Dissertações e Teses
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1991-11 A Indústria Álcool-Motora no Primeiro Governo Vargas (1930 - 1945).TítuloA Indústria Álcool-Motora no Primeiro Governo Vargas (1930 - 1945).Autor
Carlos Gabriel GuimarãesOrientador(a)
Geraldo de Beauclair Mendes de OliveiraData de Defesa
1991-11-12Nivel
MestradoPáginas
189Volumes
1Banca de DefesaAlmir Chaiban El-karehGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraSonia Regina de Mendonça
ResumoTem por objetivo estudar a indústria do álcool na economia brasileira e esta na perspectiva da grande Crise de 29 - que afetou o setor na medida em que provocou uma crise de superprodução. O autor demonstra que a intervenção estatal na economia solucionou a crise. E que, no caso da agro-indústria canavieira, a recuperação do setor ocorreu com a criação do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA).
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1991-10 Aquarelas do Brasil.TítuloAquarelas do Brasil.Autor
Carmen Sylvia Sicoli SeoaneOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
1991-10-30Nivel
MestradoPáginas
367Volumes
2Banca de DefesaAfonso Carlos Marques Dos SantosIlmar Rohloff de MattosVânia Leite Fróes
ResumoDebret e Rugendas, em suas viagens (1816-1831) retrataram em pintura e em prosa a natureza e o índio brasileiros. A análise iconográfica e textual desses temas - a partir de sua inserção nas grandes linhas do imaginário, do pensamento e da arte do Ocidente cristão em fins do século XVIII e primeiras décadas do XIX - permitiu à autora resgatar um visão da natureza e do índio em que se sobressaíram os traços edênicos, contrapondo-se a um registro que buscava ser naturalista, objetivo, científico. Evidencia-se também a seleção de aspectos da natureza e do índio considerados favoráveis para a posterior construção da imagem da nação brasileira.
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1991-10 Delírios e Agruras do Latex.TítuloDelírios e Agruras do Latex.Autor
Regina Marcia de Jesus Lima AndradeOrientador(a)
Angela Maria de Castro GomesData de Defesa
1991-10-29Nivel
DoutoradoPáginas
280Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesIlmar Rohloff de MattosMaria Celina Soares D´araujoRachel SoihetVânia Leite Fróes
ResumoFocaliza a porção do território brasileiro que hoje corresponde ao Estado do Amazonas, com a preocupação de qualificar a sua inserção no contexto da unidade nacional. Os traços dessa qualificação são observados na tentativa de recuperar o processo através do qual a identidade desse espaço territorial foi construída.A revelação dessa identidade no auge da produção brasileira de borracha (1880-1910) é relevante, segundo a autora, por explicar um momento denso e crucial. Esse tempo, entretanto, servirá como ponto de reflexão, já que não contém todo o processo. São consideradas também as representações veiculadas através do registros dos vários intérpretes que observaram ou que viveram na Amazônia brasileira, desde as décadas do século XIX, traduzindo a sua especificidade.
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1991-10 Imigração e industrialização: os alemães e os italianos em Juiz de Fora (1854-1920)TítuloImigração e industrialização: os alemães e os italianos em Juiz de Fora (1854-1920)Autor
Mônica Ribeiro de OliveiraOrientador(a)
Ana Maria Dos SantosData de Defesa
1991-10-10Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaAna Maria Dos SantosGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraSonia Regina de Mendonça
ResumoA dissertação representa contribuição aos estudos regionais e à historiografia de Juiz de Fora em particular: A candidata utilizou fontes e dados originais para colocar histórica e especialmente o papel da imigração no desenvolvimento de Juiz de Fora,exercendo a crítica às posições estabelecidas e consagradas na historiografia local. A banca aprovou a dissertação a apresentou sugestões para enriquecimento do trabalho em caso de publicação e posteriores pesquisas.
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1991-10 Em Busca da Idade de Ouro: As Elites Políticas Fluminenses na Primeira República.TítuloEm Busca da Idade de Ouro: As Elites Políticas Fluminenses na Primeira República.Autor
Marieta de Moraes FerreiraOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1991-10-04Nivel
DoutoradoPáginas
260Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesEduardo KugelmasIsmênia de Lima MartinsMaria Bárbara LevyMaria de Lourdes Monaco Janoti
ResumoCom a crise do escravismo e a implantação da República, inaugurou-se no antigo Estado do Rio de Janeiro um período de dificuldades econômicas e políticas. Nas perspectiva das elites fluminenses, esta situação de decadência geral da Velha Província contratava com a opulência do passado cafeeiro e imperial, visto como uma Idade de Ouro que devia ser recuperada. A agenda de metas da elite política fluminense na primeira fase da República incluía a recuperação econômica e a organização de uma força política interna estável e coesa, capaz de arcar com a defesa dos seus interesses no contexto nacional e restaurar a influência do estado no conjunto da nova federação. Essas propostas não alcançaram contudo os resultados desejados, em virtude de um processo continuado de fragmentação das elites políticas fluminenses. A autora traça um desenho mais nítido do pacto oligárquico na Primeira República. E procura contribuir para o aprofundamento do estudo da política fluminense. Para isso, trabalha com arquivos privados de políticos, publicações oficiais e jornais de época.
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1991-09 Vadios, jogadores, mendogos e bêbados na cidade do Rio de Janeiro do início do século.TítuloVadios, jogadores, mendogos e bêbados na cidade do Rio de Janeiro do início do século.Autor
Marcelo Badaró MattosOrientador(a)
Angela Maria de Castro GomesData de Defesa
1991-09-27Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesIsmênia de Lima MartinsLícia do Prado Valladares
ResumoO candidato revelou na apresentação e nas respostas aos examinadores uma sólida formação e conhecimento específico do tema tratado. O trabalho em questão constitui-se em contribuição relevante na área dos estudos de história urbana por sua originalidade, pelo esforço na pesquisa documental e pelo tratamento dado ao objeto de estudo.Por essas razões, a banca considera, por unamimidade, a dissertação aprovada, indicando-a para publicação.
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1991-09 Em Costas Negras: Um Estudo Sobre o Tráfico Atlântico de Escravos Para o Porto do Rio de Janeiro (1790 - 1830).TítuloEm Costas Negras: Um Estudo Sobre o Tráfico Atlântico de Escravos Para o Porto do Rio de Janeiro (1790 - 1830).Autor
Manolo Garcia FlorentinoOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
1991-09-25Nivel
DoutoradoPáginas
451Volumes
2Banca de DefesaAlcir LenharoCiro Flamarion Santana CardosoEulália Maria Lahmeyer LoboMaria Yedda Leite LinharesNancy Priscilla Smith Naro
ResumoAnalisa o tráfico de africanos para o porto do Rio de Janeiro de 1790 a 1830 - quando se estabelecem as tendências básicas do mercado internacional de produtos tropicais, os núcleos fundamentais da demanda por braços do Sudeste brasileiro e o volume das importações de negros. Em seguida, estudam-se as condições de produção social do cativo na África, apontando para uma dimensão pouco explorada do tráfico atlântico: seu papel enquanto veículo de consolidação do poder e de expansão das relações escravistas no próprio continente negro. Segundo ao autor, a forma através da qual o escravos é produzido - calcada na violência que se traduz na apropriação de trabalho social alheio - contribuirá para seu baixo custo na esfera brasileira, o que, por sua vez, explicará a disseminação da propriedade escravista. O tráfico é apreendido ainda enquanto um negócio, com estruturação e dinâmica próprias. Nesse ponto, insiste-se na idéia de que se trata de um circuito de acumulação endógeno. Por fim, analisa-se o comércio de almas como um fluxo demográfico.
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1991-09 História de Canudos: O Embate Cultural Entre o Litoral e o Sertão do Século XIX.TítuloHistória de Canudos: O Embate Cultural Entre o Litoral e o Sertão do Século XIX.Autor
Jacqueline HermannOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
1991-09-13Nivel
MestradoPáginas
235Volumes
1Banca de DefesaRachel SoihetRonaldo VainfasVânia Leite Fróes
ResumoDiscute a construção de duas versões sobre as razões do movimento e da guerra contra Canudos, ocorrida no sertão baiano no final do século XIX. A primeira, denominada oficial, reúne os discursos científico, intelectual e político do final do século XIX; a segunda, que a autora chama de marginal, analisa as pregações de Antonio Conselheiro, além de alguns processos de sertanejos presos. A proposta é analisar como se conjugam a produção destes diferentes discursos, bem como estudar os cenários culturais que sustentam a especificidade de seus complexos significados.
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1991-01 Modelando a Cera Virgem - A Saúde da Criança na Política Social de Vargas.TítuloModelando a Cera Virgem - A Saúde da Criança na Política Social de Vargas.Autor
Cristina Maria Oliveira FonsecaOrientador(a)
Victor Vincent VallaData de Defesa
1991-01-09Nivel
MestradoPáginas
169Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesIsmênia de Lima MartinsVictor Vincent Valla
ResumoAnalisa alguns aspectos que caracterizaram a política de saúde direcionada para a criança durante o primeiro Governo Vargas. Com esta perspectiva, ressaltam-se as principais categorias ideológicas da proposta política do Governo, assim como sua operacionalização através da implementação de determinados serviços de saúde infantil. Defende a hipótese de que o discurso de formação de um novo homem, presente no projeto político-ideológico do Estado Novo, produziu efeitos na política de saúde infantil. Paralelamente, a autora detecta os outros valores empregados na elaboração dessa política.
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1990-12 Comerciantes, Fazendeiros e formas de Acumulação em uma Economia Escravista Colonial: Rio de Janeiro (1790 - 1888).TítuloComerciantes, Fazendeiros e formas de Acumulação em uma Economia Escravista Colonial: Rio de Janeiro (1790 - 1888).Autor
João Luís Ribeiro FragosoOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1990-12-20Nivel
DoutoradoPáginas
790Volumes
3Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoFrancisco José Calazans FalconJosé Jobson de Andrade ArrudaMaria Yedda Leite LinharesSérgio Silva
ResumoDiscutem-se alguns dos mecanismos da reprodução da economia escravista colonial no século XIX. O autor concentra-se na análise da formação da lavoura cafeeira (1790-1830), entendendo que esse processo diz respeito à reiteração das estruturas da economia e da sociedade investigadas. Em seguida, dedica-se à análise do funcionamento interno do sistema agrário escravista-exportador, tomando como exemplo o Município de Paraíba do Sul. O estudo da recriação da agro-exportação, nas primeiras décadas do século passado, levou o autor a reconsiderar certos elementos dos tradicionais modelos explicativos da economia escravista. Segundo ele, na virada do século XVIII para o XIX, ao invés de uma Plantation escravista submissa ao mercado internacional, encontra-se uma economia que, mesmo agro-exportadora, possuía outras formas de produção, ao lado da escravista: um mercado interno - de onde derivam acumulações endógenas - e, por último, uma elite mercantil - enquanto grupo econômico hegemônico - no lugar da aristocracia fundiária-escravista. A combinação desses elementos, defende o autor, conferia à economia investigada uma margem de autonomia, em seu processo de reprodução, frente às determinações externas.
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1990-12 A Morfologia da Escassez: Crise de Subsistência e Política Econômica no Brasil Colônia (Salvador - Rio de Janeiro, 1680 - 1790).TítuloA Morfologia da Escassez: Crise de Subsistência e Política Econômica no Brasil Colônia (Salvador - Rio de Janeiro, 1680 - 1790).Autor
Francisco Carlos Teixeira da SilvaOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1990-12-19Nivel
DoutoradoPáginas
415Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoFrancisco José Calazans FalconKlass WoortmamMaria Yedda Leite LinharesVera Lucia Amaral Ferlini
ResumoProcura explicar as crises de fome em Salvador e no Rio de Janeiro, com seus respectivos hinterland, entre 1680 e 1780. Essas crises, com suas características mais típicas - como as revoltas sociais - tornaram-se tema obsessivo das autoridades coloniais em virtude das preocupações com a ordem colonial e com o bom funcionamento da economia escravista. Entre as causas apontadas para as crises de fome, o autor destaca as falhas técnicas do sistema agrário, a agressão ecológica, a estrutura fundiária, a ação do capital mercantil e as imposições do Estado
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1990-12 Sob o Signo da Imagem: A Produção da Fotografia e o Controle dos Códigos de Representação Social da Classe Dominante, no Rio de Janeiro, na Primeira Metade do Século XX.TítuloSob o Signo da Imagem: A Produção da Fotografia e o Controle dos Códigos de Representação Social da Classe Dominante, no Rio de Janeiro, na Primeira Metade do Século XX.Autor
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
1990-12-18Nivel
DoutoradoPáginas
465Volumes
2Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoMargareth Aparecida Campos da Silva PereiraMiriam Lifchitz Moreira LeiteRachel SoihetSonia Regina de Mendonça
ResumoRevela, através da análise histórico-semiótica de três séries fotográficas, o caráter tipicamente burguês das representações sociais e dos comportamentos da classe dominante, no Rio de Janeiro, durante a primeira metade do século XX. A autora entende a fotografia como parte de uma intrincada rede de significações a partir da qual é possível resgatar os processos de elaboração dessas representações.
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1990-12 Rompendo Fronteiras: A Poesia de Migrantes Nordestinos no Rio de Janeiro (1950 - 1990).TítuloRompendo Fronteiras: A Poesia de Migrantes Nordestinos no Rio de Janeiro (1950 - 1990).Autor
Cecília da Silva AzevedoOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
1990-12-17Nivel
MestradoPáginas
320Volumes
1Banca de DefesaMargarida de Souza NevesRachel SoihetRonaldo Vainfas
ResumoFiliada à História da Cultura, a autora investiga a visão de mundo de cordelistas migrantes nordestinos que se radicam no Rio de Janeiro a partir da década de 50. Como fonte principal, utiliza a produção carioca desses autores, analisando suas representações em torno de sua região de origem, da cidade do Rio de Janeiro, do próprio processo migratório e de sua condição de migrantes e cordelistas. Ainda trabalhando com esses documentos, procura resgatar a visão que os migrantes tinham da sociedade mais abrangentes e do poder, atentando para o sentido de categorias como trabalhador, povo, nação e governo, bem como para seus conceitos éticos e religiosos. A partir da constatação de diversos padrões de aculturação e da verificação de elementos contraditórios no sentido da internalização e da rejeição dos valores dominantes na ordem vigente, a autora procura fazer um balanço da cultura popular e de suas relações com a cultura erudita e com a indústria cultural.
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1990-12 Os Vassalos D‘el Rey nos Confins da Amazônia - A Colonização da Amazônia Ocidental (1750 - 1798).TítuloOs Vassalos D‘el Rey nos Confins da Amazônia - A Colonização da Amazônia Ocidental (1750 - 1798).Autor
Maria Regina Celestino de AlmeidaOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
1990-12-14Nivel
MestradoPáginas
301Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoJoão Pacheco de Oliveira FilhoMaria Yedda Leite Linhares
ResumoDescreve a analisa a formação da sociedade colonial na Amazônia ocidental do século XVIII. As missões religiosas iniciaram o processo de ocupação portuguesa da região, distribuindo os índios em aldeias missionárias para em seguida serem empregados como mão-de-obra pela Coroa e pelos colonos.A partir de 1750, a política pombalina iniciou a colonização sistemática da região, criando a Capitania do Rio de Negro e transformando as antigas aldeias missionárias em vilas portuguesas. Seu principal objetivo era garantir a soberania do território para a Coroa, promovendo o povoamento e o desenvolvimento agrícola e comercial. Tais objetivos esbarravam com a realidade econômica e cultural da região.Através de um exaustivo trabalho com fontes primárias, procura-se caracterizar e analisar o resultado prático dessa política de colonização.
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1990-12 O Mundo como uma Chanchada: Cinema e Imaginário das Classes Populares na Década de 50.TítuloO Mundo como uma Chanchada: Cinema e Imaginário das Classes Populares na Década de 50.Autor
Rosangela de Oliveira DiasOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
1990-12-14Nivel
MestradoPáginas
174Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoJoão Luiz VieiraRachel Soihet
ResumoTrata-se de estudo da chanchada como uma das mais expressivas produções cinematográficas dos anos 50, ligada ao imaginário urbano e aos segmentos de trabalhadores e operários. Conclui-se que longe de construir material alienante ou de manipulação política, a chanchada é uma forma de expressão que se refere à mundivisão de classes populares, com grandes penetração. Trabalhou-se com o acervo da Cinemateca do Museu de Arte Moderna, do IBAC e da Fundação Cinema Brasileiro, tendo-se enfatizado o Rio de Janeiro, local de base de grande parte da produção na década de 50, apogeu da chanchada.
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1990-12 Mulher, Ofício e Missão: Os Mundos do Feminino nos Romances de Machado de Assis e Aluísio Azevedo.TítuloMulher, Ofício e Missão: Os Mundos do Feminino nos Romances de Machado de Assis e Aluísio Azevedo.Autor
Ana Maria Bandeira de Mello MagaldiOrientador(a)
Margarida de Souza NevesData de Defesa
1990-12-10Nivel
MestradoPáginas
280Volumes
1Banca de DefesaIlmar Rohloff de MattosMargarida de Souza NevesRachel Soihet
ResumoAnalisa as imagens de mulher presentes no romances de Machado de Assis e de Aluísio Azevedo. Produto socialmente localizados, embora também possuíssem sua face artística, os romances de ambos os autores inserem-se, segundo a autora, num importante momento vivido pela sociedade do Rio de Janeiro: a virada do século XIX para o XX. Nesta fase, na qual se percebe a lenta imposição de uma lógica burguesa, observa-se a presença de uma nítida tendência modernizadora que, no entanto, se estabelecia de maneira a dotar de novas formas as antigas estruturas econômico- sociais do país. No interior deste quadro em que referenciais de progresso e civilização mostram-se presentes, a autora observa a construção de novas concepções sobre a vida familiar e sobre o universo feminino. Estas novas idéias, gerando modelos, indicando comportamentos, assim como dotadas de um suposto conteúdo de cientificidade, assumem um lugar de destaque no mundo intelectual da época, no interior do qual se situam os romances em questão. Comunicando-se de forma diversa com esses padrões e modelos, os romances de Machado de Assis e de Aluísio Azevedo, defende Ana Maria Magaldi, expressam duas visões contrastante acerca dos mundos do feminino de seu tempo.
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1990-12 Cidade, Capital e Poder: Políticas Públicas e Questão Urbana na Velha Manchester Mineira.TítuloCidade, Capital e Poder: Políticas Públicas e Questão Urbana na Velha Manchester Mineira.Autor
Sônia Regina MirandaOrientador(a)
Eulália Maria Lahmeyer LoboData de Defesa
1990-12-04Nivel
MestradoPáginas
324Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsMauricio de Almeida Abreu
ResumoApós a identificação de sua contemporaneidade, a autora discute as raízes históricas da configuração urbana de Juiz de Fora a partir do momento em que, após o advento da República, o poder público passou a ter atribuições legislativas e a intervir no espaço urbano com a formulação de políticas públicas. Demonstra que no cenário de transição de uma cidade pré-capitalista para uma cidade capitalista, o controle das formas de trabalho alternativas, bem como a eliminação das práticas de auto-abastecimento, adquirem particular significação. Busca analisar também as transformações capitalistas processadas no cenário urbano local. Por último, indica as principais representações relativas ao controle moral da população no espaço urbano e como tais representações se constituíram em um projeto de modernização social, ainda que apenas a nível retórico, pelos diferentes governos constituídos, com ênfase especial ao pós 30.
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1990-11 O Brasil dos Outros. (Repensando nosso Exotismo)TítuloO Brasil dos Outros. (Repensando nosso Exotismo)Autor
Sandra Sybila FontenelleOrientador(a)
Eulália Maria Lahmeyer LoboData de Defesa
1990-11-08Nivel
MestradoPáginas
110Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsVictor Vincent Valla
ResumoQuestiona, a partir da chamada literatura dos viajantes, a construção de uma mentalidade européia que caracteriza o Brasil como um país exótico. Na historiografia brasileira, defende a autora, essa literatura - que inclui centenas de livros escritos por estrangeiros (naturalista, artistas, aristocratas, aventureiros, negociantes, mulheres) que percorreram o Brasil ao logo do século XIX - oferece ao historiador das idéias um vasto material de estudo.
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1990-10 O Império dos Miasmas (A Academia Imperial de Medicina, 1830 - 1850).TítuloO Império dos Miasmas (A Academia Imperial de Medicina, 1830 - 1850).Autor
Lorelai Brilhante KuryOrientador(a)
Margarida de Souza NevesData de Defesa
1990-10-01Nivel
MestradoPáginas
164Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoIlmar Rohloff de MattosMargarida de Souza Neves
ResumoEstudo da concepção de natureza e de clima brasileiros veiculada pela Academia Imperial de Medicina, entre 1830 e 1850. Segundo a autora, o discurso da Academia apresenta uma dualidade valorativa, ao mesmo tempo exaltando a exuberância do clima tropical e defendendo a malignidade e a insalubridade desse clima. Essa polarização, afirma a pesquisadora, refere-se à concepção romântica da natureza brasileira. Concepção esta que alicerçava o ideal de criação de uma nação, difundido pela classe senhorial, quando da construção do Estado Imperial. E que também se relacionava com as teorias médicas e miasmáticas vigentes na época. Considerava-se, então, como sociedade civilizada a de clima temperado. O equilíbrio entre essas duas posturas com relação ao clima e à natureza do Brasil define-se pela defesa das Luzes da Civilização, apoiada na autoridade da ciência, como único mecanismo capaz de evitar a manifestação das perversidades naturais do clima tropical. E de tornar úteis e aproveitáveis as vantagens, também naturais, do país.
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1990-07 A Persistência das Idéias e das Formas (Um Estudo sobre a Obra de Tomás Antônio Gonzaga).TítuloA Persistência das Idéias e das Formas (Um Estudo sobre a Obra de Tomás Antônio Gonzaga).Autor
Ronald Polito de OliveiraOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
1990-07-16Nivel
MestradoPáginas
275Volumes
1Banca de DefesaFrancisco José Calazans FalconRonaldo VainfasVânia Leite Fróes
ResumoAnalisa a obra de Tomás Antônio Gonzaga - o Tratado de Direito Natural, as Cartas Chinesas, Marília de Dirceu e outros poemas - procurando delimitar suas inter-relações. A comparação dos textos do autor, entre si e com o quadro geral das idéias e da literatura em Portugal e no Brasil da época, visa indicar os aspectos tradicionais e modernos inerentes à obra de Tomás Antônio Gonzaga, bem como a permanência e a mudança deste aspectos no interior de cada texto e entre os mesmos. Busca-se delimitar, desta forma, uma unidade de sentido para a obra, expressa, sobretudo, segundo o autor, em sua orientação basicamente tradicional no que diz respeito às suas opções teológicas, filosóficas, científicas, políticas e sociais.
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1990-06 Família e Transição: Famílias Negras em Paraíba do Sul (1872 - 1920).TítuloFamília e Transição: Famílias Negras em Paraíba do Sul (1872 - 1920).Autor
Ana Maria Lugão RiosOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1990-06-11Nivel
MestradoPáginas
130Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoMaria Yedda Leite LinharesNancy Priscilla Smith Naro
ResumoNovos temas visitam atualmente o trabalho dos historiadores da escravidão, tais como as atividades autônomas dos escravos, a família e os grupos de convívios, as organizações, o cotidiano, a resistência etc. Percebe-se que a preocupação que permeia o estudo de tais temas é a recuperação do escravo como personagem, sujeito da História. Através da pesquisa nos registros paroquial e civil e na matrícula de escravos constata-se, na área abrangida pelo estudo, que: apesar das dificuldades, as famílias escravas se formam e entendem seus laços a outras famílias de escravos; este movimento, no tempo, cria nas fazendas maiores e mais estáveis, uma configuração demográfica diferente daquela considerada ideal para a Plantation, através do compadrio, os escravos criam laços, aqui considerados como de parentescos fictícios, que unem as famílias entre si formando comunidades; após a abolição os libertos que permanecem como lavradores na região apresentam um quadro familiar bastante completo, onde a figura do pai e dos avós paternos e maternos é freqüente; o compadrio para os libertos muitas vezes demonstra a importância dos laços de uma experiência comum de transição para a liberdade; no pós-abolição, a continuidade da família e da comunidade de lavradores negros está intimamente relacionada às formas de acesso e à estabilidade na terra.
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1990-05 Terra e Povoamento na Implantação da Lavoura Cacaueira no Espírito Santo. Um Estudo de Caso: Linhares (1900 - 1930).TítuloTerra e Povoamento na Implantação da Lavoura Cacaueira no Espírito Santo. Um Estudo de Caso: Linhares (1900 - 1930).Autor
Maria Cilda Soares da CostaOrientador(a)
Sônia Bayão Rodrigues VianaData de Defesa
1990-05-21Nivel
MestradoPáginas
245Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Dos SantosCiro Flamarion Santana CardosoSônia Bayão Rodrigues Viana
ResumoO Município de Linhares, no Estado do Espírito Santo, encravado no Vale do Rio Doce, constituiu-se numa fronteira agrícola aberta à expansão de culturas e de homens, desde sua fundação, no século XIX. Entretanto, sua ocupação sistematizada intensificou-se somente nas três primeiras décadas do século atual. A vastidão de suas terras, congregando relevos e climas específicos, possibilitou a cultura do café em vastas áreas do seu território. Em virtude de condições ecológica favoráveis, o trecho do Baixo Rio Doce, principalmente na direção de Linhares para a foz, tornou-se reduto da cacauicultura. Esta dissertação pretende detectar os mecanismos de implantação da lavoura de cacau, neste recorte especial, no período de 1900-1930.
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1990-01 A Noção de Civilização na União dos Construtores do Império (A Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro: 1838 - 1850/60).TítuloA Noção de Civilização na União dos Construtores do Império (A Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro: 1838 - 1850/60).Autor
Heloisa Maria Bertol DominguesOrientador(a)
Afonso Carlos Marques Dos SantosData de Defesa
1990-01-25Nivel
MestradoPáginas
197Volumes
1Banca de DefesaAfonso Carlos Marques Dos SantosFrancisco José Calazans FalconLuiz de Castro Faria
ResumoO Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, criado em 1838, tinha como objetivo fazer a história do Brasil, para assentar as bases da nacionalidade, defende a autora. E a sua Revista funcionou como um veículo das idéias dos sócios da instituição, acrescenta. O discurso sobre índios, cuja incidência era forte na instituição, aparece sob a forma de um debate a respeito da construção da história em função do nacional. Este discurso constitui-se num sistema ideológico orientado - do ponto de vista simbólico - pela noção de civilização e - sob o aspecto não-simbólico - articulava-se à conjuntura vivida pelos agentes. A noção de civilização. esclarece a pesquisadora, nasceu da filosofia das Luzes e o valores que a formaram dividiram os autores quanto às questões da escravidão, do povoamento do interior, enfim, da manutenção da unidade interna e da autonomia do país frente aos demais Estados. Da necessidade de construir o Império sob uma ordem diferente surgiu a possibilidade de civilizar os índios, tornando-os parte da Nação. Tal possibilidade, conclui, alinharia os agentes do discurso em lados opostos: alguns pugnando pela representação do índio como símbolo nacional e outros rechaçando essa proposta.
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1990-01 Os Trabalhadores Gráficos do Rio de Janeiro: Luta e Organização (1926 - 1945).TítuloOs Trabalhadores Gráficos do Rio de Janeiro: Luta e Organização (1926 - 1945).Autor
Paulo Cesar Azevedo RibeiroOrientador(a)
Almir Chaiban El-karehData de Defesa
1990-01-18Nivel
MestradoPáginas
99Volumes
1Banca de DefesaAlmir Chaiban El-karehDaniel Aarão Reis FilhoEulália Maria Lahmeyer LoboLeandro Augusto Marques Coelho Konder
ResumoTem como objetivo a análise das organizações sindicais dos gráficos da cidade do Rio de Janeiro entre 1930 e 1945, quando suas estratégias de luta estão condicionadas pela reordenação jurídico-política do Estado brasileiro - que criava os instrumentos adequados de dominação para a acumulação capitalista industrial. Apresenta-se como contribuição para a compreensão das transformações dos movimento operário e sindical do período.
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1989-11 A Coluna Prestes.TítuloA Coluna Prestes.Autor
Anita Leocadia PrestesOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1989-11-29Nivel
DoutoradoPáginas
775Volumes
3Banca de DefesaCarlos Guilherme MottaCiro Flamarion Santana CardosoFrancisco IglésiasHamilton de Mattos MonteiroMaria Yedda Leite Linhares
ResumoFaz uma apreciação sucinta da crise da República Velha, desencadeada no primeiro pós-guerra, e mostra que o Tenentismo resultou dessa crise, representando, nas condições da década de vinte, a revolta possível contra o sistema político de dominação exercido pelos grupos aligárquicos comprometidos com a política do café com leite. Demonstra que o Tenentismo, não obstante sua feição militar, não foi um movimento militarista - ou seja, que visaria apenas objetivos da corporação militar -, mas adquiriu características de movimento político e social, de proporções nacionais, que empolgou amplos setores oligárquicos dissidentes, das camadas médicas urbanas e, inclusive, da classe operária das cidades, assim como da opinião pública, através da imprensa oposicionista, e do Conpresso Nacional. A pesquisa da Coluna Prestes permite caracterizá-la como o episódio culminante do Tenentismo, sendo que, devido às suas peculiaridades, transforma-se numa organização militar com características populares, o que a distinguiu essencialmente dos demais movimentos tenentistas. Revela-se ainda que a Coluna Prestes contribuiu decisivamente para abalar os alicerces da República Velha e para o estabelecimento de novas formas de dominação. Isto aconteceria em outubro de 1930, com a vitória da chamada Revolução de 30.