Dissertações e Teses
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2021-12
MÚSICOS PARA BORDO, MARINHEIROS PARA O BAILE: Ensino, atividade musicais e a constituição de uma especialidade no Corpo de Marinheiros Nacionais (1890-1915).
TítuloMÚSICOS PARA BORDO, MARINHEIROS PARA O BAILE: Ensino, atividade musicais e a constituição de uma especialidade no Corpo de Marinheiros Nacionais (1890-1915).
Autor
Anderson de Rieti Santa Clara Dos SantosOrientador(a)
Larissa Moreira VianaData de Defesa
2021-12-09Nivel
MestradoPáginas
254Volumes
1Banca de DefesaÁlvaro Pereira do NascimentoLarissa Moreira VianaMartha Campos Abreu
ResumoO presente trabalho trata da constituição da especialidade de música dentro do Corpo de
Marinheiros Nacionais por meio do processo de estruturação das companhias de músicos e da
carreira desses marinheiros entre os anos de 1890 e 1915. Ainda antes desse período, as atividades
musicais já eram desenvolvidas nesse corpo com a existência de uma banda de música cujas
atribuições construídas sobre o ofício foram as seguintes: 1) contribuir para o cerimonial marítimo
principalmente quando os navios da Armada realizavam viagens de instrução de guardas-marinha e
representações diplomáticas; 2) ser um meio de recreação do pessoal de bordo; e 3) "civilizar" os
costumes de marinheiros, músicos ou não, e, eventualmente, o publico em geral. Pelo perfil dos
marinheiros músicos, analisado através dos seus assentamentos em Livros de Socorros, pode-severificar que eram majoritariamente pobres e negros, e oriundos das escolas de aprendizes-
marinheiros dos "estados do Norte" à época (Ceará, Paraíba e Pernambuco, por exemplo), ocasiãoem que se iniciavam no aprendizado musical. Assim, desde a preparação nas escolas, até o
aprimoramento no Corpo de Marinheiros Nacionais, e nas práticas musicais dentro e fora do seu
respectivo quartel, deviam ser "moralizados e civilizados" também através da música, ajudando a
"moralizar e civilizar" os demais. Tal ideia era disseminada por músicos e compositores de renome,
que organizavam a atividade no Brasil desde meados do século XIX. A constituição da
especialidade de música se deu pelas experiências dessas marinheiros músicos quando, no ingresso,
no serviço e na ascensão nas classes hierárquicas e referentes à própria especialidade, tiveram que
lidar com desafios postos pela própria força armada. Exemplo disso era a falta de reconhecimento
do ofício de músico, sem as concessões de gratificações conferidas às demais especialidades,
promoções com critérios que se amparavam nas relações de poder, com base no comportamento dos
marinheiros ao lado da habilidade musical, além da extenuante carga de serviço entre as lides
propriamente marinheiros nos navios, as práticas musicais nessas belonaves em extensas comissões
ao exterior, e nas tocatas nas praças, ruas, clubes e teatros. Assim, busco analisar o processo de
constituição da especialidade de música no contexto da consolidação das demais especialidades, das
mudanças vivenciadas pelos marinheiros no exercício da profissão naval e as transformações no
mercado de divertimento de massas, no bojo das transformações sociais havidas dentro do recorte
temporal em lide no Brasil.
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2021-12
Imprensa e trabalhadores no Rio de Janeiro: Greves, luta sindical e política (1950-1954)
TítuloImprensa e trabalhadores no Rio de Janeiro: Greves, luta sindical e política (1950-1954)
Autor
Artur Silva LinsOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2021-12-02Nivel
MestradoPáginas
264Volumes
1Banca de DefesaHeloisa de Faria CruzLaura Antunes MacielPaulo Cruz Terra
ResumoA presente dissertação aborda problemas e questões que articulam perspectivas
historiográficas tanto da História Social da Imprensa com a História Social do Trabalho,
sobretudo através do estudo das implicações da intervenção do noticiário e dos editoriais da
imprensa empresarial carioca sobre os comportamentos dos trabalhadores e de suas direções
sindicais e político-partidárias durante a realização de greves massivas na cidade do Rio de
Janeiro entre os anos 1951 e 1954. No entanto, como o fenômeno da greve se articula com uma
variedade de instâncias, neste trabalho o foco analítico sobre a intervenção da imprensa se
restringe, por um lado, às relações conflituosas dessas greves com o Estado, especialmente comos Tribunais Superiores do Trabalho e, de modo geral, com a lei antigreve expressa no decreto-
lei 9.070, e por outro, às relações de relativa confiança que os trabalhadores estabeleceram como meio político-partidário, sobretudo com as alas trabalhistas do governo de Getúlio Vargas na
mediação dos conflitos com os patrões e nas direções sindicais vinculadas ao Partido
Trabalhista Brasileiro e ao Partido Comunista, as maiores correntes políticas de representação
dos trabalhadores na conjuntura. Nesse sentido, e a partir do norte teórico-metodológico
assentado na ideia da imprensa enquanto uma força social ativa com interesses e subjetividades
próprios e compartilhados com outros grupos sociais – e, portanto, longe de se constituir num
depositório de registros de caráter passivo e meramente informativo dos fatos sociais, políticos,
econômicos e culturais – pretende-se demonstrar nesta dissertação como os jornais empresariais
lutaram para intervir ativamente na realidade das greves. Seja para redefinir os rumos das
greves, seja para reverter a percepção sobre elas na opinião pública e o próprio ponto de vista
dos trabalhadores e de suas direções, provocando o desgaste ou o desprestígio da autoridade
das instituições vinculadas à restrição do livre exercício do direito de greve e a relativa
confiança dos grevistas nas alas trabalhistas do governo e nas lideranças sindicais vinculadas
ou aliadas do trabalhismo e do comunismo. Portanto, os resultados desta pesquisa procuram
debater com a historiografia, sobretudo a do Trabalho, como a imprensa, por um lado, precisa
ser mais evidenciada como importante força social a intervir nas lutas sociais e nos processos
de disputa pela direção política dos trabalhadores e, por outro, pensar nas limitações históricas
de sua ação sobre os movimentos sociais, apesar do peso de sua intervenção não ter sido nada
desprezível.
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2021-11
Estar juntos. Instituições afro-americanas no Oitocentos. Formas de associativismo negro em Buenos Aires e Rio de Janeiro
TítuloEstar juntos. Instituições afro-americanas no Oitocentos. Formas de associativismo negro em Buenos Aires e Rio de Janeiro
Autor
Caroline Dos Santos GuedesOrientador(a)
Maria Verónica Secreto FerrerasData de Defesa
2021-11-30Nivel
DoutoradoPáginas
229Volumes
1Banca de DefesaGladys Viviana GeladoHevelly Ferreira AcrucheJonis FreireMaria Verónica Secreto FerrerasMariana de Aguiar Ferreira Muaze
ResumoO objetivo dessa pesquisa é analisar os condicionantes do processo de
secularização das irmandades que agrupavam os negros nas Américas - Rio de Janeiro e
Buenos Aires, no meio urbano no século XIX. Por outro lado, também é importante
demonstrar como essas novas instituições independentes da igreja católica se
organizavam ao reunir os negros com os mesmos objetivos da primeira: ajuda mútua,
formação de comunidades e reafirmação e\ou construção de identidades. Essa pesquisa
foi realizada através da metodologia de histórias conectadas, considerando as diversas
similaridades dos processos nas duas realidades, assim como as instituições em questão
trabalhadas.
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2021-11
MARINHA EM TRANSIÇÃO: A CONSTRUÇÃO DO PODER NAVAL NO IMPÉRIO DO BRASIL (1837-1864)
TítuloMARINHA EM TRANSIÇÃO: A CONSTRUÇÃO DO PODER NAVAL NO IMPÉRIO DO BRASIL (1837-1864)
Autor
Luana de Amorim DoninOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2021-11-26Nivel
DoutoradoPáginas
215Volumes
1Banca de DefesaAdriana Barreto de SouzaCarlos Gabriel GuimarãesHumberto Fernandes MachadoJosé Iran RibeiroJosé Miguel Arias Neto
ResumoEsta tese tem como objetivo investigar o contexto das transformações que cercaram a
Marinha Imperial, como uma instituição militar do Estado Imperial, entre os anos 1837 e
1864, tendo como hipótese a importância da força militar naval para a consolidação do
Estado Imperial e do projeto político conservador instaurado no Segundo Reinado. A
partir de um determinado compilado de assuntos colhidos, sobretudo, dos relatórios
anuais dos Ministros da Marinha, delineou-se um panorama constante de esforços do
Estado Imperial e seu arcabouço governamental em prol da construção de um Poder Naval
brasileiro, condizente com os anseios da classe dirigente, viabilizando a consolidação do
projeto político imperial que se estabeleceu, principalmente com a estabilidade política
alcançada a partir do Segundo Reinado. Essa Marinha em transição encontrada se realiza
em um momento, onde a própria função militar naval no cenário ocidental estaria em
plena transformação ao longo do Oitocentos; quando a evolução tecnológica pressionava
não só o material necessário, como a forma de fazer guerra, mas também o conhecimento
técnico exigido por parte da homens do mar. A partir destes eventos sincrônicos de
evolução tecnológica e da necessária consolidação estatal e de seu aparato militar, fez-se
necessária uma organização mais coerente com os novos tempos. Para adequar a Armada
Nacional e Imperial às inovações apresentadas pela máquina a vapor e ao próprio
arcabouço administrativo estatal, o poder ministerial, em conjunto com parte da
oficialidade naval, enredou-se em uma série de relatórios e decretos que colaboraram para
mudanças nas áreas do material, do pessoal e do quadro administrativo das forças de mar;
início de uma Marinha em construção.
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2021-11
"PRETO E AMARELO": A CRISE DA ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL NA RECONFIGURAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO MUNDIAL ATRAVÉS DA FORÇA DE TRABALHO CHINESA 1870-1889
Título"PRETO E AMARELO": A CRISE DA ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL NA RECONFIGURAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO MUNDIAL ATRAVÉS DA FORÇA DE TRABALHO CHINESA 1870-1889
Autor
Otto Reuter LimaOrientador(a)
Tâmis Peixoto ParronData de Defesa
2021-11-04Nivel
MestradoPáginas
150Volumes
1Banca de DefesaEvandro Menezes de CarvalhoKaroline CarulaTâmis Peixoto Parron
ResumoA presente pesquisa busca inserir novas perspectivas nas discussões em andamento sobre
a crise da escravidão negra no Brasil no final do século XIX. A crise do cativeiro será
analisada juntamente com as discussões sobre a expansão das fronteiras agrícolas de
commodities nas regiões cafeeiras do Império Centro-Sul. Em uma visão comparativa,
discutiremos a gênese da discussão da política imigrantista no Brasil e o surgimento da
ideia da migração asiática chinesa. A gênese das discussões sobre a política imigrantista
é, portanto, profundamente relacionada ao fim da escravidão negra e a percepção difusa
de uma suposta falta de mão de obra entre proprietários de negros escravizados. Essa
política de imigrantes será comparada com políticas similares em outros territórios
políticos da segunda metade do século XIX, como Cuba, igualmente vinculadas à força
de trabalho geral do mercado mundial e aos chineses em particular.
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2021-10
Stalinismo, revolução política e contrarrevolução: o movimento trotskista internacional e a teoria do Estado operário burocratizado aplicada ao bloco soviético (1953-91)
TítuloStalinismo, revolução política e contrarrevolução: o movimento trotskista internacional e a teoria do Estado operário burocratizado aplicada ao bloco soviético (1953-91)
Autor
Marcio Antonio Lauria de Moraes MonteiroOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2021-10-29Nivel
DoutoradoPáginas
808Volumes
2Banca de DefesaDaniel Fernando GaidoFelipe Abranches DemierMarcelo Badaró MattosMurilo Leal Pereira NetoTatiana Silva Poggi de FigueiredoValerio Arcary
ResumoEsta tese analisa o arcabouço teórico-programático desenvolvido por Leon Trotski e pela
Quarta Internacional acerca do que se tornara a URSS nos anos 1920-30, o qual
nomeamos de teoria do Estado operário burocratizado, bem como a posterior apropriação
desta teoria por diversos grupos trotskistas surgidos do processo de fragmentação da
Quarta Internacional no pós-Segunda Guerra. Tal análise se dá por duas vias combinadas.
Primeiro, no sentido de investigar a validade histórica de tal teoria em sua forma original,
a partir da análise de uma série de eventos-chave ocorridos na URSS e em alguns de seus
países-satélites do chamado bloco soviético, entre 1953 e 1991. Estes eventos envolveram
tentativas de reformas econômicas e políticas feitas desde cima pelos próprios regimes
destes países, revoltas de massas em prol de mudanças mais significativas e os processos
de restauração do capitalismo. Segundo, no sentido de investigar a validade de diferentes
apropriações da teoria original feitas por alguns dos principais grupos trotskistas surgidos
no pós-guerra, a partir de suas reações a tais eventos. Com isso, acreditamos contribuir
tanto para a melhor compreensão das formações sociais do bloco soviético, quanto,
principalmente, para a elaboração de uma história do movimento trotskista internacional.
Nossas conclusões principais são que a teoria do Estado operário burocratizado em sua
formulação original se mostrou, no essencial, um instrumento de análise e orientação
política adequado para compreender os eventos-chave do bloco soviético aqui abordados,
e que alguns grupos trotskistas do pós-guerra, ainda que minoritários entre os trotskistas
da época, realizaram uma apropriação adequada desta teoria diante de tais eventos, ao
passo que os grupos mais conhecidos e influentes do período em foco desenvolveram
apropriações inadequadas, principalmente no aspecto da elaboração de respostas políticas
que fossem condizentes com o arcabouço teórico-programático original do trotskismo.
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2021-10
Velho Novo Mundo: Antigo Regime tardio e o liberalismo conservador da justiça luso-brasileira (1755-1842)
TítuloVelho Novo Mundo: Antigo Regime tardio e o liberalismo conservador da justiça luso-brasileira (1755-1842)
Autor
Thiago Nicodemos Enes Dos SantosOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2021-10-22Nivel
DoutoradoPáginas
602Volumes
1Banca de DefesaAndrea SlemianCarlos Gabriel GuimarãesClaudia Maria Das Graças ChavesJosé Manuel Louzada Lopes SubtilMaria Fernanda Baptista Bicalho
ResumoO terremoto que se abateu sobre Lisboa em novembro de 1755, além de uma
tragédia sem precedentes na Europa, representou um importante ponto de virada para a
administração da cidade e, posteriormente, para o próprio império português.
Subitamente, os ofícios da Câmara Municipal que deveriam arcar com as principais
medidas viram-se inertes ante a tragédia, e o socorro emergencial foi assumido por um
governo inorgânico formado pelos altos escalões da coroa. A partir de então os
representantes camarários passaram a sofrer constantes ingerências do poder central e,
paulatinamente, foram sendo desacreditados por uma espécie de ciência de administração
e de governo que interveio tanto na reconstrução da capital portuguesa quanto na
economia do reino, alicerçada pelas transformações promovidas pelo Pombalismo e pela
circulação dos ideais liberais. Instituições como a Intendência-Geral da Polícia passaram
a ser arvorar sobre os pequenos ofícios do poder local, tanto em Lisboa quanto no Rio de
Janeiro elevado à corte real, até que, em meados do século XIX foram finalmente
substituídos por novos organismos, pretensamente mais sintonizados com a modernidade.
Foi o caso dos juízes de paz, tidos como os principais agentes do liberalismo. No afã de
separação entre justiça e administração, a nova judicatura acabou herdando atribuições
de outros magistrados como os almotacés, os vintenários e os juízes ordinários e de fora.
Entretanto, nas Câmaras ultramarinas as reformas implementadas contrastaram dos ideais
liberais clássicos, e uma análise mais detida sobre a cidade de Mariana, na importante
região do ouro das Minas Gerais, foi capaz de revelar que a justiça se manteve bastante
conservadora e apegada ao seu passado de Antigo Regime, preservando patrimonialismos
solidamente assentados nas imbricadas redes de poder local.
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2021-10
Questões étnico-raciais, de gênero e diversidade sexual no meio sindical: uma análise do GTPCEGDS – ANDES-SN
TítuloQuestões étnico-raciais, de gênero e diversidade sexual no meio sindical: uma análise do GTPCEGDS – ANDES-SN
Autor
Thaís Terezinha PazOrientador(a)
Paulo Cruz TerraData de Defesa
2021-10-05Nivel
MestradoPáginas
194Volumes
1Banca de DefesaCaroline de Aráújo LimaKênia Aparecida MirandaPaulo Cruz Terra
ResumoEssa dissertação possui como tema a política de combate às opressões de raça, gênero e sexualidade
do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). Examinamos,
sobretudo, a contribuição do Grupo de Trabalho Políticas de Classe para Questões Étnico-raciais, de
Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), inicialmente intitulado de Grupo de Trabalho Etnia,
Gênero e Classe (GTEGC), na condução dessa discussão no sindicato. Nos referenciamos no debate
desenvolvido pelo feminismo marxista, especialmente pela Teoria da Reprodução Social, que
compreende o capitalismo como uma ordem social complexa, em que gênero, sexualidade e raça
constituem relações integradas ao seu processo de reprodução. As principais fontes deste estudo são
os relatórios dos Congressos do sindicato, materiais produzidos pelo ANDES-SN e entrevistas
realizadas com integrantes do sindicato. Identificamos uma mudança significativa na compreensão
do ANDES-SN em relação ao combate às opressões no decorrer da sua história. Nas duas primeiras
décadas do sindicato docente, o tema esteve praticamente ausente das suas deliberações, a despeito
da intensa mobilização dos movimentos negros, de mulheres e LGBTI na sociedade brasileira. A
partir dos anos 2000, o debate se faz presente, e aumenta significativamente com a discussão sobre
as cotas étnico-raciais. Já na última década, observamos a diversificação de temas tratados pelo grupo
de trabalho, a construção de políticas concretas de combate às opressões no interior do sindicato e
também proposições para as universidades e para a sociedade brasileira como um todo.
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2021-09
Entre a cooperação e desconfiança: as relações do Brasil com Angola e Moçambique (1974-1985).
TítuloEntre a cooperação e desconfiança: as relações do Brasil com Angola e Moçambique (1974-1985).
Autor
Drielle da Silva PereiraOrientador(a)
Marcelo Bittencourt Ivair PintoData de Defesa
2021-09-29Nivel
DoutoradoPáginas
230Volumes
1Banca de DefesaAdriano de FreixoBernardo KocherFábio Baqueiro FigueiredoMarcelo Bittencourt Ivair PintoNuno Carlos de Fragoso Vidal
ResumoO presente trabalho tem por objetivo analisar as relações do Brasil com Angola e Moçambique
durante os anos Geisel (1974-1979) e João Figueiredo (1979-1985). Buscamos, ao longo da
pesquisa, compreender a dinâmica da Política Africana Brasileira ao longo do período,
sobretudo, com países que assumem uma natureza política radicalmente distinta do regime
militar em vigor no Brasil à época, dessa forma, procuramos entender os interesses, ações e
resultados da estratégia mobilizada pela diplomacia brasileira ao longo do período. A pesquisa
se insere no campo dos estudos da História das Relações Internacionais que visa buscar as
motivações das ações dos Estados nas Relações Internacionais, mobilizando fontes primárias
disponíveis no Centro de História e Documentação Diplomática (CHDD-Brasília), no Centro
de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea no Brasil (CPDOC-FGV) e, por fim,
do Arquivo Nacional. Espera-se que o trabalho colabore nos estudos sobre História da Política
Externa Brasileira, com ênfase, às relações Brasil-África.
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2021-09
O laço da escravidão: tráfico nacional de escravos no Império do Brasil, 1850-1888
TítuloO laço da escravidão: tráfico nacional de escravos no Império do Brasil, 1850-1888
Autor
João Victor de Oliveira LeiteOrientador(a)
Tâmis Peixoto ParronData de Defesa
2021-09-29Nivel
MestradoPáginas
177Volumes
1Banca de DefesaJonis FreireTâmis Peixoto ParronWilma Peres Costa
ResumoEste trabalho analisa as ações do Estado brasileiro frente ao desenvolvimento do tráfico
interno de escravos no Império, entre a passagem da Lei Eusébio de Queirós, em 1850,
que findou definitivamente o tráfico transatlântico de africanos, e a promulgação da Lei
Áurea, em 1888. Meio de redistribuição da força de trabalho cativa no território brasileiro
e objeto de lucratividade para os negociantes nele envolvidos, o mercado doméstico de
escravos se tornou também alvo de interesse dos poderes locais, que se utilizaram dos
mecanismos fiscais para moldar as cadeias mercantis das atividades negreiras e preservar
a gestão política da escravidão em meio à intensificação das ideias abolicionistas dentro
e fora do país. Por se tratar de um objeto atravessado por múltiplas escalas de análise, o
estudo transpassará os limites do nacionalismo metodológico com vistas a entender as
vicissitudes deste ramo comercial de dimensões nacionalizadas, com impacto direto nas
bases do escravismo brasileiro e na legitimidade do regime monárquico, como parte das
mudanças nos padrões de acumulação ocorridas na arena global do capitalismo.
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2021-09
"Isso é muito africano!": diálogos musicais e políticos entre Angola e Brasil (1950 – 1980)
Título"Isso é muito africano!": diálogos musicais e políticos entre Angola e Brasil (1950 – 1980)
Autor
Alexandre Reis Dos SantosOrientador(a)
Marcelo Bittencourt Ivair PintoData de Defesa
2021-09-28Nivel
DoutoradoPáginas
242Volumes
1Banca de DefesaAndrea Barbosa MarzanoJose Octavio Serra Van DunenMarcelo Bittencourt Ivair PintoMatheus Serva PereiraRita de Cássia Natal Chaves
ResumoO presente trabalho busca examinar os intercâmbios musicais entre Angola e Brasil entre
os anos 1950 e 1980. A cultura, a literatura, e, sobretudo, a música brasileira foram
referenciais importantes para os angolanos em seu processo de construção de sua
identidade nacional. Os angolanos ao ouvir, cantar e dançar a música brasileira se
inspiraram e passaram a valorizar as suas práticas culturais nativas, práticas essas que, no
período colonial, eram deslegitimadas e inferiorizadas. Em seus momentos de lazer e
entretenimento nos clubes e nas suas festividades privadas, ouviam e interpretavam
sambas e sembas, com isso se sentindo mais angolanos. Além disso, inventariar a
circulação musical brasileira em Angola contribui para lançar luz sobre o cotidiano nos
últimos momentos do colonialismo português em Angola. Acompanhar como esses
diálogos e intercâmbios se deram também no período pós independência desvelará as
continuidades e rupturas desse processo.
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2021-08
A ESTRADA DE FERRO VITÓRIA A MINAS E OS BORUM DO RIO DOCE
TítuloA ESTRADA DE FERRO VITÓRIA A MINAS E OS BORUM DO RIO DOCE
Autor
Marina Mônica de FreitasOrientador(a)
Maria Regina Celestino de AlmeidaData de Defesa
2021-08-31Nivel
DoutoradoPáginas
211Volumes
1Banca de DefesaHaruf Salmen EspindolaIzabel Missagia de MattosMaria Hilda Baqueiro ParaisoMaria Regina Celestino de AlmeidaVania Maria Losada Moreira
ResumoEsta tese trata da construção da Estrada de Ferro Vitória a Minas e de suas
consequências para os Borum, focando especialmente os Krenak, grupo indígena que
ainda hoje se encontra no Vale do Rio Doce. Trata também das contribuições desta
ferrovia para a devastação da mata atlântica e das relações que se estabeleceram entre a
construção da Vitória a Minas e a presença do Serviço de Proteção aos Índios no Vale do
Rio Doce desde a criação da agência em 1910. O recorte temporal do estudo são as
décadas iniciais do século XX, época em que foram inauguradas as primeiras estações da
ferrovia, criando-se um caminho que ligava o litoral capixaba aos atuais municípios de
Resplendor e Conselheiro Pena, em Minas Gerais, territórios definidos como "vazios
demográficos", mas nos quais viviam grupos indígenas diversos. O período coincide com
o avanço das frentes "civilizatórias" e das fronteiras da economia mercantil sobre
territórios indígenas localizados no interior do Brasil. Essas fronteiras, em Minas Gerais,
avançaram sobre o Vale do Rio Doce, local cujas riquezas, reais e imaginárias, atraíam a
cobiça de inúmeras pessoas. O Vale do Rio Doce, um dos últimos redutos dos povos
originários em Minas Gerais, é o recorte geográfico privilegiado na investigação.
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2021-08
QUEBRA DAS ESTÁTUAS: Possibilidades de uma (re)escrita decolonial e pública da História
TítuloQUEBRA DAS ESTÁTUAS: Possibilidades de uma (re)escrita decolonial e pública da História
Autor
André Luiz Ranucci FreitasOrientador(a)
Juniele Rabêlo de AlmeidaData de Defesa
2021-08-31Nivel
MestradoPáginas
204Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusJuniele Rabêlo de AlmeidaRicardo Santhiago Correa
ResumoOs sentidos públicos e decoloniais do passado estruturam movimentos na
história recente – veiculados na mídia como "quebra de estátuas", "derrubada de
monumentos", "remoção de esculturas" – que afirmam possibilidades de uma (re)escrita
da História, na medida em que orientam uma crítica ao patrimônio oficial. Para tanto,
busco discutir: 1) Os passados presentes no caso do monumento de Cecil Rhodes; 2) A
colonialidade no debate público a partir do monumento a Colón; 3) Colonialidade no
patrimônio e contradiscursos a partir do monumento às Bandeiras e Borba Gato. Ao
considerar a repercussão pública destes estudos de caso, utilizo materiais de imprensa,
depoimentos e textos publicados em sites e redes sociais, além de fontes audiovisuais,
para analisar a narrativa pública que se deu sobre cada ação. São variadas as formas de
nomear as recorrentes ações públicas, na atualidade, de contestação de patrimônios que
celebram personagens ligados à chamada opressão colonial, racial, patriarcal e/ou
capitalista. Para além da retirada de monumentos históricos do espaço público, busco
problematizar as disputas de memória, os usos do passado e as dimensões públicas da
história a partir do que está sendo reivindicado. O questionamento da validade da
presença nas praças e vias públicas de estátuas que homenageiam "supostas
"personalidades", traz, fundamentalmente, a problematização do cânone historiográfico
que os dá sentido (que diversos autores decoloniais chamam de colonialidade: do poder,
do saber e do ser), uma epistemologia que estrutura essa dinâmica, silenciando e
marginalizando saberes e memórias outras que, por sua vez, vêm à superfície quando
estátuas de colonizadores são contestadas e/ou derrubadas.
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2021-08
"Não somos nada nessa vida": A denúncia do racismo em Clara dos Anjos (1914-1948)
Título"Não somos nada nessa vida": A denúncia do racismo em Clara dos Anjos (1914-1948)
Autor
Juliana Pinho LeiteOrientador(a)
Larissa Moreira VianaData de Defesa
2021-08-30Nivel
MestradoPáginas
137Volumes
1Banca de DefesaAlain Pascal KalyLarissa Moreira VianaMonica Lima E Souza
ResumoEsta dissertação trata do modo como o literato Afonso Henriques de Lima Barreto, ao longo
do contexto em que estava inserido, expressou e lidou com os problemas diretamente ligados
ao racismo. Adotamos nessa pesquisa o conceito de racismo a partir da sua carga política e da
sua prática ideológica, que inferioriza e produz atitudes discriminatórias manifestadas em
diferentes maneiras e em vários contextos históricos. Lima Barreto através da sua literatura
militante, lutou contra práticas limitadas e limitantes, tanto no campo do individual, quanto no
institucional. Será entrelaçado aos seus testemunhos, principalmente ao romance Clara dos
Anjos, que analisaremos o modo como as questões raciais atravessaram a sua narrativa. Este
trabalho se estrutura em três capítulos: no primeiro capítulo abordaremos parte da trajetória de
Lima Barreto, tentando compreender a sua missão literária e a sua luta social; no segundo
capítulo produziremos uma análise sobre a primeira publicação de Clara dos Anjos com o
objetivo de compreendermos os espaços que perpetuaram a voz de Lima Barreto; e, no
terceiro capítulo procuramos perceber, a partir da obra Clara dos Anjos, o debate político
travado pelo autor, principalmente, o modo que as injustiças e o racismo aparecem na escrita
do romance.
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2021-08
Os Olhos do Rei nas Terras do Sul: Ouvidores e a Incorporação da Fronteira Meridional da América Portuguesa (1608-1808)
TítuloOs Olhos do Rei nas Terras do Sul: Ouvidores e a Incorporação da Fronteira Meridional da América Portuguesa (1608-1808)
Autor
Aluísio Gomes LessaOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2021-08-30Nivel
DoutoradoPáginas
405Volumes
1Banca de DefesaFábio KuhnIsabele de Matos Pereira de MelloMarcello José Gomes LoureiroMaria Fernanda Baptista BicalhoRenata Klautau Malcher de Araujo
ResumoEsta tese investiga a participação de ouvidores régios no processo de incorporação da fronteira
meridional da América portuguesa ao longo de duzentos anos, de 1608 a 1808. Tem como ponto
de partida a criação da ouvidoria do Rio de Janeiro e da Repartição Sul, cuja jurisdição
meridional acabava em uma região de indefinidas fronteiras luso-castelhanas, ainda que
estivessem naquela altura sob um mesmo monarca, e conclui no início do século XIX, quando
estas fronteiras se definem após o Tratado de Santo Ildefonso (1777) e da tomada da região das
Missões (1801). Este trabalho acompanha a participação de ouvidores enviados pelos monarcas,
ao longo destes dois séculos, cada vez mais ao sul do território, com suas ampliadas
competências, típicas de um paradigma jurisdicionalista, que iam muito além da administração
da justiça. A evolução destas competências e de sua jurisdição foi analisada através do estudo
de uma série de regimentos enviados pelos monarcas a estes magistrados ao longo deste tempo,
bem como pelos provimentos de correição que os ouvidores deixaram nestas vilas meridionais
pelas quais realizaram correições, especialmente Laguna, Desterro e Rio Grande.
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2021-08
"Integrar para não entregar": juventudes, Projeto Rondon e ditadura no Brasil (1967-1974)
Título"Integrar para não entregar": juventudes, Projeto Rondon e ditadura no Brasil (1967-1974)
Autor
Rafaela Mateus Antunes Dos Santos FreibergerOrientador(a)
Janaína Martins CordeiroData de Defesa
2021-08-26Nivel
DoutoradoPáginas
280Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzJanaína Martins CordeiroRodrigo Patto Sá MottaTatyana de Amaral Maia
ResumoA tese analisa a atuação das juventudes no Projeto Rondon, criado em 1966, em um contexto marcado pela contestação em relação ao projeto político da ditadura civil-militar nas universidades e no movimento estudantil. O crescimento do programa foi exponencial, inclusive, em 1968, ano caracterizado por diversas manifestações juvenis no Brasil. Desse modo, o objetivo foi compreender as formas de atuação e as motivações que levaram muitos jovens a aderir ao programa.
Para isso, foi analisada uma série de documentos produzidos pelo Projeto Rondon, a maioria produzido por estudantes que participaram das diferentes atividades realizadas. Entre os vários ofícios, manuais, dossiês, chama atenção os relatórios de atuação, que revelam não apenas o alto grau de participação, mas o engajamento de jovens ao programa. Além de relatar as tarefas cotidianas nas operações, muitos estudantes também demonstraram seu apoio à filosofia e aos objetivos do Projeto Rondon, inclusive dando inúmeras sugestões para seu aprimoramento.
O estudo sobre a atuação desses jovens possibilita compreender que o universo juvenil é composto por uma diversidade de comportamentos e visões de mundo. Desse modo, é possível constatar a existência de juventudes plurais, o que corresponde a inúmeras subculturas juvenis. Além disso, revela que o ideal de jovem rebelde e revolucionário, muito característico das análises e estudos relacionados aos acontecimentos, principalmente, de 1968, corresponde a apenas uma das faces das juventudes brasileiras.
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2021-08
MESTIÇAGEM, RACIALIZAÇÃO E A POLÍTICA DAS IMAGENS NA BOA VIZINHANÇA: A FOTOGRAFIA DE GENEVIEVE NAYLOR NO BRASIL (1940 -1942)
TítuloMESTIÇAGEM, RACIALIZAÇÃO E A POLÍTICA DAS IMAGENS NA BOA VIZINHANÇA: A FOTOGRAFIA DE GENEVIEVE NAYLOR NO BRASIL (1940 -1942)
Autor
Edmilson Luís Santos GomesOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2021-08-25Nivel
MestradoPáginas
222Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusÉrica Gomes Daniel MonteiroMauricio Lissovsky
ResumoTendo como fio condutor uma cartografia do trabalho da fotógrafa estadunidense Genevive Naylor
enviada ao Brasil durante a Política da Boa Vizinhança, e tendo como pano de fundo a referida
política e suas iniciativas destinadas a criação de um imaginário visual comum entre Brasil e
Estados Unidos, esta dissertação aborda as formas de resepresentação de pessoas negras na
fotografia documental e na cultura visual dos anos 1930 e 40. Momento em que houve um
despontar desse genêro fotográfico, do qual Naylor era adepta, bem como uma renovação no retrato
fotográfico de pessoas negras, sobretudo a partir dos EUA. Contexto sobre o qual foi possível
perspectivar os diferentes discursos sobre a racialização correntes nesse período, tanto nos EUA
quanto no Brasil. Sendo este último país particularmente marcado pela construção e fundamentação
teórica das ideias de democracia racial e mestiçagem nos campos da antropologia e sociologia,
durante as décadas abarcadas.
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2021-08
"Liberte Nosso Sagrado": as disputas de uma reparação histórica
Título"Liberte Nosso Sagrado": as disputas de uma reparação histórica
Autor
Luiz Gustavo Guimarães Aguiar AlvesOrientador(a)
Marina Annie Martine Berthet RibeiroData de Defesa
2021-08-24Nivel
MestradoPáginas
210Volumes
1Banca de DefesaLia Dias LaranjeiraMarina Annie Martine Berthet RibeiroRoger Sansi-roca
ResumoEsta dissertação de mestrado tem como objetivo analisar o processo de transferência para o Museu da República da coleção de objetos sagrados de matriz africana que estava sob a posse da Polícia Civil desde o início do século XX. No ano de 2017, a campanha Liberte Nosso Sagrado foi criada pelo gabinete do deputado Flavio Serafini em articulação com pais e mães de santo das religiões de matriz africana, pesquisadores e militantes de movimentos sociais. A iniciativa buscava levar o debate sobre a coleção à esfera pública com o intuito de retirá-la do Museu da Polícia. Tratou-se de um processo que envolveu múltiplas instituições, como o Ministério Público Federal, o Iphan, museus públicos, e a própria Polícia Civil, tendo perdurado até 2020. Além disso, envolveu, em relação às lideranças de matriz africana, uma disputa quanto à propriedade, o destino, os status e os significados desta coleção de objetos que consiste no primeiro patrimônio etnográfico do Iphan, registrado em 1938. Mais especificamente, o objetivo da dissertação consistiu em analisar como lideranças de terreiro, organizadas na campanha, atuaram em uma disputa por patrimônio mobilizando, em relação aos significados da coleção, de sua apreensão e tombamento, categorias como cultura, patrimônio, religião, cidadania. Também buscou-se examinar como as instituições lidaram com um movimento afro-religioso organizado por uma pauta política. A metodologia utilizada foi a observação participante, por meio da qual reuniões, audiências públicas e outros eventos da campanha foram etnografados. Além disso, entrevistou-se alguns dos agentes do processo e analisou-se documentos da campanha e das demais instituições envolvidas. O trabalho contextualiza esta transferência em particular ao cenário ampliado de devoluções e gestões compartilhadas de objetos e coleções que tem se dado em esfera nacional. Ademais, considerando os recentes avanços nas garantias de direitos da população negra e das comunidades de matriz africana, o caso é situado em relação aos conflitos e tensões entre reparação histórica e proteção patrimonial, contribuindo à perspectiva de ressignificação do lugar das religiões de matriz africana nos debates públicos sobre patrimônio cultural.
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2021-08
CONSIDERAÇÕES SOBRE A HISTÓRIA NA SEGUNDA EXTEMPORÂNEA DE NIETZSCHE: FORÇA PLÁSTICA COMO ELEMENTO DE CRIAÇÃO
TítuloCONSIDERAÇÕES SOBRE A HISTÓRIA NA SEGUNDA EXTEMPORÂNEA DE NIETZSCHE: FORÇA PLÁSTICA COMO ELEMENTO DE CRIAÇÃO
Autor
Lindsey de Oliveira CorrêaOrientador(a)
Francine IegelskiData de Defesa
2021-08-23Nivel
MestradoPáginas
131Volumes
1Banca de DefesaFrancine IegelskiJosé Costa D'assunção BarrosKleverton Bacelar
ResumoA partir da observação das não raras preocupações historiográficas recentes em buscar
alternativas para o modo como é pensada a história, o presente trabalho tem como objetivo
explorar o conceito de força plástica como um elemento de criação através da ideia de
uma história narrativa. Apresentando respectivamente as ideias do filósofo Friedrich
Nietzsche e do historiador Hayden White buscaremos explorar dois momentos-chave para
o estudo da história, o de sua constituição como ciência e o de desenvolvimento do estudo
de uma história da historiografia. Almejamos contribuir com as discussões sobre o tema
da interpretação estética do exercício da história em favor da vida.
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2021-07
The Murder Capital of The Internet: Stormfront e a militância fascista na internet
TítuloThe Murder Capital of The Internet: Stormfront e a militância fascista na internet
Autor
Bárbara Câmara AragonOrientador(a)
Tatiana Silva Poggi de FigueiredoData de Defesa
2021-07-30Nivel
MestradoPáginas
222Volumes
1Banca de DefesaRobert Sean PurdyRoberto Moll NetoTatiana Silva Poggi de Figueiredo
ResumoEsta pesquisa objetiva uma análise da utilização da internet como um instrumento de
militância a partir do portal neofascista Stormfront fundado em 1995. Observando este site de
origem estadunidense, o trabalho visa entender a dinâmica utilizada por este novo meio de
difusão ideológica a partir de uma metodologia de análise de discurso, partindo do
entendimento de sua atividade como de um Aparelho Privado de Hegemonia onde será
examinada sua ação como um divulgador de uma agenda política com um projeto delimitado
de sociedade: o fascismo.
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2021-07
Et coloni - os escritos de Stálin sobre a questão agrária: de 1905 até a implementação da coletivização dos campos no anos 30 na URSS (1905-1939)
TítuloEt coloni - os escritos de Stálin sobre a questão agrária: de 1905 até a implementação da coletivização dos campos no anos 30 na URSS (1905-1939)
Autor
Vanessa Costa FerreiraOrientador(a)
Renata Torres SchittinoData de Defesa
2021-07-30Nivel
MestradoPáginas
177Volumes
1Banca de DefesaAna Carolina Huguenin PereiraAngelo de Oliveira SegrilloRenata Torres Schittino
ResumoEssa pesquisa busca mapear as elaborações de Stalin sobre os camponeses, tendo em vista as
complexidades do processo de coletivização, ocorrido ao longo das décadas de 20 e 30 na U.R.S.S.
Faremos essa pesquisa através dos discursos, livros e cartas de Josef Stalin. Os textos selecionados
serão discutidos à luz da historiografia sobre a coletivização dos campos nos anos 30 ocorridas na
União Soviética.
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2021-07
O Frankenstein Constitucional e a Ordem Ilegal – A Constituinte de 1987 –1988 e o Processo de Construção da Democracia Brasileira
TítuloO Frankenstein Constitucional e a Ordem Ilegal – A Constituinte de 1987 –1988 e o Processo de Construção da Democracia Brasileira
Autor
Elis Silva LemosOrientador(a)
Tatiana Silva Poggi de FigueiredoData de Defesa
2021-07-30Nivel
MestradoPáginas
191Volumes
1Banca de DefesaEurelino Teixeira Coelho NetoRafael Barros VieiraTatiana Silva Poggi de Figueiredo
ResumoA dissertação apresenta uma análise acerca dos processos históricos e político que levaram a promulgação da Constituição de 1988 no Brasil, mais precisamente, observando de perto o processo da Constituinte nos anos de1987 e 1988, através de seus atores políticos e do funcionamento de suas comissões internas, suas interações com movimentos sociais e os efeitos políticos e sociais de uma transição pactada a partir da ditadura empresarial-militar, iniciada em 1964. A análise, que atravessa momentos centrais da história do país, passando pela campanha e promulgação da lei da anistia e do movimento das Diretas Já!, tem como fim compreender o formato final tomado pela Carta Constitucional de 1988, bem como a influência desempenhada pela conjuntura política do país ao longodos anos anteriores e o papel desempenhado pelos militares na transição e o impacto desempenhado por eles no processo constitucional.
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2021-07
O "CRUZADO AMAZÔNICO": A TRAJETÓRIA PÚBLICA E O GOVERNO DE ARTHUR CEZAR FERREIRA REIS (1930-1967)
TítuloO "CRUZADO AMAZÔNICO": A TRAJETÓRIA PÚBLICA E O GOVERNO DE ARTHUR CEZAR FERREIRA REIS (1930-1967)
Autor
Vinicius Alves do AmaralOrientador(a)
Karla Guilherme CarloniData de Defesa
2021-07-15Nivel
DoutoradoPáginas
355Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireDaniel Aarão Reis FilhoJanaína Martins CordeiroKarla Guilherme CarloniRodrigo Patto Sá Motta
ResumoO historiador amazonense Arthur Cezar Ferreira Reis (1906-1993) construiu uma
carreira sólida na cena intelectual e política brasileira entre regimes autoritários e
democráticos, sem com isso ter sofrido um decréscimo em seu prestígio. A presente tese
tem como objetivo maior analisar o que terá permitido que este personagem tão
contraditório e ambíguo se mantivesse relevante entre as décadas de 1950 e 1970, ao
ponto de ser indicado para chefiar órgãos de desenvolvimento regional, como a
Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA) e cargos
políticos, como o estado do Amazonas. Para tanto será necessário compreender as
origens sociais e a formação intelectual e política do referido historiador, que remonta à
década de 1930, e as redes de sociabilidade e experiências construídas após o fim do
Estado Novo. Devido ao pouco estudado período em que Arthur Reis governou o
Amazonas, entre 1964 e 1967, considerável parte da pesquisa concentra-se em explorar
as articulações e tensões presentes entre o governador, os militares, as elites locais e os
intelectuais.
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2021-07
O dilema do trem das águas: A Estrada de Ferro Rio d’Ouro entre o abastecimento de água e o transporte de passageiros e mercadorias no Rio de Janeiro, 1875-1906
TítuloO dilema do trem das águas: A Estrada de Ferro Rio d’Ouro entre o abastecimento de água e o transporte de passageiros e mercadorias no Rio de Janeiro, 1875-1906
Autor
Raphael Castelo Branco da SilvaOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2021-07-08Nivel
MestradoPáginas
154Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoDilma Andrade de PaulaPedro Henrique Pedreira Campos
ResumoA dissertação de mestrado tem como proposta fazer uma análise do processo de construção da
Estrada de Ferro Rio d’Ouro, que conectou a cidade do Rio de Janeiro aos mananciais de água
localizados na Baixada Fluminense. A construção dessa ferrovia motivou-se pelo auxílio nas
obras do Novo Abastecimento de Água, que foi parte de um projeto de resolução da crise de
abastecimento de água que assolava a cidade ao longo do século XIX. Além da linha de trem, também ocorreu uma série de intervenções urbanas, como o reflorestamento da Tijuca para
preservação de nascentes de rios e a instalação de hidrômetros para o controle do uso da água. Após a inauguração do tráfego de passageiros em 1883, os agentes que administravam a
ferrovia passaram a conviver com um dilema sobre a principal função do trem: Auxiliar o
abastecimento de água ou transportar pessoas e mercadorias? Com o advento da República e a
necessidade da modernização capitalista da Capital Federal, a questão mudaria de figura, pois
a ferrovia passou a ter uma importância significativa no transporte de passageiros e no
escoamento de mercadorias, ao passo que se manteve integralmente ligada ao abastecimento
de água. Sendo assim, no bojo das reformas urbanas que ocorreram no governo Rodrigues
Alves, a ferrovia assumiu oficialmente uma dupla função: transportar e abastecer.
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2021-07
COSTURAS EM PAPEL: A MODA PARISIENSE E SUAS RELAÇÕES COM RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO
TítuloCOSTURAS EM PAPEL: A MODA PARISIENSE E SUAS RELAÇÕES COM RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO
Autor
Everton Vieira BarbosaOrientador(a)
Giselle Martins VenancioData de Defesa
2021-07-06Nivel
DoutoradoPáginas
304Volumes
1Banca de DefesaDenise Rollemberg CruzGiselle Martins VenancioJuliette Dumont-quessardMaria do Carmo Teixeira RainhoTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoA tese analisa as narrativas a respeito da moda parisiense em jornais e revistas publicadas
nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo desde a instalação da Imprensa Régia no
Brasil, em 1808 até o final da década de 1950, com o surgimento de eventos de moda,
organizados por indústrias têxteis instaladas no Brasil. Compreende-se um longo
processo histórico para a promoção de uma cultura do trajar nacional e esta pesquisa
levanta certos aspectos que contribuíram neste sentido. Como hipótese, consideramos que
a moda produzida em Paris esteve presente no cotidiano urbano em todo o período
estudado, em especial no longo século XIX. No entanto, o cinema hollywoodiano, as duas
grandes guerras mundiais e os eventos de moda promovidos por indústrias têxteis em
meados do século XX foram os três principais elementos que permitiam aos redatores
tecerem em seus impressos a ideia de uma moda brasileira, ganhando a adesão de um
público leitor e consumidor de modas. O primeiro fator, introduzido no país na virada do
século XIX para o XX, foi um dos recursos tecnológicos que ampliou a projeção de um
estilo de vida e de se vestir diferente do modelo francês. Em segundo lugar, o contexto
bélico provocou uma fissura nas comunicações e, em especial, na produção de moda em
Paris. Assim, vemos que os dois fatores levantaram dilemas e questionamentos a respeito
da cultura do trajar parisiense, permitindo que suas brechas fossem costuradas com
narrativas de uma moda hollywoodiana, carioca, paulistana e brasileira entre os redatores.
Os desfiles e concursos de moda, organizados para divulgação da produção nacional
ampliaram a ideia de uma cultura do trajar nacional na imprensa e entre seus seguidores.
Não era o fim da circulação da moda parisiense no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas o
início de novos tempos para a cultura do trajar.