Dissertações e Teses
  • 2020-07

    "A seca de 1932 e o governo provisório no Ceará"

    Título

    "A seca de 1932 e o governo provisório no Ceará"

    Autor
    Priscilla Régis Cunha de Queiroz
    Orientador(a)
    Maria Verónica Secreto Ferreras
    Data de Defesa
    2020-07-07
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    239
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Frederico de Castro Neves
    José Augusto Valladares Pádua
    Maria Verónica Secreto Ferreras
    Mario Grynszpan
    Vanderlei Vazelesk Ribeiro

    Resumo

    Esta tese investiga a forma como se deu o combate à seca de 1932 no Ceará, situando
    historicamente seus termos no processo de conformação do Governo Provisório varguista
    (1930-1934). Ao tempo em que os primeiros sinais da severidade da estiagem foram
    reconhecidos em 1930, a disputa pelo controle da Presidência do Estado do Ceará se acirrou,
    impactando na atenção dada à crise climatérica. O mesmo ocorreu em outros momentos de
    instabilidade política no novo regime. Com o agravamento da seca, o Governo Provisório
    renovou o compromisso com os estados atingidos pela estiagem, mas apesar do ímpeto de
    mudança estrutural, recorreu à velhas respostas para dar conta do histórico problema. Por meio
    de fontes diversas, sobretudo, jornais, documentação oficial produzida em nível local e nacional
    e relatos memorialísticos, analisamos como as principais instâncias encarregadas dos socorros
    públicos, a saber, Interventoria Federal de Obras Contra as Secas e Ministério da Viação e
    Obras Públicas, passaram a se ocupar da crise social. Percebeu-se que ao longo do Governo
    Provisório (1930-1934) o debate em torno da seca foi gradativamente ampliado à medida em
    que o próprio estado pós-revolucionário se adensava. Nesse contexto, a questão climatérica foi
    redimensionada, passando a fazer parte de debates acerca dos usos dos recursos naturais
    nacionais e do ordenamento constitucional da nação.




  • 2020-07

    Ingleses x ingleses: poder e conflito entre a diplomacia londrina e os comerciantes britânicos no comércio proibido de escravos (Rio de Janeiro, 1826-1850)

    Título

    Ingleses x ingleses: poder e conflito entre a diplomacia londrina e os comerciantes britânicos no comércio proibido de escravos (Rio de Janeiro, 1826-1850)

    Autor
    João Daniel Antunes Cardoso do Lago Carvalho
    Orientador(a)
    Carlos Gabriel Guimarães
    Data de Defesa
    2020-07-06
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    264
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Gabriel Passetti
    Jonis Freire
    Mariana de Aguiar Ferreira Muaze
    Tâmis Peixoto Parron
    Thiago Fontelas Rosado Gambi

    Resumo

    Esta tese objetiva analisar as relações de convergência e divergência entre os
    comercinates britânicos no Brasil, notadamente no Rio de Janeiro, e o diplomacia
    londrina com relação ao fim do tráfico de escravos para o Império. Muitos estrangeiros,
    notadamente súditos de Sua Majestade britânica, obtiveram grandes lucros com a
    participação direta ou indireta na atividade do infame comércio, além de muitos desses
    indivíduos, ao residirem no Brasil, passaram a serem grandes senhores de escravos e
    participavam do tráfico interno, além de casos de empresas britânicas que utilizavam
    trabalho cativo, contrariando os princípios e as leis da Grã Bretanha. A partir dos
    dircursos proferidos e dos indícios que aparecem nas fontes, analizou-se essa tensão de
    ingleses x ingleses num momento bem particular da história das relações exteriores
    entre o Brasil e o Império britânico, com o apogeu e o declínio da preeminência
    britânica no Brasil.




  • 2020-07

    Quem paga o "Pa(c)to"? Uma análise da retórica do "Pacto Social" enquanto tática desmobilizadora na transição da Ditadura para a Nova República.

    Título

    Quem paga o "Pa(c)to"? Uma análise da retórica do "Pacto Social" enquanto tática desmobilizadora na transição da Ditadura para a Nova República.

    Autor
    Gabriel Gondim Coelho
    Orientador(a)
    Bernardo Kocher
    Data de Defesa
    2020-07-06
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    150
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriano de Freixo
    Bernardo Kocher
    Rafael Vaz da Motta Brandão

    Resumo

    Esta pesquisa está inserida dentro da temática mais ampla dos debates historiográficos
    que tratam da caracterização do processo de transição de regime político no Brasil — da
    Ditadura inaugurada pelo golpe empresarial-militar de 1964 para a chamada "Nova
    República" ao final da década de 1980. O trabalho tem como objeto de pesquisa as
    formulações e movimentações em torno de propostas de "Pacto Social" que buscavam
    conciliar interesses de empresários e trabalhadores em meio ao processo de redemocratização.
    Observando a influência da dinâmica da luta de classes nos rumos da transição, esta
    dissertação buscou analisar as propostas de "Pacto Social" enquanto um recurso tático
    desmobilizador, empregado por frações das classes dominantes junto ao Estado brasileiro com
    o intuito de promover o arrefecimento das mobilizações grevistas do período e atuar como
    forma de absorção de conflitos em um contexto de aguda crise econômica e social, recurso
    inspirado em outras experiências internacionais como a dos chamados "Pactos de La
    Moncloa" da redemocratização espanhola.




  • 2020-07

    QUE A MEMÓRIA NÃO PEREÇA COM A MORTE: OS RITOS FÚNEBRES E A AFIRMAÇÃO DO PODER RÉGIO EM
    PORTUGAL (1385-1495)

    Título

    QUE A MEMÓRIA NÃO PEREÇA COM A MORTE: OS RITOS FÚNEBRES E A AFIRMAÇÃO DO PODER RÉGIO EM
    PORTUGAL (1385-1495)

    Autor
    Nathália de Ornelas Nunes de Lima
    Orientador(a)
    Mário Jorge da Motta Bastos
    Data de Defesa
    2020-07-06
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    170
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Edmar Checon de Freitas
    Marcelo Santiago Berriel
    Mário Jorge da Motta Bastos

    Resumo

    Ao fim do período medieval, o fenômeno da morte tende a ser experienciado de
    forma cada vez mais individualiza, vindo também a ser utilizado para legitimar o poder dos
    príncipes. Nesse sentido, consideramos que os cerimoniais fúnebres dos membros da casa de
    Avis contribuíram para a legitimação da dinastia e para a construção de uma memória oficial
    do reino de Portugal, ancorada na sacralização dos integrantes da família real. O recorte da
    pesquisa abrange essencialmente os quatro primeiros reinados dessa segunda dinastia da
    monarquia portuguesa, no período entre o fim do século XIV e o século XV, momento que,
    para diversos historiadores, representa uma crise geral na Cristandade europeia ocidental, mas
    em que, ao mesmo tempo, estava em curso a formação do estado português. Na análise
    empreendida, tomando como principais fontes as crônicas régias e adotando como
    referenciais teóricos especialmente estudos antropológicos sobre os rituais funerários e
    estudos históricos de domínios como a antropologia histórica e a história das mentalidades,
    são investigados os mecanismos envolvidos na legitimação do poder régio durante a fase
    inicial da Dinastia de Avis no reino de Portugal, procurando compreender como os funerais
    régios e a regulação dos costumes relativos à morte e ao luto foram utilizados nesse processo.




  • 2020-07

    Entusiastas do desenvolvimento: a ditadura civil-militar entre representações e discursos oficiais sobre o
    indígena brasileiro (1968-1974)

    Título

    Entusiastas do desenvolvimento: a ditadura civil-militar entre representações e discursos oficiais sobre o
    indígena brasileiro (1968-1974)

    Autor
    Breno Luiz Tommasi Evangelista
    Orientador(a)
    Janaína Martins Cordeiro
    Data de Defesa
    2020-07-06
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    186
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Denise Rollemberg Cruz
    Janaína Martins Cordeiro
    Tatyana de Amaral Maia

    Resumo

    Esta dissertação tem por objetivo analisar o papel de agentes a serviço do Estado
    brasileiro para a conformação de determinada política indigenista no país durante a
    ditadura civil-militar brasileira (1964-1979). A principal proposta do estudo é identificar
    as características do conteúdo divulgado em produções textuais e discursos públicos,
    reconhecendo a importância dos métodos e dos veículos adotados para tanto. Assim, as
    fontes cotejadas foram os jornais da imprensa nacional, dos quais foram extraídos
    declarações e testemunhos de diversos agentes relacionados à política indigenista, o
    Boletim Informativo da Funai e outras produções textuais, como livros e artigos
    acadêmicos. Os objetos selecionados para tal estudo são fruto de diversos agentes
    históricos, concentrados sobretudo na Fundação Nacional do Índio (Funai) e na sua
    Assessoria de Relações Públicas àquele momento. As reflexões derivadas das análises
    deste conjunto material atentam para os usos que diferentes instituições e funcionários
    estatais fizeram do espaço público para manifestar opiniões, posicionamentos, teorias e
    representações sobre os indígenas brasileiros. Para tanto, a pesquisa incorpora as
    trajetórias de vida de determinados agentes produtores dessas representações, buscando
    compreender a interrelação entre suas experiências e expectativas individuais, o contexto
    político e as relações sociais estabelecidas entre si e com outros grupos no período. O

    recorte cronológico, de 1969 a 1974, corresponde ao período de governo do general-
    presidente Emílio Garrastazu Médici, momento marcado pelo surgimento de importantes

    questões e debates acerca da política indigenista brasileira em meio à implementação de
    uma política de desenvolvimento nacional que teve como um dos principais alvos a região
    amazônica.




  • 2020-07

    Bumba meu boi e festas populares na ilha do Maranhão: entre negociação e conflito (século XIX e
    XX)

    Título

    Bumba meu boi e festas populares na ilha do Maranhão: entre negociação e conflito (século XIX e
    XX)

    Autor
    Carolina Christiane de Souza Martins
    Orientador(a)
    Martha Campos Abreu
    Data de Defesa
    2020-07-03
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    327
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Eric Brasil Nepomuceno
    Fabiane Popinigis
    Isabel Cristina Martins Guillen
    Martha Campos Abreu
    Matthias Wolfram Orhan Röhrig Assunção
    Renata Figueiredo Moraes

    Resumo

    Este trabalho tem como objetivo analisar as festas populares na cidade de São Luís, capital

    do Maranhão, no período compreendido entre os séculos XIX e XX. Dentre as festas, a

    tese destaca a experiência dos sujeitos sociais do Bumba meu boi e as relações

    empreendidas entre estes festeiros e os intelectuais, a imprensa, o poder público e as

    autoridades policiais. Especificamente para o caso do Bumba meu boi, a pesquisa

    documental suscitou o caráter do associativismo instituído pelos trabalhadores negros e

    caboclos, destacando-se as articulações entre o universo dos bois, o mundo do trabalho,

    as irmandades religiosas católicas e o Tambor de Mina. No aprofundamento da análise

    sobre o Bumba meu boi, o estudo procura entender o seu processo de valorização

    enquanto manifestação no Maranhão e o papel dos intelectuais folcloristas e literatos,

    assim como dos próprios boieiros, o que culminou na sua patrimonialização em 2019. Na

    análise deste processo, a abordagem é ampliada para a valorização do popular,

    observando-se as negociações e tensões na política de controle das festas e divertimentos

    populares empreendidas pelas autoridades. Dessa forma, a tese identifica e analisa os

    instrumentos de controle, como exemplo, os Códigos de Posturas e Editais utilizados pela

    polícia, bem como as fontes referentes às licenças e requerimentos ao chefe de polícia, o

    que possibilitou a construção de uma geografia festiva na ilha do Maranhão.




  • 2020-07

    O debate público de professores historiadores acerca da ditadura pós-64 no Brasil: ensino de História,
    memória e usos públicos da História recente (1985-2015)

    Título

    O debate público de professores historiadores acerca da ditadura pós-64 no Brasil: ensino de História,
    memória e usos públicos da História recente (1985-2015)

    Autor
    Ana Lima Kallás
    Orientador(a)
    Marcelo Badaró Mattos
    Data de Defesa
    2020-07-03
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    361
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alessandra Carvalho
    Carlos Zacarias Figuerõa de Sena Júnior
    Fernando de Araujo Penna
    Luciana Lombardo Costa Pereira
    Marcelo Badaró Mattos

    Resumo

    Na tese discute-se em que medida o passado recente ditatorial foi objeto de debate público entre
    professores historiadores de 1985 a 2015 e de que forma foi abordado em políticas educacionais
    a partir da "redemocratização". Para esse fim, analisa-se os currículos escolares expressos na
    legislação educacional e em coleções de livros didáticos, além de anais de eventos científicos
    de História e de Ensino de História, que sistematizaram as reflexões de professores

    historiadores entre seus pares. Com o objetivo de auxiliar a pensar o caso brasileiro, debruça-
    se sobre as experiências argentina e chilena em suas transições políticas, reformas educacionais

    e ensino do passado recente. O ensino de passados ditatoriais (ou passados considerados
    "traumáticos" e "controversos") é entendido como possível mecanismo de "Justiça de
    Transição", ao permitir a reflexão pública sobre graves experiências de violência
    institucionalizada, suas permanências e transmutações em regimes democráticos. A transição
    brasileira, de caráter controlado e "pelo alto", foi marcada pela reorganização do Estado
    capitalista no Brasil, com a consolidação de uma democracia restrita, com fortes traços
    autocráticos e amnésicos. Esse processo constituiu uma limitação às possibilidades de amplo
    debate público sobre a ditadura pós-1964. Entre os professores historiadores se tornou mais
    urgente a contenda em torno da autonomia da disciplina de história enquanto campo de
    conhecimento científico e as novas abordagens teórico-metodológicas do que o ensino do
    passado recente. Contraditoriamente, a temática da ditadura esteve presente em todas as
    coleções didáticas analisadas, dos anos 1980 aos anos 2010. A pesquisa mostrou que a
    abordagem crítica das graves violações de direitos humanos, quando isolada, não leva
    necessariamente a uma compreensão sobre o sentido histórico do golpe e da ditadura pós-1964.




  • 2020-07

    Permanências pagãs e aspectos híbridos na Islândia do século XIII: uma análise da Brennu-Njáls Saga.

    Título

    Permanências pagãs e aspectos híbridos na Islândia do século XIII: uma análise da Brennu-Njáls Saga.

    Autor
    Gabriela Teixeira Frazão
    Orientador(a)
    Edmar Checon de Freitas
    Data de Defesa
    2020-07-03
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    112
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Edmar Checon de Freitas
    Mário Jorge da Motta Bastos
    Renan Marques Birro

    Resumo

    A instituição eclesiástica, desde o século V, buscava converter os ditos povos pagãos.
    Essa empreitada ocorreu através de um processo gradual de adaptação das tradições
    religiosas. A Escandinávia foi cristianizada por volta dos séculos IX e X e, dentro desse
    contexto, a Islândia foi cristianizada por volta do ano mil em meio a disputas entre os
    pagãos e os cristãos que vinham pouco a pouco ascendendo politicamente. A conversão
    islandesa acabou conduzindo a um processo de hibridismo religioso no qual o
    cristianismo absorveu muitos traços do paganismo. Esta dissertação busca analisar a
    permanência desses traços pagãos e dos aspectos híbridos na Islândia do século XIII à
    luz da literatura nórdica islandesa. Como fonte, optamos pela escolha de uma saga, a
    Brennu-Njáls saga, escrita por volta deste mesmo século. Embora a saga trate de um
    período anterior, no caso o período de conversão da Islândia, ela foi escrita no contexto
    da pós-conversão, trazendo dentro da sua narrativa elementos que retratam
    culturalmente e socialmente aquela sociedade, assim como a sua mentalidade, através
    da visão do seu autor.




  • 2020-07

     Feminismo entre ondas: mulheres, PCB e política no Brasil

    Título

     Feminismo entre ondas: mulheres, PCB e política no Brasil

    Autor
    Iracélli da Cruz Alves
    Orientador(a)
    Rachel Soihet
    Data de Defesa
    2020-07-03
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    360
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Carolina Barbosa Pereira
    Janaína Martins Cordeiro
    Joana Maria Pedro
    Larissa Moreira Viana
    Rachel Soihet
    Rodrigo Patto Sá Motta

    Resumo

    Partindo das ações e vozes de mulheres que movimentaram a política brasileira entre as
    décadas de 1940 e 1970 defendo a tese de que entre as chamadas primeira e segunda onda
    feministas houve um processo significativo de construção do feminismo no Brasil. Muitas
    das novidades comumente apontadas como próprias da segunda onda já vinham sendo
    construídas. Analiso, sobretudo, o feminismo de orientação comunista protagonizado por
    mulheres cisgênero e desenvolvido entre 1946 e 1957 em sintonia com o Partido
    Comunista do Brasil (PCB). Em 1946 foi fundado o Instituto Feminino de Serviço
    Construtivo (IFSC) com o objetivo de criar uma organização que conseguisse articular
    um movimento de mulheres nacional e unificado. No ano seguinte, emergiu o jornal
    Momento Feminino, importante meio de articulação do projeto político. Em 1949 nasceu
    a Federação de Mulheres do Brasil (FMB), que atuou com visibilidade pública até 1957.
    Pensando a dimensão coletiva, este período se sobressai na tese. No entanto, o
    enfraquecimento institucional não implicou o encerramento da circulação de projetos
    feministas de sociedade. A análise das trajetórias de duas militantes do PCB – Jacinta
    Passos e Alina Paim – serviu de baliza para pensar o feminismo durante as décadas de
    1960-70, temporalidade que atravessa a tese. Optei por pensar o processo como
    movimento não em fases apartadas que pouco ou nada dialogam. Acredito que abordagens
    que enfatizem as relações no lugar das descontinuidades seja a forma mais adequada de
    pluralizar e democratizar o debate, contribuindo tanto para repensar a linearidade e a
    evolução entre as supostas ondas, quanto para descobrir outros sujeitos que atuaram entre
    e para além delas.




  • 2020-07

    Pintura de paisagem e guerra: Edoardo de Martino nos mundos da arte no Brasil (1868-1877)

    Título

    Pintura de paisagem e guerra: Edoardo de Martino nos mundos da arte no Brasil (1868-1877)

    Autor
    Raphael Braga de Oliveira
    Orientador(a)
    Paulo Knauss de Mendonça
    Data de Defesa
    2020-07-03
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    199
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Maraliz de Castro Vieira Christo
    Paulo Knauss de Mendonça

    Resumo

    A presente dissertação aborda a obra artística do pintor Eduardo De Martino (1838-1912)
    realizada no Brasil (1868-1877). Formado pelo Instituto de Artes Plásticas de Nápoles,
    atuava como militar da Armada italiana até desistir da carreira militar para se tornar pintor.
    Iniciou sua trajetória artística no Brasil a convite do Imperador Dom Pedro II e chegou a se
    tornar Membro Correspondente da Academia Imperial de Belas Artes, antes de se transferir
    para Inglaterra onde se consagrou. A pesquisa buscou traçar a trajetória do pintor napolitano
    e tratar as redes de cooperação e interação que permitiram o pintor estrangeiro e iniciante se
    inserir nos mundos da arte do Brasil oitocentista e construir a partir do contexto local uma
    carreira artística internacional. Os estudos de cultura visual e a concepção de que a obra de
    arte é resultado de ação coletiva, inspirada pela Sociologia da Arte de Howard Becker,
    contribuíram para a análise da documentação de época (jornais, revistas, correspondência e
    catálogos de exposições, iconografia). Dessa forma, demonstra-se o dinamismo dos mundos
    da arte no Brasil do século XIX.




  • 2020-07

    O trotskismo no Brasil e a crise de direção revolucionária: construção do partido, programa político e
    movimento operário (1937-1948)

    Título

    O trotskismo no Brasil e a crise de direção revolucionária: construção do partido, programa político e
    movimento operário (1937-1948)

    Autor
    Henrique de Bem Lignani
    Orientador(a)
    Paulo Cruz Terra
    Data de Defesa
    2020-07-03
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    227
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Felipe Abranches Demier
    Paulo Cruz Terra
    Tatiana Silva Poggi de Figueiredo

    Resumo

    O objetivo desta dissertação é analisar parte da trajetória do movimento trotskista no
    Brasil, mais especificamente o período em que se desenvolveram o Partido Operário Leninista
    (POL) e o Partido Socialista Revolucionário (PSR). Tendo atuado entre 1937 e o começo da
    década de 1950, esses partidos se vincularam à IV Internacional e buscaram constituir-se
    enquanto direção política para o movimento revolucionário, apresentando uma saída para o
    problema da crise de direção. Dessa forma, o que pretendo é analisar como os militantes do
    POL e do PSR se organizaram e intervieram na realidade visando dar conta dessa tarefa à qual
    se propunham. Para responder tal questão, destaca-se também a inserção dos referidos
    partidos no contexto político e social do Brasil (ditadura varguista do Estado Novo, transição
    ao "período democrático") e do mundo (eclosão da Segunda Guerra, pós-guerra), bem como
    sua relação com outros partidos e correntes identificados com a esquerda, em especial o PCB.
    Alguns elementos fundamentais para o entendimento da questão proposta, e nos quais o
    presente trabalho se centra, são: a construção da organização partidária e a concepção de
    partido mobilizada pelos militantes trotskistas; o programa político que apresentavam para a
    classe trabalhadora; e as suas propostas para intervenção no movimento operário. A partir da
    análise de documentos produzidos pelo POL e pelo PSR, tais quais textos de circulação
    interna e publicações periódicas, além de outras fontes, como relatórios policiais, pretendo
    investigar tais aspectos da vida política das organizações trotskistas, identificando também as
    transformações e mudanças de perspectiva manifestadas ao longo do tempo.




  • 2020-06

    "É impossível levar um barco sem temporais": os Malditos da MPB durante as décadas de 1960 e 1970

    Título

    "É impossível levar um barco sem temporais": os Malditos da MPB durante as décadas de 1960 e 1970

    Autor
    Ulisses Monteiro Coli Diogo
    Orientador(a)
    Janaína Martins Cordeiro
    Data de Defesa
    2020-06-30
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    243
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Gustavo Alves Alonso Ferreira
    Janaína Martins Cordeiro
    Karla Guilherme Carloni
    Lívia Gonçalves Magalhães
    Luisa Quarti Lamarão

    Resumo

    Os objetivos deste trabalho são a reflexão e a compreensão do uso do termo malditos

    para se referir a músicos populares surgidos entre fins da década de 1960 e início da década

    de 1970. O termo passou então a significar artistas que utilizavam uma linguagem musical e

    poética experimental ̧ comportamento transgressor, quebra de padrões, associação de

    elementos estéticos e temáticos, além de uma relação instável com o mercado de música. Os

    artistas escolhidos para análise no trabalho são: Luiz Melodia, Jards Macalé, Sérgio Sampaio,

    Jorge Mautner, Walter Franco e Tom Zé.

    Dentro do campo da música popular e das segmentações propostas pelo mercado,

    atuavam de forma marginal ao mainstream da MPB, e todos passaram por momentos de

    sucesso e quase esquecimento. Mesmo sem atuarem como um grupo definido, o uso do termo

    prevaleceu em suas carreiras artísticas, criando, mesmo que de forma involuntária algo que os

    associasse.

    Portanto, pretende-se apontar a origem do termo, a forma como foi utilizado pelos

    agentes mediadores, assim como uma reflexão acerca do sentido do termo.




  • 2020-06

     "Trabalhadores e trabalhadoras do Frigorífico Matarazzo em Jaguariaíva-PR: cotidiano, experiência e resistência (1920-1940).

    Título

     "Trabalhadores e trabalhadoras do Frigorífico Matarazzo em Jaguariaíva-PR: cotidiano, experiência e resistência (1920-1940).

    Autor
    Francielle Aparecida Uchak
    Orientador(a)
    Laura Antunes Maciel
    Data de Defesa
    2020-06-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    188
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Hélvio Alexandre Mariano
    Laura Antunes Maciel
    Paulo Cruz Terra

    Resumo

    A presente pesquisa tem o intuito de demonstrar as experiências de trabalho e atuação dos

    trabalhadores e trabalhadoras que exerceram suas funções entre 1920-1940 no Frigorifico de

    suínos da Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, uma das maiores indústrias que se

    instalaram na cidade de Jaguariaíva no Estado do Paraná na segunda década do século XX.

    Buscamos demonstrar as relações de trabalho, os motivos da instalação na localidade, bem

    como as lutas e resistências dos homens, mulheres e crianças dentro e fora do ambiente de

    trabalho. Problematizamos os conflitos no espaço da fábrica, o regime de trabalho, os interesses,

    acidentes e como os trabalhadores agiram em relação a eles e quais as suas formas de ação e

    reivindicação através de ações trabalhistas.




  • 2020-06

    Biopolítica e operariado carioca: Apontamentos para um estudo do Biopoder no Brasil (1901-1918)

    Título

    Biopolítica e operariado carioca: Apontamentos para um estudo do Biopoder no Brasil (1901-1918)

    Autor
    Patrick Coutinho da Silva
    Orientador(a)
    Carlos Augusto Addor
    Data de Defesa
    2020-06-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    160
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alexandre Ribeiro Samis
    Carlos Augusto Addor
    Renata Torres Schittino

    Resumo

    A biopolítica é um conceito utilizado pelo filósofo Michel Foucault para denominar uma

    tecnologia política que emergiu na Europa, no início do século XVIII, e que tem como

    objetivo estabelecer um controle político da vida humana. O seu desenvolvimento está

    atrelado à dinâmica do capitalismo, dessa forma, para compreender como age o biopoder

    em determinada região, é necessário que se considere as especificidades assumidas pelo

    liberalismo na mesma, algo que não foi feito em estudos que abordem as práticas de

    controle da vida no Brasil. Esta pesquisa tentará, portanto, historicizar a noção

    foucaultiana de biopolítica, tornando-o uma ferramenta de análise historiográfica mais

    potente. Faremos isso através de uma análise micropolítica do dia a dia de trabalhadores

    de uma fábrica de tecidos da cidade do Rio de Janeiro do início do século XX, momento

    em que acredito que a biopolítica emerge no Brasil. Esses tecelões eram assistidos pela

    mesma através da oferta de moradia e, por causa disso, creio que eles se encontravam em

    uma situação de controle ininterrupto que se iniciava na fábrica e invadia a vida privada.

    O estudo das técnicas disciplinares usadas para controla-los, possibilitado pela leitura de

    fontes como os periódicos daquele período, muito tem a dizer sobre a maneira pela qual

    a biopolítica se desenvolveu no Brasil.




  • 2020-06

    Dos vermes aos astros: saber, poder e disputas pela arte de curar durante a epidemia dos males em Pernambuco (séculos XVII - XVIII)

    Título

    Dos vermes aos astros: saber, poder e disputas pela arte de curar durante a epidemia dos males em Pernambuco (séculos XVII - XVIII)

    Autor
    Bernardo Manoel Monteiro Constant
    Orientador(a)
    Renato Júnio Franco
    Data de Defesa
    2020-06-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    207
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Luís Miguel Nunes Carolino
    Renato Júnio Franco
    Silvia Patuzzi

    Resumo

    Este trabalho pretende estudar os desdobramentos da epidemia febril que assolou a costa

    da América portuguesa entre as décadas de 1680-1690, com o fim de analisar as

    dinâmicas de produção, aplicação e legitimação de conhecimento médico-curativo no

    mundo português no final do século XVII. O estudo se orienta pelas tensões

    estabelecidas nos processos de produção de saberes curativos e suas interfaces com as

    dinâmicas políticas, campo a partir do qual derivam os problemas a serem explorados.

    Considerando que a legitimação de saberes envolvia fatores como a capacidade de

    difusão discursiva, a mobilização de relações políticas e apropriação de conhecimentos

    que por vezes escapavam ao que era tido por válido entre as elites letradas, parte-se da

    premissa de que o estudo deve observar os processos amplos que levavam do saber

    medicinal à ação curativa; bem como as estratégias dos agentes da cura para validar

    socialmente seu saber e fazer. Outra questão central do trabalho é a relação que se

    desenvolve entre a doença, a cura e as práticas políticas. Isso porque observar a doença

    e a cura entendidas como recursos viabiliza a compreensão das estratégias políticas

    empregadas pelas partes interessadas na mobilização do saber curativo em favor de seus

    projetos. As fontes para a análise são primariamente tratados médicos produzidos por

    agentes da cura que atuaram na América portuguesa durante a epidemia; bem como

    documentação governativa que permita explorar as relações travadas entre os agentes da

    cura e os da política.




  • 2020-06

    "Nas redes do Escola sem Partido: ideologia e repressão ao trabalho docente e ensino de história"

    Título

    "Nas redes do Escola sem Partido: ideologia e repressão ao trabalho docente e ensino de história"

    Autor
    Walter Lima Brandão Baptista
    Orientador(a)
    Laura Antunes Maciel
    Data de Defesa
    2020-06-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    176
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Bruno Leal Pastor de Carvalho
    Fernando de Araujo Penna
    Laura Antunes Maciel

    Resumo

    Esta dissertação investiga a atuação de grupos organizados no espaço digital com o

    propósito de divulgar e legitimar o programa escola "sem" partido (ESP) e sua

    transformação em políticas públicas de educação. A pesquisa identificou indivíduos e

    grupos de diversas esferas da sociedade civil – lideranças políticas, religiosas, mídia

    tradicional e digital, e intelectuais – que se articulam e agem em rede, dentro e fora do

    ciberespaço, constituindo uma forma particular de autocomunicação de ideias

    conservadoras. O trabalho procurou evidenciar o modus operandi desses usuários e

    produtores de conteúdo em redes sociais, que se define pela atuação em rede, se articula

    em torno da falácia da neutralidade política e milita a favor do combate e cerceamento de

    práticas de ensino que discutem criticamente temáticas como identidade, desigualdade,

    racismo, homofobia, gênero e outros temas transversais ao ensino de História. O trabalho

    foi desenvolvido em diálogo com as humanidades digitais e procurou articular a atuação

    desses grupos nos espaços on-offline, adotando como metodologia o acompanhamento

    tanto de ações online quanto dos eventos públicos, principalmente aqueles realizados no

    legislativo federal.




  • 2020-06

    As mulheres em Beowulf: a representação feminina na sociedade anglo-saxã dos séculos VII e VIII. 

    Título

    As mulheres em Beowulf: a representação feminina na sociedade anglo-saxã dos séculos VII e VIII. 

    Autor
    Hayanne Porto Grangeiro
    Orientador(a)
    Carolina Coelho Fortes
    Data de Defesa
    2020-06-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    155
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carolina Coelho Fortes
    Edmar Checon de Freitas
    Renato Rodrigues da Silva

    Resumo

    Os novos rumos e perspectivas apresentados pela Nova História tiveram grande

    repercussão na produção historiográfica a partir da década de 1970, sendo o campo de

    História das Mulheres um dos impulsionadores de um novo sujeito histórico. Os reflexos

    destas novas propostas foram intensamente sentidos na área de estudos anglo-saxões que,

    assim como nas demais, se propuseram a iniciar o movimento de registrar uma História

    mais plural. No entanto, é possível perceber a manifestação de certas limitações em

    termos de metodologia e contextualização em alguns trabalhos que consideram as

    mulheres anglo-saxãs como seu tema central.

    Buscando contribuir academicamente para as produções do campo de História das

    Mulheres referentes ao período anglo-saxão, esta dissertação se propõe a rever o

    desempenho das mulheres da aristocracia anglo-saxã na sociedade em questão. Assim, ao

    tomar Beowulf como a fonte de análise para a realização desta pesquisa, se buscará

    compreender o processo de representação atribuído às mulheres anglo-saxãs dos séculos

    VII e VIII a partir das personagens de Wealhtheow, Hildeburh e Mãe de Grendel. Em

    paralelo, será realizada a contextualização das práticas políticas e sociais em que estas

    estão envolvidas na narrativa, como o sistema de comitatus, as relações de parentesco e

    o direito à vingança.




  • 2020-06

    A utopia de uma América protestante: missionários norte-americanos e projetos de modernidade para a América Latina

    Título

    A utopia de uma América protestante: missionários norte-americanos e projetos de modernidade para a América Latina

    Autor
    Guilherme Ferreira Oliveira
    Orientador(a)
    Renata Torres Schittino
    Data de Defesa
    2020-06-29
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    326
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alexsander Lemos de Almeida Gebara
    Érica Sarmiento da Silva
    Larissa Moreira Viana
    Luiz Francisco de Albuquerque Miranda
    Renata Torres Schittino

    Resumo

    Este trabalho traz uma análise do projeto misisonário protestante na América Latina à luz dos

    escritos de missionários norte-americanos que viveram na porção sul do continente nas

    primeiras décadas do século XX. O objetivo da pesquisa é compreender de que maneira a

    América Latina e os latino-americanos foram representados nessa literatura e como essas

    imagens contribuíram para a formatação de um programa de missões específico para a região,

    o qual dependeu da criação de uma narrativa da História e de leituras próprias sobre os estratos

    do tempo. Interessa, assim, compreender a circulação de ideias, ideologias e imaginários,

    religiosos ou não, que fomentaram o pensamento desses missionários. Em mesma medida, esse

    trabalho também pode ser entendido como um estudo sobre as dinâmicas do pensamento e da

    prática evangelística no contexto da expansão da modernidade eurocêntrica na América Latina,

    e o seu desafio correlato de imposição da civilização ocidental e de interpretação das

    alteridades.




  • 2020-06

    Familiaturas controversas: as normas e as práticas do santo Ofício (Rio de Janeiro, 1725-1807)

    Título

    Familiaturas controversas: as normas e as práticas do santo Ofício (Rio de Janeiro, 1725-1807)

    Autor
    Roberta Cristina da Silva Cruz
    Orientador(a)
    Ronald José Raminelli
    Data de Defesa
    2020-06-26
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    290
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Daniela Buono Calainho
    Georgina Silva Dos Santos
    Ronald José Raminelli
    Ronaldo Vainfas
    Yllan de Mattos Oliveira

    Resumo

    Temos como objetivo examinar as exceções relacionadas ao desempenho das funções dos
    familiares do Santo Ofício habilitados no Rio de Janeiro, no período compreendido entre 1725
    e 1807. Para este fim, será traçado um perfil social dos agentes residentes nesta localidade.
    Pretende-se também examinar familiaturas de indivíduos que não se enquadravam às normas
    para obtenção da insígnia. Tal estudo pode não apenas contribuir para a compreensão do modus
    operandi da Inquisição na formação de seu quadro de agentes, mas, por ser uma análise pautada
    nas exceções, possibilitará visualizar algumas tendências do período quanto à candidatura de
    pessoas fora do padrão. Os processos estão depositados no Arquivo Nacional da Torre do
    Tombo em Portugal. Além dos casos específicos, examinar-se-ão também certidões, cartas e
    demais vestígios que permitam compreender as trajetórias dos personagens. Foram localizadas
    também habilitações incompletas de pessoas que não conseguiram a patente e que tinham o
    mesmo impedimento dos que conseguiram. Em uma perspectiva comparativa, elas
    enriquecerão este estudo. Ainda em relação às regras, foi investigado até que ponto as
    legislações vigentes eram respeitadas por eles que muitas vezes resistiram às ordens dadas por
    superiores hierárquicos alegando privilégios. Para isso, foram priorizados documentos
    localizados em diversos fundos, principalmente os que foram encontrados na instituição
    referida anteriormente, no Arquivo Histórico Ultramarino e no Arquivo Nacional do Rio de
    Janeiro. Por esse motivo, torna-se importante examinar o papel dos familiares dentro da
    sociedade e os impactos promovidos pelo Santo Ofício quanto à ascensão social desses
    indivíduos na capitania que se tornara capital em 1763.




  • 2020-06

    A defesa do Império em tempo de reforma: o exército português e a oficialidade militar na capitania de Pernambuco, 1774-1800

    Título

    A defesa do Império em tempo de reforma: o exército português e a oficialidade militar na capitania de Pernambuco, 1774-1800

    Autor
    Giovane Albino Silva
    Orientador(a)
    Ronald José Raminelli
    Data de Defesa
    2020-06-25
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    282
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Kalina Vanderlei Paiva da Silva
    Miguel Alexandre Dantas da Cruz
    Renato Júnio Franco
    Ronald José Raminelli
    Suely Creusa Cordeiro de Almeida
    Vitor Izecksohn

    Resumo

    A presente tese analisa a constituição do exército português e do seu oficialato na

    capitania de Pernambuco a partir de um período de reforma. Na segunda metade do século

    XVIII, os impérios atlânticos estiveram envolvidos na Guerra dos Sete Anos e seus

    consequentes desdobramentos nas fronteiras do Novo Mundo. Os territórios coloniais, palco de

    disputas entre as monarquias europeias, receberam novas diretrizes de organização militar que

    buscavam reestruturar os seus grupos armados. Os exércitos eram as principais unidades

    encarregadas de atuarem na guerra e os governadores das capitanias mobilizaram recursos para

    auxiliarem a defesa da coroa, incluindo a prestação de serviços dos colonos. Nesse contexto,

    analisamos os fenômenos que caracterizaram os movimentos de renovação das tropas pagas

    sediadas na capitania de Pernambuco e a constituição do corpo de oficiais com o propósito de

    entender o grupo que esteve inserido na instituição, seu processo de reestruturação e sua relação

    com a sociedade colonial. Analisar a reforma militar na América e os oficiais que se

    organizaram nesse processo são elementos chaves para compreender não apenas as dinâmicas

    internas e a história do exército em uma parcela do território colonial, mas também as relações

    que o império ultramarino português teceu com os colonos por meio dos serviços das armas na

    segunda metade do século XVIII.




  • 2020-06

    Entre "bem" e "mal" comportadas: feminismo(s) na Era Vargas (1930-45)

    Título

    Entre "bem" e "mal" comportadas: feminismo(s) na Era Vargas (1930-45)

    Autor
    Yasmin Vianna Bragança
    Orientador(a)
    Angelica Müller
    Data de Defesa
    2020-06-25
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    125
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Angelica Müller
    Anna Marina Madureira de Pinho Barbará Pinheiro
    Lívia Gonçalves Magalhães

    Resumo

    Este trabalho propõe analisar os posicionamentos e atuações de três organizações

    feministas durante a Era Vargas (1930-45): a Federação Brasileira pelo Progresso

    Feminino, a Aliança Nacional de Mulheres e a União Feminina do Brasil. Com o

    Movimento de 1930, dando fim à Primeira República e colocando Getúlio Vargas como

    presidente, foi elaborado um plano de superar de problemas para alcançar a modernidade,

    dos moldes europeu e norteamericano. A mulher brasileira passou a ter grande destaque,

    sendo escolhida como a solução, através da sua função considerada primordial: a

    maternidade. Sua responsabilidade não estava apenas restrita à reprodução, mas também

    pela criação e educação dos futuros cidadãos brasileiros, de forma saudável e moral, de

    acordo com os padrões estabelecidos. Houve investimentos do governo, através de

    políticas públicas, propagandas e discursos de membros do Estado, intelectuais e até

    mesmo do próprio presidente. Em relação ao trabalho feminino, importantes avanços

    sociais foram conquistados, principalmente com o Decreto de Trabalho das Mulheres de

    1932, que consolidou garantias básicas às trabalhadoras, também pauta de lutas e

    movimentações das mulheres muito anteriores ao período. Por outro lado, as legislações

    também foram uma maneira do Estado controlar, através de certas proibições, a inevitável

    presença delas no âmbito público. Os movimentos feministas aproveitaram a mudança de

    poder e da posição estratégica no projeto para alcançar diversas demandas e conquistas,

    reivindicadas desde fins do século anterior.




  • 2020-06

    O que fazer? A história do romance e do gênero

    Título

    O que fazer? A história do romance e do gênero

    Autor
    Camilo Jose Teixeira Lima Domingues
    Orientador(a)
    Daniel Aarão Reis Filho
    Data de Defesa
    2020-06-25
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    721
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Carolina Huguenin Pereira
    Angelo de Oliveira Segrillo
    Bruno Barretto Gomide
    Daniel Aarão Reis Filho
    Sonia Branco Soares

    Resumo

    A presente tese de doutorado tem por objetivo demonstrar que a obra O Que Fazer? (1863), de Nikolai Tchernychévski, constitui um romance político-filosófico. Para tal, é realizado um estudo de caso cujos objetos são o referido romance e a relação de seu autor com as obras e pensadores que lhe deram ensejo. O trabalho vale-se de uma análise histórica de documentos – correspondências e artigos de jornais e revistas literárias – concomitante a uma análise histórico-literária das obras com as quais o referido romance estabeleceu relação: Julie ou a Nova Héloïse, de Jean-Jacques Rousseau; Jacques, de George Sand; Tempos Difíceis, de Charles Dickens; Quem É o Culpado?, de Aleksándr Herzen; e Pais e Filhos, de Ivan Turguêniev. O intenso e profícuo intercâmbio intelectual entre Nikolai Tchernychévski com aqueles escritores e com as suas obras, evidenciado por esta pesquisa, aponta para que o processo de concepção e elaboração de O Que Fazer? envolveu a apropriação e a transmissão de questões filosóficas, crítico-literárias e políticas circulantes no complexo e dinâmico ambiente literário russo. Ao final, as características particulares daquela interação e os objetivos de Nikolai Tchernychévski na realização daquela obra permitem, à luz dos trabalhos sobre o romance filosófico do século XVIII europeu, e do engajamento ético e político do autor, classificá-la como um romance político-filosófico. Em seu conjunto, o levantamento histórico-literário e as análises empreendidas nesta pesquisa apresentam a história de O Que Fazer? e do desenvolvimento daquele gênero filosófico-literário na Rússia.




  • 2020-06

    Madame Barat, Modista da casa Imperial:uma análise da dinâmica do consumo de moda no Rio de janeiro oitocentista (1840-1860)

    Título

    Madame Barat, Modista da casa Imperial:uma análise da dinâmica do consumo de moda no Rio de janeiro oitocentista (1840-1860)

    Autor
    Juliana Valpasso de Andrade
    Orientador(a)
    Carlos Gabriel Guimarães
    Data de Defesa
    2020-06-24
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    122
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Diogo de Carvalho Cabral
    Walter Luiz Carneiro de Mattos Pereira

    Resumo

    A presente pesquisa tem como objetivo analisar a dinâmica espacial que o consumo de moda

    tinha no Rio de Janeiro, entre 1840 e 1860. Para tanto foi necessário estabelecer os

    delineamentos historiográficos acerca da moda, sob um viés econômico, partindo do debate

    acerca do estabelecimento do comércio e como este se desdobra no ato do consumo. Ao

    debater sobre a importância de se estudar a moda, é imprescindível destacar seu

    desenvolvimento no ocidente e como expansão desse ramo comercial representou um avanço

    para a sociedade imperial do Rio de Janeiro, que deixava de ter moldes de Antigo Regime e

    passava a mirar a Europa como padrão de civilização a ser seguido. Nesse sentido, foi

    utilizado o Sistema de Informação Geográfica (SIG), como principal metodologia e o

    Almanak Laemmert e o Jornal do Commercio como fontes, uma vez que estes impressos

    apresentam os endereços onde as lojas de modas se encontravam na cidade, possibilitando a

    análise espacial.




  • 2020-06

    ESPAÇO e FISCALIDADE: a cartografia fiscal e o perfil social dos dízimos em Mariana (1784-1810)

    Título

    ESPAÇO e FISCALIDADE: a cartografia fiscal e o perfil social dos dízimos em Mariana (1784-1810)

    Autor
    Thaiz Barbosa Freitas
    Orientador(a)
    Carlos Gabriel Guimarães
    Data de Defesa
    2020-06-23
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    127
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ângelo Alves Carrara
    Carlos Gabriel Guimarães
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo

    Resumo

    A proposta de estudo deste trabalho é analisar a concentração espacial e o perfil

    social da arrecadação dos dízimos das freguesias do Termo de Mariana, na Minas Gerais

    setecentista, que se estendia a diferentes grupos sociais. Nesse sentido, pretendo

    demonstrar que se tratava de um tributo que reforça a complexidade das conjunturas

    econômicas e financeiras da região; também serão analisados, por meio da elaboração

    cartográfica de informações históricas, os diferentes papeis das freguesias e dos grupos

    sociais que pagavam, ou não, o tributo, considerando, essencialmente, seu caráter

    religioso. Para tais análises, balizo o trabalho em dois recortes temporais: primeiro, entre

    o período de início dos registros dos créditos, em 1784, e o final, 1786; segundo, nos

    períodos de pagamentos dos créditos, 1787-1810. A partir desses recortes espaciais e

    temporais será trabalhada não apenas a dimensão econômica do imposto eclesiástico,

    relacionada diretamente à produção agrícola, mas, principalmente, como sua dimensão

    fiscal permite compreender as transformações que envolvem a ocupação de diferentes

    indivíduos nos espaços na sociedade colonial.




  • 2020-06

    A ACLAMAÇÃO DAS LETRAS: O Instituto Nacional do Livro e a pedagogia literária do no Brasil do século XX

    Título

    A ACLAMAÇÃO DAS LETRAS: O Instituto Nacional do Livro e a pedagogia literária do no Brasil do século XX

    Autor
    Mariana Rodrigues Tavares
    Orientador(a)
    Giselle Martins Venancio
    Data de Defesa
    2020-06-19
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    403
    Volumes
    2
    Banca de Defesa
    Eliana Regina de Freitas Dutra
    Giselle Martins Venancio
    Maria de Fatima Nunes
    Nuno Miguel Ribeiro de Medeiros
    Renato Júnio Franco

    Resumo

    A ACLAMAÇÃO DAS LETRAS: O Instituto Nacional do Livro e a pedagogia literária no Brasil do século XX Esta tese analisa a trajetória social do Instituto Nacional do Livro (1937-1990) destacando os seus processos de edição de livro, bem como as mediações intelectuais. Sendo assim, os objetivos desta pesquisa se dedicam a coletar as fontes que vinculam, direta ou indiretamente, as relações de circulação dos impressos do Instituto Nacional do Livro do Brasil (INL) ao longo de seus mais de cinquenta anos de existência. Com isso espera-se inventariar as coleções de obras do Instituto do Livro, além de se ter em nota as publicações que se intercambiaram entre o Brasil e outros países, assim como, se procura destacar as relações intelectuais existentes neste processo. Diante do obscurantismo que permeia a história social do Instituto Nacional do Livro e da própria falta de outras pesquisas historiográficas que se dediquem a este tema, o presente trabalho se apresenta como uma contribuição original acerca dos circuitos editoriais que permearam capítulos importantes da circulação dos impressos no Brasil. Foram utilizados alguns conceitos que podem auxiliar a identificar as práticas editoriais do Instituto Nacional do Livro. Por meio deles, verificaram-se as especificidades do Instituto através dos "pormenores" de suas edições. Deste modo, cabem discutir os conceitos de canonização e de vulgarização que estiveram presentes, não apenas, nas páginas dos primeiros impressos republicanos, mas principalmente nos prelos do Instituto Nacional do Livro. Pautado na divulgação de obras essenciais para a "cultura nacional", o INL dedicou-se à publicação de autores clássicos lançados em suas coleções especiais como a "Biblioteca popular brasileira", "Biblioteca de Divulgação Cultural". Estas últimas são investigadas como fontes desta pesquisa. No cerne dessas edições, identifica-se um processo de canonização de autores representantes da história da literatura brasileira. Por fim, como principais resultados e conclusões, observa-se que para o caso particular do Instituto Nacional do Livro, as referidas publicações assinadas pelo órgão, acrescidas da seleção de seus mediadores, estiveram na esteira de um processo de educação literária da população e de monumentalização das obras nacionais, na medida em que agiam como produtores dos mecanismos de certa difusão literária.




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