Dissertações e Teses
  • 2019-03 A Revolução de São Domingos e os embates entre forças abolicionistas e escravistas no longo século XIX: as contribuições de Marcus Rainsford e Jean-Louis Dubroca
    Título
    A Revolução de São Domingos e os embates entre forças abolicionistas e escravistas no longo século XIX: as contribuições de Marcus Rainsford e Jean-Louis Dubroca
    Autor
    Amanda Bastos da Silva
    Orientador(a)
    Leonardo Marques
    Data de Defesa
    2019-03-12
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    167
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Leonardo Marques
    Maria Verónica Secreto Ferreras
    Mariana de Aguiar Ferreira Muaze
    Tâmis Peixoto Parron

    Resumo
    O meu trabalho analisa as implicações da Revolução de São Domingos às movimentações abolicionistas e escravistas que permearam o Mundo Atlântico. Pesquiso os livros e as gravuras produzidas pelo soldado britânico Marcus Rainsford e pelo livreiro francês Jean Louis Dubroca. Rainsford defendeu nascimento do Haiti, criticou os trabalhos de escravistas britânicos e serviu de inspiração para abolicionistas consagrados usarem a Revolução de SãoDomingos como embasamento para o fim do tráfico de escravos. Rainsford não condena a escravidão, mas reconhece o iminente fim desse sistema, bem como a importância do abolicionismo britânico. Por outro lado, Dubroca foi contratado por Napoleão Bonaparte para atacar a Revolução de São Domingos e os seus principais líderes. Em seu terceiro livro, La vie de Dessalines, Dubroca ressalta que a Grã-Bretanha estava usando São Domingos como justificativa para o fim do comércio de escravos. Em 1806, La vie de Dessalines foi traduzido para o espanhol, Vida de Jean Jacques Dessalines, e enviado às Américas. Na Nova Espanha, o livro foi usado para exaltar o Império Espanhol e conter os movimentos independentistas que tomavam forma na colônia. Em Cuba, foi provavelmente usado na rebelião de Aponte, que ocorreu em 1812.


  • 2019-02 Aventuras feministas nos sertões de Goiás: as mulheres e as suas lutas nos guardados de Consuelo Ramos Caiado (1899-1931))
    Título
    Aventuras feministas nos sertões de Goiás: as mulheres e as suas lutas nos guardados de Consuelo Ramos Caiado (1899-1931))
    Autor
    Paulo Brito do Prado
    Orientador(a)
    Rachel Soihet
    Data de Defesa
    2019-02-26
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    471
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Lívia Gonçalves Magalhães
    Maria Fernanda Baptista Bicalho
    Maria Suely Kofes
    Martha Campos Abreu
    Miriam Cabral Coser
    Rachel Soihet
    Renata Figueiredo Moraes

    Resumo
    O presente trabalho denominado "Aventuras Feministas nos sertões de Goiás: as mulheres e as suas lutas nos guardados de Consuelo Ramos Caiado (1899 – 1931)" se envereda por ações e táticas de mulheres que, ao longo de suas vidas, empreenderam diferentes repertórios de luta diretamente interessadas na conquista do direito de voto, ou que lhes permitissem ocupar lugares até então só ocupados por homens. Fruto dos guardados de Consuelo Ramos Caiado, a tese que apresentamos tentou mostrar de que forma essa feminista articulou sua formação intelectual (acadêmica e escrituraria), a luta feminista e a direção de instituições intelectuais com a produção de um grande arquivo que informa, dentre muitas coisas, a história e a memória das mulheres de Goiás. Infelizmente, por razões que desconhecemos, parte do acervo, deixado por Consuelo no Gabinete Litterario, desapareceu. Todavia as pistas que ela mesma escondeu em gavetas e armários dessa biblioteca somado ao documento de doação de seu acervo produzido por seus familiares, um ano após seu falecimento (1982), e informações oferecidas por pesquisadores que nos antecederam, permitiu que percorrêssemos outros acervos e instituições de pesquisa em Goiânia e no Rio de Janeiro na expectativa de reunir documentos sobre Consuelo Caiado, as suas lutas e as lutas das mulheres de Goiás, reconstituindo [sob nosso ponto de vista] um arquivo para Consuelo Caiado. Os documentos disponíveis no Gabinete Litterario Goyano, na Fundação Educacional da Cidade de Goiás "Casa Frei Simão Dorvi", no Arquivo do Estado de Goiás, no Instituto de Pesquisas e Estudos Históricos do Brasil Central (IPEHBC), no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro e no Museu Nacional do Rio de Janeiro permitiram reconstruir não só a trajetória de Consuelo Caiado, mas também a luta das mulheres por direitos e cidadania entre fins do século XIX e meados do XX. As aventuras feministas de que falamos no decorrer destas páginas se relacionam diretamente às aventuras de mulheres instruídas e intelectualizadas que buscaram ocupar lugares e ampliar as fronteiras de sua ação no interior de uma cultura masculina.


  • 2019-02 A BIBLIOTECA DO SELVAGEM LEITURA E REVOLUÇÃO NA ÁFRICA COLONIAL: OS CASOS DE GAMAL ABDEL NASSER E KWAME NKRUMAH
    Título
    A BIBLIOTECA DO SELVAGEM LEITURA E REVOLUÇÃO NA ÁFRICA COLONIAL: OS CASOS DE GAMAL ABDEL NASSER E KWAME NKRUMAH
    Autor
    Felipe Paiva Soares
    Orientador(a)
    Marcelo Bittencourt Ivair Pinto
    Data de Defesa
    2019-02-26
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    257
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alexsander Lemos de Almeida Gebara
    Andrea Barbosa Marzano
    Francine Iegelski
    Marcelo Bittencourt Ivair Pinto
    Norberto Osvaldo Ferreras
    Pedro Spinola Pereira Caldas
    Victor Andrade de Melo

    Resumo
    Esta tese discute as influências políticas e literárias que nortearam a formação ideológica da geração que fomentou o discurso revolucionário no continente africano durante o pós-segunda guerra. O trabalho enfoca em dois personagens específicos desta seara: o ganês Kwame Nkrumah (1909 - 1972) e o egípcio Gamal Abdel Nasser (1918 - 1970). A escolha nesses nomes se explica pelo impacto, influência e relevância de suas atuações no cenário político independentista africano. Lançando mão de um método aqui designado por "pêndulo hermenêutico", procuramos recompor as principais prateleiras da chamada Biblioteca do Selvagem.


  • 2019-02 Nas colinas onde o Nordeste garoa: narrativas, memórias e práticas de espaço na cidade de Garanhuns - PE (1937 - 1951)
    Título
    Nas colinas onde o Nordeste garoa: narrativas, memórias e práticas de espaço na cidade de Garanhuns - PE (1937 - 1951)
    Autor
    José Eudes Alves Belo
    Orientador(a)
    Juniele Rabêlo de Almeida
    Data de Defesa
    2019-02-22
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    176
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andréa Casa Nova Maia
    Ismênia de Lima Martins
    Juniele Rabêlo de Almeida
    Laura Antunes Maciel
    Marcus Ajuruam de Oliveira Dezemone

    Resumo
    A dissertação objetiva analisar como se constituem as disputas de memórias e espaços na formação de discursos e representações sobre a cidade de Garanhuns/PE, entre os anos de 1937 e 1951, por meio do entrecruzamento de fontes variadas – periódicos, narrativas orais, atas do poder legislativo municipal e fotografias. Buscou-se problematizar as memórias construídas sobre a cidade e suas possíveis vocações, valorizando aspectos cotidianos ao discutir como os habitantes vivem e sentem o espaço citadino. Partiu-se da interface tempo e narrativa, proposta por Ricoeur (1994, 1997), e, também, da noção de espaço como "lugar praticado" de Certeau (1994) para refletir acerca das formas de apreensão das relações socioculturais que emergem na urbe em suas múltiplas faces. Analisou-se a forma pela qual os discursos e práticas (re)significam a vida nos espaços da cidade, no anseio de se discutir as narrativas pré-estabelecidas – "Suíça pernambucana", "cidade das flores", "cidade saudável", "cidade dos colégios" "cidade religiosa" entre outras. A observação dessas narrativas propiciou a elaboração de questionamentos sobre as experiências, os desafios e perspectivas do viver na urbe no recorte temporal em estudo – relacionado aos momentos de modernização da cidade. Em meio às múltiplas memórias, nem sempre em convergência, foi possível compreender o espaço híbrido e compartilhado da urbe, de forma diferenciada pelos sujeitos históricos, na construção das diversas narrativas sobre Garanhuns.


  • 2019-02 Partidos e Sindicatos: o PCB, a Oposição de Esquerda e o movimento operário no Brasil (1922 - 1936)
    Título
    Partidos e Sindicatos: o PCB, a Oposição de Esquerda e o movimento operário no Brasil (1922 - 1936)
    Autor
    Carlos Batista Prado
    Orientador(a)
    Cezar Teixeira Honorato
    Data de Defesa
    2019-02-05
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    359
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Cezar Teixeira Honorato
    Demian Bezerra de Melo
    Fábio da Silva Sousa
    Felipe Abranches Demier
    Muniz Gonçalves Ferreira
    Ricardo Figueiredo de Castro
    Tatiana Silva Poggi de Figueiredo

    Resumo
    A presente pesquisa toma como objeto de investigação a relação entre o partido e sindicatos no Brasil, no período entre 1922-36. Tanto o Partido Comunista do Brasil (PCB), como as organizações vinculadas à Oposição de Esquerda (OE) deste período, enquanto partidos de vanguarda, buscaram influenciar as associações operárias. O objetivo desta pesquisa é analisar como se desenvolveu a relação entre estas organizações partidárias e os sindicatos. Limitamos o período a partir de 1922, pois é a data da fundação do PCB e, 1936, por ser um período de intensa repressão e que delimita o fim das atividades da Liga Comunista Internacionalista (LCI). Os membros fundadores do PCB eram oriundos do movimento sindicalista revolucionário. Procedentes das fileiras do anarcossindicalismo, os comunistas, desde os primeiros momentos, deram atenção especial aos sindicatos que eram encarados como organismo de massa dos trabalhadores, nos quais a vanguarda deveria penetrar e dirigir. Em 1928, a questão sindical esteve no centro de uma grande polêmica que culminou numa cisão e que, mais tarde, deu origem a um grupo oposicionista vinculado ao trotskismo. Ambos partidos lutavam pela conquista dos trabalhadores, buscando uma aproximação com suas associações. A problemática em torno dos sindicatos foi um tema constante no interior dos partidos revolucionários que dedicavam considerável atenção ao debate sobre a estrutura organizacional e as lutas sindicais. No presente estudo, realizou-se uma ampla revisão bibliográfica, a fim de determinar o estado da questão e delimitar seus problemas. A seguir, analisou-se diversas fontes: jornais, manifestos, panfletos, relatórios, cartas e outras publicações que se relacionavam diretamente à temática abordada.


  • 2018-11 Cristãs-novas e criptojudaísmo na Bahia setecentista
    Título
    Cristãs-novas e criptojudaísmo na Bahia setecentista
    Autor
    Ademir Schetini Júnior
    Orientador(a)
    Georgina Silva Dos Santos
    Data de Defesa
    2018-11-01
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    356
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Angelo Adriano Faria de Assis
    Georgina Silva Dos Santos
    Ronaldo Vainfas

    Resumo
    Ao se tomar como fios condutores desta história as mulheres cristãs-novas da Bahia do século XVIII, a presente dissertação procura examinar as composições sociais e as redes relacionais que conformaram a existência das personagens, assim como pretende refletir sobre a família sefardita entre a Bahia de Todos os Santos e a diáspora europeia. A categoria jurídica, social e religiosa à qual estas mulheres se inseriram era demarcadora da qualidade de sangue nas dimensões do mundo ibérico. Discute-se o tema central dos estatutos de pureza de sangue, cuja jurisdição cindiu a população em grupos de cristãos-novos e cristãos-velhos. A definição das identidades sob o encalço inquisitorial é explicitada com exemplos extraídos da sociedade baiana setecentista. Investigam-se, em seguida, as trajetórias das mulheres e suas famílias até carrearem para a Bahia e delineiam-se os perfis prosopográficos manifestos na nova terra: houve um padrão nas habitações, nas artes mecânicas e nos arranjos matrimoniais? E quanto ao caráter socioeconômico de cada uma delas? Em matéria de religiosidade, o que elas levaram e o que, por conseguinte, desvendaram na Bahia? A pesquisa aponta, assim, a determinante função feminina na manutenção religiosa, as especificidades do criptojudaísmo baiano, duzentos anos depois da conversão forçada, e os desfechos de uma comunidade arrastada pelas forças dos juízes da fé. Quatorze mulheres foram remetidas para os cárceres dos Estaus, em Lisboa, a fim de responderem pelos crimes de judaísmo. Qual, então, o significado da sentença inquisitorial? A dissertação responde tais indagações com a utilização de uma série manuscrita do Tribunal Santo Ofício da Inquisição de Lisboa (processos, cadernos do promotor, maços, avulsos, etc.), cotejando a papelada com outros fundos documentais.


  • 2018-08 Os Sentidos da Liberdade: trajetórias, abolicionismo e relações de trabalho no Vale do Cotinguiba no pós-abolição (Sergipe, 1880 – 1930)
    Título
    Os Sentidos da Liberdade: trajetórias, abolicionismo e relações de trabalho no Vale do Cotinguiba no pós-abolição (Sergipe, 1880 – 1930)
    Autor
    Camila Barreto Santos Avelino
    Orientador(a)
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Data de Defesa
    2018-08-31
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    293
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Igor Fonsêca de Oliveira
    Keila Grinberg
    Kleber Antonio de Oliveira Amancio
    Larissa Moreira Viana
    Maria Emilia Vasconcelos Dos Santos
    Martha Campos Abreu

    Resumo
    Esta tese acompanhará trajetórias individuais e coletivas de escravizados, libertos e seus descendentes no Vale do Cotinguiba na década da abolição e na pós-emancipação (1880- 1930). Esse estudo tem por objetivo analisar as experiências sociais de comunidades negras em Sergipe de modo a compreender os meios de sobrevivência, as redes de parentesco e as sociabilidades de africanos e afrodescendente no Vale. Estudaremos as estratégias de disputas e negociações na luta pela liberdade às vésperas da abolição no Brasil e os projetos de liberdade gestados pela população negra para si e para os seus descendentes após a emancipação. Refletiremos sobre o dia 13 de Maio de 1888 em Sergipe a partir de festejos, silêncios e memórias da abolição no passado e no presente. Exploraremos o mundo do trabalho no Vale a partir das experiências comuns dos trabalhadores escravizados, libertos e livres pobres no contexto de declínio da escravidão no Brasil. Pretendemos,ainda, quanto ao imediato pós-abolição, abordar as formas de resistência, dominação e violência, e acordos nas relações de trabalho, além de transcorrer sobre migrações de colonos sergipanos entre as províncias de Sergipe e da Bahia. O referencial teórico que embasa este estudo faz parte do campo da História Social e da História da Abolição e da Pós-emancipação, mas também dialoga com pesquisadores da área da História Social do Trabalho. Consultamos um conjunto diversificado de fontes judiciárias (processos criminais, ações de liberdade, petições de graça etc.), ofícios e correspondências policiais, mapas, censos demográficos, registros paroquiais de batismo, editais de casamentos, revistas e jornais sergipanos do período estudado, crônicas e relatos memorialísticos, entre outros documentos. O cruzamento dessas fontes tornou possível vislumbrar as experiências deescravidão e liberdade vivenciadas pela população negra, sobretudo, ex-escravizada do Vale do Cotinguiba no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX.


  • 2018-08 Famílias escravas na freguesia de Santo Antônio de Sá (1756-1809)
    Título
    Famílias escravas na freguesia de Santo Antônio de Sá (1756-1809)
    Autor
    Dermeval Marins de Freitas
    Orientador(a)
    Jonis Freire
    Data de Defesa
    2018-08-31
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    189
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Eduardo Valencia Villa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Jonis Freire
    Maísa Faleiros da Cunha

    Resumo
    Este estudo visa compreender a forma como os escravizados, tantos os vindos da diáspora como daqueles nascidos na colônia conseguiram, apesar de todos os infortúnios, sobreviver na sociedade colonial, estabelecendo laços familiares entre os seus companheiros das senzalas e com os forros, libertos e livres da freguesia de Santo Antônio de Sá, localizada no Recôncavo da Guanabara, em fins do período colonial (c.1750 – c. 1808). Nesse sentido, temos como objetivo, através da análise da formação da família escrava e de seus laços de compadrio recuperar as estratégias desenvolvidas pelos escravos. Busco compreender que tais estratégias estiveram relacionadas ao grau de antiguidade dos escravos a sociedade colonial. Utilizamos como fontes básicas, o mapa populacional de 1797, os registros paroquiais de batismo e casamento de escravos no período de 1756-1809 e os diversos censos populacionais e econômicos produzidos no último quartel do século XVIII e início do XIX.


  • 2018-08 Um padre na Monarquia sem Rei: a trajetória política de Diogo Feijó
    Título
    Um padre na Monarquia sem Rei: a trajetória política de Diogo Feijó
    Autor
    Rafael de Oliveira Bragança
    Orientador(a)
    Gladys Sabina Ribeiro
    Data de Defesa
    2018-08-31
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    121
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Beatriz Piva Momesso
    Gladys Sabina Ribeiro
    Humberto Fernandes Machado
    Lúcia Maria Paschoal Guimarães

    Resumo
    Padre Diogo Antônio Feijó é um desses personagens de nossa história quase incontornáveis. Foi figura de proa durante o Período Regencial (1831-1840). Primeiro Regente Uno. Primeiro chefe do poder Executivo eleito pelos cidadãos do Império. Homem polêmico, lutou por profundas reformas no Estado: contra o celibato clerical e contra a concentração de poder na Corte. Quase sempre foi lido pelos historiadores como um político inábil, embora tenha experimentado ascensão política meteórica entre 1826 e 1835. A partir de uma leitura crítica de sua trajetória, o leitor conhecerá seu pensamento sobre o Estado e consequentemente seu lugar em meio às tensas disputas políticas dos anos 1830. Em suma, Diogo Feijó foi um padre liberal moderado, simpático ao federalismo norte-americano e adepto do fim do celibato clerical, misto de características que não foram devidamente articuladas até então nas pesquisas a seu respeito ou a respeito do Período Regencial.


  • 2018-08 A Batalha de Seattle: uma primavera?
    Título
    A Batalha de Seattle: uma primavera?
    Autor
    Vinícius Vasconcellos Santos
    Orientador(a)
    Cecília da Silva Azevedo
    Data de Defesa
    2018-08-31
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    161
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Cecília da Silva Azevedo
    Robert Sean Purdy
    Rodrigo Farias de Sousa
    Thaddeus Gregory Blanchette

    Resumo
    Entre os dias 29 de novembro e 03 de dezembro de 1999, Seattle sediou a 3ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) e recebeu autoridades e oficiais de diversos governos. Para além das discussões econômicas envolvidas, a data, apelidada também de N30 (referente ao primeiro dia da conferência, 30 de novembro), foi marcada por um grande movimento social contra a OMC, que durou por quase toda a semana. Os protestos logo ofuscaram o encontro da OMC, trazendo para as ruas milhares de pessoas, num grupo extremamente heterogêneo, com manifestantes que tinham perspectivas políticas distintas. Os protestos persistiram por vários dias e foram marcados por diversas atividades, momentos de extrema criatividade e também por momentos de confusão e confronto entre policiais e ativistas. Muito além de denunciar o avanço das políticas neoliberais defendido pela OMC, da globalização e do capitalismo, esse movimento, também apelidado de Batalha de Seattle, marcou a história da tradição de dissenso americana, deixando um legado que influenciou diversos movimentos sociais daquele momento em diante e, vale dizer, em vários sentidos, já que introduziu novidades, como veremos, caracterizando-se assim como uma primavera.


  • 2018-08 A luta pela terra e a Diocese de Itaguaí no litoral sul fluminense entre as décadas de 1970 e 1990
    Título
    A luta pela terra e a Diocese de Itaguaí no litoral sul fluminense entre as décadas de 1970 e 1990
    Autor
    Maria do Carmo Gregorio
    Orientador(a)
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Data de Defesa
    2018-08-30
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    206
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Daniela Paiva Yabeta de Moraes
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Júlio Cláudio da Silva
    Larissa Moreira Viana
    Marcelo da Silva Timotheo da Costa
    Martha Campos Abreu
    Samantha Viz Quadrat

    Resumo
    Esta tese analisa aspectos da história da Diocese de Itaguaí dentro do recorte temático que permite problematizar as mediações entre a religião e política entre as décadas de 1970 e 1990, verificando as Comunidades Eclesiais de Base e a pastorais sociais criadas na região como espaços de sociabilidade, onde foram desenvolvidas ações sociais concretas visando a conscientização, organização e mobilização dos trabalhadores rurais e como formas de manifestar a solidariedade da Igreja Católica diante de situações de marginalização especifica. No Litoral Sul Fluminense, em 1980, foi instalada a diocese de Itaguaí, composta pelos municípios de Angra dos Reis, Itaguaí, Mangaratiba, Seropédica e Paraty. A região sofreu uma transformação significativa, em especial, durante a década de 1970, associada a um processo de urbanização acelerado que desconsiderou as necessidades rurais de sobrevivência de seus antigos moradores. Dois elementos tiveram centralidade na experiência vivida: a luta pela terra que marcou a região e a relação política estabelecida com todo esse processo mediada pela fé. Analisei as entrevistas realizadas em algumas áreas de conflito pela posse da terra, os depoimentos orais atribuídos à atuação da Diocese, através da Comissão Pastoral da Terra, a permanência de trabalhadores (lavradores, posseiros, pescadores, remanescentes quilombolas e indígenas) na região. A pesquisa estabeleceu diálogos como o arquivo memória da Comissão Pastoral da Terra regional. A documentação do arquivo funcionou como uma fonte de apoio de investigação e um instrumento de análise das entrevistas. Nossa tese consistiu em evidenciar que a criação da diocese de Itaguaí ocorreu pela necessidade de mediações políticas regionais onde a luta pela terra recebeu centralidade.


  • 2018-08 Sem remo e sem soldo: O Degredo para as Galés Del Rei e a ação inquisitorial no Império Português (sécs. XVI -XVIII)
    Título
    Sem remo e sem soldo: O Degredo para as Galés Del Rei e a ação inquisitorial no Império Português (sécs. XVI -XVIII)
    Autor
    Emãnuel Luiz Souza E Silva
    Orientador(a)
    Ronaldo Vainfas
    Data de Defesa
    2018-08-28
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    298
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Angelo Adriano Faria de Assis
    Célia Cristina da Silva Tavares
    Daniela Buono Calainho
    Marcelo da Rocha Wanderley
    Renato Júnio Franco
    Ronaldo Vainfas
    Yllan de Mattos Oliveira

    Resumo
    Propomos neste trabalho estudar a ação inquisitorial no império português entre os séculos XVI e XVIII, no que concerne às condenações de degredo às galés. Estabelecendo um recorte para tal empreitada, objetivamos analisar, de maneira específica, os réus que nasceram no Brasil e/ou que viviam na colônia brasileira no momento em que foram processados pelo Santo Ofício. A condenação às galés era considerada uma das mais severas entre as punições aplicadas pela Inquisição portuguesa, e também foi amplamente utilizada como sentença pela Justiça secular, inclusive, sendo inúmeras vezes citada nas Ordenações reais. Neste sentido, realizamos também um estudo comparativo das transgressões que resultavam em condenação aos trabalhos forçados tanto na esfera secular quanto inquisitorial. Para tanto, avaliamos processos inquisitoriais, correspondências administrativas, registros de sentenças, Regimentos e Ordenações que nos deram sustentação para compor uma trajetória e sociologia do galeriano.


  • 2018-08 Os caminhos de uma nova siembra petrolera: distribuição e circulação da renda petroleira na Venezuela Bolivariana (2003-2012)
    Título
    Os caminhos de uma nova siembra petrolera: distribuição e circulação da renda petroleira na Venezuela Bolivariana (2003-2012)
    Autor
    Vicente Neves da Silva Ribeiro
    Orientador(a)
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes
    Data de Defesa
    2018-08-24
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    166
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Asdrúbal José Baptista Troconis
    Carla Cecilia Campos Ferreira
    Danilo Spinola Caruso
    Demian Bezerra de Melo
    Flávio Ferreira de Miranda
    Juan Kornblihtt
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    Analisamos nesse trabalho a distribuicao da renda petroleira no periodo de 2003 a 2012, na Venezuela. O periodo em questao deve sua especificidade a uma conjuntura favoravel dos precos do petroleo no mercado internacional; um novo marco regulatório do setor petroleiro que visava ampliar a arrecadacao fiscal; um controle mais estreito do governo sobre a empresa nacional de petroleo, a Petroleos da Venezuela, S.A. (PDVSA), e o inicio do controle de cambio. Buscamos compreender como esse período da Venezuela Bolivariana se insere na historia mais ampla da Venezuela Petroleira analisando os mecanismos de distribuicao da renda petroleira. Em um primeiro momento, faremos uma discussao das teorias da renda da terra, apontando parametrospara a analise da renda petroleira. Em um segundo momento, debateremos a historia da Venezuela Petroleira tendo em vista situar em um contexto mais amplo o periodo por nos estudado. Na sequencia, nos debrucamos sobre algumas medicoes da renda petroleira e buscamos medi-la no periodo em estudo. Ao final, buscamos situar a historia mais recente da Venezuela em um quadro mais amplo. Esse trajeto nos permiterefletir sobre os mecanismos mais importantes para a distribuicao da renda petroleira no periodo em estudo, entre os quais se destacam a importancia assumida pela PDVSA na gestao de politica sociais, o papel do cambio para a transferencia de capacidade de pagamento do setor exportador para o setor importador e o crescente subsidio aos derivados do petroleo no mercado interno.


  • 2018-08 Pavilhão Sete: experiências dos militantes de esquerda nos cárceres cearenses (1971-79)
    Título
    Pavilhão Sete: experiências dos militantes de esquerda nos cárceres cearenses (1971-79)
    Autor
    José Airton de Farias
    Orientador(a)
    Janaína Martins Cordeiro
    Data de Defesa
    2018-08-14
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    348
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Daniel Aarão Reis Filho
    Dulce Chaves Pandolfi
    Janaína Martins Cordeiro
    Jean Rodrigues Sales
    Lívia Gonçalves Magalhães
    Maria Paula Nascimento Araújo
    Ricardo Antonio Souza Mendes
    Sônia Maria de Meneses Silva

    Resumo
    Neste trabalho, buscamos tratar das experiências dos presos políticos cearenses, especificamente dos militantes da esquerda armada, no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), durante a década de 1970. Ali, tais militantes, tiveram de enfrentar novos desafios, buscando melhores condições de vida ou de sobrevivência dentro dos cárceres. Nesse processo, redefiniram-se enquanto indivíduos e sujeitos políticos. Tendo como referência o pensamento do historiador francês Michel de Certeau (2004), objetivamos na pesquisa compreender como as práticas cotidianas dos ativistas de esquerda no IPPS contribuíram e permitiram a reelaboração de suas identidades pessoais e projetos políticos. Como os adeptos da esquerda armada, ao buscarem brechas e fissuras nas estruturas de dominação da ditadura, criaram estratégias e táticas, transformaram lugares em espaços, desenvolveram novos usos, ressignificaram ambientes, relacionaram-se com outros grupos presentes no IPPS (carcereiros, presos comuns, parentes, etc.), igualmente se reelaboraram. Abordamos ainda a importância que a produção de artesanato apresentou para os encarcerados do presídio, destacando a diversidade de significados que teve para variados grupos sociais. Por fim, discutimos como a campanha pela Anistia repercutiu dentro do presídio, destacando a construção de uma memória que passou a ver a guerrilha dos anos 1960 e começo da década seguinte como parte da resistência democrática.


  • 2018-07 Edmund Burke e Silva Lisboa: Escritos políticos, diferentes leituras
    Título
    Edmund Burke e Silva Lisboa: Escritos políticos, diferentes leituras
    Autor
    Rosemary Saraiva da Silva
    Orientador(a)
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Data de Defesa
    2018-07-31
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    360
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Lucia Maria Bastos Pereira Das Neves
    Lúcia Maria Paschoal Guimarães
    Rodrigo Elias Caetano Gomes

    Resumo
    O letrado Silva Lisboa, que mais tarde seria conhecido como Visconde de Cairu, aceitou a incumbência que lhe foi dada por D. Rodrigo de Sousa Coutinho e fez uma tradução da principal obra literária do irlandês Edmund Burke, Reflexões sobre a Revolução na França, vertendo-a para o português. São conhecidas duas edições dessa nova obra, em 1812 e 1822. Dada a importância do seu conteúdo contrarrevolucionário pareceu à Coroa Portuguesa ser interessante que tais críticas ao movimento revolucionário francês fossem divulgadas em seu principal território e, naquele momento, sede do Império Português. A pesquisa realizada buscou esclarecer que tipo de tradução fora feito por Silva Lisboa, e identificar o motivo pelo qual a dedicatória existente na primeira edição de 1812, dirigida ao nobre inglês Visconde de Strangford e in memoriam do ministro e benfeitor de Silva Lisboa, D. Rodrigo, não fez parte da segunda. Para tanto, foi necessário contextualizar a realidade vivida pelos dois personagens, dignos representantes do mundo letrado, tão influenciado pelas diversas vertentes das Luzes europeias, e também o estudo analítico das edições da obra do brasileiro, a fim de que se pudesse chegar ao melhor entendimento quanto à obra publicada pelo brasileiro pode representar uma adaptação ou uma releitura ajustada à realidade vivida nos dois momentos das publicações pela monarquia portuguesa.


  • 2018-07 Apropriação de terras e transformação de direitos de propriedade no Brasil (caso da fazenda de Santa Cruz, Rio de Janeiro, séculos XVIII e XIX)
    Título
    Apropriação de terras e transformação de direitos de propriedade no Brasil (caso da fazenda de Santa Cruz, Rio de Janeiro, séculos XVIII e XIX)
    Autor
    Manoela da Silva Pedroza
    Orientador(a)
    Maria Verónica Secreto Ferreras
    Data de Defesa
    2018-07-26
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    663
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ângelo Alves Carrara
    Carmen Margarida Oliveira Alveal
    Graciela Bonassa Garcia
    José Joaquim Vicente Serrão
    Leonardo Marques
    Maria Rosa Congost Colomer

    Resumo
    O objetivo desta tese é acompanhar a construção e transformação de alguns direitos de propriedade sobre terras na América portuguesa do século XVI até o XIX. Nosso estudo de caso é a Fazenda de Santa Cruz, domínio dos jesuítas desde 1589, situada na capitania do Rio de Janeiro. Focaremos, basicamente, nos agentes do processo de construção de direitos de propriedade, suas mentalidades, estratégias e objetivos em relação à apropriação de terras. Trataremos também do conflito social que a afirmação de direitos de propriedade engendra, sobretudo, para aqueles que perdem direitos e autonomia. Neste sentido analisaremos a situação específica dos foreiros da Fazenda de Santa Cruz, como forma de entender o caráter relacional, aberto e conflitivo dos direitos de propriedade que foram disputados naquele domínio. Na primeira parte acompanharemos os padres jesuítas na invenção do senhorio colonial, até sua expulsão do império português, em 1759. Na segunda parte, acompanharemos as dificuldades de afirmação de um novo senhorio, a Coroa Portuguesa, até a independência do Brasil, em 1822. Na terceira parte, veremos de que forma administradores, superintendentes, reis, grandes foreiros, comerciantes, nobres, se relacionaram para chegarmos à configuração dos direitos de propriedade que se firmou na Fazenda de Santa Cruz, durante o século XIX. Apresentaremos a tese de que uma mentalidade senhorial construída no Antigo Regime português influenciou a maior parte das práticas possessórias dos "de cima", e que a busca por autonomia, por não ter um senhor, foi componente sempre presente, embora não sempre bem-sucedido, para os "de baixo" não se deixarem senhorear tão facilmente.


  • 2018-06 Hasteando a bandeira tricolor em outros cantos: a imigração Francesa no Rio de Janeiro
    Título
    Hasteando a bandeira tricolor em outros cantos: a imigração Francesa no Rio de Janeiro
    Autor
    Giselle Pereira Nicolau
    Orientador(a)
    Ismênia de Lima Martins
    Data de Defesa
    2018-06-05
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    231
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andréa Telo da Côrte
    Gladys Sabina Ribeiro
    Mônica Leite Lessa
    Paulo Cruz Terra
    Rosane Aparecida Bartholazzi

    Resumo
    A tese investiga o processo e/imigratório francês para o Rio de Janeiro entre os anos de 1850 e 1914. Tema pouco visitado pela historiografia, o trabalho visa contribuir para preencher a lacuna desses estudos ao analisar a geografia dessa emigração para o Brasil, além de pesquisar as razões pelas quais os franceses emigraram para a capital do Império e, posteriormente, da República, no período referido.Concomitantemente, o estudo volta-se para a compreensão das mudanças que se operavam na estrutura urbana do Rio de Janeiro, sobretudo, para entender de que maneira a cidade se inseriu na dinâmica do capitalismo financeiro, tornando-se mais atraente para os investimentos econômicos e para os imigrantes que buscavam oportunidades nos mundos do trabalho da cidade à época, particularmente os franceses.Nesse sentido, serão analisadas as formas de inserção social e econômica dos imigrantes franceses, suas redes de sociabilidade e a atuação das diversas sociedades de origem franca de auxílio mútuo e entretenimento pesquisadas.


  • 2018-05 A prostituição em Minas Gerais no século XVIII: "Mulheres públicas", moralidade e sociedade
    Título
    A prostituição em Minas Gerais no século XVIII: "Mulheres públicas", moralidade e sociedade
    Autor
    Alexandre Rodrigues de Souza
    Orientador(a)
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Data de Defesa
    2018-05-25
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    239
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Caio Cesar Boschi
    Georgina Silva Dos Santos
    José Pedro de Matos Paiva
    Júnia Ferreira Furtado
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Nívia Pombo Cirne Dos Santos
    Renato Júnio Franco

    Resumo
    A tese de doutorado apresenta um estudo sobre a prostituição de mulheres na capitania de Minas Gerais, durante o século XVIII. Trata-se de uma investigação no âmbito da História Social do meretrício na região mineradora, estudando a conduta dessas figuras femininas numa sociedade escravista e mostrando como essa atividade esteve inserida nos sistemas sociais, econômicos e geográficos do território mineiro. A pesquisa oferece um estudo do universo da prostituição através de um perfil das meretrizes, alcoviteiras(os), consentidores(as) e casas de alcouce. O estudo analisa ainda o conceito e as discussões que atravessam a temática do meretrício no período moderno. Para entender a prostituição neste contexto, o investigador precisa compreender que o assunto dialoga de maneira mais íntima com questões como a moralidade, a família e os controles de comportamento que, em uma de região de exploração mineral e escravista, ofereceram condições que deram caráter particular a essa conduta.


  • 2018-05 As transformações nas redes de financiamento das grandes escolas de samba do Rio de Janeiro (1984-2015)
    Título
    As transformações nas redes de financiamento das grandes escolas de samba do Rio de Janeiro (1984-2015)
    Autor
    Luiz Anselmo Bezerra
    Orientador(a)
    Juniele Rabêlo de Almeida
    Data de Defesa
    2018-05-11
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    302
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Beatriz Kushnir
    Felipe Santos Magalhães
    Juniele Rabêlo de Almeida
    Laura Antunes Maciel
    Martha Campos Abreu
    Maurício Barros de Castro

    Resumo
    O estudo aborda o tema do financiamento do carnaval considerando as estratégias adotadas pelas principais escolas de samba do Rio de Janeiro para obtenção de investimentos públicos e privados na produção artística e na organização dos desfiles. O período analisado, 1984 a 2015, tem como marco inicial a construção da nova Passarela do Samba, seguida da criação da Liga Independente das Escolas de Samba. A partir do Sambódromo, Estado e agremiações intensificaram disputa pelo controle da festa, até que a LIESA se afirmou como gestora do espetáculo em meados da década de 1990. Apesar desse marco, a pesquisa recupera aspectos da organização e do financiamento do desfile das principais agremiações na década de 1970 e início dos anos 80, tendo em vista a ligação do conjunto de políticas públicas aplicadas ao carnaval nessa fase com posteriores contestações ao controle do Estado sobre a coordenação da festa. O objetivo central do trabalho, entretanto, é analisar o surgimento de novas formas de financiamento dos desfiles a partir de meados da década de 1990, especialmente com a institucionalização da prática de comercialização dos enredos. Discute-se a substituição da patronagem do jogo do bicho como principal base de sustentação das agremiações, e também as influências do fenômeno dos enredos patrocinados sobre a liberdade de criação no trabalho dos carnavalescos e o papel cultural das escolas de samba. Desenvolve-se um estudo de caso sobre a Beija-Flor de Nilópolis, escola com o maior número de títulos na recente fase do carnaval e conhecida por constituir um dos principais exemplos de administração através de poder familiar ligado ao jogo do bicho. A intenção é analisar as estratégias da diretoria para captação nos projetos de enredo e assim tecer considerações sobre o quadro recente das relações da contravenção com o carnaval.


  • 2018-05 Ampliação seletiva do Estado e remoções de favelas no Rio de Janeiro (1957-1973). Embates entre empresariado do setor imobiliário e movimento de favelados.
    Título
    Ampliação seletiva do Estado e remoções de favelas no Rio de Janeiro (1957-1973). Embates entre empresariado do setor imobiliário e movimento de favelados.
    Autor
    Marco Marques Pestana de Aguiar Guedes
    Orientador(a)
    Marcelo Badaró Mattos
    Data de Defesa
    2018-05-10
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    373
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Felipe Abranches Demier
    Lia de Mattos Rocha
    Marcelo Badaró Mattos
    Pedro Henrique Pedreira Campos
    Rafael Soares Gonçalves
    Sonia Regina de Mendonça
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    A presente tese é dedicada à análise da política de remoções de favelas que vigeu no Rio de Janeiro ao longo do período 1962-1973. A abordagem proposta busca compreender a referida política como o resultado de um confronto entre diversas classes e frações de classes, dentre as quais se destacam o empresariado atuante no setor imobiliário, defensor do remocionismo, e a parcela da classe trabalhadora que vivia nas favelas, que a ele se opôs fortemente. A partir de um referencial teórico gramsciano, argumenta-se que a atuação das entidades mantidas por essas duas frações de classes na sociedade civil e suas interações com o Estado reproduziram e atualizaram um padrão de ampliação seletiva do Estado, característico do desenvolvimento histórico brasileiro naquele momento. Nesse processo, as possibilidades de unificação interna das diferentes classes são tomadas como um elemento decisivo para o desenlace de tal conflito.


  • 2018-05 Luminárias, músicas e "sentimentos patrióticos": Festas e política no Recife (1817-1848)
    Título
    Luminárias, músicas e "sentimentos patrióticos": Festas e política no Recife (1817-1848)
    Autor
    Lídia Rafaela Nascimento Dos Santos
    Orientador(a)
    Martha Campos Abreu
    Data de Defesa
    2018-05-08
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    277
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Hendrik Kraay
    Larissa Moreira Viana
    Marcus Joaquim Maciel de Carvalho
    Martha Campos Abreu
    Renata Figueiredo Moraes

    Resumo
    Política, economia, religião, trabalho, tudo se faz presente nas festas. Nesse trabalho analisamos as festas públicas –cívicas e religiosas − no Recife, tendo por foco as suas funções sociais e políticas entre os anos de 1817 e 1848. Elas foram diretamente influenciadas pelas peculiaridades do período estudado, especialmente pela construção do Estado Nacional e pelas Insurreições liberais. Período de intensa conturbação, o que fez das festas um dos meios utilizados para que as pessoas vivenciassem e internalizassem a lealdade ao novo Estado. A presença das festas nesse processo envolvia também esforços de normatização e controle, que muito além de envolver as festas cívicas, buscavam normatizar variadas festas religiosas e populares. Além do que as expressões festivas, culturais e políticas, envolveram os esforços de diversos agentes sociais na formação do Estado Nacional e das novas identidades políticas, nacional e regional. Evidenciamos as festas como espaço para demonstração de patriotismo, os preparativos para as festas, seus principais ritos, análise da arquitetura efêmera e as formas de divertimento presentes nessas festas.


  • 2018-04 Julio Cortázar pela América Latina: o Tribunal Russell, literatura e engajamento no período 1963-1983
    Título
    Julio Cortázar pela América Latina: o Tribunal Russell, literatura e engajamento no período 1963-1983
    Autor
    Marco Antonio Serafim de Carvalho
    Orientador(a)
    Norberto Osvaldo Ferreras
    Data de Defesa
    2018-04-27
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    254
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriane Aparecida Vidal Costa
    Fernando Luiz Vale Castro
    Gladys Viviana Gelado
    Lívia Gonçalves Magalhães
    Maria Verónica Secreto Ferreras
    Norberto Osvaldo Ferreras
    Vanderlei Vazelesk Ribeiro

    Resumo
    A presente pesquisa busca aprofundar a compreensão sobre as relações entre cultura e política, a partir do exame da trajetória biográfica do escritor argentino Julio Cortázar. Nesse sentido, buscou-se dimensionar as nuances do tipo de engajamento político e estratégias estéticas que o autor desenvolve durante as décadas de 1960 e 1970 em sua aproximação com Cuba, sua atuação no Tribunal Russell II, a defesa dos direitos humanos e seu envolvimento com a Nicarágua sandinista, entre negociações literário-estética e tomadas públicas de posição, em meio aos estremecimentos ocorridos no período no campo literário latino-americano.


  • 2018-04 Subalternos organizados: mutualismo operário e os Trabalhadores no Meio-Norte (1900-1922)
    Título
    Subalternos organizados: mutualismo operário e os Trabalhadores no Meio-Norte (1900-1922)
    Autor
    Leôndidas Freire Silva Júnior
    Orientador(a)
    Norberto Osvaldo Ferreras
    Data de Defesa
    2018-04-27
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    124
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlo Maurizio Romani
    Marcelo Mac Cord
    Norberto Osvaldo Ferreras
    Paulo Roberto Ribeiro Fontes

    Resumo
    O Presente trabalho, busca o estudo do processo histórico de formação da cultura associativa, entre os trabalhadores dentro das sociedades operárias mutualistas do Piauí e Maranhão e suas relações com outros Estados, e com conexões para outras partes do mundo. Além de nuances do processo organizativo associativista, no que se refere a áreas de atuação das sociedades mutuais, as bandeiras de luta e atividades de classe. Partindo do próprio processo de organização dos subalternos. Utilizo o recorte temporal que vai de 1900 até 1922. Realizando para esse fim avaliações historiográficas, apresentações de momentos da formação de uma cultura de classe. Enfatizo desse modo, as possibilidades de análises das fontes necessárias como, jornais operários, estatutos e atas das sociedades mutuais, visando evidenciar também diversas problemáticas referentes a disputas ideológicas, concepções do fenômeno do mutualismo, relações mutuais-estado, entendimentos de noções operárias de classe, cultura associativa, resistência, proteção social, e também desdobramentos de influencias de ideários sociais como o anarquismo e o socialismo e seus conflitos dentro das sociedades mutualistas. Realizo esse estudo do processo histórico do associar-se no meio operário, em uma perspectiva histórica transnacional, entrecruzada a outras experiências, e com uma dialogada análise com as prerrogativas de experiência e luta de classes evocadas por E.P, Thompson, tendo por base uma bibliografia nacional que desde a década de 1980 passa a se preocupar de maneira mais enfática com o mutualismo.


  • 2018-04 Entre realidade e ficção: a alimentação na obra naturalista de Aluísio Azevedo
    Título
    Entre realidade e ficção: a alimentação na obra naturalista de Aluísio Azevedo
    Autor
    Clarissa Gomes Pesente
    Orientador(a)
    Francine Iegelski
    Data de Defesa
    2018-04-25
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    148
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Francine Iegelski
    Pedro Spinola Pereira Caldas
    Stefania Rota Chiarelli

    Resumo
    Aluísio Azevedo ofereceu, em seus romances naturalistas – O Mulato (1881); Casa de Pensão (1884); O Cortiço (1890) – ricas descrições de hábitos alimentares. Essa constatação levou a um questionamento acerca das possíveis contribuições de sua obra para o campo da História da Alimentação. Em um primeiro momento, a orientação naturalista do romancista e sua intenção declarada de retratar a realidade reforçaram a noção de que seus romances teriam caráter de testemunho histórico. No desenvolvimento da análise, porém, essa abordagem se mostrou inadequada e limitante por desconsiderar as especificidades do discurso literário. A evidência de que a descrição dos hábitos alimentares encontrada nas obras não se resumia a uma mera reprodução da realidade fez com que a pesquisa se voltasse para a dimensão propriamente literária da alimentação. O que o presente trabalho oferece não é, portanto, um quadro da alimentação no Brasil de fins do século XIX, mas uma análise das funções literárias que a alimentação desempenha na obra de Aluísio Azevedo. Ao longo dos capítulos, são exploradas as possíveis relações entre o recurso à descrição da alimentação e a estruturação dos elementos narrativos, tais como personagens, tempo e espaço. Foram consideradas, ainda, as concepções do romancista acerca de sua arte, bem como o seu envolvimento com as questões sociais e filosóficas de seu tempo.


  • 2018-04 O Drama das Paixões na Construção da Modernidade - Uma Genealogia do Iluminismo
    Título
    O Drama das Paixões na Construção da Modernidade - Uma Genealogia do Iluminismo
    Autor
    Pedro Henrique Albuquerque Cardoso Faria
    Orientador(a)
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Data de Defesa
    2018-04-20
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    204
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Patricia Woolley Cardoso Lins Alves
    Renato Júnio Franco
    Sérgio Chahon

    Resumo
    A partir de um texto onde Eric Hobsbawm classifica A flauta mágica, última ópera de Mozart a estrear em 1791, como uma obra propagandística da ideologia maçônica, iniciou-se uma ampla reflexão sobre os vários processos de construção da modernidade. A princípio, investigou-se a função social dos espetáculos no século XVIII, adotando como fonte o debate promovido pelos próprios ilustrados. Suas ideias giravam em torno de uma natureza humana e da possível capacidade dos espetáculos de estimular ou desencorajar as paixões do público em um minucioso equilíbrio entre vícios e virtudes. Essa natureza, por sua vez, era produto da epistemologia moderna afirmada no século XVIII para legitimar o conhecimento do homem e fundamentar a nova moral secular. Partiu-se, então, para a compreensão do mundo tradicional, suplantado pelos diversos processos de modernização: civilização, privatização, industrialização, entre outros, mas que resistiu por meio de sucessivas apropriações culturais até o século XIX. Nesse sentido, as fontes sobre A flauta mágica indicam que as inspirações para o seu libreto e toda sua composição estavam imersas em um universo de cultura popular, ao contrário do que sustentam as interpretações que se limitam à sua filiação maçônica. Por fim, essa percepção de que A flauta mágica comportaria uma interpretação diferente daquela consagrada na modernidade acaba por revelar inconsistências e contradições do pensamento moderno, além de desvelar a sua própria construção.


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