Dissertações e Teses
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2010-03 A atuação dos monges Irlandeses na Gália Merovíngia: 590- 650 d.C. Uma comparação entre a Vita Amandi e a Vita ColumbanTítuloA atuação dos monges Irlandeses na Gália Merovíngia: 590- 650 d.C. Uma comparação entre a Vita Amandi e a Vita ColumbanAutor
Lílian Salaber Souza E SilvaOrientador(a)
Edmar Checon de FreitasData de Defesa
2010-03-29Nivel
MestradoPáginas
207Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasLeila Rodrigues da SilvaMário Jorge da Motta BastosRoberto Godofredo Fabri Ferreira
ResumoEste trabalho investiga a Vita Columbani de Jonas de Bobbio e a Vita Amandi, cujo autor é desconhecido, estabelecendo uma comparação entre os textos com base na metodologia da análise de conteúdo. A análise busca situar as opções estilísticas presentes em cada texto nas tradições de escrita hagiográfica irlandesa e gaulesa, as quais foram relacionadas ao contexto da atuação dos monges irlandeses na Gália merovíngia da primeira metade do século VII. Dentre estes o que alcançou maior destaque foi São Columbano, homem que, tendo chegado à Gália em 590 d.C., desde logo estabeleceu relações diretas com as casas reais merovíngias. Sua inserção no ambiente aristocrático atraiu discípulos francos que em breve se lançaram a pregar, fundar mosteiros afiliados à linha irlandesa e/ou patrociná-los, instaurando assim uma nova fase na história monástica gaulesa altomedieval. Santo Amando, um dos principais nomes desta geração, representa bem esta tendência, motivo pelo qual ficou conhecido como "o bispo viajante".
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2010-03 Marechal Henrique Teixeira Lott: A opção das esquerdasTítuloMarechal Henrique Teixeira Lott: A opção das esquerdasAutor
Karla Guilherme CarloniOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2010-03-29Nivel
DoutoradoPáginas
251Volumes
1Banca de DefesaCelso CastroDaniel Aarão Reis FilhoMarco Antonio Villela PamplonaMarieta de Moraes FerreiraNorberto Osvaldo FerrerasOrlando de BarrosPaulo Ribeiro Rodrigues da Cunha
ResumoMarechal Henrique Duffles Teixeira Lott foi ministro da Guerra durante os anos de 1955 e 1959. No período em que ocupou o ministério liderou o contragolpe de 11 de Novembro de 1955 e foi responsável pela manutenção de Juscelino Kubitschek no poder. Sua carreira política e militar foi associada a ideais de legalidade, democracia e nacionalismo. As esquerdas da época, tanto militar quanto civil, escolheram o velho oficial como representantes de suas aspirações de uma sociedade mais igualitária e justa e um Brasil economicamente independente. Sua popularidade levou a candidatura à presidência da República, em 1960. O resgate da biografia política do marechal Henrique Lott ajuda a entender construção da identidade do Exército brasileiro durante o século XX e esclarece a existência de um grupo de militares com identidade alternativa à tradicional imagem construída do militar brasileiro, principalmente após o Golpe Civil Militar de 1964.
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2010-03 A "Utopia Estético-Política" da Arte: A arte como parte da estratégia revolucionária na obra de Mario PedrosaTítuloA "Utopia Estético-Política" da Arte: A arte como parte da estratégia revolucionária na obra de Mario PedrosaAutor
Larissa Costard SoaresOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2010-03-29Nivel
MestradoPáginas
148Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralMagali Gouveia EngelMarcelo Badaró MattosVictor Hugo Adler Pereira
ResumoA obra de Mario Pedrosa, intelectual e ativista político, tem na produção atual pouquíssima expressão, fato curioso quando tomamos conhecimento da trajetória e do prestígio do crítico em seu período de atuação. O objetivo desta dissertação é entender as conexões entre sua militância como crítico de arte com a participação nas organizações políticas, concebendo assim a visão de mundo do autor de uma maneira coesa. Divulgador de um marxismo arejado e com idéias bastante inovadoras para os meios em que circulava, Mario Pedrosa não se intimidou em compor com a arte sua estratégia revolucionária. O intuito é, portanto, entender como a obra de arte passa a fazer parte da estratégia revolucionária do crítico, de maneira constitutiva, sem que este precisasse abandonar as outras formas de militância.
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2010-03 Dinâmica social e estratégias indígenas: Disputas e alianças no Aldeamento do Ipanema, em Águas Belas, Pernambuco. (1860-1920)TítuloDinâmica social e estratégias indígenas: Disputas e alianças no Aldeamento do Ipanema, em Águas Belas, Pernambuco. (1860-1920)Autor
Mariana Albuquerque DantasOrientador(a)
João Pacheco de Oliveira FilhoData de Defesa
2010-03-26Nivel
MestradoPáginas
157Volumes
1Banca de DefesaElisa Frühauf GarciaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJoão Pacheco de Oliveira FilhoMárcia Fernanda Ferreira MalheirosMaria Regina Celestino de AlmeidaVania Maria Losada Moreira
ResumoEste trabalho traz uma análise que enfoca as redes de relacionamentos entre índios e não-índios durante e após o processo de extinção do Aldeamento do Ipanema, entre as décadas de 1860 e 1920. Os índios Carnijó, habitantes do referido aldeamento, valeram-se de estratégias variadas para interferirem nos rumos políticos da localidade e na administração de suas terras, no mesmo período em que várias autoridades locais e provinciais construíam uma imagem de mestiçagem dos índios e abandono das aldeias. Num caminho contrário a esse discurso que prioriza categorias generalizantes, torna-se fundamental abordar os vários processos de mistura pelos quais os índios que habitavam a região entre o rio Ipanema e a serra do Comunati (atual município de Águas Belas) passaram no período colonial, bem como a reelaboração de suas culturas e identidades. Durante o século XIX, os Carnijó continuaram a refabricar suas identidades, a articular alianças interétnicas e também a se apropriar de instrumentos legais da administração imperial para fazer suas reivindicações alcançarem diversas autoridades. A permanência do grupo no território do extinto aldeamento do Ipanema e as suas relações com a sociedade não-indígena águas-belense sugerem a existência de elementos de coesão que possibilitaram o seu reconhecimento frente ao Estado no início do século XX. Assim, a análise da dinâmica social que envolve dois movimentos aparentemente contraditórios, a extinção do aldeamento e o posterior reconhecimento de sua população indígena, é o objetivo principal do presente trabalho.
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2010-03 "Se Faz Preciso Misturar o Agro com o Doce": A Administração de Gomes Freire de Andrada, Rio de Janeiro e Centro-Sul da América Portuguesa (1748-1763)Título"Se Faz Preciso Misturar o Agro com o Doce": A Administração de Gomes Freire de Andrada, Rio de Janeiro e Centro-Sul da América Portuguesa (1748-1763)Autor
Mônica da Silva RibeiroOrientador(a)
Ronald José RaminelliData de Defesa
2010-03-26Nivel
DoutoradoPáginas
308Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioElisa Frühauf GarciaFrancisco Carlos Cardoso CosentinoIris KantorJoão Luís Ribeiro FragosoNuno Gonçalo Pimenta de Freitas MonteiroRonald José Raminelli
ResumoAs transformações político-administrativas desencadeadas no Império português no século XVIII, especialmente a partir das décadas de 1720 e 1730, trouxeram modificações importantes na prática governativa, tanto no Reino, quanto nas suas colônias e conquistas. Nesse processo, a gestão de Gomes Freire de Andrada na América lusa funciona como um importante exemplo das mudanças que vinham sendo realizadas, especialmente se considerarmos a segunda fase de sua administração – de 1748 a 1763 – quando a jurisdição do Conde de Bobadela passou a abarcar – além do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e São Paulo – toda a região centro-sul. Nesse sentido, o presente trabalho tem como intuito analisar a dinâmica administrativa de Gomes Freire, durante os quinze últimos anos de seu governo, percebendo nela a aplicação da idéia de "razão de Estado", norteadora da política imperial naquele momento
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2010-03 Paul Ricouer e uma Epistemologia da História Centrada no SujeitoTítuloPaul Ricouer e uma Epistemologia da História Centrada no SujeitoAutor
Aldo Nelson BonaOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2010-03-26Nivel
DoutoradoPáginas
209Volumes
1Banca de DefesaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesJosé Adilçon CampigotoManoel Luiz Lima Salgado GuimarãesMario GrynszpanNewton Aquiles Von ZubenPaulo Knauss de MendonçaTemístocles Américo Correa Cezar
ResumoEste trabalho apresenta uma discussão de epistemologia da história, tendo como foco central o pensamento de Paul Ricoeur, filósofo francês contemporâneo, que, particularmente nos últimos anos de sua produção acadêmica, manteve intenso diálogo com importantes historiadores. Além de apresentar uma reflexão sobre a trajetória intelectual deste pensador, como profundamente ancorada em sua trajetória de vida, o texto discute a hermenêutica, a narrativa e a memória como método, linguagem e objeto da história, respectivamente, objetivando evidenciar a centralidade do sujeito no processo de construção do conhecimento histórico e a dimensão ética desse saber.
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2010-03 "O Mundo Negro": A constituição do movimento negro contemporâneo no Brasil (1970 - 1995)Título"O Mundo Negro": A constituição do movimento negro contemporâneo no Brasil (1970 - 1995)Autor
Amilcar Araujo PereiraOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2010-03-25Nivel
DoutoradoPáginas
269Volumes
1Banca de DefesaÁlvaro Pereira do NascimentoHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJacques D‘adeskyMarcelo Bittencourt Ivair PintoMartha Campos AbreuMonica Lima E SouzaVerena Alberti
ResumoO principal objetivo desta tese é examinar aspectos da história do movimento negro no Brasil e das trajetórias de algumas de suas principais lideranças, que têm se dedicado à luta contra o racismo e por melhores condições de vida para a população negra em diversos setores da sociedade brasileira desde a década de 1970. Para tanto, a pesquisa iniciou-se com uma análise da construção da idéia de raça na Europa e nos Estados Unidos e de suas repercussões para a população negra na diáspora e para as relações raciais no Brasil. Utilizando a metodologia da história oral, este trabalho reuniu e analisou entrevistas com lideranças negras de todas as regiões do Brasil e com intelectuais negros norte-americanos com passagens pelo nosso país, que, juntamente com outras fontes históricas, forneceram o material necessário para a elaboração de uma história social do movimento negro contemporâneo no Brasil.
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2010-03 AS MULHERES NEGRAS POR CIMA O CASO DE LUZIA JEJE. Escravidão, família e mobilidade social - Bahia, c. 1780 - c. 1830.TítuloAS MULHERES NEGRAS POR CIMA O CASO DE LUZIA JEJE. Escravidão, família e mobilidade social - Bahia, c. 1780 - c. 1830.Autor
Adriana Dantas Reis AlvesOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2010-03-24Nivel
DoutoradoPáginas
431Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroLuiz Roberto de Barros MottManolo Garcia FlorentinoMarcus Joaquim Maciel de CarvalhoMartha Campos AbreuRonaldo VainfasSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoEm 1807, o senhor de engenho, Capitão Manoel de Oliveira Barrozo, morador na Freguesia de Paripe, Recôncavo Baiano, legitimou e libertou seis filhos pardos e os estabeleceu como herdeiros. Todos foram concebidos pela escrava jeje Luzia Gomes de Azevedo. A trajetória dessa família é o objeto principal desta tese. Através de testamentos, inventários, processos cíveis, escrituras públicas, jornais, assentos de casamentos/batismos, vasta bibliografia e documentos diversos, foi possível relacionar escravidão com cultura sexual/família, patriarcado/gênero, cor/mestiçagem, paternidade/legitimidade, e mobilidade social. Percebemos que os simbolismos sexuais relativos às mulheres "de cor", ao mesmo tempo em que as deixavam vulneráveis, poderiam torná-las importantes mecanismos de ascensão ao nível dos brancos. Revisitei as discussões sobre família escrava na Bahia, incluindo as políticas de gênero como fatores relevantes na definição de estratégias de organização e controle das escravarias. E, finalmente, tentei desvendar os enigmas das classificações de cores no período colonial, relacionando-os com processos de inserção de libertos no mundo dos livres.
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2010-03 Todo o Leme a Bombordo. Marinheiros e Ditadura Civil-Militar no Brasil: Da Rebelião de 1964 à AnistiaTítuloTodo o Leme a Bombordo. Marinheiros e Ditadura Civil-Militar no Brasil: Da Rebelião de 1964 à AnistiaAutor
Anderson da Silva AlmeidaOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2010-03-24Nivel
MestradoPáginas
250Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Palomanes MartinhoMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz Quadrat
ResumoA dissertação discute as trajetórias dos praças da Marinha pertencentes à Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil (AMFNB), durante o período da ditadura civilmilitar no Brasil. Com este objetivo analisam-se as principais causas e reivindicações da rebelião ocorrida em 1964, as participações de atores políticos, a ideia de que o acontecimento foi o estopim para o golpe e os caminhos posteriores percorridos pelos rebeldes. Nesse sentido, terão destaque tanto os marinheiros que participaram dos movimentos armados, quanto os que tentaram seguir suas vidas sem se envolver com a guerrilha. Por fim, a abordagem do longo e tortuoso processo de anistia destes atores sociais.
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2010-03 Baixa Núbia como Infra-Estrutura para Construção da Potência Hegemônica Egípcia na XVIIIª Dinastia (1550 - 1323 a.C.)TítuloBaixa Núbia como Infra-Estrutura para Construção da Potência Hegemônica Egípcia na XVIIIª Dinastia (1550 - 1323 a.C.)Autor
Fábio Afonso Frizzo de Moraes LimaOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
2010-03-24Nivel
MestradoPáginas
170Volumes
1Banca de DefesaAndré Leonardo ChevitareseCiro Flamarion Santana CardosoMarcelo Aparecido RedeMário Jorge da Motta Bastos
ResumoA pesquisa focar-se-á na importância da dominação da Baixa Núbia, através de uma relação de periferia negociada, para a construção do imperialismo egípcio e para sagração desta civilização como "potência hegemônica" do Oriente Próximo no período do Reino Novo (1550-1069 a.C.). Para tanto, concentrar-nos-emos no período da XVIIIª Dinastia, que inclui a reunificação do Egito e sua fase de maior expansão territorial, através da análise de um corpus documental composto basicamente pelas tumbas dos vice-reis da Baixa Núbia e pela correspondência internacional trocada entre o faraó e outros líderes do Oriente Próximo durante os reinados de Amenhotep III e Amenhotep IV – que ficou conhecida posteriormente como "cartas de Amarna".
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2010-03 O Historiador e o Agente da História: Os embates políticos travados no curso de História da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil(1959-1969)TítuloO Historiador e o Agente da História: Os embates políticos travados no curso de História da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil(1959-1969)Autor
Ludmila Gama PereiraOrientador(a)
Marcos Alvito Pereira de SouzaData de Defesa
2010-03-24Nivel
MestradoPáginas
153Volumes
1Banca de DefesaMarcelo Badaró MattosMarcos Alvito Pereira de SouzaRoberto LeherVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA pesquisa pretende analisar a atuação de agentes históricos na ditadura militar e os enfrentamentos, conformismos ou adesões dos intelectuais brasileiros frente ao regime militar . Os agentes que escolhi como tema de pesquisa são os historiadores que lecionaram na Universidade Federal do Rio de Janeiro, não como analistas do tempo, mas agentes historicizados, sujeitos às polêmicas que afetam tanto a construção do "saber histórico" como as suas próprias vidas. A partir deste pressuposto, constituí-se um conjunto de questões visando avaliar até que ponto o campo intelectual que pretendo estudar tornou-se resistência ou legitimação à repressão do Estado; bem como acompanhar as diferentes tomadas de posição nos anos de ditadura no Brasil.
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2010-03 MARIO BALDI: experiências Fotográficas e a trajetória do "repórter perfeito" - (1896-1957)TítuloMARIO BALDI: experiências Fotográficas e a trajetória do "repórter perfeito" - (1896-1957)Autor
Marcos Felipe de Brum LopesOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2010-03-23Nivel
MestradoPáginas
205Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusIsmênia de Lima MartinsMauricio LissovskyPaulo Knauss de Mendonça
ResumoEsta dissertação de mestrado tem como tema a trajetória de Mario Baldi, fotógrafo austríaco da primeira metade do século XX, emigrado ao Brasil em 1921. Sua produção visual é abordada através das noções de prática social e experiência fotográfica, mapeando seus projetos, estratégias e campo de possibilidades. Sugere-se que as experiências de Baldi iluminam importantes aspectos do surgimento da linguagem fotojornalística, na primeira metade do século XX, bem como testemunha o aparecimento do sujeito-fotógrafo na cena pública, através da fotografia de imprensa. Além disso, trata-se de identificar como as narrativas verbais e visuais de Mario Baldi constroem uma identidade para o fotógrafo, em concordância com o que se pensava ser um bom repórter fotográfico.
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2010-03 Litígios ao sul do Império: a Lei de Terras e a consolidação política da Coroa no Rio Grande do Sul (1850-1880).TítuloLitígios ao sul do Império: a Lei de Terras e a consolidação política da Coroa no Rio Grande do Sul (1850-1880).Autor
Cristiano Luis ChristillinoOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2010-03-22Nivel
DoutoradoPáginas
353Volumes
1Banca de DefesaElione Silva GuimarãesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMárcia Maria Menendes MottaMaria Verónica Secreto FerrerasPaulo Afonso ZarthPaulo Pinheiro Machado
ResumoNa presente tese, analisamos a aplicação da Lei de Terras de 1850 na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Recuperamos os conflitos enfrentados pelo Império no Prata e a participação dos milicianos sul-rio-grandenses nesses eventos, de modo a mostrar que a aprovação dos processos de legitimação pelos presidentes de província contribuiu às negociações políticas entre a Coroa e as elites locais. Nosso recorte temporal se estende de 1850 a 1880, período que abrange a promulgação da Lei até a década em que foi produzido o maior volume de processos de legitimação e revalidação de terras. Eles resultaram, principalmente, do avanço da colonização e da exploração da erva-mate. Analisamos a imigração na província meridional e discutimos os interesses da elite sul-rio-grandense nesse processo, para demonstrar que tal processo marcou o encontro do projeto da Coroa com os objetivos de parte da elite local. A erva-mate foi a segunda atividade econômica mais importante da província nesse período e constituiu a principal alternativa encontrada pelos estancieiros à pecuária. A expansão da fronteira fundiária, sobre as terras florestais, multiplicou o número de litígios entre os terratenentes e, com isso, aumentou a procura pelos expedientes da Lei para reconhecimento do direito de acesso a terras. No entanto, os velhos mecanismos de afirmação de propriedade permaneceram entre as estratégias dos fazendeiros para enfrentarem as disputas por terras.
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2010-03 A Mulher-Faraó: Representações da Rainha Hatshepsut como instrumento de legitimação (Egito Antigo – Século XV A.C.)TítuloA Mulher-Faraó: Representações da Rainha Hatshepsut como instrumento de legitimação (Egito Antigo – Século XV A.C.)Autor
Aline Fernandes de SousaOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
2010-03-18Nivel
MestradoPáginas
173Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoNorma Musco MendesRegina Maria da Cunha BustamanteSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoEm comparação com as mulheres de outras civilizações antigas, as egípcias desempenharam um papel privilegiado em questões jurídicas e econômicas. No entanto, seu estado ainda era inferior ao dos homens egípcios, sendo as mulheres excluídas, por exemplo, de postos públicos dos quais o trabalho de outras pessoas dependia; apenas algumas mulheres foram chamadas de escriba. O faraó, descendente direto do deus criador, encarnava uma divindade masculina. Isso fazia com que o reinado de uma mulher fosse percebido como algo contrário a Maat, a ordem cósmica e social que permeava o cosmos, conceito central para os antigos egípcios. Por essa razão, o reinado da rainha-faraó Hatshepsut, no século XV a.C., ponto central dessa pesquisa, torna-se peculiar, já que a mesma ocupou o trono do Egito por quase vinte anos e produziu uma série de imagens que a representavam como um legítimo faraó varão. As fontes selecionadas para o estudo são representações iconográficas dessa governante, especificamente estátuas e relevos, e a metodologia aplicada às imagens foi desenvolvida por Richard H. Wilkinson que, a partir da forte ligação entre escrita e imagem representacional no Egito Antigo, entende que os gestos das figuras podem ser lidos e interpretados como a representação simbólica de uma ação. Assim, tendo como uma de suas bases teóricas o conceito de gênero, relacionado a papéis socialmente construídos, o presente trabalho tem por objetivo identificar as estratégias empregadas por esta mulher-faraó, sexta governante da XVIII dinastia, a fim de legitimar seu poder como soberano do trono das Duas Terras, o Egito.
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2010-03 Um Ritmo Espontâneo: O Organicismo em Raízes do Brasil e Caminhos e Fronteiras, de Sérgio Buarque de HolandaTítuloUm Ritmo Espontâneo: O Organicismo em Raízes do Brasil e Caminhos e Fronteiras, de Sérgio Buarque de HolandaAutor
João Kennedy EugênioOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2010-03-17Nivel
DoutoradoPáginas
477Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresClaudete Maria Miranda DiasGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesIsmênia de Lima MartinsLúcia Maria Paschoal GuimarãesLuiz Carlos SoaresRonaldo Vainfas
ResumoHá uma fonte comum a Raízes do Brasil e Caminhos e fronteiras: o organicismo, com seus tópicos característicos: senso de realidade e aversão a fantasias ou programas; crescimento espontâneo, a partir das próprias forças do organismo cultural; adaptabilidade ou plasticidade; singularidade cultural, isto é, a consideração da tradição e da identidade de um povo; cultura como totalidade dotada de um "filtro" que atua nas trocas culturais. Nos dois livros há um trecho-síntese da concepção organicista de cultura, que permanece praticamente idêntico nos trinta anos que vão da primeira edição de Raízes do Brasil (1936) à edição de Caminhos e fronteiras (1957). Mas há diferenças entre as narrativas. Raízes do Brasil possui um movimento textual feito de oposições – de matrizes rivais: organicismo x sociologia no nível médio das seções, filosofia da vida x sociologia no nível micro dos tópicos. As referências principais são: Weber, na sociologia; Klages, Simmel e Heráclito, na filosofia da vida; Simmel e Aristóteles no organicismo. Sérgio Buarque delineia um organicismo que integra a noção de forma (princípio de individuação) e ritmo (o curso do mundo). Sérgio Buarque compreende vida e história como feitas de oposições em equilíbrio e deseja que a cultura brasileira combine raízes e inovações, tradição e experimentação. Como os organismos vivos, que crescem segundo uma lei interna, mas adaptando-se à realidade envolvente, a cultura precisa se realizar segundo um padrão intrínseco, mas adaptando-se ao contexto geral; ela precisa entrelaçar tradição cultural e modernidade, Volkgeist e Zeitgeist, physis (caráter) e nomos (norma), espírito e vida, em um acordo de antagonismos que seria a lei da vida. Em 1948 publicou-se a segunda edição de Raízes do Brasil, com acréscimos e reformulações. Entre as mudanças está a emergência do viés político progressista. O organicismo sofre uma atenuação plausível: o ensaio é um organismo que cresce e se adapta às novas circunstâncias; realiza em si o que propõe para o Brasil. E as mudanças se integram na economia do contraponto que rege o ensaio: antagonismos em equilíbrio. Mas é preciso reconhecer que a partir de 1948 o ânimo de Sérgio Buarque muda quanto ao organcismo, que ele critica em vários artigos, de forma injusta e exagerada. Em Raízes do Brasil a concepção "orgânica" deparava com um obstáculo: os brasileiros teimavam em agir de forma não adaptativa, renegavam sua tradição histórica e contradiziam na prática o postulado do ensaio de que toda cultura só absorve de outras os traços que são compatíveis com os seus quadros de vida. Já em Caminhos e fronteiras, se as marcas do organicismo são menos visíveis, o organicismo lá é inteiro (sem matriz rival), amplo e sereno. Desviando o olhar da história do Brasil como um todo, Sérgio Buarque vê a realização do crescimento orgânico e da adaptação à realidade na história de São Paulo, sem os dilemas que marcaram a sociedade brasileira do latifúndio monocultor escravista. Nesse livro Sérgio Buarque faz história de inspiração antropológica e isto já revela um traço do organicismo – afinal as raízes da antropologia cultural se ligam à noção aristotélica de forma como princípio de individuação e à valorização das coisas particulares como dotadas de teleologia (princípio de crescimento) própria. Em Caminhos e fronteiras a pesquisa disciplinada e a narrativa histórica são guiadas pela imaginação "orgânica": os tópicos característicos (crescimento orgânico, adaptação à realidade, singularidade cultural) estão por toda parte e os capítulos compõem um tácito argumento organicista. Mais que um erudito livro de história, Caminhos e fronteiras é uma intervenção velada no debate sobre a história do Brasil e as vias de acesso à modernidade.
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2010-03 Serras de Ibiapaba. De Aldeia à Vila de Índios: Vassalagem e Identidade no Ceará colonial - Século XVIIITítuloSerras de Ibiapaba. De Aldeia à Vila de Índios: Vassalagem e Identidade no Ceará colonial - Século XVIIIAutor
Lígio José de Oliveira MaiaOrientador(a)
Maria Regina Celestino de AlmeidaData de Defesa
2010-03-12Nivel
DoutoradoPáginas
409Volumes
1Banca de DefesaElisa Frühauf GarciaEurípides Antônio FunesJoão Pacheco de Oliveira FilhoJohn Manuel MonteiroMárcia Fernanda Ferreira MalheirosMaria Regina Celestino de AlmeidaMariza de Carvalho Soares
ResumoEsta tese visa refletir sobre as mudanças históricas pelas quais passaram os grupos indígenas nas Serras de Ibiapaba (CE), ao longo do século XVIII, procurando entendê-las também a partir da perspectiva dos índios. Sob os efeitos das legislações indigenistas abrangentes como o Regimento das Missões (1686) e o Diretório pombalino (1757), houve mudanças da maior importância, especialmente, na forma de governo dos índios aldeados: entre 1700-1759, com governo dos jesuítas na aldeia de Nossa Senhora da Assunção, também chamada "aldeia de Ibiapaba"; e a partir de 1759, com a elevação da antiga aldeia à categoria de Vila Viçosa Real, então, sob administração laica (com diretor e câmara local) e direção espiritual de padres seculares. Todo esse processo contou com a participação dos grupos indígenas, particularmente de suas lideranças. O objetivo da tese, por conseguinte, é compreender a ação indígena em diferentes contextos históricos setecentistas demonstrando que, mesmo na condição de dominação, eles buscaram diante das incertezas participar dos meandros do Antigo Regime, como índios aldeados e vassalos d’El Rei.
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2010-03 Socialistas Libertários e Lutas Sociais no Rio de Janeiro: Memórias, Trajetórias e Práticas (1985-2009)TítuloSocialistas Libertários e Lutas Sociais no Rio de Janeiro: Memórias, Trajetórias e Práticas (1985-2009)Autor
Mariana Affonso PennaOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2010-03-12Nivel
MestradoPáginas
166Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Ribeiro SamisLaura Antunes MacielNildo Silva VianaNorberto Osvaldo FerrerasVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEsta dissertação analisa movimentos e organizações atuais no Rio de Janeiro que adotam práticas socialistas libertárias, ou seja, que possuem como princípio a atuação direta dos trabalhadores nas lutas sociais e na construção de uma organização própria, horizontal e autônoma de poder, portanto autogestionária, desconstruindo a noção muito difundida de que o socialismo libertário é uma prática política relegada ao passado. Dessa maneira, a dissertação visa reconstituir a memória recente, assim como as trajetórias e práticas políticas dessas organizações e movimentos sociais. Primeiramente traça um breve histórico das organizações que deram origem a alguns dos coletivos contemporâneos, apresenta como estes se organizam e reflete sobre suas práticas. O foco principal da investigação procurou acompanhar ações de ocupação urbana, uma luta social que vem sendo privilegiada pelos socialistas libertários na cidade do Rio de Janeiro, particularmente as experiências do Acampamento Maria Júlia Braga, da Federação Anarquista do Rio de Janeiro e da Frente de Luta Popular. Por fim, busca apresentar alguns dos principais mecanismos utilizados pelos antagonistas dos movimentos sociais para fazer frente a essas lutas, via grande mídia, judiciário e aparelhos repressivos.
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2010-03 RETRATOS, INSTANTÂNEOS E LEMBRANÇAS: a trajetória e o acervo da fotógrafa Írica Kaefer, Marechal Rondon (1954 - 1990)TítuloRETRATOS, INSTANTÂNEOS E LEMBRANÇAS: a trajetória e o acervo da fotógrafa Írica Kaefer, Marechal Rondon (1954 - 1990)Autor
Lucia Teresinha Macena GregoryOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2010-03-12Nivel
DoutoradoPáginas
382Volumes
1Banca de DefesaNoneAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusCharles MonteiroIsmênia de Lima MartinsMariana de Aguiar Ferreira MuazeMilton Roberto Monteiro RibeiroPaulo Knauss de MendonçaSonia Cristina da Fonseca Machado Lino
ResumoEste é um estudo sobre fotografias e memórias feito a partir do acervo particular de Írica Kaefer, constituído pela Foto Kaefer, uma das primeiras casas fotográficas da então Vila General Rondon, com funcionamento desde meados de 1950 até 1990, período que define o nosso recorte temporal. Na perspectiva teórico-metodológica adotada, a fotografia é identificada como uma prática social de produção de sentido. A pesquisa, portanto, relaciona fotografia e memória a fim de discutir o processo de construção social e a relação dos sujeitos com a história local. As unidades culturais foram organizadas nas categorias espaço fotográfico, espaço geográfico, espaço do objeto, espaço da figuração e espaço da vivência, que serviram de base para a análise. Em síntese, após definidas as séries e as quantidades fotográficas analisadas, então entrevistas, textos, jornais e revistas fundamentaram a relação percebida entre a cultura fotográfica e a construção de memórias em Marechal Cândido Rondon/PR, no período 1954 a 1990.
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2010-03 "Batuque na cozinha, Sinhá num quer!"Repressão e resistência cultural dos cultos afro-brasileiros no Rio de Janeiro (1870-1890).Título"Batuque na cozinha, Sinhá num quer!"Repressão e resistência cultural dos cultos afro-brasileiros no Rio de Janeiro (1870-1890).Autor
Rafael Pereira de SouzaOrientador(a)
Gizlene NederData de Defesa
2010-03-11Nivel
MestradoPáginas
139Volumes
1Banca de DefesaGisálio Cerqueira FilhoGizlene NederHumberto Fernandes MachadoKeila Grinberg
ResumoO objetivo deste trabalho é estudar a questão relacionada à perseguição às casas destinadas aos cultos afro-brasileiros nas últimas décadas do século XIX na cidade do Rio de Janeiro. Analisamos diversas prisões de líderes religiosos afro-descendentes para observar a repressão policial e traçar um roteiro das experiências vivenciadas por estes líderes religiosos que se valiam da tradição de enaltecer a bravura de seus antepassados, conforme o escopo mais geral das crenças e práticas religiosas das populações afrodescendentes no Brasil. Para tanto, pesquisamos os Livros de Matrículas da Casa de Detenção, jornais da época e obras literárias. O trabalho teve a preocupação em identificar as diferentes estratégias de resistência e negociação das práticas religiosas cultuadas pelas classes subalternas da cidade do Rio de Janeiro. Cultos afro-brasileiros; perseguição policial; resistência cultural.
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2010-03 "Natural Jeyto e Boa Ensinança": Aspectos moralísticos e políticos na Literatura Técnica da Dinastia de Avis (Portugal, séc. XIV/XV)Título"Natural Jeyto e Boa Ensinança": Aspectos moralísticos e políticos na Literatura Técnica da Dinastia de Avis (Portugal, séc. XIV/XV)Autor
Jonathan Mendes GomesOrientador(a)
Roberto Godofredo Fabri FerreiraData de Defesa
2010-03-11Nivel
MestradoPáginas
142Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasMiriam Cabral CoserRoberto Godofredo Fabri FerreiraVânia Leite Fróes
ResumoEstudo sobre o papel dos jogos na educação dos príncipes e nobres na corte portuguesa do fim da Idade Média. Usou-se como referência a literatura de proveito produzida nos dois primeiros reinados da Dinastia de Avis, em Portugal, de 1385 a 1438, representada aqui por duas importantes obras, O Livro de Montaria de D. João I, e a Arte de Bem Cavalgar Toda Sela de D. Duarte. O conteúdo moralístico e político destes tratados favorecia a centralização do poder régio, e afirmava a legitimidade da nova dinastia. A formação de uma sociedade de corte, composta por uma nova nobreza, incluía grupos antes excluídos, cuja manutenção dos privilégios vinha através da proximidade com o rei, e da busca por similitudes com este. Os tratados transmitiam normas aos cortesãos para se enquadrarem na reordenação dos sentimentos e comportamentos, seguindo uma conduta mais polida. Assim, iniciou-se a transformação dos cavaleiros em cortesãos.
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2010-03 "O Dote é a Moça Educada": Mulher, dote e instrução em São Luís na Primeira RepúblicaTítulo"O Dote é a Moça Educada": Mulher, dote e instrução em São Luís na Primeira RepúblicaAutor
Elizabeth Sousa AbrantesOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2010-03-10Nivel
DoutoradoPáginas
320Volumes
1Banca de DefesaMargareth de Almeida GonçalvesPedro Vilarinho Castelo BrancoRachel SoihetSandra Regina Rodrigues Dos SantosSheila Siqueira de Castro FariaSuely Gomes Costa
ResumoA presente pesquisa analisa como simbolicamente a instrução formal destinada às mulheres passou a ser valorizada como um componente fundamental na sua educação, tornando-se seu símbolo moderno de "dote" no início do século XX. Apresentamos o estatuto do dote no período colonial e os novos arranjos dotais no século XIX, com a maior tendência para que as mulheres das classes altas e médias fossem para o casamento de mãos abanando, embora com a possibilidade de receberem dotes de seus noivos. Apesar do dote ainda ser uma possibilidade legal no início do século XX, cresciam as críticas ao dote e ao casamento por conveniência, ao mesmo tempo em que as famílias buscavam outros atrativos para ‘valorizar’ suas filhas no mercado matrimonial. A instrução como dote simbólico poderia servir tanto para arranjar um "bom partido" como para ser um meio de sobrevivência digna na ausência de "amparo marital". Analisamos os novos mecanismos de proteção social criados pelo Estado republicano, a maior inserção das mulheres no mercado de trabalho e a política educacional do período que ampliou o acesso feminino ao ensino secundário profissionalizante e ao ensino superior. Com isso, queremos mostrar os sentidos dessa educação que pretendia preparar as mulheres para serem as "mães educadoras" das novas gerações e que ao mesmo tempo criava brechas para a emancipação feminina através da conquista de uma profissão, o seu "dote
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2010-03 Identidades de Gênero, Amor e Casamento em Teresina (1920-1960)TítuloIdentidades de Gênero, Amor e Casamento em Teresina (1920-1960)Autor
Elizangela Barbosa CardosoOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2010-03-09Nivel
DoutoradoPáginas
535Volumes
1Banca de DefesaLuzia Margareth RagoMagali Gouveia EngelPedro Vilarinho Castelo BrancoRachel SoihetRoselane NeckelSuely Gomes CostaTeresinha de Jesus Mesquita Queiroz
ResumoEste trabalho estuda as relações de gênero e as condições históricas que tornaram possível a construção da identidade feminina centrada no casamento e na maternidade, no período compreendido entre 1920 e 1960, em Teresina (PI). Questiona-se acerca das formas de perceber o gênero que teriam possibilitado às mulheres se significarem a partir da maternidade e do casamento, das normas que asseguraram essa definição e das articulações entre as normas e a organização social. São abordadas diferenças e hierarquias de gênero no campo da educação formal, no mercado de trabalho, na trajetória do flerte ao noivado e em códigos de sexualidade. Igualmente, analisa-se a difusão do amor romântico no processo de formação de casais e seu impacto na colonização do futuro feminino. É também abordada a definição da mulher pela maternidade e a ampliação do papel materno, no decorrer do período em estudo. O corpus documental que permitiu o desenvolvimento do tema proposto é formado por contos, crônicas e artigos publicados em jornais, revistas e almanaques, que circularam em Teresina. Memórias, biografias, romances, poesias, quadrinhas, brincadeiras infantis, genealogias, dados censitários, mensagens e relatórios governamentais, depoimentos de homens e mulheres que viveram a juventude na conjuntura abordada, bem como a revista Vida Doméstica, produzida, no Rio de Janeiro, mas também consumida em Teresina, compõem igualmente a documentação pesquisada. Argumenta-se que o delineamento da identidade feminina embasada no casamento e na maternidade foi fruto do impacto da definição da mulher como naturalmente mãe, bem como da construção de diferenças e hierarquias de gênero na educação familiar e formal, no mercado de trabalho e nas relações afetivo-sexuais.
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2010-03 Pioneirismo e Hegemonia: A Construção da Agronomia como Campo Científico na Bahia (1832-1911)TítuloPioneirismo e Hegemonia: A Construção da Agronomia como Campo Científico na Bahia (1832-1911)Autor
Nilton de Almeida AraújoOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2010-03-08Nivel
DoutoradoPáginas
374Volumes
1Banca de DefesaAlda Lucia HeizerJosé Carlos Barreto de SantanaLuiz Carlos SoaresMagali Gouveia EngelMaria Letícia CorrêaSonia Regina de MendonçaThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoA história da agronomia na Bahia é o tema deste estudo. Esta investigação se debruça sobre a institucionalização da agronomia enquanto campo científico em dois momentos: enquanto projeto e enquanto ação. Como projeto através da análise da Sociedade de Agricultura, Comércio e Indústria da Província da Bahia (SACIPBA) e do Imperial Instituto Bahiano de Agricultura (IIBA), e, especialmente, como ação entre 1877 e 1911, a partir da Escola Agrícola da Bahia (EAB, 1877) fundada pelo Imperial Instituto, da Secretaria de Agricultura da Bahia (SEAGRIBA, 1896) e da Sociedade Baiana de Agricultura (SBA, 1902), buscando reconstituir as práticas e representações dos grupos sociais envolvidos neste processo - principalmente os engenheiros agrônomos. Nossa hipótese é de que a emergência da agronomia como campo científico na Bahia se vincula a um projeto de construção de hegemonia de uma fração de classe dominante em formação a partir do Recôncavo baiano. Neste sentido utilizaremos diversos tipos de fontes emanadas destas instituições (SACIPBA, IIBA, SBA, SEAGRIBA e EAB) para mapear um processo de construção de hegemonia, a elaboração de hierarquias raciais e um conjunto de valores, práticas e métodos socialmente apreendidos, reproduzidos e partilhados por estes novos agentes. Destacamos no interior deste corpo documental as teses escritas pelos estudantes da EAB como vias para reconstituir este processo ao mesmo tempo científico e político.
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2010-03 "Planejamento e Industrialização em regiões periféricas: As idéias da CEPAL no Projeto Paranaense de Desenvolvimento"Título"Planejamento e Industrialização em regiões periféricas: As idéias da CEPAL no Projeto Paranaense de Desenvolvimento"Autor
Carlos Alberto Ferreira GomesOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2010-03-04Nivel
DoutoradoPáginas
231Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesCezar Teixeira HonoratoGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraGloria Maria Moraes da CostaIsmênia de Lima MartinsLuiz Carlos SoaresPedro Paulo Zahluth Bastos
ResumoO presente trabalho tem por objetivo investigar a influência das teses formuladas pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL) no processo de desenvolvimento econômico e social do Brasil e, em especial, do estado do Paraná, tendo como foco central as ações empreendidas pelos governos e suas instituições ao longo do período 1950-1970. Esse período foi marcado pela forte influência da chamada ideologia desenvolvimentista, que propunha a utilização do planejamento governamental e da adoção de políticas voltadas para a industrialização como meio para se alcançar o desenvolvimento. Os estudos da CEPAL procuraram examinar, partindo de uma perspectiva histórica, a situação das regiões periféricas e concluíram que as mudanças necessárias para se promover a industrialização exigiam transformações nas estruturas produtivas de suas economias. O Paraná, na condição de economia periférica, a partir do início dos anos 1960 viu colocado em prática o seu projeto paranaense de desenvolvimento, idealizado por técnicos do poder público e adotado pelo governo Ney Braga (1961-1965), mas que tem suas referências nas políticas industrializantes do Plano de Metas, do governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), que recebeu grande contribuição dos estudos patrocinados pela CEPAL. A constatação da pesquisa realizada é a de que os debates que se iniciam no Paraná durante os anos 1950 e as políticas adotadas quando da elaboração e execução do seu projeto de desenvolvimento, na primeira metade da década de 1960, tiveram na CEPAL e na ideologia desenvolvimentista as suas fontes de inspiração. Entretanto, mudanças de rumo na execução desse projeto fizeram com que essa importante contribuição da CEPAL se tornasse praticamente desconhecida com o passar do tempo.
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2010-03 A Tradição por Um Fio: Uma história das sensibilidades em relação aos espaços na crise dos padrões tradicionais de masculinidade no Nordeste (1940/1980)TítuloA Tradição por Um Fio: Uma história das sensibilidades em relação aos espaços na crise dos padrões tradicionais de masculinidade no Nordeste (1940/1980)Autor
Valdinar da Silva Oliveira FilhoOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2010-03-01Nivel
DoutoradoPáginas
268Volumes
1Banca de DefesaÁlvaro Pereira do NascimentoAndrea Barbosa MarzanoCecília da Silva AzevedoClaudia Feierabend Baêta LealNorberto Osvaldo FerrerasThéo Lobarinhas PiñeiroVanderlei Vazelesk Ribeiro
ResumoA tradição por um fio: uma história das sensibilidades em relação aos espaços na crise dos padrões tradicionais de masculinidade no Nordeste (1940/1980), num primeiro instante se preocupou em demonstrar, narrar, problematizar e apresentar que o sensível, ou em outras palavras, que a sensibilidade humana tem uma história, e, que a mesma tem uma importância fundamental para o "eu" e para os "outros", pois estabelece relações diversas, dinâmicas e multidirecionais atravessadas no tempo e no espaço em que a história é narrada. Não podemos esquecer que as abordagens estruturais servem para nos dar a sintaxe da região, mas não a sua semântica. Elas nos apresentam os elementos, mas não nos é capaz de dizer como estes fazem sentido, como estes são organizados na forma de relatos, sejam relatos de memória, relatos de espaço, relatos literários, relatos sociológicos, relatos geográficos, relatos historiográficos. Num segundo momento, esta tese se preocupou em demonstrar que o que ocorre entre a sensibilidade humana e os espaços praticados pelos mesmos é relacional, que nossas relações com os lugares, com os territórios, com a terra é da ordem do sensível, talvez por isso não se tenha, durante muito tempo, encontrado pessoas dispostas a fazer a história destas relações. È sobre a história das relações do gênero masculino sustentado e demarcado pela tradição nordestina marcada por padrões e estereótipos em crise do que é ser homem nesta região que se constitui o eixo principal desta tese. Entre os folhetos de cordel e os romances clássicos e as memórias aqui utilizadas, o masculino foi pensado, problematizado e apresentado atravessando uma crise nos padrões estabelecidos na sociedade dita nordestina no começo do século XX. Enfim, uma história entre a prática dos lugares e espaços praticados da nordestinidade e da masculinidade percebemos os limites do mundo masculino demarcado entre o "fogo morto" e os limites do mando que entravam em crise, em confronto, em luta. Daí histórias no barbante de violência e masculinidade em relação aos espaços e ao feminino, que emergiam entre um passado patriarcal e uma sociedade matriarcal, efeminada que ameaçava a tradição configurada em crise da masculinidade nordestina sustentada por um fio e temerosa do nivelamento social e de gênero que se estabelecia no Nordeste no começo do século XX, entre 1940 e 1980, para ser mais didático.