Dissertações e Teses
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2009-08 Discursos Americanos de CooperaçãoTítuloDiscursos Americanos de CooperaçãoAutor
Alexandre Guilherme da Cruz Alves JuniorOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2009-08-24Nivel
MestradoPáginas
171Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusCecília da Silva AzevedoMarco Antonio Villela PamplonaPaulo Knauss de MendonçaSabrina Evangelista Medeiros
ResumoO presente estudo analisa a construção de discursos de cooperação e fraternidade entre as repúblicas americanas produzidos pelo governo dos Estados Unidos ao longo da primeira metade do século XX, tendo o seu auge durante a Política de Boa Vizinhança. O objetivo é demonstrar que a política interamericana dos Estados Unidos naqueles anos apresentou importantes disputas internas entre diferentes projetos, realçando a participação efetiva dos países latino-americanos na formulação da política externa norte-americana para a região.
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2009-08 O"Saber mandar com modo" na América: a experiência administrativa d. Lourenço de Almeida em Pernambuco (1715 - 1718) e Minas Gerais (1721 - 1727)TítuloO"Saber mandar com modo" na América: a experiência administrativa d. Lourenço de Almeida em Pernambuco (1715 - 1718) e Minas Gerais (1721 - 1727)Autor
Lincoln Marques Dos SantosOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2009-08-19Nivel
MestradoPáginas
144Volumes
1Banca de DefesaMarcos Guimarães SanchesMaria Fernanda Baptista BicalhoPaulo Cavalcante de Oliveira JuniorRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoO presente trabalho dedica-se ao estudo do processo de institucionalização da autoridade metropolitana sobre seus domínios ultramarinos a partir de duas vias: a primeira, a ponderação teórica sobre as concepções e as práticas de poder político na Época Moderna associada à contribuição historiográfica sobre a importância das trajetórias administrativas dos governadores enquanto mecanismo de integração de informações e conhecimentos, assegurando conseqüentemente, a partir das experiências vivenciadas pelos oficiais régios, o acrescentamento político e material dos interesses portugueses. A segunda, o estudo de caso centrado nas ações de governo de d. Lourenço de Almeida em Pernambuco (1715-1718) e nos primeiros anos a frente da capitania de Minas Gerais (1721-1727).
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2009-08 Cavalhadas de Guarapuava : História e morfologia de uma festa campeira. (1899-1999)TítuloCavalhadas de Guarapuava : História e morfologia de uma festa campeira. (1899-1999)Autor
Carlos Eduardo SchipanskiOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2009-08-17Nivel
DoutoradoPáginas
274Volumes
1Banca de DefesaBeatriz Catão Cruz SantosFrancisco Carlos Palomanes MartinhoGeorgina Silva Dos SantosMárcia Maria Menendes MottaMartha Campos AbreuRachel SoihetZeloi Aparecida Martins Dos Santos
ResumoA presente pesquisa analisa uma projeção folclórica realizada sob a forma do espetáculo da "Festa das Cavalhadas", a luta entre Cristão e Mouro, realizada em Guarapuava – PR. Praticada desde 1870 pela aristocracia local, os homens de posse, reproduzia a herança colonial portuguesa, cultura ibérica cristã, transplantada para as terras do Novo Mundo durante o processo de ocupação e colonização. Nas suas primeiras representações (1899 a 1941) representou a união dos fazendeiros e a Igreja no sentido de arrecadar donativos para a manutenção das instituições de caridade da cidade. No período seguinte (1967 – 1999), por questões de sobrevivência, essa festa sofreu um processo de modernização com a introdução de novas tecnologias teatrais, o que resultou num processo de democratização do espetáculo, garantindo o acesso do povo, através da participação popular, transformando-se num amplo espaço de sociabilidade.
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2009-07 BRAVOS DO PIAUÍ! ORGULHAI-VOS. SOIS DOS MAIS BRAVOS BATALHÕES DO IMPÉRIO: A propaganda nos jornais piauienses e a mobilização para a guerra do Paraguai 1865-1866TítuloBRAVOS DO PIAUÍ! ORGULHAI-VOS. SOIS DOS MAIS BRAVOS BATALHÕES DO IMPÉRIO: A propaganda nos jornais piauienses e a mobilização para a guerra do Paraguai 1865-1866Autor
Johny Santana de AraujoOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2009-07-09Nivel
DoutoradoPáginas
302Volumes
1Banca de DefesaÁlvaro Pereira do NascimentoMárcia Maria Menendes MottaMaria Verónica Secreto FerrerasNorberto Osvaldo FerrerasThéo Lobarinhas PiñeiroVanderlei Vazelesk RibeiroVitor Izecksohn
ResumoEstudo sobre a campanha, a propaganda e a mobilização deflagrada na Província do Piauí durante os anos de 1865 - 1868 para a Guerra contra a Republica do Paraguai. Nesse estudo, privilegiamos a participação da Província do Piauí no conflito entre os anos de 1865 e 1870. Buscou-se mostrar nesse trabalho como a imprensa piauiense travou uma intensa campanha de mobilização para a guerra atuando em estreita colaboração com o governo Imperial e Provincial. Nesse trabalho toma-se ainda como ponto de explicação a construção da idéia de voluntariado para a guerra a partir dos jornais, para tanto buscou-se dar relevo ao caso da voluntária Jovita Alves Feitosa, que tendo sido vinculada pelos jornais da província do Piauí e os da Corte tornou-se uma espécie de ícone da propaganda de alistamento para a guerra, o que nos possibilitou avaliar a importância da imprensa na construção de um discurso de propaganda afim de fortalecer o alistamento militar que para os objetivos do Governo Imperial era de fundamental importância na constituição de um Exército para fazer frente a ameaça paraguaia. É avaliado também de que forma foi construído o próprio voluntariado na Província bem como se deu as diferentes formas de arregimentação de homens para o conflito. Nesse ínterim procura-se entender o processo de recrutamento para o Exército dos considerados pobres a margem do processo produtivo, dos guardas nacionais designados que compunham uma força produtiva relativamente importante do interior da Província, e de como sofreram como vitimas perseguição política ao tempo em que elaboraram estratégias de resistência para fugirem a convocação, além de ser analisado como se deu a desapropriação dos escravos das fazendas nacionais no ano de 1866 para o serviço da guerra. O trabalho leva ainda em consideração a questão do retorno dos ex-combatentes e sob que situações tentaram se restabelecer a partir das promessas do decreto 3.371 dos Voluntários da Pátria na província do Piauí nos anos pos 1870, tomando como ponto de principal o projeto das Colônias Militares Agrícolas .
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2009-07 IMAGENS DO CANDOMBLÉ E DA UMBANDA : etnicidade e religião no cinema brasileiro nos anos 1970TítuloIMAGENS DO CANDOMBLÉ E DA UMBANDA : etnicidade e religião no cinema brasileiro nos anos 1970Autor
Francisco Das Chagas Fernandes Santiago JúniorOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2009-07-06Nivel
DoutoradoPáginas
352Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAntonio Carlos Amancio da SilvaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMônica Almeida KornisRoberto Luís Torres ConduruSonia Cristina da Fonseca Machado LinoYvonne Maggie de Leers Costa Ribeiro
ResumoA tese que se apresenta visa mostrar as diferentes disputas que se formaram ao redor das imagens do Candomblé e da Umbanda no cinema brasileiro dos anos 1970. Identificamos as instituições que forneceram sentido aos filmes e os principais debates culturais que se constituíram na relação da sociedade brasileira com as imagens das chamadas "religiões populares". Observamos que o campo cinematográfico partiu de sua tradição de reflexão sobre o nacional e o popular e começou a constituir clivagens nas identidades brasileiras quando propôs fazer filmes que contemplassem os "valores populares". Naquele período ocorreu uma mudança no foco da identidade nacional, antes tida como homogênea, e que seria fraturada em múltiplas facetas. Os filmes que mostravam a Umbanda e o Candomblé, as "religiões populares", se constituíram em conflagrações e disputas pela afirmação da etnicidade e da nacionalidade no Brasil setentista. Começou a emergir uma nova etnicidade, uma etnicização das imagens cinematográficas advinda das fraturas identitárias produzidas no debate cultural brasileiro. Nossa pesquisa acompanha os diversos agenciamentos que os filmes realizaram, bem como as maneiras como foram agenciados por membros do campo cinematográfico, tais como cineastas e críticos de cinema, e membros de outros campos sociais, como antropólogos, ativistas de movimentos sociais e outros críticos culturais. Observamos pela análise de cinco películas (O Amuleto de Ogum, Tendas dos Milagres, Cordão de Ouro, A Força de Xangô, Prova de Fogo) como a etnicidade e a religiosidade se aproximavam e se distanciavam.
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2009-06 CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA E BRASILIENSE: trajetórias editoriais, empresários e militância políticaTítuloCIVILIZAÇÃO BRASILEIRA E BRASILIENSE: trajetórias editoriais, empresários e militância políticaAutor
Andréa Lemos Xavier GalucioOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2009-06-29Nivel
DoutoradoPáginas
316Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralLeila Bianchi AguiarLia Calabre de AzevedoMarcelo Badaró MattosSandra Lucia Amaral de Assis ReimãoSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEste trabalho analisa o papel das editoras Civilização Brasileira e Brasiliense ao longo de suas trajetórias, destacando o compromisso político de suas publicações, assim como o desempenho empresarial de seus editores e suas ações políticas. Para tanto, analisa a consolidação do campo editorial brasileiro, enfatizando a atuação empresarial e a militância política dos editores.
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2009-06 "Cidade ‘vermelha‘ do aço: Greves, controle operário e poder popular em Volta Redonda (1988-1989) "Título"Cidade ‘vermelha‘ do aço: Greves, controle operário e poder popular em Volta Redonda (1988-1989) "Autor
Marcos Aurélio Ramalho GandraOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2009-06-09Nivel
MestradoPáginas
136Volumes
1Banca de DefesaEdson Teixeira da Silva Jr.Marcelo Badaró MattosPaulo Roberto Ribeiro FontesVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA Companhia Siderúrgica Nacional foi fruto de um grande empreendimento estatal brasileiro, cujo financiamento (estadunidense) se deu no contexto da II Guerra Mundial. O gigantismo da unidade industrial implantada e a necessidade de fixação de mão-de-obra para a construção e operação da Usina Presidente Vargas exigiram a construção de uma cidade, Volta Redonda. A mão-de-obra de primeira geração e origem rural era gerida de forma militarizada e militarizante, ficando exposta à ideologia do populismo getulista do "Estado pai dos pobres" através da "CSN-mãe", o que ocultava o caráter de classe da exploração sofrida. Apesar do controle da empresa, o sindicalismo que se desenvolveu no pré-64, apesar dos vínculos com o populismo, ancorava-se na luta pela implantação dos direitos conquistados na CLT e teve dramática passagem quando da implantação da Ditadura Civil-militar em 1964. O modelo de sindicato da Ditadura fragilizou o movimento sindical da cidade, mas, acompanhando o processo de crise do regime ditatorial e de abertura política, organizou-se também em Volta Redonda a Oposição Sindical Metalúrgica, que guarda semelhança com o processo conhecido como "Novo Sindicalismo". Desde o início, a oposição teve o apoio dos outros movimentos sociais organizados da cidade (CEB’s, associações de moradores, sindicatos de professores, movimento estudantil, posseiros urbanos, aposentados, artistas, etc; com meios de comunicação desenvolvidos por eles), imbricação esta que se concretizou na greve da CSN em 1984. A partir desta, os metalúrgicos desenvolveram crescentemente a experiência de controle operário da CSN, sempre apoiados pelos movimentos sociais da cidade, o que desencadeou, em compasso com a agudização dos conflitos sociais no Brasil da Nova República, crescentes experiências de controle da população sobre a cidade. Tal controle permite afirmar que em duas ocasiões, no mínimo, viveu-se nesta localidade embriões de poder popular, onde a população, mobilizada, nas ruas, em assembléias massivas, lideradas pelos movimentos sociais organizados em conjunto, governaram a cidade por alguns dias, superando e/ ou agindo paralelamente à institucionalidade. Na greve de 1988, apesar da morte de três operários em violenta invasão da cidade pelo Exército, os movimentos sociais dirigiram Volta Redonda por mais de dez dias, assim como na greve geral de 14 e 15 de março de 1989, quando por bandeiras nacionais a cidade foi completamente paralisada. Finalmente, tentamos a intelecção de como, apesar da força destes movimentos, seu isolamento não impediu a privatização da CSN. A condição imprescindível para tal projeto era a derrota da CUT no Sindicato dos Metalúrgicos, o que ocorreu em 1992, já no contexto da penetração do ideário neoliberal no país. A questão da articulação da memória operária é discutida visando compreender a conjuntura local atual.
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2009-06 Negócios de mineiros e cariocas: família, estratégias e redes mercantis no caso Gervásio Pereira Alvim (1850-1880)TítuloNegócios de mineiros e cariocas: família, estratégias e redes mercantis no caso Gervásio Pereira Alvim (1850-1880)Autor
Paula Chaves Teixeira PintoOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2009-06-09Nivel
MestradoPáginas
207Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesJoão Luís Ribeiro FragosoSheila Siqueira de Castro FariaSilvia Maria Jardim Brugger
ResumoEsta investigação procurou estudar as relações mercantis entre a província de Minas Gerais e o Rio de Janeiro, dando ênfase para o processo de formação de uma rede de negócios que ligou a comarca do Rio das Mortes à capital do Império. Para tanto, recorremos ao caso do fazendeiro mineiro Gervásio Pereira Alvim e seus contatos firmados na praça carioca e em outras praças da província de Minas Gerais, na segunda metade do século XIX. A partir da documentação privada do fazendeiro, composta, em sua maioria, por correspondência, foi possível analisar o universo de práticas sociais que interferiam na dinâmica da atividade comercial, bem como o papel da família como principal instrumento de inserção de sujeitos nas redes de negócios entre praças distantes. Assim, a dinâmica do funcionamento do comércio entre os mineiros e cariocas foi parcialmente reconstituída com o cruzamento das informações das fontes analisadas.
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2009-06 Os Oito Batutas: Uma orquestra melhor que a encomenda. História e Música Brasileira nos anos 1920TítuloOs Oito Batutas: Uma orquestra melhor que a encomenda. História e Música Brasileira nos anos 1920Autor
Luiza Mara Braga MartinsOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2009-06-05Nivel
DoutoradoPáginas
186Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroLaura Antunes MacielMarcos Luiz BretasMaria Clementina Pereira CunhaMartha Campos AbreuOrlando de BarrosRachel Soihet
ResumoEsta tese visa estudar um conjunto musical carioca, os Oito Batutas, que, liderados por Pixinguinha e Donga, obtiveram grande sucesso entre 1919 e 1923, como um conjunto de choro. A partir daí, e até 1931, apresentaram-se como Jazzband Os Batutas, acrescentando o jazz a suas apresentações. Levaram a música popular que se fazia no Brasil de então, como samba, choro, nordestinos, maxixes, polcas e tangos a vários estados brasileiros, à França e à Argentina. Sofreram ataques racistas de alas da imprensa, pois alguns integrantes eram afro-brasileiros. Apareceram como símbolos da música popular que se fazia então no Brasil, num momento marcado por discussões em torno da questão nacional.
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2009-05 Leitura, encantamento e rebelião. O Islã Negro do Brasil do Século XIXTítuloLeitura, encantamento e rebelião. O Islã Negro do Brasil do Século XIXAutor
Priscilla Leal MelloOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2009-05-29Nivel
DoutoradoPáginas
298Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMarina de Mello E SouzaMariza de Carvalho SoaresMartha Campos AbreuRicardo Henrique Salles
ResumoA proposta deste trabalho que aqui apresentamos é refletir sobre a Rebelião Malê de 1835 a partir das redes de escrita e leitura em ambiente muçulmano no Império do Brasil. Percorremos, para tanto, a ante-sala do levante, procurando nas madrassas improvisadas localizadas nos arredores de Salvador e do Recôncavo o que chamamos de inteligência rebelde. Seguindo os indícios deixados pelas autoridades, bem como analisando os escritos árabes encontrados com os rebelados, identificamos a importância da participação haussá na rebelião, propondo a tese de que a inteligência do levante também foi haussá. Ao mesmo tempo, percorremos os cotidianos malês em outras províncias, como Alagoas e Rio de Janeiro. E ainda conseguimos inserir a produção das escolas corânicas da Bahia no que chamamos de literacia árabe no Atlântico. Por fim, propomos uma revisão do lugar da África na historiografia brasileira, demonstrando as fortes influências dos conhecimentos produzidos em importantes centros de estudos da África Ocidental nos saberes africanos praticados no Império.
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2009-05 As milícias D‘el Rey: Tropas militares e poder no Ceará SetecentistaTítuloAs milícias D‘el Rey: Tropas militares e poder no Ceará SetecentistaAutor
José Eudes Arrais Barroso GomesOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2009-05-29Nivel
MestradoPáginas
358Volumes
1Banca de DefesaMaria Fernanda Baptista BicalhoPedro Luís PuntoniRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
ResumoEste estudo procura discutir a estreita relação entre o "serviço das armas" e a manutenção de poderes locais no Império ultramarino português na modernidade. Inicialmente, busca traçar um panorama geral das forças bélicas no reino de Portugal e em seu império ultramarino, apontando para a sua grande heterogeneidade organizacional e social. Em seguida, analisa mais especificamente o papel das armas na conquista e colonização da capitania do Ceará ao longo do século XVIII, apontando a grande importância do "serviço das armas" na formação e manutenção de elites locais.
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2009-05 O verdadeiro Mandrake: Rubem Fonseca e sua onipresença invisível (1962-1989)TítuloO verdadeiro Mandrake: Rubem Fonseca e sua onipresença invisível (1962-1989)Autor
Aline Andrade PereiraOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2009-05-28Nivel
DoutoradoPáginas
241Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzLuis Alberto Nogueira AlvesMargarida de Souza NevesMaria Paula Nascimento AraújoVera Lúcia Follain de Figueiredo
ResumoA pesquisa tem por objetivo investigar a atuação política do escritor Rubem Fonseca em paralelo a sua trajetória literária. O autor ocupou cargos na direção do Instituto de Pesquisas do Rio de Janeiro (Ipês), além de ter assinado os documentários propagandísticos do instituto. O Ipês é visto por alguns autores, como Dreifuss, como o centro ideológico do golpe de 64. Em 1976 Rubem Fonseca tem seu livro "Feliz Ano Novo" censurado. A partir de então transforma-se em ferrenho opositor do regime. Pretendemos estabelecer de que forma podemos ver na literatura de Fonseca traços de suas relações políticas. O período analisado estende-se de 1963-1989. Nossa hipótese é a de que o escritor se insere no campo literário a partir de estratégias de legitimação oriundas de sua atuação no campo político. Como um "intelectual orgânico" irá reafirmar projetos ideológicos de sua classe- e contradizer outros.
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2009-05 Anarquismo, Sindicatos e Revolução no Brasil (1906-1936)TítuloAnarquismo, Sindicatos e Revolução no Brasil (1906-1936)Autor
Tiago Bernardon de OliveiraOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2009-05-25Nivel
DoutoradoPáginas
267Volumes
1Banca de DefesaAlexandre FortesClaudio Henrique de Moraes BatalhaMarcelo Badaró MattosNorberto Osvaldo FerrerasRicardo da Gama Rosa CostaSilvia Regina Ferraz PetersenVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEntre os anos de 1906 e 1936, particularmente, o movimento e as idéias anarquistas contribuíram para o desenvolvimento da identidade e consciência da classe trabalhadora no Brasil. Sua área de ação concentrou-se, basicamente, nos centros urbanos e o público alvo preferencial de sua propaganda foram os trabalhadores das cidades, embora os libertários partilhassem de uma concepção mais ampla de classe, segundo a qual pertenceriam à mesma classe todos os que vivessem de seu próprio trabalho e não da exploração alheia, fossem eles do campo ou da cidade, exercessem atividades manuais ou não. Assim, a presente tese versa sobre a trajetória do movimento anarquista em sua relação com o movimento operário brasileiro, sobretudo nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e do antigo Distrito Federal. Procura-se apresentar as estratégias, concepções e avaliações desenvolvidas pelos militantes libertários quanto às possibilidades de se fazer eclodir no Brasil um processo revolucionário que permitisse a concretização de seu ideal.
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2009-05 Da Guanabara ao Sena: relatos e cartas sobre a França Antártica nas guerras de religiãoTítuloDa Guanabara ao Sena: relatos e cartas sobre a França Antártica nas guerras de religiãoAutor
Luiz Fabiano de Freitas TavaresOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2009-05-25Nivel
MestradoPáginas
218Volumes
1Banca de DefesaCatarina Costa D´amaralJacqueline HermannMaria Fernanda Baptista BicalhoPaulo Knauss de MendonçaRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoEntre os anos de 1560 e 1567 a Baía de Guanabara abrigou um foco de ocupação francesa, a França Antártica, fundada pelo cavaleiro de Malta Nicolas Durand de Villegagnon. Embora breve, essa experiência seria marcada por inúmeras tensões e conflitos, que se refletiriam numa grande disputa pública na França, a partir de 1561. Numerosos personagens escreveriam no contexto dessa controvérsia polarizada em torno de questões religiosas, entre eles André Thévet, Jean Crespin, Jean de Léry e o próprio Villegagnon. Durante esses debates, uma das questões mais importantes seria a da definição de quem relatava a verdade dos acontecimentos na Guanabara. O objetivo do presente trabalho é analisar o enraizamento da controvérsia sobre a França Antártica no contexto político francês contemporâneo, buscando compreender suas relações com as diversas redes de aliança, bem como com as diferentes concepções políticas coevas. Assim sendo, serão examinados sob essa perspectiva os discursos articulados no quadro dessa disputa, com especial atenção para as modalidades de emprego da retórica. A pesquisa também se dedicará a estudar os discursos articulados pela documentação epistolar sobre o tema, analisando a inserção das questões políticas no universo das relações particulares, em oposição às relações públicas estabelecidas pela dinâmica da documentação impressa.
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2009-05 O Dito e o Feito. Heróis exemplares nos relatos de guerra na Restauração pernambucana (1630-1654)TítuloO Dito e o Feito. Heróis exemplares nos relatos de guerra na Restauração pernambucana (1630-1654)Autor
Jorge Luiz de Miranda LeiteOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2009-05-25Nivel
MestradoPáginas
159Volumes
1Banca de DefesaCarlos Ziller CamenietzkiJacqueline HermannMaria Fernanda Baptista BicalhoRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
ResumoNos relatos de batalhas presentes nos folhetos, produzidos no período da ocupação neerlandesa no nordeste da América lusitana (1630-1654), era recorrente o destaque de algumas virtudes basilares daquele tempo. Neles abstrai-se um estigma de divulgação, propaganda pessoal e/ou institucional, além de modelos exemplares de conduta que, muitas vezes, pareciam propor um ideal de comportamento resolutamente heróico. Por outro lado, o protagonismo em uma dessas publicações sobre feitos militares, ou mesmo a descrição de grandes realizações como coadjuvante, podiam elevar indivíduos a um patamar especial. O heroísmo e as virtudes destacadas em situações limites, divulgadas com alguma abrangência, poderiam produzir um reconhecimento de relevante significado naquela sociedade da Época Moderna. Os efeitos produzidos por esta "fama" produziam uma "imagem pública" de guerreiros, relacionados a momentos históricos específicos protagonizados por estes. Naquela sociedade pautada pelo signo da honra, particularmente pelo ethos da guerra, alcançar o reconhecimento da sua reputação era significativamente importante. Assim, indivíduos que divulgavam seus feitos e serviços militares por meio de folhetos procuravam fazê-lo de forma especial. A retórica utilizada nos opúsculos enaltecia os protagonistas dos feitos bélicos com toda a sorte de virtudes próprias daqueles que detinham honra. O foco deste trabalho é perceber como tal imagem veiculada seria importante para assessorar o alcance de uma distinção social naquele tempo por meio das mercês régias
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2009-05 Terremoto em Lisboa, Tremor na Bahia: Um protesto contra o donativo para a Reconstrução de Lisboa (1755-1757).TítuloTerremoto em Lisboa, Tremor na Bahia: Um protesto contra o donativo para a Reconstrução de Lisboa (1755-1757).Autor
Carolina Chaves FerroOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2009-05-22Nivel
MestradoPáginas
234Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesFrancisco José Calazans FalconGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLuciano Raposo de Almeida FigueiredoOswaldo Munteal Filho
ResumoGrande parte da historiografia sobre Portugal e seus domínios ultramarinos na época Moderna entende que o Terremoto de Lisboa fora um importante marco para que o Secretário de Governo do Rei D. José I na época, Sebastião José de Carvalho e Melo, depois Conde de Oeiras e mais tardiamente Marquês de Pombal, aplicasse as práticas governativas consideradas necessárias para a modernização da Coroa Portuguesa. Enquanto as preocupações se voltavam para as questões da administração e das finanças de Portugal, as implicações imediatas do Terremoto na sociedade da América ficaram à margem na historiografia. Este trabalho pretende preencher algumas questões que demonstram a lealdade dos colonos ao Rei, mas ao mesmo tempo sua preocupação em enriquecer e tirar o máximo proveito econômico desse território. Sendo assim, o estudo se concentra na análise de um abaixo-assinado, organizado pelos Homens de Negócio da Bahia da segunda metade do século XVIII, contra o Donativo para a Reconstrução de Lisboa, um novo tributo criado a pedido do Rei, mas que tem caráter obrigatório naquela sociedade.
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2009-05 "Bardos da Canalha, Quaresma de Desalentos" Produção Literária de Trabalhadores em Fortaleza na Primeira República.Título"Bardos da Canalha, Quaresma de Desalentos" Produção Literária de Trabalhadores em Fortaleza na Primeira República.Autor
Gleudson Passos CardosoOrientador(a)
Fernando Antonio FariaData de Defesa
2009-05-22Nivel
DoutoradoPáginas
360Volumes
1Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposFernando Antonio FariaLaura Antunes MacielLucia Maria Bastos Pereira Das NevesMaria Emília da Costa PradoNorma Côrtes Gouveia de MeloRicardo Emmanuel Ismael de Carvalho
ResumoComo ocorreu em outras capitais brasileiras, a implantação da Republica fez surgir diferentes posturas no circuito letrado da cidade de Fortaleza. Tendo em vista o jogo político que restabeleceu a velha estrutura de poder em favor das oligarquias locais, contrapondo-se a boa parte dos intelectuais que foram absorvidos pela imprensa facciosa, burocracia ou pelos partidos políticos emergentes naquele momento, outros agentes letrados perceberam diferentemente aquela situação e denunciaram essa trama através dos seus textos literários. Em jornais operários, brochuras, livros, panfletos e outras fontes históricas foram testemunhados as experiências em comum dos seus autores. A partir da analise destes documentos históricos, a problemática de estudo se preocupou em entender as leituras sociais e percepções diferenciadas daquele olhar arrivista em torno do novo regime, a eleger o campo literário como espaço possível de debate, uma vez que, naquela ocasião, foram comprometidos os canais de discussão nos pleitos eleitorais, esfera partidária e o exercício dos direitos políticos, civis e sociais. Destarte, pode-se dizer que a obra literária deixada por guarda-livros, caixeiros, amanuenses, ferroviários, artesãos, tipógrafos, músicos e outros, foi a estratégia de inserção destes agentes sociais nos debates públicos, que se distanciaram dos circuitos intelectuais convencionais na Primeira Republica. Sua produção literária se diferenciou em estilos, léxicos e narrativas, a evidenciar seus repertórios de leituras, formas de produção e circulação dos seus textos, redes de sociabilidades, bem como, suas experiências junto as camadas subalternas da população e a inserção no circuito letrado da capital cearense naquele período.
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2009-05 Cada qual no seu lugar: A constituição do espaço rural na cidade do Rio de Janeiro, 1890 - 1940TítuloCada qual no seu lugar: A constituição do espaço rural na cidade do Rio de Janeiro, 1890 - 1940Autor
Leonardo Soares Dos SantosOrientador(a)
Mario GrynszpanData de Defesa
2009-05-20Nivel
DoutoradoPáginas
244Volumes
1Banca de DefesaFania FridmanIlmar Rohloff de MattosJayme Lúcio Fernandes RibeiroJohn Cunha ComerfordMario GrynszpanNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoEste trabalho trata sobre a formação da zona rural da cidade do Rio de Janeiro, durante os anos de 1890 e 1940. No primeiro momento eu analiso a situação da evolução urbana no Rio nos últimos anos do século XIX. Depois, a atenção se fixa sobre o processo histórico de divisão administrativa de todo o espaço da cidade, observando a relação entre os usos urbano e rural. No terceiro capítulo, eu estudo a formação da zona suburbana e as conseqüências em relação à diferenciação entre Subúrbio e zona rural. Ao fim, eu reconstruo o percurso da concepção e efetivação do projeto de "Cinturão Agrícola", que teria o objetivo de fornecer os produtos agrícolas para a população carioca.
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2009-05 Cabo das tormentas e vagas da modernidade: uma história da Companhia Nacional de Álcalis e de seus trabalhadores. Cabo Frio (1943-1964) Arraial do CaboTítuloCabo das tormentas e vagas da modernidade: uma história da Companhia Nacional de Álcalis e de seus trabalhadores. Cabo Frio (1943-1964) Arraial do CaboAutor
Walter Luiz Carneiro de Mattos PereiraOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2009-05-14Nivel
DoutoradoPáginas
479Volumes
1Banca de DefesaAlexandre FortesGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraMarcelo Badaró MattosPaulo Roberto Ribeiro FontesRenato Luís do Couto Neto E LemosSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA Companhia Nacional de Álcalis, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, foi uma empresa estatal fundada por Getúlio Vargas, em 1943, que, no entanto, começaria a produzir somente em 1960, depois de inaugurada, sua primeira fase, por Juscelino Kubitschek. A empresa projetada para fabricar álcalis sódicos dedicar-se-ia, logo de início, a produção exclusiva de barrilha, matéria-prima fundamental para utilização nas indústrias de transformação, principalmente a de vidros. Contudo, sofrendo as conseqüências da forte concorrência do produto importado, controlado por trustes e cartéis, principalmente àqueles associados à indústria vidreira nacional, a Álcalis passaria por inúmeros percalços que quase a levaram à insolvência. Entretanto, seu estado de crise permanente estava sujeito a outras duas sérias questões, de natureza interna: a tecnologia utilizada, importada da França, há muito sendo descartada pelas congêneres estrangeiras; além de ser atingida por instituições do Estado e associações empresariais que tentavam desestabilizar a empresa. Durante quatro anos, de 1960 a 1964, foram os trabalhadores associados aos setores nacionalistas da sociedade civil, como partidos, sindicatos e entidades estudantis, que garantiriam a sobrevivência da CNA, em lutas não somente de caráter trabalhista, mas também por lutas políticas incessantes. Esse trabalho busca compreender a trajetória dessa empresa, sem desconsiderar, entretanto, sua situação na atual conjuntura.
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2009-05 História, Memória e Deserto: Os soldados Brasileiros no Batalhão Suez (1957-1967)TítuloHistória, Memória e Deserto: Os soldados Brasileiros no Batalhão Suez (1957-1967)Autor
Manoel Ricardo Arraes FilhoOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2009-05-11Nivel
DoutoradoPáginas
291Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Palomanes MartinhoLuis Edmundo de Souza MoraesMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz Quadrat
ResumoEste trabalho faz uma análise sobre a primeira Força de Paz da ONU, enviada para a região do Oriente Médio, compondo a UNEF (United Nations Emergency Force). Deste modo, o Exército brasileiro enviou ao Egito um Batalhão de Infantaria com efetivo acumulado de aproximadamente 6.300 homens (de janeiro de 1957 a julho de 1967), denominado de "Batalhão de Suez", integrando a Força de Emergência das Nações Unidas I (FENU I), organizada com a finalidade de separar forças egípcias e israelenses. Neste estudo, o interesse consiste em reconhecer as impressões daqueles "homens de paz", em um mundo de ódio secular e de identidades extremamente diferentes; e descobrir suas visões acerca do conflito, sobre a vida cotidiana do povo e da cultura de egípcios, palestinos e israelenses; enfim, resgatar a memória e a história da participação dos militares brasileiros. Para tanto, a análise foi realizada a partir do corpus de entrevistas com treze soldados piauienses, e também por meio de depoimentos de veteranos de outros Estados brasileiros, sobre si próprios, a realidade vivida e a cultura material que encontraram no contexto do processo de paz instaurado no deserto do Sinai, na Faixa de Gaza e em Jerusalém, durante a Missão de Paz. O estudo da História do Batalhão Suez, foi realizado com base em documentos oficiais da ONU, dos Exércitos e da UNEF, tais como relatórios, ofícios, memorandos, mapas, correspondências etc., disponíveis nos arquivos do Exército e nos sites oficiais da ONU e do Batalhão Suez. A História Oral tornou-se fundamental no desenvolvimento inicial da pesquisa, posto que reconhecer os depoimentos como fontes históricas relevantes, construídas na relação entrevistador e entrevistado, é fortalecer e amadurecer uma concepção de história que problematiza os sujeitos "ordinários" e os significados que atribuem às suas experiências, expressos por meio de seus valores, atitudes e crenças; em outras palavras, sua subjetividade. Uma vez que se trabalhou com a História Oral, antes de tudo, como uma metodologia, as fontes orais foram pensadas não exclusivamente como fornecedoras de informações em si mesmas, mas como reveladoras de importantes significados da Missão para a paz na região e na vida de cada um dos entrevistados.
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2009-05 Poder e comércio : a Associação Comercial e Industrial de Guarapuava (1955-1970)TítuloPoder e comércio : a Associação Comercial e Industrial de Guarapuava (1955-1970)Autor
Marcos Aurélio Machado FernandesOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2009-05-08Nivel
DoutoradoPáginas
257Volumes
1Banca de DefesaAlberto di SabbatoCarlos Gabriel GuimarãesCezar Teixeira HonoratoHélvio Alexandre MarianoMaria Letícia CorrêaMônica de Souza Nunes MartinsThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoA pretensão do trabalho de tese consiste na elaboração de um diálogo acerca do poder local, analisando a ação política do empresariado organizado a partir de sua entidade de classe. Como epicentro da pesquisa, foram consideradas as relações entre a diretoria da Associação Comercial e Industrial de Guarapuava (ACIG) e a da Câmara Municipal, no período de 1955 a 1970. A pesquisa submeteu registros de atas a um elenco de categorias de análise conceitual, identificando os elementos que se tornaram estáveis e permanentes pelas repercussões que essas relações trouxeram à cidade, levando em consideração que toda escolha é arbitrária diante da infinitude do real. A análise da burguesia econômica, pelas suas relações sociais, torna-se uma contribuição ao estudo da classe dominante. Os trabalhos, com orientação prosopográfica, procuram analisar as elites e descobrir um dos meios que detém o poder e conhecer seus mecanismos concretos. No decorrer da pesquisa, evidenciou-se a constituição de um grupo que, institucionalizando a ACIG, conseguiu espaço para ampliar sua inserção política local, passando, a partir daí, exercer o predomínio no poder local. Ainda que, isso não tenha de forma alguma excluído o grupo dominante anterior, senão que há aí uma acomodação e uma reprodução na política local, da modernização conservadora.
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2009-04 A "Real Junta do Commercio, Agricultura, Fabricas e Navegação deste Estado do Brazil e Seus Dominios Ultramarinos": Um Tribunal de Antigo Regime na Corte de Dom João (1808-1821)TítuloA "Real Junta do Commercio, Agricultura, Fabricas e Navegação deste Estado do Brazil e Seus Dominios Ultramarinos": Um Tribunal de Antigo Regime na Corte de Dom João (1808-1821)Autor
Walter de Mattos LopesOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2009-04-24Nivel
MestradoPáginas
212Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioCarlos Gabriel GuimarãesGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesRômulo Garcia de Andrade
ResumoApós a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro, uma série de medidas foram tomadas com o escopo de transformar a cidade em centro do império português, no processo de enraizamento do Estado e dos interesses que gravitavam em torno de sua órbita. Criado por Alvará Régio de 23 de Agosto de 1808, o tribunal da Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação deste Estado do Brasil e Seus Domínios Ultramarinos manifestou importância singular na resolução de conflitos jurisdicionais no interior no "sistema luso-brasileiro". Assentando nas cadeiras de deputado magistrados de carreira e poderosos homens de negócios, que encontravam no tribunal um importante espaço para a defesa de seus interesses, o estudo da referida instituição ilumina a compreensão das continuidades institucionais durante a transição do Brasil colonial para o Império e lança luz sobre o processo de construção do Estado português no Rio de Janeiro e formação de uma "unidade nacional" luso-brasileira ao longo da administração joanina
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2009-04 O Conde de Castelo Melhor: valimento e razões de Estado no Portugal seiscentista (1640-1667)TítuloO Conde de Castelo Melhor: valimento e razões de Estado no Portugal seiscentista (1640-1667)Autor
Vinícius Orlando de Carvalho DantasOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2009-04-24Nivel
MestradoPáginas
313Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesJacqueline HermannMaria Fernanda Baptista BicalhoRicardo de OliveiraRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoEste trabalho estuda o valimento do 3º conde de Castelo Melhor no Portugal de Afonso VI (1662-1667) a partir da dinâmica de interesses entre o rei e seu valido. A prática do valimento no Portugal restaurado figurava como uma solução institucional compensatória para ambas as partes. Para o rei, o auxílio de um valido numa conjuntura de conflitos na corte e de guerra peninsular parece ter tido muitos significados: a possibilidade de através de seu favorito garantir seu direito ao governo eliminando as facções políticas que resistiam ao seu reinado. Além das questões internas, ao contar com o auxílio de um favorito era possível adotar uma política de guerra mais ofensiva no conflito contra a monarquia hispânica, consolidando sua casa no poder. Como conseqüência deste processo, formar uma nova imagem pessoal afastando-se do estigma de "rei incapaz". Já para Castelo Melhor a posição de favorito do rei parecia ser a consolidação de um longo percurso de mobilidade social. Como filho de João Rodrigues de Vasconcelos – um dos mais destacados nobres da Restauração – poderia consolidar a trajetória de mobilidade social de sua casa e o legado de seu pai.
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2009-04 Vozes eclipsadas, memórias silenciadas: História social de operários cegos. Da euforia industrializante no Governo Kubitschek à recessão no Governo Figueiredo. Bahia, 1956-1983.TítuloVozes eclipsadas, memórias silenciadas: História social de operários cegos. Da euforia industrializante no Governo Kubitschek à recessão no Governo Figueiredo. Bahia, 1956-1983.Autor
José Jorge Andrade DamascenoOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2009-04-17Nivel
DoutoradoPáginas
232Volumes
1Banca de DefesaBeatriz KushnirCezar Teixeira HonoratoIsmênia de Lima MartinsMariléia Franco Marinho InoueMartha Campos AbreuMaurício ZeniSuely Gomes Costa
ResumoEste projeto pretende testar a hipótese de que - A política de inserção dos cegos e o seu posterior abandono que se dão no período 1956 - 1983 podem ser uma chave importante para a compreensão de valores e referêcias da sociedade brasileira a respeito da cidadania, de seus direitos, que, ao excluir o cego da sociedade, pode estar falando muito mais doe si mesma do que de um grupo portador de uma deficiência especificada.
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2009-04 BABEL DO NOVO MUNDO:povoamento e vida rural na região de matas do Rio Grande do Su(1889-1925)TítuloBABEL DO NOVO MUNDO:povoamento e vida rural na região de matas do Rio Grande do Su(1889-1925)Autor
Marcio Antônio Both da SilvaOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2009-04-15Nivel
DoutoradoPáginas
274Volumes
1Banca de DefesaEli de Fátima Napoleão de LimaGiralda SeyferthMárcia Maria Menendes MottaMoacir Gracindo Soares PalmeiraPaulo Afonso ZarthSonia Regina de MendonçaThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoA pesquisa objetiva compreender como se desenvolveram as relações entre grupos sociais na dinâmica de ocupação da região de matas – especificamente no território abrangido pelos municípios de Cruz Alta, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Santo Ângelo – no Rio Grande do Sul, entre 1889 e 1925. O texto discute como se elaboraram algumas representações sobre tais grupos e o quanto elas estão relacionadas a sua atuação no povoamento. Nestes termos, a obra re-visita a região, enfocando-a como espaço de luta pela terra, priorizando a análise das políticas governamentais de povoamento e administração das "terras devolutas", bem como o complexo das relações sociais estabelecidas entre colonos, nacionais, negros e índios.