Dissertações e Teses
  • 2022-04

    A intervenção britânica na segunda fase da guerra civil grega (1944-1945)

    Título

    A intervenção britânica na segunda fase da guerra civil grega (1944-1945)

    Autor
    Felipe Alexandre Silva de Souza
    Orientador(a)
    Daniel Aarão Reis Filho
    Data de Defesa
    2022-04-04
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    310
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Daniel Aarão Reis Filho
    Eurico de Lima Figueiredo
    Janaína Martins Cordeiro
    Sidnei José Munhoz
    Vinicius Aurélio Liebel

    Resumo

    Entre 1943 e 1949, a Grécia foi assolada por uma intrincada guerra civil
    desencadeada no contexto da ocupação da nação helena pelas forças do Eixo. Em um
    primeiro momento, o conflito foi marcado fundamentalmente pelo embate entre dois
    movimentos de resistência aos invasores: a Frente de Libertação Nacional, liderada pelo
    Partido Comunista, e a Liga Nacional Republicana. Posteriormente, com a Grécia já
    liberta (1944), o choque se daria entre o provisório governo monárquico conservador e a
    Frente de Libertação — que, a partir de 1946, se reorganizaria no Exército Democrático
    Grego.
    Durante a guerra civil, a Grã-Bretanha apoiou a monarquia grega, cuja
    estabilidade era considerada, em alguns círculos governamentais de Londres, essenciais
    para a manutenção dos interesses do Império Britânico no Mediterrâneo. Esses seriam os
    momentos finais das relações de preeminência que os britânicos mantinham com os
    gregos desde a década de 1820, quando os gregos lutavam por sua independência contra
    o Império Otomano. Em 1947, o governo britânico anunciaria não ter mais condições de
    apoiar militarmente o governo grego. Os Estados Unidos da América assumiriam o papel
    que até então Londres desempenhara.
    Este trabalho, pretende narrar a intervenção britânica na guerra civil grega. O foco
    se coloca sobre os debates públicos que transcorriam na Grã-Bretanha na medida em que
    o governo de Coalizão liderado pelo Conservador Winston Churchill participava do
    conflito fratricida heleno. A opção de Churchill pelo apoio às direitas gregas gerou
    considerável celeuma na sociedade britânica: nas casas do Parlamento, nas ruas e nos
    sindicatos. O recorte temporal se inicia em dezembro de 1944 e se encerra em fevereiro
    de 1945 — cobrindo assim a chamada segunda fase da guerra civil. É durante esse
    período que vemos as tropas britânicas participarem diretamente do conflito. Com a
    reconstituição das discussões acerca da questão grega, pretendemos aclarar, em certa
    medida, como as disputas entre diversas concepções e forças políticas acabaram
    determinando a política da Grã-Bretanha para a Grécia.




  • 2022-04

    Palácio Tiradentes: a presença do Antigo no Brasil republicano, década de 1920

    Título

    Palácio Tiradentes: a presença do Antigo no Brasil republicano, década de 1920

    Autor
    Douglas de Souza Liborio
    Orientador(a)
    Paulo Knauss de Mendonça
    Data de Defesa
    2022-04-01
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    279
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alberto Martín Chillón
    José Geraldo Costa Grillo
    Paulo Knauss de Mendonça

    Resumo

    A presente dissertação propõe analisar o sentido da presença da Antiguidade greco-romana
    no programa artístico do Palácio Tiradentes, inaugurado em 1926 como sede da Câmara dos
    Deputados no Rio de Janeiro, então capital federal. Considerando o contexto do Centenário
    do Poder Legislativo Brasileiro em 1926, o edifício é projetado como um monumento ao
    Parlamento, a partir da criação artística pautada pelas imagens do Antigo romano. Deseja-se
    entender a migração das imagens da Antiguidade em seus múltiplos sentidos e
    temporalidades segundo os pressupostos de Aby Warburg sobre a sobrevivência das formas
    culturais greco-romanas [Nachleben der Antike]. Especialmente, tem-se interesse na análise
    dos conjuntos escultóricos "Independência" e "República", onde se defende que há a
    inserção do modelo do páthos triunfal da Antiguidade, mediado através de diversos modelos
    e suportes ao longo da história e angariando um novo sentido no contexto de mudanças nas
    expressões artísticas no Rio de Janeiro da década de 1920. A partir disto, busca-se
    compreender como a adoção dos modelos antiquizantes atua na conformação da escultura de
    caráter monumental e sua relação com a arquitetura dos anos 1920.




  • 2022-03

    Gentias da terra: gênero e etnia no Rio de Janeiro colonial

    Título

    Gentias da terra: gênero e etnia no Rio de Janeiro colonial

    Autor
    Suelen Siqueira Julio
    Orientador(a)
    Elisa Frühauf Garcia
    Data de Defesa
    2022-03-31
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    452
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ângela Maria Vieira Domingues
    Elisa Frühauf Garcia
    Georgina Silva Dos Santos
    João Pacheco de Oliveira Filho
    Maria Regina Celestino de Almeida

    Resumo

    A tese aborda a inserção das mulheres indígenas na sociedade colonial do Rio de Janeiro, do
    século XVI ao início do XIX. Busca aprofundar o conhecimento acerca das índias na história
    do Brasil, rompendo com imagens estereotipadas e relacionadas à dupla estigmatização que
    recaiu sobre elas: enquanto mulheres e indígenas. Procura também explicitar como os processos
    de invasão e colonização foram marcados pelo gênero. Neste sentido, o longo recorte temporal
    possibilita uma investigação sobre os modos pelos quais as nativas viveram os primeiros
    contatos com os europeus, os impactos desencadeados pelo estabelecimento dos invasores no
    território fluminense, bem como as transformações ocorridas ao longo do tempo. Em termos
    espaciais, o foco recairá sobre a capitania do Rio de Janeiro e suas áreas de influência, incluindo,
    ainda, conexões com outras regiões dentro e fora do Império português quando pertinente. O
    trabalho defende a ideia de que a experiência histórica das mulheres indígenas no mundo

    colonial possui especificidades, buscando apresentar uma história social desse grupo. Espera-
    se fornecer também um panorama sobre a construção da categoria "índia", à qual hoje amiúde

    nos referimos como "mulher indígena", partindo da ideia de que existe uma gama de processos
    históricos por trás da sua consolidação.




  • 2022-03

    A CONSTRUÇÃO DO PORTO DO RIO DE JANEIRO: Do Capital Comercial ao Capital Financeiro e Industrial

    Título

    A CONSTRUÇÃO DO PORTO DO RIO DE JANEIRO: Do Capital Comercial ao Capital Financeiro e Industrial

    Autor
    Thiago Vinícius Mantuano da Fonseca
    Orientador(a)
    Cezar Teixeira Honorato
    Data de Defesa
    2022-03-31
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    878
    Volumes
    3
    Banca de Defesa
    Alcidesio de Oliveira Júnior
    Cezar Teixeira Honorato
    Daniel Castillo Hidalgo
    Flávio Gonçalves Dos Santos
    Luiz Cláudio Moisés Ribeiro

    Resumo

    Este trabalho tem como objetivo principal demonstrar a centralidade, a imperiosidade, a
    viabilidade e a execução da construção do porto capitalista do Rio de Janeiro, na virada do
    século XIX para o século XX. Para tanto, foi necessário expor a profunda transformação a qual
    o capitalismo passou, vigorando, neste recorte, o caráter monopolista na fase imperialista do
    sistema que ascendia sobre o mundo. As consequências deste processo de proporções alargadas
    para a história da humanidade mudaram para sempre as formações econômico-sociais que
    compunham o Brasil, dando última forma à integração subordinada do país à Divisão
    Internacional do Trabalho, através do mercado mundial - especialmente de capitais. Desta
    estrutura em que estava enredado o país, sobreleva-se a importância da sua capital e maior
    porto: o Rio de Janeiro. A operação portuária pré-capitalista que principiou o século XX era
    protagonista de contradições escancaradas com o desenvolvimento industrial e financeiro que
    a cidade capitaneava. A necessidade da produção de uma parcela do espaço urbano condizente
    às indústrias e aos grandes capitais que já abrigava escancarava as limitações da almejada
    expansão econômica, impedindo a atração de novas e diversificadas fábricas, dos mais
    pronunciados interesses financeiros e dos braços que engrossariam as fileiras do mercado de
    trabalho. O padrão de acumulação adotado pela formação econômico-social cujo centro
    decisório encontrava-se no Rio de Janeiro demandava, naquele momento, com urgência, de um
    porto adequado às necessidades operacionais dos capitais e fiscais do Estado. Além disso, o
    funcionamento e existência material do porto estava no centro de questões candentes e de
    interesse geral em sua época, como a política econômica e monetária do governo federal, a
    partição dos poderes entre as esferas de governo, a relação entre interesses privados e poder
    público, a relação entre capitais nacionais e externos, o desenvolvimento dos transportes de
    longa distância, o sanitarismo e a imigração. Esta tese coloca em evidência o poder de pressão
    da estrutura social para que, em determinado momento, tivesse sido produzido certo consenso
    sobre a inconveniência daquela operação portuária; também demonstra que esta pressão não se
    produzia no vazio, havia fatores concretos, razões inteligíveis, com causas e consequências
    observáveis, para que, de fato, aquele porto não fosse condizente, em diversos termos, com as
    expectativas imediatas e aspirações futuras de tantos e tão distintos agentes. Estas aspirações
    pautaram o "como fazer" as intervenções para radical transformação do porto e redundaram em
    experiências fracassadas, que devem ser consideradas como integrantes deste processo histórico
    para o bom entendimento da intervenção efetiva. Considerando os projetos, mas ultrapassando
    estes, aponto as contradições e limitações que as maiores empresas privadas - brasileiras e
    estrangeiras - encontraram para lograr mudanças significativas na operação portuária do Rio de
    Janeiro; também demonstro que uma nova contradição rompeu estas limitações e venceu os
    obstáculos políticos, financeiros e naturais que há décadas obstavam os mais bem elaborados
    "melhoramentos portuários". O Estado Nacional brasileiro construiu o porto do Rio de Janeiro,
    o emancipou do alcance limitado do capital comercial - simbolizado nos trapiches -, construiu
    um porto de escala e cariz industrial e impôs uma operação portuária hegemonicamente
    capitalista na capital da República. No entanto, o fez coadunando com a ortodoxia econômica
    vigente, ratificando sua subordinação ao imperialismo capitalista, pelas vias dos acordos com
    os grandes capitais, dos contratos junto aos executores das obras e do arrendamento de sua
    exploração à uma Sociedade Anônima Gigante - representante típica do capitalismo
    monopolista pelo qual princípio este trabalho. Embora significasse uma mudança material de
    magnitude inigualável e de repercussões larguíssimas, a radical transformação do porto do Rio
    de Janeiro não surgiu de um novo status quo, assim como não deu azo a mudança deste, antes,
    o reforçou.




  • 2022-03

    A invenção da história no cinema de Quentin Tarantino: apropriação e vingança.

    Título

    A invenção da história no cinema de Quentin Tarantino: apropriação e vingança.

    Autor
    Bárbara Matos Dias
    Orientador(a)
    Renata Torres Schittino
    Data de Defesa
    2022-03-31
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    227
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Marcelo de Mello Rangel
    Renata Torres Schittino

    Resumo

    O tema da presente dissertação é a análise de parte da obra do diretor Quentin Tarantino, em
    especial os filmes Bastardos Inglórios (2009), Django Livre (2012) e Era uma vez... em
    Hollywood (2019). Durante a análise, busca-se observar como o diretor de apropria de
    elementos da História factual e da História do Cinema para, dessa forma, inventar outro final
    para a história em seus filmes. Outro elemento essencial é notar se a apropriação realizada pelo
    diretor só é possível devido ao fato de que seus filmes são narrativas ficcionais que inventam o
    passado. Além disso, também é analisada a construção da vingança em seus filmes, porque, a
    partir de Bastardos Inglórios, torna-se uma vingança histórica, e indaga-se se a mudança no
    direcionamento da vingança em seus filmes, atrelada à apropriação do passado factual, está
    ligada às demandas da sociedade contemporânea, a partir do último terço do século XX, por
    justiça, reparação e responsabilização. Por fim, busca-se observar se os filmes analisados são
    uma manifestação da temporalidade e da historicidade da sociedade que os realizou.




  • 2022-03

    A CÂMARA DA CIDADE DO NATAL NA ARQUITETURA DE PODERES DAS CAPITANIAS DO NORTE: Comunicações políticas, relações de poder e integração ao Império português (1701-1759)

    Título

    A CÂMARA DA CIDADE DO NATAL NA ARQUITETURA DE PODERES DAS CAPITANIAS DO NORTE: Comunicações políticas, relações de poder e integração ao Império português (1701-1759)

    Autor
    Kleyson Bruno Chaves Barbosa
    Orientador(a)
    Maria Fernanda Baptista Bicalho
    Data de Defesa
    2022-03-31
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    363
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Arthur Almeida Santos de Carvalho Curvelo
    Carla Maria Carvalho de Almeida
    Maria Fernanda Baptista Bicalho
    Nauk Maria de Jesus
    Ronald José Raminelli

    Resumo

    Esta tese tem por objetivo analisar como a Câmara da Cidade do Natal se inseria em um
    determinado arranjo de poderes na região das Capitanias do Norte e, consequentemente, se
    integrava ao Império português. Para isso, foram quantificadas, tipificadas e analisadas a
    documentação local desta instituição, focando-se principalmente na correspondência enviada,
    recebida e intermediada entre os camarários de Natal e diversos agentes governativos, no
    intuito de se compreender uma configuração comunicativa baseada em determinados
    interlocutores, fundamental para a operação cotidiana de uma governança local. Se ao longo
    do século XVIII, observa-se numa nítida diminuição da comunicação do reino diretamente
    com o poder local da Câmara do Natal, tendo em contrapartida uma priorização para a
    comunicação reinol com figuras de dimensões regionais, como os governadores de
    Pernambuco nas Capitanias do Norte, os camarários de Natal não deixaram de buscar outras
    estratégias e arranjos de poder para obterem suas causas a nível local. Isto foi possível de se
    entender pois foram exploradas as relações pormenorizadas da instituição camarária com
    quatro agentes comunicativos: três nas Capitanias do Norte, os capitães-mores do Rio Grande,
    os ouvidores da Comarca da Paraíba e os governadores de Pernambuco; e, um no reino, que
    era o próprio rei de Portugal. Dessa forma, compreende-se variados arranjos de poder
    presentes na conquista, partindo-se de um olhar de uma Câmara localizada em um espaço
    periférico, que era o da capitania do Rio Grande, mas que ao mesmo tempo se valia de
    diversos meios e recorria a diversas instâncias intermediárias para potencializar suas
    demandas. Ao invés de um olhar centralizado e/ou dicotômico, exploram-se as variadas
    possibilidades de interação verticais e horizontais desta Câmara com outros oficiais régios,
    contribuindo para se pensar acerca do exercício da governança local.




  • 2022-03

    As (Re)Construções de Táticas Revolucionárias em Partidos Comunistas : PCB e PCCH em Contraste

     

    Título

    As (Re)Construções de Táticas Revolucionárias em Partidos Comunistas : PCB e PCCH em Contraste

     

    Autor
    Ananda Cristina Dos Santos Lima
    Orientador(a)
    Elisa de Campos Borges
    Data de Defesa
    2022-03-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    146
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Angelica Müller
    Carine Dalmás
    Elisa de Campos Borges

    Resumo

    A dissertação tem por objetivo analisar as relações entre partidos latino-americanos e a União
    Soviética após o XX Congresso do PCUS a partir dos exemplos do Brasil (PCB) e do Chile
    (PCCH), bem como suas interpretações e reconfigurações de táticas revolucionárias. Em um
    momento de acirramento da Guerra Fria no qual o bloco socialista tentava estruturar-se frente
    ao capitalista, mudanças drásticas dentro da URSS provocaram debates e rompimento nos
    partidos comunistas ao redor do mundo. A pesquisa analisa esses rompimentos tanto quanto as
    continuidades, girando em torno não só das relações entre Brasil-URSS e Chile-URSS, mas
    também nos debates internos promovidos tanto pela clandestinidade quanto pelo XX
    Congresso. Para melhor compreender as atitudes dos comunistas e seu posicionamento em
    determinados questionamentos políticos ou teóricos – como a transição pacífica –, é feita aqui
    uma história comparada das atitudes de cada partido frente às provocações internas e externas.
    Conceitos como "estratégia" e "tática" serão centrais para apontar fraquezas e entender o
    motivo por trás de rompimentos dentro dos partidos.




  • 2022-03

    "LA MADRE MÁS QUERIDA DE CHILE":A CONDIÇÃO FEMININA NA DITADURA MILITAR CHILENAA PARTIR DA ANÁLISE DA PERSONAGEM ANA HERERA, DA SÉRIE TELEVISIVA LOS 80.

    Título

    "LA MADRE MÁS QUERIDA DE CHILE":A CONDIÇÃO FEMININA NA DITADURA MILITAR CHILENAA PARTIR DA ANÁLISE DA PERSONAGEM ANA HERERA, DA SÉRIE TELEVISIVA LOS 80.

    Autor
    Beatriz de Souza Bravo
    Orientador(a)
    Elisa de Campos Borges
    Data de Defesa
    2022-03-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    170
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Elisa de Campos Borges
    Mariana Martins Villaça
    Samantha Viz Quadrat

    Resumo

    A seguinte dissertação discute a situação feminina durante a ditadura militar chilena, e sua
    inserção no mercado de trabalho a partir da análise histórica da personagem Ana Herrera, da
    série Los 80, más que una moda. A obra, êxito de audiência no Chile, mostrava o cotidiano
    de uma família de classe média durante a década de 1980, em que o país vivia um governo
    ditatorial, autoritário e que implementou o neoliberalismo ortodoxo. O contexto influencia
    diretamente na vida do grupo protagonista, e isto é analisado na dissertação. A Junta de
    Governo discursava que a mulher era central na refundação chilena, ao criar seus filhos a
    partir dos preceitos ditatoriais: patriotismo, despolitização, entre outros. Em um primeiro
    momento, a família Herrera obedece a essa condição, Ana é dona de casa, e vive para criar os
    filhos e cuidar do lar, enquanto é sustentada pelo marido. No entanto, a partir do
    neoliberalismo e da crise de 1982, Ana se insere no mercado de trabalho, enfrentando
    inúmeros desafios, como a dupla jornada de trabalho e a falta de apoio do marido. A
    dissertação discute a trajetória de Ana, baseada em uma vasta bibliografia coerente e em
    documentos históricos relevantes.




  • 2022-03

    A Pena do Bispo e a Pena da chancelaria: Prática e Teorização do Bom Governo Relativo aos Clérigos no pensamento de D. Álvaro Pais e no Portugal de D. Afonso IV (c.1275-1357)

    Título

    A Pena do Bispo e a Pena da chancelaria: Prática e Teorização do Bom Governo Relativo aos Clérigos no pensamento de D. Álvaro Pais e no Portugal de D. Afonso IV (c.1275-1357)

    Autor
    Carlos Thadeu Freire da Costa
    Orientador(a)
    Vânia Leite Fróes
    Data de Defesa
    2022-03-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    229
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Mariana Bonat Trevisan
    Miriam Cabral Coser
    Vânia Leite Fróes

    Resumo

    Esta dissertação tem por objetivo analisar a ideia de Bom Governo defendida por
    D. Álvaro Pais – importante intelectual, frade franciscano e bispo de Silves entre 1335 e
    1349 – em sua obra clássica, Estado e Pranto da Igreja e a adotada na prática pelo rei
    de Portugal, D. Afonso IV (rei: 1325-1357), particularmente em relação ao clero. Esta
    dissertação trata da Baixa Idade Média, mais especificamente no século XIV, e da
    Europa Ocidental, mais especificamente Portugal. Esta época foi marcada por estes dois
    fênomenos da história ocidental: a emergência do Estado monárquico e a permanente
    reflexão sobre as ideias políticas em meio às sempre perenes relações entre Igreja e
    Estado. Estes dois fenômenos se influenciaram mutuamente e simultaneamente. Desta
    forma, esta dissertação pretende auxiliar na compreensão de como intelectuais através
    de suas ideias e seu pertencimento a determinadas escolas de pensamento; e de como
    estadistas através de suas ações contribuíam para esta formação, além de auxiliar na
    compreensão de como os projetos de governo, quer dos intelectuais, quer dos estadistas
    eram fundamentais neste processo de longa duração, que, iniciado em meados do século
    XIII e concluído em meados do XVI, deu origem a monarquias cristãs operantes e bem
    azeitadas, capazes de determinar muitos aspectos, para o bem e para o mal, da vida de
    seus súditos, muitas vezes, sem romperem com a Igreja Católica Romana.




  • 2022-03

    Por que esse raio terrível caiu sobre nós vindo do extremo Norte?" Uma História Global das Incursões Vikings (séculos VIII-X)

    Título

    Por que esse raio terrível caiu sobre nós vindo do extremo Norte?" Uma História Global das Incursões Vikings (séculos VIII-X)

    Autor
    Caio de Amorim Féo
    Orientador(a)
    Mário Jorge da Motta Bastos
    Data de Defesa
    2022-03-28
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    261
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Leonardo Marques
    Mário Jorge da Motta Bastos
    Sandro Teixeira Moita

    Resumo

    Nos últimos anos presenciamos o florescer de novas pesquisas sob o prisma da História
    Global. No que diz respeito aos estudos medievais, a abordagem ainda possui poucos
    trabalhos quando comparados com outras épocas da História. Esta dissertação busca,
    assim, contribuir com os novos estudos sobre História Global acerca da Idade Média,
    analisando especialmente as ditas incursões vikings ocorridas entre os séculos VIII e X.
    Pretende-se identificar no conjunto documental, tanto escrito quanto material, as
    estruturas mais evidentes manifestas pelas diversas incursões no globo, ou seja, sem
    pretender adentrar as especificidades de cada região. Nesse sentido, as incursões são
    abordadas como compondo um sistema estrutura, cuja manifestação exibiu diversas
    similitudes que geralmente são pouco referendadas pela historiografia em detrimento das
    especificidades regionais. A abordagem global aqui utilizada pretende demonstrar como
    as incursões foram determinantes na integração dos grupos vikings e da Escandinávia aos
    locais atingidos pelas expedições, sendo importantes no processo de construção e
    redefinição das identidades e etnicidades durante o Período Viking.




  • 2022-03

    De aliados a inimigos políticos?: Bernardo Pereira de Vasconcelos e O Universal (1825-1840)

    Título

    De aliados a inimigos políticos?: Bernardo Pereira de Vasconcelos e O Universal (1825-1840)

    Autor
    Rafael Domingos Rocha
    Orientador(a)
    Jonis Freire
    Data de Defesa
    2022-03-24
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    142
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Jonis Freire
    Silvana Mota Barbosa
    Tâmis Peixoto Parron

    Resumo

    Longe de ser uma simples caixa de ressonância que apenas veiculou notícias, os periódicos
    foram integrantes e partícipes ativos dos acontecimentos e processos históricos no Império do
    Brasil. Em meio às intensas transformações que ocorreram no eixo oceano atlântico na
    primeira metade do século dezenove, foram eles os principais responsáveis por difundir:
    ideias, projetos de nação e fomentar debates na vida pública. Diante da nova linguagem
    política e comercial, os jornais de cunho liberal passaram a integrar a cena imperial mediante
    o uso de termos como: liberdade, democracia e constituição. O fato de ter tido uma vida
    longeva no Império do Brasil, justifica a escolha do jornal O Universal como fonte principal
    para esta pesquisa. Tendo circulado entre 1825 e 1842, ele foi editado em Ouro Preto, capital
    da província mineira. Esta dissertação de mestrado tem por finalidade investigar o
    comportamento do referido periódico no tocante ao evento do liberalismo e sua afinidade com
    os sistemas constitucional, representativo e escravocrata, no contexto dos conflitos entre "ser
    português" e "ser brasileiro" no processo de constituição da nação brasileira. Tendo em vista a
    contribuição de Bernardo Pereira de Vasconcelos para com este jornal – sendo, inclusive,
    considerado um dos principais redatores –, pretende-se analisar em quais momentos seu
    discurso se intercruza com O Universal ao longo do Primeiro Reinado, Regências e
    desdobramentos do Golpe da Maioridade.




  • 2022-03

    Circularidade e Ressignificação - Espaços de Sociabilidade e a Presença das Ideias Anarquistas no Rio de Janeiro (1870-1920)

    Título

    Circularidade e Ressignificação - Espaços de Sociabilidade e a Presença das Ideias Anarquistas no Rio de Janeiro (1870-1920)

    Autor
    Eduardo Carracelas Lamela
    Orientador(a)
    Carlos Augusto Addor
    Data de Defesa
    2022-03-21
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    374
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alexandre Ribeiro Samis
    Angela Maria Roberti Martins
    Carlos Augusto Addor
    Daniel Aarão Reis Filho
    Magali Gouveia Engel

    Resumo

    A tese problematiza as formas de circularidade e ressignificação das ideias anarquistas
    em espaços de sociabilidade na região central do Rio de Janeiro, entre as décadas de
    1870 e 1920, propondo uma reflexão que busca compreender o papel destes espaços na
    construção autodeterminada de uma cultura política anarquista, manifestada nas ações
    diretas coletivas nesse território da cidade. A rigor, o anarquismo foi no Distrito Federal
    importante corrente organizatória entre as trabalhadoras e os trabalhadores, observada,
    com maior força no início do século XX, em espaços como associações, centros
    culturais, sindicatos, mas também em atos públicos nas ruas, parques e praças. O que se
    propõe é uma modificação dos termos do debate acerca da suposta "chegada" das ideias
    anarquistas por meio de imigrantes, que figura de maneira consagrada na historiografia
    sobre o tema. Como problematização, afirma-se a hipótese de que estas ideias se
    encontravam em circularidade, de maneira não hierárquica entre diferentes países e
    regiões, onde cada coletividade imprimia suas subjetividades, interpretações e usos. Ou
    seja, ideias reapropriadas e construídas sempre a partir do contexto em que se inseriam,
    fundamentadas na prática operária, ainda que com referências ao cenário internacional,
    conhecido através da imprensa. Três tipos de espaços são abordados, nos quais, na
    delimitação temporal proposta, observam-se referências às ideias e práticas anarquistas:
    o espaço da imprensa periódica, tanto a grande imprensa quanto a operária e anarquista;
    os espaços específicos da organização classista da(o)s trabalhadora(e)s; e os outros
    espaços, públicos e culturais, que, embora não exclusivos desta(e)s, são também por
    elas e eles ocupados em atividades de resistência e propaganda.




  • 2022-03

    Violência e Identidade na Conquista de Lisboa em 1147: uma análise da crônica De Expugnatione Lyxbonensi e sua inserção na Cristandade Latina dos séculos XI e XII

    Título

    Violência e Identidade na Conquista de Lisboa em 1147: uma análise da crônica De Expugnatione Lyxbonensi e sua inserção na Cristandade Latina dos séculos XI e XII

    Autor
    Leandro Ribeiro Brito
    Orientador(a)
    Carolina Coelho Fortes
    Data de Defesa
    2022-03-14
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    237
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carolina Coelho Fortes
    Edmar Checon de Freitas
    Leila Rodrigues da Silva

    Resumo

    Os séculos XI e XII foram um período de intensas movimentações no interior da
    Cristandade Latina. Dentre algumas transformações podemos citar as cruzadas, a
    reconquista, as expansões feudais, o fortalecimento papal e um significativo aumento
    demográfico. Entre conflitos e alianças, os reinos ibéricos tomaram parte das políticas
    existentes para seu próprio fortalecimento. Dentre estes reinos, a monarquia portucalense
    buscava se afirmar como uma autoridade régia dentro da Cristandade. A conquista de
    Lisboa ocorre em 1147. Situada como uma guerra santa, a expansão feudal de Afonso
    Henriques usa as hostes cruzadas em seu intento de legitimação. Expandindo seus
    domínios, Afonso constrói uma imagem de suas guerras através de uma literatura
    memorialística com intuito propagandista. De Expugnatione Lyxbonensi é uma crônica
    que narra a conquista de Lisboa e foi escrita por um anglo-normando de nome Raul. A
    carta, que entendemos ter como objetivo a construção de uma identidade cristã frente ao
    diferente muçulmano, está repleta de violência como instrumento de subjugação e
    domínio, além de ser usada como veículo de exaltação dos feitos afonsinos. Portanto, o
    objetivo da presente dissertação é apontar a existência da violência justificada pela lógica
    da identidade e da diferença. Uma violência que foi instrumentalizada pelos poderes
    existentes no período.




  • 2022-03

    O PARTIDO DA FÉ CAPITALISTA: organizações religiosas e o imperialismo norte-americano na segunda metade do século XX

     

    Título

    O PARTIDO DA FÉ CAPITALISTA: organizações religiosas e o imperialismo norte-americano na segunda metade do século XX

     

    Autor
    Rodrigo de Sá Netto
    Orientador(a)
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes
    Data de Defesa
    2022-03-10
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    806
    Volumes
    2
    Banca de Defesa
    Bernardo Kocher
    Eurelino Teixeira Coelho Neto
    Fabio Py Murta de Almeida
    Ricardo Mariano
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo

    Esta tese investiga o despontar mundial de organizações religiosas norte-americanas,
    como igrejas pentecostais e entidades missionárias interdenominacionais, após meados
    do século XX, relacionando-o com o lançamento de uma guerra psicológica e de
    propaganda, concebida pelos Estados Unidos em princípios dos anos 1950 a fim de conter
    a influência global soviética e reforçar seu domínio sobre o mundo capitalista. Será visto,
    também, como esse projeto foi abraçado pelo Estado e pelo empresariado no Brasil, num
    contexto em que tais associações encontram campo propício para sua instalação e
    disseminação, não apenas em função da proteção a elas conferidas pelos setores
    dirigentes, mas também em virtude de novas características impressas à sociedade
    brasileira ao longo do processo de integração econômica internacional do país.
    Organizações que serão tratadas, partindo de formulações de Antônio Gramsci, como
    aparelhos privados de hegemonia que, coligados, operaram mundialmente como um
    partido, com seu proselitismo instilando consenso favorável aos interesses capitalistas no
    plano da sociedade civil, enquanto, na esfera do Estado restrito, prestaram apoio a
    governos conservadores e produziram políticos engajados no avanço de programas
    economicamente liberais. No panorama da crescente internacionalização do capital, com
    preeminência daquele sediado nos Estados Unidos, transformando o imperialismo num
    capital-imperialismo, essa coligação religiosa ecumênica, porém liderada sobretudo por
    porções evangélicas, atuou na progressiva consolidação do domínio norte-americano
    sobre o Brasil e o mundo na segunda metade do século passado. Tais conclusões são

    baseadas em pesquisa documental em arquivos governamentais brasileiros e norte-
    americanos. Já as balizas temporais da tese têm em seu limite inferior o ano de 1945,

    marcando o fim da Segunda Guerra Mundial e o início da dominação estadunidense sobre
    o mundo ocidental, indo até 2002, último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso,
    que assinala a conclusão da reforma da economia brasileira em bases liberais, que contou
    com grande contribuição da bancada evangélica.




  • 2022-03

    O município do Rio de Janeiro no tráfico interno de pessoas escravizadas no Império do Brasil (1850-1888)

    Título

    O município do Rio de Janeiro no tráfico interno de pessoas escravizadas no Império do Brasil (1850-1888)

    Autor
    Larissa Bagano Dourado
    Orientador(a)
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Data de Defesa
    2022-03-09
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    190
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Larissa Moreira Viana
    Maria da Vitória Barbosa Lima
    Solange Pereira da Rocha
    Thiago Campos Pessoa Lourenço

    Resumo

    O fim efetivo do tráfico atlântico de escravizados(as) provocou uma mudança nas
    dinâmicas internas de compra e venda de pessoas, crescia o tráfico interprovincial e
    intraprovincial de cativos(as), sobretudo em direção à região cafeicultura das províncias
    do Rio de Janeiro e São Paulo. Nesse cenário, a cidade do Rio de Janeiro, Corte do
    Império do Brasil, que até então foi o principal porto onde os navios negreiros
    desembarcavam, se tornou mais uma vez um entreposto comercial fundamental, no qual
    as rotas dos comerciantes do grosso trato se cruzavam. Diante dessa circunstância, o
    objetivo dessa tese é compreender as muitas formas de sobreviver e se deslocar da
    população escravizada comercializada na Corte. A partir da perspectiva da história social
    inglesa, em particular dos conceitos de E. P. Thompson (2011), foram consultados os
    registros de compra e venda de escravizados(as) do Rio de Janeiro; relatórios dos
    presidentes da província do Rio de Janeiro; relatórios do chefe de polícia da Corte, que
    compõem as mensagens dos ministros da Justiça do Império; anúncios de fuga
    consultados no jornal Diário do Rio de Janeiro; censo de 1872 entre outros materiais. O
    argumento dessa tese é que, devido à centralidade do município do Rio de Janeiro no
    tráfico interno de escravizados(as) e à alta circulação de pessoas nas suas ruas,
    desenhavam-se possibilidades para que os cativos e as cativas que estavam sendo
    comercializados agenciassem os seus destinos.




  • 2022-02

    A cor da cidade: raça, controle social e reformas no Rio de Janeiro (1890-1906)

    Título

    A cor da cidade: raça, controle social e reformas no Rio de Janeiro (1890-1906)

    Autor
    Thiago Campos da Silva
    Orientador(a)
    Laura Antunes Maciel
    Data de Defesa
    2022-02-18
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    207
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Heloisa de Faria Cruz
    Karoline Carula
    Laura Antunes Maciel

    Resumo

    O objetivo desta dissertação é averiguar as transformações urbanas no Centro do Rio de
    Janeiro durante os anos 1890-1906, problematizando se conteúdos raciais e culturais
    orientaram essas intervenções e como elas impactaram a vida dos moradores pobres na
    região central da cidade. Mapeando as ruas e endereços mais atingidos pela ação da
    polícia para conter as práticas culturais associadas à população afro-brasileira e, também,
    para reprimir a "vagabundagem", busco avaliar os seus possíveis nexos com as
    intervenções nomeadas de "reformas urbanas". A partir desses caminhos, indago se em
    alguma medida a cor dos moradores e as práticas culturais associadas à "raça" dos sujeitos
    orientaram as obras de transformação do espaço urbano, isto é, se as reformas
    implementadas se articularam à repressão às práticas culturais, aos costumes e
    sociabilidades afro-brasileiras. Proponho avaliar se estes espaços foram, também, os
    lugares mais associados pela imprensa e pelas autoridades policiais à existência de uma
    "cidade negra" no Rio de Janeiro. Diante desse problema histórico, trabalho com a cultura
    como dimensão na qual as questões raciais são travadas.




  • 2022-02

    CINEMA & HIP HOP NOS ANOS 1990: O INVASOR NAS DISPUTAS DE REPRESENTAÇÃO ENTRE CENTRO, PERIFERIA, CRIME E VIOLÊNCIA

    Título

    CINEMA & HIP HOP NOS ANOS 1990: O INVASOR NAS DISPUTAS DE REPRESENTAÇÃO ENTRE CENTRO, PERIFERIA, CRIME E VIOLÊNCIA

    Autor
    Guilherme Muniz Safadi
    Orientador(a)
    Juniele Rabêlo de Almeida
    Data de Defesa
    2022-02-08
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    317
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Juniele Rabêlo de Almeida
    Marcos Francisco Napolitano de Eugenio
    Mônica Almeida Kornis
    Rafael Lopes de Sousa

    Resumo

    Esta tese toma como eixo o filme O invasor (2001), de Beto Brant, para investigar formas e
    disputas de representação sobre grupos sociais em relação à criminalidade e à violência
    urbana no Brasil dos anos 1990. Pensando as relações entre filme e história sociocultural e
    atentando aos debates públicos no tempo presente, busca-se abordar os processos de
    significação da obra e os contatos que estabelece com imagens e discursos disponíveis em seu
    contexto. Ao investigar formas cinematográficas, materiais de composição, a narrativa e suas
    articulações com os conflitos simbólicos presentes, dois fios são fundamentais para leitura
    histórica do filme: a operacionalidade de "centro" e "periferia" e a abrangência do crime e da
    violência em representações da sociedade brasileira. O protagonismo assumido no filme pelo
    quadro de referências em torno de "centro-periferia", envolvendo desde as figurações à
    focalização narrativa, informa a maneira de construir a representação da sociedade e da
    violência. Indaga-se ainda em que medida essas referências contribuem para as singularidades
    e deslocamentos na construção audiovisual de hierarquias sociais do crime, em relação a
    filmes do passado e do seu tempo. Tais categorias vinham adquirindo um destaque particular
    em São Paulo, passando da academia à imprensa, até serem apropriadas, durante os anos
    1990, por novos agentes que se identificavam como periféricos, com destaque para um
    insurgente movimento hip hop, a partir de elaborações que construíram novas matrizes de
    abordagem das dinâmicas sociais da violência e do crime. Para além das expressões do rap na
    trilha sonora e do envolvimento do rapper Sabotage com o projeto, o hip hop é considerado
    em sua relação dialógica com o cinema, para se problematizar os conflitos simbólicos entre
    "centro" e "periferia" na abordagem da violência. Investiga-se em que medida as elaborações
    do hip hop constituem uma matriz para a construção das formas de tensão social e
    interpelação do "centro" construídas pelo filme, num processo dialógico, em que diferentes
    vozes sociais são combinadas na construção narrativa. Sem que se esgote em O invasor, a
    película aponta para um ponto de inflexão importante num momento em que alguns filmes
    brasileiros buscaram formas particulares de diálogo com o hip hop, o que leva a avaliar a
    força dessa relação para deslocamentos de imagens e sentidos das relações entre centro,
    periferia, crime e violência na história recente do Brasil.




  • 2022-01

     VEJA E O GOLPE DE 2016: HEGEMONIA, IDEOLOGIA E PROJETO NEOLIBERAL.

    Título

     VEJA E O GOLPE DE 2016: HEGEMONIA, IDEOLOGIA E PROJETO NEOLIBERAL.

    Autor
    Alessandro Guerra Mendonça
    Orientador(a)
    Marcus Ajuruam de Oliveira Dezemone
    Data de Defesa
    2022-01-31
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    218
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Marcus Ajuruam de Oliveira Dezemone
    Renata Torres Schittino
    Vivian Luiz Fonseca

    Resumo

    A deposição de Dilma Rousseff ocorrida em agosto de 2016 trata-se de um dos processos
    políticos mais relevantes das últimas décadas no Brasil. As interpretações sobre este tema
    indicam a participação decisiva de parlamentares, membros do Poder Judiciário,
    entidades de classe empresariais, movimentos sociais e grandes veículos de imprensa. O
    objetivo deste trabalho é compreender a atuação de um periódico de circulação nacional,
    a revista VEJA, neste processo. Trata-se de compreender o posicionamento do semanário
    e, principalmente, suas razões a partir da análise de suas relações sociais, suas ideias e
    propostas políticas, assim como as interpretações sobre o domínio político, econômico e
    a deposição de Rousseff presentes em suas páginas. A investigação sobre o papel de
    VEJA se faz dentro da referência da tradição marxista, sobretudo amparada pelas obras
    de Marx e Gramsci, compreendendo o processo histórico e seus sujeitos à luz da estrutura
    social capitalista, da luta de classes, da disputa por hegemonia na sociedade civil, e da
    produção e reprodução de ideologia. A conclusão é de que a revista legitima e justifica a
    derrubada de Rousseff. Legitima por meio da ênfase na legalidade do processo, como a
    previsão constitucional do impeachment e o suposto crime de responsabilidade da
    presidenta, negando assim a existência de um do golpe de Estado. E justificativa com
    base no destaque aos temas da corrupção e da crise econômica. Nas páginas da revista, o
    PT seria o grande responsável pela corrupção no país e o governo Dilma beneficiário
    direto. Quanto à questão econômica, o governo confundido com o partido seriam os
    responsáveis por jogar o país numa de suas maiores crises econômicas. O trabalho
    demonstrou que a razão da atuação de VEJA tem por base a defesa de um projeto
    neoliberal de sociedade que antecede e sustenta sua interpretação e crítica à gestão de
    Dilma Rousseff. Isso seria explicado numa lógica de representação de classes sociais, em
    articulação da alta burguesia financeira, da industrial e de uma burguesia financista e
    intelectual, com a finalidade colaborar com a mudança de direção e orientação política
    do Estado em favor de uma agenda econômica neoliberal.




  • 2022-01

    "Isto não é retrogradação, é adiamento da perfeição": o liberalismo conservador regressista (1835-1841).

     

    Título

    "Isto não é retrogradação, é adiamento da perfeição": o liberalismo conservador regressista (1835-1841).

     

    Autor
    Luaia da Silva Rodrigues
    Orientador(a)
    Gladys Sabina Ribeiro
    Data de Defesa
    2022-01-31
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    448
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andrea Slemian
    Camila Borges da Silva
    Gladys Sabina Ribeiro
    Lúcia Maria Paschoal Guimarães
    Marcello Otávio Neri de Campos Basile

    Resumo

    Tendo como fio condutor os debates parlamentares oitocentistas, a tese investiga o
    surgimento, o desenvolvimento e a legitimação do movimento regressista, bem como a
    sua importância para a consolidação das instituições políticas brasileiras. Inspirado em
    um liberalismo conservador – que também encontrava ecos em outros partidos –, o
    Regresso surgiu no seio da Câmara dos Deputados, no final de 1835, e se fortaleceu, entre
    1836 e 1837, ao fazer oposição aos ideais descentralizadores defendidos pela
    administração de Feijó. A partir de um projeto que pregava a centralização, a ordem e um
    governo parlamentar, os regressistas forjaram alianças que lhes garantiram a maioria na
    Câmara e, mediante estratégias parlamentares diversas, impediram a aprovação dos
    principais projetos governamentais de Feijó. Nesse cenário, em setembro de 1837, o padre
    regente acabou renunciando, Araújo Lima assumiu interinamente e os regressistas foram
    nomeados para o ministério. A partir de então, lutaram para efetivar as suas pautas
    centralizadoras e ordenatórias, e, graças à sua política transacionista, conquistaram o
    apoio da maioria parlamentar e conseguiram a força necessária para aprovar os seus
    projetos, a exemplo da revisão do Ato Adicional e do Código de Processo Criminal,
    sancionados, respectivamente, em 1840 e 1841, além do desenvolvimento de uma política
    escravista que ia ao encontro dos interesses senhoriais.




  • 2022-01

    Memória em movimento: repertórios de ação e experiências do tempo no movimento estudantil do "fora Collor" às "jornadas de junho" (1992-2013)

    Título

    Memória em movimento: repertórios de ação e experiências do tempo no movimento estudantil do "fora Collor" às "jornadas de junho" (1992-2013)

    Autor
    Maria Julia Dias Rodrigues
    Orientador(a)
    Angelica Müller
    Data de Defesa
    2022-01-25
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    157
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Américo Oscar Guichard Freire
    Angelica Müller
    Francine Iegelski

    Resumo

    O presente trabalho tem como proposta analisar os repertórios de ações coletivas, as
    tensões e disputas do movimento estudantil de esquerda brasileiro dos anos 1990, com
    destaque para o ano de 1992, e as manifestações dos ‘caras pintadas’, até 2013. Dois tipos
    de repertórios importantes serão foco da análise: o primeiro, sobre as políticas de
    memória, em especial, as disputas em torno da construção de uma história oficial da UNE
    e a tentativa de cristalizar a memória da luta das entidades estudantis. E o segundo ponto,
    sobre as rupturas trazidas pelos "novos movimentos sociais" dos anos 1970 e 1980,
    identificando, sobretudo, a inclusão e o desenvolvimento das bandeiras dos movimentos
    feministas, de negritude e LGBT nas pautas estudantis no recorte temporal proposto. O
    estudo objetiva corroborar os debates em torno das disputas ideológicas e da
    desarticulação das esquerdas nas jornadas de junho, e perpassa também analisar a relação
    do movimento estudantil com passado, presente e futuro, procurando identificar 2013
    como um ano-chave para pensar a história do tempo presente brasileiro.




  • 2022-01

    "Quereis ou não quereis a liberdade?: Perspectivas republicanas sobre escravidão e abolicionismo no Brasil, 1866-1871

    Título

    "Quereis ou não quereis a liberdade?: Perspectivas republicanas sobre escravidão e abolicionismo no Brasil, 1866-1871

    Autor
    Fabiano Dauwe
    Orientador(a)
    Humberto Fernandes Machado
    Data de Defesa
    2022-01-12
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    408
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Humberto Fernandes Machado
    Karoline Carula
    Lucia Maria Bastos Pereira Das Neves
    Tâmis Peixoto Parron
    Tânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira

    Resumo

    "Quereis ou não quereis a liberdade?": Perspectivas republicanas sobre escravidão
    e abolicionismo no Brasil, 1866-1871.
    No início da década de 1870, duas questões políticas movimentaram a opinião pública
    brasileira. O Manifesto Republicano, surgido no Rio de Janeiro em 3 de dezembro de
    1870, marcou o início da atuação política do republicanismo no Brasil. Seis meses
    depois, o Parlamento brasileiro iniciou as discussões do projeto que viria a se tornar a
    Lei do Ventre Livre, que preconizava o fim da escravidão em um médio prazo.
    Recorrendo a panfletos políticos, artigos de jornal e à literatura especializada da época,
    esta Tese analisa a participação de alguns signatários do Manifesto Republicano no
    debate público sobre a escravidão no período entre a publicação do Manifesto e a
    aprovação da Lei do Ventre Livre (28 de setembro de 1871). O objetivo é perceber o
    que poderia haver de distinto na perspectiva dos republicanos sobre a escravidão em
    relação ao que os partidos tradicionais ofereciam, considerando-se seu desejo de ruptura
    com a monarquia e sua origem social e profissional específica, e de que forma eles
    aproveitaram a ocasião para anunciar as vantagens do sistema que propunham. Em
    especial, a pesquisa observa os debates nos círculos técnico-científicos, na imprensa e
    em associações de classe, tomando-se por referência, respectivamente, as obras do
    engenheiro Antônio da Silva Netto, dos jornalistas Quintino Bocaiuva, Miguel Vieira
    Ferreira, José Carlos Rodrigues e especialmente Luís Barbosa da Silva (sob o
    pseudônimo Theodoro Parker), e do ex-deputado Cristiano Benedito Ottoni. A grande
    disparidade de perspectivas sobre o assunto e de propostas apresentadas não permite
    considerar esses indivíduos como um grupo coeso, tendo sido frequentes as
    discordâncias entre os próprios republicanos. A pesquisa procurou demonstrar que as
    perspectivas podem ser divididas, fundamentalmente, em duas correntes. Os
    republicanos que observavam a questão de forma mais teórica propunham uma abolição
    mais rápida e com menos contrapartidas aos proprietários, e em muitos casos prevendo
    medidas de apoio aos libertos. Os mais pragmáticos adotavam posições mais próximas
    do pensamento senhorial, rejeitavam a libertação sem indenização e se opunham
    fortemente ao projeto de lei oficial. Ainda assim, todos esses republicanos se
    consideravam abolicionistas, mesmo os que defendiam ideias que poderiam ser — e
    eram — consideradas pró-escravidão.




  • 2022-01

    TERRITÓRIO NACIONAL EM MOVIMENTO: A trajetória de Henrique Beaurepaire Rohan (1844-1884)

    Título

    TERRITÓRIO NACIONAL EM MOVIMENTO: A trajetória de Henrique Beaurepaire Rohan (1844-1884)

    Autor
    Eveline Almeida de Sousa
    Orientador(a)
    Marcus Ajuruam de Oliveira Dezemone
    Data de Defesa
    2022-01-10
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    238
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Francivaldo Alves Nunes
    Márcia Maria Menendes Motta
    Marcus Ajuruam de Oliveira Dezemone
    Marina Monteiro Machado
    Mauro Cezar Coelho

    Resumo

    Neste trabalho, analiso as percepções sobre o território nacional na perspectiva do
    engenheiro militar Henrique Pedro Carlos de Beaurepaire Rohan, entre 1844 e 1884. Ao
    investigar sua trajetória, é possível observar que a maioria das atividades que exerceu estavam
    de alguma maneira associadas a formas de esquadrinhar, registrar e controlar o território
    nacional e suas populações, revelando vínculos entre experiências e sua profícua e extensa
    produção. Em sua viagem ao Paraguai (1846), na construção da Carta Geral do Império de
    1875, e da Carta do Brasil de 1883, e durante seu engajamento nas discussões sobre a reforma
    agrícola no Brasil do Oitocentos (1878-1884), identifiquei propostas para mapear o território e
    estabelecer um modelo de registro das informações sobre o Império, bem como apontar os
    meios para o melhoramento econômico e material do país. Nesse sentido, a corografia e a
    cartografia (principalmente das Cartas de 1875 e de 1883) cumpriam um papel determinante
    nas formulações de Henrique Beaurepaire Rohan, como meios de apropriação do território
    nacional do Império, em um processo de "expansão para dentro". Em sintonia com os objetivos
    do Estado e com certa leitura dos engenheiros militares sobre o espaço físico nacional, ao
    produzir reflexões sobre o território, Rohan também construía um lugar para si nos espaços de
    sociabilidade e de poder no Segundo Reinado.




  • 2022-01

    A PROPAGANDA EM CORES E A CENSURA EM PRETO E BRANCO: a construção da opinião pública na Ditadura Militar

    Título

    A PROPAGANDA EM CORES E A CENSURA EM PRETO E BRANCO: a construção da opinião pública na Ditadura Militar

    Autor
    Raphael Oliveira da Silva
    Orientador(a)
    Marcus Ajuruam de Oliveira Dezemone
    Data de Defesa
    2022-01-10
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    220
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Angelica Müller
    Denise Rollemberg Cruz
    Marcus Ajuruam de Oliveira Dezemone
    Ricardo Antonio Souza Mendes
    Wagner Pinheiro Pereira

    Resumo

    Este trabalho busca revisitar a propaganda e a censura na Ditadura Militar (1964-1985) por
    meio da análise das instituições e de atores ligados ao regime, e do uso feito da noção de
    opinião pública. Por meio do diálogo com a historiografia recente, do manuseio de
    documentação inédita e de entrevistas com ex-integrantes da Assessoria de Relações Públicas
    (AERP), a tese também procura analisar como os responsáveis pela propaganda e pela
    censura percebiam o retorno sobre o seu trabalho, utilizando pesquisas de opinião pública, na
    sua relação com a criação de adesões, acomodações e resistências, para além da dicotomia
    opressor/oprimido, que marca parte da produção acadêmica sobre o período. A partir disso, é
    desenvolvido um estudo de caso sobre como tais aspectos – censura, propaganda e opinião
    pública – eram tratados na TV Globo, empresa privada de mídia, cujo proprietário e a
    diretoria aderiram ao regime, representando e contribuindo para o projeto de integração
    nacional apregoado pelo governo. Assim, o trabalho é um esforço para pensar as relações
    entre instituições e os indivíduos que as integravam, ao perceber como as suas ações
    contribuíram para produzir um discurso ufanista sobre o Brasil. Trata-se, ainda, de apontar
    elementos que contribuíram para a construção de uma narrativa que – embora planejada, mas
    sem centralização – desenvolveu um conjunto de percepções positivas sobre o regime militar
    que permaneceram em memórias sobre o período.




  • 2021-12

    "AFINAL, EU SOU OU NÃO SOU O REI DO CANDOMBLÉ": ASPECTOS DA TRAJETÓRIA ARTÍSTICA DE  JOÃOZINHO DA GOMÉIA (1936-1966)

    Título

    "AFINAL, EU SOU OU NÃO SOU O REI DO CANDOMBLÉ": ASPECTOS DA TRAJETÓRIA ARTÍSTICA DE  JOÃOZINHO DA GOMÉIA (1936-1966)

    Autor
    Andréa Dos Santos Nascimento
    Orientador(a)
    Larissa Moreira Viana
    Data de Defesa
    2021-12-14
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    255
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andrea Luciane Rodrigues Mendes
    Larissa Moreira Viana
    Nielson Rosa Bezerra

    Resumo

    Essa dissertação tem como objetivo analisar alguns aspectos da trajetória artística do
    pai de santo baiano Joãozinho da Goméia, através da sua atuação nos palcos de
    cassinos, teatros, boates, e na rádio, na imprensa, no cinema e no carnaval. A partir
    da consulta aomaterial de imprensa produzido entre 1936 e 1966, e com o auxílio de
    uma bibliografia especifica consegui mergulhar neste mar profundo que foi o Rei do
    Candomblé. Para investigar os seus rastros como artista, tive que considerar as suas
    múltiplas faces, e entender que o fio condutor desta busca era o seu envolvimento
    com o candomblé. Constatar que artístico e religioso dialogavam e se entrecruzavam
    constantemente, foi o ponto de partida desta travessia que buscou tecer os fios
    deixados pelo caminho por biógrafos do pai de santo, e, como consequência, gerou
    outros tantos fios que pretendem fornecer subsídios para outros tantos trabalhos.
    O período analisado está centrado entre 1936 e 1966, que equivale à participação
    colaborativa nos preparativos do Segundo Congresso Afro-brasileiro de 1937; e a
    participação de Joãozinho como "destaque de luxo" e condutor do desfile "Glórias e
    Graças da Bahia" da Escola de Samba Império Serrano. Esta pesquisa descobriu
    Joãozinho da Goméia nos entornos, através da construção de redes de sociabilidades
    que eram redimensionadas de acordo com os seus interesses, como se estas pessoas
    fossem peças em um tabuleiro de xadrez. Revelando a personalidade estrategista do
    pai de santo. Esta revolução de cores, brilhos, sons e passos, revelam também
    aspectos da luta de um homem negro no período pós-Abolição que rompeu o "véu
    da invisibilidade" e construiu um projeto de ascensão social nos campos artístico e
    religioso.




  • 2021-12

    TEATRO E COTIDIANO NO PORTUGAL QUINHENTISTA

    Título

    TEATRO E COTIDIANO NO PORTUGAL QUINHENTISTA

    Autor
    Vanessa Gonçalves Bittencourt de Souza
    Orientador(a)
    Georgina Silva Dos Santos
    Data de Defesa
    2021-12-13
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    395
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Paula Torres Megiani
    Edmar Checon de Freitas
    Georgina Silva Dos Santos
    José Costa D'assunção Barros
    Luciana Mendes Gandelman

    Resumo

    Esta tese analisa de que maneira o cotidiano da sociedade portuguesa do século XVI foi
    representado nas peças teatrais de Afonso Álvares (15??-1580), António Prestes (1530-15??),
    António Ribeiro Chiado (1520-1591) e Baltasar Dias (15??-15??). Esses quatro poetas e
    dramaturgos são tradicionalmente relacionados como integrantes de uma Escola Vicente ou
    como seguidores de Gil Vicente (1465-1537), um dos nomes mais expressivos da história do
    teatro em Portugal. Numa conjuntura marcada pela expansão ultramarina, pelas reformas
    religiosas, pelo estabelecimento da inquisição e por um processo de reorganização das
    estruturas administrativas e jurídicas do reino português, o teatro assume um papel fundamental
    na difusão de valores, expectativas e frustrações de diferentes grupos sociais. A partir da
    articulação entre os conceitos de representação (modos de ver) e práticas (maneiras de fazer),
    uma análise qualitativa foi conduzida para identificar as principais estratégias discursivas
    aplicadas nas peças teatrais. O teatro de Afonso Álvares, António Prestes, António Ribeiro
    Chiado e Baltasar Dias estabelece modelos ideais de comportamento cristão e satiriza condutas
    socialmente indesejáveis, concentrando atenções nas diferentes configurações de relações
    conjugais, familiares e domésticas.




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