Dissertações e Teses
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2019-03 O Curso de Mestrado em História da Universidade Federal Fluminense: Estado, universidade e desenvolvimento historiográfico nos anos 1970TítuloO Curso de Mestrado em História da Universidade Federal Fluminense: Estado, universidade e desenvolvimento historiográfico nos anos 1970Autor
Wesley Rodrigues de CarvalhoOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2019-03-28Nivel
DoutoradoPáginas
447Volumes
1Banca de DefesaNoneFelipe Abranches DemierMarcelo Badaró MattosRafael Barros VieiraRenato Luís do Couto Neto E LemosVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEssa tese tem como principal objeto as dissertações produzidas pelas trêsprimeiras turmas do curso de mestrado em História da UFF. Observamos, quantitativa e qualitativamente, a presença de temas, recortes, fontes, perspectivas teóricas, metodológicas, e referências bibliográficas. Esse esforço é realizado principalmente nos três capítulos que compõem a "Parte 2 – Novos historiadores em Niterói", onde apresentamos as dissertações e os perfis intelectuais dos principais docentes do curso. Na primeira parte da tese – "Estado, universidade e desenvolvimento historiográfico" - analisamos como foram determinantes para os rumos da produção científica em História o quadro político e institucional engendrado pela ditadura e disposições burocráticas internas do programa de mestrado. A última parte - "História da historiografia" - pretende compreender os trabalhos defendidos no mestrado da UFF no conjunto da produção historiográfica nacional, estabelecendo suas contribuições, especificidades e principais tensões intelectuais. Por fim, analisamos o sentido político das dissertações.
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2019-03
Comércio e transporte no Brasil oitocentista: A Companhia Pernambucana de Navegação a Vapor (c. 1850 - c. 1900)
TítuloComércio e transporte no Brasil oitocentista: A Companhia Pernambucana de Navegação a Vapor (c. 1850 - c. 1900)
Autor
Bruna Iglezias Motta DouradoOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2019-03-27Nivel
DoutoradoPáginas
241Volumes
1Banca de DefesaCarlos Eduardo Valencia VillaCarlos Gabriel GuimarãesMarcus Joaquim Maciel de CarvalhoMaria Teresa Pinho da Silva LopesRenato Leite MarcondesWalter Luiz Carneiro de Mattos Pereira
ResumoEste trabalho sobre o comércio e os transportes no Brasil oitocentista analisa o surgimento e a
consolidação da navegação a vapor no Brasil, a partir da trajetória da Companhia Pernambucana
de Navegação a Vapor. A empresa, que teve sede no Recife-PE, foi criada em 1853 sob a forma
de um monopólio concedido pelo governo imperial para a incorporação de uma sociedade que
promovesse a navegação regular de navios a vapor, entre os portos de Maceió, Alagoas, e
Fortaleza, Ceará. Entre os anos de 1850 e 1870, a companhia conviveu com a concorrência
entre a navegação a vapor e a vela, além das querelas políticas e interesses econômicos que a
envolveram a questão da nacionalização da cabotagem brasileira. Porém, durante o período de
atividades da companhia, a empresa ampliou sua área de navegação e se inseriu como agente
da integração na região, colaborando para intensificar as trocas comerciais do mercado interno,
a distribuição da produção local para o mercado externo e a circulação de pessoas e de
informação. Com base em uma ampla gama de documentação composta por atos
administrativos, debates parlamentares, relatórios ministeriais, relatórios dos presidentes de
Província, periódicos diversos, além da documentação institucional produzida pela Companhia
Pernambucana de Navegação, esta tese tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento
dos estudos sobre o Oitocentos brasileiro, ao analisar aspectos econômicos, políticos,
regulamentares e de infraestrutura que permearam o desenvolvimento dos transportes e da
navegação brasileira.
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2019-03 Democratas na defensiva: atuação dos congressistas democratas sobre os programas de welfare na Era ReaganTítuloDemocratas na defensiva: atuação dos congressistas democratas sobre os programas de welfare na Era ReaganAutor
Pedro Portocarrero PinheiroOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2019-03-27Nivel
DoutoradoPáginas
391Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoFlavio LimoncicGabriel da Fonseca OnofreGeraldo Nagib Zahran FilhoJanaína Martins CordeiroRoberto Moll NetoTatiana Silva Poggi de Figueiredo
ResumoEste trabalho analisa a atuação do Partido Democrata no Congresso dos Estados Unidos da América durante a presidência de Ronald Reagan (1981-1989), presidente filiado ao Partido Republicano, especificamente em se tratando de políticas de welfare tal como entendido no contexto político e social americano, e políticas de bem-estar social, num sentido mais amplo. Através de bibliografia e fontes de época, identificaram-se algumas iniciativas-chave no Congresso que tratavam destes temas e fez-se uma análise da tramitação dessas iniciativas, com a atuação dos parlamentares do Partido Democrata, analisando-se seus discursos e materiais escritos publicados em fontes oficiais, com o auxílio de outras fontes como relatórios e notícias de jornal, procurando correlacionar esta atuação com injunções de ordem política e eleitoral, contextualizando esta atuação em relação a pressões eleitorais dos distritos ou estados ou a atuação da estrutura nacional do Partido Democrata. Assim, foi possível observar uma miríade de diferentes posições, a variar de acordo com a época, a iniciativa proposta, as características do eleitorado a que cada congressista respondia, bem como o processo de realinhamento eleitoral então em curso no sul dos Estados Unidos e a transição do Partido Democrata em direção ao centro do espectro político, não sem intensos debates internos que se situavam entre a valorização de um legado construído no âmbito do New Deal e da Grande Sociedade, por um lado, e a constatação, por parte de importantes atores do partido, da necessidade de atualização do discurso para um contexto de restrição fiscal e déficits orçamentários crescentes. Procurou-se ainda contextualizar estes debates e iniciativas legislativas à luz de um apanhado histórico sobre a noção de welfare e os programas que são tradicionalmente associados a essa nomenclatura, bem como da evolução da rede de proteção social dos EUA, além de uma discussão mais geral sobre o liberalismo norte-americano e o funcionamento do sistema político daquele país.
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2019-03 José Saramago, intelectual: um estudo sobre a figura pública do escritorTítuloJosé Saramago, intelectual: um estudo sobre a figura pública do escritorAutor
Juliana Moura Martins da FonsecaOrientador(a)
Renata Torres SchittinoData de Defesa
2019-03-26Nivel
MestradoPáginas
144Volumes
1Banca de DefesaCarlos Augusto AddorÉrica Sarmiento da SilvaLarissa Moreira VianaRenata Torres Schittino
ResumoO objetivo desta dissertação é compreender como José Saramago se tornaria uma pessoa pública proeminente e não apenas um escritor premiado. Ao passo que conquistava cada vez maior sucesso literário, consolidava-se uma imagem de intelectual atuante. Para Saramago um escritor não deveria ser comprometido apenas com a matéria literária, sendo, então, importante desconstruir a imagem de um escritor neutro. Nesse sentido, também foi o objetivo desta pesquisa compreender a relação que Saramago realizou entre essa postura pública interveniente e sua obra literária, construindo uma argumentação pela responsabilidade do escritor. Bem como a relação que manteve com o Partido Comunista português (PCP), no qual se filiou ao nos anos 1969 e se manteve membro até o final de sua vida.
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2019-03 À sombra do colonialismo: fotografia, circulação e projeto colonial português (1930-1951)TítuloÀ sombra do colonialismo: fotografia, circulação e projeto colonial português (1930-1951)Autor
Marcus Vinicius de Oliveira da SilvaOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2019-03-26Nivel
MestradoPáginas
260Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusMarcelo Bittencourt Ivair PintoMarcos Felipe de Brum LopesMarina Annie Martine Berthet RibeiroSilvana Louzada da Silva
ResumoA pesquisa se organiza em torno de um objetivo geral: analisar as produçõesfotográficas que estão associadas ao poder colonial português, mais precisamente oregime salazarista no início da sua instauração. Nesse sentido, propõe-se a análise deduas séries fotográficas, seus circuitos sociais, assim como seus usos e funções em umcontexto colonial. A primeira é um conjunto produzido por fotógrafos profissionais emdois grandes eventos promovidos pelo regime: a Exposição Colonial de 1934 e aExposição do Mundo Português de 1940; a segunda, por sua vez, produzida nas missõesantropológicas sob a orientação do antropólogo António Mendes Corrêa (1888-1960),tais como os trabalhos na Exposição Colonial de 1934, as Missões da Guiné (com duascampanhas entre 1946-1947) e de Moçambique (com seis campanhas em 1936,1937/38, 1945, 1946, 1948 e 1955/56). Deste modo, busca-se compreender comooperou a relação entre fotografia e projeto colonial no início do regime salazarista.
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2019-03 Escravos da Religião: família e comunidade nas propriedades beneditinas no Recôncavo da Guanabara (1817 - 1857)TítuloEscravos da Religião: família e comunidade nas propriedades beneditinas no Recôncavo da Guanabara (1817 - 1857)Autor
Vitor Hugo Monteiro FrancoOrientador(a)
Jonis FreireData de Defesa
2019-03-26Nivel
MestradoPáginas
226Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJonis FreireMarcia Sueli AmantinoMariza de Carvalho SoaresRicardo Figueiredo Pirola
ResumoEsta dissertação analisa as relações familiares e comunitárias dos escravos da Ordem de São Bento - também conhecidos como Escravos da Religião – alocados na Fazenda São Bento de Iguassú, no Recôncavo da Guanabara (Rio de Janeiro), na primeira metade do século XIX. Embora vivessem em um cenário de extrema exploração e violência, esses africanos e afro-brasileiros escravizados estabeleceram por meio do casamento, compadrio, e da participação na Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, laços fundamentais para sua sobrevivência no mundo do cativeiro. Em que medida, Escravidãoe Religião influenciaram a experiência de vida dessas pessoas escravizadas? Quais as expectativas que os monges-senhores e cativos tinham com a família escrava? Para responder a essas e outras questões, utilizei uma gama variada de fontes, como registros paroquiais, inventários, testamentos, jornais. Para tanto empreguei duas abordagens, a do método de "ligação nominativa de fontes", já consagrado pela História demográfica, conjugado a História social na sua vertente micro-histórica.
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2019-03 Viuvez e cotidiano das mulheres em meados dos Oitocentos em Pernambuco (1842-1853)TítuloViuvez e cotidiano das mulheres em meados dos Oitocentos em Pernambuco (1842-1853)Autor
Carolina de Toledo BragaOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2019-03-26Nivel
MestradoPáginas
173Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMarcus Joaquim Maciel de CarvalhoMariana de Aguiar Ferreira MuazeMartha Campos Abreu
ResumoO objetivo dessa pesquisa é estudar as mulheres em estado de viuvez que viveram entre os anos 1842 e 1853 no Recife em meio a Insurreição Praieira, com foco nas participações delas no mundo do trabalho e nas suas lutas pela sobrevivência. Analisei o fenômeno da viuvez feminina no século XIX tanto nas classes mais abastadas da sociedade como nas classes pobres, especificamente entre as trabalhadoras. Como fonte foram utilizados anúncios de dois jornais em circulação à época, o Diario Novo e o Diario de Pernambuco, além de inventários e a legislação civil então em vigor. O estudo analisa como se constitui o protagonismo feminino diante da viuvez e como se procede a quebra da normatização dos papéis sociais nessas situações. Esse protagonismo é percebido pela atuação dessas mulheres nas questões relacionadas ao mundo do trabalho cotidiano, na independência financeira e no exercício do poder. Assim, colocar em movimento o conceito de patriarcado e patriarcalismo (cruzando a análise das fontes com a historiografia, os estudos feministas e de gênero) foi um caminho teórico essencial para a pesquisa. Busquei entender como as mulheres conduziam os negócios após a morte dos maridos e como utilizavam-se da viuvez enquanto título para consolidar um status social no mundo do trabalho. Um dos caminhos também foi entender as representações existentes na época sobre a viuvez - os usos e tradições do luto, as mudanças de ritos e comportamentos dessas mulheres. E, voltando o olhar para a constituição do mercado matrimonial da época, definir as estratégias de sobrevivência das viúvas após a morte dos maridos. Para isso foram levantadas questões sobre viuvez, herança, partilha, dote e acesso à propriedade na legislação civil utilizada na época, as Ordenações Filipinas. Adentrando no campo das análises microssociais, essa dissertação investiga a trajetória de Umbelina Coelho da Silva Ribeiro Roma depois da morte do marido dela, Luiz Ignácio Ribeiro Roma (1848), durante a Insurreição Praieira. Ela passou a ser conhecida pelo título de Viúva Roma e assumiu as propriedades do "seu cazal", no vocabulário da época, uma loja de livros e a Typographia Imparcial – que mudou de nome para Typographia da Viúva Roma. A partir da trajetória de Umbelina e das viúvas professoras de primeiras letras, essa pesquisa busca apontar a participação política ativa de mulheres no mundo letrado em meados oitocentistas na província de Pernambuco.
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2019-03 Previdência e assistência no Brasil Imperial: as demandas por aposentadorias e pensões junto ao governo monárquicoTítuloPrevidência e assistência no Brasil Imperial: as demandas por aposentadorias e pensões junto ao governo monárquicoAutor
Marconni Cordeiro MarottaOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2019-03-26Nivel
DoutoradoPáginas
612Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroHumberto Fernandes MachadoJosé Iran RibeiroKaroline CarulaVantuil Pereira
ResumoEsta pesquisa visa ampliar o estudo acerca dos mecanismos de proteção social no Brasil. Para tanto mapearemos a legislação e a prática governamental de concessão de aposentadorias e pensões para os empregados públicos, civis e militares, e estudaremos o fenômeno mutualista, buscando estender o escopo da análise para além dos mecanismos institucionais estatais. As duas vias de garantir a seguridade social informam sobre algumas das principais estratégias individuais e coletivas de sobrevivência e de conquista de direitos sociais em ambientes urbanos no período imperial.
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2019-03 Uma Festa Literária e um Silo Cultural em Paraty 1975-2015TítuloUma Festa Literária e um Silo Cultural em Paraty 1975-2015Autor
Bruno Tavares Magalhães MacedoOrientador(a)
Marina Annie Martine Berthet RibeiroData de Defesa
2019-03-25Nivel
MestradoPáginas
185Volumes
1Banca de DefesaJuniele Rabêlo de AlmeidaMaria Paula Nascimento AraújoMarina Annie Martine Berthet RibeiroMoema de Rezende Vergara
ResumoEsta dissertação narra uma relação entre cultura e sociedade construída historicamente na cidade de Paraty. A relação entre a Festa Literária Internacional de Paraty e o Instituto Silo Cultural José Kleber. Proponho-me a descortinar limites na articulação entre projetos e contextos, através do desafio de analisar documentos produzidos por diversos agentes e instituições sociais. Muitos destes agentes estiveram envolvidos com práticas de representação da experiência cotidiana através da música, dança e poesia vividas no território cultural da Paraty contemporânea. O que procuro desenvolver em minha pesquisa é uma análise da formação da identidade caiçara em Paraty. Esta identidade se constrói como resistência cultural ao movimento de desapropriação e transformação do espaço territorial comum. Minha pesquisa histórica traz novos subsídios para a análise da circulação de agentes do conhecimento (saberes) envolvidos no processo, aportando documentos audiovisuais inéditos. Estes documentos foram recolhidos ao longo de dez anos de parceria como documentarista junto com o Instituto Silo Cultural José Kleber de Paraty.
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2019-03 Sobre "frescos" e "bagaxas": uma história social do homoerotismo e da prostituição masculina no Rio de Janeiro entre 1890-1938TítuloSobre "frescos" e "bagaxas": uma história social do homoerotismo e da prostituição masculina no Rio de Janeiro entre 1890-1938Autor
João Gomes JuniorOrientador(a)
Gizlene NederData de Defesa
2019-03-25Nivel
MestradoPáginas
225Volumes
1Banca de DefesaGizlene NederHenrique César Monteiro Barahona RamosKarla Guilherme Carloni
ResumoNa presente pesquisa viso abordar a construção de uma cultura homoerótica na cidade do Rio de Janeiro por meio da prostituição masculina em espaços públicos entre os anos de 1890 e 1938. Pensando a prostituição masculina praticada por homossexuais como parte da história da formação do mercado de trabalho e das classes trabalhadoras na passagem à modernidade, objetivo analisar as formas de representação do pensamento social sobre os homossexuais e os homens que se prostituíam para, assim, perceber aspectos de identidades compartilhadas e de redes de sociabilidade e apoio desenvolvidas entre aqueles indivíduos em uma cultura homoerótica naquele contexto histórico. A partir de uma concepção pós-estruturalista dos gêneros e das sexualidades, proponho debates sobre as tentativas de reintegração e inserção daqueles homens na sociedade republicana e industrial do Rio de Janeiro através da ordem burguesa que se consolidava dentro de uma lógica de produção de corpos de acordo com a ordem dominante masculina/ativa e da heterossexualidade compulsória, a questão da criminalização e da perseguição aos homossexuais e das práticas homoeróticas, além de tentar entender como eles elaboravam e construíam as suas auto representações e performatividades como maneiras de resistência social a partir daquelas representações sexuais e de gênero elaboradas pelos aparelhos ideológicos aos quais eram submetidos. As fontes da pesquisa são constituídas de teses e livros médicos e policiais, documentos oficiais, processos e inquéritos, jornais e obras literárias. A temporalidade é demarcada pelo Código Penal Republicano, de 1890, e pela publicação em 1938 do livro Homossexualismo e endocrinologia, do médico Leonídio Ribeiro – datação interna ao objeto investigado. O principal método no estudo das fontes foi o indiciário junto à análise do discurso, a partir de uma abordagem qualitativa e interpretativa dos documentos.
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2019-03 Nas margens da modernidade: música e percursos de memória em Teresina (anos 1980)TítuloNas margens da modernidade: música e percursos de memória em Teresina (anos 1980)Autor
Fernando Muratori CostaOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2019-03-25Nivel
DoutoradoPáginas
373Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAndréa Casa Nova MaiaAndréa Telo da CôrteEdwar de Alencar Castelo BrancoEverardo Paiva de AndradeIsmênia de Lima MartinsJuniele Rabêlo de AlmeidaSamantha Viz Quadrat
ResumoA presente tese se dedica a analisar os percursos de memória trazidos nas narrativas referentes à música autoral independente de Teresina/PI nos anos 1980. Busca-se uma reflexão sobre a relação de Teresina com os diferentes espaços – local, nacional e global – e sua condição à margem no processo histórico, como periferia dentro da periferia no fluxo de sentidos, bens econômicos e culturais e serviços na modernidade global. As discussões sobre as memórias da geração de músicos independentes, trilhadas no tempo presente, foram realizadas a partir das entrevistas de história oral com músicos, radialistas e produtores musicais que atuavam em Teresina na década de 1980. Tais narrativas foram cotejadas com a análise de matérias da imprensa local e de gravações musicais dos artistas estudados. A análise foi construída de forma a dialogar com elementos do debate público – presentes nos jornais (opiniões, críticas, divulgações e coberturas) e nas produções de sentido dos músicos (expressas em seus LPs). As memórias orais perfazem múltiplos aspectos da cidade vivenciada pelos próprios músicos na referida década. Considerando que a memória é uma construção narrativa do passado a partir de valores, conceitos e vivências do presente, o intuito foi discutir as representações das vivências e sentimentos de passado construídos pelos sujeitos históricos - subjetividades atuais analisadas enquanto uma identidade social fluida e dinâmica. Ao mesmo tempo, percorre-se aqui uma narrativa em que esses sujeitos apresentam seus contextos de vivências e eles próprios como imersos em uma relação de intenso diálogo entre tradição e modernidade – e entre local, nacional e global – observando uma pluralidade de sentimentos e representações onde se encontram em primeiro plano tanto belos passados – evidenciados como tempos de potência e de grandes realizações apesar do suposto "atraso" da cidade – quanto ressentimentos que envolvem os desafios enfrentados em relação à conquista por suas atividades e vivências musicais de espaços condizentes com seus anseios. Ambas as manifestações da memória – belo passado e ressentimento – não são categorias estanques de análise, sendo que na maior parte do tempo as representações erguidas pelos entrevistados são mesclas dos dois tipos de sentimentos, com variações na predominância de cada um dependendo do momento e da vivência narrados. Foi possível, na pesquisa documental, perscrutar as memórias à margem da modernidade por meio do diálogo entre tradição e modernidade, global e local.
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2019-03 Rainha do Brasil: o mito de Nossa Senhora Aparecida e a construção da identidade católica na Primeira RepúblicaTítuloRainha do Brasil: o mito de Nossa Senhora Aparecida e a construção da identidade católica na Primeira RepúblicaAutor
Jessica Maria Marques RabelloOrientador(a)
Karla Guilherme CarloniData de Defesa
2019-03-22Nivel
MestradoPáginas
133Volumes
1Banca de DefesaFábio KoifmanKarla Guilherme CarloniPaulo Cruz TerraSurama Conde Sá Pinto
ResumoA presente dissertação tem por objetivo analisar o processo que levou a imagem de Nossa Senhora Aparecida a ser declarada como Rainha do Brasil em 8 de Setembro de 1904, mostrando como se deu a invenção de uma nova tradição e de uma nova identidade católica em torno desse símbolo, alinhada com o debate de símbolos nacionais. Tem como recorte espacial e temporal a cidade do Rio de Janeiro, a antiga capital federal (1900-1904). As fontesutilizadas para a pesquisa e suas localizações são os seguintes: cartas pastorais no Arquivo da Cúria do Rio de Janeiro; manuais de devoção e jornal "Santuario D’Apparecida" no Centro de Documentação e Memória do Santuário Aparecida; e os periódicos "O Apostolo" e "Jornal do Brasil", que estão disponíveis na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional.
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2019-03 Antes do refúgio: a história não contada da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro (1976-1982)TítuloAntes do refúgio: a história não contada da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro (1976-1982)Autor
Bárbara Geromel CampanholoOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2019-03-21Nivel
MestradoPáginas
248Volumes
1Banca de DefesaAngela Moreira Domingues da SilvaDulce Chaves PandolfiLucia GrinbergMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz Quadrat
ResumoO presente estudo busca recuperar a história por trás do início do trabalho da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro com refugiados, o qual nasce da assistência prestada pela entidade aos perseguidos políticos das ditaduras do Cone Sul. Para tanto, analisa os principais atores envolvidos com a situação-problema trazida pelos milhares de sul-americanos – uruguaios, chilenos e argentinos, principalmente – ao cruzarem as fronteiras nacionais em busca de proteção: os organismos governamentais internacionais, através da Organização das Nações Unidas e seu Alto Comissariado para Refugiados (ACNUR), o governo militar brasileiro e a Igreja Católica, compreendida nesta dissertação como uma das principais motivadoras e grande viabilizadora do refúgio no Brasil, sobretudo ao empreender o primeiro serviço sistematizado de atendimento à refugiados no país no âmbito da Arquidiocese do Rio de Janeiro, que tinha à sua frente dom Eugênio de Araújo Sales, figura controversa e personagem central nas relações Igreja-Estado.
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2019-03 O Estado Plurinacional e Comunitário na Bolívia: as lutas populares e o Bem Viver a partir de El AltoTítuloO Estado Plurinacional e Comunitário na Bolívia: as lutas populares e o Bem Viver a partir de El AltoAutor
Mariana Bruce Ganem BaptistaOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2019-03-21Nivel
DoutoradoPáginas
223Volumes
1Banca de DefesaCarlos Walter Porto GonçalvesDaniel Aarão Reis FilhoEveraldo de Oliveira AndradeMaria Verónica Secreto FerrerasMonica Esmeralda Bruckmann MaynettoNorberto Osvaldo FerrerasVanderlei Vazelesk Ribeiro
ResumoA eleição do primeiro presidente indígena da América Latina e a assinatura de uma nova Constituição que tornou a Bolívia um Estado Plurinacional e Comunitário trouxeram a tona um novo arsenal ideológico e epistêmico. Na interseção entre a modernidade ocidental e as culturas milenares originárias de nosso continente, encontra-se um fértil caminho para se vislumbrar alternativas antissistêmicas tendo como ponto de partida o protagonismo indígena. A proposta desta pesquisa é analisar a cultura política que desencadeou esse processo de transformação do Estado a partir de um duplo movimento: desde arriba, isto é, compreender quais as condições que propiciaram a eleição de Evo Morales e de que maneira o governo se apropria e faz uso das tradições originárias, especialmente no que tange à temática do Bem Viver como uma proposta de transformação radical da realidade (também definida como ―Proceso de Cambio‖ ou ―Revolución Democrática y Cultural‖); e desde abajo, do ponto de vista das bases sociais, isto é, como o povo, e em especial as classes populares e indígenas, comporta-se em seu cotidiano diante das contradições e conflitos que permeiam o princípio normativo anunciado pelo governo e a sua prática social. Em relação ao último aspecto, utilizaremos como estudo de caso, a experiência da cidade de El Alto. Localizada a cerca de 10km de La Paz, também considerada uma cidade insurgente, possui um histórico de lutas que remonta à resistência ao Império Espanhol. Nos dias atuais, teve um papel protagônico na Guerra do Gás de 2003 e foi determinante na derrubada de dois presidentes antes de contribuir na eleição de Evo Morales em 2005. Sob o atual governo, é objeto de grandes disputas, pois é uma cidade-chave para a manutenção da estabilidade política no país. As juntas vecinales consistem em umas das principais formas de organização coletiva e popular e combinam elementos modernos (pois se assemelham às associações de moradores) e tradicionais (pois trazem aspectos constitutivos do poder da comunidade indígena oriunda dos ayllus). Acredito que a análise mais aprofundada sobre a experiência de El Alto, tendo como base a perspectiva de algumas de suas lideranças locais, permitirá também uma reflexão mais substancial sobre os dilemas e possibilidades que surgem com a apresentação do Bem Viver (Buen Vivir, Vivir Bien, Suma Kamaña, Suma Kawsay, TeKo Kevi, Ñandareko etc) enquanto alternativa pós-capitalista, bem como os desdobramentos referentes à reflexão da possível articulação entre Estado, Democracia e Comunidade.
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2019-03 Ostia Antica: urbanização, navegação marítima e representações musivas na Praça das Corporações de Ofícios (I-II séculos d.C)TítuloOstia Antica: urbanização, navegação marítima e representações musivas na Praça das Corporações de Ofícios (I-II séculos d.C)Autor
Maria Helena Abrantes PittaOrientador(a)
Alexandre Carneiro Cerqueira LimaData de Defesa
2019-03-21Nivel
DoutoradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaAdriene Baron TaclaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaAlexandre Santos de MoraesEsther KupermanFábio de Souza LessaMaria do Carmo Parente Santos
Resumo
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2019-03 Elementos arquitetônicos e peças de mobiliário vinculados às esferas masculina e feminina na cerâmica ática de figuras vermelhas (VI e V a.C.)TítuloElementos arquitetônicos e peças de mobiliário vinculados às esferas masculina e feminina na cerâmica ática de figuras vermelhas (VI e V a.C.)Autor
Christianne Pereira GomesOrientador(a)
Alexandre Carneiro Cerqueira LimaData de Defesa
2019-03-19Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaAdriene Baron TaclaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaAlexandre Santos de MoraesAna Paula Lopes Pereira
Resumo
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2019-03 É tudo verdade? Cinema, memória e usos públicos da históriaTítuloÉ tudo verdade? Cinema, memória e usos públicos da históriaAutor
Juliana Muylaert MagerOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2019-03-19Nivel
DoutoradoPáginas
221Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAntonio Carlos Amancio da SilvaCarlos Eduardo Pinto de PintoConsuelo da Luz LinsFrancisco Das Chagas Fernandes Santiago JúniorJuniele Rabêlo de AlmeidaMauricio Lissovsky
ResumoNa tese abordam-se as relações entre documentário, memória e usos públicos do passado, tendo como ponto de partida dois festivais cinematográficos brasileiros: É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários e o Recine – Festival Internacional de Cinema de Arquivo. O trabalho apoia-se no estudo de caso de cada um desses eventos – no recorte temporal entre 1996 e 2014 –, a partir dos quais busca-se compreender o papel dos festivais como espaços de sociabilidade e formação de redes de sustentação da atividade cinematográfica no país em meio a mudanças do setor cultural, durante os governos da redemocratização. A análise das características e trajetórias desses dois festivais encontra-se atrelada à reflexão sobre os modos pelos quais a cultura visual e, particularmente, o cinema se apropria do passado na produção de narrativas audiovisuais. De forma mais específica, questiona-se o papel do cinema documentário na elaboração de uma memória pública da Ditadura Militar nas últimas três décadas, observando a atuação dos festivais como espaços de exibição, debate e circulação de obras audiovisuais que mobilizam a história para distintos públicos. A tese se insere no conjunto de pesquisas dedicadas a pensar as fronteiras entre história e cinema, a partir de um olhar interdisciplinar, configurando-se um amplo diálogo com as seguintes perspectivas em tela: estudos voltados para os festivais audiovisuais como fenômeno histórico e objeto historiográfico; pesquisas sobre os usos da história no cinema; e as recentes reflexões sobre história pública.
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2019-03 Para ler a América Latina: Tad Szulc, As relações Interamericanas e a política externa dos Estados Unidos (1955-1965)TítuloPara ler a América Latina: Tad Szulc, As relações Interamericanas e a política externa dos Estados Unidos (1955-1965)Autor
João Gilberto Neves SaraivaOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2019-03-18Nivel
DoutoradoPáginas
218Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoÉrica Gomes Daniel MonteiroFlavio LimoncicFrancisco Cesar Alves FerrazHenrique Alonso de Albuquerque Rodrigues PereiraRoberto Moll Neto
ResumoEsta pesquisa examina os escritos e a atuação de Tad Szulc (1926-2001) nas relações interamericanas do pós-Guerra. Ele foi um intelectual estadunidense relevante para as relações interamericanas da segunda metade do século XX. Foi um profissional da imprensa vinculado ao The New York Times. Realizou uma cobertura jornalística itinerante que cruzou a América escrevendo sobre temas-chave da política à época: desenvolvimento; nacionalismo e comunismo. Dialogou com chefes de estado, burocratas e intelectuais, e atuou junto a iniciativas estatais e privadas de todo o continente, incluindo governos, grandes empresas e serviços de inteligência. O trabalho suas matérias jornalísticas e livros publicados entre setembro de 1955 e maio de 1965. Examina as análises sociopolíticas que o jornalista formulou da região e da política externa dos Estados Unidos, pari passo sua trajetória junto a instituições privadas, administrações e agências governamentais nos Estados Unidos e América Latina. Nesse período, Szulc escreveu mais de mil e quinhentas reportagens, artigos, resenhas e relatos de viagens e lançou cinco livros sobre a América Latina. Essas publicações são as fontes centrais da pesquisa. Além delas, este trabalho perscruta um rol de jornais de época, despachos diplomáticos, relatórios de inteligência, discursos oficiais e livros de memórias. Esta pesquisa investiga o papel da correspondência internacional dos Estados Unidos para as relações interamericanas do pós-Guerra. Ela mobiliza interpretações historiográficas recorrentes para essa questão de que os correspondentes são: intérpretes da realidade latino-americana; críticos da política interna e externa; tentáculos do poder político, militar e econômico estadunidense; corpos avançados de governos e interesses latinoamericanos. Defende a tese que todos esses papéis são simultâneos na figura de um intelectual mediador com interesses próprios. Para tal, examina a atuação de Tad Szulc em relação à política externa dos Estados Unidos para a América Latina em tempos de Guerra Fria. Suas posições pendulares de apoio e crítica às iniciativas das administrações de Dwight Eisenhower, John F. Kennedy e Lyndon Johnson na região. Analisa interpretações da América Latina em diálogo com proposições intelectuais estadunidenses e latino-americanas. O trabalho esquadrinha a trajetória intelectual e profissional desse jornalista liberal inquirindo seus vínculos com círculos midiáticos, políticos, diplomáticas e empresariais. Examina seus textos e imagens apresentando uma América Latina em franco processo de desenvolvimento ante seus elos com governos latino-americanos e com a política externa estadunidense de apoio científico, tecnológico e financeiro a região. Analisa sua apresentação de uma América Latina que se liberta das ditaduras desde o fim da Segunda Guerra e sua crítica ao nacionalismo latino-americano e ao apoio da administração de Eisenhower a ditadores em nome do anticomunismo. Esquadrinha sua aproximação das leituras modernizadoras da administração Kennedy de que a América Latina estava à beira de uma revolução social por conta de seus profundos problemas sociais. Perscruta seu combate a Revolução Cubana em textos e ações junto a contrarrevolucionários cubanos, a Casa Branca e a CIA. Analisa as contradições do seu endosso à política de Johnson de apoio a ditaduras da América Latina como forma de garantir regimes anticomunistas e os lucros das empresas estadunidenses.
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2019-03 A Representação dos Leigos na Legenda Áurea de Jacopo de Varazze (século XIII)TítuloA Representação dos Leigos na Legenda Áurea de Jacopo de Varazze (século XIII)Autor
Henrique de Melo Kort KampOrientador(a)
Carolina Coelho FortesData de Defesa
2019-03-18Nivel
MestradoPáginas
148Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Santos de MoraesAndréia Cristina Lopes Frazão da SilvaCarolina Coelho FortesPaulo Duarte SilvaVânia Leite Fróes
ResumoO fazer hagiográfico dominicano constituiu-se, na segunda metade do século XIII, como um suporte para os frades pregadores atuarem em meio aos fiéis, promovendo não apenas a preservação de uma memória da santidade, mas também os preceitos que deveriam reger a vida dos cristãos. Nesse contexto, a Legenda Áurea, composta pelo frade Jacopo de Varazze, se destacou em meio às suas semelhantes não só pela ampla abordagem, mas também por sua extraordinária difusão e longevidade. Apresentava em seu corpo um extraordinário rol de santos e santas que davam conta de praticamente toda a história do Cristianismo. Entretanto, estes não são os únicos personagens desta produção dominicana. Pretendemos nos ater a um grupo presente no legendário que normalmente é marginalizado ou abordado de maneira recortada: os leigos. Analisaremos, portanto, a relação do laicado com a produção da obra no que tange aos aspectos extra e intratextuais, sobretudo a inserção de personagens leigos no corpo da narrativa. Esperamos demonstrar, ao final, como este grupo funciona como um elemento didático que representa as relações cotidianas dentro do texto hagiográfico afim de maximizar as intenções discursivas do(s) emissor(es) face aos seus consumidores finais. Partimos do pressuposto de que as narrativas santorais da obra foram construídas por meio de elementos e artifícios textuais, estabelecendo uma relação particular entre o sagrado e o profano. Isto permite-nos investigar a relação entre o divino, o sacro, e o mundano, o laico, apontando as características principais e as motivações para o papel que se atribui aos leigos na Legenda Áurea, que os fazem centrais para o processo de legitimação não só dos múltiplos perfis de santidade, mas também da Ordem dos Frades Pregadores.
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2019-03 "E COMO NÃO SER PORNOGRÁFICO?": USOS, SENTIDOS E DIÁLOGOS TRANSNACIONAIS EM TORNO DA PORNOGRAFIA NO BRASIL (1880-1924)Título"E COMO NÃO SER PORNOGRÁFICO?": USOS, SENTIDOS E DIÁLOGOS TRANSNACIONAIS EM TORNO DA PORNOGRAFIA NO BRASIL (1880-1924)Autor
Erika Natasha CardosoOrientador(a)
Janaína Martins CordeiroData de Defesa
2019-03-18Nivel
DoutoradoPáginas
346Volumes
1Banca de DefesaCristiana FacchinettiEliane Robert MoraesGiselle Martins VenancioJanaína Martins CordeiroKarla Guilherme CarloniLívia Gonçalves Magalhães
ResumoO objetivo deste trabalho é refletir sobre os usos e percepções da pornografia no Brasil, desde a sua popularização, em 1880, até o momento em que foi sancionada a primeira lei republicana destinada às "publicações obscenas", em 1924. A emergência e desenvolvimento da pornografia no país, como pretendo demonstrar, é indissociável das profundas transformações pelos quais o país atravessava. Mas veremos também que o fenômeno se inscreve em um contexto mais amplo e ainda que cada país o tenha experimentado à sua maneira, foi vivenciado de forma articulada com boa parte do mundo "ocidental".
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2019-03 Edna Lott, entre a democracia e a ditadura: 10 anos de luta política (1959-1969)TítuloEdna Lott, entre a democracia e a ditadura: 10 anos de luta política (1959-1969)Autor
Felipe Varzea Lott de Moraes CostaOrientador(a)
Karla Guilherme CarloniData de Defesa
2019-03-15Nivel
MestradoPáginas
356Volumes
1Banca de DefesaAdriana Barreto de SouzaFábio KoifmanJanaína Martins CordeiroKarla Guilherme Carloni
ResumoA presente dissertação de mestrado busca analisar a trajetória política de Edna Lott, no período de 1959 a 1969. Grande articuladora da campanha presidencial de seu pai, marechal Lott, em 1960, líder do Movimento Nacionalista Brasileiro (MNB), a partir de 1960, deputada estadual do Estado da Guanabara pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), de 1962-1965, e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de 1965-1969, a biografia política de Edna Lott nos ajuda a lançar luz sobre vários temas da sociedade brasileira daquele final de IV República e início da ditadura civil-militar.
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2019-03 A política das fronteiras sob a direção saquarema: Paulino de Souza e a diplomacia imperial (1849-1854).TítuloA política das fronteiras sob a direção saquarema: Paulino de Souza e a diplomacia imperial (1849-1854).Autor
Alan Dutra CardosoOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2019-03-15Nivel
MestradoPáginas
147Volumes
1Banca de DefesaFrancivaldo Alves NunesMárcia Maria Menendes MottaMarina Monteiro MachadoNívia Pombo Cirne Dos Santos
ResumoA presente dissertação discutiu a política imperial das fronteiras,especificamente em relação à região Norte do país, em meados do Oitocentos. Ao tercomo recorte temporal os anos de 1849 a 1854, delineamos o contexto em que PaulinoJosé Soares de Souza esteve à frente do Ministério de Negócios Estrangeiros (1849-1853) e o início de sua atuação no Conselho de Estado (1854). O objetivo central foiapresentar quais elementos constituíram o discurso sobre as fronteiras políticas doImpério em seu momento de consolidação, como também os nortes de sua diplomacia.Assentes em uma produção acadêmica que vincula Estado, território, direito epropriedade, observamos com mais vagar os embates que caracterizaram aquelecontexto. Utilizamos, como fontes básicas, os ofícios e despachos oriundos das Missõesdiplomáticas, Atas do Conselho de Estado e tantas outras provenientes da Câmaravitalícia.
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2019-03 Trabalhismo Fluminense: o governo e o impeachment de Badger da Silveira (1963-1964)TítuloTrabalhismo Fluminense: o governo e o impeachment de Badger da Silveira (1963-1964)Autor
Andressa Cristina de Miranda do CarmoOrientador(a)
Karla Guilherme CarloniData de Defesa
2019-03-13Nivel
MestradoPáginas
310Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireFábio KoifmanKarla Guilherme CarloniLívia Gonçalves Magalhães
ResumoO presente trabalho tem por objetivo analisar o governo e o impeachment do governador fluminense Badger Teixeira da Silveira (1963-1964). A dissertação aborda questões importantes como: a experiência liberal democrática; o "surto anticomunista"; os movimentos sindicais; a luta pela terra; a polarização política; o golpe civil e militar de 1964; e o início do regime autoritário, tendo como principal cenário a antiga capital do estado do Rio de Janeiro, Niterói. A pesquisa empírica incide-se sobre o exame de periódicos locais disponibilizados na Hemeroteca da Biblioteca Nacional; de fontes encontradas no Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) e no fundo Polícias Políticas (POL) do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (APERJ); de entrevistas disponibilizadas pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), incluindo a entrevista concedida por Badger da Silveira no início da década de 1980.
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2019-03 A Revolução de São Domingos e os embates entre forças abolicionistas e escravistas no longo século XIX: as contribuições de Marcus Rainsford e Jean-Louis DubrocaTítuloA Revolução de São Domingos e os embates entre forças abolicionistas e escravistas no longo século XIX: as contribuições de Marcus Rainsford e Jean-Louis DubrocaAutor
Amanda Bastos da SilvaOrientador(a)
Leonardo MarquesData de Defesa
2019-03-12Nivel
MestradoPáginas
167Volumes
1Banca de DefesaLeonardo MarquesMaria Verónica Secreto FerrerasMariana de Aguiar Ferreira MuazeTâmis Peixoto Parron
ResumoO meu trabalho analisa as implicações da Revolução de São Domingos às movimentações abolicionistas e escravistas que permearam o Mundo Atlântico. Pesquiso os livros e as gravuras produzidas pelo soldado britânico Marcus Rainsford e pelo livreiro francês Jean Louis Dubroca. Rainsford defendeu nascimento do Haiti, criticou os trabalhos de escravistas britânicos e serviu de inspiração para abolicionistas consagrados usarem a Revolução de SãoDomingos como embasamento para o fim do tráfico de escravos. Rainsford não condena a escravidão, mas reconhece o iminente fim desse sistema, bem como a importância do abolicionismo britânico. Por outro lado, Dubroca foi contratado por Napoleão Bonaparte para atacar a Revolução de São Domingos e os seus principais líderes. Em seu terceiro livro, La vie de Dessalines, Dubroca ressalta que a Grã-Bretanha estava usando São Domingos como justificativa para o fim do comércio de escravos. Em 1806, La vie de Dessalines foi traduzido para o espanhol, Vida de Jean Jacques Dessalines, e enviado às Américas. Na Nova Espanha, o livro foi usado para exaltar o Império Espanhol e conter os movimentos independentistas que tomavam forma na colônia. Em Cuba, foi provavelmente usado na rebelião de Aponte, que ocorreu em 1812.
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2019-02 Aventuras feministas nos sertões de Goiás: as mulheres e as suas lutas nos guardados de Consuelo Ramos Caiado (1899-1931))TítuloAventuras feministas nos sertões de Goiás: as mulheres e as suas lutas nos guardados de Consuelo Ramos Caiado (1899-1931))Autor
Paulo Brito do PradoOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2019-02-26Nivel
DoutoradoPáginas
471Volumes
1Banca de DefesaLívia Gonçalves MagalhãesMaria Fernanda Baptista BicalhoMaria Suely KofesMartha Campos AbreuMiriam Cabral CoserRachel SoihetRenata Figueiredo Moraes
ResumoO presente trabalho denominado "Aventuras Feministas nos sertões de Goiás: as mulheres e as suas lutas nos guardados de Consuelo Ramos Caiado (1899 – 1931)" se envereda por ações e táticas de mulheres que, ao longo de suas vidas, empreenderam diferentes repertórios de luta diretamente interessadas na conquista do direito de voto, ou que lhes permitissem ocupar lugares até então só ocupados por homens. Fruto dos guardados de Consuelo Ramos Caiado, a tese que apresentamos tentou mostrar de que forma essa feminista articulou sua formação intelectual (acadêmica e escrituraria), a luta feminista e a direção de instituições intelectuais com a produção de um grande arquivo que informa, dentre muitas coisas, a história e a memória das mulheres de Goiás. Infelizmente, por razões que desconhecemos, parte do acervo, deixado por Consuelo no Gabinete Litterario, desapareceu. Todavia as pistas que ela mesma escondeu em gavetas e armários dessa biblioteca somado ao documento de doação de seu acervo produzido por seus familiares, um ano após seu falecimento (1982), e informações oferecidas por pesquisadores que nos antecederam, permitiu que percorrêssemos outros acervos e instituições de pesquisa em Goiânia e no Rio de Janeiro na expectativa de reunir documentos sobre Consuelo Caiado, as suas lutas e as lutas das mulheres de Goiás, reconstituindo [sob nosso ponto de vista] um arquivo para Consuelo Caiado. Os documentos disponíveis no Gabinete Litterario Goyano, na Fundação Educacional da Cidade de Goiás "Casa Frei Simão Dorvi", no Arquivo do Estado de Goiás, no Instituto de Pesquisas e Estudos Históricos do Brasil Central (IPEHBC), no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro e no Museu Nacional do Rio de Janeiro permitiram reconstruir não só a trajetória de Consuelo Caiado, mas também a luta das mulheres por direitos e cidadania entre fins do século XIX e meados do XX. As aventuras feministas de que falamos no decorrer destas páginas se relacionam diretamente às aventuras de mulheres instruídas e intelectualizadas que buscaram ocupar lugares e ampliar as fronteiras de sua ação no interior de uma cultura masculina.