Dissertações e Teses
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2009-05 Leitura, encantamento e rebelião. O Islã Negro do Brasil do Século XIXTítuloLeitura, encantamento e rebelião. O Islã Negro do Brasil do Século XIXAutor
Priscilla Leal MelloOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2009-05-29Nivel
DoutoradoPáginas
298Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMarina de Mello E SouzaMariza de Carvalho SoaresMartha Campos AbreuRicardo Henrique Salles
ResumoA proposta deste trabalho que aqui apresentamos é refletir sobre a Rebelião Malê de 1835 a partir das redes de escrita e leitura em ambiente muçulmano no Império do Brasil. Percorremos, para tanto, a ante-sala do levante, procurando nas madrassas improvisadas localizadas nos arredores de Salvador e do Recôncavo o que chamamos de inteligência rebelde. Seguindo os indícios deixados pelas autoridades, bem como analisando os escritos árabes encontrados com os rebelados, identificamos a importância da participação haussá na rebelião, propondo a tese de que a inteligência do levante também foi haussá. Ao mesmo tempo, percorremos os cotidianos malês em outras províncias, como Alagoas e Rio de Janeiro. E ainda conseguimos inserir a produção das escolas corânicas da Bahia no que chamamos de literacia árabe no Atlântico. Por fim, propomos uma revisão do lugar da África na historiografia brasileira, demonstrando as fortes influências dos conhecimentos produzidos em importantes centros de estudos da África Ocidental nos saberes africanos praticados no Império.
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2009-05 As milícias D‘el Rey: Tropas militares e poder no Ceará SetecentistaTítuloAs milícias D‘el Rey: Tropas militares e poder no Ceará SetecentistaAutor
José Eudes Arrais Barroso GomesOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2009-05-29Nivel
MestradoPáginas
358Volumes
1Banca de DefesaMaria Fernanda Baptista BicalhoPedro Luís PuntoniRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
ResumoEste estudo procura discutir a estreita relação entre o "serviço das armas" e a manutenção de poderes locais no Império ultramarino português na modernidade. Inicialmente, busca traçar um panorama geral das forças bélicas no reino de Portugal e em seu império ultramarino, apontando para a sua grande heterogeneidade organizacional e social. Em seguida, analisa mais especificamente o papel das armas na conquista e colonização da capitania do Ceará ao longo do século XVIII, apontando a grande importância do "serviço das armas" na formação e manutenção de elites locais.
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2009-05 O verdadeiro Mandrake: Rubem Fonseca e sua onipresença invisível (1962-1989)TítuloO verdadeiro Mandrake: Rubem Fonseca e sua onipresença invisível (1962-1989)Autor
Aline Andrade PereiraOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2009-05-28Nivel
DoutoradoPáginas
241Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzLuis Alberto Nogueira AlvesMargarida de Souza NevesMaria Paula Nascimento AraújoVera Lúcia Follain de Figueiredo
ResumoA pesquisa tem por objetivo investigar a atuação política do escritor Rubem Fonseca em paralelo a sua trajetória literária. O autor ocupou cargos na direção do Instituto de Pesquisas do Rio de Janeiro (Ipês), além de ter assinado os documentários propagandísticos do instituto. O Ipês é visto por alguns autores, como Dreifuss, como o centro ideológico do golpe de 64. Em 1976 Rubem Fonseca tem seu livro "Feliz Ano Novo" censurado. A partir de então transforma-se em ferrenho opositor do regime. Pretendemos estabelecer de que forma podemos ver na literatura de Fonseca traços de suas relações políticas. O período analisado estende-se de 1963-1989. Nossa hipótese é a de que o escritor se insere no campo literário a partir de estratégias de legitimação oriundas de sua atuação no campo político. Como um "intelectual orgânico" irá reafirmar projetos ideológicos de sua classe- e contradizer outros.
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2009-05 Anarquismo, Sindicatos e Revolução no Brasil (1906-1936)TítuloAnarquismo, Sindicatos e Revolução no Brasil (1906-1936)Autor
Tiago Bernardon de OliveiraOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2009-05-25Nivel
DoutoradoPáginas
267Volumes
1Banca de DefesaAlexandre FortesClaudio Henrique de Moraes BatalhaMarcelo Badaró MattosNorberto Osvaldo FerrerasRicardo da Gama Rosa CostaSilvia Regina Ferraz PetersenVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEntre os anos de 1906 e 1936, particularmente, o movimento e as idéias anarquistas contribuíram para o desenvolvimento da identidade e consciência da classe trabalhadora no Brasil. Sua área de ação concentrou-se, basicamente, nos centros urbanos e o público alvo preferencial de sua propaganda foram os trabalhadores das cidades, embora os libertários partilhassem de uma concepção mais ampla de classe, segundo a qual pertenceriam à mesma classe todos os que vivessem de seu próprio trabalho e não da exploração alheia, fossem eles do campo ou da cidade, exercessem atividades manuais ou não. Assim, a presente tese versa sobre a trajetória do movimento anarquista em sua relação com o movimento operário brasileiro, sobretudo nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e do antigo Distrito Federal. Procura-se apresentar as estratégias, concepções e avaliações desenvolvidas pelos militantes libertários quanto às possibilidades de se fazer eclodir no Brasil um processo revolucionário que permitisse a concretização de seu ideal.
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2009-05 Da Guanabara ao Sena: relatos e cartas sobre a França Antártica nas guerras de religiãoTítuloDa Guanabara ao Sena: relatos e cartas sobre a França Antártica nas guerras de religiãoAutor
Luiz Fabiano de Freitas TavaresOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2009-05-25Nivel
MestradoPáginas
218Volumes
1Banca de DefesaCatarina Costa D´amaralJacqueline HermannMaria Fernanda Baptista BicalhoPaulo Knauss de MendonçaRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoEntre os anos de 1560 e 1567 a Baía de Guanabara abrigou um foco de ocupação francesa, a França Antártica, fundada pelo cavaleiro de Malta Nicolas Durand de Villegagnon. Embora breve, essa experiência seria marcada por inúmeras tensões e conflitos, que se refletiriam numa grande disputa pública na França, a partir de 1561. Numerosos personagens escreveriam no contexto dessa controvérsia polarizada em torno de questões religiosas, entre eles André Thévet, Jean Crespin, Jean de Léry e o próprio Villegagnon. Durante esses debates, uma das questões mais importantes seria a da definição de quem relatava a verdade dos acontecimentos na Guanabara. O objetivo do presente trabalho é analisar o enraizamento da controvérsia sobre a França Antártica no contexto político francês contemporâneo, buscando compreender suas relações com as diversas redes de aliança, bem como com as diferentes concepções políticas coevas. Assim sendo, serão examinados sob essa perspectiva os discursos articulados no quadro dessa disputa, com especial atenção para as modalidades de emprego da retórica. A pesquisa também se dedicará a estudar os discursos articulados pela documentação epistolar sobre o tema, analisando a inserção das questões políticas no universo das relações particulares, em oposição às relações públicas estabelecidas pela dinâmica da documentação impressa.
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2009-05 O Dito e o Feito. Heróis exemplares nos relatos de guerra na Restauração pernambucana (1630-1654)TítuloO Dito e o Feito. Heróis exemplares nos relatos de guerra na Restauração pernambucana (1630-1654)Autor
Jorge Luiz de Miranda LeiteOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2009-05-25Nivel
MestradoPáginas
159Volumes
1Banca de DefesaCarlos Ziller CamenietzkiJacqueline HermannMaria Fernanda Baptista BicalhoRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
ResumoNos relatos de batalhas presentes nos folhetos, produzidos no período da ocupação neerlandesa no nordeste da América lusitana (1630-1654), era recorrente o destaque de algumas virtudes basilares daquele tempo. Neles abstrai-se um estigma de divulgação, propaganda pessoal e/ou institucional, além de modelos exemplares de conduta que, muitas vezes, pareciam propor um ideal de comportamento resolutamente heróico. Por outro lado, o protagonismo em uma dessas publicações sobre feitos militares, ou mesmo a descrição de grandes realizações como coadjuvante, podiam elevar indivíduos a um patamar especial. O heroísmo e as virtudes destacadas em situações limites, divulgadas com alguma abrangência, poderiam produzir um reconhecimento de relevante significado naquela sociedade da Época Moderna. Os efeitos produzidos por esta "fama" produziam uma "imagem pública" de guerreiros, relacionados a momentos históricos específicos protagonizados por estes. Naquela sociedade pautada pelo signo da honra, particularmente pelo ethos da guerra, alcançar o reconhecimento da sua reputação era significativamente importante. Assim, indivíduos que divulgavam seus feitos e serviços militares por meio de folhetos procuravam fazê-lo de forma especial. A retórica utilizada nos opúsculos enaltecia os protagonistas dos feitos bélicos com toda a sorte de virtudes próprias daqueles que detinham honra. O foco deste trabalho é perceber como tal imagem veiculada seria importante para assessorar o alcance de uma distinção social naquele tempo por meio das mercês régias
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2009-05 Terremoto em Lisboa, Tremor na Bahia: Um protesto contra o donativo para a Reconstrução de Lisboa (1755-1757).TítuloTerremoto em Lisboa, Tremor na Bahia: Um protesto contra o donativo para a Reconstrução de Lisboa (1755-1757).Autor
Carolina Chaves FerroOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2009-05-22Nivel
MestradoPáginas
234Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesFrancisco José Calazans FalconGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLuciano Raposo de Almeida FigueiredoOswaldo Munteal Filho
ResumoGrande parte da historiografia sobre Portugal e seus domínios ultramarinos na época Moderna entende que o Terremoto de Lisboa fora um importante marco para que o Secretário de Governo do Rei D. José I na época, Sebastião José de Carvalho e Melo, depois Conde de Oeiras e mais tardiamente Marquês de Pombal, aplicasse as práticas governativas consideradas necessárias para a modernização da Coroa Portuguesa. Enquanto as preocupações se voltavam para as questões da administração e das finanças de Portugal, as implicações imediatas do Terremoto na sociedade da América ficaram à margem na historiografia. Este trabalho pretende preencher algumas questões que demonstram a lealdade dos colonos ao Rei, mas ao mesmo tempo sua preocupação em enriquecer e tirar o máximo proveito econômico desse território. Sendo assim, o estudo se concentra na análise de um abaixo-assinado, organizado pelos Homens de Negócio da Bahia da segunda metade do século XVIII, contra o Donativo para a Reconstrução de Lisboa, um novo tributo criado a pedido do Rei, mas que tem caráter obrigatório naquela sociedade.
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2009-05 "Bardos da Canalha, Quaresma de Desalentos" Produção Literária de Trabalhadores em Fortaleza na Primeira República.Título"Bardos da Canalha, Quaresma de Desalentos" Produção Literária de Trabalhadores em Fortaleza na Primeira República.Autor
Gleudson Passos CardosoOrientador(a)
Fernando Antonio FariaData de Defesa
2009-05-22Nivel
DoutoradoPáginas
360Volumes
1Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposFernando Antonio FariaLaura Antunes MacielLucia Maria Bastos Pereira Das NevesMaria Emília da Costa PradoNorma Côrtes Gouveia de MeloRicardo Emmanuel Ismael de Carvalho
ResumoComo ocorreu em outras capitais brasileiras, a implantação da Republica fez surgir diferentes posturas no circuito letrado da cidade de Fortaleza. Tendo em vista o jogo político que restabeleceu a velha estrutura de poder em favor das oligarquias locais, contrapondo-se a boa parte dos intelectuais que foram absorvidos pela imprensa facciosa, burocracia ou pelos partidos políticos emergentes naquele momento, outros agentes letrados perceberam diferentemente aquela situação e denunciaram essa trama através dos seus textos literários. Em jornais operários, brochuras, livros, panfletos e outras fontes históricas foram testemunhados as experiências em comum dos seus autores. A partir da analise destes documentos históricos, a problemática de estudo se preocupou em entender as leituras sociais e percepções diferenciadas daquele olhar arrivista em torno do novo regime, a eleger o campo literário como espaço possível de debate, uma vez que, naquela ocasião, foram comprometidos os canais de discussão nos pleitos eleitorais, esfera partidária e o exercício dos direitos políticos, civis e sociais. Destarte, pode-se dizer que a obra literária deixada por guarda-livros, caixeiros, amanuenses, ferroviários, artesãos, tipógrafos, músicos e outros, foi a estratégia de inserção destes agentes sociais nos debates públicos, que se distanciaram dos circuitos intelectuais convencionais na Primeira Republica. Sua produção literária se diferenciou em estilos, léxicos e narrativas, a evidenciar seus repertórios de leituras, formas de produção e circulação dos seus textos, redes de sociabilidades, bem como, suas experiências junto as camadas subalternas da população e a inserção no circuito letrado da capital cearense naquele período.
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2009-05 Cada qual no seu lugar: A constituição do espaço rural na cidade do Rio de Janeiro, 1890 - 1940TítuloCada qual no seu lugar: A constituição do espaço rural na cidade do Rio de Janeiro, 1890 - 1940Autor
Leonardo Soares Dos SantosOrientador(a)
Mario GrynszpanData de Defesa
2009-05-20Nivel
DoutoradoPáginas
244Volumes
1Banca de DefesaFania FridmanIlmar Rohloff de MattosJayme Lúcio Fernandes RibeiroJohn Cunha ComerfordMario GrynszpanNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoEste trabalho trata sobre a formação da zona rural da cidade do Rio de Janeiro, durante os anos de 1890 e 1940. No primeiro momento eu analiso a situação da evolução urbana no Rio nos últimos anos do século XIX. Depois, a atenção se fixa sobre o processo histórico de divisão administrativa de todo o espaço da cidade, observando a relação entre os usos urbano e rural. No terceiro capítulo, eu estudo a formação da zona suburbana e as conseqüências em relação à diferenciação entre Subúrbio e zona rural. Ao fim, eu reconstruo o percurso da concepção e efetivação do projeto de "Cinturão Agrícola", que teria o objetivo de fornecer os produtos agrícolas para a população carioca.
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2009-05 Cabo das tormentas e vagas da modernidade: uma história da Companhia Nacional de Álcalis e de seus trabalhadores. Cabo Frio (1943-1964) Arraial do CaboTítuloCabo das tormentas e vagas da modernidade: uma história da Companhia Nacional de Álcalis e de seus trabalhadores. Cabo Frio (1943-1964) Arraial do CaboAutor
Walter Luiz Carneiro de Mattos PereiraOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2009-05-14Nivel
DoutoradoPáginas
479Volumes
1Banca de DefesaAlexandre FortesGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraMarcelo Badaró MattosPaulo Roberto Ribeiro FontesRenato Luís do Couto Neto E LemosSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA Companhia Nacional de Álcalis, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, foi uma empresa estatal fundada por Getúlio Vargas, em 1943, que, no entanto, começaria a produzir somente em 1960, depois de inaugurada, sua primeira fase, por Juscelino Kubitschek. A empresa projetada para fabricar álcalis sódicos dedicar-se-ia, logo de início, a produção exclusiva de barrilha, matéria-prima fundamental para utilização nas indústrias de transformação, principalmente a de vidros. Contudo, sofrendo as conseqüências da forte concorrência do produto importado, controlado por trustes e cartéis, principalmente àqueles associados à indústria vidreira nacional, a Álcalis passaria por inúmeros percalços que quase a levaram à insolvência. Entretanto, seu estado de crise permanente estava sujeito a outras duas sérias questões, de natureza interna: a tecnologia utilizada, importada da França, há muito sendo descartada pelas congêneres estrangeiras; além de ser atingida por instituições do Estado e associações empresariais que tentavam desestabilizar a empresa. Durante quatro anos, de 1960 a 1964, foram os trabalhadores associados aos setores nacionalistas da sociedade civil, como partidos, sindicatos e entidades estudantis, que garantiriam a sobrevivência da CNA, em lutas não somente de caráter trabalhista, mas também por lutas políticas incessantes. Esse trabalho busca compreender a trajetória dessa empresa, sem desconsiderar, entretanto, sua situação na atual conjuntura.
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2009-05 História, Memória e Deserto: Os soldados Brasileiros no Batalhão Suez (1957-1967)TítuloHistória, Memória e Deserto: Os soldados Brasileiros no Batalhão Suez (1957-1967)Autor
Manoel Ricardo Arraes FilhoOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2009-05-11Nivel
DoutoradoPáginas
291Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Palomanes MartinhoLuis Edmundo de Souza MoraesMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz Quadrat
ResumoEste trabalho faz uma análise sobre a primeira Força de Paz da ONU, enviada para a região do Oriente Médio, compondo a UNEF (United Nations Emergency Force). Deste modo, o Exército brasileiro enviou ao Egito um Batalhão de Infantaria com efetivo acumulado de aproximadamente 6.300 homens (de janeiro de 1957 a julho de 1967), denominado de "Batalhão de Suez", integrando a Força de Emergência das Nações Unidas I (FENU I), organizada com a finalidade de separar forças egípcias e israelenses. Neste estudo, o interesse consiste em reconhecer as impressões daqueles "homens de paz", em um mundo de ódio secular e de identidades extremamente diferentes; e descobrir suas visões acerca do conflito, sobre a vida cotidiana do povo e da cultura de egípcios, palestinos e israelenses; enfim, resgatar a memória e a história da participação dos militares brasileiros. Para tanto, a análise foi realizada a partir do corpus de entrevistas com treze soldados piauienses, e também por meio de depoimentos de veteranos de outros Estados brasileiros, sobre si próprios, a realidade vivida e a cultura material que encontraram no contexto do processo de paz instaurado no deserto do Sinai, na Faixa de Gaza e em Jerusalém, durante a Missão de Paz. O estudo da História do Batalhão Suez, foi realizado com base em documentos oficiais da ONU, dos Exércitos e da UNEF, tais como relatórios, ofícios, memorandos, mapas, correspondências etc., disponíveis nos arquivos do Exército e nos sites oficiais da ONU e do Batalhão Suez. A História Oral tornou-se fundamental no desenvolvimento inicial da pesquisa, posto que reconhecer os depoimentos como fontes históricas relevantes, construídas na relação entrevistador e entrevistado, é fortalecer e amadurecer uma concepção de história que problematiza os sujeitos "ordinários" e os significados que atribuem às suas experiências, expressos por meio de seus valores, atitudes e crenças; em outras palavras, sua subjetividade. Uma vez que se trabalhou com a História Oral, antes de tudo, como uma metodologia, as fontes orais foram pensadas não exclusivamente como fornecedoras de informações em si mesmas, mas como reveladoras de importantes significados da Missão para a paz na região e na vida de cada um dos entrevistados.
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2009-05 Poder e comércio : a Associação Comercial e Industrial de Guarapuava (1955-1970)TítuloPoder e comércio : a Associação Comercial e Industrial de Guarapuava (1955-1970)Autor
Marcos Aurélio Machado FernandesOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2009-05-08Nivel
DoutoradoPáginas
257Volumes
1Banca de DefesaAlberto di SabbatoCarlos Gabriel GuimarãesCezar Teixeira HonoratoHélvio Alexandre MarianoMaria Letícia CorrêaMônica de Souza Nunes MartinsThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoA pretensão do trabalho de tese consiste na elaboração de um diálogo acerca do poder local, analisando a ação política do empresariado organizado a partir de sua entidade de classe. Como epicentro da pesquisa, foram consideradas as relações entre a diretoria da Associação Comercial e Industrial de Guarapuava (ACIG) e a da Câmara Municipal, no período de 1955 a 1970. A pesquisa submeteu registros de atas a um elenco de categorias de análise conceitual, identificando os elementos que se tornaram estáveis e permanentes pelas repercussões que essas relações trouxeram à cidade, levando em consideração que toda escolha é arbitrária diante da infinitude do real. A análise da burguesia econômica, pelas suas relações sociais, torna-se uma contribuição ao estudo da classe dominante. Os trabalhos, com orientação prosopográfica, procuram analisar as elites e descobrir um dos meios que detém o poder e conhecer seus mecanismos concretos. No decorrer da pesquisa, evidenciou-se a constituição de um grupo que, institucionalizando a ACIG, conseguiu espaço para ampliar sua inserção política local, passando, a partir daí, exercer o predomínio no poder local. Ainda que, isso não tenha de forma alguma excluído o grupo dominante anterior, senão que há aí uma acomodação e uma reprodução na política local, da modernização conservadora.
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2009-04 A "Real Junta do Commercio, Agricultura, Fabricas e Navegação deste Estado do Brazil e Seus Dominios Ultramarinos": Um Tribunal de Antigo Regime na Corte de Dom João (1808-1821)TítuloA "Real Junta do Commercio, Agricultura, Fabricas e Navegação deste Estado do Brazil e Seus Dominios Ultramarinos": Um Tribunal de Antigo Regime na Corte de Dom João (1808-1821)Autor
Walter de Mattos LopesOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2009-04-24Nivel
MestradoPáginas
212Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioCarlos Gabriel GuimarãesGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesRômulo Garcia de Andrade
ResumoApós a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro, uma série de medidas foram tomadas com o escopo de transformar a cidade em centro do império português, no processo de enraizamento do Estado e dos interesses que gravitavam em torno de sua órbita. Criado por Alvará Régio de 23 de Agosto de 1808, o tribunal da Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação deste Estado do Brasil e Seus Domínios Ultramarinos manifestou importância singular na resolução de conflitos jurisdicionais no interior no "sistema luso-brasileiro". Assentando nas cadeiras de deputado magistrados de carreira e poderosos homens de negócios, que encontravam no tribunal um importante espaço para a defesa de seus interesses, o estudo da referida instituição ilumina a compreensão das continuidades institucionais durante a transição do Brasil colonial para o Império e lança luz sobre o processo de construção do Estado português no Rio de Janeiro e formação de uma "unidade nacional" luso-brasileira ao longo da administração joanina
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2009-04 O Conde de Castelo Melhor: valimento e razões de Estado no Portugal seiscentista (1640-1667)TítuloO Conde de Castelo Melhor: valimento e razões de Estado no Portugal seiscentista (1640-1667)Autor
Vinícius Orlando de Carvalho DantasOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2009-04-24Nivel
MestradoPáginas
313Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesJacqueline HermannMaria Fernanda Baptista BicalhoRicardo de OliveiraRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoEste trabalho estuda o valimento do 3º conde de Castelo Melhor no Portugal de Afonso VI (1662-1667) a partir da dinâmica de interesses entre o rei e seu valido. A prática do valimento no Portugal restaurado figurava como uma solução institucional compensatória para ambas as partes. Para o rei, o auxílio de um valido numa conjuntura de conflitos na corte e de guerra peninsular parece ter tido muitos significados: a possibilidade de através de seu favorito garantir seu direito ao governo eliminando as facções políticas que resistiam ao seu reinado. Além das questões internas, ao contar com o auxílio de um favorito era possível adotar uma política de guerra mais ofensiva no conflito contra a monarquia hispânica, consolidando sua casa no poder. Como conseqüência deste processo, formar uma nova imagem pessoal afastando-se do estigma de "rei incapaz". Já para Castelo Melhor a posição de favorito do rei parecia ser a consolidação de um longo percurso de mobilidade social. Como filho de João Rodrigues de Vasconcelos – um dos mais destacados nobres da Restauração – poderia consolidar a trajetória de mobilidade social de sua casa e o legado de seu pai.
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2009-04 Vozes eclipsadas, memórias silenciadas: História social de operários cegos. Da euforia industrializante no Governo Kubitschek à recessão no Governo Figueiredo. Bahia, 1956-1983.TítuloVozes eclipsadas, memórias silenciadas: História social de operários cegos. Da euforia industrializante no Governo Kubitschek à recessão no Governo Figueiredo. Bahia, 1956-1983.Autor
José Jorge Andrade DamascenoOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2009-04-17Nivel
DoutoradoPáginas
232Volumes
1Banca de DefesaBeatriz KushnirCezar Teixeira HonoratoIsmênia de Lima MartinsMariléia Franco Marinho InoueMartha Campos AbreuMaurício ZeniSuely Gomes Costa
ResumoEste projeto pretende testar a hipótese de que - A política de inserção dos cegos e o seu posterior abandono que se dão no período 1956 - 1983 podem ser uma chave importante para a compreensão de valores e referêcias da sociedade brasileira a respeito da cidadania, de seus direitos, que, ao excluir o cego da sociedade, pode estar falando muito mais doe si mesma do que de um grupo portador de uma deficiência especificada.
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2009-04 BABEL DO NOVO MUNDO:povoamento e vida rural na região de matas do Rio Grande do Su(1889-1925)TítuloBABEL DO NOVO MUNDO:povoamento e vida rural na região de matas do Rio Grande do Su(1889-1925)Autor
Marcio Antônio Both da SilvaOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2009-04-15Nivel
DoutoradoPáginas
274Volumes
1Banca de DefesaEli de Fátima Napoleão de LimaGiralda SeyferthMárcia Maria Menendes MottaMoacir Gracindo Soares PalmeiraPaulo Afonso ZarthSonia Regina de MendonçaThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoA pesquisa objetiva compreender como se desenvolveram as relações entre grupos sociais na dinâmica de ocupação da região de matas – especificamente no território abrangido pelos municípios de Cruz Alta, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Santo Ângelo – no Rio Grande do Sul, entre 1889 e 1925. O texto discute como se elaboraram algumas representações sobre tais grupos e o quanto elas estão relacionadas a sua atuação no povoamento. Nestes termos, a obra re-visita a região, enfocando-a como espaço de luta pela terra, priorizando a análise das políticas governamentais de povoamento e administração das "terras devolutas", bem como o complexo das relações sociais estabelecidas entre colonos, nacionais, negros e índios.
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2009-04 Festa e conflito: D. Antônio e a questão de Nazaré (1861-1878)TítuloFesta e conflito: D. Antônio e a questão de Nazaré (1861-1878)Autor
Patrícia Carvalho Santório MonneratOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2009-04-14Nivel
MestradoPáginas
182Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresGizlene NederGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLeandro Karnal
ResumoEste estudo pretende analisar a Questão de Nazaré ocorrida na província do Pará em 1877 e 1878. Mas, como um de seus objetivos é compreender este conflito local relacionado à Questão Religiosa nacional anterior, optou-se, inicialmente, por ressaltar as principais características do Estado Imperial e da Igreja Católica no século XIX; por examinar alguns aspectos da administração diocesana de d. Antônio de Macedo Costa; e por tentar compreender o que foi essa desavença, também denominada "questão dos Bispos", ela própria. Em seguida, buscou-se demonstrar então que, a partir da atuação do bispo, o auge da Questão de Nazaré consistiu no questionamento, por parte das irmandades, das novas orientações adotadas pela Igreja Católica a partir do Concílio Vaticano I (1870), ao recusar a interferência de eclesiásticos em suas atividades tradicionais.
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2009-04 "Cidades Sagradas": a Igreja Católica e as transformações urbanas no Ceará (1870-1920)Título"Cidades Sagradas": a Igreja Católica e as transformações urbanas no Ceará (1870-1920)Autor
Agenor Soares E Silva JuniorOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2009-04-13Nivel
DoutoradoPáginas
360Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusFania FridmanFrederico de Castro NevesIsmênia de Lima MartinsMartha Campos AbreuPaulo Knauss de MendonçaZeny Rosendahl
ResumoÉ proposta deste trabalho analisar a organização de cidades do interior do Estado do Ceará, a partir das diferentes correntes da Igreja Católica - ultrmontana e popular - num processo de conflito e interseção; entender a Igreja Católica e suas representações nos espaços urbanos, compreendendo o processo de urbanização nos finais do século XIX e início do século XX, levando em conta suas propostas e estratégias de intervenção urbana. A preocupação é buscar entender essa forma de urbanização no contexto das mediações e dos conflitos entre os discursos sobre a cidade "civilizada", "progressista", as peculariedades de seus moradores, as diferenças entre estes, as políticas públicas e também entre as diversas concepções religiosas. Ao considerar a Igreja Católica também como idealizadora/produtora dos espaços urbanos, entendemos seu caráter de instituição promotora de políticas públicas e privadas, chamamos atenção para suas estratégias e projetos que visam interferências concretas no cotidiano dos moradores, produzindo normatizações dos corpos, almas, e também dos espaços.
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2009-04 Para onde foi a CUT? Do classismo ao sindicalismo social-liberal (1978-2000)TítuloPara onde foi a CUT? Do classismo ao sindicalismo social-liberal (1978-2000)Autor
Rodrigo Dias TeixeiraOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2009-04-08Nivel
MestradoPáginas
237Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralGelsom Rozentino de AlmeidaMarcelo Badaró MattosRenato Luís do Couto Neto E LemosVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEsta pesquisa analisa as permanências e mudanças na trajetória da CUT desde o processo de sua fundação, até o seu 7º Congresso Nacional, no ano de 2000. A Central Única dos Trabalhadores sempre teve correntes sindicais diversas em seu interior, o que forjou disputas em torno de quais seriam os referenciais práticos e teóricos que dirigiriam sua política. Dentre estes referenciais destacamos enquanto recorte de nossa dissertação a relação da CUT com o Estado, tendo em vista a sua formulação teórica em e as relações que a Central construiu com àquele. A partir da década de 1990, devido a uma nova conjuntura de descenso, e maior ênfase na participação nos conselhos tripartites, de convênios internacionais, e na disputa de recursos do Fundo de Aparo ao Trabalho (FAT) para implementação de cursos na área de formação profissional, a CUT reformulou sua concepção sobre o Estado, modificando, de forma correlacionada, a sua prática. De um sindicalismo classista e de lutas, a CUT, que passou a ser dominada pela corrente Articulação Sindical, tornou-se, gradativamente, uma central social-liberal, aplicando enquanto seu o programa estratégico das classes dominantes. Como parte destas transformações enfatizamos a relevância da construção pela CUT de "espaços públicos não estatais", que em geral são associações da entidade civil que recebem recursos públicos para fornecerem serviços sociais privatizados.
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2009-04 Administração, Justiça e Poder: Os Ouvidores Gerais e suas correições na cidade do Rio de Janeiro (1624-1696)TítuloAdministração, Justiça e Poder: Os Ouvidores Gerais e suas correições na cidade do Rio de Janeiro (1624-1696)Autor
Isabele de Matos Pereira de MelloOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2009-04-08Nivel
MestradoPáginas
142Volumes
1Banca de DefesaMarcos Guimarães SanchesMaria Fernanda Baptista BicalhoPaulo Cavalcante de Oliveira JuniorRonald José Raminelli
ResumoA presente dissertação tem sua análise centrada na capitania do Rio de Janeiro, entre os anos de 1624 e 1696. Em 1624, o Desembargador da Relação da Bahia João de Sousa Cardenas foi enviado ao Rio de Janeiro. Este tinha a missão de conduzir a residência dos Ouvidores e demais funcionários das capitanias do sul, efetuar uma reestruturação no processo eleitoral da Câmara do Rio de Janeiro e instituir um novo imposto, a avaria, para as fortificações da Bahia e de Pernambuco. As mudanças implementadas por João de Sousa Cardenas desagradaram à elite local. A partir da vinda do Desembargador, temos o início efetivo das correições anuais, que deveriam ser realizadas na Câmara e uma maior normatização da função de Ouvidor Geral da Repartição do Sul. Nos anos posteriores, membros da elite local vão ser nomeados para o exercício da função de Ouvidor. Um desses homens é Francisco da Costa Barros, proprietário do ofício de Escrivão Fazenda Real, Provedor interino e Procurador da Câmara. Costa Barros prestou serviços à coroa e pautou suas ações na busca pela ascensão social, por remuneração e privilégios em troca em troca de sua lealdade à coroa. Considerando os três campos fundamentais da política do Antigo Regime: a Fazenda, a Justiça e a Guerra, Costa Barros participou de pelo menos duas dessas administrações. A partir da trajetória de Costa Barros, podemos começar a pensar as relações, ora antagônicas, ora simbióticas entre os ouvidores, funcionários régios representantes do poder central e os membros da elite local, representada pelos oficiais camaristas, buscando investigar o tipo de relação estabelecida entre essas instâncias de poder. Se num primeiro momento tratamos das relações entre ouvidor e Câmara Municipal, na segunda metade do século XVII, partindo da perspectiva da Ouvidoria, nova instância de poder começa a participar do cerne dos conflitos, os governadores. Ao término do século XVII, com a redução gradual de autonomia municipal, nova instância de poder entra nesse cenário, os juízes de fora, que trarão mudanças significativas na administração da justiça no novo século.
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2009-04 A construção da fronteira étnica no processo de Romanização na Britânia Romana: Os casos de resistência das revoltas de Carataco e Boudica durante o século I d.C.TítuloA construção da fronteira étnica no processo de Romanização na Britânia Romana: Os casos de resistência das revoltas de Carataco e Boudica durante o século I d.C.Autor
Bernardo Luiz Martins MilazzoOrientador(a)
Sônia Regina Rebel de AraújoData de Defesa
2009-04-06Nivel
MestradoPáginas
150Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaClaudia Beltrão da RosaRegina Maria da Cunha BustamanteSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoA presente dissertação de mestrado visa analisar as relações de poder existentes na Britânia sob o domínio romano durante o Alto Império. Temos como um dos objetivos principais estudar a aplicação do conceito de "fronteira étnica", tal como foi enunciado por Fredrik Barth ao caso da resistência dos bretões ao processo de romanização da Britânia romana na segunda metade do século I d.C. Para tal, nos propomos a analisar e interpretar as experiências locais da atuação de Roma em termos sociais e político-culturais, designadamente o processo de romanização da Britânia, assim como os movimentos de resistência de Carataco e Boudica, decorrentes dessa presença. A nossa escolha por abordar a problemática a partir da perspectiva da fronteira étnica fundamenta-se a partir da obra de Barth, em que este autor a define como uma forma de organização social, baseada na atribuição categorial que classifica as pessoas em função de sua origem suposta, que se acha validada na interação social, pelo contato e confronto. Esta definição mínima é suficiente para circunscrever o campo de pesquisa designado pelo conceito de etnicidade: aquele do estudo dos processos variáveis e nunca terminados pelos quais os autores identificam-se e são identificados pelos outros na base de dicotomizações "Nós / Eles", estabelecidas a partir de traços culturais que se supõe derivados de uma origem comum e realçados nas interações.
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2009-04 A "Greve Geral" de 1903. O Rio de Janeiro nas décadas de 1890 a 1910TítuloA "Greve Geral" de 1903. O Rio de Janeiro nas décadas de 1890 a 1910Autor
Marcela GoldmacherOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2009-04-06Nivel
DoutoradoPáginas
177Volumes
1Banca de DefesaAlexandre FortesBernardo KocherMarcelo Badaró MattosNorberto Osvaldo FerrerasPaulo Roberto Ribeiro FontesRicardo da Gama Rosa CostaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEsta pesquisa se insere no campo de estudos do mundo do trabalho, envolvendo as décadas de 1890 e 1910 e tendo como ponto central o ano de 1903. Considerando-se a Primeira República, o ano de 1903 se destaca como o de maior número de greves na cidade do Rio de Janeiro. Foi neste ano que os trabalhadores em fábricas de tecidos realizaram esta greve com duração de 26 dias que chamaram de "greve geral". Este não é um estudo localizado e episódico de apenas uma greve, e sim da conjuntura e do processo que explica sua possibilidade de surgimento. Desta forma, serão objetos de estudo também as condições de vida e de trabalho nos ramos produtivos deste período. A relevância desta greve por tornar claras diversas.
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2009-04 Cores e olhares no Brasil Oitocentista: Os tipos negros de Rugendas e DebretTítuloCores e olhares no Brasil Oitocentista: Os tipos negros de Rugendas e DebretAutor
Iohana Brito de FreitasOrientador(a)
Ronald José RaminelliData de Defesa
2009-04-06Nivel
MestradoPáginas
146Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAna Maria Tavares CavalcantiMaria Inez TurazziMartha Campos AbreuRonald José Raminelli
ResumoEste trabalho tem por objeto de estudo o registro de tipos negros nas Viagens Pitorescas de Jean Baptiste Debret e de Johann Moritz Rugendas. Através do diálogo texto-imagem, procuro compreender a visualidade que constroem e projetam do Brasil, especialmente dos africanos e de seus descendentes, e o papel destinado a estes na marcha civilizatória que reservam à jovem nação. Nesta jornada, desvendam-se múltiplas cores e feições, e uma linguagem pictórica que dialoga com a produção visual oitocentista, seja de pinturas, gravuras e até fotografias. Assim, procuro entender os olhares destes artistas, atenta a relação entre a construção de diferenças e similitudes e a produção de alteridade, como mediação entre a observação de um universo social e a produção dos registros visuais.
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2009-04 Reestruturação produtiva e movimento operário em Volta Redonda.TítuloReestruturação produtiva e movimento operário em Volta Redonda.Autor
Danilo Spinola CarusoOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2009-04-02Nivel
MestradoPáginas
Volumes
1Banca de DefesaEdilson José GraciolliEdson Teixeira da Silva Jr.Marcelo Badaró MattosSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEsta dissertação analisa a reestruturação produtiva neoliberal na Companhia Siderúrgica Nacional, e as conseqüências deste processo para o movimento operário da cidade de Volta Redonda. O foco principal da pesquisa são as transformações nos processos de trabalho que contribuíram para a hegemonia neoliberal e o conseqüente enfraquecimento da atividade sindical classista.Neste sentido, este trabalho se insere na discussão sobre o capitalismo contemporâneo e a validade das categorias teóricas marxistas, a partir do esgotamento do paradigma produtivo baseado nos modelos de gestão industrial taylorista / fordista e de gestão macroeconômica keynesiana. Como base empírica para a pesquisa, a dissertação analisa a formação e o desenvolvimento da classe operária voltaredondense, assim como os fatores que levaram ao enfraquecimento de suas lutas a partir dos anos 1990.
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2009-04 A última Inquisição: os meios de ação e funcionamento da Inquisição no Grão-Pará pombalino (1763-1769)TítuloA última Inquisição: os meios de ação e funcionamento da Inquisição no Grão-Pará pombalino (1763-1769)Autor
Yllan de Mattos OliveiraOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2009-04-01Nivel
MestradoPáginas
233Volumes
1Banca de DefesaAnderson José Machado de OliveiraMaria Fernanda Baptista BicalhoRogério de Oliveira RibasRonaldo Vainfas
ResumoEste estudo analisa a Visitação do Santo Ofício ao Estado do Grão-Pará, tomando as relações político-institucionais entre a administração colonial, a Inquisição e o bispado com o fito de explorar o como e indagar os porquês da Visita em um contexto aparentemente tão anacrônico. Para tal, parte-se do pressuposto de que a inspeção do Tribunal serviu ao projeto pombalino na tarefa de conhecer as gentes e as terras do Cabo Norte. O inquisidor Giraldo José de Abranches permaneceu no Grão-Pará confiado à responsabilidade da diocese de Belém, como vigário capitular. Portanto, se a Visitação, por um lado, era parte indissociável e complementar das mudanças no funcionamento da Inquisição portuguesa, por outro, esteve necessariamente circunstanciada pela política regalista josefina e pela disposição adicional da Coroa em fazer-se presente na região por intermédio de importantes transformações político administrativas.