chamado "Gabinete Negro", lutou ao lado do governo federal na Guerra Civil de 1932. Disputou a interventoria de Minas Gerais em 1933, rompeu relações com Getúlio Vargas, tornou-se opositor de seu governo. Foi um dos articuladores e escritores do Manifesto dos Mineiros. Contribuiu na fundação da União Democrática Nacional, foi seu secretário geral. Exonerou-se do cargo em 1946 por divergências com o partido. Foi presidente da secção mineira da UDN. Em 1948 foi assassinado. O estudo da trajetória de Virgílio de Mello Franco é maneira de compreender importante personagem político e episódios relevantes da história do Brasil. O trabalho analisa também, no âmbito político: disputas entre forças públicas; contradições; pensamento social; circulação de ideias; práticas; ideologias e partidos desse contexto histórico.
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2015-03 Mudanças e permanências no uso do espaço: A cidade de Tell El-amarna e a questão do Urbanismo no Egito AntigoTítuloMudanças e permanências no uso do espaço: A cidade de Tell El-amarna e a questão do Urbanismo no Egito AntigoAutor
Liliane Cristina CoelhoOrientador(a)
Sônia Regina Rebel de AraújoData de Defesa
2015-03-11Nivel
DoutoradoPáginas
308Volumes
1Banca de DefesaAdriene Baron TaclaAlexandre Santos de MoraesClaudia Beltrão da RosaFábio de Souza LessaMargaret Marchiori BakosNely Feitoza ArraisSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoA construção de cidades por ordem real no Egito antigo, bem como a adoção de diferentes divindades como deus dinástico, eram atitudes comuns para a monarquia egípcia, mas alguns destes aspectos, quando relacionados ao reinado de Akhenaton, precisam ser melhor elucidados. Este trabalho aborda o desenvolvimento urbano e as relações sociais no Egito antigo, especialmente durante o reinado de Akhenaton (c. 1353-1335 a.C.), e está centrado geograficamente na localidade de Akhetaton, no Médio Egito. Documentos produzidos durante os governos deste faraó e de seus antecessores imediatos, como escaravelhos, as Cartas de Amarna e as estelas de fronteira de Akhetaton, bem como de mapas do Egito e de seus domínios no período final da XVIII Dinastia (c. 1550-1307 a.C.), ajudam a elucidar aspectos pertinentes não apenas à escolha do local para a construção de Akhetaton, mas também relacionados à opção por Aton, uma divindade praticamente desconhecida e que foi elevada a deus dinástico. Por meio dos textos das estelas de fronteira e da documentação produzida pela Arqueologia é possível também conhecer a configuração espacial da cidade de Akhetaton e discutir questões relacionadas ao urbanismo e ao desenvolvimento de relações sociais entre os seus habitantes. O objetivo geral deste estudo, então, é compreender como o desenho urbano pode influenciar o desenvolvimento de redes de sociabilidade entre os habitantes de uma cidade, neste caso, a Residência Real de Akhetaton, construída por ordem de Akhenaton e cuja fundação simbólica está presente nos textos das estelas de fronteira que delimitam o espaço e que são a principal fonte desta pesquisa.
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2015-03 Ecos da casa grande: o pensamento escravista nos últimos anos da escravidão (1883 - 1888)TítuloEcos da casa grande: o pensamento escravista nos últimos anos da escravidão (1883 - 1888)Autor
Fernando de Britto FalciOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2015-03-06Nivel
MestradoPáginas
116Volumes
1Banca de DefesaHumberto Fernandes MachadoLarissa Moreira VianaLuiz Fernando SaraivaMarilene Rosa Nogueira da SilvaTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoEste trabalho disserta sobre as diversas reações escravistas à decadência da escravidão no contexto circundante às leis dos Sexagenários (1885) e Áurea (1888). E, junto a isso, dos argumentos a favor de indenizações aos senhores, das denúncias de descontrole sobre a escravaria e do movimento abolicionista movida pelos defensores dos interesses senhoriais na imprensa e no parlamento. Partindo do pressuposto que nessa época não era possível defender abertamente a escravidão, já que condenada em larga medida não só pelo liberalismo herdeiro do iluminismo (tido como modelo de civilização pelas classes dominantes imperiais), mas igualmente pelas novas teorias cientificistas europeias do final do século XIX. O discurso estudado se apropriava de elementos dessas ideias e as juntava com elementos do pensamento escravocrata tradicional. Com essa mistura que eles propunham suas alternativas, confrontavam seus adversários, enfrentavam o movimento abolicionista e expunham seus temores de um eventual descontrole sobre os escravos e os libertos. Os temas focados são as reações à ascensão do movimento abolicionista e ao aumento da rebeldia escrava, além das expectativas e previsões sobre a inserção do liberto no mercado de trabalho.
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2015-03 Negotium Fidei et Pacis no Languedoc: a Igreja e as relações de poder na Cruzada Albigense (1209-1229)TítuloNegotium Fidei et Pacis no Languedoc: a Igreja e as relações de poder na Cruzada Albigense (1209-1229)Autor
Philipe Rosa de LimaOrientador(a)
Renata Rodrigues VerezaData de Defesa
2015-03-04Nivel
MestradoPáginas
1Volumes
143Banca de DefesaAndréia Cristina Lopes Frazão da SilvaFrancisco José Silva GomesMário Jorge da Motta BastosRenata Rodrigues Vereza
ResumoO objeto desta dissertação é o estudo das relações de poder da Igreja na Cruzada Albigense (1209-1229) no Languedoc, conflito que também envolveu a heresia cátara e poderes seculares da região. A repressão eclesiástica ao catarismo foi fruto de uma complexa rede de relações de poder que se modificou ao longo dos séculos XII e XIII, até culminar na Cruzada Albigense. A compreensão dessas relações se dará pela concepção do "poder", não como um simples instrumento de dominação, mas como uma relação dinâmica e reflexiva que demonstra uma lógica englobadora das formas de exercício desse poder, inserido na realidade social medieval. Após analisar essas relações de poder, poderemos nos posicionar sobre as grandes questões apresentadas pela historiografia da Cruzada Albigense: a Cruzada foi uma guerra de conquista francesa contra a Occitânia? A cruzada foi uma empreitada da Igreja para salvaguardar a fé católica e garantir a paz na região (idéia de negotium fidei et pacis) ? A Cruzada inaugurou um novo tipo de sociedade na Cristandade medieval com o estabelecimento da Inquisição? As respostas destas questões surgirão com a análise minuciosa das formas de exercício do poder eclesiástico neste conflito, em especial a atuação do papado, dos legados papais e do clero occitano na Cruzada Albigense.
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2015-03 Guerra pelo poder: a Câmara dos Deputados confronta Vargas (1934-1935).TítuloGuerra pelo poder: a Câmara dos Deputados confronta Vargas (1934-1935).Autor
Thiago Cavaliere MourelleOrientador(a)
Angela Maria de Castro GomesData de Defesa
2015-03-03Nivel
DoutoradoPáginas
254Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireAngela Maria de Castro GomesAngela Moreira Domingues da SilvaFlavio LimoncicGiselle Martins VenancioOrlando de BarrosSamantha Viz Quadrat
ResumoEsta tese analisa o funcionamento da Câmara dos Deputados de julho de 1934 a dezembro de 1935, uma conjuntura política complexa que demarca o início da vigência da Constituição de 1934. Seu foco é a relação entre as bancadas parlamentares dessa Câmara de Deputados e o novo presidente eleito, Getúlio Vargas. O Legislativo, em especial a Câmara, é entendida, como um dos poderes da República que queria se afirmar após um período de mais de três anos em que permaneceu fechada por força da Revolução de 1930. Nesse contexto, defende-se que a Câmara dos Deputados também se tornou uma importante caixa de ressonância dos movimentos sociais, que com ela se relacionavam para realizar denúncias e buscar alianças na luta por expansão de direitos. Por essa razão, a atuação da bancada classista dos empregados, também conhecida como bancada proletária, merece especial destaque.A dinâmica da política após a Constituição de 1934 obrigava Vargas a negociar com opositores, mas igualmente com aliados. Por isso, a bancada paulista, eleita após as transações que encerraram a guerra civil de 1932, acaba, surpreendentemente, tornando-se um apoio decisivo para o governo Vargas, inclusive, com participação importante na aprovação da Lei de Segurança Nacional. Se a oposição a Vargas se fortaleceu com o retorno dos exilados de 1930 e de 1932, os governistas também sofreram com disputas internas, o que levou a uma profunda crise política ao longo do ano de 1935, encabeçada por Flores da Cunha, governador do Rio Grande do Sul e um dos grandes aliados de Vargas no imediato pós-30. O fechamento da Aliança Nacional Libertadora é uma demonstração de força de Vargas ante o crescimento da oposição ao governo, dentro e fora do Parlamento. A chamada Intentona Comunista é deflagrada e esmagada, justamente quando esse governo perdera a maioria na Câmara. Acabou, por isso, servindo como justificativa para o maior fortalecimento do Executivo contra o Legislativo, em nome do combate a supostos inimigos da pátria. A partir de dezembro de 1935, a Câmara dos Deputados só se enfraquecerá, perdendo, na prática, o papel de importante lócus do debate político que assumira desde julho de 1934.
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2015-03 A vida da lei, a lei da vida. Conflitos pela terra, família e trabalho escravo no tempo presente.TítuloA vida da lei, a lei da vida. Conflitos pela terra, família e trabalho escravo no tempo presente.Autor
Cristiana Costa da RochaOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2015-03-03Nivel
DoutoradoPáginas
270Volumes
1Banca de DefesaAdonia Antunes PradoHector Alberto AlimondaLeonilde Sérvolo MedeirosMaria Verónica Secreto FerrerasMario GrynszpanNorberto Osvaldo FerrerasVanderlei Vazelesk Ribeiro
ResumoA presente tese traz um estudo sobre migrações e escravização rural no tempo presente. Nesse sentido, analisamos narrativas de trabalhadores rurais que migraram temporariamente de Barras, Piauí, em busca de trabalho em outras regiões do país e foram submetidos a condições de trabalho reconhecidas em ações de fiscalização do MTE como "trabalho análogo à escravidão". As fontes orais aqui utilizadas e priorizadas em várias circunstâncias nos conduziram às fontes escritas, acessadas em instituições do Estado e sociedade civil. Evidenciamos estratégias pessoais e familiares em torno do projeto de migração, que compõem um conjunto de práticas econômicas de subsistência e manutenção da prole estabelecidas no seio da comunidade rural de origem dos migrantes. De um modo geral, problematizamos as relações desses sujeitos com a justiça e as leis diante dos avanços da legislação trabalhista no mundo rural e, particularmente, das políticas de fiscalização e combate ao trabalho escravo, como suas interpretações sobre justiça. A concepção de justiça evidenciada em suas narrativas atende a valores, condições de vida e trabalho como a temporalidade histórica dos sujeitos em estudo. Em linhas gerais, traçar a trajetória de lutas desses trabalhadores em prol da terra livre, trabalho e subsistência, é também acompanhar um rico processo de aprendizagem deles com a Lei e a Justiça.
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2015-02 A indiscrição como ofício: o complexo cafeeeiro revisitado (Rio de Janeiro, c. 1830-c.1888)TítuloA indiscrição como ofício: o complexo cafeeeiro revisitado (Rio de Janeiro, c. 1830-c.1888)Autor
Thiago Campos Pessoa LourençoOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2015-02-06Nivel
DoutoradoPáginas
453Volumes
1Banca de DefesaCamilla AgostiniHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMartha Campos AbreuRafael de Bivar MarqueseRicardo Henrique SallesRobert Wayne Andrew Slenes
ResumoNeste estudo tomaremos como questão a reestruturação da escravidão no século XIX no espaço em que a instituição mais se fortaleceu: as zonas da grande lavoura escravista. Centraremos nossa análise em um conjunto de fazendas do vale do café fluminense, de seu processo de montagem, nos anos 1830, até sua derradeira crise, no final da década 1880. Através da alternância de escalas, procuraremos inferir as múltiplas relações entre estrutura e agentes no contexto de construção, desenvolvimento e crise do mundo constituído em torno das fazendas dos irmãos Breves, provavelmente os maiores senhores de escravos do Brasil imperial. Assim, na primeira parte do texto, dimensionaremos os senhores e suas casas, enfatizando o processo de montagem do complexo cafeeiro em sua estreita relação com a reabertura do tráfico ilegal de africanos. Em seguida, analisaremos o resultado desse processo: a constituição de uma cadeia de propriedades articuladas entre si e essencialmente assentadas em uma densa população escrava. Nessa seção, estudaremos os significados da demografia característica das últimas grandes escravarias da América. Na terceira e última parte, acompanharemos os desafios impostos aos senhores na administração de seus complexos, especialmente em relação ao governo dos escravos. Os últimos 40 anos que separam o fim do tráfico atlântico de africanos e a abolição da escravidão no Brasil serão revistos através das agências de senhores, escravos, libertos e livres, nos embates entre a reiteração da dominação escravista e sua implosão.
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2015-02 A reconstrução da opressão: comunidades de ex-escravos, a guetificação e o trabalho livre em Barbacena (1850-1929)TítuloA reconstrução da opressão: comunidades de ex-escravos, a guetificação e o trabalho livre em Barbacena (1850-1929)Autor
Sheldon Augusto Soares de CarvalhoOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2015-02-05Nivel
DoutoradoPáginas
428Volumes
1Banca de DefesaCamilla AgostiniDaniela Paiva Yabeta de MoraesElione Silva GuimarãesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMartha Campos AbreuWalter da Silva Fraga Filho
ResumoEsta tese abordará o processo de transformação das comunidades negras de ex-escravos e seus descendentes na segunda metade do século XIX e no pós-abolição (1850-1929). Estudaremos as formas de confronto e negociações pela terra envolvendo as experiên-cias de escravos e libertos e suas afirmações como pessoas livres, antes e após o fim do cati-veiro. A tese também transcorrerá sobre as formas de dominação, violências e acordos perpe-tradas por fazendeiros/negociantes para subjugar e disciplinar o trabalhador liberto e livre, lançando mão de assentamentos e de registros de tutela com vistas a controlar os menores e a mobilidade de ex-escravos, formando poderosas relações de dependência em um jogo de inte-resses que marcou as novas relações políticas e de trabalho que perpassavam o domínio de trabalhadores obedientes, bem como de capangas fiéis e votantes ligados aos candidatos dos potentados locais. Esse propósito foi orientado por estratégias de ex-senhores enfurecidos com a Lei Áurea e ferrenhamente assustados com os rumos que a liberdade dos ex-escravos poderia assumir.
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2014-12 Bota o retrato do velho outra vez: A campanha presidencial de 1950 na imprensa do Rio de JaneiroTítuloBota o retrato do velho outra vez: A campanha presidencial de 1950 na imprensa do Rio de JaneiroAutor
Luís Ricardo Araujo da CostaOrientador(a)
Juniele Rabêlo de AlmeidaData de Defesa
2014-12-17Nivel
MestradoPáginas
186Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusJorge Luiz FerreiraJuniele Rabêlo de AlmeidaMarialva Carlos Barbosa
ResumoEsta dissertação propõe uma narrativa e uma análise da campanha presidencial de 1950 a partir da leitura dos principais jornais do Rio de Janeiro. Do reaparecimento de Getúlio Vargas no teatro político, em 1949, até as suas entrevistas já como presidente democraticamente eleito, o trabalho procura apresentar e discutir os cenários e as tensões que marcaram o retorno do ex-ditador ao Palácio do Catete, de onde fora deposto em 1945. Os jornais, como tribuna, apresentaram a contenda que opunha o ex-presidente aos principais adversários: o udenista Eduardo Gomes e o pessedista Cristiano Machado. Os perfis partidários, a definição das alianças, a campanha nas ruas e, sobretudo, as disputas simbólicas da imprensa – locus privilegiado do debate público – formaram o mosaico narrativo e interpretativo desta dissertação.
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2014-12 A disputa pela hegemonia da classe trabalhadora entre PT e PCB no processo de redemocratização no BrasilTítuloA disputa pela hegemonia da classe trabalhadora entre PT e PCB no processo de redemocratização no BrasilAutor
Amanda Cristine Cézar SeguraOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2014-12-16Nivel
MestradoPáginas
146Volumes
1Banca de DefesaFelipe Abranches DemierLuciana Lombardo Costa PereiraMarcelo Badaró MattosRicardo da Gama Rosa Costa
ResumoA Reforma Partidária de 1979 possibilitou o surgimento de uma nova força política no campo da oposição de esquerda à ditadura instalada no Brasil, o Partido dos Trabalhadores. Este questionava as formas de combate ao regime ditatorial promovidas pelo único partido de oposição permitido até aquele momento, o MDB (futuro PMDB) e defendia novas táticas para se contrapor à ditadura. O PT definia-se como defensor da classe trabalhadora e tentava se afirmar no campo da esquerda, por isso a construção de sua identidade teve que perpassar pela diferenciação com o partido de esquerda mais expressivo historicamente no Brasil até então, o Partido Comunista Brasileiro. Mesmo com a Reforma Partidária, este partido permaneceu ilegal e manteve sua linha política, estabelecida no seu VI Congresso que se realizou em 1967. A proposta pecebista era de atuar politicamente no interior do (P)MDB a partir da construção de uma frente antiditatorial das oposições, cujo objetivo era restabelecer o regime democrático. Mesmo com objetivos semelhantes, derrubar o regime ditatorial e lutar pela democracia, os partidos, PT e PCB, adotaram táticas diferentes e tinham concepções de democracia distintas para aquele momento. O PCB apostou na negociação com o governo e com as diversas forças políticas. Já o PT se contrapôs ao processo de redemocratização negociado, criticou a conciliação de forças políticas antagônicas e apostava que o fortalecimento dos movimentos sociais seria o que possibilitaria a mudança de regime. Dessa maneira, essa dissertação discute a disputa de projetos de (re)democratização promovida por PT e PCB no seio da classe trabalhadora e as táticas adotadas por esses partidos durante o processo de mudança de regime político no Brasil.
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2014-12 A Polifonia Conceitual: A resistência na História Geral da África (Unesco).TítuloA Polifonia Conceitual: A resistência na História Geral da África (Unesco).Autor
Felipe Paiva SoaresOrientador(a)
Marcelo Bittencourt Ivair PintoData de Defesa
2014-12-08Nivel
MestradoPáginas
170Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Vieira RibeiroAlexsander Lemos de Almeida GebaraAndrea Barbosa MarzanoMarcelo Bittencourt Ivair PintoMonica Lima E Souza
ResumoEste trabalho pretende realizar uma análise do conceito da resistência na historiografia especializada em temas da insubordinação anticolonial africana. O foco recai sobre a História Geral da África editada pela Unesco. A obra funciona como espaço delimitador a partir do qual se entrelaça um conjunto mais amplo de fontes. A hipótese básica reside na ideia de o conceito da resistência não possuir, nessa historiografia, um significado unívoco, sendo sua malha vocabular preenchida por diversos conteúdos teóricos, políticos e ideológicos. Isto desemboca em um dissenso epistêmico aqui designado como Polifonia Conceitual.
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2014-11 O Primeiro Congresso Brasileiro de Direito SocialTítuloO Primeiro Congresso Brasileiro de Direito SocialAutor
Gabriel Vitorino SobreiraOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2014-11-07Nivel
MestradoPáginas
127Volumes
1Banca de DefesaAlexandre FortesMaria Verónica Secreto FerrerasNorberto Osvaldo FerrerasPaulo Roberto Ribeiro FontesVanderlei Vazelesk Ribeiro
ResumoA presente dissertação examina o Primeiro Congresso Brasileiro de Direito Social, por meio de seus Anais e das publicações do Instituto de Direito Social (IDS) – Arquivos do IDS em 1941. Enfatiza-se no comportamento político do grupo dirigente do IDS para demonstrar que o congresso fora importante espaço de disputa política sobre os rumos da legislação social produzida no Brasil na década de 1930. Nesse espaço, os dirigentes do IDS, grupo de juristas conhecidos como a Escola de São Paulo, são guiados pelos princípios democratas cristãos e se articulam como movimento de oposição ao corporativismo por dentro do estado corporativista e autoritário de acordo com os espaços de manobra possíveis. A trajetória de seu líder, Antôio Cesarino Junior revela que sua oposição ao corporativismo encontrava limites de acordo com a institucionalidade permitida.
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2014-10 Escrever em tempos difíceis. A próposito de dois textos também políticos de Tomás Antônio Gonzaga (1768 - 1789)TítuloEscrever em tempos difíceis. A próposito de dois textos também políticos de Tomás Antônio Gonzaga (1768 - 1789)Autor
Rodrigo Elias Caetano GomesOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2014-10-02Nivel
DoutoradoPáginas
513Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Mendes CunhaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesPaulo Knauss de MendonçaRenato Júnio FrancoSérgio Alcides Pereira do AmaralSérgio ChahonWilliam de Souza Martins
ResumoO tema central deste trabalho são as linguagens políticas luso brasileiras na Segunda metade do século XVIII, com ênfase em alguns escritos do advogado, jurista, magistrado e poeta português Tomás Antônio Gonzaga. A análise flagrada por um conjunto documental recortado da produçãotextual$ daquele indivíduo, a saber, o Tratado de Direito Natural, escrito composto entre 1770 e 1772, pouco avaliado em trabalhos de História no país, e as CartasChilenas, poema satírico escrito entre 1786 e 1789, sobre as quais a historiografia demonstrou desde o século XIX considerável interesse. Levando em consideração as tradições políticas e discursivas disponíveis aos personagens aquele contexto específico, notadamente o indivíduo Tomás Antônio Gonzaga, a análise também tem no âmbito mais geral das suas preocupações uma discussão em contextos políticos e situações pessoais interconectadas
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2014-09 Migrantes da descolonização: Portugueses e luso -angolanos no Brasil (1974 - 1977)TítuloMigrantes da descolonização: Portugueses e luso -angolanos no Brasil (1974 - 1977)Autor
Isabel de Souza Lima Junqueira BarretoOrientador(a)
Marcelo Bittencourt Ivair PintoData de Defesa
2014-09-29Nivel
DoutoradoPáginas
246Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraAndrea Barbosa MarzanoMarcelo Bittencourt Ivair PintoMarina Annie Martine Berthet RibeiroPeter Henry FrySamantha Viz QuadratSilvio de Almeida Carvalho Filho
ResumoEm 11 de novembro de 1975, Angola tornava-se um país independente. Entre o final de 1974 e 1977, o Brasil recebeu dezenas de milhares de migrantes da descolonização vindos, majoritariamente, de Angola e de Portugal. O ápice da migração se deu entre 1975 e 1976. Como motivação para esse êxodo, tem-se diferentes questões: o princípio da guerra civil em Angola, a má recepção pela sociedade portuguesa e a profunda crise econômica em Portugal. Devido ao grande fluxo migratório, o governo do ex-presidente Ernesto Geisel cria uma força-tarefa para conceder documentação de permanência e trabalho para esses migrantes. Entre estes, havia um contingente de mão-de-obra qualificada, mas houve também migrantes de baixa qualificação profissional. A negociação para a recepção dessas dezenas de milhares de migrantes foi lenta. Envolveu os governos brasileiro e português, além de organizações internacionais e a comunidade ou "colônia" portuguesa no Brasil. A migração não foi permanente. Cerca de oitenta por cento dos migrantes deixou o país com destino a Portugal na década de 1980. O estudo foi ancorado em depoimentos de alguns desses migrantes, documentação diplomática e na imprensa da época. Buscou-se, no estudo, compreender a construção da memória coletiva desse processo.
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2014-09 O Canto da Sereia: A influência pós-moderna na historiografia fluminense do Antigo Regime nos TrópicosTítuloO Canto da Sereia: A influência pós-moderna na historiografia fluminense do Antigo Regime nos TrópicosAutor
Valter Mattos da CostaOrientador(a)
Luiz Fernando SaraivaData de Defesa
2014-09-18Nivel
MestradoPáginas
238Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesLuiz Fernando SaraivaPedro Eduardo Mesquita de Monteiro MarinhoPedro Henrique Pedreira CamposVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoDissertação de Mestrado, em Historiografia (cujas principais fontes são bibliográficas), que procurou traçar nexos causais entre o contexto das décadas de 80 e 90 do século XX e a produção historiográfica, entendida em conjunto, de importantes historiadores domiciliados no Estado do Rio de Janeiro: João Fragoso, Manolo Florentino, Maria de Fátima Gouvêa e Maria Fernanda Bicalho (especializados, principalmente, em Brasil colônia), cuja formação acadêmica e início de suas carreiras se deram exatamente neste contexto. Estes historiadores foram concebidos como formando o grupo historiográfico (não se tratando de uma ―escola historiográfica‖) denominado por este trabalho como ―O Antigo Regime nos Trópicos‖ (ART) – em alusão ao título de famoso livro organizado por três deles (Fragoso, Gouvêa e Bicalho). Este contexto citado foi entendido como de predominância da pós -modernidade entre alguns ambientes intelectuais, sobretudo do Ocidente. Ainda que estes historiadores não se definam como sendo pós -modernos, e de fato, conforme se defende nesta dissertação, não são historiadores pós -modernos, advoga-se aqui que suas teorias receberam influências de tendências e posturas típicas da pós -modernidade, presentes muitas vezes, por exemplo, no que ficou conhecido, dentre outras coisas, como ―a história das mentalidades‖ ou a his tória cultural influenciada por uma antropologia de cunho mais culturalista etc. Em busca de se realizar tais objetivos, foram analisadas as características tanto do contexto pós -moderno quanto das teorias pós-modernas mais importantes (como o radical descrédito para com as perspectivas dadas pelas metateorias etc.), tendo como apoio autores marxistas que já aprofundaram importantes discussões sobre o tema (principalmente David Harvey, Fredric Jameson, Ciro Flamarion Cardoso, Eric Hobsbawm e Perry Anderson). Igualmente, boa parte dos trabalhos dos quatro autores citados como compondo o ART foi cuidadosamente pesquisada, o que proporcionou a identificação das relações entre esta produção e as influências pós -modernas. Um ponto importante da dissertação é o entendimento de que esta relação de influência foi dialética; isto é, que não se trata de um simples determinismo entre estrutura (os contextos em questão) e superestrutura (a produção do ART) específicas. Existiram motivações, tal como define Bourdieu, externas (estruturais) e internas (as subjetividades individuais) na produção simbólica dos historiadores que neste trabalho são objetos de estudo. Deve-se acrescentar que no que diz respeito às influências externas dos citados contextos, Josep Fontana e sua teoria da história, para se historicizar uma produção historiográfica, serviram de importante apoio. É necessário também esclarecer que não se trata da reprodução de um rol de tudo que os historiadores do ART produziram; o estudo historiográfico-bibliográfico foi qualitativo e não quantitativo. O principal critério para utilização qualitativa desta produção foi priorizar seus estudos econômicos, pois se entende que o grosso das críticas realizadas pelo ART foi direcionado às análises econômicas estruturais da sociedade colonial brasileira, sobretudo nos trabalhos publicados por Caio Prado Jr., Celso Furtado, Antônio Fernando Novais, Jacob Gorender e Ciro Flamarion Cardoso; trabalhos de grande influência marxista, tendência intelectual mais atacada pela pós-modernidade. Em função deste critério, estabeleceu-se que os estudos de João Fragoso teriam uma atenção especial devido ao fato deste historiador, em relação aos demais componentes do grupo, ter se dedicado com maior intensidade aos estudos econômicos coloniais.
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2014-09 De Minas para a Corte. Da Corte para Minas: movimentações familiares e trocas mercantis (c.1790 - c.1880)TítuloDe Minas para a Corte. Da Corte para Minas: movimentações familiares e trocas mercantis (c.1790 - c.1880)Autor
Paula Chaves Teixeira PintoOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2014-09-05Nivel
DoutoradoPáginas
305Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJoão Luís Ribeiro FragosoMartha Campos AbreuRoberto Guedes FerreiraSheila Siqueira de Castro FariaSilvia Maria Jardim Brugger
ResumoEsta tese tem como objeto de pesquisa as articulações sociais, simbólicas, políticas e econômicas implementadas por fazendeiros e comerciantes sul-mineiros que os instrumentalizaram na participação no circuito mercantil interprovincial entre Minas Gerais e a Corte do Rio de Janeiro ao longo do oitocentos. A partir dessas articulações, tais sujeitos retiveram importantes instrumentos nos processos de construção da riqueza, poder e prestígio que foram dispostos de forma a assegurar o controle da propriedade da terra, a reprodução do sistema escravista e o domínio dos cargos político-administrativos regionais no interior da comarca do Rio das Mortes, capitania/província de Minas Gerais. Do estudo da tessitura dessas articulações, capturadas a partir das alianças familiares, verticais e horizontais, e da ação e interação das redes de clientela, podemos vislumbrar a dinâmica econômica das sociedades pré-industriais e as engrenagens do mercado. Assim, a partir do estudo das alianças construídas pelo fazendeiro mineiro Gervásio Pereira Alvim, seus familiares e parceiros, procuramos descortinar os instrumentos e o funcionamento do comércio regional e interprovincial mineiro, dando ênfase à influência dos elementos sociais e simbólicos na dinâmica mercantil.
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2014-09 "Peças fora da engrenagem": Capoeiras, lei e repressão na cidade do Rio de Janeiro (1920-40)Título"Peças fora da engrenagem": Capoeiras, lei e repressão na cidade do Rio de Janeiro (1920-40)Autor
Suzana Corrêa BarbosaOrientador(a)
Larissa Moreira VianaData de Defesa
2014-09-03Nivel
MestradoPáginas
170Volumes
1Banca de DefesaCamilla AgostiniLarissa Moreira VianaMartha Campos AbreuMatthias Wolfram Orhan Röhrig Assunção
ResumoEste trabalho busca refletir sobre a presença da capoeira no Rio de Janeiro entre os anos 1920 e 1940, período em que, de maneira geral, a historiografia considera que a capoeira havia sido extinta da cidade desde as investidas repressoras de Sampaio Ferraz, chefe de polícia da então capital federal logo após a proclamação da República. No entanto, a existência de processos criminais de indivíduos presos em flagrante contravenção dos artigos 402 e 403 do Código Penal de 1890 até as vésperas da aprovação do novo Código Penal Brasileiro, em 1940, demonstra que, se a capoeira não permanecia no cotidiano carioca como manifestação lúdica e violenta em sua maioria dos grupos sociais populares, havia, no mínimo, resquícios do medo social que ela fomentara principalmente na segunda metade do século XIX. É através da análise desses processos que busca-se ter acesso aos indivíduos que supostamente foram presos em "exercícios de destreza e agilidade corporal", promovendo situações de desordem nas ruas e botequins da capital.
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2014-08 Discórdias da Monarquia: Os poderes régio e episcopal no Estado do Maranhão, 1677-1750.TítuloDiscórdias da Monarquia: Os poderes régio e episcopal no Estado do Maranhão, 1677-1750.Autor
Nivaldo Germano Dos SantosOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2014-08-29Nivel
MestradoPáginas
240Volumes
1Banca de DefesaElisa Frühauf GarciaGeorge Evergton Sales SouzaJacqueline HermannRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
ResumoEsta dissertação trata da relação entre os poderes temporal e espiritual da monarquia portuguesa no Estado do Maranhão. O poder dual da coroa estava materializado no mundo ultramarino em instituições e agentes diversos, mas os principais eram o governador-geral e o bispo. No Maranhão, sobretudo entre o final do século XVII e a primeira metade do século XVIII, emergiu a jurisdição como conceito de governo civil e eclesiástico e mecanismo definidor dos poderes coloniais, como os senhores da terra, os índios, os missionários, etc. Com base na análise da documentação, em sua maior parte do Arquivo Histórico Ultramarino (Projeto Resgate), é possível perceber a imbricação entre dois turbulentos processos: um de definição do quadro político-administrativo da região e outro de consolidação da monarquia após a Restauração. Como elos entre o rei e seus vassalos ultramarinos, governadores e bispos em sua relação variavelmente conflituosa marcaram a transformação de ideias e práticas político-administrativas no império português, entre aquelas elites maranhenses e a própria monarquia, cujo exemplo mais emblemático é a revolta de Beckman. ,
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2014-08 Imprensa Espírita na cidade do Rio de Janeiro: Propaganda, doutrina e jornalismo (1880 - 1950)TítuloImprensa Espírita na cidade do Rio de Janeiro: Propaganda, doutrina e jornalismo (1880 - 1950)Autor
Marco Aurélio Gomes de OliveiraOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2014-08-14Nivel
MestradoPáginas
257Volumes
1Banca de DefesaHeloisa de Faria CruzJuniele Rabêlo de AlmeidaLaura Antunes MacielMagali Gouveia EngelMaria Letícia Corrêa
ResumoA dissertação investiga a atuação de espíritas na imprensa, através da criação e manutenção de periódicos, por meio da publicação de artigos em série ou via manutenção de colunas fixas nos grandes jornais diários na cidade do Rio de Janeiro, entre 1880 e 1950. A pesquisa evidencia o envolvimento de indivíduos, grupos e instituições espíritas em diferentes projetos editoriais criados por espíritas, a disputa travada pela preferência dos adeptos do Espiritismo, procurando avaliar seus objetivos, articulações e alianças, assim como as motivações para a atuação espírita na imprensa.Analisa, também, suas expectativas e concepções de imprensa, bem como procura desvendar as tensões em torno da ocupação de cargos em periódicos e entidades representativas. A partir da imprensa, reconstitui diferentes concepções sobre a Doutrina Espírita, defendidas e vividas pelos sujeitos sociais naquele momento histórico, recuperando embates e conflitos que marcaram a busca pela hegemonia de uma leitura do Espiritismo. Por fim, explora desdobramentos da atuação de espíritas no jornalismo, principalmente a tentativa de organização de seus jornalistas e a reorientação nos projetos editorias e gráficos.
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2014-08 As frações da classe senhorial e a Lei Hipotecária de 1864TítuloAs frações da classe senhorial e a Lei Hipotecária de 1864Autor
Pedro Parga RodriguesOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2014-08-04Nivel
DoutoradoPáginas
219Volumes
1Banca de DefesaCarmen Margarida Oliveira AlvealLuiz Fernando SaraivaMárcia Maria Menendes MottaMarina Monteiro MachadoRicardo Henrique SallesThéo Lobarinhas PiñeiroVania Maria Losada Moreira
ResumoPretendemos refletir acerca dos conflitos entre algumas frações da classe senhorial sobre a ideia de propriedade, manifestados em discursos ao longo do processo de construção, aplicação e interpretação da Lei Hipotecária 1.237 de 1864. Tencionamos sincronizar os debates sobre o Estado e a questão agrária nos oitocentos, demonstrando como as divergências sobre a reforma da legislação hipotecária não podem ser compreendidas por meio da contraposição entre os interesses de uma elite política e os dos barões Também discutiremos com os pesquisadores segundo os quais a norma em questão teria criado a propriedade privada no Império.
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2014-08 Os Esmoleiros do Rei: A Bula da Santa Cruzada e seus Oficiais na Capitania de Minas Gerais (1748-1828)TítuloOs Esmoleiros do Rei: A Bula da Santa Cruzada e seus Oficiais na Capitania de Minas Gerais (1748-1828)Autor
Cecília Maria Fontes FigueiredoOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2014-08-01Nivel
DoutoradoPáginas
258Volumes
1Banca de DefesaNoneAngelo Adriano Faria de AssisÂngelo Alves CarraraGeorgina Silva Dos SantosJacqueline HermannJúnia Ferreira Furtado
ResumoO trabalho tem por objeto o estudo da ação dos esmoleiros da Bula da Santa Cruzada, no período de 1748 a 1828, na região das Minas. Buscou-se entender o significado da arrecadação da esmola para Portugal cujo objetivo era combater os infiéis no norte da África e defender a fé cristã, além da manutenção das praças mercantis. A tese aborda os significados da arrecadação das esmolas, a importância para Portugal da defesa da cristandade e as representações simbólicas da doação, além de tratar da desconfiança dos doadores na Colônia. Procurou-se ainda caracterizar as modalidades de esmoleiros mores e menores e a especificidade dos tesoureiros da Bula como agentes a serviço do Estado e os privilégios detidos em razão do exercício da função e o lugar de distinção na sociedade da época. O trabalho ainda aborda a importância da Bula através das festas e rituais que tinham lugar na Colônia à época de sua publicação anual, onde compareciam autoridades civis e eclesiásticas, ato que legitimava os benefícios da Bula e conferia aos seus oficiais, reconhecimento, posição e autoridade. E mostra como a representação simbólica do infiel atualizava-se nas cavalhadas, onde a luta entre mouros e cristãos era ritualizada, momento de atualização do mito constitutivo da história política portuguesa.