Dissertações e Teses
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2006-12 ESTABILIDADE E CRESCIMENTO: A elite intelectual moderno-burguesa no ocaso do desenvolvimentismo (1960-1969)TítuloESTABILIDADE E CRESCIMENTO: A elite intelectual moderno-burguesa no ocaso do desenvolvimentismo (1960-1969)Autor
Daniel de Pinho BarreirosOrientador(a)
Fernando Antonio FariaData de Defesa
2006-12-01Nivel
DoutoradoPáginas
360Volumes
1Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposFernando Antonio FariaMaria Emília da Costa PradoRicardo Emmanuel Ismael de CarvalhoSilvio de Almeida Carvalho FilhoThéo Lobarinhas PiñeiroVania Maria Cury
ResumoEste tese busca compreender os fundamentos éticos do pensamento de um grupo de economistas, composto por Eugênio Gudin, Octavio Gouvêa de Bulhões, Roberto Campos, Defim Netto e Mario Henrique Simonsen, que identificamos como sendo a elite intelectual moderno-burguesa, cuja presença foi absolutamente marcante no debate econômico brasileiro durante a década de 1960 e seguintes, além de terem participado diretamente do esforço de reformas engendrado após o golpe militar de 1964, na condição de membros de alto escalão da burocracia. A análise se centra na produção intelectual deste grupo entre os anos 1960-1969, no que se refere ao processo de dissolução do chamado projeto desenvolvimentista, e ao processo de reformas econômicas durante os governos Castelo Branco e Costa e Silva. Para a análise dos fundamentos éticos da elite intelectual moderno-burguesa, utiliza-se aporte baseado no Utilitarismo de Jeremy Bentham e de John Stuart, bem como na Filosofia Analítica de G. E. Moore.
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2006-11 Só por Hoje: um estudo sobre Narcóticos Anônimos, estigma social e sociedade contemporâneaTítuloSó por Hoje: um estudo sobre Narcóticos Anônimos, estigma social e sociedade contemporâneaAutor
Ricardo Muniz Mattos CardosoOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2006-11-24Nivel
MestradoPáginas
113Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralFernando Sergio Dumas Dos SantosMarcelo Badaró MattosMário Jorge da Motta Bastos
ResumoEste trabalho é uma análise histórica do programa de recuperação da drogadição promovido pela "irmandade" de ajuda mútua conhecida como Narcóticos Anônimos. No primeiro capítulo, um histórico da entidade é traçado; assim como seu conceito de "adicção" e sua estrutura organizacional são apresentados. No capítulo seguinte, são avaliados as estigmatizações sociais sobre a drogadição e os impactos destes nas representações sociais formuladas pelo NA. As convergências existentes entre a programação terapêutica do NA e a revigorada ética do trabalho da virada do século XX para o XXI também são avaliadas. No último capítulo, as representações sociais formuladas pelo NA são confrontadas com os individualismos e o hedonismo da moderna sociedade de consumo.
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2006-09 Nunca é tarde para ser feliz? A imagem da favela pelas lentes do Correio da ManhãTítuloNunca é tarde para ser feliz? A imagem da favela pelas lentes do Correio da ManhãAutor
Mauro Henrique de Barros AmorosoOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2006-09-27Nivel
MestradoPáginas
172Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusDulce Chaves PandolfiMárcia da Silva Pereira LeiteMario GrynszpanPaulo Knauss de Mendonça
ResumoO objetivo da presente dissertação é realizar uma análise das representações sobre as favelas do Rio de Janeiro no acervo fotográfico do Correio da Manhã, entre as décadas de 50 e 60. Com isso, pretende-se contribuir para a reflexão sobre o processo de construção da percepção social do habitante da favela, a partir de uma perspectiva histórica. Também é objetivo de minha pesquisa o entendimento da atuação da mídia nesse processo, a partir do caso do renomado e politicamente influente periódico em questão.
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2006-09 Mercenários ou Libertários as motivações para o engajamento do Almirante Cochrane e seu grupo nas lutas da Independência do BrasilTítuloMercenários ou Libertários as motivações para o engajamento do Almirante Cochrane e seu grupo nas lutas da Independência do BrasilAutor
Nélio GalskyOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2006-09-25Nivel
MestradoPáginas
138Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroLucia Maria Bastos Pereira Das NevesMárcia Maria Menendes Motta
ResumoDurante as lutas que se seguiram a nossa emancipação política, a Marinha Imperial foi liderada pelo Almirante Cochrane e por um grupo de veteranos da Royl Navy e da Companhia das Índias. A importância destes oficiais na consolidação da nossa Independência foi inegável. Porém, parte da nossa historiografia os vê apenas como mercenários e caçadores de botins. Para entender aorigem da fama citada, buscamos acompanhar às transformações ocorridas na Marinha britânica a partir do final do século XVIII. Naquele momento, as Forças Navais inglesas passaram por um processo de profissionalização dos seus quadros. Uma elite de oficiais cuja origem remontava ao período elizabetano foi forçada a se integrar com graduados oriundos de grupos sociais não saque, seriam gradualmente extintos. Além disso, valores como patriotismo, lealdade à Monarquia e o serviço publico, ocupariam o lugar de relações de comando baseadas em laços pessoais e lideranças carismáticas. Ao se sentirem tolhidos pela perda de espaçõ, muitos oficiais da "velha escola" ofereceram seus serviços ao processo de emancipaçao dos novos novos países sul-americanos. No Brasil, alguns optariam por permanecer. Tal fato resultou num difícil processo de integração, cujo estudo permite esclarecer alguns aspectos da hstória naval e brasileira no período entre 1823 a 1853. Em nosso trabalho, acompanhamos a carreira daqueles que tiveram presença mais longa e significativa - João Grenfell, João Taylor e Bartolomeu Hayden. Procuramos, desta forma, relacionar a origem da pecha de mercenários, não só ao apego ao direito às presas de guerra, mas também na utilização destes oficiais na repressão aos movimentos insurrecionais ocorridos no Império.
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2006-09 Catulo da Paixão Cearense: memórias e histórias de músicos populares no Rio de Janeiro do final do século XIX e início do XXTítuloCatulo da Paixão Cearense: memórias e histórias de músicos populares no Rio de Janeiro do final do século XIX e início do XXAutor
Márcio Gonçalves de CarvalhoOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2006-09-05Nivel
MestradoPáginas
145Volumes
1Banca de DefesaLaura Antunes MacielMarta Emisia Jacinto BarbosaMartha Campos AbreuMônica Pimenta Velloso
ResumoEste trabalho conta a história da experiência de sujeitos e práticas musicais, consideradas populares. Através das memórias deixadas pelo artista Catulo da Paixão Cearense e das memórias produzidas sobre ele, a dissertação acompanha como diferentes sujeitos com diversas formas de sociabilidade musical conviveram nos espaços abertos para a profissionalização musical iniciado com a formação do mercado editorial e fonográfico ligado à música, canção e poesia popular que foram difundidos pelos meios técnicos de massificação cultural na cidade do Rio de Janeiro no final do século XIX e início do XX.
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2006-09 "Oh! Que Imitem A Santa Rita de Cássia!" As Mulheres de nosso tempo: representações e Práticas da Devoção em Viçosa (Mg), 2003-2006.Título"Oh! Que Imitem A Santa Rita de Cássia!" As Mulheres de nosso tempo: representações e Práticas da Devoção em Viçosa (Mg), 2003-2006.Autor
Raquel Dos Santos Sousa LimaOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2006-09-04Nivel
MestradoPáginas
160Volumes
1Banca de DefesaMartha Campos AbreuRachel SoihetRenata de Castro MenezesSuely Gomes Costa
ResumoA presente dissertação é um estudo das representações e das práticas de devoção a Santa Rita de Cássia na cidade mineira de Viçosa, entre os anos de 2003 e 2006, sob a perspectiva da História Cultural e dos estudos de gênero. A vida de Santa Rita em geral é apresentada nas narrativas biográficas como a de uma mulher que viveu sob o signo da obediência, abnegação, resignação e sofrimento em vários momentos de sua trajetória humana. Partindo-se dessas proposições, e considerando-se que a Santa tem sido apresentada como exemplo a ser imitado pelas mulheres, buscou-se perceber como os devotos se apropriam das representações veiculadas sobre a Santa, e como as transformam em práticas nas suas vivências cotidianas. Para tal, foram entrevistados homens e mulheres de diferentes faixas etárias que moram na cidade de Viçosa, onde a Santa é Padroeira, e onde também é muitas vezes associada ao sentimento de identidade social da comunidade católica viçosense.
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2006-08 Turismo e preservação nos sítios urbanos brasileiros: o caso de Ouro Preto.TítuloTurismo e preservação nos sítios urbanos brasileiros: o caso de Ouro Preto.Autor
Leila Bianchi AguiarOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2006-08-29Nivel
DoutoradoPáginas
326Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusJosé Reginaldo Dos Santos GonçalvesLygia Maria SigaudMarcelo Badaró MattosMárcia Regina Romeiro ChuvaRegina Maria do Rego Monteiro AbreuVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA formação de um patrimônio nacional brasileiro, a partir da criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1937, fez parte de um processo mais amplo de construção de uma nacionalidade brasileira. A partir de então, a atuação dessa agência deu origem a sítios urbanos preservados que, principalmente, após a década de 1960, transformaram-se em espaços privilegiados para o desenvolvimento das atividades turísticas de tipo industrial. Nesses espaços, observamos a apropriação das características naturais, históricas e culturais locais, transformadas em mercadorias para a venda do produto turismo e, desde então, observamos uma convergência entre os discursos proferidos no interior das agências preservacionais e de representação do setor turístico, nos quais a atividade turística tem sido apresentada como a solução para muitos dos problemas enfrentados para a salvaguarda de imóveis e conjuntos que compõem os patrimônios culturais locais, nacionais ou mundiais. Para melhor analisar esse processo, discutimos a preservação cultural e o turismo em Ouro Preto. Destacamos seu processo de consagração, empreendido por políticos e intelectuais de destaque desde princípios do século XX, para então, refletirmos sobre alguns dos conflitos e embates presentes nas práticas de preservação no município e ainda sobre o processo de apropriação de seu conjunto urbano preservado, pela indústria turística, a partir da segunda metade do século XX. A construção de Ouro Preto enquanto roteiro turístico esteve diretamente ligada à atribuição do valor de cidade-monumento e, em diversos momentos, o desenvolvimento turístico da cidade foi percebido como a solução para muitos dos problemas que dizem respeito à salvaguarda desse sítio urbano, tombado a nível federal. Por fim, buscamos, ainda, interpretar algumas das recentes transformações na atividade turística desenvolvida nessa cidade, como um estudo de caso de processos históricos mais amplos que envolvem a aceleração na concentração dos meios de produção, a crescente expropriação dos trabalhadores envolvidos nesse tipo de atividade e a criação permanente de novos produtos turísticos.
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2006-08 Rebeldia no Planalto: A expulsão dos Padres Jesuítas da Vila de São Paulo de Piratininga no Contexto da Restauração (1627-1655)TítuloRebeldia no Planalto: A expulsão dos Padres Jesuítas da Vila de São Paulo de Piratininga no Contexto da Restauração (1627-1655)Autor
Sheila Conceição Silva LimaOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2006-08-24Nivel
MestradoPáginas
159Volumes
1Banca de DefesaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLuciano Raposo de Almeida FigueiredoSérgio ChahonWilliam de Souza Martins
ResumoEsta dissertação constitui um estudo da expulsão dos jesuítas da Vila de São Paulo de Piratininga em 1640, procurando entendê-la como um episódio de revolta, típico do Antigo Regime. O foco da pesquisa recai sobre as tensões, geradas pelo desenvolvimento da vila, entre os seus homens bons - isto é, camaristas e sertanistas, que avançaram sobre as reduções jesuíticas portuguesas e espanhalos em busca da mão-de-obra de que tinham necessidade - e os padres da Companhia de Jesus, cujas idéias sobre a administração dos indígenas e de suas terras eram bem diversas. Entenda-se, por outro lado, que essas disputas não deixaram de ocorrer ao redor de uma concepção jurídico-teocrática da sociedade e do poder, baseada no respeito às liberdades e aos direitos, que fora formulada e divulgada pelos próprios jesuítas. Presente ao longo do século XVIII luso-brasileiro, essa concepçao, na década anterior a 1640, forneceu os principais argumentos para o movimento da Restauração portuguesa. No entanto, súditos tanto do rei espanho Filipe IV (1621-1640) quanto do português D. João IV (1640-1656), os paulistas souberam apropriar-se desse discurso para defender seus privilégios e liberdades; e combater o que consideravam os abusos dos inacianos. Dessa forma, vieram a apresentar-se como agentes do engrandecimento da Coroa à qual serviam, enquanto atribuíram aos padres da Companhia o papel de maus vassalos de elrei.
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2006-08 As Peculiaridades dos Bancários CariocasTítuloAs Peculiaridades dos Bancários CariocasAutor
Renato Costa Lima FilhoOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2006-08-21Nivel
MestradoPáginas
329Volumes
1Banca de DefesaHiran RoedelLuiz Carlos SoaresMarcelo Badaró MattosRicardo da Gama Rosa CostaThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoPesquisa sobre a formação histórica do Sindicato dos Bancários de Município do Rio de Janeiro nas de 1960 a 2000, com foco nas décadas de 1980 e 1990. Trata dos rebatimentos das novas formas de organização do trabalho nos estabelecimentos bancários a partir das transformações da estrutura produtiva em face das novas tecnologias microeletrônicas e dos métodos de gerenciamento e controle. Articula estas mudanças aos avanços do capital sobre o trabalho, abordando seus conteúdos políticos, sociais, econômicos e culturais e suas conseqüências sobre a formação das lideranças bancárias.
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2006-08 "Civilização e Barbárie: a representação da nação nos textos de Sarmiento e do Visconde do Uruguai".Título"Civilização e Barbárie: a representação da nação nos textos de Sarmiento e do Visconde do Uruguai".Autor
Maria Elisa Noronha de Sá MäderOrientador(a)
Marco Antonio Villela PamplonaData de Defesa
2006-08-10Nivel
DoutoradoPáginas
235Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoMárcia de Almeida GonçalvesMarco Antonio Villela PamplonaMaria de Fátima Silva GouvêaMaria Ligia Coelho PradoRicardo Henrique SallesRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoEsta tese analisa a idéia de nação e identidade nacional nos textos de Domingo Faustino Sarmiento e Paulinho José Soares de Sousa, o Visconde do Uruguai, autores e atores privilegiados no processo de construção de seus respectivos Estados nacionais, a Argentina e o Brasil, na segunda metade do século XIX. Partindo do argumento central de que a dicotomia civilização/barbárie foi um dos eixos centrais da representação da nação nas Américas, analiso os diversos desdobramentos e significados próprios - políticos, espaciais, culturais e simbólicos -, que esses termos adquiriram nos projetos de nação formulados por esses autores, no que diz respeito à construção de uma nova ordem política nestes Estados recém independentes.
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2006-08 A Trincheira dos Trabalhadores: João Goulart, PTB e o Ministério do Trabalho (1952 - 1954)TítuloA Trincheira dos Trabalhadores: João Goulart, PTB e o Ministério do Trabalho (1952 - 1954)Autor
Márcio André Koatz SukmanOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2006-08-04Nivel
MestradoPáginas
156Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireAngela Maria de Castro GomesDenise Rollemberg CruzJorge Luiz FerreiraMarieta de Moraes Ferreira
ResumoA dissertação analisa a trajetória de consolidação de João Goulart como um dos principais dirigentes políticos do país. Em um período de aproximadamente dois anos, alcançou a presidência nacional do Partido Trabalhista Brasileiro e assumiu a gestão do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio durante o segundo governo de Getúlio Vargas. Neles impôs sua liderança ao empreender um conjunto de reformas estruturais, o que lhe possibilitou implantar uma política em favor dos trabalhadores, articulada pelo fortalecimento e mobilização das organizações sindicais. Em consonância com essas mudanças, ocorria o processo de transferência do carisma pessoal de Getúlio Vargas para Goulart, que o elegia como o principal herdeiro de sua obra e sucessor no trabalhismo. Com o legado getulista e o apoio do operariado, Jango legitimava-se como uma referência popular, reformista e nacionalista nos anos 1950.
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2006-07 Teologia da Libertação: Revolução e reação interiorizadas na IgrejaTítuloTeologia da Libertação: Revolução e reação interiorizadas na IgrejaAutor
Sandro Ramon Ferreira da SilvaOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2006-07-31Nivel
MestradoPáginas
143Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzMarcelo Bittencourt Ivair PintoMarcelo da Silva Timotheo da CostaMaria Paula Nascimento Araújo
ResumoEsta dissertação aborda as transformações sofridas pela Igreja Católica Romana ao longo do século XX e, principalmente na sua segunda metade, quando vários setores do clero na América Latina passaram a identificar-se com as causas das esquerdas do continente e com a questão do homem pobre. Dessa metamorfose, brotou o ideal de libertação das classes empobrecidas e das nações latino-americanas. Desenvolveram uma nova reflexão teológica voltada para os anseios e necessidades desse homem e dessa sociedade: a Teologia da Libertação. Tal reflexão, nascida a partir de uma nova práxis do clero, dialogava com as novas concepções políticas, cada vez mais radicalizantes, que surgiam no continente, animadas pelo mito da revolução e pelo mito do foco, após a vitória de Fidel Castro, em 1959. E também com a elaboração da teoria da Dependência, que pressupunha a ruptura com os grandes centros financeiros do mundo capitalista como a única forma de libertar a América Latina da condição de opressão na qual se encontrava. Dialogava ainda, com os novos posicionamentos da Santa Sé, a partir dos documentos do Concílio Vaticano II, mas, sobretudo, das encíclicas de João XXIII e Paulo VI, Pacem in Terris e Populorum Progressio, respectivamente. As novas posições geraram muitos conflitos e impasses, tanto no interior da Igreja Católica quanto nas sociedades latino-americanas, tornando-se a Teologia da Libertação (TL) objeto de muitos ataques, mas também, de muitas disputas. No Brasil, assumiu função ideológica hegemônica na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e foi fundamental na constituição das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), dentro do processo de transição política que o país vivia, saindo do regime civil-militar e retornando ao Estado de Direito. Na América Central e na Nicarágua, principalmente, assumiu um caráter mais explosivo e tornou-se parte integrante dos novos valores simbólicos, assumidos pela Frente Sandinista de Libertação Nacional, durante o processo revolucionário do país. Após 1984, foi ostensivamente combatida pela Santa Sé e pelas novas políticas do papa João Paulo II, para a Igreja latino-americana.
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2006-07 A arte no coletivo de cultura do movimento dos trabalhadores sem terra (1996 - 2006 )TítuloA arte no coletivo de cultura do movimento dos trabalhadores sem terra (1996 - 2006 )Autor
Tania MittelmanOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2006-07-28Nivel
MestradoPáginas
166Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralClaudio Roberto Marques GurgelHiran RoedelVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA dissertação objetivou identificar as concepções de arte e cultura presentes no Coletivo Nacional de Cultura do MST. Além disso, analisou os usos dos diferentes recursos artísticos estruturados pelo coletivo, destacando-se a produção musical, as artes plásticas e a dramaturgia no interior do movimento.
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2006-07 NOTÍCIAS DA BAHIA: A repercussão da revolta dos malês na Corte Imperial do Rio de Janeiro na primeira metade do século XIXTítuloNOTÍCIAS DA BAHIA: A repercussão da revolta dos malês na Corte Imperial do Rio de Janeiro na primeira metade do século XIXAutor
Tatiane Silva TerezaOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2006-07-28Nivel
MestradoPáginas
149Volumes
1Banca de DefesaFlávio Dos Santos GomesHumberto Fernandes MachadoMárcia de Almeida GonçalvesMariza de Carvalho SoaresMartha Campos Abreu
ResumoEstudo da repercussão nos jornais fluminenses das notícias do Levante dos Malês - revolta de africanos, que professavam o Islã como religião, ocorrida em Salvador, em 1835 - e do debate estabelecido na imprensa acerca das cobranças feitas às autoridades de medidas repressivas sobre os africanos, escravos e libertos, que viviam na cidade do Rio de Janeiro, em face do clima de insegurança provocado por boatos de haitianismo - ou seja, o medo de uma insurreição nos moldes da ocorrida em São Domingos, Haiti, quando senhores brancos foram mortos por seus escravos - e de possíveis revoltas escravas nas mesmas proporções da ocorrida na Bahia, resultando na intensificação do controle aos africanos, como também, aos seus descendentes.
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2006-07 REVOLTAS DO QUEBRA-QUILOS: Levantes populares contra o Sistema Métrico DecimalTítuloREVOLTAS DO QUEBRA-QUILOS: Levantes populares contra o Sistema Métrico DecimalAutor
Viviane de Oliveira LimaOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2006-07-27Nivel
MestradoPáginas
142Volumes
1Banca de DefesaGizlene NederHumberto Fernandes MachadoMárcia de Almeida GonçalvesRicardo Henrique SallesThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEsta pesquisa consiste no estudo das Revoltas do Quebra-Quilos, que ocorreram nos anos de 1874 e 1875, nas províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas, em reação à medida do Governo Imperial de adotar o sistema métrico francês, substituindo o antigo sistema de pesos e medidas no Brasil. A lei foi implantada no ano de 1862 e estabelecia um prazo de dez anos para que fosse gradativamente substituída e a população conscientizada de sua necessidade. No entanto, isto não foi feito e em 1872 o novo sistema entrou em vigor. Os governantes fundamentavam-se num discurso, de que estas mudanças viriam para modernizar, ordenar e civilizar o país, para assim serem bem vistos internacionalmente. Porém, os homens livres e pobres não compartilhavam desta idéia e desconfiados das mudanças impostas pelo governo, se revoltaram. Este trabalho buscará mostrar que as revoltas aconteceram, principalmente, por causa da insatisifação popular com a mudança do sistema de pesos e medidas, já que o antigo sistema encontrava-se bastante enraizado em seus costumes, hábitos e tradições. O comércio, as relações pessoais, e o cotidiano dos homens livres e pobres, possuíam uma ordem própria e, dessa forma, eles resistiram a idéia de ordenar um espaço, que no entender deles já estava ordenado. A imposição do sistema métrico francês representava a interferência direta do Governo na vida dos brasileiros. Iniciou-se então o movimento, onde os atos mais expressivos eram a quebra dos novos instrumentos de mediação, o que lhes rendeu o nome Quebra-Quilos.
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2006-07 OS FINS E SEUS MEIOS: DIPLOMACIA E PROPAGANDA NAZISTA NO BRASIL (1938-1942)TítuloOS FINS E SEUS MEIOS: DIPLOMACIA E PROPAGANDA NAZISTA NO BRASIL (1938-1942)Autor
Igor Silva GakOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2006-07-27Nivel
MestradoPáginas
131Volumes
1Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposDenise Rollemberg CruzJorge Luiz FerreiraLuis Edmundo de Souza MoraesMarly Silva da Motta
ResumoA presente dissertação estuda a propaganda nazista no Brasil entre 1938 e 1942. Nesse período o governo Vargas proibira qualquer tipo de difusão ideológica estrangeira em território brasileiro. Os diplomatas alemães, então, investiram na publicação de textos propagandísticos em português como alternativa para a propagação da ideologia nazista e como estratégia para buscar afastar o Brasil do aliados ocidentais depois do início do conflito na Europa. A metodologia consiste na análise dos textos publicados por Vicente Paz Fontenla em seus livros e no Boletim Mercantil de estudos político-econômicos documentados, e por Wladimir Bernardes na Gazeta de Notícias, um dos principais jornais do Rio de Janeiro no período. Além disso, buscou-se identificar uma possível relação entre a publicação desses textos e a orientação da pol´tica externa alemã do período.
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2006-07 A fiação de um Bairro: A fábrica Bangu e o seu Projeto Social (1930 a 1945 )TítuloA fiação de um Bairro: A fábrica Bangu e o seu Projeto Social (1930 a 1945 )Autor
Luciana da Cunha OliveiraOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2006-07-26Nivel
MestradoPáginas
135Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesFrancisco Carlos Palomanes MartinhoJorge Luiz FerreiraMarco Aurélio SantanaNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoEsta pesquisa analisa o papel da Companhia Progresso Industrial do Brasil conhecida como Fábrica Bangu, na urbanização e industrialização do bairro, mais especificamente o projeto industrial da companhia voltado para os benefícios sociais. Tomamos como ponto de referência o governo de Getúlio Vargas de 1930 a 1945 período que destaca o papel de maior interferência do Estado no campo social. Analisamos também a constituição da família banguense as memórias dos antigos moradores e operários buscando compreender como percebiam a fábrica e o bairro no contexto analisado.
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2006-07 SOB A LÓGICA DA DESCONFIANÇA: A POLÍCIA POLÍTICA E A CAMPANHA "O PETRÓLEO É NOSSO!" (1947-1953)TítuloSOB A LÓGICA DA DESCONFIANÇA: A POLÍCIA POLÍTICA E A CAMPANHA "O PETRÓLEO É NOSSO!" (1947-1953)Autor
Angelissa Tatyanne de Azevedo E SilvaOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2006-07-26Nivel
MestradoPáginas
159Volumes
1Banca de DefesaDenise Rollemberg CruzEliane Garcindo de SáJorge Luiz FerreiraMarly Silva da MottaRicardo Figueiredo de Castro
ResumoA dissertação de mestrado tem como objeto de estudo a atuação da Polícia Política no movimeto O petróleo é nosso que se evidenciou entre os anos de 947 e 1953. O tema envolve, portanto, o período de experiência democrática vislumbrado no Brasil a partir da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas. Neste contexto, busca-se tecer a rede de relações e de trocas materiais e simbólicas entre os diferentes agentes históricos da época. A tessitura desta rede evoca a caracterização de dois processos que se interligavam de formas diversas: a institucionalização e o acirramento das atividades da polícia política no Brasil e o advento do período democrático. Este é o eixo de reflexão da pesquisa, questão importante que me permite pensar como se constituía a idéia do que é impróprio e, portanto, passível de ser reprimido. A análise da atuação da Polícia Política demanda a preocupação com diferentes temas e conceitos que forjavam o caldo cultural da época. O nacional-estatismo, o ambiente de guerra-fria, o clima anti-comunista, o conceito de criminalidade política, a democracia brasileira do pós-guerra, o comunismo com doutrina política e ideológica, etc. A proposta é mostrar como o governo de regime democrático e um órgão policial agiram de modo a traçar a idéia do que é impróprio e, portanto, passível de ser reprimido politicamente. O conceito de criminalidade política aponta para um campo de forças peculiar. A Campanha do Petróleo servirá como chave de análise da atuação do órgão policial. Trata-se de um importante movimento civil, lugar privilegiado para se abordar os temas e conceitos aludidos anteriormente. Isto porque a campanha O petróleo é nosso se constituía a partir das premissas de soberania nacional e resguardo das reservas naturais ante a entrada dos inimigos externos, aproximando numa mesma bandeira política forças nacional-estatistas e comunistas. Neste processo os militares desempenharam um papel político relevante. A proposta de defesa e do monopólio estatal da exploração do petróleo era uma bandeira antiga de ala importante do meio militar.
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2006-07 O PAIZ E A GAZETA NACIONAL: Imprensa republicana e abolição . Rio de Janeiro, 1884-1888.TítuloO PAIZ E A GAZETA NACIONAL: Imprensa republicana e abolição . Rio de Janeiro, 1884-1888.Autor
Andréa Santos da Silva PessanhaOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2006-07-25Nivel
DoutoradoPáginas
211Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesEduardo SilvaHumberto Fernandes MachadoKeila GrinbergMarialva Carlos BarbosaMartha Campos AbreuRicardo Henrique Salles
ResumoO tema deste estudo é a relação entre república e abolição da escravatura, existente na imprensa republicana da cidade do Rio de Janeiro, entre 1884 e 1888. Os discursos sobre o fim do cativeiro e sobre o escravo veiculados nos jornais O Paiz e a Gazeta Nacional constituem o objeto específico. Pretendo compreender como os critérios de cidadania e de pertencimento à nação brasileira foram construídos, nestes jornais, a partir da articulação dos princípios do liberalismo e do etnocentrismo científico.
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2006-07 Cor, Identidade e Mobilidade Social: crioulos e africanos no Rio de Janeiro. (1870-1888)TítuloCor, Identidade e Mobilidade Social: crioulos e africanos no Rio de Janeiro. (1870-1888)Autor
Lucimar Felisberto Dos SantosOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2006-07-19Nivel
MestradoPáginas
129Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Lugão RiosHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMartha Campos AbreuSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoEste trabalho tem como objetivo investigar as estratégias de africanos e crioulos, no perímetro urbano do Rio de Janeiro, nas duas últimas décadas que antecederam a abolição da escravidão, tendo em vista seus projetos de ascensão social. A partir do resgate de algumas trajetórias de escravos, libertos e livres se pretende perceber os sentidos e os significados da mobilidade social, para este grupo em particular, e como a sociedade, em geral, teria influído de maneira positiva ou negativa neste projeto. Considerando a condição escrava de uma grande parcela deste grupo, será dada prioridade às estratégias pensadas para a conquista da alforria e as formas como elas se entrelaçavam às expectativas de uma sociedade que tentava se adaptar às mudanças socioeconômicas do período.
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2006-07 A Romanização no Egito: Direito e Religião (séculos I a. C. - III d. C.)TítuloA Romanização no Egito: Direito e Religião (séculos I a. C. - III d. C.)Autor
Luís Eduardo LobiancoOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
2006-07-19Nivel
DoutoradoPáginas
429Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoClaudia Beltrão da RosaEdgard Leite Ferreira NetoNorma Musco MendesSônia Regina Rebel de AraújoVânia Leite Fróes
ResumoO objetivo desta tese é identificar a intensidade do desenvolvimento do processo de romanização no Egito, desde a conquista de Otávio (30 a.C.) até a promulgação do Edito de Caracala (212 d.C.), observando como atuavam o direito e a religião vigentes naquela província romana, junto aos quatro segmentos étnicos que compunham o seu tecido social no período acima referido: egípcios, judeus, gregos e romanos. O estudo de tais atividades é efetuado a partir de fontes textuais e iconográficas. As primeiras mostram a engrenagem jurídico-legal de todas as etnias acima citadas, bem como as práticas da religião judaica. As segundas revelam as manifestações espirituais politeístas. No que tange ao direito de egípcios, gregos e romanos, opero textos contidos nas coleções B.G.U. e Papiros de Oxirrinco. Em relação ao direito judaico utilizo tanto fragmentos do tratado O Decálogo, de Filão de Alexandria, quanto trecho do texto homônimo, presente na Torah. No que concerne ao politeísmo de egípcios, gregos e romanos, lanço mão de fontes iconográficas funerárias e imagens em reversos de moedas cunhadas em Alexandria, ao tempo da dinastia Antonina. Por fim, volto a textos da Torah para ilustrar pontos centrais da religião judaica. A Análise de Conteúdo é a metodologia empregada para analisar todas as fontes primárias acima citadas. Esta tese constata que, embora o processo de romanização tenha se instalado em território egípcio durante o domínio romano no período acima citado, os direitos indígenas de gregos e egípcios mantiveram-se em atividade, simultaneamente com o romano. O direito romano não apenas regulava as atividades jurídico-legais dos cidadãos romanos, mas também estendia sua influência a todas as etnias nativas do Egito, anterior à conquista de Otávio. O Decálogo foi preservado e a interferência da cultura clássica nele ocorrida, foi a presença da filosofia grega, na exegese bíblica de Filão. No âmbito da religião, observa-se que tanto o judaísmo, quanto as práticas politeístas continuaram a ser praticados. A iconografia, embora híbrida, revelou significativa presença de elementos espirituais faraônicos e gregos, bem mais consistentes do que os romanos.
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2006-06 Quem Tem Padrinho Não Morre Pagão: As relações de compadrio e apadrinhamento de escravos numa Vila Colonial (Mariana, 1715-1750)TítuloQuem Tem Padrinho Não Morre Pagão: As relações de compadrio e apadrinhamento de escravos numa Vila Colonial (Mariana, 1715-1750)Autor
Moacir Rodrigo de Castro MaiaOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2006-06-30Nivel
MestradoPáginas
216Volumes
1Banca de DefesaLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMariza de Carvalho SoaresRenato Pinto VenâncioSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoEste estudo analisa as relações de compadrio e apadrinhamento de escravos adultos e inocentes estabelecidas no difundido ato do batismo cristão em Mariana, importante centro minerador da Capitania de Minas Gerais na primeira metade do século XVIII (1715-1750). A necessidade de criação de laços de parentesco em uma nova terra fez com que africanos utilizassem a celebração do batizado para reforçar as identidades étnicas. Com esse fim, analisou-se os laços de apadrinhamento estabelecidos entre cativos minas e mais especificamente, dos provenientes da Terra de Courá. E como esses escravos, chamados couranos, se reorganizaram no cativeiro, tendo como base suas heranças. Por outro lado, procurou-se entender as múltiplas relações sociais estabelecida no compadrio dos inocentes e como os arranjos das famílias escravas foram fundamentais no reforço dos vínculos entre os parentes espirituais. Por fim, ao analisar variados corpos documentais procurou-se investigar os significados desse laço parental para a população mineira e como os diferentes atores sociais recriaram os sentidos do compadrio e deles se utilizaram, muitas vezes, para proteger as relações familiares.
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2006-06 O Encilhamento e a Economia de Juiz de Fora: O Balanço de uma Conjuntura (1888-1898)TítuloO Encilhamento e a Economia de Juiz de Fora: O Balanço de uma Conjuntura (1888-1898)Autor
Marcus Antônio CroceOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2006-06-29Nivel
MestradoPáginas
306Volumes
1Banca de DefesaAnderson José PiresCarlos Gabriel GuimarãesCezar Teixeira HonoratoGeraldo de Beauclair Mendes de Oliveira
ResumoO trabalho presente, tem como finalidade demonstrar como a conjuntura do Encilhamento (política econômica inserida no final do período imperial e no início do período republicano) influenciou no cotidiano sócio-econômico da região da Zona da Mata do Estado de Minas Gerais, em especial na sua cidade pólo, Juiz de Fora. Vemos que o Encilhamento, foi uma política econômica elaborada para uma nova forma produtiva no país. O fim da forma de trabalho escravo, contribuiu na transformação de investimentos em ativos. Investimentos que antes eram efetivados em grande porcentagem em ativos imobilizados como terras, benfeitoria e escravos, começavam a ceder espaços para papéis como, títulos, ações e dívida pública. Tal transformação, possibilita um aumento significativo dos ramos de produção em Juiz de Fora, e uma grande diversificação setorial. Uma das formas de visualizarmos tais diversificações setoriais, e apontada com destaque nessa pesquisa, é a crescente abertura de sociedades anônimas que Juiz de Fora viveu naquele momento. As sociedades anônimas inauguradas, nos setores financeiro, energético, ensino, agrícola, industrial e comercial, delineavam a infra-estrutura urbana de Juiz de Fora. A cidade constituía então, uma estrutura urbana, compatível com as dos maiores centros do país, sendo uma das poucas a possuir um sistema próprio de transportes, eletricidade, financeiro e industrial. A contribuição dos setores diversos nesse período, mostram que, existiram movimentações especulativas no mercado de capitais local, porém, o movimento de produção alcançou uma magnitude muito superior. Apesar de presenciarmos na conjuntura do Encilhamento, especulação e solidez caminharem lado a lado, pudemos observar que a solidez em Juiz de Fora se sobressaiu sobre a especulação. O resultado do balanço da conjuntura do Encilhamento em Juiz de Fora, demonstra que estabelecimentos importantes, existentes no mercado de capitais da cidade até os dias atuais, se originaram no período analisado. Aponta também que, os investimentos realizados em Juiz de Fora, sobretudo por agentes locais, durante o Encilhamento, influenciaram de forma direta na evolução sócio-econômica atingida pelo município.
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2006-06 E saíram à luz as novas coleções de Polcas, modinhas, lundus, etc. - Música popular e impressão musical no Rio de Janeiro (1820-1920).TítuloE saíram à luz as novas coleções de Polcas, modinhas, lundus, etc. - Música popular e impressão musical no Rio de Janeiro (1820-1920).Autor
Mônica Neves LemeOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2006-06-29Nivel
DoutoradoPáginas
326Volumes
2Banca de DefesaAníbal Francisco Alves BragançaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesJosé Roberto ZanMarcia Ermelindo TabordaMartha Campos AbreuMartha Tupinambá de UlhôaNelson Schapochnik
ResumoNo Brasil, o processo de autonomização do campo da música teve início logo após a chegada ao Rio de Janeiro da corte portuguesa, pois esta passou a servir de pólo dinamizador para um potencial mercado cultural e, em particular, para o da música. Após a implantação da Impressão Régia em 1808, a edição musical não tardou a constituir um dos mais importantes instrumentos nessa direção. Assim, ao transformar a música, pela primeira vez no país, em bem de consumo, em mercadoria, o setor gerou, a partir de 1824, o embrião do que, mais tarde, veio a ser conhecido como indústria cultural. Tal desenvolvimento implicou no advento de novas técnicas de impressão em geral, como a litografia; na entrada de capitais financeiros e culturais provenientes do exterior: na criação de um ativo comércio de partituras e instrumentos musicais, por meio de numerosas empresas; no surgimento e consolidação de diferentes espaços de produção e consumo musicais, como teatros, clubes e festas privadas; na ampliação do número de professores e de instituições de instrução musical; e, não menos importante, em um intenso debate ideológico, conduzido por pensadores que pretendiam estabelecer os traços fundamentais, inclusive musicais, que definiam a identidade do Brasil-nação com que sonhavam. No entanto, como muitos desses participantes estavam organizamente envolvidos com o nascente mercado musical, este acabou por refletir aquele debate e a orientar-se por ele, o que levou à criação de segmentos, de nichos de mercado, em que se moldaram gostos e formatos musicais originais, como a polca-lundu e o maxixe. O resultado foi o aparecimento, num momento posterior, com o disco e o rádio, do que passou a ser reconhecido e consagrado como música popular.
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2006-06 Julia Lopes de Almeida: uma personalidade ambígua na virada do século XIX para o XXTítuloJulia Lopes de Almeida: uma personalidade ambígua na virada do século XIX para o XXAutor
Mirella de Abreu FontesOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2006-06-23Nivel
MestradoPáginas
132Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralElódia Carvalho de Formiga XavierRachel SoihetSuely Gomes Costa
ResumoO objetivo deste trabalho consiste em enveredar na análise de parte da obra de Júlia Lopes de Almeida, uma escritora brasileira do século XIX, tomando-a como testemunho histórico e buscando detectar reflexões e condutas de seus personagens que denotem mudanças paulatinas e evidenciem avanços na consciência de gênero, além de tentar explicitar o posicionamento de Júlia Lopes de Almeida frente às questões da Maternidade, Educação e Trabalho Feminino, onde se mostra ambígua, ora avançando, ora recuando.A metodologia que empregarei nesse estudo será a de buscar nos diferentes textos (artigos, entrevistas, contos, crônicas e principalmente romances) da autora em questão, depoimentos que me possibilitem detectar reflexões, condutas de personagens que denotem alguma mudança e que evidenciem avanços na consciência de gênero por parte da autora, sujeito e intérprete do processo histórico de seu tempo.Júlia Lopes de Almeida ter-se-ia mantido ambígua, para garantir sua aceitação social, enquanto mulher participante do cenário público, visando preservar sua posição de prestígio na sociedade. Temia perder o acesso e o respeito conquistados no meio literário masculino, reservado a poucas mulheres e, para além disso, buscava manter-se bem aceita pelo público leitor, o que lhe garantiria um bom retorno em termos de reconhecimento, inclusive financeiro.