Dissertações e Teses
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2010-08 Tráfico de escravos e direção Saquarema no Senado do Império do BrasilTítuloTráfico de escravos e direção Saquarema no Senado do Império do BrasilAutor
João Carlos Escosteguy FilhoOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2010-08-17Nivel
MestradoPáginas
188Volumes
1Banca de DefesaLuiz Fernando SaraivaPedro Eduardo Mesquita de Monteiro MarinhoRicardo Henrique SallesThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoA trajetória do Império do Brasil, ao longo da primeira metade do século XIX, confunde-se com as disputas ideológicas promovidas pelos intelectuais orgânicos da classe senhorial em formação, que resultam na vitória de um determinado projeto de Império e de sociedade desenhado principalmente entre 1838 e 1850. Esse projeto vitorioso contemplou diversas questões consideradas essenciais para o novo Estado que se procurava erigir. Esta pesquisa trata de parcela dessas questões: aquela ligada às relações entre tráfico de escravos, nação, Império e sociedade. Procurou-se, aqui, analisar a série de conflitos entre diferentes concepções escravistas de Império que, em especial no período citado, conferiam lugares distintos para o papel da escravidão africana e do tráfico de escravos no tipo de Estado-nação que se queria construir. O espaço principal de análise é o Senado do Império do Brasil no período entre 1831 e 1850, mas com maior destaque para o recorte a partir de 1838. Ao final do período, a direção Saquarema, ligada à classe senhorial, passou a dar a tônica do processo, encaminhando seu próprio projeto de Império e sua própria perspectiva para a escravidão no Brasil.
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2010-08 Intelectuais, espíritas e abolição da escravidão: os projetos de reforma na imprensa espírita (1867-1888).TítuloIntelectuais, espíritas e abolição da escravidão: os projetos de reforma na imprensa espírita (1867-1888).Autor
Daniel Simões do ValleOrientador(a)
Magali Gouveia EngelData de Defesa
2010-08-17Nivel
MestradoPáginas
194Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMagali Gouveia EngelMarcello Otávio Neri de Campos BasileMartha Campos Abreu
ResumoEsse trabalho analisa os posicionamentos assumidos pelos espíritas no debate sobre a abolição da escravidão na década de 1880, no Rio de Janeiro. A pesquisa é encaminhada a partir da trajetória de três intelectuais: Antonio da Silva Neto, Adolfo Bezerra de Menezes e Francisco Leite de Bittencourt Sampaio. Esses intelectuais se envolveram nas discussões sobre as reformas servil e política, no final dos anos 1860. Posteriormente, tornaram-se espíritas e exerceram importante papel frente ao crescente movimento espírita da capital do Império. O objetivo é compreender a influência desses intelectuais nas posições adotadas pelas instituições espíritas através da imprensa, assim como, nas redes de sociabilidades estabelecidas pelos espíritas no âmbito do movimento abolicionista. O estudo da imprensa espírita está focado em dois periódicos: Revista da Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade e o Reformador. Através deles, busca-se compreender os projetos de reforma construídos e defendidos pelas instituições espíritas.
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2010-08 A Família Beija-FlorTítuloA Família Beija-FlorAutor
Luiz Anselmo BezerraOrientador(a)
Marcos Alvito Pereira de SouzaData de Defesa
2010-08-13Nivel
MestradoPáginas
244Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralKarina KuschnirLeila Maria da Silva BlassMarcos Alvito Pereira de SouzaSimoni Lahud Guedes
ResumoO trabalho apresenta uma análise das relações institucionais entre jogo do bicho e escola de samba enquanto suporte do esquema de poder familiar montado no município de Nilópolis durante a ditadura militar e que se encontra em pleno vigor ainda nos dias atuais. Abordamos num primeiro momento visões macro-políticas que relacionam a projeção dos dois ramos do poder familiar à interferência militar na Baixada Fluminense. Entretanto, o estudo aprofunda a reflexão sobre a adesão ao regime por parte das lideranças das famílias Sessim e Abraão na medida em que se assenta nos pressupostos de um modelo epistemológico atento à relevância de dados fragmentários, ou seja, indícios soltos que foram identificados no exame de fontes jornalísticas, de arquivo e fontes orais, estas produzidas mediante a realização de entrevistas de acordo com a metodologia da história oral. Em função disso, a pesquisa aponta para um conjunto mais amplo de fatores que teriam contribuído para a consolidação, pelas referidas famílias, de uma tradição de atuação política baseada no lugar. A relação dos chefes do esquema com setores da comunidade local é tratada considerando-se a dimensão simbólica do sistema de trocas que se centralizou na figura do banqueiro do bicho e presidente de hora da Beija-Flor, Anísio Abraão David, e foi estruturado através da organização carnavalesca na forma de uma economia do dom. Portanto, o universo simbólico do esquema político é analisado no trabalho com a demonstração de que se compõe também pela interligação de elementos da memória dos imigrantes de origem libanesa estabelecidos na localidade e de um conjunto de valores incorporados do sistema do jogo do bicho. Seguindo a proposta etnográfica do olhar de perto e de dentro, tomamos a visão de antigos moradores de Nilópolis vinculados à Beija-Flor acerca do contexto em que estão inseridos e das práticas que desenvolvem como ponto de partida para explicação dos mecanismos que articulam as redes sociais responsáveis pela sustentação da estrutura de poder estudada. Em síntese, argumenta se que a vitalidade do esquema familiar está associada à capacidade de articulação desenvolvida por suas lideranças através do controle de organizações que permitem a manutenção, e reprodução, de vínculos estabelecidos tanto nas redes de sociabilidade de âmbito local quanto em setores externos à esfera do município e ao mundo do samba.
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2010-08 Aspectos culturais e ascensão econômica de mulheres forras em São João Del Rey: séculos XVIII e XIXTítuloAspectos culturais e ascensão econômica de mulheres forras em São João Del Rey: séculos XVIII e XIXAutor
Bárbara Deslandes PrimoOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2010-08-02Nivel
MestradoPáginas
157Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMárcio de Sousa SoaresRoberto Guedes FerreiraSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoEsta dissertação analisa a vida, hábitos e costumes de mulheres alforriadas em São João Del Rey, Minas Gerais, na segunda metade do século XVIII e primeira metade do XIX. Para tal, parte da análise dos testamentos deixados por estas mulheres, de forma a traçar um panorama da vida delas na liberdade, englobando as atividades realizadas, ofícios e redes de sociabilidade desenvolvidas por estes atores sociais. Começo minha analise, apoiada pela historiografia, demonstrando que eram as mulheres as privilegiadas pela alforria, por diversos motivos, e que, já libertas, dedicavam-se, em sua maioria, à atividade comercial. Exploro a questão da dedicação ao comércio por parte destas mulheres tendo como pano de fundo sua origem africana. Por fim, analiso como a conjunção destes fatores – maior acesso à alforria e referências africanas - acabou por formar um dos grupos mais peculiares e contraditórios do Brasil Colônia, usando o universo de São João Del Rey para corroborar minhas hipóteses.
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2010-07 "Reaganation: a ascensão do neoconservadorismo e o nacionalismo nos Estados Unidos (1981 - 1988)"Título"Reaganation: a ascensão do neoconservadorismo e o nacionalismo nos Estados Unidos (1981 - 1988)"Autor
Roberto Moll NetoOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2010-07-06Nivel
MestradoPáginas
265Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoDaniel Aarão Reis FilhoFlavio LimoncicMarco Antonio Villela PamplonaThaddeus Gregory Blanchette
ResumoNesta dissertação pretendemos estudar a forma como um grupo de neoconservadores narrou e imaginou a nação e o nacionalismo nos Estados Unidos nos anos de governo de Ronald Reagan. A partir dos anos 1950, diante das problemáticas sociais, diversos grupos de empresários e intelectuais afinados com o conservadorismo começaram a se organizar com o objetivo de repensar o conservadorismo e pensar um novo projeto para a nação. Nos anos 1980, um grupo de conservadores, entendidos hoje como neoconservadores, conseguiu transformar seu projeto de nação em um projeto de nação amplo. Dessa forma, os neoconservadores chegaram ao poder representados por Ronald Reagan. Esse projeto de nação neoconservador apresentou uma narrativa particular e uma forma específica de narrar e imaginar a nação e o nacionalismo nos Estados Unidos. Esta forma de narrar e imaginar a nação e o nacionalismo neoconservador esteve presente e foi difundida nos discursos de Ronald Reagan, nosso principal objeto de análise, assim como nas páginas de alguns jornais. Nos discursos e nas ações do governo de Ronald Reagan, sobretudo quando tratam do estado de bem estar social para pobres e negros, das ações afirmativas e da imigração, buscamos investigar o que é a nação e o que é ser um verdadeiro estadunidense para os neoconservadores.
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2010-07 A SOMBRA E A PENUMBRA: centro e periferia no vice-reinado do Conde da Cunha (1763-1767)TítuloA SOMBRA E A PENUMBRA: centro e periferia no vice-reinado do Conde da Cunha (1763-1767)Autor
Izabela Gomes GonçalvesOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2010-07-01Nivel
MestradoPáginas
195Volumes
1Banca de DefesaAdriana Barreto de SouzaCarlos Gabriel GuimarãesGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesSérgio Chahon
ResumoO trabalho em tela se propõe a analisar as relações estabelecidas entre a Coroa lusa e os governantes ultramarinos, durante o período pombalino, focando de forma especial o vice-reinado de Antônio Álvares da Cunha, o primeiro vice-rei depois da transferência da capital para o Rio de Janeiro (1763). Diante da fragilidade do Império português, da crescente projeção da hegemonia britânica e das constantes ameaças espanholas nas fronteiras, o governo de d. José I e de seu principal ministro, Conde de Oeiras, empreendeu uma série de reformas militares em seus domínios, direcionadas em especial aos territórios reinóis e ao centro-sul da América Portuguesa. Neste sentido, tal esforço investigativo partirá da análise das mais diversas estratégias que visavam atingir pontos sensíveis relacionados à defesa da colônia: fortalezas; recrutamento; organização e uniformização de regimentos, pagamento de soldos e fardamento das tropas. Ações que expressaram a percepção da fragilidade militar da América portuguesa, principalmente em relação à defesa de suas desguarnecidas fronteiras.
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2010-06 Sob o Signo da Metamorfose: As Esquerdas Comunistas Brasileiras e a democracia (1974-1982)TítuloSob o Signo da Metamorfose: As Esquerdas Comunistas Brasileiras e a democracia (1974-1982)Autor
Rosalba LopesOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2010-06-07Nivel
DoutoradoPáginas
210Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoLucia GrinbergMarcelo Siqueira RidentiMaria Paula Nascimento AraújoMarieta de Moraes FerreiraNorberto Osvaldo FerrerasRodrigo Patto Sá Motta
ResumoBusca-se analisar o pensamento e a ação das esquerdas comunistas brasileiras no período que se estende de 1974 a 1982, tentando compreender em que medida transformaramse traços autoritários que, segundo vasta bibliografia, estariam historicamente presentes em sua cultura política, como o vanguardismo, o elitismo, a negação ou a instrumentalização da democracia. Sabe-se que o período é rico em mudanças em vários aspectos da vida nacional, basta que se pense no ressurgimento, na segunda metade da década de 1970, de movimentos vigorosos no interior de uma sociedade onde os descontentes eram sistematicamente silenciados. Trata-se, pois, de considerar a hipótese de ter havido um processo de transformação neste campo das esquerdas brasileiras, ainda que se busque dimensionar também as permanências e seus desdobramentos. O acompanhamento do processo se fez, primeiramente, a partir de um mergulho na literatura produzida nas décadas de 1970 e início da década de 1980, permitindo a recuperação tanto da riqueza daquela ambiência, quanto da situação experimentada pelas organizações comunistas, às quais fora imposta uma dura derrota. Mas, foi tempo também de recomeço. Dentre os pressupostos que orientam a pesquisa, destaca-se a compreensão do contexto de experiência e atividade dos atores como o terreno, no qual, as culturas políticas são colocadas em jogo. Daí a consideração dos desdobramentos das relações estabelecidas por estas esquerdas e os diversos movimentos sociais que surgiam ao longo da década de 1970. Em seguida, centramos o foco nas relações estabelecidas entre estas organizações e o sindicalismo surgido no ABC paulista, outro importante ator no processo de construção do Partido dos Trabalhadores. Consideradas duas das culturas políticas que se encontravam e tentavam articular-se em partido, buscamos o dimensionamento das mudanças vividas pelas organizações comunistas, sobretudo, no que diz respeito aos pressupostos democráticos. Através da análise dos documentos produzidos no processo de construção daquele Partido ganha destaque na investigação o desvendamento dos sentidos conferidos à democracia por aqueles que, no novo cenário que se desenhava no país ─ crescentemente povoado por democratas ─ se diferenciavam por historicamente lutar pela igualdade.
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2010-06 Entre Pernambuco e a África. História dos maracatus-nação do Recife e a espetacularização da cultura popular (1960-2000)TítuloEntre Pernambuco e a África. História dos maracatus-nação do Recife e a espetacularização da cultura popular (1960-2000)Autor
Ivaldo Marciano de França LimaOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2010-06-07Nivel
DoutoradoPáginas
420Volumes
1Banca de DefesaAndrea Barbosa MarzanoHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroIsabel Cristina Martins GuillenJocélio Teles Dos SantosLaura Antunes MacielMartha Campos AbreuRachel Soihet
ResumoEste trabalho se propõe a pensar a história dos maracatus-nação no Recife, nos anos de 1960 a 2000, imersos numa complexa luta política para estabelecer o poder de significar suas práticas culturais negras. Pensar a história dos maracatus-nação é estar atento à complexidade do processo de globalização e espetacularização da cultura popular, e de como esse processo se desdobra localmente. Nesse sentido, importa discutir as relações que os maracatuzeiros e os seus maracatus estabeleceram com os poderes públicos que normatizam o carnaval, bem como com a indústria do turismo que objetiva transformar as manifestações da cultura popular em bens culturais vendáveis. Concomitantemente, objetiva-se discutir como os folcloristas e intelectuais que promovem a "defesa" da cultura popular contra suas descaracterizações têm atuado em favor dos maracatus e na defesa dessas manifestações contra o assédio da indústria cultural que promove sua espetacularização. No entanto, esse processo não pode ser pensado sem se considerar a própria história dos maracatus, e suas relações com as comunidades de negros e negras, com o movimento negro e com o poder público. Optou-se por analisar a atuação individual dos maracatuzeiros diante do processo histórico mais global, discutindo as estratégias que estes sujeitos definiram diante de um campo cultural bastante disputado, ganhando visibilidade e legitimidade para os seus grupos.
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2010-05 Em busca da honra: a remuneração dos serviços da guerra holandesa e os hábitos das Ordens Militares (Bahia e Pernambuco, 1641 - 1683)TítuloEm busca da honra: a remuneração dos serviços da guerra holandesa e os hábitos das Ordens Militares (Bahia e Pernambuco, 1641 - 1683)Autor
Thiago Nascimento KrauseOrientador(a)
Ronald José RaminelliData de Defesa
2010-05-28Nivel
MestradoPáginas
244Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioMaria Fernanda Baptista BicalhoRodrigo Monteferrante RicuperoRonald José Raminelli
ResumoEm 1640, a Restauração demandou uma recriação dos laços de vassalagem entre a monarquia e seus súditos, com a ascensão da dinastia dos Bragança. A economia de mercê exerceu então um papel crucial, inserida em uma sociedade com características estamentais, fundada numa dinâmica centralizadora baseada na ideologia do serviço/recompensa. Servir a Coroa tornou-se um modo de vida e estratégia de ascensão social para certos grupos sociais.Os hábitos das Ordens Militares, especialmente da Ordem de Cristo, representaram grande parte das mercês régias, devido a sua importância social e aos privilégios que acarretava. Esta pesquisa versa sobre a requisição dos hábitos na Bahia e Pernambuco durante a "conjuntura crítica" da Restauração portuguesa, utilizando a documentação disponível no Projeto Resgate Barão do Rio Branco referente a Bahia e Pernambuco, especialmente requerimentos e consultas de mercês e o Livro de Registro de Consultas de Mercê do Conselho Ultramarino. Os objetivos são a definição do perfil social dos suplicantes, a importância dos hábitos para eles, os serviços que oferecem à Coroa e a apreciação do Conselho Ultramarino sobre estes mesmos serviços. Desta maneira, tento contribuir para o entendimento da economia de mercê e da estruturação das elites coloniais, em perspectiva comparada.
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2010-05 Vício dos Clérigos: A Sodomia nas Malhas do Tribunal do Santo Ofício de LisboaTítuloVício dos Clérigos: A Sodomia nas Malhas do Tribunal do Santo Ofício de LisboaAutor
Veronica de Jesus GomesOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2010-05-27Nivel
MestradoPáginas
228Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresDaniela Buono CalainhoGeorgina Silva Dos SantosRonaldo Vainfas
ResumoNão obstante as determinações dos concílios, especialmente as do de Trento, quanto à moral sexual dos eclesiásticos, a alcunha medieval vício dos clérigos caracterizou muito bem o contexto de Portugal e do Brasil da Época Moderna, quando um expressivo número de homens da Igreja se envolveu com o crime da sodomia e caiu nas malhas da Inquisição portuguesa. Através dos documentos gerados pelo Santo Ofício lusitano, especialmente os oriundos das Visitações à Bahia colonial, o trabalho analisa as relações sodomíticas entre os eclesiásticos e os seus parceiros sem, contudo, se esquecer daqueles que sofreram o que atualmente designamos de "abusos sexuais" perpetrados pelos homens da Igreja. Tal contexto demonstra que, ainda que tenha existido um conjunto de regras que regulavam os comportamentos dos membros da Igreja, objetivando constituí-los exemplos para a sociedade, não foi possível exercer um total controle sobre suas atitudes que, muitas vezes, pareceram desafiar os códigos católicos de conduta. A perspectiva reforça a idéia de que os sodomitas da Igreja, mesmo com um estilo de vida que se propunha diferente do dos leigos, não foram presas passivas de um discurso de submissão e austeridade.
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2010-05 O Império dos Souza Breves nos Oitocentos: Política e escravidão nas trajetórias dos Comendadores José e Joaquim de Souza BrevesTítuloO Império dos Souza Breves nos Oitocentos: Política e escravidão nas trajetórias dos Comendadores José e Joaquim de Souza BrevesAutor
Thiago Campos Pessoa LourençoOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2010-05-25Nivel
MestradoPáginas
188Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMartha Campos AbreuRicardo Henrique Salles
ResumoO presente trabalho analisará as trajetórias dos irmãos José e Joaquim de Souza Breves. Utilizaremos suas histórias como caminhos possíveis para compreender algumas das questões em pauta no universo escravista brasileiro durante o século XIX. Nesse sentido, ao longo do texto, abordaremos três perfis de inserções dos Comendadores na sociedade escravista brasileira: Primeiramente analisaremos a construção da fortuna dos Souza Breves a partir de seus vínculos familiares, e das estratégias econômicas e de sociabilidades traçadas pelos Comendadores. Logo em seguida, evidenciaremos as diferentes inserções dos Souza Breves na política imperial. As perspectivas distintas dos Comendadores resultaram em posições antagônicas em momentos políticos singulares. Da Revolução Liberal de 1842 ao advento da abolição, os irmãos apresentaram respostas diferentes às questões formuladas por seu tempo. Por último, estudaremos a vinculação dos Comendadores e de suas fazendas litorâneas ao tráfico ilegal de africanos. Aproveitaremos o ensejo para desvendar o funcionamento de parte do comércio ilegal de cativos após 1831, destacando, em última instância, os indivíduos reduzidos ilegalmente à escravidão nas fazendas da família Breves.
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2010-05 Militância política e produção literária no Brasil (dos anos 30 aos anos 50): as trajetórias de Graciliano Ramos e Jorge Amado e o PCBTítuloMilitância política e produção literária no Brasil (dos anos 30 aos anos 50): as trajetórias de Graciliano Ramos e Jorge Amado e o PCBAutor
Júlia Monnerat BarbosaOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2010-05-24Nivel
DoutoradoPáginas
403Volumes
1Banca de DefesaAndréa Lemos Xavier GalucioEurelino Teixeira Coelho NetoLuciana Lombardo Costa PereiraMagali Gouveia EngelMarcelo Badaró MattosRicardo da Gama Rosa CostaVictor Hugo Adler Pereira
ResumoO objetivo central deste trabalho de pesquisa é investigar as relações estabelecidas entre os escritores Graciliano Ramos e Jorge Amado, e o Partido Comunista Brasileiro no período inscrito entre as décadas de 1930 e 1950. Para tanto, identifica as fronteiras entre o comprometimento militante e a criação artística destes dois autores, tentando entender até que ponto as diretrizes programáticas ou referências políticas mais gerais do partido estariam presentes em suas obras, assim como traça um painel da importância do PCB em um momento específico da vida intelectual e literária brasileira e investiga o papel desempenhado por esses literatos na dinâmica partidária.
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2010-05 A gestação de Crispim: um estudo sobre a constituição da piauiensidadeTítuloA gestação de Crispim: um estudo sobre a constituição da piauiensidadeAutor
Alcebíades Costa FilhoOrientador(a)
Edwar de Alencar Castelo BrancoData de Defesa
2010-05-21Nivel
DoutoradoPáginas
196Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusEdwar de Alencar Castelo BrancoFrancisco Alcides do NascimentoJorge Luiz FerreiraJosé Henrique de Paula BorralhoRaimunda Celestina Mendes da SilvaTeresinha de Jesus Mesquita Queiroz
ResumoEste trabalho reflete sobre alguns aspectos da formação histórica da piauiensidade, entendida como a média dos parâmetros identitários que foram capazes de dar aos piauienses um sentimento de pertença a uma comunidade. José Elias de Arêa Leão,Os recursos empíricos utilizados para o estudo foram principalmente livros, jornais e revistas que veicularam produtos literários da lavra de intelectuais piauienses, em especial aqueles produzidos entre os anos de 1852 e 1952. Tais recursos foram lidos como instrumentos através dos quais, do ponto de vista deste trabalho, seria possível refletir sobre como se constituiu um sistema literário no Piauí e, no lastro deste, como se conformou uma identidade piauiense.
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2010-05 O Comissário Real Martinho de Mendonça (1693-1743): Estratégias e Práticas Administrativas na primeira metade do século XVIIITítuloO Comissário Real Martinho de Mendonça (1693-1743): Estratégias e Práticas Administrativas na primeira metade do século XVIIIAutor
Irenilda Reinalda Barreto de Rangel Moreira CavalcantiOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2010-05-20Nivel
DoutoradoPáginas
443Volumes
1Banca de DefesaCaio Cesar BoschiGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesJúnia Ferreira FurtadoLaura de Mello E SouzaLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMaria Fernanda Baptista BicalhoRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoEste estudo pretende acompanhar a trajetória de Martinho de Mendonça de Pina e de Proença (1693-1743), um Comissário Real enviado para auxiliar os governadores da porção sul da América Portuguesa, nos meados da década de 1730. Seguindo suas variadas experiências no serviço do Rei, consegue-se perceber duas veredas que se entrecruzam. Em uma se encontram as iniciativas da Coroa, que tentava melhorar suas práticas e métodos, visando aprofundar o controle governamental no reino e no ultramar, em especial na América Portuguesa. Na outra, caminha com o letrado, durante a estadia em Coimbra, e depois na viagem pela Europa e no retorno a Portugal, quando passou a frequentar a Corte, as Academias de Letrados, e os corredores do palácio real, exercendo diversificadas funções. As duas veredas se unem nas muitas iniciativas de governação da Coroa que aproveitavam os melhores recursos administrativos e intelectuais do momento, representados por homens que reuniam em si habilidades militares e letradas. Para entender o momento em foco, analisa-se o papel da cultura escrita na governação e as crescentes exigências para nomeação de funcionários, tudo permeado pela cultura política neotomista e corporativa, que recomendava aos altos funcionários o uso da concórdia e da prudência para a consecução dos objetivos administrativos. A segunda parte da pesquisa concentra-se nas experiências vivenciadas por Martinho de Mendonça em diversas funções e principalmente, nas Minas, aonde permaneceu por três anos e três meses, exercendo os cargos de Comissário e de Governador Interino. Durante o exercício dessas ocupações, ele teve oportunidade de colocar em prática suas habilidades letradas, muitas vezes requisitadas para resolver os problemas surgidos na capitania mineradora, sendo o seu maior desafio a debelação dos motins eclodidos nos sertões do Rio S. Francisco, em 1736. Para empreender a pesquisa, empregamos fontes impressas e manuscritas depositadas no Arquivo Ultramarino, na Torre do Tombo, no Arquivo Público Mineiro, na Biblioteca Nacional de Lisboa, no Real Gabinete Português de Leitura
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2010-05 PÁGINAS GOLPISTAS: democracia e anticomunismo através do projeto editorial do IPES (1961-1964)TítuloPÁGINAS GOLPISTAS: democracia e anticomunismo através do projeto editorial do IPES (1961-1964)Autor
Martina Spohr GonçalvesOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2010-05-14Nivel
MestradoPáginas
225Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralMarcelo Badaró MattosRenato Luís do Couto Neto E LemosVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA dissertação tem como objetivo analisar a atividade de disseminação dos valores ideológicos do grupo multinacional e associado realizada no Brasil na primeira metade da década de 1960, através de empreendimentos culturais, mais especificamente a edição de livros. Compreendendo o golpe civil-militar de 1964 como uma conquista de uma fração de classe, decorrente do desenvolvimento de uma campanha de convencimento pautada por um determinado projeto hegemônico de sociedade, que acontece para resolver uma crise de hegemonia com objetivo de preservar a ordem ameaçada por esta, e não pelo estabelecimento de uma nova hegemonia, buscamos demonstrar que a conquista do poder não significou o estabelecimento de uma hegemonia plena – nos termos de Gramsci –, na medida em que não foi possível a obtenção do consenso intra e entre classes, refletido no recorrente uso do aparato repressivo ao longo de todo o regime (1964-1985). Nesta dissertação analisamos alguns livros publicados sob os auspícios do projeto editorial ipesiano. Os principais valores difundidos pelo projeto editorial do Instituo de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) foram o anticomunismo e um modelo de democracia isento de características consideradas "negativas" - a agitação sindical, o nacionalismo extremado etc. As características do mercado editorial e sua influência nos projetos desenvolvidos por editoras do período junto à divulgação de valores do grupo do capital multinacional e associado contribuíram para a construção do projeto hegemônico de sociedade difundido por este setor que expressou a aspiração por uma nova ordem, do ponto de vista de atores econômicos, políticos e militares críticos do sistema político praticado no Brasil desde 1946. Mais do que pregar a oposição ao governo João Goulart (1961-1964), procuram influenciar, pela propaganda de valores, a geração da qual sairiam os futuros dirigentes do país.
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2010-05 O Revérbero Constitucional Fluminense, constitucionalismo e imprensa no Rio de Janeiro na independência.TítuloO Revérbero Constitucional Fluminense, constitucionalismo e imprensa no Rio de Janeiro na independência.Autor
Virgínia Rodrigues da SilvaOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2010-05-06Nivel
MestradoPáginas
215Volumes
1Banca de DefesaAndrea SlemianGladys Sabina RibeiroMarco MorelTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoEste trabalho trata as especificidades das propostas políticas e projetos de Estado e nação no processo de Independência, que recorrentemente variavam de acordo com o momento, o espaço geográfico e o lugar social a partir do qual eram veiculadas. Partimos da análise de um dos principais jornais da polemista imprensa de opinião do Rio de Janeiro no período de 1821-1822, o Revérbero Constitucional Fluminense, publicado por Joaquim Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa. Objetivamos o entendimento das fronteiras e pertencimentos que caracterizavam sua identidade política, definida em meio às transformações (não evolutivas) do espaço público e da afirmação, por formas enviesadas e diversas, de uma cultura política baseada nos princípios do liberalismo e constitucionalismo. Com isso, pretendemos estabelecer de que forma a noção de soberania e as variadas vertentes do pensamento constitucionalista e liberal de fins do século XVIII e início do século XIX manifestaram-se no discurso do jornal.
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2010-05 AMOR, SACRIFÍCIO E LEALDADE: O Donativo para o casamento de Catarina de Bragança e para a Paz de Holanda (Bahia, 1661-1725)TítuloAMOR, SACRIFÍCIO E LEALDADE: O Donativo para o casamento de Catarina de Bragança e para a Paz de Holanda (Bahia, 1661-1725)Autor
Letícia Dos Santos FerreiraOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2010-05-06Nivel
MestradoPáginas
184Volumes
1Banca de DefesaLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMaria Fernanda Baptista BicalhoPaulo Cavalcante de Oliveira JuniorPedro Luís PuntoniRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoO donativo para o dote da Sereníssima Rainha da Grã-Bretanha e pela paz de Holanda é constantemente citado pela historiografia. Entretanto, nenhum trabalho debruçou-se mais detalhadamente sobre sua imposição, dinâmica ou princípio. Esta dissertação, atenta a especificidade desta contribuição à Fazenda Real, procurou entender seu caráter dentro de uma lógica de Antigo Regime, sem contudo perder de vista as configurações especificas da América portuguesa. Igualmente, estivemos atentos às relações políticas e econômicas entre as principais nações européias durante o século XVII, uma vez que o donativo resultava de acordos diplomáticos firmados pela monarquia portuguesa recém restaurada com a Grã-Bretanha e a Holanda. Para viabilizar o estabelecimento do donativo, bem como seu pagamento, a coroa valeu-se de uma lógica de serviços que, da mesma forma, foi utilizada pelos vassalos régios quando acharam necessário. Perceber, portanto, como os vassalos portugueses na Bahia relacionavam-se com a coroa através do donativo de Inglaterra e paz de Holanda foi o objetivo desta dissertação.
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2010-05 Potentados e Conflitos nas Sesmarias da Comarca do Rio das MortesTítuloPotentados e Conflitos nas Sesmarias da Comarca do Rio das MortesAutor
Francisco Eduardo PintoOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2010-05-04Nivel
DoutoradoPáginas
421Volumes
1Banca de DefesaÂngelo Alves CarraraIris KantorJúnia Ferreira FurtadoLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMárcia Maria Menendes MottaRafael Ivan ChambouleyronSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoNesta tese nós nos propomos a investigar a ocupação territorial das regiões mais remotas da extensa Comarca do Rio das Mortes, em Minas Gerais, na segunda metade do século XVIII e no primeiro quartel do XIX através das doações de sesmarias. Observamos que à medida que a comarca foi ganhando destaque no abastecimento do Rio de Janeiro acirrou-se a disputa pelas terras de agricultura resultando em conflitos com as populações marginais da capitania: índios, quilombolas e colonos pobres. Para isso, abordamos o processo de conquista dos sertões das nascentes do rio São Francisco, a oeste, e dos sertões dos rios Pomba e Peixe, a leste, avançando sobre as terras indígenas, imediatamente distribuídas em sesmarias. Estudamos ainda as partes dos autos de medição e demarcação de algumas sesmarias da comarca e os conflitos judiciais daí decorrentes. Para a percepção desses conflitos focalizamos alguns poderosos proprietários de terras. Procuramos entender o funcionamento dos processos de medição e demarcação das sesmarias, marcados pelo inevitável envolvimento das autoridades judiciais e administrativas em benefício desses potentados. Apontamos as dificuldades enfrentadas por sesmeiros absenteístas para a conservação das suas propriedades usurpadas por administradores e ocupadas por posseiros, como foi o caso dos nobres portugueses da família Souza Coutinho. Por fim, observamos a disputa pela posse de uma grande sesmaria entre diversos moradores da freguesia da Campanha do Rio Verde e o coronel Inácio José de Alvarenga Peixoto, ouvidor da Comarca do Rio das Mortes e um dos homens mais ricos e influentes da capitania.
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2010-04 Comércio e trabalho em Cabinda durante a ocupação colonial portuguesa, c.1880 - c.1915TítuloComércio e trabalho em Cabinda durante a ocupação colonial portuguesa, c.1880 - c.1915Autor
Ana Flávia Cicchelli PiresOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2010-04-30Nivel
DoutoradoPáginas
266Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraBeatriz Gallotti MamigonianCarlos Moreira Henriques SerranoKeila GrinbergMarcelo Bittencourt Ivair PintoMariza de Carvalho SoaresMonica Lima E Souza
ResumoTenho por objetivo através da presente tese analisar o processo de formação do enclave de Cabinda, na costa centro-ocidental africana, ao norte do rio Congo, e acompanhar os avanços e retrocessos inerentes à ocupação colonial portuguesa na região, entre 1880 e 1915. Neste período, o colonialismo português empregou uma política que conjugou expropriação de terras, cobrança de impostos e amplo controle sobre a força de trabalho africana. Estas medidas tinham por finalidade financiar a ocupação e a construção do aparato colonial, assim como viabilizar os investimentos do capital público e privado, garantindo o retorno do capital investido. Diante deste quadro, procuro dar destaque à experiência colonial das populações que habitavam o enclave, na tentativa de compreender como elas receberam e reagiram frente às transformações decorrentes da política colonial. Para uma melhor elucidação do processo histórico, territórios ao sul do rio Congo, que compunham o antigo reino do Kongo, também serão analisados em perspectiva comparada.
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2010-04 A Trajetória D’O Repúblico no fim do Primeiro Reinado e início da Regência: Os discursos impressos de Antônio Borges da Fonseca sobre a Política Imperial (1830-1832)TítuloA Trajetória D’O Repúblico no fim do Primeiro Reinado e início da Regência: Os discursos impressos de Antônio Borges da Fonseca sobre a Política Imperial (1830-1832)Autor
Carolina Paes Barreto da SilvaOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2010-04-29Nivel
MestradoPáginas
173Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroMarcello Otávio Neri de Campos BasileMarco Morel
ResumoOO presente trabalho busca analisar a trajetória política do liberal exaltado Antônio Borges da Fonseca e de seu jornal O Repúblico nos anos finais do Primeiro Reinado e iniciais da Regência. A partir do exame de três fases do periódico (1830-1831; 1831-1832; 1837), o estudo pretende investigar os sentidos que o publicista atribuiu às palavras constituição, federação, república, liberdade, cidadão e revolução. A análise desses conceitos nos oferece um acesso privilegiado às formas pelas quais o redator experimentou, concebeu e prefigurou a realidade. Os discursos de Borges da Fonseca foram construídos em condições concretas, com base nas suas experiências históricas e nas limitações e possibilidades inscritas pelas transformações da sociedade. O publicista seguia à dinâmica das lutas de sua época: no início de 1831, exerceu uma função agitadora nos momentos mais tensos e decisivos da política imperial, como nas Noites das Garrafadas e na Revolução de 7 de Abril. Nesse contexto, as suas críticas não só se dirigiam aos deputados, ministros e altos funcionários do governo, mas também atingiam o Imperador. Contudo, após à abdicação de D. Pedro I, marcou um recuo em suas tendências "exaltadas", aliando-se aos moderados. Como conseqüência de sua adesão à moderação, os seus escritos começaram a expressar esta tendência. Mas, em 1837, com a ascensão do Regresso conservador, retratou-se publicamente: lamentou-se em ter defendido a "prudência", a "tranqüilidade e a "ordem", voltando a escrever discursos mais inflamados.
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2010-04 A Legislação de Educação no Brasil durante a Ditadura Militar (1964-1985): Um espaço de disputasTítuloA Legislação de Educação no Brasil durante a Ditadura Militar (1964-1985): Um espaço de disputasAutor
Alexandre Tavares do Nascimento LiraOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2010-04-29Nivel
DoutoradoPáginas
367Volumes
1Banca de DefesaJosé Dos Santos RodriguesLená Medeiros de MenezesLuiz Carlos SoaresMarcelo Badaró MattosRômulo Garcia de AndradeSonia Maria de Castro Nogueira LopesThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoO objetivo desta tese é discutir a legislação da educação brasileira durante a ditadura militar (1964–1985). Esta legislação constituiu-se no resultado das lutas políticas de um período crítico na História do Brasil. Os acordos MEC-USAID, as leis e políticas da ditadura atingiram todos os níveis de ensino. A política do Estado para a educação foi expressão de uma trajetória de embates através da participação de agências internacionais, das instituições da sociedade civil e de movimentos de educadores e estudantes. Assim, se fez necessário avaliar a atuação dos empresários na articulação dos interesses capitalistas tanto no âmbito das agências estatais, quanto na sociedade civil. Em contraponto, professores e estudantes procuraram empreender uma firme resistência através da organização de movimentos autônomos e combativos, que denunciaram esta política social e foram decisivos para a luta contra a ditadura militar no Brasil.
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2010-04 A imagem do cavaleiro ideal em Avis à época de D. Duarte e D. Afonso V. (1433-1481)TítuloA imagem do cavaleiro ideal em Avis à época de D. Duarte e D. Afonso V. (1433-1481)Autor
Katiuscia Quirino BarbosaOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2010-04-29Nivel
MestradoPáginas
160Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasGracilda AlvesMiriam Cabral CoserRoberto Godofredo Fabri FerreiraVânia Leite Fróes
ResumoAo assumir o trono português a Dinastia de Avis necessitou fundamentar o reino a partir de uma concepção capaz de gerar coesão social e de legitimar a própria Dinastia no poder. Progressivamente estruturou-se uma ideologia assente em valores caros a cultura portuguesa como a propagação e afirmação da fé cristã e a honra cavaleiresca. Nosso objetivo é definir o paradigma de cavalaria em Avis a partir da análise dos modelos expostos no livro da ensinança de bem cavalgar toda sela, nas crônicas de Gomes Eanes de Zurara e no Amadis de Gaula.
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2010-04 Os negros do Rosário: Memória (s), Identidades (s) e Tradição no Congado de Oliveira (1950 aos dias atuais)TítuloOs negros do Rosário: Memória (s), Identidades (s) e Tradição no Congado de Oliveira (1950 aos dias atuais)Autor
Fernanda Pires RubiãoOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2010-04-26Nivel
MestradoPáginas
185Volumes
1Banca de DefesaAndrea Barbosa MarzanoMario GrynszpanMartha Campos AbreuSilvia Maria Jardim Brugger
ResumoO objetivo dessa pesquisa é analisar os significados políticos e identitários do Congado da cidade de Oliveira, em Minas Gerais, que é uma festa de devoção à Nossa Senhora do Rosário, desde os anos de 1950 até aos dias atuais. Esse recorte cronológico justifica-se pela importância atribuída pelos congadeiros a data de 1950 que representa o reinício dos festejos, que foram paralisados em diversos anos Os negros do Rosário através do ritual festivo – com suas danças e cânticos - relembram o seu passado, construindo e resignificando a sua identidade e estabelecendo tradições culturais para o Congado. Serão enfocadas principalmente questões como a relação da comunidade de congadeiros com a Prefeitura e alguns representantes da Igreja Católica, os conflitos internos, a afirmação de sua identidade de negros do Rosário assim como uma luta política e a reconstrução da memória.
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2010-04 Das Cañadas ao Palco: Pastoreio e imaginário político na Baixa Idade Média espanhola (Séculos XIV - XVI)TítuloDas Cañadas ao Palco: Pastoreio e imaginário político na Baixa Idade Média espanhola (Séculos XIV - XVI)Autor
Raquel Alvitos PereiraOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2010-04-26Nivel
DoutoradoPáginas
236Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasLeila Rodrigues da SilvaLenora Pinto MendesMaria Beatriz Borba FlorenzanoMaria Eurydice de Barros RibeiroMiriam Cabral CoserVânia Leite Fróes
ResumoEstudo da figura do pastor em Castela e de sua inserção sociopolítica até a unificação espanhola. Questiona-se a noção elaborada pelo historiador Bronislaw Geremek, segundo o qual este rústico seria um exemplo de marginalização plena no Ocidente cristão. O estudo de caso aqui desenvolvido revela, ao contrário, um estatuto singular do pastor em Castela. A criação da Mesta, corporação que unificou os ofícios ligados à atividade lanífera, criou medidas de proteção e privilégios diversos para o pastoreio, possibilitando interações imaginárias das figuras do rei e do pastor, cuja representação renova-se com a releitura feita por poetas e dramaturgos quase sempre a serviço do poder monárquico. Nos serões e festas das cortes nascentes das Espanhas, unificam-se em torno do pastor memórias diversas: bíblicas, líricas e regionais, e associa-se o pastor e o rei num mesmo campo do imaginário. Tomam-se como fontes principais o material normativo da Mesta, a lírica pastoril e a dramaturgia de Juan de Encina e Lope de Rueda.
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2010-04 A Pesca da Baleia No Brasil Colonial: Contratos e Contratadores do Rio de Janeiro no século XVIITítuloA Pesca da Baleia No Brasil Colonial: Contratos e Contratadores do Rio de Janeiro no século XVIIAutor
Camila Baptista DiasOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2010-04-19Nivel
MestradoPáginas
143Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroLuciana Mendes GandelmanMaria Fernanda Baptista BicalhoMariza de Carvalho Soares
ResumoEmbora iniciada antes de 1650, pode-se afirmar que é na segunda metade do seiscentos que a pesca da baleia se consolida como uma importante atividade comercial presente na economia colonial brasileira, sobretudo na capitania do Rio de Janeiro. Portanto, a presente dissertação visa apresentar alguns contratadores do Rio de Janeiro que arremataram o contrato da pesca das baleias, bem como, as redes de sociabilidade que levaram esses homens a elaborar estratégias para manterem-se na elite colonial, que marginalizava a prática de atividades comerciais. Tudo engendrado a partir das características do Antigo Regime vigentes e adaptado à realidade da América portuguesa. Assim, destacamos a participação desses contratadores nos cargos públicos, nas ordenanças e irmandades, além da formação de alianças através de casamentos e relações de parentesco. A partir dessa análise torna-se possível perceber a estruturação e o desenvolvimento dessa prática mercantil até finais do século XVII.