Dissertações e Teses
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2010-06 Entre Pernambuco e a África. História dos maracatus-nação do Recife e a espetacularização da cultura popular (1960-2000)TítuloEntre Pernambuco e a África. História dos maracatus-nação do Recife e a espetacularização da cultura popular (1960-2000)Autor
Ivaldo Marciano de França LimaOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2010-06-07Nivel
DoutoradoPáginas
420Volumes
1Banca de DefesaAndrea Barbosa MarzanoHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroIsabel Cristina Martins GuillenJocélio Teles Dos SantosLaura Antunes MacielMartha Campos AbreuRachel Soihet
ResumoEste trabalho se propõe a pensar a história dos maracatus-nação no Recife, nos anos de 1960 a 2000, imersos numa complexa luta política para estabelecer o poder de significar suas práticas culturais negras. Pensar a história dos maracatus-nação é estar atento à complexidade do processo de globalização e espetacularização da cultura popular, e de como esse processo se desdobra localmente. Nesse sentido, importa discutir as relações que os maracatuzeiros e os seus maracatus estabeleceram com os poderes públicos que normatizam o carnaval, bem como com a indústria do turismo que objetiva transformar as manifestações da cultura popular em bens culturais vendáveis. Concomitantemente, objetiva-se discutir como os folcloristas e intelectuais que promovem a "defesa" da cultura popular contra suas descaracterizações têm atuado em favor dos maracatus e na defesa dessas manifestações contra o assédio da indústria cultural que promove sua espetacularização. No entanto, esse processo não pode ser pensado sem se considerar a própria história dos maracatus, e suas relações com as comunidades de negros e negras, com o movimento negro e com o poder público. Optou-se por analisar a atuação individual dos maracatuzeiros diante do processo histórico mais global, discutindo as estratégias que estes sujeitos definiram diante de um campo cultural bastante disputado, ganhando visibilidade e legitimidade para os seus grupos.
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2010-05 Em busca da honra: a remuneração dos serviços da guerra holandesa e os hábitos das Ordens Militares (Bahia e Pernambuco, 1641 - 1683)TítuloEm busca da honra: a remuneração dos serviços da guerra holandesa e os hábitos das Ordens Militares (Bahia e Pernambuco, 1641 - 1683)Autor
Thiago Nascimento KrauseOrientador(a)
Ronald José RaminelliData de Defesa
2010-05-28Nivel
MestradoPáginas
244Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioMaria Fernanda Baptista BicalhoRodrigo Monteferrante RicuperoRonald José Raminelli
ResumoEm 1640, a Restauração demandou uma recriação dos laços de vassalagem entre a monarquia e seus súditos, com a ascensão da dinastia dos Bragança. A economia de mercê exerceu então um papel crucial, inserida em uma sociedade com características estamentais, fundada numa dinâmica centralizadora baseada na ideologia do serviço/recompensa. Servir a Coroa tornou-se um modo de vida e estratégia de ascensão social para certos grupos sociais.Os hábitos das Ordens Militares, especialmente da Ordem de Cristo, representaram grande parte das mercês régias, devido a sua importância social e aos privilégios que acarretava. Esta pesquisa versa sobre a requisição dos hábitos na Bahia e Pernambuco durante a "conjuntura crítica" da Restauração portuguesa, utilizando a documentação disponível no Projeto Resgate Barão do Rio Branco referente a Bahia e Pernambuco, especialmente requerimentos e consultas de mercês e o Livro de Registro de Consultas de Mercê do Conselho Ultramarino. Os objetivos são a definição do perfil social dos suplicantes, a importância dos hábitos para eles, os serviços que oferecem à Coroa e a apreciação do Conselho Ultramarino sobre estes mesmos serviços. Desta maneira, tento contribuir para o entendimento da economia de mercê e da estruturação das elites coloniais, em perspectiva comparada.
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2010-05 Vício dos Clérigos: A Sodomia nas Malhas do Tribunal do Santo Ofício de LisboaTítuloVício dos Clérigos: A Sodomia nas Malhas do Tribunal do Santo Ofício de LisboaAutor
Veronica de Jesus GomesOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2010-05-27Nivel
MestradoPáginas
228Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresDaniela Buono CalainhoGeorgina Silva Dos SantosRonaldo Vainfas
ResumoNão obstante as determinações dos concílios, especialmente as do de Trento, quanto à moral sexual dos eclesiásticos, a alcunha medieval vício dos clérigos caracterizou muito bem o contexto de Portugal e do Brasil da Época Moderna, quando um expressivo número de homens da Igreja se envolveu com o crime da sodomia e caiu nas malhas da Inquisição portuguesa. Através dos documentos gerados pelo Santo Ofício lusitano, especialmente os oriundos das Visitações à Bahia colonial, o trabalho analisa as relações sodomíticas entre os eclesiásticos e os seus parceiros sem, contudo, se esquecer daqueles que sofreram o que atualmente designamos de "abusos sexuais" perpetrados pelos homens da Igreja. Tal contexto demonstra que, ainda que tenha existido um conjunto de regras que regulavam os comportamentos dos membros da Igreja, objetivando constituí-los exemplos para a sociedade, não foi possível exercer um total controle sobre suas atitudes que, muitas vezes, pareceram desafiar os códigos católicos de conduta. A perspectiva reforça a idéia de que os sodomitas da Igreja, mesmo com um estilo de vida que se propunha diferente do dos leigos, não foram presas passivas de um discurso de submissão e austeridade.
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2010-05 O Império dos Souza Breves nos Oitocentos: Política e escravidão nas trajetórias dos Comendadores José e Joaquim de Souza BrevesTítuloO Império dos Souza Breves nos Oitocentos: Política e escravidão nas trajetórias dos Comendadores José e Joaquim de Souza BrevesAutor
Thiago Campos Pessoa LourençoOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2010-05-25Nivel
MestradoPáginas
188Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMartha Campos AbreuRicardo Henrique Salles
ResumoO presente trabalho analisará as trajetórias dos irmãos José e Joaquim de Souza Breves. Utilizaremos suas histórias como caminhos possíveis para compreender algumas das questões em pauta no universo escravista brasileiro durante o século XIX. Nesse sentido, ao longo do texto, abordaremos três perfis de inserções dos Comendadores na sociedade escravista brasileira: Primeiramente analisaremos a construção da fortuna dos Souza Breves a partir de seus vínculos familiares, e das estratégias econômicas e de sociabilidades traçadas pelos Comendadores. Logo em seguida, evidenciaremos as diferentes inserções dos Souza Breves na política imperial. As perspectivas distintas dos Comendadores resultaram em posições antagônicas em momentos políticos singulares. Da Revolução Liberal de 1842 ao advento da abolição, os irmãos apresentaram respostas diferentes às questões formuladas por seu tempo. Por último, estudaremos a vinculação dos Comendadores e de suas fazendas litorâneas ao tráfico ilegal de africanos. Aproveitaremos o ensejo para desvendar o funcionamento de parte do comércio ilegal de cativos após 1831, destacando, em última instância, os indivíduos reduzidos ilegalmente à escravidão nas fazendas da família Breves.
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2010-05 Militância política e produção literária no Brasil (dos anos 30 aos anos 50): as trajetórias de Graciliano Ramos e Jorge Amado e o PCBTítuloMilitância política e produção literária no Brasil (dos anos 30 aos anos 50): as trajetórias de Graciliano Ramos e Jorge Amado e o PCBAutor
Júlia Monnerat BarbosaOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2010-05-24Nivel
DoutoradoPáginas
403Volumes
1Banca de DefesaAndréa Lemos Xavier GalucioEurelino Teixeira Coelho NetoLuciana Lombardo Costa PereiraMagali Gouveia EngelMarcelo Badaró MattosRicardo da Gama Rosa CostaVictor Hugo Adler Pereira
ResumoO objetivo central deste trabalho de pesquisa é investigar as relações estabelecidas entre os escritores Graciliano Ramos e Jorge Amado, e o Partido Comunista Brasileiro no período inscrito entre as décadas de 1930 e 1950. Para tanto, identifica as fronteiras entre o comprometimento militante e a criação artística destes dois autores, tentando entender até que ponto as diretrizes programáticas ou referências políticas mais gerais do partido estariam presentes em suas obras, assim como traça um painel da importância do PCB em um momento específico da vida intelectual e literária brasileira e investiga o papel desempenhado por esses literatos na dinâmica partidária.
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2010-05 A gestação de Crispim: um estudo sobre a constituição da piauiensidadeTítuloA gestação de Crispim: um estudo sobre a constituição da piauiensidadeAutor
Alcebíades Costa FilhoOrientador(a)
Edwar de Alencar Castelo BrancoData de Defesa
2010-05-21Nivel
DoutoradoPáginas
196Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusEdwar de Alencar Castelo BrancoFrancisco Alcides do NascimentoJorge Luiz FerreiraJosé Henrique de Paula BorralhoRaimunda Celestina Mendes da SilvaTeresinha de Jesus Mesquita Queiroz
ResumoEste trabalho reflete sobre alguns aspectos da formação histórica da piauiensidade, entendida como a média dos parâmetros identitários que foram capazes de dar aos piauienses um sentimento de pertença a uma comunidade. José Elias de Arêa Leão,Os recursos empíricos utilizados para o estudo foram principalmente livros, jornais e revistas que veicularam produtos literários da lavra de intelectuais piauienses, em especial aqueles produzidos entre os anos de 1852 e 1952. Tais recursos foram lidos como instrumentos através dos quais, do ponto de vista deste trabalho, seria possível refletir sobre como se constituiu um sistema literário no Piauí e, no lastro deste, como se conformou uma identidade piauiense.
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2010-05 O Comissário Real Martinho de Mendonça (1693-1743): Estratégias e Práticas Administrativas na primeira metade do século XVIIITítuloO Comissário Real Martinho de Mendonça (1693-1743): Estratégias e Práticas Administrativas na primeira metade do século XVIIIAutor
Irenilda Reinalda Barreto de Rangel Moreira CavalcantiOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2010-05-20Nivel
DoutoradoPáginas
443Volumes
1Banca de DefesaCaio Cesar BoschiGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesJúnia Ferreira FurtadoLaura de Mello E SouzaLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMaria Fernanda Baptista BicalhoRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoEste estudo pretende acompanhar a trajetória de Martinho de Mendonça de Pina e de Proença (1693-1743), um Comissário Real enviado para auxiliar os governadores da porção sul da América Portuguesa, nos meados da década de 1730. Seguindo suas variadas experiências no serviço do Rei, consegue-se perceber duas veredas que se entrecruzam. Em uma se encontram as iniciativas da Coroa, que tentava melhorar suas práticas e métodos, visando aprofundar o controle governamental no reino e no ultramar, em especial na América Portuguesa. Na outra, caminha com o letrado, durante a estadia em Coimbra, e depois na viagem pela Europa e no retorno a Portugal, quando passou a frequentar a Corte, as Academias de Letrados, e os corredores do palácio real, exercendo diversificadas funções. As duas veredas se unem nas muitas iniciativas de governação da Coroa que aproveitavam os melhores recursos administrativos e intelectuais do momento, representados por homens que reuniam em si habilidades militares e letradas. Para entender o momento em foco, analisa-se o papel da cultura escrita na governação e as crescentes exigências para nomeação de funcionários, tudo permeado pela cultura política neotomista e corporativa, que recomendava aos altos funcionários o uso da concórdia e da prudência para a consecução dos objetivos administrativos. A segunda parte da pesquisa concentra-se nas experiências vivenciadas por Martinho de Mendonça em diversas funções e principalmente, nas Minas, aonde permaneceu por três anos e três meses, exercendo os cargos de Comissário e de Governador Interino. Durante o exercício dessas ocupações, ele teve oportunidade de colocar em prática suas habilidades letradas, muitas vezes requisitadas para resolver os problemas surgidos na capitania mineradora, sendo o seu maior desafio a debelação dos motins eclodidos nos sertões do Rio S. Francisco, em 1736. Para empreender a pesquisa, empregamos fontes impressas e manuscritas depositadas no Arquivo Ultramarino, na Torre do Tombo, no Arquivo Público Mineiro, na Biblioteca Nacional de Lisboa, no Real Gabinete Português de Leitura
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2010-05 PÁGINAS GOLPISTAS: democracia e anticomunismo através do projeto editorial do IPES (1961-1964)TítuloPÁGINAS GOLPISTAS: democracia e anticomunismo através do projeto editorial do IPES (1961-1964)Autor
Martina Spohr GonçalvesOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2010-05-14Nivel
MestradoPáginas
225Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralMarcelo Badaró MattosRenato Luís do Couto Neto E LemosVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA dissertação tem como objetivo analisar a atividade de disseminação dos valores ideológicos do grupo multinacional e associado realizada no Brasil na primeira metade da década de 1960, através de empreendimentos culturais, mais especificamente a edição de livros. Compreendendo o golpe civil-militar de 1964 como uma conquista de uma fração de classe, decorrente do desenvolvimento de uma campanha de convencimento pautada por um determinado projeto hegemônico de sociedade, que acontece para resolver uma crise de hegemonia com objetivo de preservar a ordem ameaçada por esta, e não pelo estabelecimento de uma nova hegemonia, buscamos demonstrar que a conquista do poder não significou o estabelecimento de uma hegemonia plena – nos termos de Gramsci –, na medida em que não foi possível a obtenção do consenso intra e entre classes, refletido no recorrente uso do aparato repressivo ao longo de todo o regime (1964-1985). Nesta dissertação analisamos alguns livros publicados sob os auspícios do projeto editorial ipesiano. Os principais valores difundidos pelo projeto editorial do Instituo de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) foram o anticomunismo e um modelo de democracia isento de características consideradas "negativas" - a agitação sindical, o nacionalismo extremado etc. As características do mercado editorial e sua influência nos projetos desenvolvidos por editoras do período junto à divulgação de valores do grupo do capital multinacional e associado contribuíram para a construção do projeto hegemônico de sociedade difundido por este setor que expressou a aspiração por uma nova ordem, do ponto de vista de atores econômicos, políticos e militares críticos do sistema político praticado no Brasil desde 1946. Mais do que pregar a oposição ao governo João Goulart (1961-1964), procuram influenciar, pela propaganda de valores, a geração da qual sairiam os futuros dirigentes do país.
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2010-05 O Revérbero Constitucional Fluminense, constitucionalismo e imprensa no Rio de Janeiro na independência.TítuloO Revérbero Constitucional Fluminense, constitucionalismo e imprensa no Rio de Janeiro na independência.Autor
Virgínia Rodrigues da SilvaOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2010-05-06Nivel
MestradoPáginas
215Volumes
1Banca de DefesaAndrea SlemianGladys Sabina RibeiroMarco MorelTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoEste trabalho trata as especificidades das propostas políticas e projetos de Estado e nação no processo de Independência, que recorrentemente variavam de acordo com o momento, o espaço geográfico e o lugar social a partir do qual eram veiculadas. Partimos da análise de um dos principais jornais da polemista imprensa de opinião do Rio de Janeiro no período de 1821-1822, o Revérbero Constitucional Fluminense, publicado por Joaquim Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa. Objetivamos o entendimento das fronteiras e pertencimentos que caracterizavam sua identidade política, definida em meio às transformações (não evolutivas) do espaço público e da afirmação, por formas enviesadas e diversas, de uma cultura política baseada nos princípios do liberalismo e constitucionalismo. Com isso, pretendemos estabelecer de que forma a noção de soberania e as variadas vertentes do pensamento constitucionalista e liberal de fins do século XVIII e início do século XIX manifestaram-se no discurso do jornal.
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2010-05 AMOR, SACRIFÍCIO E LEALDADE: O Donativo para o casamento de Catarina de Bragança e para a Paz de Holanda (Bahia, 1661-1725)TítuloAMOR, SACRIFÍCIO E LEALDADE: O Donativo para o casamento de Catarina de Bragança e para a Paz de Holanda (Bahia, 1661-1725)Autor
Letícia Dos Santos FerreiraOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2010-05-06Nivel
MestradoPáginas
184Volumes
1Banca de DefesaLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMaria Fernanda Baptista BicalhoPaulo Cavalcante de Oliveira JuniorPedro Luís PuntoniRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoO donativo para o dote da Sereníssima Rainha da Grã-Bretanha e pela paz de Holanda é constantemente citado pela historiografia. Entretanto, nenhum trabalho debruçou-se mais detalhadamente sobre sua imposição, dinâmica ou princípio. Esta dissertação, atenta a especificidade desta contribuição à Fazenda Real, procurou entender seu caráter dentro de uma lógica de Antigo Regime, sem contudo perder de vista as configurações especificas da América portuguesa. Igualmente, estivemos atentos às relações políticas e econômicas entre as principais nações européias durante o século XVII, uma vez que o donativo resultava de acordos diplomáticos firmados pela monarquia portuguesa recém restaurada com a Grã-Bretanha e a Holanda. Para viabilizar o estabelecimento do donativo, bem como seu pagamento, a coroa valeu-se de uma lógica de serviços que, da mesma forma, foi utilizada pelos vassalos régios quando acharam necessário. Perceber, portanto, como os vassalos portugueses na Bahia relacionavam-se com a coroa através do donativo de Inglaterra e paz de Holanda foi o objetivo desta dissertação.
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2010-05 Potentados e Conflitos nas Sesmarias da Comarca do Rio das MortesTítuloPotentados e Conflitos nas Sesmarias da Comarca do Rio das MortesAutor
Francisco Eduardo PintoOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2010-05-04Nivel
DoutoradoPáginas
421Volumes
1Banca de DefesaÂngelo Alves CarraraIris KantorJúnia Ferreira FurtadoLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMárcia Maria Menendes MottaRafael Ivan ChambouleyronSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoNesta tese nós nos propomos a investigar a ocupação territorial das regiões mais remotas da extensa Comarca do Rio das Mortes, em Minas Gerais, na segunda metade do século XVIII e no primeiro quartel do XIX através das doações de sesmarias. Observamos que à medida que a comarca foi ganhando destaque no abastecimento do Rio de Janeiro acirrou-se a disputa pelas terras de agricultura resultando em conflitos com as populações marginais da capitania: índios, quilombolas e colonos pobres. Para isso, abordamos o processo de conquista dos sertões das nascentes do rio São Francisco, a oeste, e dos sertões dos rios Pomba e Peixe, a leste, avançando sobre as terras indígenas, imediatamente distribuídas em sesmarias. Estudamos ainda as partes dos autos de medição e demarcação de algumas sesmarias da comarca e os conflitos judiciais daí decorrentes. Para a percepção desses conflitos focalizamos alguns poderosos proprietários de terras. Procuramos entender o funcionamento dos processos de medição e demarcação das sesmarias, marcados pelo inevitável envolvimento das autoridades judiciais e administrativas em benefício desses potentados. Apontamos as dificuldades enfrentadas por sesmeiros absenteístas para a conservação das suas propriedades usurpadas por administradores e ocupadas por posseiros, como foi o caso dos nobres portugueses da família Souza Coutinho. Por fim, observamos a disputa pela posse de uma grande sesmaria entre diversos moradores da freguesia da Campanha do Rio Verde e o coronel Inácio José de Alvarenga Peixoto, ouvidor da Comarca do Rio das Mortes e um dos homens mais ricos e influentes da capitania.
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2010-04 Comércio e trabalho em Cabinda durante a ocupação colonial portuguesa, c.1880 - c.1915TítuloComércio e trabalho em Cabinda durante a ocupação colonial portuguesa, c.1880 - c.1915Autor
Ana Flávia Cicchelli PiresOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2010-04-30Nivel
DoutoradoPáginas
266Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraBeatriz Gallotti MamigonianCarlos Moreira Henriques SerranoKeila GrinbergMarcelo Bittencourt Ivair PintoMariza de Carvalho SoaresMonica Lima E Souza
ResumoTenho por objetivo através da presente tese analisar o processo de formação do enclave de Cabinda, na costa centro-ocidental africana, ao norte do rio Congo, e acompanhar os avanços e retrocessos inerentes à ocupação colonial portuguesa na região, entre 1880 e 1915. Neste período, o colonialismo português empregou uma política que conjugou expropriação de terras, cobrança de impostos e amplo controle sobre a força de trabalho africana. Estas medidas tinham por finalidade financiar a ocupação e a construção do aparato colonial, assim como viabilizar os investimentos do capital público e privado, garantindo o retorno do capital investido. Diante deste quadro, procuro dar destaque à experiência colonial das populações que habitavam o enclave, na tentativa de compreender como elas receberam e reagiram frente às transformações decorrentes da política colonial. Para uma melhor elucidação do processo histórico, territórios ao sul do rio Congo, que compunham o antigo reino do Kongo, também serão analisados em perspectiva comparada.
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2010-04 A Trajetória D’O Repúblico no fim do Primeiro Reinado e início da Regência: Os discursos impressos de Antônio Borges da Fonseca sobre a Política Imperial (1830-1832)TítuloA Trajetória D’O Repúblico no fim do Primeiro Reinado e início da Regência: Os discursos impressos de Antônio Borges da Fonseca sobre a Política Imperial (1830-1832)Autor
Carolina Paes Barreto da SilvaOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2010-04-29Nivel
MestradoPáginas
173Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroMarcello Otávio Neri de Campos BasileMarco Morel
ResumoOO presente trabalho busca analisar a trajetória política do liberal exaltado Antônio Borges da Fonseca e de seu jornal O Repúblico nos anos finais do Primeiro Reinado e iniciais da Regência. A partir do exame de três fases do periódico (1830-1831; 1831-1832; 1837), o estudo pretende investigar os sentidos que o publicista atribuiu às palavras constituição, federação, república, liberdade, cidadão e revolução. A análise desses conceitos nos oferece um acesso privilegiado às formas pelas quais o redator experimentou, concebeu e prefigurou a realidade. Os discursos de Borges da Fonseca foram construídos em condições concretas, com base nas suas experiências históricas e nas limitações e possibilidades inscritas pelas transformações da sociedade. O publicista seguia à dinâmica das lutas de sua época: no início de 1831, exerceu uma função agitadora nos momentos mais tensos e decisivos da política imperial, como nas Noites das Garrafadas e na Revolução de 7 de Abril. Nesse contexto, as suas críticas não só se dirigiam aos deputados, ministros e altos funcionários do governo, mas também atingiam o Imperador. Contudo, após à abdicação de D. Pedro I, marcou um recuo em suas tendências "exaltadas", aliando-se aos moderados. Como conseqüência de sua adesão à moderação, os seus escritos começaram a expressar esta tendência. Mas, em 1837, com a ascensão do Regresso conservador, retratou-se publicamente: lamentou-se em ter defendido a "prudência", a "tranqüilidade e a "ordem", voltando a escrever discursos mais inflamados.
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2010-04 A Legislação de Educação no Brasil durante a Ditadura Militar (1964-1985): Um espaço de disputasTítuloA Legislação de Educação no Brasil durante a Ditadura Militar (1964-1985): Um espaço de disputasAutor
Alexandre Tavares do Nascimento LiraOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2010-04-29Nivel
DoutoradoPáginas
367Volumes
1Banca de DefesaJosé Dos Santos RodriguesLená Medeiros de MenezesLuiz Carlos SoaresMarcelo Badaró MattosRômulo Garcia de AndradeSonia Maria de Castro Nogueira LopesThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoO objetivo desta tese é discutir a legislação da educação brasileira durante a ditadura militar (1964–1985). Esta legislação constituiu-se no resultado das lutas políticas de um período crítico na História do Brasil. Os acordos MEC-USAID, as leis e políticas da ditadura atingiram todos os níveis de ensino. A política do Estado para a educação foi expressão de uma trajetória de embates através da participação de agências internacionais, das instituições da sociedade civil e de movimentos de educadores e estudantes. Assim, se fez necessário avaliar a atuação dos empresários na articulação dos interesses capitalistas tanto no âmbito das agências estatais, quanto na sociedade civil. Em contraponto, professores e estudantes procuraram empreender uma firme resistência através da organização de movimentos autônomos e combativos, que denunciaram esta política social e foram decisivos para a luta contra a ditadura militar no Brasil.
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2010-04 A imagem do cavaleiro ideal em Avis à época de D. Duarte e D. Afonso V. (1433-1481)TítuloA imagem do cavaleiro ideal em Avis à época de D. Duarte e D. Afonso V. (1433-1481)Autor
Katiuscia Quirino BarbosaOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2010-04-29Nivel
MestradoPáginas
160Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasGracilda AlvesMiriam Cabral CoserRoberto Godofredo Fabri FerreiraVânia Leite Fróes
ResumoAo assumir o trono português a Dinastia de Avis necessitou fundamentar o reino a partir de uma concepção capaz de gerar coesão social e de legitimar a própria Dinastia no poder. Progressivamente estruturou-se uma ideologia assente em valores caros a cultura portuguesa como a propagação e afirmação da fé cristã e a honra cavaleiresca. Nosso objetivo é definir o paradigma de cavalaria em Avis a partir da análise dos modelos expostos no livro da ensinança de bem cavalgar toda sela, nas crônicas de Gomes Eanes de Zurara e no Amadis de Gaula.
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2010-04 Os negros do Rosário: Memória (s), Identidades (s) e Tradição no Congado de Oliveira (1950 aos dias atuais)TítuloOs negros do Rosário: Memória (s), Identidades (s) e Tradição no Congado de Oliveira (1950 aos dias atuais)Autor
Fernanda Pires RubiãoOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2010-04-26Nivel
MestradoPáginas
185Volumes
1Banca de DefesaAndrea Barbosa MarzanoMario GrynszpanMartha Campos AbreuSilvia Maria Jardim Brugger
ResumoO objetivo dessa pesquisa é analisar os significados políticos e identitários do Congado da cidade de Oliveira, em Minas Gerais, que é uma festa de devoção à Nossa Senhora do Rosário, desde os anos de 1950 até aos dias atuais. Esse recorte cronológico justifica-se pela importância atribuída pelos congadeiros a data de 1950 que representa o reinício dos festejos, que foram paralisados em diversos anos Os negros do Rosário através do ritual festivo – com suas danças e cânticos - relembram o seu passado, construindo e resignificando a sua identidade e estabelecendo tradições culturais para o Congado. Serão enfocadas principalmente questões como a relação da comunidade de congadeiros com a Prefeitura e alguns representantes da Igreja Católica, os conflitos internos, a afirmação de sua identidade de negros do Rosário assim como uma luta política e a reconstrução da memória.
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2010-04 Das Cañadas ao Palco: Pastoreio e imaginário político na Baixa Idade Média espanhola (Séculos XIV - XVI)TítuloDas Cañadas ao Palco: Pastoreio e imaginário político na Baixa Idade Média espanhola (Séculos XIV - XVI)Autor
Raquel Alvitos PereiraOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2010-04-26Nivel
DoutoradoPáginas
236Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasLeila Rodrigues da SilvaLenora Pinto MendesMaria Beatriz Borba FlorenzanoMaria Eurydice de Barros RibeiroMiriam Cabral CoserVânia Leite Fróes
ResumoEstudo da figura do pastor em Castela e de sua inserção sociopolítica até a unificação espanhola. Questiona-se a noção elaborada pelo historiador Bronislaw Geremek, segundo o qual este rústico seria um exemplo de marginalização plena no Ocidente cristão. O estudo de caso aqui desenvolvido revela, ao contrário, um estatuto singular do pastor em Castela. A criação da Mesta, corporação que unificou os ofícios ligados à atividade lanífera, criou medidas de proteção e privilégios diversos para o pastoreio, possibilitando interações imaginárias das figuras do rei e do pastor, cuja representação renova-se com a releitura feita por poetas e dramaturgos quase sempre a serviço do poder monárquico. Nos serões e festas das cortes nascentes das Espanhas, unificam-se em torno do pastor memórias diversas: bíblicas, líricas e regionais, e associa-se o pastor e o rei num mesmo campo do imaginário. Tomam-se como fontes principais o material normativo da Mesta, a lírica pastoril e a dramaturgia de Juan de Encina e Lope de Rueda.
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2010-04 A Pesca da Baleia No Brasil Colonial: Contratos e Contratadores do Rio de Janeiro no século XVIITítuloA Pesca da Baleia No Brasil Colonial: Contratos e Contratadores do Rio de Janeiro no século XVIIAutor
Camila Baptista DiasOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2010-04-19Nivel
MestradoPáginas
143Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroLuciana Mendes GandelmanMaria Fernanda Baptista BicalhoMariza de Carvalho Soares
ResumoEmbora iniciada antes de 1650, pode-se afirmar que é na segunda metade do seiscentos que a pesca da baleia se consolida como uma importante atividade comercial presente na economia colonial brasileira, sobretudo na capitania do Rio de Janeiro. Portanto, a presente dissertação visa apresentar alguns contratadores do Rio de Janeiro que arremataram o contrato da pesca das baleias, bem como, as redes de sociabilidade que levaram esses homens a elaborar estratégias para manterem-se na elite colonial, que marginalizava a prática de atividades comerciais. Tudo engendrado a partir das características do Antigo Regime vigentes e adaptado à realidade da América portuguesa. Assim, destacamos a participação desses contratadores nos cargos públicos, nas ordenanças e irmandades, além da formação de alianças através de casamentos e relações de parentesco. A partir dessa análise torna-se possível perceber a estruturação e o desenvolvimento dessa prática mercantil até finais do século XVII.
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2010-04 O Gênero do Adultério No Discurso Jurídico do Governo De Afonso X (1252-1284)TítuloO Gênero do Adultério No Discurso Jurídico do Governo De Afonso X (1252-1284)Autor
Marcelo Pereira LimaOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2010-04-16Nivel
DoutoradoPáginas
361Volumes
1Banca de DefesaAndréia Cristina Lopes Frazão da SilvaEdmar Checon de FreitasLeila Rodrigues da SilvaMário Jorge da Motta BastosMiriam Cabral CoserRachel SoihetRoberto Godofredo Fabri Ferreira
ResumoNosso trabalho de pesquisa procurou investigar os discursos jurídicos sobre o adultério nos Reinos de Leão e Castela no século XIII, principalmente durante o reinado de Afonso X (1252-1284), a partir de uma perspectiva de gênero e da análise de discurso. Nosso corpus documental principal girou em torno das obras de caráter jurídico, isto é, o Fuero Real, o Especulo e, em especial, as Siete Partidas. Procurou-se compreender as relações entre o processo de centralização monárquica, o programa de unificação jurídica e a questão do adultério nas obras legislativas do governo de Afonso X. No fundo, esse objeto de estudo surgiu de uma determinada problemática principal, isto é, nos orientamos no sentido de saber como e por que as diretrizes de gênero interferiram nos discursos sobre o adultério presentes nas principais codificações afonsinas. A partir dessa problemática, sustentamos como hipótese norteadora de toda a tese a asserção de que as diretrizes de gênero articularam-se ao complexo, variado e móvel processo de ―criminalização‖ institucional do adultério, porque eram uma estratégia importante de controle social e de (re)produção de hierarquias propostos pelos discursos jurídicos da monarquia afonsina.
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2010-04 Terra, Trabalho e Propriedade: A estrutura agrária da Campanha Rio-Grandense nas décadas finais do período Imperial (1870-1890)TítuloTerra, Trabalho e Propriedade: A estrutura agrária da Campanha Rio-Grandense nas décadas finais do período Imperial (1870-1890)Autor
Graciela Bonassa GarciaOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2010-04-16Nivel
DoutoradoPáginas
208Volumes
1Banca de DefesaElione Silva GuimarãesHelen OsórioMárcia Maria Menendes MottaMaria Verónica Secreto FerrerasPaulo Afonso ZarthPaulo Pinheiro MachadoThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoNo Brasil a escravidão negra teve um fôlego muito longo, se comparado aos demais países americanos. Diferentes atividades produtivas dependiam da mão-de-obra cativa e esta estava difundida entre todos os grupos sociais. Na atividade pecuária realizada no sul do Brasil isso não foi diferente e na medida que o escravismo entrava em crise era necessário buscar alternativas aos braços escravos que escasseavam. Neste trabalho busca-se investigar a estrutura agrária da Campanha rio-grandense (região localizada na fronteira sul do Brasil) nas duas últimas décadas do regime escravista (1870-1890). Foi justamente na década que antecedeu o fim da escravidão que o processo de cercamento dos campos na região tomou fôlego. Esse será, portanto, um período de profundas transformações na estrutura agrária da região: o fim iminente da escravidão, junta e paralelamente ao início do processo de cercamento dos campos, redefinirá os padrões de trabalho e propriedade vigentes até então. Buscar explicar essas transformações, suas motivações e conseqüências é o objetivo central deste trabalho.
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2010-04 Justiça do Trabalho e Ditadura Civil-Militar no Brasil (1964 - 1985): atuação e memória.TítuloJustiça do Trabalho e Ditadura Civil-Militar no Brasil (1964 - 1985): atuação e memória.Autor
Claudiane Torres da SilvaOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2010-04-16Nivel
MestradoPáginas
133Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzElina Gonçalves da Fonte PessanhaMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz Quadrat
ResumoA dissertação discute a atuação e memória da Justiça do Trabalho na Ditadura Civil- Militar no Brasil contrapondo os relatos de magistrados e a atuação no Tribunal em última instância na Justiça do Trabalho. Abordando os novos papéis desempenhados pelos tribunais e a atuação dos mesmos na garantia dos direitos na sociedade brasileira e seu lugar na consolidação da democracia, a apreciação dos acórdãos oriundos do Rio de Janeiro no Tribunal Superior do Trabalho juntamente com as entrevistas concedidas por desembargadores e advogados trabalhistas, como fontes primárias, buscam traçar um perfil da atuação e da memória da Justiça do Trabalho no Rio de Janeiro. Assim, serão observadas as relações existentes entre o poder normativo da Justiça do Trabalho e as mudanças e características legais ocorridas durante a ditadura civil-militar no Brasil (1964- 1985) tendo ação direta nos interesses da população e do patronato.
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2010-04 Mosaicos da Escravidão: identidades africanas e conexões atlânticas do Recôncavo da Guanabara (1780-1840)TítuloMosaicos da Escravidão: identidades africanas e conexões atlânticas do Recôncavo da Guanabara (1780-1840)Autor
Nielson Rosa BezerraOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2010-04-15Nivel
DoutoradoPáginas
226Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraCarlos Eugênio Líbano SoaresCarlos Gabriel GuimarãesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJoão José ReisMarcelo Bittencourt Ivair PintoMariza de Carvalho Soares
ResumoO estudo da diáspora africana tomou um lugar de destaque na produção historiográfica sobre a formação da sociedade brasileira. Considerando os ressignificados que os africanos e os seus descendentes realizaram com as diversas expressões culturais que foram transportadas junto com os milhões de sobreviventes submetidos ao desterro através do tráfico atlântico, é possível problematizar sobre o passado colonial do Brasil com o objetivo de construir hipóteses explicativas para as contradições sociais que caracterizam o presente. Entretanto, já não existe lugar na historiografia para interpretações ensaístas ou isolacionistas. Desta forma, neste trabalho meu objetivo final é estudar uma parte da história do impacto provocado pela chegada desses africanos desterrados no Brasil, em especial no Recôncavo da Guanabara. Os limites dessa proposta estão por um lado nas fontes disponíveis, e por outro na habilidade de lidar com um volume tão amplo e ainda pouco explorado de informações. Quero destacar que o andamento do trabalho mostrou que os contatos entre portos atlânticos ou cidades portuárias (como Rio de Janeiro e Salvador) não são suficientes para a adequada compreensão do conjunto das relações do tráfico entre o Brasil e a África, entendida aí em sua diversidade. Assim, procurei construir o trabalho a partir de um estudo sistemático sobre a pluralidade das conexões identificadas nas relações entre o Recôncavo do Rio de Janeiro, e não apenas a cidade do Rio de Janeiro, e alguns portos atlânticos africanos, especialmente Bonny e Calabar, na Baía de Biafra.
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2010-04 De Como Administrar Cidades e Governar Impérios: almotaçaria portuguesa, os mineiros e o poder (1745-1808)TítuloDe Como Administrar Cidades e Governar Impérios: almotaçaria portuguesa, os mineiros e o poder (1745-1808)Autor
Thiago Nicodemos Enes Dos SantosOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2010-04-15Nivel
MestradoPáginas
301Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioCarlos Gabriel GuimarãesMaria Fernanda Baptista BicalhoRonald José Raminelli
ResumoA almotaçaria foi um dos mais tradicionais ofícios da administração Ibérica. Profundamente marcados pelas civilizações islâmicas, os almotacés foram os grandes responsáveis por uma tríade de atribuições relacionadas ao mercado, ao construtivo e às questões sanitárias de vilas e cidades, sendo nomeados pelas Câmaras Municiais e Concelhos durante mais de setecentos anos, somente no reino cristão de Portugal. Apesar dessa longevidade e das denotadas funções à seu cargo, a ocupação foi um dos temas menos visitados pelos historiadores, especialmente na América do Antigo Regime. Essa pesquisa lança novas luzes a esses representantes de El-Rei, analisando suas atuações, padrões de recrutamento e perfis sociológicos em Mariana e na Capitania mineira no século XVIII e princípios do século seguinte. Considerada ocupação menor no estamento camarário ou realizada por modestos agentes, a almotaçaria se mostrou um necessário e importante ofício do poder local, além de um dos principais meios de ascensão política e social.
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2010-04 Linguagens do poder no Portugal Setecentista: Um estudo a partir da dedução cronológica e analítica (1767)TítuloLinguagens do poder no Portugal Setecentista: Um estudo a partir da dedução cronológica e analítica (1767)Autor
Gilmar Araujo AlvimOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2010-04-14Nivel
MestradoPáginas
204Volumes
1Banca de DefesaAntonio Cesar de Almeida SantosGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesKeila GrinbergMaria Fernanda Baptista Bicalho
ResumoA partir do estudo da Dedução Cronológica e Analítica, publicada em 1767, esta dissertação tem por objetivo analisar os discursos políticos utilizados em Portugal nessa época. A obra pretende legitimar o processo de centralização política e administrativa empreendido pela Coroa portuguesa durante o século XVIII, cujo ápice encontra-se no período de atuação do Marquês de Pombal (1750-1777). Para tanto, ela realçou, primeiro, o princípio do direito divino dos reis, opondo um discurso, aqui denominado absolutista-regalista, àquele contratualistacorporativo, identificado às doutrinas dos jesuítas, porque formulado pelos autores da segunda escolástica no século XVI. Ao mesmo tempo, ao adotar uma abordagem histórica para ratificar os argumentos favoráveis ao caráter sagrado da monarquia, construiu a visão de um determinado passado para Portugal, que partilha certos aspectos, mas não outros, da historiografia do período.
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2010-04 "O Conselho de Estado no tempo de D. Pedro I": um estudo da política e da sociedade no Primeiro Reinado (1826 - 1831)Título"O Conselho de Estado no tempo de D. Pedro I": um estudo da política e da sociedade no Primeiro Reinado (1826 - 1831)Autor
Eder da Silva RibeiroOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2010-04-14Nivel
MestradoPáginas
199Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroMaria Fernanda Vieira MartinsThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEste trabalho trata do papel que teve o Conselho de Estado ao longo do reinado de D. Pedro I. Criada com o objetivo de auxiliar o monarca no uso das atribuições do Poder Moderador, a instituição se mostrou um espaço privilegiado para o exercício da dominação política e para a reiteração das hierarquias sociais, sobretudo na medida em que possibilitou aos seus membros reproduzirem no interior do Estado uma antiga prática institucional baseada nos relacionamentos diversos de caráter pessoais. Apreendendo as origens e as trajetórias individuais dos conselheiros, bem como as redes sociais das quais eram provenientes, o estudo procurou contribuir tanto para um melhor entendimento das esferas mais básicas do jogo político existente no Primeiro Reinado, quanto para a compreensão dos embates parlamentares que contribuíram decisivamente para a abdicação do primeiro Imperador.