Dissertações e Teses
  • 2006-07 Teologia da Libertação: Revolução e reação interiorizadas na Igreja
    Título
    Teologia da Libertação: Revolução e reação interiorizadas na Igreja
    Autor
    Sandro Ramon Ferreira da Silva
    Orientador(a)
    Denise Rollemberg Cruz
    Data de Defesa
    2006-07-31
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    143
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Daniel Aarão Reis Filho
    Denise Rollemberg Cruz
    Marcelo Bittencourt Ivair Pinto
    Marcelo da Silva Timotheo da Costa
    Maria Paula Nascimento Araújo

    Resumo
    Esta dissertação aborda as transformações sofridas pela Igreja Católica Romana ao longo do século XX e, principalmente na sua segunda metade, quando vários setores do clero na América Latina passaram a identificar-se com as causas das esquerdas do continente e com a questão do homem pobre. Dessa metamorfose, brotou o ideal de libertação das classes empobrecidas e das nações latino-americanas. Desenvolveram uma nova reflexão teológica voltada para os anseios e necessidades desse homem e dessa sociedade: a Teologia da Libertação. Tal reflexão, nascida a partir de uma nova práxis do clero, dialogava com as novas concepções políticas, cada vez mais radicalizantes, que surgiam no continente, animadas pelo mito da revolução e pelo mito do foco, após a vitória de Fidel Castro, em 1959. E também com a elaboração da teoria da Dependência, que pressupunha a ruptura com os grandes centros financeiros do mundo capitalista como a única forma de libertar a América Latina da condição de opressão na qual se encontrava. Dialogava ainda, com os novos posicionamentos da Santa Sé, a partir dos documentos do Concílio Vaticano II, mas, sobretudo, das encíclicas de João XXIII e Paulo VI, Pacem in Terris e Populorum Progressio, respectivamente. As novas posições geraram muitos conflitos e impasses, tanto no interior da Igreja Católica quanto nas sociedades latino-americanas, tornando-se a Teologia da Libertação (TL) objeto de muitos ataques, mas também, de muitas disputas. No Brasil, assumiu função ideológica hegemônica na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e foi fundamental na constituição das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), dentro do processo de transição política que o país vivia, saindo do regime civil-militar e retornando ao Estado de Direito. Na América Central e na Nicarágua, principalmente, assumiu um caráter mais explosivo e tornou-se parte integrante dos novos valores simbólicos, assumidos pela Frente Sandinista de Libertação Nacional, durante o processo revolucionário do país. Após 1984, foi ostensivamente combatida pela Santa Sé e pelas novas políticas do papa João Paulo II, para a Igreja latino-americana.


  • 2006-07 A arte no coletivo de cultura do movimento dos trabalhadores sem terra (1996 - 2006 )
    Título
    A arte no coletivo de cultura do movimento dos trabalhadores sem terra (1996 - 2006 )
    Autor
    Tania Mittelman
    Orientador(a)
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Data de Defesa
    2006-07-28
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    166
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Claudio Roberto Marques Gurgel
    Hiran Roedel
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    A dissertação objetivou identificar as concepções de arte e cultura presentes no Coletivo Nacional de Cultura do MST. Além disso, analisou os usos dos diferentes recursos artísticos estruturados pelo coletivo, destacando-se a produção musical, as artes plásticas e a dramaturgia no interior do movimento.
  • 2006-07 NOTÍCIAS DA BAHIA: A repercussão da revolta dos malês na Corte Imperial do Rio de Janeiro na primeira metade do século XIX
    Título
    NOTÍCIAS DA BAHIA: A repercussão da revolta dos malês na Corte Imperial do Rio de Janeiro na primeira metade do século XIX
    Autor
    Tatiane Silva Tereza
    Orientador(a)
    Humberto Fernandes Machado
    Data de Defesa
    2006-07-28
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    149
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Flávio Dos Santos Gomes
    Humberto Fernandes Machado
    Márcia de Almeida Gonçalves
    Mariza de Carvalho Soares
    Martha Campos Abreu

    Resumo
    Estudo da repercussão nos jornais fluminenses das notícias do Levante dos Malês - revolta de africanos, que professavam o Islã como religião, ocorrida em Salvador, em 1835 - e do debate estabelecido na imprensa acerca das cobranças feitas às autoridades de medidas repressivas sobre os africanos, escravos e libertos, que viviam na cidade do Rio de Janeiro, em face do clima de insegurança provocado por boatos de haitianismo - ou seja, o medo de uma insurreição nos moldes da ocorrida em São Domingos, Haiti, quando senhores brancos foram mortos por seus escravos - e de possíveis revoltas escravas nas mesmas proporções da ocorrida na Bahia, resultando na intensificação do controle aos africanos, como também, aos seus descendentes.
  • 2006-07 REVOLTAS DO QUEBRA-QUILOS: Levantes populares contra o Sistema Métrico Decimal
    Título
    REVOLTAS DO QUEBRA-QUILOS: Levantes populares contra o Sistema Métrico Decimal
    Autor
    Viviane de Oliveira Lima
    Orientador(a)
    Humberto Fernandes Machado
    Data de Defesa
    2006-07-27
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    142
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Gizlene Neder
    Humberto Fernandes Machado
    Márcia de Almeida Gonçalves
    Ricardo Henrique Salles
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    Esta pesquisa consiste no estudo das Revoltas do Quebra-Quilos, que ocorreram nos anos de 1874 e 1875, nas províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas, em reação à medida do Governo Imperial de adotar o sistema métrico francês, substituindo o antigo sistema de pesos e medidas no Brasil. A lei foi implantada no ano de 1862 e estabelecia um prazo de dez anos para que fosse gradativamente substituída e a população conscientizada de sua necessidade. No entanto, isto não foi feito e em 1872 o novo sistema entrou em vigor. Os governantes fundamentavam-se num discurso, de que estas mudanças viriam para modernizar, ordenar e civilizar o país, para assim serem bem vistos internacionalmente. Porém, os homens livres e pobres não compartilhavam desta idéia e desconfiados das mudanças impostas pelo governo, se revoltaram. Este trabalho buscará mostrar que as revoltas aconteceram, principalmente, por causa da insatisifação popular com a mudança do sistema de pesos e medidas, já que o antigo sistema encontrava-se bastante enraizado em seus costumes, hábitos e tradições. O comércio, as relações pessoais, e o cotidiano dos homens livres e pobres, possuíam uma ordem própria e, dessa forma, eles resistiram a idéia de ordenar um espaço, que no entender deles já estava ordenado. A imposição do sistema métrico francês representava a interferência direta do Governo na vida dos brasileiros. Iniciou-se então o movimento, onde os atos mais expressivos eram a quebra dos novos instrumentos de mediação, o que lhes rendeu o nome Quebra-Quilos.
  • 2006-07 OS FINS E SEUS MEIOS: DIPLOMACIA E PROPAGANDA NAZISTA NO BRASIL (1938-1942)
    Título
    OS FINS E SEUS MEIOS: DIPLOMACIA E PROPAGANDA NAZISTA NO BRASIL (1938-1942)
    Autor
    Igor Silva Gak
    Orientador(a)
    Jorge Luiz Ferreira
    Data de Defesa
    2006-07-27
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    131
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    André Luiz Vieira de Campos
    Denise Rollemberg Cruz
    Jorge Luiz Ferreira
    Luis Edmundo de Souza Moraes
    Marly Silva da Motta

    Resumo
    A presente dissertação estuda a propaganda nazista no Brasil entre 1938 e 1942. Nesse período o governo Vargas proibira qualquer tipo de difusão ideológica estrangeira em território brasileiro. Os diplomatas alemães, então, investiram na publicação de textos propagandísticos em português como alternativa para a propagação da ideologia nazista e como estratégia para buscar afastar o Brasil do aliados ocidentais depois do início do conflito na Europa. A metodologia consiste na análise dos textos publicados por Vicente Paz Fontenla em seus livros e no Boletim Mercantil de estudos político-econômicos documentados, e por Wladimir Bernardes na Gazeta de Notícias, um dos principais jornais do Rio de Janeiro no período. Além disso, buscou-se identificar uma possível relação entre a publicação desses textos e a orientação da pol´tica externa alemã do período.
  • 2006-07 A fiação de um Bairro: A fábrica Bangu e o seu Projeto Social (1930 a 1945 )
    Título
    A fiação de um Bairro: A fábrica Bangu e o seu Projeto Social (1930 a 1945 )
    Autor
    Luciana da Cunha Oliveira
    Orientador(a)
    Jorge Luiz Ferreira
    Data de Defesa
    2006-07-26
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    135
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Francisco Carlos Palomanes Martinho
    Jorge Luiz Ferreira
    Marco Aurélio Santana
    Norberto Osvaldo Ferreras

    Resumo
    Esta pesquisa analisa o papel da Companhia Progresso Industrial do Brasil conhecida como Fábrica Bangu, na urbanização e industrialização do bairro, mais especificamente o projeto industrial da companhia voltado para os benefícios sociais. Tomamos como ponto de referência o governo de Getúlio Vargas de 1930 a 1945 período que destaca o papel de maior interferência do Estado no campo social. Analisamos também a constituição da família banguense as memórias dos antigos moradores e operários buscando compreender como percebiam a fábrica e o bairro no contexto analisado.
  • 2006-07 SOB A LÓGICA DA DESCONFIANÇA: A POLÍCIA POLÍTICA E A CAMPANHA "O PETRÓLEO É NOSSO!" (1947-1953)
    Título
    SOB A LÓGICA DA DESCONFIANÇA: A POLÍCIA POLÍTICA E A CAMPANHA "O PETRÓLEO É NOSSO!" (1947-1953)
    Autor
    Angelissa Tatyanne de Azevedo E Silva
    Orientador(a)
    Jorge Luiz Ferreira
    Data de Defesa
    2006-07-26
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    159
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Denise Rollemberg Cruz
    Eliane Garcindo de Sá
    Jorge Luiz Ferreira
    Marly Silva da Motta
    Ricardo Figueiredo de Castro

    Resumo
    A dissertação de mestrado tem como objeto de estudo a atuação da Polícia Política no movimeto O petróleo é nosso que se evidenciou entre os anos de 947 e 1953. O tema envolve, portanto, o período de experiência democrática vislumbrado no Brasil a partir da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas. Neste contexto, busca-se tecer a rede de relações e de trocas materiais e simbólicas entre os diferentes agentes históricos da época. A tessitura desta rede evoca a caracterização de dois processos que se interligavam de formas diversas: a institucionalização e o acirramento das atividades da polícia política no Brasil e o advento do período democrático. Este é o eixo de reflexão da pesquisa, questão importante que me permite pensar como se constituía a idéia do que é impróprio e, portanto, passível de ser reprimido. A análise da atuação da Polícia Política demanda a preocupação com diferentes temas e conceitos que forjavam o caldo cultural da época. O nacional-estatismo, o ambiente de guerra-fria, o clima anti-comunista, o conceito de criminalidade política, a democracia brasileira do pós-guerra, o comunismo com doutrina política e ideológica, etc. A proposta é mostrar como o governo de regime democrático e um órgão policial agiram de modo a traçar a idéia do que é impróprio e, portanto, passível de ser reprimido politicamente. O conceito de criminalidade política aponta para um campo de forças peculiar. A Campanha do Petróleo servirá como chave de análise da atuação do órgão policial. Trata-se de um importante movimento civil, lugar privilegiado para se abordar os temas e conceitos aludidos anteriormente. Isto porque a campanha O petróleo é nosso se constituía a partir das premissas de soberania nacional e resguardo das reservas naturais ante a entrada dos inimigos externos, aproximando numa mesma bandeira política forças nacional-estatistas e comunistas. Neste processo os militares desempenharam um papel político relevante. A proposta de defesa e do monopólio estatal da exploração do petróleo era uma bandeira antiga de ala importante do meio militar.
  • 2006-07 O PAIZ E A GAZETA NACIONAL: Imprensa republicana e abolição . Rio de Janeiro, 1884-1888.
    Título
    O PAIZ E A GAZETA NACIONAL: Imprensa republicana e abolição . Rio de Janeiro, 1884-1888.
    Autor
    Andréa Santos da Silva Pessanha
    Orientador(a)
    Humberto Fernandes Machado
    Data de Defesa
    2006-07-25
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    211
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Eduardo Silva
    Humberto Fernandes Machado
    Keila Grinberg
    Marialva Carlos Barbosa
    Martha Campos Abreu
    Ricardo Henrique Salles

    Resumo
    O tema deste estudo é a relação entre república e abolição da escravatura, existente na imprensa republicana da cidade do Rio de Janeiro, entre 1884 e 1888. Os discursos sobre o fim do cativeiro e sobre o escravo veiculados nos jornais O Paiz e a Gazeta Nacional constituem o objeto específico. Pretendo compreender como os critérios de cidadania e de pertencimento à nação brasileira foram construídos, nestes jornais, a partir da articulação dos princípios do liberalismo e do etnocentrismo científico.


  • 2006-07 Cor, Identidade e Mobilidade Social: crioulos e africanos no Rio de Janeiro. (1870-1888)
    Título
    Cor, Identidade e Mobilidade Social: crioulos e africanos no Rio de Janeiro. (1870-1888)
    Autor
    Lucimar Felisberto Dos Santos
    Orientador(a)
    Martha Campos Abreu
    Data de Defesa
    2006-07-19
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    129
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Lugão Rios
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Keila Grinberg
    Martha Campos Abreu
    Sheila Siqueira de Castro Faria

    Resumo
    Este trabalho tem como objetivo investigar as estratégias de africanos e crioulos, no perímetro urbano do Rio de Janeiro, nas duas últimas décadas que antecederam a abolição da escravidão, tendo em vista seus projetos de ascensão social. A partir do resgate de algumas trajetórias de escravos, libertos e livres se pretende perceber os sentidos e os significados da mobilidade social, para este grupo em particular, e como a sociedade, em geral, teria influído de maneira positiva ou negativa neste projeto. Considerando a condição escrava de uma grande parcela deste grupo, será dada prioridade às estratégias pensadas para a conquista da alforria e as formas como elas se entrelaçavam às expectativas de uma sociedade que tentava se adaptar às mudanças socioeconômicas do período.


  • 2006-07 A Romanização no Egito: Direito e Religião (séculos I a. C. - III d. C.)
    Título
    A Romanização no Egito: Direito e Religião (séculos I a. C. - III d. C.)
    Autor
    Luís Eduardo Lobianco
    Orientador(a)
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Data de Defesa
    2006-07-19
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    429
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Claudia Beltrão da Rosa
    Edgard Leite Ferreira Neto
    Norma Musco Mendes
    Sônia Regina Rebel de Araújo
    Vânia Leite Fróes

    Resumo
    O objetivo desta tese é identificar a intensidade do desenvolvimento do processo de romanização no Egito, desde a conquista de Otávio (30 a.C.) até a promulgação do Edito de Caracala (212 d.C.), observando como atuavam o direito e a religião vigentes naquela província romana, junto aos quatro segmentos étnicos que compunham o seu tecido social no período acima referido: egípcios, judeus, gregos e romanos. O estudo de tais atividades é efetuado a partir de fontes textuais e iconográficas. As primeiras mostram a engrenagem jurídico-legal de todas as etnias acima citadas, bem como as práticas da religião judaica. As segundas revelam as manifestações espirituais politeístas. No que tange ao direito de egípcios, gregos e romanos, opero textos contidos nas coleções B.G.U. e Papiros de Oxirrinco. Em relação ao direito judaico utilizo tanto fragmentos do tratado O Decálogo, de Filão de Alexandria, quanto trecho do texto homônimo, presente na Torah. No que concerne ao politeísmo de egípcios, gregos e romanos, lanço mão de fontes iconográficas funerárias e imagens em reversos de moedas cunhadas em Alexandria, ao tempo da dinastia Antonina. Por fim, volto a textos da Torah para ilustrar pontos centrais da religião judaica. A Análise de Conteúdo é a metodologia empregada para analisar todas as fontes primárias acima citadas. Esta tese constata que, embora o processo de romanização tenha se instalado em território egípcio durante o domínio romano no período acima citado, os direitos indígenas de gregos e egípcios mantiveram-se em atividade, simultaneamente com o romano. O direito romano não apenas regulava as atividades jurídico-legais dos cidadãos romanos, mas também estendia sua influência a todas as etnias nativas do Egito, anterior à conquista de Otávio. O Decálogo foi preservado e a interferência da cultura clássica nele ocorrida, foi a presença da filosofia grega, na exegese bíblica de Filão. No âmbito da religião, observa-se que tanto o judaísmo, quanto as práticas politeístas continuaram a ser praticados. A iconografia, embora híbrida, revelou significativa presença de elementos espirituais faraônicos e gregos, bem mais consistentes do que os romanos.


  • 2006-06 Quem Tem Padrinho Não Morre Pagão: As relações de compadrio e apadrinhamento de escravos numa Vila Colonial (Mariana, 1715-1750)
    Título
    Quem Tem Padrinho Não Morre Pagão: As relações de compadrio e apadrinhamento de escravos numa Vila Colonial (Mariana, 1715-1750)
    Autor
    Moacir Rodrigo de Castro Maia
    Orientador(a)
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Data de Defesa
    2006-06-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    216
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Mariza de Carvalho Soares
    Renato Pinto Venâncio
    Sheila Siqueira de Castro Faria

    Resumo
    Este estudo analisa as relações de compadrio e apadrinhamento de escravos adultos e inocentes estabelecidas no difundido ato do batismo cristão em Mariana, importante centro minerador da Capitania de Minas Gerais na primeira metade do século XVIII (1715-1750). A necessidade de criação de laços de parentesco em uma nova terra fez com que africanos utilizassem a celebração do batizado para reforçar as identidades étnicas. Com esse fim, analisou-se os laços de apadrinhamento estabelecidos entre cativos minas e mais especificamente, dos provenientes da Terra de Courá. E como esses escravos, chamados couranos, se reorganizaram no cativeiro, tendo como base suas heranças. Por outro lado, procurou-se entender as múltiplas relações sociais estabelecida no compadrio dos inocentes e como os arranjos das famílias escravas foram fundamentais no reforço dos vínculos entre os parentes espirituais. Por fim, ao analisar variados corpos documentais procurou-se investigar os significados desse laço parental para a população mineira e como os diferentes atores sociais recriaram os sentidos do compadrio e deles se utilizaram, muitas vezes, para proteger as relações familiares.
  • 2006-06 O Encilhamento e a Economia de Juiz de Fora: O Balanço de uma Conjuntura (1888-1898)
    Título
    O Encilhamento e a Economia de Juiz de Fora: O Balanço de uma Conjuntura (1888-1898)
    Autor
    Marcus Antônio Croce
    Orientador(a)
    Cezar Teixeira Honorato
    Data de Defesa
    2006-06-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    306
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Anderson José Pires
    Carlos Gabriel Guimarães
    Cezar Teixeira Honorato
    Geraldo de Beauclair Mendes de Oliveira

    Resumo
    O trabalho presente, tem como finalidade demonstrar como a conjuntura do Encilhamento (política econômica inserida no final do período imperial e no início do período republicano) influenciou no cotidiano sócio-econômico da região da Zona da Mata do Estado de Minas Gerais, em especial na sua cidade pólo, Juiz de Fora. Vemos que o Encilhamento, foi uma política econômica elaborada para uma nova forma produtiva no país. O fim da forma de trabalho escravo, contribuiu na transformação de investimentos em ativos. Investimentos que antes eram efetivados em grande porcentagem em ativos imobilizados como terras, benfeitoria e escravos, começavam a ceder espaços para papéis como, títulos, ações e dívida pública. Tal transformação, possibilita um aumento significativo dos ramos de produção em Juiz de Fora, e uma grande diversificação setorial. Uma das formas de visualizarmos tais diversificações setoriais, e apontada com destaque nessa pesquisa, é a crescente abertura de sociedades anônimas que Juiz de Fora viveu naquele momento. As sociedades anônimas inauguradas, nos setores financeiro, energético, ensino, agrícola, industrial e comercial, delineavam a infra-estrutura urbana de Juiz de Fora. A cidade constituía então, uma estrutura urbana, compatível com as dos maiores centros do país, sendo uma das poucas a possuir um sistema próprio de transportes, eletricidade, financeiro e industrial. A contribuição dos setores diversos nesse período, mostram que, existiram movimentações especulativas no mercado de capitais local, porém, o movimento de produção alcançou uma magnitude muito superior. Apesar de presenciarmos na conjuntura do Encilhamento, especulação e solidez caminharem lado a lado, pudemos observar que a solidez em Juiz de Fora se sobressaiu sobre a especulação. O resultado do balanço da conjuntura do Encilhamento em Juiz de Fora, demonstra que estabelecimentos importantes, existentes no mercado de capitais da cidade até os dias atuais, se originaram no período analisado. Aponta também que, os investimentos realizados em Juiz de Fora, sobretudo por agentes locais, durante o Encilhamento, influenciaram de forma direta na evolução sócio-econômica atingida pelo município.


  • 2006-06 E saíram à luz as novas coleções de Polcas, modinhas, lundus, etc. - Música popular e impressão musical no Rio de Janeiro (1820-1920).
    Título
    E saíram à luz as novas coleções de Polcas, modinhas, lundus, etc. - Música popular e impressão musical no Rio de Janeiro (1820-1920).
    Autor
    Mônica Neves Leme
    Orientador(a)
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Data de Defesa
    2006-06-29
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    326
    Volumes
    2
    Banca de Defesa
    Aníbal Francisco Alves Bragança
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    José Roberto Zan
    Marcia Ermelindo Taborda
    Martha Campos Abreu
    Martha Tupinambá de Ulhôa
    Nelson Schapochnik

    Resumo
    No Brasil, o processo de autonomização do campo da música teve início logo após a chegada ao Rio de Janeiro da corte portuguesa, pois esta passou a servir de pólo dinamizador para um potencial mercado cultural e, em particular, para o da música. Após a implantação da Impressão Régia em 1808, a edição musical não tardou a constituir um dos mais importantes instrumentos nessa direção. Assim, ao transformar a música, pela primeira vez no país, em bem de consumo, em mercadoria, o setor gerou, a partir de 1824, o embrião do que, mais tarde, veio a ser conhecido como indústria cultural. Tal desenvolvimento implicou no advento de novas técnicas de impressão em geral, como a litografia; na entrada de capitais financeiros e culturais provenientes do exterior: na criação de um ativo comércio de partituras e instrumentos musicais, por meio de numerosas empresas; no surgimento e consolidação de diferentes espaços de produção e consumo musicais, como teatros, clubes e festas privadas; na ampliação do número de professores e de instituições de instrução musical; e, não menos importante, em um intenso debate ideológico, conduzido por pensadores que pretendiam estabelecer os traços fundamentais, inclusive musicais, que definiam a identidade do Brasil-nação com que sonhavam. No entanto, como muitos desses participantes estavam organizamente envolvidos com o nascente mercado musical, este acabou por refletir aquele debate e a orientar-se por ele, o que levou à criação de segmentos, de nichos de mercado, em que se moldaram gostos e formatos musicais originais, como a polca-lundu e o maxixe. O resultado foi o aparecimento, num momento posterior, com o disco e o rádio, do que passou a ser reconhecido e consagrado como música popular.
  • 2006-06 Julia Lopes de Almeida: uma personalidade ambígua na virada do século XIX para o XX
    Título
    Julia Lopes de Almeida: uma personalidade ambígua na virada do século XIX para o XX
    Autor
    Mirella de Abreu Fontes
    Orientador(a)
    Rachel Soihet
    Data de Defesa
    2006-06-23
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    132
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Elódia Carvalho de Formiga Xavier
    Rachel Soihet
    Suely Gomes Costa

    Resumo
    O objetivo deste trabalho consiste em enveredar na análise de parte da obra de Júlia Lopes de Almeida, uma escritora brasileira do século XIX, tomando-a como testemunho histórico e buscando detectar reflexões e condutas de seus personagens que denotem mudanças paulatinas e evidenciem avanços na consciência de gênero, além de tentar explicitar o posicionamento de Júlia Lopes de Almeida frente às questões da Maternidade, Educação e Trabalho Feminino, onde se mostra ambígua, ora avançando, ora recuando.A metodologia que empregarei nesse estudo será a de buscar nos diferentes textos (artigos, entrevistas, contos, crônicas e principalmente romances) da autora em questão, depoimentos que me possibilitem detectar reflexões, condutas de personagens que denotem alguma mudança e que evidenciem avanços na consciência de gênero por parte da autora, sujeito e intérprete do processo histórico de seu tempo.Júlia Lopes de Almeida ter-se-ia mantido ambígua, para garantir sua aceitação social, enquanto mulher participante do cenário público, visando preservar sua posição de prestígio na sociedade. Temia perder o acesso e o respeito conquistados no meio literário masculino, reservado a poucas mulheres e, para além disso, buscava manter-se bem aceita pelo público leitor, o que lhe garantiria um bom retorno em termos de reconhecimento, inclusive financeiro.
  • 2006-06 O grito pela terra: religiosos católicos e subalternos rurais na amazônia legal, na década de 1970
    Título
    O grito pela terra: religiosos católicos e subalternos rurais na amazônia legal, na década de 1970
    Autor
    Maria Margarida Crespo Cardoso
    Orientador(a)
    Fernando Antonio Faria
    Data de Defesa
    2006-06-23
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    130
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Fernando Antonio Faria
    Leonilde Sérvolo Medeiros
    Márcia Maria Menendes Motta
    Ricardo Emmanuel Ismael de Carvalho
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    Esse trabalho está fundamentado, sobretudo, na análise de textos produzidos pela hierarquia da Igreja Católica romana, além de outros redigidos pelo CELAM (Conselho do Episcopado Latino-americano) e pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), como também nas fontes secundárias pertinentes à participação da Igreja na luta pela terra, no Brasil. Nessas fontes foram observados os posicionamentos ideológicos e políticos da Instituição, ao mesmo tempo em que foram aparecendo conexões entre as demandas da Igreja no plano mundial com o posicionamento do clero brasileiro, repercutindo sobre o comportamento do mesmo frente às opções políticas governamentais para o campo, sobretudo, na década de 1970. Ficou constatado que a Igreja, enquanto instituição, estava dividida em frações políticas, diferentes e opostas, e no entanto, as resoluções oriundas de qualquer das frações originaram-se de demandas da hierarquia romana. Prova está que embora os progressistas do clero latino-americano, particularmente o clero brasileiro, possam ter ido para além das orientações vindas do Vaticano, foi, entretanto, atendendo aos indicativos de Roma que eles foram incentivados a levar à prática a opção preferencial pelos pobres. Essa Dissertação de Mestrado orientou-se no sentido de buscar elementos para a confirmação da hipótese de que não sendo a Igreja um bloco monolítico de idéias, foi a ação do clero brasileiro denominado progressista, que resultou em uma teologia da práxis denominada Teologia da Libertação. Esta experiência eclesial ocorrida no mundo rural, na região da Amazônia Legal, na década de 1970, representou um marco histórico de curta duração relativa à participação da Igreja junto ao movimento social rural, embora tenha dado destaque à Instituição frente a um dos problemas do Brasil de longa duração: a permanência do latifúndio como gerador da questão agrária.


  • 2006-06 A Remissão do Cativeiro Alforrias e Liberdades nos Campos dos Goitacases,c. 1750 - c. 1830.
    Título
    A Remissão do Cativeiro Alforrias e Liberdades nos Campos dos Goitacases,c. 1750 - c. 1830.
    Autor
    Márcio de Sousa Soares
    Orientador(a)
    Sheila Siqueira de Castro Faria
    Data de Defesa
    2006-06-12
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    417
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Lugão Rios
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    José Roberto Pinto de Góes
    Mariza de Carvalho Soares
    Martha Campos Abreu
    Sheila Siqueira de Castro Faria
    Silvia Hunold Lara

    Resumo
    Esta tese analisa a prática da alforria e as formas de re-inserção social dos libertos e de seus descendentes na região dos Campos dos Goitacases, entre 1750 e 130, período em que se verificou a montagem e expansão da atividade açucareira voltada para a exportação. Argumento que a prática da alforria exercia um papel estrutural para a manutenção da ordem escravista, ao considerar que – como um fenômeno de longa duração – a escravidão produzia e reiterava procedimentos socialmente determinados que visavam amortecer os conflitos inerentes à relação senhor-escravo. Deste modo, o tráfico atlântico (responsável pela introdução contínua de estrangeiros desenraizados), a escravidão (produto da socialização que transformava o cativo num escravo cujo objetivo final era fazer com que o mesmo reconhecesse a autoridade do senhor) e o horizonte da alforria devem ser entendidos como partes de um processo que produzia e reproduzia a ordem escravista.
  • 2006-06 Doença de Chagas, Doença do Brasil: Ciência, Saúde e Nação (1909-1962)
    Título
    Doença de Chagas, Doença do Brasil: Ciência, Saúde e Nação (1909-1962)
    Autor
    Simone Petraglia Kropf
    Orientador(a)
    André Luiz Vieira de Campos
    Data de Defesa
    2006-06-02
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    533
    Volumes
    2
    Banca de Defesa
    André Luiz Vieira de Campos
    Angela Maria de Castro Gomes
    Jaime Larry Benchimol
    Magali Gouveia Engel
    Nísia Verônica Trindade Lima
    Ronald José Raminelli
    Silvia Fernanda de Mendonça Figueirôa

    Resumo
    O objetivo deste estudo é analisar o processo pelo qual a doença de Chagas ou tripanossomíase americana foi estabelecida e reconhecida como um fato científico e uma questão de saúde pública no Brasil. A doença foi descoberta em 1909, em Minas Gerais, por Carlos Chagas, médico e pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Para isso, focalizamos dois momentos deste processo, no qual a definição da nova doença tropical como entidade nosológica específica deu-se de modo indissociado de sua caracterização como fato social, a representar uma dada visão da ciência e da sociedade brasileiras. Numa primeira fase, abordamos as pesquisas realizadas por Chagas e seus colaboradores, no IOC, desde 1909 até o seu falecimento, em 1934. Desde 1910, os enunciados sobre o quadro clínico e a importância médico-social da nova enfermidade ensejaram o debate sobre as condições do atraso das regiões do interior do país, a relação entre endemias rurais e identidade nacional e o papel social da ciência. Tal debate culminaria no chamado movimento pelo saneamento dos sertões, entre 1916 e 1920. Ao mesmo tempo, tais enunciados foram objeto de críticas, formuladas inicialmente na Argentina, entre 1914 e 1916, e aprofundadas no campo médico brasileiro, entre 1919 e 1923. Estes questionamentos marcaram de modo decisivo o encaminhamento dos estudos sobre a doença. Um segundo momento analisado diz respeito às pesquisas realizadas, após 1934, por dois discípulos de Carlos Chagas em Manguinhos: Evandro Chagas, seu filho mais velho e criador do Serviço de Estudo das Grandes Endemias (SEGE), e, principalmente, Emmanuel Dias, que dirigiu o Centro de Estudos e Profilaxia da Moléstia de Chagas (CEPMC), posto do IOC na cidade de Bambuí, Minas Gerais, desde sua criação, em 1943, até seu falecimento em 1962. Nesta fase, foi produzido um novo enquadramento para a fisionomia clínica da doença e estabeleceram-se os meios técnicos para a sua profilaxia, mediante aplicação de inseticidas. Tal processo transcorreu sob as condições históricas específicas da sociedade brasileira pós-1930 e sob os significados particulares conferidos à relação entre saúde e desenvolvimento nos cenários internacional e nacional, especialmente a partir da II Guerra Mundial. Mediante uma intensa mobilização dos cientistas para difundir os conhecimentos sobre a doença e conquistar o interesse de distintos grupos sociais para o tema, foram estabelecidos os meios para seu reconhecimento público e institucionalização como objeto científico e tema inscrito nas políticas sanitárias do Estado brasileiro.


  • 2006-06 Jurisdições: Imaginário e Sentimento Jurídico no Brasil Barroco.
    Título
    Jurisdições: Imaginário e Sentimento Jurídico no Brasil Barroco.
    Autor
    Ana Patrícia Thedin Corrêa
    Orientador(a)
    Gizlene Neder
    Data de Defesa
    2006-06-02
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    313
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Airton Lisle Cerqueira Leite Seelaender
    Gisálio Cerqueira Filho
    Gizlene Neder
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Márcia Barros Ferreira Rodrigues
    Nilo Batista
    Samuel Barbosa

    Resumo
    O trabalho aqui exposto é uma tese sobre as idéias de Direito no Brasil no período anterior às mudanças implementadas pelo Marquês de Pombal. A pesquisa funda-se, em primeiro plano, na tese de que a idéia de vigência quase hegemônica do Direito ordena e de supremacia das Ordenações do Reino, muito comum nos manuais destinados aos cursos de graduação em Direito no Brasil, teria sido construída segundo o paradigma do monopólio estatal da produção do direito que, no entanto, não seria válido para o período anterior às reformas ocorridas na segunda metade do século XVIII. De fato, verificou-se ao longo da pesquisa que a racionalidade jurídica do período pesquisado comportava uma certa diversidade de centros geradores de normas jurídicas, especialmente de mati canônico, uma vez que ainda não havia sido naturaliada a idéia de que ao Estado - e somente ao Estado - cabia a produção de normas jurídicas válidas.
  • 2006-05 Os estudantes naturais do Brasil e a Universidade de Coimbra após a Reforma dos Estatutos Universitários de 1772
    Título
    Os estudantes naturais do Brasil e a Universidade de Coimbra após a Reforma dos Estatutos Universitários de 1772
    Autor
    Rafael Rodrigues Dias Alves
    Orientador(a)
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Data de Defesa
    2006-05-26
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    150
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Anita Correia Lima de Almeida
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    William de Souza Martins

    Resumo
    O presente trabalho não pode deixar de parti das relações existentes entre Estado e Sociedade na América Portuguesa durante o período da atuação de Sebastião José de Carvalho e Mello, o Marquês de Pombal (1750-1777). No entanto, graças a um longo e minucioso levantamento referente aos alunos da Universidade de Coimbra naturais do Brasil, realizado por Francisco Morais, ele quer ressaltar, sobretudo, dois aspectos. Quanto ao primeiro, de caráter histórico, a dissertação busca analisar a pouco notada problemática de uma significativa diminuição do número de estudantes naturais do Brasil inscritos na Universidade de Coimbra após a reforma de 1772. Quanto ao segundo, de caráter historiográfico, ela pretende salientar a limitação de uma abordagem tradicional, que tende a tratar o período pombalino e a reforma da instrução pública a que deu origem como uma simples passagem do caos existente ao cosmos futuro. Com essas duas preocupações em mente, este trabalho procurou perceber, de um lado, a manifestação de interesses educacionais que a longa tradição do ensino jesuítico enraizara na América Portuguesa; e, do outro, examinar novamente a Ilustração simplista e indiscutível atribuída ao poderoso Marquês.
  • 2006-05 A Guerra Ilustrada: caricaturas em combate no Segundo Reinado
    Título
    A Guerra Ilustrada: caricaturas em combate no Segundo Reinado
    Autor
    Michelle Silva de Oliveira
    Orientador(a)
    Paulo Knauss de Mendonça
    Data de Defesa
    2006-05-19
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    198
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Lúcia Maria Paschoal Guimarães
    Marco Morel
    Paulo Knauss de Mendonça
    Valéria Salgueiro de Souza

    Resumo
    A Guerra Ilustrada: caricaturas em combate no Segundo Reinado aborda a Guerra do Paraguai (1864 - 1870) por meio das caricaturas produidas pela considerada imprensa ilustrada fluminense do século XIX. A Guerra do Paraguai pode ser considerada como o momento histórico no qual a idéia de nação brasileira é posta em destaque. A população do Império do Brasil foi estimulada a aderir ao combate por um meio cultural de intensa produção, em que a imprensa fluminense deteve peculiar participação. Entre o Paraguai e a Corte, a guerra foi divulgada ao sabor dos navios e dos correspondentes ligados aos periódicos fluminenses, ilustrados e não-ilustrados. Destarte, o jornalismo ilustrado é responsável pelo reconhecimento da caricatura como elemento de crítica social e política. Buscou-se conhecer os aspectos relacionados à produção das caricaturas e a maneira como utiliavam temas comuns para noticiar o conflito. Tal reconhecimento levou à verificação de núcleos diferenciados de produção de imagens, assim como à identificação da idéia de nação proposta pelas caricaturas da impresna ilustrada fluminense. Por conseguinte, a análise das caricaturas da Guerra do Paraguai relacionadas aos combates, aos combatentes, ao índio que corporificou a nação brasileira e ao inimigo do Império, Solano López, permitiu verficar propostas de nação distintas. Dessa forma, a imprensa ilustrada, produtora de imagens da Guerra, demonstrou seu posicionamento político e os símbolos que eram tidos e exaltados como nacionais no século XIX.
  • 2006-05 Confrades do Rosário: sociabilidade e identidade étnica em Mariana Minas Gerais (1745-1820)
    Título
    Confrades do Rosário: sociabilidade e identidade étnica em Mariana Minas Gerais (1745-1820)
    Autor
    Fernanda Aparecida Domingos Pinheiro
    Orientador(a)
    Mariza de Carvalho Soares
    Data de Defesa
    2006-05-16
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    206
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Joseph C. Miller
    Marcelo Bittencourt Ivair Pinto
    Mariza de Carvalho Soares
    Sheila Siqueira de Castro Faria

    Resumo
    Este trabalho visa compreender a organização social de um grupo encontrado em um núcleo urbano das Minas setecentistas e reunido no interior de uma associaão fraternal, onde seus representantes destacaram igual procedência, a chamada Terra de Courá. De fato, tais personagens foram apreendidos através da análise do perfil dos confrades e da composição hierárquica da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos pretos de Mariana. A fundação e a estruturação dessa confraria também foi enfatizada, sendo assim detalhado o demorado processo de construção dessa confraria e ornamentação de sua imponente Capela, iniciado em 1752 e concluído em 1826. Desse modo, o alcance do objeto privilegiado é resultante de um ajustado desvio de enfoque. Da investigação de uma instituição religiosa criada por africanos passa-se ao estudo minucioso das vivências de alguns de seus membros - os couranos. Entre estes, destacaram-se exímios oficiais e integrantes da corte festiva do Rosário.


  • 2006-05 Judeus novos no Brasil Holandês (1636 -1654)
    Título
    Judeus novos no Brasil Holandês (1636 -1654)
    Autor
    Frank Dos Santos Ramos
    Orientador(a)
    Ronaldo Vainfas
    Data de Defesa
    2006-05-08
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    181
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Angelo Adriano Faria de Assis
    Juliana Beatriz Almeida de Souza
    Rogério de Oliveira Ribas
    Ronaldo Vainfas

    Resumo
    Este trabalho pretende fazer um panorama da sociedade colonial brasileira a partir da fundação da Kahal Kadosh Zur Israel, em 1636, a primeira comunidade judaica legal das Américas, organizada a partir da chegada de judeus sefarditas no nordeste brasílico durante a segunda Invasão Holandesa, 1630-1654. Isso abriria um precedente político-social na Nova Lusitânia, posto que seria instituída, com o respaldo legal das autoridades holandesas — e em contraponto com as demais regiões da América lusitana —, uma tolerância religiosa em grau nunca antes presenciado. Embora tivesse curta duração, seus efeitos se fizeram sentir longamente, contribuindo decisivamente para a manutenção, lembrança e divulgação das tradições judaicas no Brasil vivenciadas até os dias atuais. Esses sefarditas são descentes de famílias judaicas em fuga do processo de conversão forçada ao cristianismo, movida por D. Manuel entre 1496-7, os quais fundariam importantes centros de conservação das antigas tradições, verdadeira comunidades livres, em grandes centros comerciais europeus, notadamente na cidade de Amsterdam, na Holanda. Esses mesmos judeus chegariam as terras brasílicas, durante o período de dominação holandesa no nordeste, principalmente Pernambuco, sede dessa comunidade, fazendo contraste com a situação anteriormente vivenciada pelos cristãos-novos, tão molestados pela Igreja Católica com suas visitações inquisitoriais, principalmente, durante a primeira, 1591-95. Esses conflitos religiosos seriam amainados apenas com a Invasão Holandesa, quando, então, vivenciar-se-ia uma certa liberdade de culto, provocando uma considerável convivência pacífica.
  • 2006-05 Os homens bons e a Câmara de Porto Alegre (1767-1808)
    Título
    Os homens bons e a Câmara de Porto Alegre (1767-1808)
    Autor
    Adriano Comissoli
    Orientador(a)
    Maria Fernanda Baptista Bicalho
    Data de Defesa
    2006-05-05
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    192
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    João Luís Ribeiro Fragoso
    Maria de Fátima Silva Gouvêa
    Maria Fernanda Baptista Bicalho

    Resumo
    O presente trabalho aborda a constituição e funcionamento da Câmara de Porto Alegre no século XVIII, destacando suas ação na administração local e na manifestação política da elite sul do Rio Grande de São Pedro. Procuramos compreender os motivos que motivaram a transferência da instituição da povoação de Viamão para Porto Alegre e se este fenômeno inaugura uma alteração nos quadros de sua elite local. Através de um estudo prosopográfico de seus oficiais buscamos conhecer as redes de poder que desenharam seu funcionamento, bem como os instrumentos de afirmação social utilizados por essa mesma elite. Paralelamente, exploramos o funcionamento da instituição a partir da ação do conselho. Por fim, abordamos as relações com diferentes esferas de poder (governo da capitania, ouvidoria da comarca), analisando a complexa articulação entre poderes local e central na constituição do império português.


  • 2006-04 A Roça y la Campaña: A questão agrária sob o Varguismo e o Peronismo em perspectiva comparada
    Título
    A Roça y la Campaña: A questão agrária sob o Varguismo e o Peronismo em perspectiva comparada
    Autor
    Vanderlei Vazelesk Ribeiro
    Orientador(a)
    Márcia Maria Menendes Motta
    Data de Defesa
    2006-04-28
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    239
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Márcia Maria Menendes Motta
    Maria Verónica Secreto Ferreras
    Noemí María Girbal-blacha
    Regina Angela Landim Bruno
    Sonia Regina de Mendonça
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    Neste trabalho comparamos as propostas de inclusão dos trabalhadores rurais nos projetos de modernização conservadora, desenvolvidos pelos regimes varguista e peronista no Brasil e na Argentina. Analisamos estas propostas, a partir do esforço das burocracias estatais, no sentido de regular as relações trabalhistas no meio agrário, bem como a busca por facilitar aos trabalhadores o acesso a propriedade da terra. Por outro lado, avalia-se o diálogo que os setores proprietários estabeleceram com as propostas das burocracias estatais. Para tanto, refletimos sobre o discurso elaborado por dirigentes de entidades representativas destes setores, nos quais busca-se hora o confronto, hora a composição com as burocracias. Finalmente, discutimos como os trabalhadores rurais, dentro de suas possibilidades, buscaram apropriar-se dos discursos governamentais para alcançar seus objetivos, tais como o acesso à terra ou o entendimento de solicitações as mais variadas.


  • 2006-04 Imagens Vigiadas: uma história social do cinema no alvorecer da Guerra Fria, 1945-1954
    Título
    Imagens Vigiadas: uma história social do cinema no alvorecer da Guerra Fria, 1945-1954
    Autor
    Alexandre Busko Valim
    Orientador(a)
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Data de Defesa
    2006-04-28
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    324
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Daniel Aarão Reis Filho
    Flavio Limoncic
    Francisco Carlos Teixeira da Silva
    Paulo Knauss de Mendonça
    Sidnei José Munhoz

    Resumo
    Entre 1945 e 1954, diversas manifestações políticas, religiosas, econômicas e culturais foram fomentadas pela disseminação do anticomunismo na sociedade brasileira e estadunidense. A partir de uma concepção de História Social do Cinema, procuramos analisar o impacto social de filmes estadunidenses com mensagens anticomunistas exibidos no Brasil e, desse modo, contribuir para uma maior reflexão e entedimento da construção desse ideário em ambos os países. Os filmes produzidos em Hollywood com mensagens anticomunistas, e determinadas notícias em jornais e revistas formaram parte de um circuito comuncacional composto por maniefestações, folhetos, despachos diplomáticos, programas de rádio, palestras, dentre outros. O cirucuito emissão/mediiação/recepção desses produtos e o seu caráter transnacional, revela que apaixonadas defesas da necessidade de se conter e combater o Comunismo nem sempre foram motivadas por princípios éticos, morais ou religiosos, sobretudo ao observarmos atentamente um dos veículos que mais auxiliou na disseminação do anticomunismo, o Cinema. O modo como comunistas e anticomunistas foram representados nesses filmes, e como tais representações foram tratadas por jornais e revistas do período foram interpretadas em seu contexto de produção par se compreender como eles se relacionaram com as estruturas de dominação. Outrossim, investigamos as forças de resistência a essas representações, as posições ideológicas que propalaram nos debates e em lutas sociais do período. É frequente na historiografia que trata do anticomunismo no Brasil, a concepção de que o anticomunismo tenha sido menos intenso nas décadas de 1940 e 1950 do que nos anos que antecedem e sucedem esse período. No entanto, ao estudarmos a historicidade da prática anticomunista desvelamos um extenso e impetuoso esforço de diferentes atores sociais para se prevenir e combater o Comunismo. Tal quadro demonstra a dificuldade em se entender o anticomunismo do período sem um detido exame das ações do Estado, de organismos sociais e de indivíduos. Apesar de suas variantes, das diferenças de suas idéias e de suas práticas políticas, as suas infuências sociais, notadamente no Cinema, são visíveis.


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