Dissertações e Teses
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2006-07 Teologia da Libertação: Revolução e reação interiorizadas na IgrejaTítuloTeologia da Libertação: Revolução e reação interiorizadas na IgrejaAutor
Sandro Ramon Ferreira da SilvaOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2006-07-31Nivel
MestradoPáginas
143Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzMarcelo Bittencourt Ivair PintoMarcelo da Silva Timotheo da CostaMaria Paula Nascimento Araújo
ResumoEsta dissertação aborda as transformações sofridas pela Igreja Católica Romana ao longo do século XX e, principalmente na sua segunda metade, quando vários setores do clero na América Latina passaram a identificar-se com as causas das esquerdas do continente e com a questão do homem pobre. Dessa metamorfose, brotou o ideal de libertação das classes empobrecidas e das nações latino-americanas. Desenvolveram uma nova reflexão teológica voltada para os anseios e necessidades desse homem e dessa sociedade: a Teologia da Libertação. Tal reflexão, nascida a partir de uma nova práxis do clero, dialogava com as novas concepções políticas, cada vez mais radicalizantes, que surgiam no continente, animadas pelo mito da revolução e pelo mito do foco, após a vitória de Fidel Castro, em 1959. E também com a elaboração da teoria da Dependência, que pressupunha a ruptura com os grandes centros financeiros do mundo capitalista como a única forma de libertar a América Latina da condição de opressão na qual se encontrava. Dialogava ainda, com os novos posicionamentos da Santa Sé, a partir dos documentos do Concílio Vaticano II, mas, sobretudo, das encíclicas de João XXIII e Paulo VI, Pacem in Terris e Populorum Progressio, respectivamente. As novas posições geraram muitos conflitos e impasses, tanto no interior da Igreja Católica quanto nas sociedades latino-americanas, tornando-se a Teologia da Libertação (TL) objeto de muitos ataques, mas também, de muitas disputas. No Brasil, assumiu função ideológica hegemônica na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e foi fundamental na constituição das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), dentro do processo de transição política que o país vivia, saindo do regime civil-militar e retornando ao Estado de Direito. Na América Central e na Nicarágua, principalmente, assumiu um caráter mais explosivo e tornou-se parte integrante dos novos valores simbólicos, assumidos pela Frente Sandinista de Libertação Nacional, durante o processo revolucionário do país. Após 1984, foi ostensivamente combatida pela Santa Sé e pelas novas políticas do papa João Paulo II, para a Igreja latino-americana.
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2006-07 A arte no coletivo de cultura do movimento dos trabalhadores sem terra (1996 - 2006 )TítuloA arte no coletivo de cultura do movimento dos trabalhadores sem terra (1996 - 2006 )Autor
Tania MittelmanOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2006-07-28Nivel
MestradoPáginas
166Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralClaudio Roberto Marques GurgelHiran RoedelVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA dissertação objetivou identificar as concepções de arte e cultura presentes no Coletivo Nacional de Cultura do MST. Além disso, analisou os usos dos diferentes recursos artísticos estruturados pelo coletivo, destacando-se a produção musical, as artes plásticas e a dramaturgia no interior do movimento.
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2006-07 NOTÍCIAS DA BAHIA: A repercussão da revolta dos malês na Corte Imperial do Rio de Janeiro na primeira metade do século XIXTítuloNOTÍCIAS DA BAHIA: A repercussão da revolta dos malês na Corte Imperial do Rio de Janeiro na primeira metade do século XIXAutor
Tatiane Silva TerezaOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2006-07-28Nivel
MestradoPáginas
149Volumes
1Banca de DefesaFlávio Dos Santos GomesHumberto Fernandes MachadoMárcia de Almeida GonçalvesMariza de Carvalho SoaresMartha Campos Abreu
ResumoEstudo da repercussão nos jornais fluminenses das notícias do Levante dos Malês - revolta de africanos, que professavam o Islã como religião, ocorrida em Salvador, em 1835 - e do debate estabelecido na imprensa acerca das cobranças feitas às autoridades de medidas repressivas sobre os africanos, escravos e libertos, que viviam na cidade do Rio de Janeiro, em face do clima de insegurança provocado por boatos de haitianismo - ou seja, o medo de uma insurreição nos moldes da ocorrida em São Domingos, Haiti, quando senhores brancos foram mortos por seus escravos - e de possíveis revoltas escravas nas mesmas proporções da ocorrida na Bahia, resultando na intensificação do controle aos africanos, como também, aos seus descendentes.
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2006-07 REVOLTAS DO QUEBRA-QUILOS: Levantes populares contra o Sistema Métrico DecimalTítuloREVOLTAS DO QUEBRA-QUILOS: Levantes populares contra o Sistema Métrico DecimalAutor
Viviane de Oliveira LimaOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2006-07-27Nivel
MestradoPáginas
142Volumes
1Banca de DefesaGizlene NederHumberto Fernandes MachadoMárcia de Almeida GonçalvesRicardo Henrique SallesThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEsta pesquisa consiste no estudo das Revoltas do Quebra-Quilos, que ocorreram nos anos de 1874 e 1875, nas províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas, em reação à medida do Governo Imperial de adotar o sistema métrico francês, substituindo o antigo sistema de pesos e medidas no Brasil. A lei foi implantada no ano de 1862 e estabelecia um prazo de dez anos para que fosse gradativamente substituída e a população conscientizada de sua necessidade. No entanto, isto não foi feito e em 1872 o novo sistema entrou em vigor. Os governantes fundamentavam-se num discurso, de que estas mudanças viriam para modernizar, ordenar e civilizar o país, para assim serem bem vistos internacionalmente. Porém, os homens livres e pobres não compartilhavam desta idéia e desconfiados das mudanças impostas pelo governo, se revoltaram. Este trabalho buscará mostrar que as revoltas aconteceram, principalmente, por causa da insatisifação popular com a mudança do sistema de pesos e medidas, já que o antigo sistema encontrava-se bastante enraizado em seus costumes, hábitos e tradições. O comércio, as relações pessoais, e o cotidiano dos homens livres e pobres, possuíam uma ordem própria e, dessa forma, eles resistiram a idéia de ordenar um espaço, que no entender deles já estava ordenado. A imposição do sistema métrico francês representava a interferência direta do Governo na vida dos brasileiros. Iniciou-se então o movimento, onde os atos mais expressivos eram a quebra dos novos instrumentos de mediação, o que lhes rendeu o nome Quebra-Quilos.
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2006-07 OS FINS E SEUS MEIOS: DIPLOMACIA E PROPAGANDA NAZISTA NO BRASIL (1938-1942)TítuloOS FINS E SEUS MEIOS: DIPLOMACIA E PROPAGANDA NAZISTA NO BRASIL (1938-1942)Autor
Igor Silva GakOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2006-07-27Nivel
MestradoPáginas
131Volumes
1Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposDenise Rollemberg CruzJorge Luiz FerreiraLuis Edmundo de Souza MoraesMarly Silva da Motta
ResumoA presente dissertação estuda a propaganda nazista no Brasil entre 1938 e 1942. Nesse período o governo Vargas proibira qualquer tipo de difusão ideológica estrangeira em território brasileiro. Os diplomatas alemães, então, investiram na publicação de textos propagandísticos em português como alternativa para a propagação da ideologia nazista e como estratégia para buscar afastar o Brasil do aliados ocidentais depois do início do conflito na Europa. A metodologia consiste na análise dos textos publicados por Vicente Paz Fontenla em seus livros e no Boletim Mercantil de estudos político-econômicos documentados, e por Wladimir Bernardes na Gazeta de Notícias, um dos principais jornais do Rio de Janeiro no período. Além disso, buscou-se identificar uma possível relação entre a publicação desses textos e a orientação da pol´tica externa alemã do período.
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2006-07 A fiação de um Bairro: A fábrica Bangu e o seu Projeto Social (1930 a 1945 )TítuloA fiação de um Bairro: A fábrica Bangu e o seu Projeto Social (1930 a 1945 )Autor
Luciana da Cunha OliveiraOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2006-07-26Nivel
MestradoPáginas
135Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesFrancisco Carlos Palomanes MartinhoJorge Luiz FerreiraMarco Aurélio SantanaNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoEsta pesquisa analisa o papel da Companhia Progresso Industrial do Brasil conhecida como Fábrica Bangu, na urbanização e industrialização do bairro, mais especificamente o projeto industrial da companhia voltado para os benefícios sociais. Tomamos como ponto de referência o governo de Getúlio Vargas de 1930 a 1945 período que destaca o papel de maior interferência do Estado no campo social. Analisamos também a constituição da família banguense as memórias dos antigos moradores e operários buscando compreender como percebiam a fábrica e o bairro no contexto analisado.
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2006-07 SOB A LÓGICA DA DESCONFIANÇA: A POLÍCIA POLÍTICA E A CAMPANHA "O PETRÓLEO É NOSSO!" (1947-1953)TítuloSOB A LÓGICA DA DESCONFIANÇA: A POLÍCIA POLÍTICA E A CAMPANHA "O PETRÓLEO É NOSSO!" (1947-1953)Autor
Angelissa Tatyanne de Azevedo E SilvaOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2006-07-26Nivel
MestradoPáginas
159Volumes
1Banca de DefesaDenise Rollemberg CruzEliane Garcindo de SáJorge Luiz FerreiraMarly Silva da MottaRicardo Figueiredo de Castro
ResumoA dissertação de mestrado tem como objeto de estudo a atuação da Polícia Política no movimeto O petróleo é nosso que se evidenciou entre os anos de 947 e 1953. O tema envolve, portanto, o período de experiência democrática vislumbrado no Brasil a partir da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas. Neste contexto, busca-se tecer a rede de relações e de trocas materiais e simbólicas entre os diferentes agentes históricos da época. A tessitura desta rede evoca a caracterização de dois processos que se interligavam de formas diversas: a institucionalização e o acirramento das atividades da polícia política no Brasil e o advento do período democrático. Este é o eixo de reflexão da pesquisa, questão importante que me permite pensar como se constituía a idéia do que é impróprio e, portanto, passível de ser reprimido. A análise da atuação da Polícia Política demanda a preocupação com diferentes temas e conceitos que forjavam o caldo cultural da época. O nacional-estatismo, o ambiente de guerra-fria, o clima anti-comunista, o conceito de criminalidade política, a democracia brasileira do pós-guerra, o comunismo com doutrina política e ideológica, etc. A proposta é mostrar como o governo de regime democrático e um órgão policial agiram de modo a traçar a idéia do que é impróprio e, portanto, passível de ser reprimido politicamente. O conceito de criminalidade política aponta para um campo de forças peculiar. A Campanha do Petróleo servirá como chave de análise da atuação do órgão policial. Trata-se de um importante movimento civil, lugar privilegiado para se abordar os temas e conceitos aludidos anteriormente. Isto porque a campanha O petróleo é nosso se constituía a partir das premissas de soberania nacional e resguardo das reservas naturais ante a entrada dos inimigos externos, aproximando numa mesma bandeira política forças nacional-estatistas e comunistas. Neste processo os militares desempenharam um papel político relevante. A proposta de defesa e do monopólio estatal da exploração do petróleo era uma bandeira antiga de ala importante do meio militar.
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2006-07 O PAIZ E A GAZETA NACIONAL: Imprensa republicana e abolição . Rio de Janeiro, 1884-1888.TítuloO PAIZ E A GAZETA NACIONAL: Imprensa republicana e abolição . Rio de Janeiro, 1884-1888.Autor
Andréa Santos da Silva PessanhaOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2006-07-25Nivel
DoutoradoPáginas
211Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesEduardo SilvaHumberto Fernandes MachadoKeila GrinbergMarialva Carlos BarbosaMartha Campos AbreuRicardo Henrique Salles
ResumoO tema deste estudo é a relação entre república e abolição da escravatura, existente na imprensa republicana da cidade do Rio de Janeiro, entre 1884 e 1888. Os discursos sobre o fim do cativeiro e sobre o escravo veiculados nos jornais O Paiz e a Gazeta Nacional constituem o objeto específico. Pretendo compreender como os critérios de cidadania e de pertencimento à nação brasileira foram construídos, nestes jornais, a partir da articulação dos princípios do liberalismo e do etnocentrismo científico.
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2006-07 Cor, Identidade e Mobilidade Social: crioulos e africanos no Rio de Janeiro. (1870-1888)TítuloCor, Identidade e Mobilidade Social: crioulos e africanos no Rio de Janeiro. (1870-1888)Autor
Lucimar Felisberto Dos SantosOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2006-07-19Nivel
MestradoPáginas
129Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Lugão RiosHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMartha Campos AbreuSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoEste trabalho tem como objetivo investigar as estratégias de africanos e crioulos, no perímetro urbano do Rio de Janeiro, nas duas últimas décadas que antecederam a abolição da escravidão, tendo em vista seus projetos de ascensão social. A partir do resgate de algumas trajetórias de escravos, libertos e livres se pretende perceber os sentidos e os significados da mobilidade social, para este grupo em particular, e como a sociedade, em geral, teria influído de maneira positiva ou negativa neste projeto. Considerando a condição escrava de uma grande parcela deste grupo, será dada prioridade às estratégias pensadas para a conquista da alforria e as formas como elas se entrelaçavam às expectativas de uma sociedade que tentava se adaptar às mudanças socioeconômicas do período.
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2006-07 A Romanização no Egito: Direito e Religião (séculos I a. C. - III d. C.)TítuloA Romanização no Egito: Direito e Religião (séculos I a. C. - III d. C.)Autor
Luís Eduardo LobiancoOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
2006-07-19Nivel
DoutoradoPáginas
429Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoClaudia Beltrão da RosaEdgard Leite Ferreira NetoNorma Musco MendesSônia Regina Rebel de AraújoVânia Leite Fróes
ResumoO objetivo desta tese é identificar a intensidade do desenvolvimento do processo de romanização no Egito, desde a conquista de Otávio (30 a.C.) até a promulgação do Edito de Caracala (212 d.C.), observando como atuavam o direito e a religião vigentes naquela província romana, junto aos quatro segmentos étnicos que compunham o seu tecido social no período acima referido: egípcios, judeus, gregos e romanos. O estudo de tais atividades é efetuado a partir de fontes textuais e iconográficas. As primeiras mostram a engrenagem jurídico-legal de todas as etnias acima citadas, bem como as práticas da religião judaica. As segundas revelam as manifestações espirituais politeístas. No que tange ao direito de egípcios, gregos e romanos, opero textos contidos nas coleções B.G.U. e Papiros de Oxirrinco. Em relação ao direito judaico utilizo tanto fragmentos do tratado O Decálogo, de Filão de Alexandria, quanto trecho do texto homônimo, presente na Torah. No que concerne ao politeísmo de egípcios, gregos e romanos, lanço mão de fontes iconográficas funerárias e imagens em reversos de moedas cunhadas em Alexandria, ao tempo da dinastia Antonina. Por fim, volto a textos da Torah para ilustrar pontos centrais da religião judaica. A Análise de Conteúdo é a metodologia empregada para analisar todas as fontes primárias acima citadas. Esta tese constata que, embora o processo de romanização tenha se instalado em território egípcio durante o domínio romano no período acima citado, os direitos indígenas de gregos e egípcios mantiveram-se em atividade, simultaneamente com o romano. O direito romano não apenas regulava as atividades jurídico-legais dos cidadãos romanos, mas também estendia sua influência a todas as etnias nativas do Egito, anterior à conquista de Otávio. O Decálogo foi preservado e a interferência da cultura clássica nele ocorrida, foi a presença da filosofia grega, na exegese bíblica de Filão. No âmbito da religião, observa-se que tanto o judaísmo, quanto as práticas politeístas continuaram a ser praticados. A iconografia, embora híbrida, revelou significativa presença de elementos espirituais faraônicos e gregos, bem mais consistentes do que os romanos.
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2006-06 Quem Tem Padrinho Não Morre Pagão: As relações de compadrio e apadrinhamento de escravos numa Vila Colonial (Mariana, 1715-1750)TítuloQuem Tem Padrinho Não Morre Pagão: As relações de compadrio e apadrinhamento de escravos numa Vila Colonial (Mariana, 1715-1750)Autor
Moacir Rodrigo de Castro MaiaOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2006-06-30Nivel
MestradoPáginas
216Volumes
1Banca de DefesaLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMariza de Carvalho SoaresRenato Pinto VenâncioSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoEste estudo analisa as relações de compadrio e apadrinhamento de escravos adultos e inocentes estabelecidas no difundido ato do batismo cristão em Mariana, importante centro minerador da Capitania de Minas Gerais na primeira metade do século XVIII (1715-1750). A necessidade de criação de laços de parentesco em uma nova terra fez com que africanos utilizassem a celebração do batizado para reforçar as identidades étnicas. Com esse fim, analisou-se os laços de apadrinhamento estabelecidos entre cativos minas e mais especificamente, dos provenientes da Terra de Courá. E como esses escravos, chamados couranos, se reorganizaram no cativeiro, tendo como base suas heranças. Por outro lado, procurou-se entender as múltiplas relações sociais estabelecida no compadrio dos inocentes e como os arranjos das famílias escravas foram fundamentais no reforço dos vínculos entre os parentes espirituais. Por fim, ao analisar variados corpos documentais procurou-se investigar os significados desse laço parental para a população mineira e como os diferentes atores sociais recriaram os sentidos do compadrio e deles se utilizaram, muitas vezes, para proteger as relações familiares.
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2006-06 O Encilhamento e a Economia de Juiz de Fora: O Balanço de uma Conjuntura (1888-1898)TítuloO Encilhamento e a Economia de Juiz de Fora: O Balanço de uma Conjuntura (1888-1898)Autor
Marcus Antônio CroceOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2006-06-29Nivel
MestradoPáginas
306Volumes
1Banca de DefesaAnderson José PiresCarlos Gabriel GuimarãesCezar Teixeira HonoratoGeraldo de Beauclair Mendes de Oliveira
ResumoO trabalho presente, tem como finalidade demonstrar como a conjuntura do Encilhamento (política econômica inserida no final do período imperial e no início do período republicano) influenciou no cotidiano sócio-econômico da região da Zona da Mata do Estado de Minas Gerais, em especial na sua cidade pólo, Juiz de Fora. Vemos que o Encilhamento, foi uma política econômica elaborada para uma nova forma produtiva no país. O fim da forma de trabalho escravo, contribuiu na transformação de investimentos em ativos. Investimentos que antes eram efetivados em grande porcentagem em ativos imobilizados como terras, benfeitoria e escravos, começavam a ceder espaços para papéis como, títulos, ações e dívida pública. Tal transformação, possibilita um aumento significativo dos ramos de produção em Juiz de Fora, e uma grande diversificação setorial. Uma das formas de visualizarmos tais diversificações setoriais, e apontada com destaque nessa pesquisa, é a crescente abertura de sociedades anônimas que Juiz de Fora viveu naquele momento. As sociedades anônimas inauguradas, nos setores financeiro, energético, ensino, agrícola, industrial e comercial, delineavam a infra-estrutura urbana de Juiz de Fora. A cidade constituía então, uma estrutura urbana, compatível com as dos maiores centros do país, sendo uma das poucas a possuir um sistema próprio de transportes, eletricidade, financeiro e industrial. A contribuição dos setores diversos nesse período, mostram que, existiram movimentações especulativas no mercado de capitais local, porém, o movimento de produção alcançou uma magnitude muito superior. Apesar de presenciarmos na conjuntura do Encilhamento, especulação e solidez caminharem lado a lado, pudemos observar que a solidez em Juiz de Fora se sobressaiu sobre a especulação. O resultado do balanço da conjuntura do Encilhamento em Juiz de Fora, demonstra que estabelecimentos importantes, existentes no mercado de capitais da cidade até os dias atuais, se originaram no período analisado. Aponta também que, os investimentos realizados em Juiz de Fora, sobretudo por agentes locais, durante o Encilhamento, influenciaram de forma direta na evolução sócio-econômica atingida pelo município.
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2006-06 E saíram à luz as novas coleções de Polcas, modinhas, lundus, etc. - Música popular e impressão musical no Rio de Janeiro (1820-1920).TítuloE saíram à luz as novas coleções de Polcas, modinhas, lundus, etc. - Música popular e impressão musical no Rio de Janeiro (1820-1920).Autor
Mônica Neves LemeOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2006-06-29Nivel
DoutoradoPáginas
326Volumes
2Banca de DefesaAníbal Francisco Alves BragançaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesJosé Roberto ZanMarcia Ermelindo TabordaMartha Campos AbreuMartha Tupinambá de UlhôaNelson Schapochnik
ResumoNo Brasil, o processo de autonomização do campo da música teve início logo após a chegada ao Rio de Janeiro da corte portuguesa, pois esta passou a servir de pólo dinamizador para um potencial mercado cultural e, em particular, para o da música. Após a implantação da Impressão Régia em 1808, a edição musical não tardou a constituir um dos mais importantes instrumentos nessa direção. Assim, ao transformar a música, pela primeira vez no país, em bem de consumo, em mercadoria, o setor gerou, a partir de 1824, o embrião do que, mais tarde, veio a ser conhecido como indústria cultural. Tal desenvolvimento implicou no advento de novas técnicas de impressão em geral, como a litografia; na entrada de capitais financeiros e culturais provenientes do exterior: na criação de um ativo comércio de partituras e instrumentos musicais, por meio de numerosas empresas; no surgimento e consolidação de diferentes espaços de produção e consumo musicais, como teatros, clubes e festas privadas; na ampliação do número de professores e de instituições de instrução musical; e, não menos importante, em um intenso debate ideológico, conduzido por pensadores que pretendiam estabelecer os traços fundamentais, inclusive musicais, que definiam a identidade do Brasil-nação com que sonhavam. No entanto, como muitos desses participantes estavam organizamente envolvidos com o nascente mercado musical, este acabou por refletir aquele debate e a orientar-se por ele, o que levou à criação de segmentos, de nichos de mercado, em que se moldaram gostos e formatos musicais originais, como a polca-lundu e o maxixe. O resultado foi o aparecimento, num momento posterior, com o disco e o rádio, do que passou a ser reconhecido e consagrado como música popular.
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2006-06 Julia Lopes de Almeida: uma personalidade ambígua na virada do século XIX para o XXTítuloJulia Lopes de Almeida: uma personalidade ambígua na virada do século XIX para o XXAutor
Mirella de Abreu FontesOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2006-06-23Nivel
MestradoPáginas
132Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralElódia Carvalho de Formiga XavierRachel SoihetSuely Gomes Costa
ResumoO objetivo deste trabalho consiste em enveredar na análise de parte da obra de Júlia Lopes de Almeida, uma escritora brasileira do século XIX, tomando-a como testemunho histórico e buscando detectar reflexões e condutas de seus personagens que denotem mudanças paulatinas e evidenciem avanços na consciência de gênero, além de tentar explicitar o posicionamento de Júlia Lopes de Almeida frente às questões da Maternidade, Educação e Trabalho Feminino, onde se mostra ambígua, ora avançando, ora recuando.A metodologia que empregarei nesse estudo será a de buscar nos diferentes textos (artigos, entrevistas, contos, crônicas e principalmente romances) da autora em questão, depoimentos que me possibilitem detectar reflexões, condutas de personagens que denotem alguma mudança e que evidenciem avanços na consciência de gênero por parte da autora, sujeito e intérprete do processo histórico de seu tempo.Júlia Lopes de Almeida ter-se-ia mantido ambígua, para garantir sua aceitação social, enquanto mulher participante do cenário público, visando preservar sua posição de prestígio na sociedade. Temia perder o acesso e o respeito conquistados no meio literário masculino, reservado a poucas mulheres e, para além disso, buscava manter-se bem aceita pelo público leitor, o que lhe garantiria um bom retorno em termos de reconhecimento, inclusive financeiro.
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2006-06 O grito pela terra: religiosos católicos e subalternos rurais na amazônia legal, na década de 1970TítuloO grito pela terra: religiosos católicos e subalternos rurais na amazônia legal, na década de 1970Autor
Maria Margarida Crespo CardosoOrientador(a)
Fernando Antonio FariaData de Defesa
2006-06-23Nivel
MestradoPáginas
130Volumes
1Banca de DefesaFernando Antonio FariaLeonilde Sérvolo MedeirosMárcia Maria Menendes MottaRicardo Emmanuel Ismael de CarvalhoThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEsse trabalho está fundamentado, sobretudo, na análise de textos produzidos pela hierarquia da Igreja Católica romana, além de outros redigidos pelo CELAM (Conselho do Episcopado Latino-americano) e pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), como também nas fontes secundárias pertinentes à participação da Igreja na luta pela terra, no Brasil. Nessas fontes foram observados os posicionamentos ideológicos e políticos da Instituição, ao mesmo tempo em que foram aparecendo conexões entre as demandas da Igreja no plano mundial com o posicionamento do clero brasileiro, repercutindo sobre o comportamento do mesmo frente às opções políticas governamentais para o campo, sobretudo, na década de 1970. Ficou constatado que a Igreja, enquanto instituição, estava dividida em frações políticas, diferentes e opostas, e no entanto, as resoluções oriundas de qualquer das frações originaram-se de demandas da hierarquia romana. Prova está que embora os progressistas do clero latino-americano, particularmente o clero brasileiro, possam ter ido para além das orientações vindas do Vaticano, foi, entretanto, atendendo aos indicativos de Roma que eles foram incentivados a levar à prática a opção preferencial pelos pobres. Essa Dissertação de Mestrado orientou-se no sentido de buscar elementos para a confirmação da hipótese de que não sendo a Igreja um bloco monolítico de idéias, foi a ação do clero brasileiro denominado progressista, que resultou em uma teologia da práxis denominada Teologia da Libertação. Esta experiência eclesial ocorrida no mundo rural, na região da Amazônia Legal, na década de 1970, representou um marco histórico de curta duração relativa à participação da Igreja junto ao movimento social rural, embora tenha dado destaque à Instituição frente a um dos problemas do Brasil de longa duração: a permanência do latifúndio como gerador da questão agrária.
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2006-06 A Remissão do Cativeiro Alforrias e Liberdades nos Campos dos Goitacases,c. 1750 - c. 1830.TítuloA Remissão do Cativeiro Alforrias e Liberdades nos Campos dos Goitacases,c. 1750 - c. 1830.Autor
Márcio de Sousa SoaresOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2006-06-12Nivel
DoutoradoPáginas
417Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Lugão RiosHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJosé Roberto Pinto de GóesMariza de Carvalho SoaresMartha Campos AbreuSheila Siqueira de Castro FariaSilvia Hunold Lara
ResumoEsta tese analisa a prática da alforria e as formas de re-inserção social dos libertos e de seus descendentes na região dos Campos dos Goitacases, entre 1750 e 130, período em que se verificou a montagem e expansão da atividade açucareira voltada para a exportação. Argumento que a prática da alforria exercia um papel estrutural para a manutenção da ordem escravista, ao considerar que – como um fenômeno de longa duração – a escravidão produzia e reiterava procedimentos socialmente determinados que visavam amortecer os conflitos inerentes à relação senhor-escravo. Deste modo, o tráfico atlântico (responsável pela introdução contínua de estrangeiros desenraizados), a escravidão (produto da socialização que transformava o cativo num escravo cujo objetivo final era fazer com que o mesmo reconhecesse a autoridade do senhor) e o horizonte da alforria devem ser entendidos como partes de um processo que produzia e reproduzia a ordem escravista.
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2006-06 Doença de Chagas, Doença do Brasil: Ciência, Saúde e Nação (1909-1962)TítuloDoença de Chagas, Doença do Brasil: Ciência, Saúde e Nação (1909-1962)Autor
Simone Petraglia KropfOrientador(a)
André Luiz Vieira de CamposData de Defesa
2006-06-02Nivel
DoutoradoPáginas
533Volumes
2Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposAngela Maria de Castro GomesJaime Larry BenchimolMagali Gouveia EngelNísia Verônica Trindade LimaRonald José RaminelliSilvia Fernanda de Mendonça Figueirôa
ResumoO objetivo deste estudo é analisar o processo pelo qual a doença de Chagas ou tripanossomíase americana foi estabelecida e reconhecida como um fato científico e uma questão de saúde pública no Brasil. A doença foi descoberta em 1909, em Minas Gerais, por Carlos Chagas, médico e pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Para isso, focalizamos dois momentos deste processo, no qual a definição da nova doença tropical como entidade nosológica específica deu-se de modo indissociado de sua caracterização como fato social, a representar uma dada visão da ciência e da sociedade brasileiras. Numa primeira fase, abordamos as pesquisas realizadas por Chagas e seus colaboradores, no IOC, desde 1909 até o seu falecimento, em 1934. Desde 1910, os enunciados sobre o quadro clínico e a importância médico-social da nova enfermidade ensejaram o debate sobre as condições do atraso das regiões do interior do país, a relação entre endemias rurais e identidade nacional e o papel social da ciência. Tal debate culminaria no chamado movimento pelo saneamento dos sertões, entre 1916 e 1920. Ao mesmo tempo, tais enunciados foram objeto de críticas, formuladas inicialmente na Argentina, entre 1914 e 1916, e aprofundadas no campo médico brasileiro, entre 1919 e 1923. Estes questionamentos marcaram de modo decisivo o encaminhamento dos estudos sobre a doença. Um segundo momento analisado diz respeito às pesquisas realizadas, após 1934, por dois discípulos de Carlos Chagas em Manguinhos: Evandro Chagas, seu filho mais velho e criador do Serviço de Estudo das Grandes Endemias (SEGE), e, principalmente, Emmanuel Dias, que dirigiu o Centro de Estudos e Profilaxia da Moléstia de Chagas (CEPMC), posto do IOC na cidade de Bambuí, Minas Gerais, desde sua criação, em 1943, até seu falecimento em 1962. Nesta fase, foi produzido um novo enquadramento para a fisionomia clínica da doença e estabeleceram-se os meios técnicos para a sua profilaxia, mediante aplicação de inseticidas. Tal processo transcorreu sob as condições históricas específicas da sociedade brasileira pós-1930 e sob os significados particulares conferidos à relação entre saúde e desenvolvimento nos cenários internacional e nacional, especialmente a partir da II Guerra Mundial. Mediante uma intensa mobilização dos cientistas para difundir os conhecimentos sobre a doença e conquistar o interesse de distintos grupos sociais para o tema, foram estabelecidos os meios para seu reconhecimento público e institucionalização como objeto científico e tema inscrito nas políticas sanitárias do Estado brasileiro.
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2006-06 Jurisdições: Imaginário e Sentimento Jurídico no Brasil Barroco.TítuloJurisdições: Imaginário e Sentimento Jurídico no Brasil Barroco.Autor
Ana Patrícia Thedin CorrêaOrientador(a)
Gizlene NederData de Defesa
2006-06-02Nivel
DoutoradoPáginas
313Volumes
1Banca de DefesaAirton Lisle Cerqueira Leite SeelaenderGisálio Cerqueira FilhoGizlene NederGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesMárcia Barros Ferreira RodriguesNilo BatistaSamuel Barbosa
ResumoO trabalho aqui exposto é uma tese sobre as idéias de Direito no Brasil no período anterior às mudanças implementadas pelo Marquês de Pombal. A pesquisa funda-se, em primeiro plano, na tese de que a idéia de vigência quase hegemônica do Direito ordena e de supremacia das Ordenações do Reino, muito comum nos manuais destinados aos cursos de graduação em Direito no Brasil, teria sido construída segundo o paradigma do monopólio estatal da produção do direito que, no entanto, não seria válido para o período anterior às reformas ocorridas na segunda metade do século XVIII. De fato, verificou-se ao longo da pesquisa que a racionalidade jurídica do período pesquisado comportava uma certa diversidade de centros geradores de normas jurídicas, especialmente de mati canônico, uma vez que ainda não havia sido naturaliada a idéia de que ao Estado - e somente ao Estado - cabia a produção de normas jurídicas válidas.
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2006-05 Os estudantes naturais do Brasil e a Universidade de Coimbra após a Reforma dos Estatutos Universitários de 1772TítuloOs estudantes naturais do Brasil e a Universidade de Coimbra após a Reforma dos Estatutos Universitários de 1772Autor
Rafael Rodrigues Dias AlvesOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2006-05-26Nivel
MestradoPáginas
150Volumes
1Banca de DefesaAnita Correia Lima de AlmeidaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLuciano Raposo de Almeida FigueiredoWilliam de Souza Martins
ResumoO presente trabalho não pode deixar de parti das relações existentes entre Estado e Sociedade na América Portuguesa durante o período da atuação de Sebastião José de Carvalho e Mello, o Marquês de Pombal (1750-1777). No entanto, graças a um longo e minucioso levantamento referente aos alunos da Universidade de Coimbra naturais do Brasil, realizado por Francisco Morais, ele quer ressaltar, sobretudo, dois aspectos. Quanto ao primeiro, de caráter histórico, a dissertação busca analisar a pouco notada problemática de uma significativa diminuição do número de estudantes naturais do Brasil inscritos na Universidade de Coimbra após a reforma de 1772. Quanto ao segundo, de caráter historiográfico, ela pretende salientar a limitação de uma abordagem tradicional, que tende a tratar o período pombalino e a reforma da instrução pública a que deu origem como uma simples passagem do caos existente ao cosmos futuro. Com essas duas preocupações em mente, este trabalho procurou perceber, de um lado, a manifestação de interesses educacionais que a longa tradição do ensino jesuítico enraizara na América Portuguesa; e, do outro, examinar novamente a Ilustração simplista e indiscutível atribuída ao poderoso Marquês.
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2006-05 A Guerra Ilustrada: caricaturas em combate no Segundo ReinadoTítuloA Guerra Ilustrada: caricaturas em combate no Segundo ReinadoAutor
Michelle Silva de OliveiraOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2006-05-19Nivel
MestradoPáginas
198Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusLúcia Maria Paschoal GuimarãesMarco MorelPaulo Knauss de MendonçaValéria Salgueiro de Souza
ResumoA Guerra Ilustrada: caricaturas em combate no Segundo Reinado aborda a Guerra do Paraguai (1864 - 1870) por meio das caricaturas produidas pela considerada imprensa ilustrada fluminense do século XIX. A Guerra do Paraguai pode ser considerada como o momento histórico no qual a idéia de nação brasileira é posta em destaque. A população do Império do Brasil foi estimulada a aderir ao combate por um meio cultural de intensa produção, em que a imprensa fluminense deteve peculiar participação. Entre o Paraguai e a Corte, a guerra foi divulgada ao sabor dos navios e dos correspondentes ligados aos periódicos fluminenses, ilustrados e não-ilustrados. Destarte, o jornalismo ilustrado é responsável pelo reconhecimento da caricatura como elemento de crítica social e política. Buscou-se conhecer os aspectos relacionados à produção das caricaturas e a maneira como utiliavam temas comuns para noticiar o conflito. Tal reconhecimento levou à verificação de núcleos diferenciados de produção de imagens, assim como à identificação da idéia de nação proposta pelas caricaturas da impresna ilustrada fluminense. Por conseguinte, a análise das caricaturas da Guerra do Paraguai relacionadas aos combates, aos combatentes, ao índio que corporificou a nação brasileira e ao inimigo do Império, Solano López, permitiu verficar propostas de nação distintas. Dessa forma, a imprensa ilustrada, produtora de imagens da Guerra, demonstrou seu posicionamento político e os símbolos que eram tidos e exaltados como nacionais no século XIX.
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2006-05 Confrades do Rosário: sociabilidade e identidade étnica em Mariana Minas Gerais (1745-1820)TítuloConfrades do Rosário: sociabilidade e identidade étnica em Mariana Minas Gerais (1745-1820)Autor
Fernanda Aparecida Domingos PinheiroOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2006-05-16Nivel
MestradoPáginas
206Volumes
1Banca de DefesaJoseph C. MillerMarcelo Bittencourt Ivair PintoMariza de Carvalho SoaresSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoEste trabalho visa compreender a organização social de um grupo encontrado em um núcleo urbano das Minas setecentistas e reunido no interior de uma associaão fraternal, onde seus representantes destacaram igual procedência, a chamada Terra de Courá. De fato, tais personagens foram apreendidos através da análise do perfil dos confrades e da composição hierárquica da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos pretos de Mariana. A fundação e a estruturação dessa confraria também foi enfatizada, sendo assim detalhado o demorado processo de construção dessa confraria e ornamentação de sua imponente Capela, iniciado em 1752 e concluído em 1826. Desse modo, o alcance do objeto privilegiado é resultante de um ajustado desvio de enfoque. Da investigação de uma instituição religiosa criada por africanos passa-se ao estudo minucioso das vivências de alguns de seus membros - os couranos. Entre estes, destacaram-se exímios oficiais e integrantes da corte festiva do Rosário.
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2006-05 Judeus novos no Brasil Holandês (1636 -1654)TítuloJudeus novos no Brasil Holandês (1636 -1654)Autor
Frank Dos Santos RamosOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2006-05-08Nivel
MestradoPáginas
181Volumes
1Banca de DefesaAngelo Adriano Faria de AssisJuliana Beatriz Almeida de SouzaRogério de Oliveira RibasRonaldo Vainfas
ResumoEste trabalho pretende fazer um panorama da sociedade colonial brasileira a partir da fundação da Kahal Kadosh Zur Israel, em 1636, a primeira comunidade judaica legal das Américas, organizada a partir da chegada de judeus sefarditas no nordeste brasílico durante a segunda Invasão Holandesa, 1630-1654. Isso abriria um precedente político-social na Nova Lusitânia, posto que seria instituída, com o respaldo legal das autoridades holandesas — e em contraponto com as demais regiões da América lusitana —, uma tolerância religiosa em grau nunca antes presenciado. Embora tivesse curta duração, seus efeitos se fizeram sentir longamente, contribuindo decisivamente para a manutenção, lembrança e divulgação das tradições judaicas no Brasil vivenciadas até os dias atuais. Esses sefarditas são descentes de famílias judaicas em fuga do processo de conversão forçada ao cristianismo, movida por D. Manuel entre 1496-7, os quais fundariam importantes centros de conservação das antigas tradições, verdadeira comunidades livres, em grandes centros comerciais europeus, notadamente na cidade de Amsterdam, na Holanda. Esses mesmos judeus chegariam as terras brasílicas, durante o período de dominação holandesa no nordeste, principalmente Pernambuco, sede dessa comunidade, fazendo contraste com a situação anteriormente vivenciada pelos cristãos-novos, tão molestados pela Igreja Católica com suas visitações inquisitoriais, principalmente, durante a primeira, 1591-95. Esses conflitos religiosos seriam amainados apenas com a Invasão Holandesa, quando, então, vivenciar-se-ia uma certa liberdade de culto, provocando uma considerável convivência pacífica.
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2006-05 Os homens bons e a Câmara de Porto Alegre (1767-1808)TítuloOs homens bons e a Câmara de Porto Alegre (1767-1808)Autor
Adriano ComissoliOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2006-05-05Nivel
MestradoPáginas
192Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesJoão Luís Ribeiro FragosoMaria de Fátima Silva GouvêaMaria Fernanda Baptista Bicalho
ResumoO presente trabalho aborda a constituição e funcionamento da Câmara de Porto Alegre no século XVIII, destacando suas ação na administração local e na manifestação política da elite sul do Rio Grande de São Pedro. Procuramos compreender os motivos que motivaram a transferência da instituição da povoação de Viamão para Porto Alegre e se este fenômeno inaugura uma alteração nos quadros de sua elite local. Através de um estudo prosopográfico de seus oficiais buscamos conhecer as redes de poder que desenharam seu funcionamento, bem como os instrumentos de afirmação social utilizados por essa mesma elite. Paralelamente, exploramos o funcionamento da instituição a partir da ação do conselho. Por fim, abordamos as relações com diferentes esferas de poder (governo da capitania, ouvidoria da comarca), analisando a complexa articulação entre poderes local e central na constituição do império português.
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2006-04 A Roça y la Campaña: A questão agrária sob o Varguismo e o Peronismo em perspectiva comparadaTítuloA Roça y la Campaña: A questão agrária sob o Varguismo e o Peronismo em perspectiva comparadaAutor
Vanderlei Vazelesk RibeiroOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2006-04-28Nivel
DoutoradoPáginas
239Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesMárcia Maria Menendes MottaMaria Verónica Secreto FerrerasNoemí María Girbal-blachaRegina Angela Landim BrunoSonia Regina de MendonçaThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoNeste trabalho comparamos as propostas de inclusão dos trabalhadores rurais nos projetos de modernização conservadora, desenvolvidos pelos regimes varguista e peronista no Brasil e na Argentina. Analisamos estas propostas, a partir do esforço das burocracias estatais, no sentido de regular as relações trabalhistas no meio agrário, bem como a busca por facilitar aos trabalhadores o acesso a propriedade da terra. Por outro lado, avalia-se o diálogo que os setores proprietários estabeleceram com as propostas das burocracias estatais. Para tanto, refletimos sobre o discurso elaborado por dirigentes de entidades representativas destes setores, nos quais busca-se hora o confronto, hora a composição com as burocracias. Finalmente, discutimos como os trabalhadores rurais, dentro de suas possibilidades, buscaram apropriar-se dos discursos governamentais para alcançar seus objetivos, tais como o acesso à terra ou o entendimento de solicitações as mais variadas.
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2006-04 Imagens Vigiadas: uma história social do cinema no alvorecer da Guerra Fria, 1945-1954TítuloImagens Vigiadas: uma história social do cinema no alvorecer da Guerra Fria, 1945-1954Autor
Alexandre Busko ValimOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2006-04-28Nivel
DoutoradoPáginas
324Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusCiro Flamarion Santana CardosoDaniel Aarão Reis FilhoFlavio LimoncicFrancisco Carlos Teixeira da SilvaPaulo Knauss de MendonçaSidnei José Munhoz
ResumoEntre 1945 e 1954, diversas manifestações políticas, religiosas, econômicas e culturais foram fomentadas pela disseminação do anticomunismo na sociedade brasileira e estadunidense. A partir de uma concepção de História Social do Cinema, procuramos analisar o impacto social de filmes estadunidenses com mensagens anticomunistas exibidos no Brasil e, desse modo, contribuir para uma maior reflexão e entedimento da construção desse ideário em ambos os países. Os filmes produzidos em Hollywood com mensagens anticomunistas, e determinadas notícias em jornais e revistas formaram parte de um circuito comuncacional composto por maniefestações, folhetos, despachos diplomáticos, programas de rádio, palestras, dentre outros. O cirucuito emissão/mediiação/recepção desses produtos e o seu caráter transnacional, revela que apaixonadas defesas da necessidade de se conter e combater o Comunismo nem sempre foram motivadas por princípios éticos, morais ou religiosos, sobretudo ao observarmos atentamente um dos veículos que mais auxiliou na disseminação do anticomunismo, o Cinema. O modo como comunistas e anticomunistas foram representados nesses filmes, e como tais representações foram tratadas por jornais e revistas do período foram interpretadas em seu contexto de produção par se compreender como eles se relacionaram com as estruturas de dominação. Outrossim, investigamos as forças de resistência a essas representações, as posições ideológicas que propalaram nos debates e em lutas sociais do período. É frequente na historiografia que trata do anticomunismo no Brasil, a concepção de que o anticomunismo tenha sido menos intenso nas décadas de 1940 e 1950 do que nos anos que antecedem e sucedem esse período. No entanto, ao estudarmos a historicidade da prática anticomunista desvelamos um extenso e impetuoso esforço de diferentes atores sociais para se prevenir e combater o Comunismo. Tal quadro demonstra a dificuldade em se entender o anticomunismo do período sem um detido exame das ações do Estado, de organismos sociais e de indivíduos. Apesar de suas variantes, das diferenças de suas idéias e de suas práticas políticas, as suas infuências sociais, notadamente no Cinema, são visíveis.