Dissertações e Teses
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2019-04 Materialidade e poder: a família de Gregório de Tours e o culto de São Martinho (sécs. V e VI)TítuloMaterialidade e poder: a família de Gregório de Tours e o culto de São Martinho (sécs. V e VI)Autor
Tomás de Almeida PessoaOrientador(a)
Edmar Checon de FreitasData de Defesa
2019-04-05Nivel
MestradoPáginas
204Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasMário Jorge da Motta BastosPaulo Duarte SilvaRaquel Alvitos Pereira
ResumoO presente trabalho procura compreender como os espaços sagrados de Tours dedicados a São Martinho consolidaram a família de Gregório de Tours no episcopado desta cidade. Primeiramente, discutiremos questões ligadas à materialidade e ao poder, ressaltando como analisamos a experiência dos milagres pelos fiéis e o edifício como componente do poder e das relações sociais. Em segundo lugar, abordaremos a construção da cidade de Tours dos séculos V e VI, destacando as transformações da cidade galo-romana na cidade cristã e o papel da família de Gregório de Tours neste processo. Por fim, a partir de uma análise da Igreja de São Martinho, da Catedral e do Oratório, principalmente durante os episcopados de Perpétuo (488/9-488/9) e Gregório (573/594), examinaremos como foi criada uma ligação especial entre esta família e o culto de São Martinho. Os milagres deste santo construíram uma relação de patronagem entre a família de Gregório de Tours e os habitantes de Tours e, consequentemente, os primeiros foram eleitos em diversas ocasiões como bispos da cidade de Tours e mantiveram seu papel central na sociedade local.
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2019-04 A moral pintada e gravada: produção e circulação das obras de William Hogarth na Inglaterra setecentista.TítuloA moral pintada e gravada: produção e circulação das obras de William Hogarth na Inglaterra setecentista.Autor
Laila Luna Liano de LeónOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2019-04-05Nivel
DoutoradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresElisa Frühauf GarciaGeorgina Silva Dos SantosHeloisa Meireles GesteiraLuiz Carlos SoaresRodrigo Nunes Bentes MonteiroTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
Resumo
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2019-04 Entre agência e dominação masculina: o poder de Arsínoe II como Rainha do Alto e Baixo Egito (séc. III a.C.)TítuloEntre agência e dominação masculina: o poder de Arsínoe II como Rainha do Alto e Baixo Egito (séc. III a.C.)Autor
Vinícius Moretti ZavalisOrientador(a)
Alexandre Santos de MoraesData de Defesa
2019-04-05Nivel
MestradoPáginas
311Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaAlexandre Santos de MoraesCarolina Coelho FortesFábio de Souza Lessa
ResumoFilha de Ptolomeu I e Berenice I, Arsínoe II Filadelfo (317-270 AEC) foi uma princesamacedônica, nascida no Egito, no século III, que teria se destacado exercendo funções políticas. Arsínoe teria se casado consecutivamente com Lisímaco, Ptolomeu Cerauno e Ptolomeu II, fazendo dela, enquanto esses casamentos duraram, rainha da Trácia, da Macedônia e do Egito. Depois da morte de Lisímaco e do segundo casamento, malsucedido, com Ptolomeu Cerauno, que matou dois de seus filhos, Arsínoe retornou ao Egito e se casou com Ptolomeu II, seu irmão. Em decorrência do último casamento, Arsínoe II terminou seus dias desfrutando de grande riqueza e segurança como rainha do Egito, exercendo funções políticas ao lado de Ptolomeu II. Essa posição incomum se comparada às outras rainhas helenísticas, despertou na historiografia certo interesse quanto à autoridade político-social de Arsínoe II, ora destacando o seu poder como governante, ora refutando essa hipótese, ao considerá-la só mais uma mulher real. Inserida nesse debate, a dissertação analisa a trajetória de vida de Arsínoe II e discute aspossibilidades e limitações da sua agência pública e privada em meio à dominação masculina. A dissertação questiona a divisão sexual de tarefas, propondo o exercício de poder por Arsínoe, enquanto desafia as tentativas de minimizar sua importância à História de Gênero.
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2019-04 Homo Viator: viagens e viajantes na Idade Média (Mediterrâneo - século XII)TítuloHomo Viator: viagens e viajantes na Idade Média (Mediterrâneo - século XII)Autor
Anna Carla Monteiro de CastroOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2019-04-05Nivel
DoutoradoPáginas
414Volumes
2Banca de DefesaBeatris Dos Santos GonçalvesEdmar Checon de FreitasMamede Mustafa JaroucheRaquel Alvitos PereiraRenata Rodrigues VerezaSínval Carlos Mello GonçalvesVânia Leite Fróes
ResumoEstudo das relações socioculturais por meio das narrativas de viagens, focalizando a diversidade nas mesmas no espaço do Mediterrâneo do século XII. Enfatiza-se as representações espaciais desse mar através das narrativas de viagem de Benjamin de Tudela, Ibn Jubair e Richard de Templo. Ressalta-se a noção de Grande Mediterrâneo (Braudel) como centro de encontros e desencontros de três grandes civilizações.
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2019-04 A Cultura da Expansão Marítima em Portugal: D. João de Castro e o impacto da experiência crítica no século XVITítuloA Cultura da Expansão Marítima em Portugal: D. João de Castro e o impacto da experiência crítica no século XVIAutor
Diego Pimentel de Souza DutraOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2019-04-04Nivel
DoutoradoPáginas
354Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresElisa Frühauf GarciaGeorgina Silva Dos SantosHeloisa Meireles GesteiraLuiz Carlos SoaresRodrigo Nunes Bentes MonteiroTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoA presente Tese trabalhará com o impacto epistemológico da experiência marítima portuguesa ao longo do século XVI. Por meio do estudo das produções do cosmógrafo, navegador e também vice-rei D. João de Castro, buscaremos analisar de que modo as Grandes Navegações contribuíram para a construção de conhecimento técnico e também científico no cenário quinhentista português, mediante o resgate do conceito de experiência como categoria e método de produtividade. Nossa intenção é demonstrar que a prática experiencial não se limitava à observação casual dos fenômenos naturais, mas que, em personagens como Castro, adquiria características muito próximas aquelas desenvolvidas pelos cientistas modernos.
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2019-04 A salvação como um itinerário no Além Medieval - A viagem imaginária da Visão de Túndalo (séculos XIV-XV)TítuloA salvação como um itinerário no Além Medieval - A viagem imaginária da Visão de Túndalo (séculos XIV-XV)Autor
Solange Pereira OliveiraOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2019-04-04Nivel
DoutoradoPáginas
283Volumes
1Banca de DefesaAdriana Maria de Souza ZiererBeatris Dos Santos GonçalvesEdmar Checon de FreitasMiriam Cabral CoserRaquel Alvitos PereiraVânia Leite Fróes
ResumoAnálise do percurso da alma no mundo dos mortos como um itinerário da salvação em um exemplo de narrativa de viagens imaginárias ao Além. A versão portuguesa da Visão de Túndalo (códice 244) traduzida entre os séculos XIV e XV pelo Frei Zacarias de Payopelle. Nessa obra, o anjo guia a alma do cavaleiro pecador, Túndalo, a um itinerário da salvação nos lugares do Inferno, Purgatório e Paraíso. Nos deslocamentos das personagens por estes lugares destacam-se os elementos topográficos que contribuem para a percepção espacial das almas no mundo dos mortos. Além disso, são apresentadas as ações sobre as almas pecadoras e virtuosas essenciais para a pedagogia cristã sobre a salvação. Compreende-se que a narrativa tem uma função persuasiva para os ensinamentos clericais sobre a influência comportamental moral no processo de salvação das almas.
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2019-04 O Estado feudal e as relações de poder senhorio-campesinato no Reino da França (1180-1226)TítuloO Estado feudal e as relações de poder senhorio-campesinato no Reino da França (1180-1226)Autor
Edilson Alves de Menezes JuniorOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2019-04-02Nivel
MestradoPáginas
180Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasJoão Cerineu Leite de CarvalhoMário Jorge da Motta BastosRenata Rodrigues VerezaRenato Rodrigues da Silva
ResumoO presente trabalho tem como objetivo central traçar uma caracterização política do Estado feudal mobilizado a partir do caso específico do reino da França nos reinados de Filipe Augusto e Luís VIII (1180-1226). Transcendendo a paradigmas historiográficos que ora negam veementemente a forma estatal ao medievo ou a problematizam sob perspectivas extemporâneas ou conflitivas com a própria realidade feudal, procurou-se lançar ao debate critérios distintos. Nesse sentido, mobilizar a tese do Estado feudal iluminada sob parâmetros teórico-metodológicos totalmente distintos dos hegemônicos, vinculando fundamentalmente a estrutura estatal às relações sociais de produção e as configurações de sociabilidade política oriunda dessa formação social. Portanto, as instituições que formam a estrutura política francesa vinculam-se, dialeticamente, à exploração camponesa e as formas de reprodução de sua classe dominante. A partir dessas referências, foi possível compreender em termos distintos a dinâmica e tensões sociais que configuram politicamente o Estado feudal.
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2019-04
AS FORMAS DE EXPLORAÇÃO DO TRABALHO NA HISPÂNIA VISIGÓTICA (SÉCULOS VI-VIII)
TítuloAS FORMAS DE EXPLORAÇÃO DO TRABALHO NA HISPÂNIA VISIGÓTICA (SÉCULOS VI-VIII)
Autor
Caio Santa Anna da RosaOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2019-04-02Nivel
MestradoPáginas
112Volumes
1Banca de DefesaMário Jorge da Motta BastosPaulo Henrique de Carvalho PacháRenato Rodrigues da Silva
ResumoO objetivo central dessa dissertação consiste em caracterizar as relações de trabalho vigentes
na sociedade hispano-visigoda nos séculos VI-VIII d.C. sob o prisma das categorias jurídicas
estabelecidas nos códigos visigóticos. Consideradas as polêmicas historiográficas relativas
à tal caracterização e ao estabelecimento do peso relativo de cada relação vigente, buscamos
enquadrar todas as manifestações destas categorias na documentação jurídica visigoda para
produzirmos uma interpretação que equalize as relações sociais fundamentais em articulação
com as inscrições das categorias jurídicas referidas, visando a proporcionar um quadro mais
equilibrado da articulação das relações de produção na Hispânia Visigótica.
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2019-04 Noticias das relações Brasil - Estados Unidos: As politicas de controle da natalidade nas revistas Time e Veja (1960-1979)TítuloNoticias das relações Brasil - Estados Unidos: As politicas de controle da natalidade nas revistas Time e Veja (1960-1979)Autor
Anelise Rodrigues Machado de AraujoOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2019-04-02Nivel
DoutoradoPáginas
259Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Guilherme da Cruz Alves JuniorCecília da Silva AzevedoLaura Antunes MacielMarlene de FáveriThaddeus Gregory Blanchette
ResumoEste trabalho pretende analisar as reportagens veiculadas pela revista norte-americana TIME (1960-1979) e pela revista brasileira VEJA (1968-1979) quando os debates acerca do "problema populacional" estamparam capas e ganharam espaço na pauta midiática em ambos países. Após a Segunda Guerra Mundial, ocorreu um aumento repentino na população mundial, considerado alarmante para os padrões da época. A "explosão demográfica" é frequentemente mencionada pelas fontes documentais na condição de principal responsável pelo cenário caótico de crescimento populacional. Contudo, as demandas de controle desse crescimento foram remetidas, por governantes e especialistas na questão, aos países considerados de Terceiro Mundo, revelando-se então os conteúdos geopolítico, social e econômico dos debates. Foram analisadas as edições semanais das revistas publicadas nas décadas de 1960 e 1970, compreendendoas como produtos de sujeitos da época e produtoras de práticas discursivas e representações sociais a partir das diferentes apropriações que suscitam. A pesquisa nas revistas apontou para quatro facetas dos debates sobre controle do crescimento populacional nas décadas de 1960 e 1970: as representações sociais presentes nas páginas das revistas acerca das relações entre Brasil e Estados Unidos, inlcuindo-se tensões e intercooperações sociais, culturais, econômicas e diplomáticas; a interpretação feita à época de que o aumento populacional em países pobres levaria à escassez de alimentos em questão de poucas décadas; a participação dos movimentos feministas brasileiros e norte-americanos nos debates populacionais, especialmente no que se refere ao controle da natalidade recair em controle sobre os corpos das mulheres e na defesa pela liberdade feminina; e os questionamentos, novas descobertas e contestações em torno dos métodos contraceptivos envolvendo Igreja Católica Romana, movimentos feministas e campos da Medicina.
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2019-04 "USAR BIEN DE SU JURISDICION Y DEFENDERLA": OS BISPOS E A POLÍTICA REAL NA AMÉRICA HISPÂNICA NOS SÉCULOS XVII E XVIIITítulo"USAR BIEN DE SU JURISDICION Y DEFENDERLA": OS BISPOS E A POLÍTICA REAL NA AMÉRICA HISPÂNICA NOS SÉCULOS XVII E XVIIIAutor
Flavia Silva Barros XimenesOrientador(a)
Marcelo da Rocha WanderleyData de Defesa
2019-04-01Nivel
MestradoPáginas
139Volumes
1Banca de DefesaAnderson José Machado de OliveiraElisa Frühauf GarciaGeorgina Silva Dos SantosMarcelo da Rocha Wanderley
ResumoO tema do presente trabalho encontra-se na interseção entre política e religião, mais precisamente na política eclesiástica durante as reformas dos séculos XVII e XVIII nos domínios espanhóis na América, implementadas respectivamente pelo conde-duque de Olivares e por Carlos III. O trabalho tem como foco, sob perspectiva comparada, a atuação de quatro bispos do Novo Mundo: Juan de Palafox y Mendoza, Melchor de Liñan y Cisneros, Francisco Antônio de Lorenzana e Alonso Nuñez de Haro, que foram participantes ativos dos períodos de reformas nos séculos XVII e XVIII, propondo tratar a atuação destes eclesiásticos como agentes políticos que participaram ativamente de momentos chave da política colonial e cuja ação religiosa não pode ser dissociada da política. Desse modo a dissertação pretende discutir a atuação episcopal nas reformas políticas dos séculos XVII e XVIII.
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2019-04 LUTA DE CLASSIFICAÇÕES E NEGOCI-AÇÕES SOCIAIS NO EGITO ROMANO (30 AEC – 284 EC): Uma análise das Estelas Funerárias de AbidosTítuloLUTA DE CLASSIFICAÇÕES E NEGOCI-AÇÕES SOCIAIS NO EGITO ROMANO (30 AEC – 284 EC): Uma análise das Estelas Funerárias de AbidosAutor
Beatriz Moreira da CostaOrientador(a)
Alexandre Santos de MoraesData de Defesa
2019-04-01Nivel
MestradoPáginas
247Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaAlexandre Santos de MoraesFábio de Souza LessaRegina Maria da Cunha Bustamante
ResumoNossa pesquisa tem como objeto de estudo as negociações sociais perpetradas por agentes durante o período nomeado como "Egito Romano", mais especificamente o período do Principado, que corresponde a 30 AEC até 284 EC. Recortamos a nossa análise espacialmente na localidade de Abidos, na Tebaida (Alto Egito), por corresponder ao principal local de culto do deus Osíris desde o período faraônico. A documentação analisada em nosso Repertório são as estelas funerárias erigidas próximo ao Templo de Osíris. Nossa dissertação teve, assim, como objetivo matizar estes documentos materiais e outros documentos escritos, à luz do aporte teórico proposto pelo sociólogo Pierre Bourdieu, buscando entender as formas de classificações propostas pela elite dominante no Egito Romano. Para isto, operacionalizamos documentações oficiais com o propósito de demonstrar os limites da "integração" dos povos originários nas estruturas de poder romanas e a sua relação direta com as lutas pelo poder de definir a identidade legítima. Trabalhamos, ainda, os meios pelos quais, nas lutas de classificações, os agentes possuidores de uma identidade étnica estigmatizada mobilizaram suas disposições de ação (habitus) e seus interesses étnicos em comum visando à manutenção de suas práticas culturais, criando um espaço de inversão de forças simbólicas a nível local. Analisamos, assim, as estelas funerárias de Abidos a partir da metodologia proposta pelo antropólogo da arte Alfred Gell, que podem ser caracterizadas como exemplo do limite que há na integração proporcionada pela vivência em sociedades multiculturais e ainda como um vestígio de um contra-argumento no que diz respeito à definição da identidade legítima no Egito Romano.
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2019-04 A Paisagem Religiosa e as Representações Sociais no Culto de Orthia na Esparta Arcaica (sécs. VIII ao VI a.C.)TítuloA Paisagem Religiosa e as Representações Sociais no Culto de Orthia na Esparta Arcaica (sécs. VIII ao VI a.C.)Autor
João Carlos D' Almeida E Souza Roxoroïz de BelfordOrientador(a)
Alexandre Carneiro Cerqueira LimaData de Defesa
2019-04-01Nivel
MestradoPáginas
344Volumes
1Banca de DefesaAdriene Baron TaclaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaAlexandre Santos de MoraesFábio de Souza Lessa
ResumoNa primeira década do século XX o sítio da antiga Esparta foi escavado pela British School at Athens, trazendo à tona importantes estruturas e votivos que nos permitem analisar a sociedade espartana do período arcaico ao romano; entre essas se encontra o santuário de Orthia. No que concerne ao mesmo, embora as expedições tenham evidenciado a riqueza dos depósitos associados ao intervalo dos séculos VIII ao VI a.C., análises frequentemente enfatizam a documentação literária posterior, condicionando a interpretação do culto no período arcaico a contornos que ele provavelmente tomaria posteriormente. Diante disso, com este trabalho temos o objetivo de desenvolver uma análise acerca da rede de associações simbólicas da divindade local – em que se compreendem os valores que sobre ela são projetados, as relações estabelecidas com os cultuadores e cultuadoras através dos votivos, como ela imbui e é imbuída de significado pela paisagem em que se situa o santuário, e as aproximações estabelecidas dentro do panteão espartano –, procurando compreender o espaço e a relevância da mesma na experiência dos espartanos e espartanas do período arcaico.
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2019-04 Sob a Guarda Negra: abolição, raça e cidadania no imediato pós-aboliçãoTítuloSob a Guarda Negra: abolição, raça e cidadania no imediato pós-aboliçãoAutor
Lívia de Lauro AntunesOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2019-04-01Nivel
DoutoradoPáginas
330Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesEduardo SilvaElione Silva GuimarãesFlávio Dos Santos GomesHumberto Fernandes MachadoJonis FreirePetrônio José Domingues
ResumoA presente tese de doutorado tem por finalidade investigar os eventos que envolveram a associação da Guarda Negra da Redentora, criada no imediato pós-abolição no Rio de Janeiro e em outras regiões do Brasil. A partir, principalmente, dos relatos da imprensa sobre essa corporação, buscamos pistas a respeito do pensamento abolicionista da elite letrada brasileira, seus sentidos políticos e suas dissidências, bem como os limites que impuseram às reformas sociais e à condição de cidadania do negro. Em meio aos assuntos que emergiam sobre o grupo isabelista, narrativas sobre raça e nacionalidade também mobilizavam a opinião pública. Sendo assim, analisamos também as temáticas raciais que estiveram intrínsecas às novas relações sociais inauguradas pelo fim da escravidão, sem perder de vista o entendimento sobre a capacidade de agenciamento multifacetado dos homens de cor que buscavam garantir a manutenção da liberdade com base em suas próprias perspectivas políticas.
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2019-03 Direitos Humanos e Ação Política no Regime Empresarial-Militar. O Ministro da Justiça Alfredo Buzaid e a negação da repressão no BrasilTítuloDireitos Humanos e Ação Política no Regime Empresarial-Militar. O Ministro da Justiça Alfredo Buzaid e a negação da repressão no BrasilAutor
Paulo Jorge Corrêa CamposOrientador(a)
Bernardo KocherData de Defesa
2019-03-29Nivel
DoutoradoPáginas
311Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoGelsom Rozentino de AlmeidaKarla Guilherme CarloniOrlando de BarrosRafael Vaz da Motta BrandãoTatiana Silva Poggi de Figueiredo
ResumoEsse trabalho intentou investigar a ação política de elementos do Estado estrito, durante o governo Médici, em criar uma campanha que negou as violações aos direitos humanos praticadas pelo Estado Brasileiro, entendidas enquanto campanhas de difamação. Como se pretende fundamentar, tal investimento, através do ministro da justiça, Alfredo Buzaid, se destacou como elemento momentâneo, porém estratégico, que objetivou a formação de consenso passivo no regime empresarial-militar. Para compreender sua engrenagem, planejou-se averiguar a formação intelectual e o trabalho bibliográfico desse ministro, de forma a identificar sua visão de mundo e sua atuação na esfera pública e privada. Adiante, propôs-se pesquisar o trabalho do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, órgão vinculado ao Ministério da Justiça; e a incumbência da formulação do chamado "dossiê Buzaid" – documento que, de maneira tão imperativa como pouco crível, ratificou que o Brasil não apresentava presos políticos ou tortura. Essas investidas, ineficazes enquanto promotoras de consenso, revelam não somente as convicções de altos funcionários do Estado, como dinâmicas internas e externas do período ditatorial.
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2019-03 Feminismo capturado pelo mercado: o caso da Unilever (anos 1990-2016)TítuloFeminismo capturado pelo mercado: o caso da Unilever (anos 1990-2016)Autor
Pollyana Labre AndradeOrientador(a)
Tatiana Silva Poggi de FigueiredoData de Defesa
2019-03-29Nivel
MestradoPáginas
135Volumes
1Banca de DefesaMarina Cavalcanti TedescoPaulo Cruz TerraRicardo Figueiredo de CastroTatiana Silva Poggi de Figueiredo
ResumoO trabalho tem por objetivo uma análise crítica sobre a captura do movimento feminista pelo mercado. Para tanto partimos de uma localização do neoliberalismo e das lutas do movimento feminista através de sua história. Desta forma chegamos ao estudo do caso Unilever, uma multinacional que vem se construindo nos últimos anos como incentivadora da igualdade de gênero. A partir deste objeto podemos identificar as contradições e mecanismos de distorção e redirecionamento das pautas do movimento feminista, destacando-se a construção de um feminismo de cunho liberal.
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2019-03 Os Caminhos da Pejotização: Análise de uma face da precarização ( Rio de Janeiro: 2009-2016)TítuloOs Caminhos da Pejotização: Análise de uma face da precarização ( Rio de Janeiro: 2009-2016)Autor
Lucas Santos SouzaOrientador(a)
Paulo Cruz TerraData de Defesa
2019-03-29Nivel
MestradoPáginas
164Volumes
1Banca de DefesaMarcelo Badaró MattosPaulo Cruz TerraPaulo Roberto Ribeiro FontesTatiana Silva Poggi de Figueiredo
ResumoEsta dissertação tem como objetivo analisar parte do desenvolvimento do fenômeno conhecido como Pejotização no Brasil. Para isto, buscamos investigar através do período de 2009 a 2016, fundamentalmente a partir de documentos judiciais expedidos pelo TRT-1 (Rio de Janeiro), questões que envolvem a forma na qual a fraude se constrói, qual o posicionamento dos sujeitos frente à Justiça do Trabalho, as distintas – e por vezes controversas – maneiras as quais esta Instituição se defronta com a Pejotização, quais asprincipais áreas da economia afetadas, mapear as empresas que instituem estes falsos contratos, apresentar os profissionais que mais aparecem como a parte que busca seus direitos na Justiça, enfim, analisar pontos chaves que nos permitem compreender melhor as nuances da Pejotização. De modo complementar, procuramos também apontar como os agentes envolvidos neste tipo de contratação – trabalhador, empregado e Justiça do Trabalho – a encaram, demonstrando os diversos discursos que emergem destes sujeitosa partir de entrevistas e reportagem em revistas digitais e fontes sindicais. Em suma, o foco desta investigação se ramifica em duas vertentes: ao mesmo tempo em que procuramos apresentar como a Pejotização se desenvolveu ao longo de recorte temporal escolhido, buscamos explorar como os sujeitos se comportam frente ao fenômeno, seja como aqueles que tentam se beneficiar através deste artifício ilegal ou mesmo de que forma o grupo no qual esta contratação é imposta se comporta.
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2019-03 Os filhos da companhia de Jesus: Instrumentalização da infância e acomodação missionária nos Brasis (1549 -1558)TítuloOs filhos da companhia de Jesus: Instrumentalização da infância e acomodação missionária nos Brasis (1549 -1558)Autor
Daniel Ribas Sepúlveda AlvesOrientador(a)
Renato Júnio FrancoData de Defesa
2019-03-29Nivel
MestradoPáginas
167Volumes
1Banca de DefesaElisa Frühauf GarciaJuliana Torres Rodrigues PereiraRenato Júnio FrancoSilvia Patuzzi
ResumoO presente trabalho tem a finalidade de abordar os meios de proceder dos primeiros jesuítas em missão nos Brasis entre 1549 e 1558. Temos como objetivo estudar a capacidade adaptativa dos padres inacianos, chamada aqui de acomodação missionária, no processo de transposição da militância catequética do Velho para o Novo mundo, assim como os consequentes confrontos de consciência, frutos desse processo. Buscamos entender, como a instrumentalização da infância auxiliou os missionários na rotina de evangelização. Mais especificamente, pretendemos estudar o degredo de órfãos lusitanos para a Bahia, com o objetivo de propagação da fé cristã, e o recolhimento de meninos da terra com o mesmo intuito, ambos movimentos administrados pelos Jesuítas. Analisamos os processos que levaram à mudanças nas estratégias missionárias, e também o destino de alguns desses órfãos europeus.
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2019-03 Guerrilheiras e biografias : a imagem da mulher militante nos ciclos de memória sobre a ditadura civil - militar BrasileiraTítuloGuerrilheiras e biografias : a imagem da mulher militante nos ciclos de memória sobre a ditadura civil - militar BrasileiraAutor
Juliana Marques do NascimentoOrientador(a)
Janaína Martins CordeiroData de Defesa
2019-03-29Nivel
MestradoPáginas
200Volumes
1Banca de DefesaCaroline Silveira BauerDenise Rollemberg CruzJanaína Martins CordeiroLuisa Quarti Lamarão
ResumoLevando em consideração a distinção entre memória e história, este trabalho tem por objetivo compreender que memórias foram mobilizadas em narrativas biográficas sobre guerrilheiras que atuaram durante a ditadura civil-militar brasileira. Publicadas no pós-redemocratização, as datas de produção dessas biografias são essenciais para este estudo, pois permitem o mapeamento da memória social sobre o período ditatorial, uma vez que o tempo presente da construção da narrativa influencia diretamente a maneira de recordar os eventos do passado. Pretende-se, portanto, através da análise dos discursos biográficos, produzir uma "história da memória" e, fundamentalmente, observar as permanências e rupturas das formas de lembrar, identificando as possíveis memórias hegemônicas e subterrâneas e como estas se relacionam com as demandas de seus tempos. Além da memória, outro elemento essencial para a pesquisa é o gênero, posto que as biografias selecionadas tratam exclusivamente das vidas de mulheres, sendo estas: Iara Iavelberg, com biografia escrita por Judith Patarra (1992); e Dilma Rousseff, com obra de Ricardo Batista Amaral (2011). Ao observar as formas de lembrar os passados dessas ex-guerrilheiras, será possível examinar quais os olhares lançados para as atuações femininas na política – primordialmente nas esquerdas – como e por que estas foram recuperadas e recontadas.
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2019-03 Qué sos Nicaragua? Gioconda Belli, memória e o projeto da frente sandinista de libertação Nacional (1972 - 1993).TítuloQué sos Nicaragua? Gioconda Belli, memória e o projeto da frente sandinista de libertação Nacional (1972 - 1993).Autor
Amanda Maia VannucciOrientador(a)
Elisa de Campos BorgesData de Defesa
2019-03-29Nivel
MestradoPáginas
130Volumes
1Banca de DefesaCarine DalmásElisa de Campos BorgesGladys Viviana GeladoNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoEsta dissertação tem como objetivo analisar a construção da memória da escritora nicaraguense Gioconda Belli sobre a Revolução Popular Sandinista. A análise estabelece como foco as críticas que a autora realizou sobre a revolução na Nicarágua. Durante a década de 1970, muitas mulheres ingressaram nas fileiras da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) e imprimiram importantes contribuições na condução do processo revolucionário. Dirigiram ações armadas, ofereceram apoio logístico na guerrilha e ocuparam cargos na Junta de Governo de Reconstrução Nacional (JGRN) em 1979. Junta que chegou ao poder após o triunfo da revolução que liquidou a ditadura da família Somoza, uma das mais longas e repressivas ditaduras latino-americanas. Esse movimento se inspirou nos princípios de soberania nacional e justiça social defendidos por Augusto Nicolás Calderón Sandino, primeira liderança popular do movimento de resistência à ocupação e ingerência estadunidense na Nicarágua, no final da década de 1920 e meados dos anos 1930. Ao assumirem o poder décadas depois, os sandinistas enfrentaram um longo e árduo caminho para a reconstrução do país, dilacerado pelas cicatrizes da guerra. Nesse contexto marcado por profundas divergências – políticas, sociais, econômicas e ideológicas –, pela guerra contrarrevolucionária, la contra e a derrota eleitoral em 1990, alguns sandinistas cortaram os laços com o projeto da Frente, Gioconda Belli foi uma delas. Elencamos para esta pesquisa a obra El país bajo mi piel: memorias de amor y guerra (2001) no qual a autora formulou sua interpretação sobre o processo revolucionário. Estabelecemos como recorte temporal 1972, ano em que Belli publicou seu primeiro livro de poesia Sobre la Grama, e 1993 quando rompeu com a FSLN. Para ampliar nosso leque de análise e entender as tensões do processo revolucionários, a partir da perspectiva de uma outra mulher utilizamos o livro de memórias Guerrillera, mujer y comandante de la Revolución Sandinista: Memorias de Leticia Herrera (2013). Ao final, avaliaremos em que medida as críticas de Belli ao projeto da Frente visam construir projetos alternativos que promovam a transformação social da Nicarágua.
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2019-03 A memória de uma heroína: a construção do mito de Maria Quitéria pelo exército Brasileiro 1953TítuloA memória de uma heroína: a construção do mito de Maria Quitéria pelo exército Brasileiro 1953Autor
Raphael Pavão Rodrigues CoelhoOrientador(a)
Karla Guilherme CarloniData de Defesa
2019-03-29Nivel
MestradoPáginas
143Volumes
1Banca de DefesaFábio KoifmanJanaína Martins CordeiroKarla Guilherme CarloniMaria Verónica Secreto Ferreras
ResumoO presente trabalho tem a finalidade de discutir os motivos e os objetivos que o Exercito brasileiro possuiu ao homenagear e cultuar o mito de Maria Quitéria, heroína da Guerra de Independência brasileira, no ano do centenário de seu falecimento, em 1953, assim como estabelecer a relação desta consagração com o contexto social, cultural e político vivido à época.
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2019-03 Tratados de Perfeição Sacerdotal: moral e comportamentos eclesiásticos na Nova Espanha e Peru (séculos XVI - XVII)TítuloTratados de Perfeição Sacerdotal: moral e comportamentos eclesiásticos na Nova Espanha e Peru (séculos XVI - XVII)Autor
Mariana Sarkis DuarteOrientador(a)
Marcelo da Rocha WanderleyData de Defesa
2019-03-29Nivel
MestradoPáginas
147Volumes
1Banca de DefesaAnderson José Machado de OliveiraGeorgina Silva Dos SantosMarcelo da Rocha WanderleyPatrícia Souza de Faria
ResumoO modelo de sacerdote perfeito foi elaborado no auge da época confessional, sobretudo na segunda metade do séc. XVI, através de um programa de Reforma dos costumes dirigido pela Coroa e a Igreja. Dessa forma, esse trabalho buscou analisar os decretos do Concílio de Trento, as ações políticas de Felipe II, assim como, utilizou-se os Manuais de Confessores, para averiguar a consolidação desse perfil moral do clero secular, e como esse mesmo perfil teria sido implantado na Nova Espanha através do III Concílio provincial mexicano. Por outro lado, este trabalho analisa as características dos pecados e delitos dos clérigos seculares que foram processados no Tribunal Eclesiástico do México em que tinham privilégio de foro
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2019-03 Celebrando a Pátria Amada: esporte, propaganda e consenso nos festejos do sesquicentenário da independência do Brasil (1972)TítuloCelebrando a Pátria Amada: esporte, propaganda e consenso nos festejos do sesquicentenário da independência do Brasil (1972)Autor
Bruno Duarte ReiOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2019-03-29Nivel
DoutoradoPáginas
201Volumes
1Banca de DefesaAntonio Jorge Gonçalves SoaresBernardo Borges Buarque de HollandaJanaína Martins CordeiroJorge Luiz FerreiraLívia Gonçalves Magalhães
ResumoNesta tese, analisa-se as relações estabelecidas entre esporte e política no contexto das comemorações do Sesquicentenário da Independência do Brasil, ocorridas entre 21 de abril e 7 de setembro de 1972. Discute-se como, no âmbito das celebrações, o esporte estabeleceu quadros de diálogo com o projeto de propaganda política em voga no país. Simultaneamente, trata-se o esporte como um objeto privilegiado para a compreensão das relações instituídas entre regime militar e sociedade civil em sua complexidade. Debate-se, mais especificamente, como o esporte constituiu-se em um mecanismo de reafirmação de um consenso social estabelecido em torno da ditadura militar.
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2019-03 Hasta que seamos libres: feminismo e Revolução Sandinista nas obras de Gioconda Belli (1972 – 1993)TítuloHasta que seamos libres: feminismo e Revolução Sandinista nas obras de Gioconda Belli (1972 – 1993)Autor
Stella Ferreira GontijoOrientador(a)
Elisa de Campos BorgesData de Defesa
2019-03-28Nivel
MestradoPáginas
209Volumes
1Banca de DefesaAdriane Aparecida Vidal CostaElisa de Campos BorgesJuniele Rabêlo de AlmeidaNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoOs estudos sobre as revoluções na América Latina, no século XX, ainda demandam muito trabalho no que se refere a pensar na participação das mulheres nesses processos, enquanto "atrizes político-sociais". Além disso, é importante que seja analisado como essa participação esteve, ou não, vinculada ao debate do feminismo, entendido como um conceito e uma teoria política que emerge com especificidades na região latino-americana. A pesquisa feita nesta dissertação teve como objetivo compreender, por meio da literatura produzida pela escritora e intelectual nicaraguense Gioconda Belli (1948) — e de sua trajetória como militante sandinista e feminista —, como esses debates sobre gênero e Revolução estiveram relacionados no processo vitorioso na Nicarágua, em 1979. Assim, teve como eixo de análise o uso da literatura como fonte para a História e o gênero como categoria de análise histórica. Dessa forma, nesta dissertação buscou-se examinar a narrativa de Belli para compreender como o seu discurso feminista se relaciona com a busca pela emancipação dos povos, e como se transforma, na medida em que a Revolução vai se consolidando e que a autora se envolve nos debates revolucionários. Para isso, foi importante considerar como sua trajetória esteve relacionada ao processo sandinista, e qual foi sua participação na Revolução, encabeçada pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) e o posterior governo revolucionário. O recorte temporal data da publicação de seu primeiro livro de poesia, Sobre la grama, em 1972 — também ano de sua entrada na FSLN —, até 1993, ano em que Belli rompe de maneira definitiva com a Frente. As outras obras analisadas são os poemários Línea de fuego (1978), Truenos y arcoíris (1982) e De la costilla de Eva (1986); os romances La mujer habitada (1988) e Sofía de los presagios (1990); e suas memórias, publicadas como El país bajo mi piel – memorias de amor y guerra (2001).
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2019-03 O MAESTRO DO MUNDO Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e a diplomacia cultural brasileiraTítuloO MAESTRO DO MUNDO Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e a diplomacia cultural brasileiraAutor
Pedro Henrique Belchior RodriguesOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2019-03-28Nivel
DoutoradoPáginas
314Volumes
1Banca de DefesaAdalberto de Paula ParanhosAvelino Romero Simões PereiraCecília da Silva AzevedoHeloisa de Faria CruzJuniele Rabêlo de AlmeidaLaura Antunes MacielLívia Gonçalves Magalhães
ResumoEsta tese busca examinar o papel do compositor Heitor Villa-Lobos (1887-1959) na diplomacia cultural do Brasil entre as décadas de 1920 e 1950. O conceito de diplomacia cultural busca delimitar a ação de determinados grupos sociais – escritores, jornalistas, professores, pesquisadores, músicos e artistas plásticos, entre outros – nas relações internacionais, estando ou não articulados com os meios diplomáticos oficiais. Nesta tese, o foco recai sobre a ação de Villa-Lobos e de outros músicos envolvidos com a difusão da produção cultural brasileira no exterior, bem como a relação estabelecida entre eles e seus congêneres em outros países – especialmente nos continentes americano e europeu. Heitor Villa-Lobos dedicou um tempo expressivo de sua carreira de músico ao Estado, entendendo a música como um importante instrumento de educação e de promoção do entendimento entre os povos. Nesse sentido, suas ações transcorreram em duas vias: a pedagógica – por meio do programa de educação musical implementado no Distrito Federal a partir de 1932, e depois disseminado pelo Brasil – e a diplomática – especialmente a partir da década de 1930, quando atuou como um emissário musical do Brasil – e da música de concerto local – em países da América e da Europa, além de Israel. Nesse sentido, o presente texto examina as possíveis relações entre música, sociedade, política e relações internacionais em meados do século XX a partir da trajetória de Villa-Lobos. Apesar da importância da "diplomacia informal" exercida pelo músico, um exame mais minucioso e sistemático dessa atuação constituía uma lacuna historiográfica, que esta tese procurou trazer à luz. A tese desdobra-se em duas frentes. A primeira busca responder de que modo as memórias de e sobre Villa-Lobos, construídas ao longo de décadas, ajudaram a constituir uma relação direta e unívoca entre sua obra e a identidade nacional. O processo de construção de memórias consolidou uma narrativa hegemônica sobre Villa-Lobos que, de tão ecoada, foi assumida por vários pesquisadores e orientou boa parte dos trabalhos acadêmicos sobre o tema. A segunda frente discute o processo pelo qual Villa-Lobos se tornou o principal diplomata musical brasileiro de seu tempo, e como essa atividade expressou interesses do Estado (em especial o Itamaraty) e dos músicos eruditos, além, é claro, dos interesses pessoais e profissionais do próprio compositor, cioso de conquistar novos mercados, para além do reduzido campo da música erudita no Brasil.
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2019-03 O opulento capitalista: o Barão de Nova Friburgo e as estratégias de formação e manutenção do patrimônio familiar no oitocentos (c.1829 - c.1873)TítuloO opulento capitalista: o Barão de Nova Friburgo e as estratégias de formação e manutenção do patrimônio familiar no oitocentos (c.1829 - c.1873)Autor
Rodrigo Marins MarrettoOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2019-03-28Nivel
DoutoradoPáginas
482Volumes
2Banca de DefesaCarlos Eduardo Valencia VillaCarlos Gabriel GuimarãesJonis FreireLarissa Moreira VianaMariana de Aguiar Ferreira MuazeRafael de Bivar MarqueseRicardo Henrique Salles
ResumoNesta investigação, abordamos a formação das vilas de Cantagalo e Nova Friburgo ao longo do século XIX sob o impacto do recrudescimento da escravidão e da difusão da cafeicultura nos Sertões do Leste da Província Fluminense. Diante disso, dividimos esse estudo em duas partes, tencionando compreender as alternâncias entre as escalas macro e micro a partir da relação entre o desenvolvimento de Cantagalo e Nova Friburgo e os empreendimentos do Barão de Nova Friburgo. Primeiramente, abordamos os aspectos socioeconômicos das vilas para depois apresentarmos os aspectos referentes à acumulação e à concentração da propriedade escrava na vila de Cantagalo. Na segunda parte desta tese, examinamos a trajetória de Antônio Clemente Pinto, 1º Barão de Nova Friburgo, sua ascensão econômica e os símbolos de distinção social reunidos. Após esse aspecto mais geral, nos dedicamos ao estudo da formação e da estrutura do complexo agrário cafeeiro que articulava quinze propriedades em torno de um conjunto volumoso de trabalhadores escravos. Em seguida, concentramos nossa atenção no trabalho de escravos e livres, partindo do tráfico de escravos e realizando um diagnóstico das características demográficas das escravarias. Verificamos, ainda, a introdução dos colonos portugueses e as desventuras relacionadas à tentativa de expandir o trabalho livre nas propriedades do Barão de Nova Friburgo. Por fim, exploramos a construção da Casa Comissária Friburgo & Filhos, perscrutamos o balancete de 1861 e compreendemos como a firma se constituía como o centro dinâmico da agricultura escravista do Barão de Nova Friburgo.