Dissertações e Teses
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2007-08 No Gozo dos Direitos Civis: associativismo no Rio de Janeiro, 1903-1916TítuloNo Gozo dos Direitos Civis: associativismo no Rio de Janeiro, 1903-1916Autor
Vitor Manoel Marques da FonsecaOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2007-08-21Nivel
DoutoradoPáginas
311Volumes
1Banca de DefesaBeatriz KushnirGizlene NederGladys Sabina RibeiroIsmênia de Lima MartinsLená Medeiros de MenezesMarco MorelTherezinha Barcellos Baumann Zavataro
ResumoNo início do século XX, um grupo significativo de intelectuais creditava à insolidariedade do brasileiro muitos dos problemas de nossa sociedade. No entanto, pesquisas empíricas demonstram a existência no Rio de Janeiro, entre 1903 e 1916, de um grande número de associações, de diferentes tipos, algumas só autorizadas para funcionamento e outras, mais detidamente estudadas, que cumpriram uma série de formalidades burocráticas para adquirirem personalidade jurídica. A reflexão sobre a motivação dessas sociedades, seu funcionamento, admininstração e os membros que congregavam frente às condições sociais da cidade do Rio de Janeiro e a legislação que as regulava, as caracteriza e avalia como locus privilegiado do exercício da cidadania de boa parte da população.
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2007-08 Entre idéias e ações: lepra, medicina e políticas públicas de saúde no Brasil (1894-1934)TítuloEntre idéias e ações: lepra, medicina e políticas públicas de saúde no Brasil (1894-1934)Autor
Dilma Fátima Avellar Cabral da CostaOrientador(a)
André Luiz Vieira de CamposData de Defesa
2007-08-06Nivel
DoutoradoPáginas
410Volumes
1Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposFlávio Coelho EdlerGilberto HochmanJorge Luiz FerreiraMagali Gouveia EngelRoberto Godofredo Fabri FerreiraSimone Petraglia Kropf
ResumoO trabalho que apresentamos tem por objetivo analisar a estruturação do conceito de lepra no meio médico brasileiro e identificar o conjunto de intervenções propostas para o controle da doença, através da montagem de um aparato burocrático baseado em leis, regulamentos sanitários e medidas profiláticas. Definimos como marcos cronológicos de nossa análise os anos de 1894, quando se estabeleceu o Laboratório Bacteriológico do Hospital dos Lázaros do Rio de Janeiro, e 1934, quando foi extinta a Inspetoria de Profilaxia da Lepra. Em torno destas balizas analisaremos o processo de instituição da lepra como um fenômeno patológico singular, seu estabelecimento como uma ameaça sanitária e as respostas institucionais que o Estado brasileiro formulou ao torná-la objeto de suas políticas públicas. A análise dos elementos que foram utilizados e os esforços realizados para tal empreendimento obedeceu do princípio que estas variáveis eram a feição externa do mesmo processo, que procurava conferir-lhe um lugar entre as endemias nacionais.
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2007-07 Economia, Sociedade e Paisagens da Capitania e Comarca de Ilhéus no Período ColonialTítuloEconomia, Sociedade e Paisagens da Capitania e Comarca de Ilhéus no Período ColonialAutor
Marcelo Henrique DiasOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2007-07-27Nivel
DoutoradoPáginas
424Volumes
2Banca de DefesaÂngelo Alves CarraraCarlos Gabriel GuimarãesFrancisco Carlos Teixeira da SilvaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJoão Luís Ribeiro FragosoMárcia Maria Menendes MottaSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoTrata-se de um estudo panorâmico sobre a formação das estruturas agrárias no território da antiga capitania de Ilhéus ao longo do período colonial. Na primeira parte é feita uma análise do mercado no qual a Capitania se inseria, os produtos que demandava, os circuitos comerciais de alcance regional e as articulações mercantis com outras partes da América portuguesa e mesmo do além-mar, os mecanismos de negócios etc. Na segunda parte são apresentadas as estruturas da produção agrária propriamente ditas, as áreas de incidência de lavouras e suas produções, as vias de circulação e as feitorias de madeira. Considerou-se que a dinâmica dos espaços econômicos da antiga Capitania corresponde ao grau de articulação dos mesmos com os centros irradiadores de demanda e capital.
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2007-07 CIDADE DO SOM: HISTORIA, MÚSICA E MEMÓRIATítuloCIDADE DO SOM: HISTORIA, MÚSICA E MEMÓRIAAutor
Cláudia Maria Calmon ArrudaOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2007-07-13Nivel
MestradoPáginas
217Volumes
1Banca de DefesaAlberto Moby Ribeiro da SilvaDaniel Aarão Reis FilhoIsmênia de Lima MartinsNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoEste trabalho aborda a trajetória de vida de oito moradores e ex-moradores do Conjunto Residencial Cidade do Som, localizado no bairro suburbano do Engenho da Rainha, na cidade do Rio de Janeiro. Para o desenvolvimento da pesquisa utilizou-se o aporte teórico-metodológico oferecido pela micro-história e pela história oral. As entrevistas foram balizadas por questões-chaves que tinham por objetivo traçar o perfil de cada entrevistado. A coleta de dados reuniu registros orais, fotográficos, além de uma série de documentos obtidos em órgãos públicos e de propriedade dos depoentes. A pesquisa analisa questões ligadas à evoluçãourbana da Cidade; as políticas habitacionais desenvolvidas pelo Banco Nacional de Habitação (BNH); as dificuldades do exercício da profissão de músico; o fenômeno migratório; a questão do autoritarismo em fases diversas de nossa vida política; a relação dos depoentes com os diferentes governos; e o individualismo, fruto da ideologia liberal que marcou as escolhas individuais de cada entrevistado. Estes temas foram dimensionados e relacionados com aspectos sócio-econômicos e políticos da sociedade brasileira, a fim de mostrar seus reflexos na vida do grupo investigado.
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2007-07 TRABALHO, GREVES E FUTEBOL: Luta, Identidade e Sociabilidade na Formação da Classe Trabalhadora Friburguense (1911-1933)TítuloTRABALHO, GREVES E FUTEBOL: Luta, Identidade e Sociabilidade na Formação da Classe Trabalhadora Friburguense (1911-1933)Autor
Victor EmrichOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2007-07-11Nivel
MestradoPáginas
153Volumes
1Banca de DefesaMarcelo Badaró MattosMarcos Alvito Pereira de SouzaRicardo da Gama Rosa CostaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEste trabalho centra sua análise na formação da classe trabalhadora em Nova Friburgo no período constituído entre 1911 e 1933, entendendo como fundamentais as relações decorrentes do conflito entre capital e trabalho. O recorte cronológico tem por idéia localizar o início do processo de consolidação das indústrias na cidade, ainda em 1911, visualizando, neste momento, disputas entre grupos da classe dominante que culminariam na "Noite do Quebra-Lampiões", envolvendo também outros atores, como as classes populares. A partir de então, a classe operária em formação levantaria várias bandeiras de protestos coletivos, redundando em algumas greves durante a década de 1910 e 1920. Embora algumas não tenham obtido o conjunto de suas reivindicações, contribuíram para um profundo amadurecimento da classe, que ficaria patente na grande greve de 1933, envolvendo várias forças e vários atores sociais. Portanto, desenvolvo a hipótese de que a classe trabalhadora friburguense passou por um processo de fazer-se entre 1911 e 1933, e que a visão harmoniosa que se tentou associar à cidade – como o mito da "Suíça Brasileira – não se revelava na prática, haja vista os vários momentos de enfrentamento entre trabalhadores e capitalistas. Contudo, uma parte significativa dessa consciência de classe que se forjara, estaria diretamente ligada às formas de sociabilidade desses trabalhadores e, de maneira especial, ao futebol. Numa cidade que dificultava o contato entre operários, em função da distribuição espacial das fábricas, o esporte bretão surgia como uma possibilidade de criação de laços identitários, como a fundação do Esperança Foot-Ball Club mostraria. Porém, antes mesmo da criação de tal clube, os dirigentes das fábricas – em sua maioria, alemães ou descendentes – fundariam também um time de futebol chamado Friburgo Foot- Ball Club. A partir da constituição desses dois clubes, é notário o quanto o campo de futebol se revestiu em uma arena de luta de classes, uma vez que muitos dos confrontos não terminaram de forma amistosa. E, tal situação se agravaria ainda mais, quando da criação de um terceiro clube, surgido de dentro do Friburgo F. C., que seria o Fluminense A. Club, complexificando ainda mais as disputas futebolísticas na cidade. Assim, através do futebol e das várias organizações de classe – entre as quais, o Partido Comunista e os Sindicatos – foi possível aos trabalhadores se identificarem e atuarem enquanto classe, como a greve de 1933 provaria.
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2007-06 Laços da Senzala, Arranjos da Flor de Maio: relações familiares e de parentesco entre a população escrava e liberta - Juiz de Fora (1870-1900)TítuloLaços da Senzala, Arranjos da Flor de Maio: relações familiares e de parentesco entre a população escrava e liberta - Juiz de Fora (1870-1900)Autor
Raquel Pereira FranciscoOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2007-06-11Nivel
MestradoPáginas
225Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Lugão RiosHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroRoberto Guedes FerreiraSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoEsta dissertação tem por objetivo analisar as relações familiares e de parentesco entre a população escrava e liberta do município cafeicultor de Juiz de Fora, localizado na Zona Mata de Minas Gerais, entre o período de 1870-1900. Através da análise de assentos de batismos/nascimentos e matrimônios, processos de tutelas de menores afrodescendentes, inventários post-mortem, testamentos e jornais pretende-se examinar as estratégias forjadas pelos escravos para ampliarem suas redes de sociabilidade e de solidariedade através das alianças matrimoniais e das relações de compadrio, instituídas por meio do batismo cristão, com indivíduos da mesma posição social ou distinta e as lutas que travaram para terem seus laços de família reconhecidos pela sociedade e para mantê-los quando da conquista da liberdade. Para o pós-abolição procura-se analisar, através da utilização dos mesmos tipos de fontes consultadas para o período escravista, a importância dada pelos libertos a seus arranjos familiares e de parentesco ao reconhecerem os filhos que tiveram no s tempos de cativeiro, as lutas que travaram para reunirarem seus entes, e para que seus vínculos familiares fossem reconhecidos e respeitados pela sociedade.
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2007-06 DIZERES EM CONFRONTO: A Revolta dos Posseiros de 1957 na Imprensa ParanaenseTítuloDIZERES EM CONFRONTO: A Revolta dos Posseiros de 1957 na Imprensa ParanaenseAutor
Éverly PegoraroOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2007-06-11Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaBeatriz KushnirIsmênia de Lima MartinsMárcia Maria Menendes MottaMaria Verónica Secreto Ferreras
ResumoEsta pesquisa reflete sobre a participaão da imprensa na Revolta dos Posseiros de 1957. Parte-se do pressuposto de que jornalismo é mediação simbólica e de que as estruturas narrativas têm papel ativo na criação e descrição da realidade histórica. O estudo faz uma análise comparativa do discurso jornalístico acerca do levante entre os periódicos paranaenses Gazeta do Povo e O Estado do Paraná. Além disso, apresenta as rádios Colméia de Pato Branco e Francisco Beltrão,com seu envolvimento direto no conflito. A revolta envolveu a disputa das mesmas terras entre os governos estadual e federal, companhias de terras, colonos e posseiros, no Sudoeste do Paraná, resultando em violências, mortes e desentendimentos políticos. A análise contempla o período mais intenso e violento, entre os meses de setembro e novembro, quando colonos e posseiros organizaram-se e expulsaram as companhias de terras e os jagunços por elas contratados, além de exigir a designação de novas autoridades municipais.
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2007-05 Cenários Cariocas: O Ballet da juventude entre a tradição e o moderno.TítuloCenários Cariocas: O Ballet da juventude entre a tradição e o moderno.Autor
Ana Beatriz Fernandes CerbinoOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2007-05-22Nivel
DoutoradoPáginas
286Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAntonio Herculano LopesMaria Bernardete Ramos FloresMartha Campos AbreuPaulo Knauss de MendonçaRoberto Wagner Pereira
ResumoO objetivo dessa tese é apresentar a história do Ballet da Juventude, primeira companhia de dança privada do Brasil, que existiu de 1945 a 1956. A fim de compreender sua formação e o modelo seguido por seus criadores, Jaques Corseuil e Sansão Castello Branco, e seus organizadores a Federação Atlética dos Estudantes (FAE) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), na Parte I é lançado um olhar para os Ballets Russes de Diaghilev, que instaurou o paradigma de uma moderna companhia de balé, ao mostrar no palco e no corpo a relação entre a tradição e o moderno. Essa relação também é investigada nas obras dos coreógrafos Vaslav Nijinsky e Léonid Massine que, ao proporem novas possibilidades de movimentação, influenciaram outros criadores. Ao mesmo tempo, busca-se nas formulações nacionais do Estado Novo os ideais que sustentaram esse projeto, e como esse se inseriu no contexto social abrangente do Brasil na década de 1940. Fontes visuais, como filmes, documentários e fotos, além de uma vasta bibliografia sobre os temas abordados foram aqui utilizadas. Na Parte II, são observadas as mudanças instituídas no espaço urbano do Rio de Janeiro no início do século XX, e como essa reestruturação, que objetivou inserir a cidade, e o país, no circuito internacional da belle-époque, também pode ser percebida a partir do diálogo entre corpo e dança. Entende-se a cidade como o lugar em que ocorre a apropriação de diferentes práticas e usos do corpo e como a representação que daí surge está situada entre o erudito e o popular, além da tradição e do moderno. As três temporadas do Original Ballet Russe, herdeiro do legado diaghileviano, realizadas no Rio de Janeiro, nos anos de 1942, 1944 e 1946, que marcaram fortemente o cenário artístico da cidade, são analisadas a partir das críticas de Jaques Corseuil publicadas nos jornais e revistas da época. A Parte III focaliza o processo de constituição da companhia, e os ideiais educacionais em prol do ‘desenvolvimento do povo brasileiro‘ defendidos por seus idealizadores. Entende-se que as fases vividas pelo Ballet da Juventude, durante seus dez anos de existência, articulam-se diretamente com as mudanças em curso na sociedade brasileira. A formulação de ‘balé moderno‘ defendidas por Igor Schwezoff, primeiro coreógrafo da companhia, e diretamente influenciado por Léonid Massine, também é apresentada nessa terceira parte. De grupo amador à ‘escola experimental de dança‘, até sua última apresentação, passando por uma breve, mas importante, fase de companhia profissional, todas as suas etapas são enfocadas a partir de matérias. Críticas e entrevistas publicadas na imprensa. Os acervos de Jaques Corseuil e Igor Schwezoff foram as principais fontes de pesquisa dessa Parte III.
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2007-05 LA LLORONA: mito e poder no MéxicoTítuloLA LLORONA: mito e poder no MéxicoAutor
Rosa Maria Spinoso de MontandonOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2007-05-16Nivel
DoutoradoPáginas
329Volumes
1Banca de DefesaGeorgina Silva Dos SantosJorge Luiz FerreiraMaria Helena Rolim CapelatoMaria Ligia Coelho PradoRachel SoihetRonald José RaminelliVera Lúcia Puga
ResumoA presente tese propõe uma aproximação histórica ao mito La Llorona, representação feminina de profundas raízes latino-americanas, especialmente no México, onde parece como o fantasma de uma mulher de branco, descabelada e chorosa, que clama pelos filhos, nas encruzilhadas dos caminhados, nos rios, lagos lagoas ou nascentes. Tal aproximação se faz sob três supostos teóricos diretamente relacionados entre si: a dialética feminina, o controle social, o discurso de autoridade, como instrumentos representativos, relacionais e funcionais do poder. Igualmente, o tema é abordado através de três perspectivas culturais também intimamente ligadas, a mítico-simbólica que remete à figura primordial da Grande Deusa, através das antigas deusas mexicanas e da tradição greco-latina; a histórico-literária, através dos intelectuais que se ocuparam de La Llorona; e a memória, individual e coletiva. Na realidade, esta última, pela amplidão e diversidade de formas com que se pode apresentar, e pela impossibilidade de esgotamento num único capítulo, ficou mais como uma possibilidade para futuras pesquisas,delineada na parte correspondente à atualidade do mito, nas reflexões finais do trabalho. E tudo dentro do marco histórico do processo de construção do Estado Nacional Mexicano, com a idéia de cidadania, o nascimento do nacionalismo e a busca por uma identidade nacional que pressupõem tais processos. De forma que o recorte cronológico foi situado no século XIX, embora com recuos até os séculos anteriores à conquista, passando por esta e pela colônia, e com projeções até o futuro no século XX, num tratamento que priorizou os aspectos temáticos por sobre a seqüência cronológica e a temporalidade linear convencional. Da mesma forma, foram utilizadas todas as categoriais de fontes que se puderam conseguir, inclusive as não convencionais, priorizando-se aquelas que pudessem fornecer informações pertinentes para o tema, por sobre sua origem e natureza. Finalmente, a estrutura de cada capítulo foi elaborada pensando-se na autonomia de cada um, com princípio, médio e fim, de maneira que sua leitura e compreensão independam do conhecimento do anterior.
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2007-04 A TRAJETÓRIA DA DESTRUIÇÃO: Índios e Terras no Império do BrasilTítuloA TRAJETÓRIA DA DESTRUIÇÃO: Índios e Terras no Império do BrasilAutor
Marina Monteiro MachadoOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2007-04-04Nivel
MestradoPáginas
132Volumes
1Banca de DefesaJosé Ribamar Bessa FreireMárcia Maria Menendes MottaRonald José RaminelliThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoLutas travadas por agentes sociais desiguais, os conflitos de terras foram constantes ao longo do século XIX no Brasil. Em meio aos conflitos, percebemos um crescente interesse sob as terras indígenas, que vinham sendo legitimadas enquanto tais desde os anos coloniais, e muitos esforços empreeendidos para conquistá-las. Para compreender este universo de disputas em torno de interesses, o trabalho se debruça sobre as leis produzidas na primeira metade do oitocentos, buscando compreender como este grupo social era encarado no interior da sociedade em gestação. Ao estudar as leis, elucida-se também como a visão construída sobre os índios foi fundamental para possibilitar a invasão de suas terras e posterior ocupação dessas. Como conseqüência, tal processo de espoliação de terras indígenas marcou o desaparecimento de grupos indígenas nas principais províncias do Império brasileiro. Tensões anunciadas entre o discurso da preservação e o desaparecimento dos povos nativos, está inserida ainda em outro discurso, o da civilização dos ditos gentios.
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2007-03 Sacrílegas Famílias: conjugalidades clericais no bispado do Maranhão no século XVIIITítuloSacrílegas Famílias: conjugalidades clericais no bispado do Maranhão no século XVIIIAutor
Pollyanna Gouveia MendonçaOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2007-03-30Nivel
MestradoPáginas
168Volumes
1Banca de DefesaLana Lage da Gama LimaLuciano Raposo de Almeida FigueiredoRonaldo VainfasSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoO presente trabalho analisa as relações familiares formadas por padres no bispado do Maranhão no século XVIII. Os processos da Justiça Eclesiástica que fundamentam este estudo permitem perceber, para além da simples transgressão, a existência de relações familiares, de verdadeiras conjugalidades vividas por sacerdotes. Na encruzilhada entre o modelo de comportamento que deveriam seguir e o "mau exemplo" que davam, a experiência amorosa e familiar de alguns clérigos do Maranhão permitem perceber o peso dos discursos moralizadores e a dificuldade enfrentada pela Igreja tridentina ao tentar dissociar esses sacerdotes do mundo e dos valores da sociedade circundante.
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2007-03 Brasil em periódicos: história, folclore, mestiçagem e nação no início do século XX. (Rio de Janeiro, 1903-1914)TítuloBrasil em periódicos: história, folclore, mestiçagem e nação no início do século XX. (Rio de Janeiro, 1903-1914)Autor
Carolina Vianna DantasOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2007-03-21Nivel
DoutoradoPáginas
199Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesEliana Regina de Freitas DutraHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroIvana Stolze LimaLaura Antunes MacielMagali Gouveia EngelMartha Campos Abreu
ResumoEsta tese visa compreender determinadas reflexões intelectuais sobre a identidade nacional, elaboradas a partir do folclore e da história na primeira década do século XX. Esses dois aspectos foram privilegiados por trazerem avaliações do papel de negros e mestiços na história e na cultura que, então, estavam sendo forjadas como nacionais. Sob o impacto da abolição da escravidão e da proclamação da república, tais avaliações também implicaram a consideração da própria mestiçagem na formação nacional. A ênfase do trabalho está voltada para a análise de artigos, crônicas, resenhas e contos publicados no Almanaque Brasileiro Garnier (1903-1914) e na Revista Kosmos (1904-1909).
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2007-03 As diversas formas de ser índio: políticas indígenas e políticas indigenistas no extremo Sul da América PortuguesaTítuloAs diversas formas de ser índio: políticas indígenas e políticas indigenistas no extremo Sul da América PortuguesaAutor
Elisa Frühauf GarciaOrientador(a)
Maria Regina Celestino de AlmeidaData de Defesa
2007-03-20Nivel
DoutoradoPáginas
321Volumes
1Banca de DefesaÂngela Maria Vieira DominguesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJoão Luís Ribeiro FragosoJoão Pacheco de Oliveira FilhoJohn Manuel MonteiroMaria Regina Celestino de AlmeidaSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoEsta tese busca compreender a construção dos relacionamentos entre os índios estabelecidos no sul da América e os portugueses. Estes, durante a segunda metade do século XVIII, empreenderam uma vigorosa tentativa de expansão das suas fronteiras com o fim de aumentar os seus domínios americanos. Para viabilizar tal expansão, os portugueses valeram-se do expediente de buscar entabular relações amistosas com as populações indígenas, para com isto possibilitar o seu estabelecimento na região. Além entabular relações amistosas com as populações indígenas, os portugueses também buscavam atrair para os seus domínios os índios vassalos do Rei de Espanha, principalmente os habitantes das missões jesuíticas situadas na margem oriental do rio Uruguai. Com tal estratégia, pretendiam aumentar as suas forças na região e, paralelamente, debilitar as espanholas. Para atrair os índios, os lusitanos desenvolveram uma série de políticas, chamadas genericamente de "bom tratamento", as quais deveriam convencê-los da superioridade dos portugueses em relação aos espanhóis. Perceber, portanto, como os índios que eram alvo destas disputas por vassalos utilizaram aquelas políticas para satisfazer os seus próprios interesses é a principal questão colocada neste trabalho.
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2007-03 Letrados d‘el Rey: Os Conselhos da História e o Poder Real em Portugal na Primeira Metade do Século XVIIITítuloLetrados d‘el Rey: Os Conselhos da História e o Poder Real em Portugal na Primeira Metade do Século XVIIIAutor
Renato Luiz Bacellar CajueiroOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2007-03-20Nivel
MestradoPáginas
205Volumes
1Banca de DefesaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesPaulo Knauss de MendonçaSérgio ChahonWilliam de Souza Martins
ResumoEsta dissertação tem por objetivo problematizar a inserção da Academia Real de História Portuguesa (1720-1736) nos debates sobre a presença em Portugal, na primeira metade do século XVIII, de uma modernização dos métodos de fazer História e de uma sensibilidade nova, em sintonia com a visão de mundo que surgia então na Europa. Para tanto, partindo de uma História preocupada com os discursos e conceitos, procuro valerme não só da bibliografia existente sobre a instituição como também das memórias e estatutos que esta deixou. Ao final, busco demonstrar que, apesar da Academia estar informada de uma intelectualidade européia que paulatinamente se laicizava, na estrutura de seus discursos e na exposição dos sentimentos que motivavam seus membros, configurava-se ainda uma entidade atrelada aos padrões de Antigo Regime, que servia sobretudo, num quadro profundamente religioso, como instrumento de exaltação régia.
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2007-03 Do underground brotam flores do mal. Anarquismo e contracultura na imprensa alternativa brasileira (1969-1992)TítuloDo underground brotam flores do mal. Anarquismo e contracultura na imprensa alternativa brasileira (1969-1992)Autor
João Henrique de Castro de OliveiraOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2007-03-19Nivel
MestradoPáginas
209Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralAna Lucia Silva EnneFernando Sergio Dumas Dos SantosLaura Antunes Maciel
ResumoA proposta deste trabalho é investigar a atuação de grupos sociais no Brasil, entre 1969 e 1992, privilegiando como fontes primárias os jornais publicados por eles. Partindo de suas idéias-base, divido tais gruposem dois: os que se reivindicavam anarquistas e os que eram mais pontamente identificados com os chamados movimentos de contracultura dos anos 60 e 70. Pretende-se avaliar como o anarquismo foi resgatado no contexto dos anos 60/70/80 no Brasil, período de ditadura civil-militar. Além disso, delinear que tipo de relação foi estabelecida entre os movimentos de contracultura e a filosofia libertária, ressaltando ainda o legado/influência que tais ideologias deixaram para os movimentos contemporâneos.
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2007-03 Minas Gerais, da capitania à província: elites políticas e a administração da fazenda em um espaço em transformaçãoTítuloMinas Gerais, da capitania à província: elites políticas e a administração da fazenda em um espaço em transformaçãoAutor
Alexandre Mendes CunhaOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2007-03-16Nivel
DoutoradoPáginas
340Volumes
1Banca de DefesaCaio Cesar BoschiCarlos Gabriel GuimarãesGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesIlmar Rohloff de MattosJoão Antonio de PaulaLuciano Raposo de Almeida Figueiredo
ResumoO presente trabalho tem como foco Minas Gerais entre a segunda metado do século XVIII e a primeira do século XIX. O argumento central diz respeito à precocidade do urbano nas Minas, como esses espaços produzem e articulam os espaços do rural, e como tudo isto se relaciona à progressiva diferenciação regional do território. O fundamental, não obstante, é a leitura dessa questão espacial ampla nas tramas de processos históricos diversos, perpassando economia, sociedade e política. As referências fundamentais são o estdo detalhado dessa questão espacial, das elites e da administração fazendária, cada um dos temas com perspectivas metodológicas variadas e expressivo repertório documental. Na primeira parte Os Espaços das Minas, discute´se a formação espacial mineira e adiferenciação desse espaço entre os séculos XIIIe XIX. Na segunda, A elite política (e econômica) mineira, busca-se a percepção dos processos de hierarquização social e organização política em Minas. Realizam-se também estudos verticais e horizontais de caracterização do grupo. A terceira parte Contos do Reino e das Minas: Fazenda, Estado e seus Agentes, investiga a formação da Fzenda pública dentro do Estado português e a administração desssas questões na sociedade mineira nos séculos XVIII e XIX. Trata-se de um exemplo importante da realidade presente e dos projetos futuros daquela economia. Ponto de chegada privilegiado, portanto, para a discussão desse espaço em transformação.
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2007-03 "A forma, o discurso e a política: As gerações da tragédia grega no século V a.C.Título"A forma, o discurso e a política: As gerações da tragédia grega no século V a.C.Autor
Guilherme Gomes MoerbeckOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
2007-03-16Nivel
MestradoPáginas
234Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaCiro Flamarion Santana CardosoJosé Antônio Dabdab TrabulsiVânia Leite Fróes
ResumoAs Grandes Dionísias, festas realizadas a cada primavera em honra do deus Dioniso, marcavam, no calendário de Atenas do séclo V a.C., o momento em que eram encenadas as tragédias de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. Os principais intuitos deste trabalho são demonstrar que os referidos autores podem ser inseridos em três gerações distintas e que, dentro do referido século a tragédia, na medida em que se afastava dos seus propósitos mágico-religiosos, criava uma comunidade artística que, por meio de festas cívicas, envolvia-se na produção e recepção de tais encenações. Aliado ao processo de configuração desta comunidade, a sociedade ateniense de então assistia à institucionalização e o alargamento da participação dos cidadãos no mundo político. A noção de campo político foi aplicada a esta realidade para demonstrar o grau de depuração, independência e estruturação a que chegou o jogo propriamente político em Atenas. No contexto sobre o qual se organizava campo político ateniense ocorriam as Grandes Dionísias e, por meio das obras trágicas, eram desenvolvidos, nos limites de tal gênero, temas diversos. A estratégia encontrada para delimitar as três gerações mencionadas foi a de, comparativamente, discutir temas-chave, como a guerra, a alteridade e a política. Do ponto de vista metodológico foram utilizados, seletivamente, a análise do discurso político e a semiótica
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2007-03 Do sigma ao sigma - entre a anta, a águia, o leão e o galo - a construção de memórias integralistasTítuloDo sigma ao sigma - entre a anta, a águia, o leão e o galo - a construção de memórias integralistasAutor
Márcia Regina da Silva Ramos CarneiroOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2007-03-16Nivel
DoutoradoPáginas
424Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAngela Maria de Castro GomesJoão Fábio BertonhaLaura Antunes MacielLucia GrinbergMárcia Maria Menendes MottaMaria Paula Nascimento AraújoNatalia Dos Reis Cruz
ResumoEsta tese dedica-se a analisar a construção de memórias integralistas produzidas por aqueles que se consideram depositários do direito de mantê-las presentes na História e que procuram demonstrar a importância da Ação Integralistas Brasileira como movimento político-social de massa da década de 1930. Entendendo que as idéias integralistas, em determinados momentos da história do Brasil, são consideradas base para projetos de organização partidária, propõe-se a composição de uma periodização a partir do lançamento do Manifesto de Outubro de 1932.Nestes períodos, pelos quais atravessa a memória do integralismo, percebe-se a tentativa de continuidade do movimento como organização política capaz de, ao resgatar e manter as idéias e propostas fundadoras da AIB, torná-las parâmetros para intervenção na vida pública nacional no atual século e para o futuro. Para esta análise utilizo-me principalmente da metodologia da História Oral que permite a produção das fontes no contato direto e pessoal entre historiador e o depoente, tornando-o co-produtor do conhecimento. Neste caso, com a militância da década de 1930 à atual. A observação de campo, feita a partir do comparecimento às reuniões e eventos comemorativos durante uma década de pesquisa, contribuiu para a apreensão do movimento no seu interior organizativo e, desta forma, entendê-lo como espaços de disputas do que é considerado significativo para os integralistas: o respeito, a observação e a interpretação das verdades doutrinárias que compõem a memória que querem preservar. Para embasar meu trabalho de análise, busco, primordialmente, apreender a constituição do movimento, sua história e as características sócio-culturais a partir, principalmente, das perspectivas de Antonio Gramsci e Mikhail Bakhtin. Estes demonstram que a produção de idéias não escapa às múltiplas determinações contextuais e conjunturais de quaisquer tempos e que os homens produzem a História no constante diálogo com os outros homens, ainda que se busque resgatar no passado as suas origens e utopias.
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2007-03 "Quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga". Wilson Simonal e os limites de uma memória tropicalTítulo"Quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga". Wilson Simonal e os limites de uma memória tropicalAutor
Gustavo Alves Alonso FerreiraOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2007-03-16Nivel
MestradoPáginas
257Volumes
1Banca de DefesaBeatriz KushnirDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzLaura Antunes MacielMaria Paula Nascimento Araújo
ResumoA dissertação é um estudo sobre a memória da ditadura brasileira (1964-1985), o meio musical da MPB e, por conseqüência, da sociedade brasileira. Nesse sentido o caso do cantor/compositor/intérprete Wilson Simonal é esclarecedor. Simonal passou a ser conhecido como "dedo-duro" quando a memória da resistência à ditadura foi forjada. Em 1971, num episódio controverso, o cantor foi acusado de ser informante do DOPS. Se o cantor de fato adulou o regime, ele não estava sozinho. Sua conduta apologética, longe de representar uma exceção, era regra no meio musical. No entanto, a memória acerca do meio musical parece polarizar todas as ofensas e descrédito nele. Ele é o bode expiatório social da memória da resistência, e sofreu por anos com o silêncio das esquerdas e direitas. Longe de referendar esta visão que vê em Simonal culpado/inocente, a dissertação busca compreender as relações entre sociedade e governo, buscando as nuances da época. A dissertação busca compreender como a sociedade brasileira construiu uma memória de si mesma, no pós-ditadura, se eximindo das relações que estabeleceu com o regime, procurando se apoiar na velha tradição dos bodes expiatórios, que tudo solucionaria. O estudo através da história é fundamental para entender a criação e reprodução dessa memória coletiva que fez de Wilson Simonal um exilado dentro de seu próprio país.
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2007-03 Males e Epidemias: sofredores, governantes e curadores no sul do Brasil (Rio Grande do Sul, século XIX)TítuloMales e Epidemias: sofredores, governantes e curadores no sul do Brasil (Rio Grande do Sul, século XIX)Autor
Nikelen Acosta WitterOrientador(a)
André Luiz Vieira de CamposData de Defesa
2007-03-16Nivel
DoutoradoPáginas
297Volumes
1Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposÂngela de Araújo PôrtoBeatriz Teixeira WeberLuiz Otávio FerreiraMagali Gouveia EngelNara Margareth Silva de AzevedoRonald José Raminelli
ResumoA epidemia de 1855 na capital da província do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, é o ponto inicial para a investigação das formas como as doenças, tanto as epidêmicas quanto às comezinhas, eram vividas em meados do século XIX. Partindo do papel desempenhado por três sujeitos plurais - sofredores, governantes e curadores - esta pesquisa busca identificar as ação e as trocas sociais entre estesque moldaram as respostas dadas por esta coletividade à epidemia. As concepções de saúde e cura; os debates em torno do que viria a ser a institucionalização da Saúde Pública; a inserção dos curadores e das idéias acerca do ambiente compuseram a agenda pré-existente de questões que instrumentalizou aquela sociedade a resistir e a buscar, passado o flagelo, evitar o seu retorno.
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2007-03 ELAS POR ELAS: trajetórias de uma geração de mulheres de esquerda Brasil - anos 1960-1980TítuloELAS POR ELAS: trajetórias de uma geração de mulheres de esquerda Brasil - anos 1960-1980Autor
Natalia de Souza BastosOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2007-03-16Nivel
MestradoPáginas
166Volumes
1Banca de DefesaBeatriz KushnirDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzLaura Antunes Maciel
ResumoA dissertação tem como objetivo de investigação a trajetória política de uma geração de mulheres que se envolveu com o projeto político das esquerdas revolucionárias e que, após a sua derrota, o redefiniu a partir do debate da especificidade da questão feminina. A pesquisa é, portanto, uma tentativa de reflexão do debate surgido, em meados dos anos 1970, entre as ex-militantes das esquerdas revolucionárias acerca de novas reflexões políticas e da valorização de conceitos como a democracia e a especificidade da questão da mulher na sociedade brasileira
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2007-03 "INDÚSTRIA" E TRABALHO NO SÉCULO XIX: O Estabelecimento de Fundição e Máquinas de Ponta da AreiaTítulo"INDÚSTRIA" E TRABALHO NO SÉCULO XIX: O Estabelecimento de Fundição e Máquinas de Ponta da AreiaAutor
Beatriz Piva MomessoOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2007-03-16Nivel
MestradoPáginas
133Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesLuiz Carlos SoaresRômulo Garcia de AndradeThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEsta dissertação tem por objetivo proporcionar uma reflexão acerca da Economia Brasileira durante o Segundo Reinado, no período compreendido entre 1844 e 1863. A partir do Estabelecimento de Fundição e Máquinas de Ponta d‘Areia de propriedade de Irineu Evangelista de Sousa, agraciado com o título de Barão de Mauá, buscou-se caracterizar a organização do processo de trabalho num estabelecimento industrial do século XIX. Em 1854, seu proprietário transformou-a em uma sociedade anônima, configuração que fugiu dos padrões predominantemente adotados da empresa familiar. O estabelecimento empregou mão-de-obra escrava e livre, destacando-se a recorrência ao escravo de aluguel. Além de uma revolta envolvendo escravos, ocorreram conflitos entre trabalhadores livres de diferentes nacionalidades. O estudo da conjuntura dos anos de 1850, em especial a Lei Eusébio de Queirós, o Código Comercial e a Lei de Terras, é crucial para o entendimento de Ponta d‘Areia como mecanismo que reforçou o bloco de poder, cujas diretrizes eram dadas pelos plantadores fluminenses. A análise de Fontes Oficiais dos Relatórios de Presidentes de Província, Relatórios Ministeriais, Balanços Empresariais em contraposição com a Correspondência Epistolar e Relatos Biográficos revelam a influência da empresa na sociedade escravista. A documentação da Junta de Comércio informa a política empregada em relação aos estabelecimentos industriais anteriores e contemporâneos à Ponta d‘Areia.
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2007-03 Escrevendo cartas, governando o império: A correspondência de Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho no governo-geral do Brasil (1691-1693)TítuloEscrevendo cartas, governando o império: A correspondência de Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho no governo-geral do Brasil (1691-1693)Autor
Marília Nogueira Dos SantosOrientador(a)
Maria de Fátima Silva GouvêaData de Defesa
2007-03-15Nivel
MestradoPáginas
267Volumes
1Banca de DefesaJacqueline HermannMaria de Fátima Silva GouvêaRonald José RaminelliSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoAntônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho esteve a frente do governo geral do Estado do Brasil entre 1690 e 1694. Nesse período, escreveu muitas cartas ao rei, mas não só para ele. Correspondeu-se ele também com os ministros de "Sua Majestade". À primeira vista, o leitor mais desatento, poderá dizer que se trata de códices iguais, um, cópia do outro, prática usual naquela época. No entanto, após uma leitura mais cuidadosa, poder-se-á perceber as diferenças, sutis, às vezes, existentes entre eles. Isto posto, é este o principal objetivo do presente trabalho. Isto é, partindo-se deste dois conjuntos de correspondência escritos a longo do mesmo período, procurar-se-á não só entender as diferenças existentes entre os dois conjuntos de cartas, como também o seu papel no interior deste ‘império de papel‘. Ou seja, entender de que forma tais cartas, interferiam de forma direta ou indireta na governação portuguesa na América, na virada do século XVII para XVIII.
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2007-03 Domínios e Império: o Tratado de 1825 e a Guerra da Cisplatina na construção do Estado no BrasilTítuloDomínios e Império: o Tratado de 1825 e a Guerra da Cisplatina na construção do Estado no BrasilAutor
Aline Pinto PereiraOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2007-03-14Nivel
MestradoPáginas
263Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroLucia Maria Bastos Pereira Das NevesThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoO presente estudo tem como objetivo discutir a Guerra da Cisplatina e sua ingerência sobre a formação do Estado Imperial brasileiro. Consideramos o fato de o conflito ter se iniciado após o reconhecimento da autonomia política do Brasil, pelo Tratado de Paz e Amizade, firmado em 29 de agosto de 1825, a partir da intermediação inglesa. Procuramos demonstrar a importância da Guerra da Cisplatina, primeiro conflito internacional do Brasil Independente, para a política interna e externa do Império, no primeiro quartel do Oitocentos. Indicamos que tal evento não foi motivado unicamente pela questão territorial, tendo sido um recurso extremado para a afirmação da Soberania do novo Estado e da autoridade de D. Pedro I.
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2007-03 "Evidências esmagadoras dos seus atos": fotografias e imprensa na construção da imagem pública da Ação Integralista Brasileira (1932-1937)Título"Evidências esmagadoras dos seus atos": fotografias e imprensa na construção da imagem pública da Ação Integralista Brasileira (1932-1937)Autor
Tatiana da Silva BulhõesOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2007-03-14Nivel
MestradoPáginas
176Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Teixeira da SilvaLaura Antunes MacielMarta Emisia Jacinto Barbosa
ResumoPensando a fotografia e a imprensa como práticas sociais e expressões de relações sociais e significados culturais, este trabalho analisa os usos e objetivos envolvidos na publicação de fotografias na imprensa carioca pela Ação Integralista Brasileira (AIB), um movimento político brasileiro de caráter autoritário, ao longo de sua existência legal, de 1933 a 1937.Neste sentido, o trabalho procura explicitar os sentidos e intenções da produção e divulgação de fotografias pela AIB, além da criação e o funcionamento de uma estrutura as secretarias de propaganda e Imprensa para a produção e divulgação de imagens e periódicos integralistas. Procurei avaliar a importância atribuída pela AIB à propaganda política e à imprensa, recuperando iniciativas criadas para implementar a edição e financiamento de jornais e revistas e, também, definir normas e padronizar procedimentos e linhas editoriais.Outra preocupação foi caracterizar as formas de fazer propaganda por meio de fotografias na imprensa integralista carioca, analisando a revista Anauê! E o jornal A offensiva, comparando as diversas formas de narrar acontecimentos, além de identificar as diferenças e semelhanças nas formas de contruir a memória sobre o integralismo e de seus inimigos. Por último, investiguei as alianças e articulações entre parcelas da imprensa carioca e a AIB analisando como as revistas A Noite lllustrada e fon-fon e o jornal Diário de Notícias, simpatizantes ao movimento, divulgavam seus textos e fotografias.