Dissertações e Teses
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2009-03 De "Ares e Luzes" a "Inferno Humano". Concepções e práticas psiquiátricas no Hospital Colônia de Barbacena: 1946-1979. Estudo de CasoTítuloDe "Ares e Luzes" a "Inferno Humano". Concepções e práticas psiquiátricas no Hospital Colônia de Barbacena: 1946-1979. Estudo de CasoAutor
Maristela Nascimento DuarteOrientador(a)
Izabel Christina Friche PassosData de Defesa
2009-03-16Nivel
DoutoradoPáginas
292Volumes
1Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposCristiana FacchinettiGladys Sabina RibeiroIzabel Christina Friche PassosMagali Gouveia EngelPaulo Duarte de Carvalho AmaranteVantuil Pereira
ResumoEste trabalho faz uma análise das concepções e práticas que influenciaram o Hospital Colônia de Barbacena no período de 1946 a 1979. Utilizando fontes primárias impressas e recursos de história oral por meio de entrevistas, buscou-se recuperar as concepções e práticas presentes no campo psiquiátrico mineiro e, principalmente, no Hospital Colônia de Barbacena. Fez-se importante, ainda, buscar em abordagens elaboradas por diversos autores as transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas no Brasil durante o período enfocado por esse estudo. Essas fontes forneceram substrato teórico que possibilitou uma articulação teórica sobre os desenvolvimentos político (construção da Nação) e econômico (planos de desenvolvimento econômico). Nesse sentido, identificou-se e analisou-se a assistência prestada pelas políticas de saúde e de saúde mental e seus respectivos impactos nas instituições psiquiátricas. Com isso, demonstrou-se que a opção do governo em priorizar a assistência médica individual e curativa em detrimento da saúde coletiva aprofundou ainda mais a precarização dos hospitais psiquiátricos públicos. Além disso, apesar do surgimento de inovações na assistência e no tratamento dos doentes mentais, ainda persistiram aquelas concepções e práticas que sustentavam o modelo manicomial predominante, principalmente nos hospitais psiquiátricos públicos. No caso do Hospital Colônia de Barbacena, notou-se, que o HCB ficou voltado exclusivamente ao controle e ao isolamento dos internos para ali enviados e que muitos deles morreram devido à precarização do asilamento prestado por aquela instituição.
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2009-03 Os Judeus em Niterói: Imigração, Cidade e Memória 1910-1980TítuloOs Judeus em Niterói: Imigração, Cidade e Memória 1910-1980Autor
Andréa Telo da CôrteOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2009-03-11Nivel
DoutoradoPáginas
538Volumes
1Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsLená Medeiros de MenezesMaria Luiza Tucci CarneiroMariléia Franco Marinho InoueMonica Grin Monteiro de BarrosRachel SoihetSydenham Loureço Neto
ResumoAo focalizar o caso particular da imigração de judeus para Niterói e a posterior formação de uma comunidade judaica local entre 1910 e 1980, pretende-se, de modo geral, analisar os processos sócio-culturais de formação e transformação da comunidade judaica local, entrelaçada às profundas modificações políticas experimentadas pelo Brasil, no período, e em particular pela cidade de Niterói, capital do Estado do Rio de Janeiro até o ano de 1974. Especificamente, investiga-se como os "judeus" que chegaram a Niterói na primeira metade do século XX, originários, em sua maioria, da Polônia, Rússia, e da antiga Bessarábia, vão, recortados por todo tipo de conflitos — ideológicos, de classe, nacionais e lingüísticos, constituir novas identificações, negociar antigas e novas e forjar, uma identidade particular entre as diversas comunidades judaicas brasileiras, e em meio ao tumultuado contexto político do século XX no país. No tocante ao tema da cidade, trata-se de refletir sobre o processo de territorialização vivido pelo grupo no espaço urbano de Niterói, em um cenário político-econômico instável e que incluiu, ainda, uma árdua disputa por território físico e trabalho, com outros grupos étnicos e sociais. Finalmente, a delicada relação entre história e memória é posta em evidência ao longo do texto.
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2009-01 Heitor Villa-Lobos, O Músico EducadorTítuloHeitor Villa-Lobos, O Músico EducadorAutor
Mirelle Ferreira BorgesOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2009-01-14Nivel
MestradoPáginas
131Volumes
1Banca de DefesaFrancisco Carlos Palomanes MartinhoJorge Luiz FerreiraRebeca Gontijo TeixeiraRicardo Figueiredo de Castro
ResumoA dissertação aborda as idéias de Heitor Villa-Lobos, contextualizando-as historicamente. A partir dos anos de 1930, o maestro colocou em prática o seu projeto do canto orfeônico cujo objetivo era ensinar a música nas escolas, despertar o civismo e unir a nação, que cantaria a uma só voz. Apresentando a sua estética monumental, Villa-Lobos inseriu-se num grupo de intelectuais que, a partir do apoio estatal, percebeu a possibilidade de colocar em prática os seus projetos. Para isso, trabalhou intensamente na organização dos espetáculos orfeônicos, que contavam com a presença de inúmeros políticos importantes e atuantes no período. À frente da SEMA (Superintendência de Educação Musical e Artística), o maestro organizava a estrutura administrativa necessária à implementação do seu ideal. Pretendo recuperar o pensamento de Villa-Lobos enquanto educador e analisar a relação entre Estado e Intelectuais no período de 1932 a 1945 utilizando os conceitos e métodos oferecidos pela História das Idéias e pela História Política Renovada.
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2009-01 O Banco Mundial como ator político, intelectual e financeiro (1944-2008)TítuloO Banco Mundial como ator político, intelectual e financeiro (1944-2008)Autor
João Márcio Mendes PereiraOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2009-01-13Nivel
DoutoradoPáginas
384Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCarlos Walter Porto GonçalvesJosé Luis da Costa FioriMarcela Alejandra PronkoRoberto LeherVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoO foco desta pesquisa é a ação do Banco Mundial, as pressões que a modelaram e os interesses a que serviu ao longo da sua história. O trabalho se apóia empiricamente em fontes documentais do próprio Banco e em extensa literatura estrangeira. A hipótese central é de que o Banco age, desde as suas origens, como um ator político, intelectual e financeiro, e o faz devido à sua condição singular de emprestador, formulador de políticas, ator social e produtor e/ou veiculador de idéias sobre o que fazer, como fazer, quem deve fazer e para quem em matéria de desenvolvimento capitalista. Ao longo da sua história, o Banco sempre explorou a sinergia entre dinheiro, prescrições políticas e conhecimento econômico para ampliar sua influência e institucionalizar sua pauta de políticas em âmbito nacional, tanto por meio da coerção (constrangimento junto a outros financiadores e bloqueio de empréstimos) como, mais frequentemente, da persuasão (diálogo com governos e assistência técnica). A tese mostra que os atributos de poder que gradualmente deram ao Banco uma condição ímpar entre as demais organizações internacionais criadas no pós-guerra decorreram de contingências históricas, decisões institucionais e, fundamentalmente, da supremacia norteamericana. O Banco foi, em grande medida, uma criação dos Estados Unidos e a sua subida à condições de organização internacional relevante foi escorada, do ponto de vista político e financeiro, pelos EUA, que sempre foram o maior acionista e o membro mais influente. As relações com os EUA, sob a forma de apoio, injunções e críticas, foram decisivas para o crescimento e a configuração geral das políticas e práticas institucionais do Banco. Em troca, os EUA se beneficiaram largamente da ação do Banco em termos econômicos e políticos, mais do que qualquer outro grande acionista, tanto no curto como no longo prazos. As relações com o poder norte-americano foram e continuam sendo fundamentais para a definição da direção, da estrutura operacional e das formas de atuação do Banco. Por sua vez, a política norte-americana para o Banco sempre foi objeto de disputa entre interesses empresariais, financeiros, político, ideológicos e de segurança diversos, às vezes radicalmente diversos, quanto ao papel da cooperação multilateral e da assistência externa ao desenvolvimento capitalista. Com o passar do tempo, tal disputa passou a envolver um número cada vez maior e diversificado de atores políticos e econômicos, inclusive organizações não-governamentais baseadas em Washington DC e internacionais.
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2009-01 A Athenas Equinocial: A fundação de um Maranhão no Império brasileiroTítuloA Athenas Equinocial: A fundação de um Maranhão no Império brasileiroAutor
José Henrique de Paula BorralhoOrientador(a)
Magali Gouveia EngelData de Defesa
2009-01-08Nivel
DoutoradoPáginas
334Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralIlmar Rohloff de MattosMagali Gouveia EngelMartha Campos AbreuMatthias Wolfram Orhan Röhrig AssunçãoSonia Cristina da Fonseca Machado LinoThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoApós o rompimento político com a antiga metrópole em 1822, Portugal, no Brasil, começavam a se desenhar projetos da nação pautados na coesão dos setores dominantes com o fito da manutenção dos estatutos da escravidão, dos interesses das frações das classes dirigentes, nos privilégios e na perpetuação da estrutura política que beneficiava determinados grupos existentes antes do rompimento. No Maranhão, a ligação com a antiga metrópole foi um empecilho, a principio, para a nova configuração política que se desenhava no Brasil, acrescentada da desconfiança do centralismo burocrático, capitaneado pelo Rio de Janeiro, fazendo com que a incorporação do Maranhão ao império só acontecesse em 28 de julho de 1823, sendo a penúltima província a "aderir" à independência brasileira, só superada pelo Pará. Uma vez rompidos os laços com Portugal, era a hora dos setores dominantes no Maranhão, famílias abastadas, organizarem o espaço de dominação sóciopolítico da província negociando a participação e a forma de estruturação da nação emergente, ou seja, articularem a inserção do Maranhão no império visando a permanência de seus privilégios. Em 1838 eclode a Balaiada, se estendendo até 1841, desorganizando a produção econômica pautada na agroexportação, radicalizando as diferenças entre os grupos dirigentes da província divididos entre cabanos e bem-te-vis, conservadores e liberais e, colocando em xeque a condição "civilizatória" da província. Alicerçado no boom econômico em virtude da agroexportação, a província passa a desfrutar de um refinamento material revestido em vários setores sociais, como educação, imprensa, teatro, viagens e, como resposta ao caos impetrado pela Balaiada, surge um projeto de formação de uma cultura oficial que desse visibilidade ao Maranhão perante as demais províncias. Tal projeto, pautado na escravidão, visou a exclusão de vários segmentos sociais, pois o referencial era o europeu, signatário da idéia clássica de civilização, cujo referente era a Grécia, supostamente o berço da civilização ocidental. Assim, surgiu o epíteto da Athenas Brasileira, o Maranhão, lugar onde havia florescido gênios como Manuel Odorico Mendes, Francisco Sotero dos Reis, Joaquim Gomes de Sousa, João Francisco Lisboa, Antonio Gonçalves Dias, entre outros, caracterizado como Grupo Maranhense, existente entre 1832 e 1868, quando desapareceu o Semanário Maranhense. Gerações posteriores a essa passaram a reproduzir esse semióforo ratificando a idéia de que o Maranhão seria a Athenas Brasileira. Enfim, o Maranhão seria a Athenas Brasileira, pois seus filhos ilustres na literatura, no jornalismo, na política e vários setores intelectuais, didatizavam a construção da nação participando decisivamente da emulação da vida pública brasileira, entre outras palavras, constituíam-se enquanto arquétipos dos signos da identidade nacional.
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2008-12 "A Árvore e o Fruto": A promoção dos intelectuais no século XIXTítulo"A Árvore e o Fruto": A promoção dos intelectuais no século XIXAutor
Débora El-jaick AndradeOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2008-12-22Nivel
DoutoradoPáginas
353Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroHumberto Fernandes MachadoJosé Luis Jobim de Salles FonsecaLúcia Maria Paschoal GuimarãesTânia Maria Tavares Bessone da Cruz FerreiraThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEsta tese propõe-se a investigar a formação do campo literário no Brasil no período regencial até as primeiras décadas do Segundo Reinado. Parte da trajetória de quatro dos mais consagrados escritores do Império, Manuel de Araújo Porto Alegre, Domingos José Gonçalves de Magalhães, Joaquim Manuel de Macedo e Gonçalves Dias, para perceber as relações estabelecidas dentro do campo literário, a relação com outros campos em formação, com o Estado e com a classe dirigente imperial. Eles dedicaram-se a efetivar a independência cultural do Brasil, empenhando-se em organizar a cultura a partir das agências do Estado e de instituições por ele criadas ou mantidas. Esses escritores atuaram no jornalismo literário, nas principais revistas do período, a revista Niterói (1836), a Minerva Brasiliense (1843-1845) e o Guanabara (1849-1855), participando da promoção da literatura e principalmente dos literatos, poetas, artistas e eruditos. Esta promoção compreendia, sobretudo, a construção da auto-imagem do escritor, que se destinava a mudar a mentalidade da sociedade em relação aos poetas e artistas e poder integrá-los definitivamente à classe dirigente. Através das revistas, discursos, cartas e obras compreende-se sua visão de mundo, seu projeto para a sociedade e para o homem, ligado ao movimento intelectual do Romantismo.
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2008-12 O Império das Minas Gerais: Café e Poder na Zona da Mata Mineira, 1853 - 1893TítuloO Império das Minas Gerais: Café e Poder na Zona da Mata Mineira, 1853 - 1893Autor
Luiz Fernando SaraivaOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2008-12-19Nivel
DoutoradoPáginas
346Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesCezar Teixeira HonoratoGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraJosé Jobson de Andrade ArrudaMarco MorelRômulo Garcia de Andrade
ResumoA presente pesquisa aborda a formação da região da Zona da Mata mineira ao longo da segunda metade do século XIX, mais especificamente entre 1853 a 1893 em suas relações políticas e econômicas com o Império Brasileiro e também com o resto da província de Minas Gerais. O objetivo central é o de demonstrar como a montagem e expansão do complexo agro-exportador da cafeicultura pela região irá ocorrer concomitantemente ao aumento das disputas pelo poder político dentro da província de Minas e ainda na busca pelo poder junto ao Império Brasileiro representado pela corte no Rio de Janeiro. Na primeira parte apresentamos um breve relato da situação política das Minas Gerais no século XIX, apontando para os movimentos políticos que atravessaram a província e as formas como a Historiografia abordou os temas da regionalização, diversidade econômica e relações políticas dentro das Minas Gerais e em relação ao poder central no Rio de Janeiro. A segunda parte estuda a inserção da Zona da Mata mineira nestas relações de poder e da forma como a expansão da cafeicultura irá gerar uma classe consciente de seu papel de dirigentes no seio desta sociedade e que irá lutar pela hegemonia sobre a província no período final do estudo.
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2008-12 SINAL VERMELHO: a Triologia da Devoração de Oswald de Andrade: Censura e teatro no Estado NovoTítuloSINAL VERMELHO: a Triologia da Devoração de Oswald de Andrade: Censura e teatro no Estado NovoAutor
Mirna Aragão de MedeirosOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2008-12-15Nivel
MestradoPáginas
154Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralMagali Gouveia EngelMarcelo Badaró MattosVictor Hugo Adler Pereira
ResumoEste trabalho pretende abordar a relação entre Estado Novo (1937-1945) a e censura teatral. Para tal, partimos do conceito de Estado ampliado, de Antonio Gramsci, que entende o Estado não apenas em seu sentido estritamente político, mas também cultural e ideológico. É importante ressaltar que nesse período a questão da cultura foi concebida visando a uma organização política, ou seja, à criação de instituições culturais próprias, destinadas à produção e à propagação da concepção de mundo e se utilizava do setor artístico para tal. Este campo era especialmente ligado ao governo Getúlio Vargas, e particularmente ao ministro Gustavo Capanema. Procuramos mostrar que além da censura do Serviço Nacional do Teatro (SNT) e a do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), existiam também a censura do gosto e a imposta através dos financiamentos estatais. Para tal, considerando que nos textos de Oswald de Andrade "A Morta", "O Rei da Vela", "O Homem e o Cavalo", dentre outros, há um caráter contrahegemônico, e levando em conta a afirmação de Bakhtin de que "a palavra é a arena onde se confrontam os valores sociais contraditórios; os conflitos da língua refletem os conflitos de classe no interior do mesmo sistema", tomaremos esses trabalhos como objeto de análise.
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2008-12 O culto ao Infante Santo e o projeto político de Avis (1438 - 1481)TítuloO culto ao Infante Santo e o projeto político de Avis (1438 - 1481)Autor
Clinio de Oliveira AmaralOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2008-12-05Nivel
DoutoradoPáginas
374Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasFrancisco José Silva GomesGracilda AlvesMaria Beatriz de Mello E SouzaMiriam Cabral CoserRoberto Godofredo Fabri FerreiraVânia Leite Fróes
ResumoAtravés da análise das hagiografias escritas sobre o d. Fernando, apresentam-se as características do seu culto. Ao enumerá-las, demonstra-se como a representação da santidade do Infante Santo foi construída com base em dois critérios que serviram para legitimar a expansão portuguesa durante o reinado de d. Afonso V (1438-1481). Inicialmente, associaram-se os episódios de sua vida à trajetória de um mártir. Em seguida, a imagem do seu martírio foi vinculada ao projeto expansionista. Objetiva-se demonstrar a relação entre o culto ao Infante Santo e a expansão portuguesa.
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2008-11 Pau que nasce torto, nunca se endireita! E quem é bom já nasce feito? Esterilização, Saneamento e Educação: uma leitura do Eugenismo em Renato Kehl (1917 - 37).TítuloPau que nasce torto, nunca se endireita! E quem é bom já nasce feito? Esterilização, Saneamento e Educação: uma leitura do Eugenismo em Renato Kehl (1917 - 37).Autor
Ricardo Augusto Dos SantosOrientador(a)
Magali Gouveia EngelData de Defesa
2008-11-27Nivel
DoutoradoPáginas
256Volumes
1Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposJosé Roberto Franco ReisLuiz Antonio da Silva TeixeiraMagali Gouveia EngelMarcelo Badaró MattosNilson Alves de MoraesSonia Regina de Mendonça
ResumoEste é um estudo sobre a Eugenia no Brasil. O movimento eugenista foi exuberante em nomes, títulos, instituições e publicações. Renato Kehl é a figura central para a nossa análise. Mas, não o deixaremos sozinho. Um intelectual carrega idéias, argumentos, dialoga e relaciona-se com outros atores. Sendo assim, para marcar a existência de um campo eugênico no Brasil visitaremos as idéias de outros intelectuais como o sanitarista Belisário Penna, o escritor Monteiro Lobato, o antropólogo Roquette-Pinto, o zoólogo Octavio Domingues, entre outros. Kehl foi um dos principais agentes sociais do campo eugênico brasileiro. Desde as primeiras décadas do século XX até a data de sua morte, em 1974, ele esteve envolvido com o debate sobre a pertinência da eugenia como o remédio para os vários males da sociedade. Participou da fundação de associações, organizou congressos e criou periódicos que promoviam a divulgação das idéias sobre a regeneração racial e social do país. Uma das principais marcas do discurso de Kehl era o seu pessimismo quanto ao futuro da nação brasileira. Para ele, a miscigenação racial conduziria o Brasil para uma catástrofe. Assim, somente com procedimentos eugênicos, como a educação higiênica e a esterilização, o país poderia tornar-se uma nação moderna e próspera.
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2008-11 EM NOME DO REI: Direitos e Tributos Régios Minas Setecentistas (1730-1789)TítuloEM NOME DO REI: Direitos e Tributos Régios Minas Setecentistas (1730-1789)Autor
Luiz Antônio Silva AraujoOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2008-11-18Nivel
DoutoradoPáginas
303Volumes
1Banca de DefesaÂngelo Alves CarraraCaio Cesar BoschiCarlos Gabriel GuimarãesGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMaria Fernanda Baptista BicalhoVera Lucia Amaral Ferlini
ResumoA presente pesquisa tem como principal a atuação de negociantes lusitanos na arrematação de contratos de direitos e tributos régios no século XVII. O lócus principal da pesquisa é a Capitania de Minas Gerais e, neste caso, envolvendo contratos de entradas, dízimos e passagens. A atuação de amplitude imperial e atlântica destes negociantes levou a pesquisa para contratos de toda a América Portuguesa e da África. Assim, mesmo negociante que arrematava o contrato de cobrança de Entradas de Minas Gerais, arrematava, ou a ele estava vinculado, contratos como o do Estanco do Sal do Brasil e o de cobrança dos Direitos Novos de Angola. Estes contratadores, que tiveram seu período de hegemonia no período que se estende da década de 1730 à de 1760, organizavam-se em redes envolvendo titulares nos contratos, fiadores e procuradores. Entretanto, tais redes podem ser identificadas também por relações informais como o uso de testas-de-ferro nas arrematações. O período conhecido como pombalino (1750-1777) trouxe mudanças importantes no negócio dos contratos que resultaram num deslocamento do controle dos processos de arrematações de contratos. A partir da década de 1770, os contratos passaram a ser arrematados nas Juntas da Fazenda situadas nas capitanias, fortalecendo os grupos locais no controle dos contratos.
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2008-11 Entre Lustosa e João do Planalto - A Arte da Política na Cidade de Guarapuava (1930-1970)TítuloEntre Lustosa e João do Planalto - A Arte da Política na Cidade de Guarapuava (1930-1970)Autor
Walderez Pohl da SilvaOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2008-11-13Nivel
DoutoradoPáginas
209Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesCarlos Gabriel GuimarãesEdgar Avila GandraGizlene NederGladys Sabina RibeiroMarcelo de Souza Magalhães
Resumo"Entre Lustosa e João do Planalto – A arte da política na cidade de Guarapuava (1930 – 1970)" é o resultado do trabalho de pesquisa a respeito da trajetória política de um homem profundamente ligado à sua terra natal. Durante grande parte de sua vida, Antonio Lustosa de Oliveira dedicou-se a causas que acreditava poderem modificar circunstâncias desfavoráveis que envolviam Guarapuava. Tamanha era a intensidade dessa crença que a sua história raramente pode ser desvinculada do tempo histórico vivido pela cidade de sua época. Em um primeiro olhar, o que parece ser uma trajetória banal, comum àqueles cidadãos bem nascidos, cujos laços familiares e sociais facilitaram o acesso a posições de destaque na comunidade, adquire novos contornos quando se examina a literatura produzida por ele. Essa literatura o faz singular. O jornalismo e as obras literárias que ele produziu a respeito de Guarapuava impressionam pela intensidade com que iluminam a história política da cidade. Essa percepção norteou a seleção do objeto de estudo deste trabalho, que se ancora na evidência de que autor e obra se aliam para fornecer o recorte de um período e de uma maneira de ver esse período, delimitado entre as décadas de 1930 e 1970. Mais especificamente, trata-se de recuperar a visão de mundo do personagem, na qual os discursos embutidos em sua produção jornalística e literária constituem-se fontes fundamentais. Essas fontes refletem os jogos de poder local e a dimensão como esses jogos foram afetados pelos acontecimentos que se sucederam em escala estadual e nacional, permitindo esquadrinhar a atmosfera política da cidade e o modo como o personagem se situou nesse ambiente.
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2008-11 Entre a Miscigenação e a Multirracialização: Brasileiros Negros ou Negros Brasieiros? Os desafios do movimento negro brasileiro no período de valorização nacionalista (1930 - 1950) - A frente negra brasileira e o teatro experimental do negroTítuloEntre a Miscigenação e a Multirracialização: Brasileiros Negros ou Negros Brasieiros? Os desafios do movimento negro brasileiro no período de valorização nacionalista (1930 - 1950) - A frente negra brasileira e o teatro experimental do negroAutor
Laiana Lannes de OliveiraOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2008-11-03Nivel
DoutoradoPáginas
346Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroIvana Stolze LimaKeila GrinbergLaura Antunes MacielLuís ReznikMartha Campos AbreuMonica Grin Monteiro de Barros
Resumo"Entre a Miscigenação e a Multirracialização: Brasileiros Negros ou Negros Brasieiros?" analisa as estratégias, discursos e práticas do movimento negro brasileiro entre 1930 e 1950. Através da análise das duas principais instituições desse período – Frente Negra Brasileira e Teatro Experimental do Negro – a pesquisa procura compreender as tensões e os desafios enfrentados por uma liderança que buscava conciliar a valorização racial com o projeto de homogeneidade nacionalista, característico do período em questão. Os periódicos oficiais – A Voz da Raça e Quilombo -, assim como as memórias e a produção acadêmica dos principais atores envolvidos nesse processo, representam os instrumentos que nos auxiliam na compreensão das soluções encontradas por aqueles que, assumiram a luta contra o preconceito e em prol da elevação moral e material do negro, em uma conjuntura de consolidação da ideologia da democracia racial.
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2008-10 Diáspora Atlântica a Nação Judaica no Caribe, Séculos XVII e XVIIITítuloDiáspora Atlântica a Nação Judaica no Caribe, Séculos XVII e XVIIIAutor
Reginaldo Jonas Beltrão HellerOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2008-10-31Nivel
DoutoradoPáginas
552Volumes
2Banca de DefesaAngelo Adriano Faria de AssisBruno Guilherme FeitlerCarlos Gabriel GuimarãesJacqueline HermannRogério de Oliveira RibasRonaldo VainfasSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoO objeto desta tese são os judeus portugueses que, fugidos da Inquisição em Portugal, encontraram refúgio e abrigo nas colônias inglesas e holandesas do Caribe e Suriname durante os séculos XVII e XVIII. Muitos, a primeira ou segunda geração, trazendo na bagagem a experiência vivida em Pernambuco durante o domínio holandês, instalaram-se em Curaçao, Barbados, Jamaica e Suriname, constituindo significativas comunidades. Eram, em sua maioria, proprietários de plantations, donos de escravaria, comerciantes de grosso trato ou pequenos mascates. A tese aqui proposta é de que tais judeus portugueses experimentaram uma identidade integral que combinava um judaísmo reinventado, mas que os incluiria definitivamente na ampla diáspora sefardita, com uma particular etnicidade portuguesa, um "ser e sentir" Portugal que contrastava abertamente com uma portugalidade católica e excludente. E, ainda, uma prática que os convertia, juntamente com os demais colonos na região, na alteridade para os escravos; e, com estes, na alteridade para os cristãos. A tese procura revelar que, quaisquer que fossem os motivos que os levaram a sair de Portugal, esses ex-cristãos-novos estabeleceram, nas terras em que aportaram, novas fronteiras étnicas que demarcavam sua diferença em relação às sociedades em que se inseriam. No exame da documentação parece ficar muito claro que tal identidade judaico-portuguesa foi ao mesmo tempo uma forma de sobrevivência e de afirmação de um ego coletivo. Para compreender melhor esta configuração identitária ímpar, procurou-se descortinar o papel exercido por alguns mecanismos coletivos de conservação étnica, como a endogamia e a lusofonia, da mesma forma que se buscou compreender como se processou, então, a transmissão de valores, informações e solidariedades. Neste sentido, examinou-se o papel de algumas construções sócio-comunitárias, tais como os diversos tipos de redes, as quais conferiam, também, um grau mínimo, suficiente e necessário, de segurança a todos os seus integrantes.
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2008-10 O Processo de Precarização das Relações de Trabalho e a Legislação Trabalhista: O Fim da Estabilidade no Emprego e o FGTSTítuloO Processo de Precarização das Relações de Trabalho e a Legislação Trabalhista: O Fim da Estabilidade no Emprego e o FGTSAutor
Maya Damasceno ValerianoOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2008-10-23Nivel
MestradoPáginas
127Volumes
1Banca de DefesaJosé Sérgio Leite LopesMarcelo Badaró MattosTeones Pimenta de FrançaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA flexibilização dos direitos dos trabalhadores é uma das características do governo neoliberal, que no Brasil torna-se a política dominante a partir da década de noventa. Esta dissertação busca demonstrar que este fenômeno não deve ser tomado como restrito ao período propriamente neoliberal e sim como inerente à forma capitalista de relações de produção. Procurando fazer uma análise histórica, que enfatize o caráter processual dessa questão, serão avaliadas as mudanças implementadas na CLT durante o governo militar. A precarização das relações de trabalho se torna evidente já nesse período, principalmente através da compressão salarial e da instituição do FGTS. Essa nova legislação trabalhista, respaldada por uma forte intervenção nos sindicatos, permitirá a intensificação da exploração do trabalhador, contribuindo para a aceleração da acumulação capitalista durante o período do "milagre" econômico brasileiro. O FGTS interfere na relação de trabalho elevando o índice de rotatividade no emprego ao suprimir na prática a legislação vigente de estabilidade no emprego após dez anos de trabalho. O fim do instituto da estabilidade decenal, que já vinha sendo buscado pelo setor empresarial antes do golpe de 1964, foi facilitado pelo regime militar através de mecanismos de supressão da dissidência aliados a campanhas destinadas a influenciar a opinião pública, colocando o FGTS como integrante da política social do governo.
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2008-10 HERESIA E MARTÍRIO: A trajetória de um sacerdote baiano preso pela Inquisição.TítuloHERESIA E MARTÍRIO: A trajetória de um sacerdote baiano preso pela Inquisição.Autor
Tarso Oliveira Tavares VicenteOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2008-10-10Nivel
MestradoPáginas
117Volumes
1Banca de DefesaAngelo Adriano Faria de AssisCélia Cristina da Silva TavaresGeorgina Silva Dos Santos
ResumoEste trabalho pretende refazer os caminhos que levaram o padre baiano Manoel Lopes de Carvalho a Lisboa, onde foi processado pela Inquisição portuguesa, terminando seus dias na fogueira. A partir disso, procuramos discutir a cultura e a religiosidade portuguesa em suas diversas manifestações. São igualmente trabalhadas a problemática cristã-nova e a atuação do Tribunal do Santo Ofício no Brasil na virada dos séculos XVII e XVIII, seus limites e possibilidades.
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2008-09 A Rede da Democracia e o Golpe de 1964TítuloA Rede da Democracia e o Golpe de 1964Autor
Eduardo Gomes SilvaOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2008-09-26Nivel
MestradoPáginas
155Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralLaura Antunes MacielMarcelo Badaró MattosRenato Luís do Couto Neto E Lemos
ResumoAtravés da presente dissertação, procuramos analisar o papel desempenhado pela Rede da Democracia no processo de disputa pelo controle do Estado do qual o golpe de 1964 representou decisiva etapa. Arranjo midiático formado pelas emissoras de rádio e pelos jornais das empresas Globo, Jornal do Brasil e Diários Associados, acreditamos que a Rede da Democracia atuou entre outubro de 1963 e abril de 1964 como um importante locus de fomentação e doutrinação ideológica em prol da destituição do Governo Goulart, do estancamento do processo de expansão democrática experimentada naquele período e de promoção de um projeto moderno-conservador para o País – de fato implementado pelos governos ditatoriais iniciados em abril de 1964. Almejamos, também, trazer à tona a relação entre este arranjo midiático e a historiografia revisionista sobre o Golpe, sobretudo no que tange ao exacerbado e anacrônico peso conferido à "democracia" por parte desta tendência historiográfica.
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2008-09 O Desconforto da Governabilidade: Aspectos da Administração no Brasil Holandes (1630-1644)TítuloO Desconforto da Governabilidade: Aspectos da Administração no Brasil Holandes (1630-1644)Autor
Rômulo Luiz Xavier do NascimentoOrientador(a)
Maria de Fátima Silva GouvêaData de Defesa
2008-09-22Nivel
DoutoradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioEvaldo Cabral de MelloJoão Luís Ribeiro FragosoMarcus Joaquim Maciel de CarvalhoMaria de Fátima Silva GouvêaRonald José RaminelliRonaldo Vainfas
ResumoEste trabalho tem como objetivo tratar, em linhas gerais, de questões administrativas no Brasil holandês. O primeiro capítulo enfatiza a dimensão atlântica da presença da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil, destacando de que forma os neerlandeses se inseriram no espaço atlântico ibérico. O segundo capítulo chama atenção para a administração que antecedeu o governo de Maurício de Nassau, destacando, nos anos de 1635 e 1636, o surgimento de um pequeno comércio entre portugueses e a Companhia. Procuraremos aqui mostrar que havia um governo holandês apesar do clima de guerrilha na capitania de Pernambuco. No terceiro capítulo analisamos as dificuldades de abastecimento dos holandeses no Brasil antes e durante a administração nassoviana (1637-44). Sobre este tópico temos, sobretudo, que Maurício de Nassau não conseguiu superar a falta de farinha de mandioca para os seus efetivos. O quarto e último capítulo aborda o funcionamento das câmaras dos escabinos (espécie de tribunais de justiça locais) nas várias partes da conquista holandesa, chamando a atenção para os problemas vivenciados por essas câmaras no governo de Maurírico de Nassau. O objetivo primordial desse trabalho é mostrar que havia administração da Companhia das Índias Ocidentais noBrasil antes da chegada de Maurício de Nassau, apesar do clima de guerra e que, na administração do mesmo, tida como um período de apogeu da presença neerlandesa no Brasil, as crises eram constantes.
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2008-09 A REDE GLOBO E SEU REPÓRTER: imagens políticas de Teodorico a CardosoTítuloA REDE GLOBO E SEU REPÓRTER: imagens políticas de Teodorico a CardosoAutor
Cássia Rita Louro PalhaOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2008-09-22Nivel
DoutoradoPáginas
354Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAna Paula Goulart RibeiroDênis de Roberto Villas Boas de MoraesMarcelo Siqueira RidentiMarialva Carlos BarbosaSonia Regina de MendonçaSuzy Dos Santos
ResumoA partir de meados do século XX, a televisão tornou-se o principal elo de contato entre a sociedade política e a sociedade civil, árbitro por excelência da visibilidade social dos indi-víduos e palco privilegiado de um novo "fazer político", onde os atores tornaram-se marcas a serem disputadas e consumidas num eletrônico "espetáculo político." A presente tese perpassa a discussão entre política e televisão na configuração do Brasil contemporâneo a partir de pesquisa em torno dos perfis políticos veiculados pelo telejornalismo da Rede Globo de Tele-visão durante o processo da transição política nacional. Tendo por foco a análise da trajetória do programa Globo Repórter, o recorte cronológico escolhido para a abordagem de tais perfis vai, mais precisamente, de 1973 a 1996, ou ainda, do início da distensão política ainda no período militar até os primeiros anos do governo Fernando Henrique Cardoso, momento de consolidação do projeto neoliberal brasileiro. Período este que melhor expressa as transfor-mações emblemáticas do programa, seja dentro do campo televisivo e telejornalístico da pró-pria emissora, seja em sua inserção junto ao universo político-cultural mais amplo do país. Neste sentido, para além de uma história do telejornalismo da principal emissora brasileira, trata-se igualmente de um exercício de análise do processo onde a "redemocratização" nacio-nal construiu seus primeiros passos e da importância que a televisão passou a ter nas constru-ções simbólicas de nossas identidades políticas.
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2008-09 O cinema na greve e a greve no cinema: memórias dos metalúrgicos do ABC (1979-1991)TítuloO cinema na greve e a greve no cinema: memórias dos metalúrgicos do ABC (1979-1991)Autor
Maria Carolina Granato da SilvaOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2008-09-18Nivel
DoutoradoPáginas
445Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAngela Maria de Castro GomesHeloisa de Faria CruzLaura Antunes MacielMarcelo Badaró MattosMarly Silva da MottaRegina Ilka Vieira Vasconcelos
ResumoEste trabalho discute o embate entre visões fílmicas e memórias elaboradas sobre a primeira greve geral metalúrgica do ABC, em março de 1979, que atingiu o setor automotivo, central na economia brasileira naqueles anos e símbolo da atividade industrial do século XX, tentando relacionar a construção da história na tela ao movimento. Três cineastas: o militante da Ala Vermelha Renato Tapajós e os comunistas Leon Hirszman e João Batista de Andrade, cada qual com sua equipe, realizaram seis filmes de curta e longa-metragem, documentários e de ficção, cinco finalizados e lançados entre 1979 e 1982, enquanto a liderança daquela greve emergia na arena política com a fundação do PT (Partido dos Trabalhadores) em 1980, em oposição do PCB (Partido Comunista Brasileiro). Com suas imagens censuradas pela TV, os grevistas "fabulam" (DELEUZE, 1985) sobre aquela greve nos documentários. Tapajós e Batista através dos curtas-metragens Greve de março e Greve!, lançados no calor da hora, dialogaram com os desdobramentos da greve. Batista e Leon, dirigentes de associações de cineastas, financiados pela Embrafilme (1969-1990), rodaram e lançaram respectivamente O homem que virou suco (1980), cuja referência àquela greve é direta, pontual e breve com a inserção de planos do curta-metragem, e Eles não usam black-tie (1981), a história de uma greve que, todavia, renega o exemplo de São Bernardo; ambos foram exibidos em salas paulistas, cariocas, de outras capitais e, também para os operários do ABC. Tapajós, cuja experiência com os metalúrgicos antecedia à greve de 1979, continuou a filmá-los até 1981 e realizou o longa-metragem Linha de montagem (1982), exibido para os protagonistas. Leon, por sua vez, diretor de Black-tie, maior sucesso comercial sobre o tema no cinema brasileiro, não concluiu o documentário ABC da greve que, finalizado pelo fotógrafo Adrian Cooper, estreou em 1991 sem qualquer vínculo com os protagonistas.
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2008-09 Os trabalhadores e a cidade - A formação do proletariado de Juiz de Fora e suas Lutas por Direitos (1877 - 1920)TítuloOs trabalhadores e a cidade - A formação do proletariado de Juiz de Fora e suas Lutas por Direitos (1877 - 1920)Autor
Luis Eduardo de OliveiraOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2008-09-16Nivel
DoutoradoPáginas
420Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesElina Gonçalves da Fonte PessanhaFernando Teixeira da SilvaJorge Luiz FerreiraJosé Sérgio Leite LopesNorberto Osvaldo FerrerasPaulo Roberto Ribeiro Fontes
ResumoEm função de um processo de modernização iniciado em fins 1850, na passagem do Império para a república, o núcleo urbano de Juiz de Fora já havia se consolidado com oprincipal centro mercantil e manufatureiro de Minas Gerais e como um destino atrente e viável, até certo ponto, para expressivos contingentes de trabalhadores brasileiros e estrangeiros, incluindo muitos engressos do cativeiro e milhares de imigrantes germânicos, portugueses, espanhóis e italianos. O incremento contínuo do mercado de mão-de-obra remunerada e o aprofundamento da divisão social do trabalho, decorrentes também das ações e estratégias das elites políticas e econômicas para tentar disciplinar o cotidiano da população pobre e manter esse dinâmico espaço ordenado sob sua hegemonia, resultaram num aviltamento brutal das condições de existência do heterogêneo proletariado juizforano. Para fazerem frente às agruras de seu mundo e se contraporem ao discurso elitista que insistia em estigmatizá-los como classes viciosas e perigosas,no decurso das três primeiras décadas republicanas, os empregados no comércio e os operários da construção civil, do setor de transporte, das grandes fábricas de tecidos locais iniciaram a difícil e demorada construção de sua identidade de classe, forjando nesses anos os elementos fundamentais de sua cultura política. Além de resgatar analisar tais processos histórico-sociais, esta tese tem como objetivo fundamental suscitar e apresentar novas reflexões sobre os sentidos políticos e as repercussões na opinião pública dos movimentos deflagados por esses assalariados urbanos e suas associações classistas, nessa época, em prol da redução da jornada diária e semanal de trabalho, por aumentos salariais e contra a exploração capitalista, a miséria e a exclusão social
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2008-09 MATRIMÔNIO, RELAÇÕES ILÍCITAS E VIRGINDADE: Uma análise dos processos de banhos eclesiásticos no Rio de Janeiro setecentistaTítuloMATRIMÔNIO, RELAÇÕES ILÍCITAS E VIRGINDADE: Uma análise dos processos de banhos eclesiásticos no Rio de Janeiro setecentistaAutor
Ana Cláudia Rodrigues Dos SantosOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2008-09-08Nivel
MestradoPáginas
157Volumes
1Banca de DefesaNireu Oliveira CavalcantiRodrigo Nunes Bentes MonteiroSheila Siqueira de Castro FariaSilvia Maria Jardim Brugger
ResumoO matrimônio era regido por uma legislação civil que cuidava das questões materiais dos nubentes e por uma legislação eclesiástica que cuidava das exigências necessárias para se casar perante a Igreja. Através dos processos de banhos eclesiásticos, no Rio de Janeiro do século XVIII, foi possível fazer uma análise das estratégias familiares utilizadas para se ter a união abençoada pela Igreja Católica. Estas estratégias familiares é quem tecem as relações sociais no Rio de Janeiro, independente da concepção moral cristã das mulheres casadouras terem que ser virgens. Neste contexto, verifica-se o casamento como um verdadeiro ‘negócio de família ou em família’ com o fim de estabelecer ou manter determinadas posições sociais.
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2008-09 "Homens da Fronteira" Índios e Capuchinhos na ocupação dos Sertões do Leste, do Paraíba ou Goytacazes Séculos XVIII e XIXTítulo"Homens da Fronteira" Índios e Capuchinhos na ocupação dos Sertões do Leste, do Paraíba ou Goytacazes Séculos XVIII e XIXAutor
Márcia Fernanda Ferreira MalheirosOrientador(a)
Maria Regina Celestino de AlmeidaData de Defesa
2008-09-08Nivel
DoutoradoPáginas
389Volumes
1Banca de DefesaEliane Cantarino O'dwyerElisa Frühauf GarciaJosé Ribamar Bessa FreireMárcia Maria Menendes MottaMaria Regina Celestino de AlmeidaMartha Campos AbreuVania Maria Losada Moreira
ResumoEste trabalho trata das relações sociais e interétnicas travadas entre grupos indígenas, missionários capuchinhos italianos e demais atores sociais presentes no processo de expansão da fronteira agrícola nas áreas consideradas "sertanejas" do hoje denominado norte-noroeste fluminense, nos séculos XVIII e XIX. Na segunda metade do século XVIII a região aqui em foco era caracterizada pelas autoridades coloniais como os "Sertões do Paraíba", "Sertões dos Goytacazes" ou, ainda, como "Sertão dos índios brabos" devido à rarefeita ocupação colonial e a presença majoritária de grupos indígenas autônomos, notadamente os denominados Puri e Coroado, falantes de idiomas do tronco lingüístico Macro-Jê. Paralelo a uma nova conjuntura político-econômica marcada por novas diretrizes na política indigenista, pela decadência da mineração na capitania de Minas Gerais e pela expansão dos canaviais e engenhos na baixada campista estes "sertões" atrairão colonos e autoridades. Neste processo a agência missionária ganhará destaque e procurará desempenhar o papel de principal mediadora nas relações entre os grupos indígenas, os colonos e o governo. Ainda que o projeto de catequese e civilização dos índios, simbolizado pelo estabelecimento dos aldeamentos de São Fidélis, Itaocara e Santo Antônio de Pádua, entre 1781 e 1833, tenham merecido especial atenção nesta pesquisa, ela pretende tratar mais pormenorizadamente da agência indígena, seus interesses, estratégias e ações diante de um quadro de mudanças significativas decorrente da afluência de múltiplos atores e agências nos "Sertões dos Índios Brabos".
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2008-09 Do Cativeiro à Reforma Agrária: Colonato, Direitos e Conflitos (1872 - 1987)TítuloDo Cativeiro à Reforma Agrária: Colonato, Direitos e Conflitos (1872 - 1987)Autor
Marcus Ajuruam de Oliveira DezemoneOrientador(a)
Mario GrynszpanData de Defesa
2008-09-05Nivel
DoutoradoPáginas
239Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroLeonilde Sérvolo MedeirosMárcia Maria Menendes MottaMarieta de Moraes FerreiraMario GrynszpanVanderlei Vazelesk Ribeiro
ResumoO tema desta tese é a trajetória de uma identidade social – a de colono – referenciada num sistema que organiza o trabalho, e que se funda em relações e obrigações de natureza pessoal – o colonato. O objetivo é entender a gênese, alterações e superação daquela identidade através do desenvolvimento de noções de direitos, por meio do estudo dos conflitos que moldaram as relações entre uma família proprietária e a mão-de- obra durante o colonato. A investigação empírica partiu de reflexão anterior e de corpus documental relacionados à antiga fazenda cafeeira Santo Inácio, no município de Trajano de Moraes, região serrana do estado do Rio de Janeiro. O período cronológico contemplado foi longo, da aquisição da fazenda pela família proprietária em 1872 até a desapropriação parcial de 1/3 de sua área original para reforma agrária em 1987. As conclusões não se esgotam na fazenda ou município, mas permitem pensar processos mais amplos no mundo rural brasileiro tais como o reforço do questionamento ao enfraquecimento de proprietários rurais na passagem da escravidão ao trabalho livre; o papel ativo de cativos na conquista de benefícios durante a emancipação; relativizou o afastamento de camponeses dos impactos materiais e simbólicos da Era Vargas; e acompanhou a ação de militantes políticos no campo fluminense na década de 1960 e na exploração das margens do regime autoritário.
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2008-09 MÚSICA POPULAR E DISPUTA DE HEGEMONIA: A música chilena inspirada nas formas folclóricas e o movimento da Nova Canção Chilena entre 1965-1970.TítuloMÚSICA POPULAR E DISPUTA DE HEGEMONIA: A música chilena inspirada nas formas folclóricas e o movimento da Nova Canção Chilena entre 1965-1970.Autor
Carla de Medeiros SilvaOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2008-09-03Nivel
MestradoPáginas
152Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusNorberto Osvaldo FerrerasTânia da Costa Garcia
ResumoEsta dissertação de mestrado consiste em uma análise do desenvolvimento da música popular chilena de inspiração folclórica desde os anos 1930, focalizando o surgimento do movimento musical da Nova Canção Chilena (NCCh) e seu desenvolvimento entre os anos de 1965 e 1970. Refletimos sobre como o resgate de elementos do folclore latino-americano, realizado pela NCCh, foi orientado pelo objetivo de fortalecer a identidade da classe trabalhadora chilena, procurando fazer da música um instrumento de vínculo entre este grupo social e um projeto político de transformação das estruturas e das relações sociais. Através de alguns temas específicos presentes neste movimento, buscamos compreender como as composições da NCCh relacionaram-se com a conjuntura específica na qual foram escritas, ressaltando ainda a relação entre a formação do movimento e construção de espaços alternativos de produção e difusão dos produtos culturais.