Dissertações e Teses
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2020-06
"À sombra do crisântemo: o discurso político do governo Meiji na revitalização do governo imperial (1868-1889)".
Título"À sombra do crisântemo: o discurso político do governo Meiji na revitalização do governo imperial (1868-1889)".
Autor
Mateus Martins do NascimentoOrientador(a)
Renata Torres SchittinoData de Defesa
2020-06-19Nivel
MestradoPáginas
110Volumes
1Banca de DefesaGizlene NederMônica Setuyo OkamotoRenata Torres Schittino
ResumoO presente trabalho analisa alguns documentos de tipo jurídico do período Meiji da história japonesa. Com início em 1868, esta época é tradicionalmente lembrada como o momento de intensas relações do Japão com o mundo ocidental. Os impactos dessa reaproximação aparecem na documentação e na legislação máxima, o texto constitucional, que se apresentam então como ferramentas – rastros – que nos permitem a compreensão parcial dessa época e do debate de ideias, naquilo que diz respeito ao lugar das tradições no processo de modernização que se fez necessário. Nesse caso, destacam-se a presença das histórias sobre o descendente imperial, Ninigi, e sua expressão nos textos lançados entre 1868 e 1889 que tratam da figura imperial, da sociedade japonesa e das instituições componentes e estruturantes desse todo, com destaque para a sociabilidade que analisamos. Através de uma retomada dos textos de fundação da tradição japonesa, Kojiki e Nihon Shoki, com ênfase no primeiro, vemos (1) o papel de uma metodologia de revisitação, o honkadori, e (2) a perpetuação da revisitação como forma de conter e melhor ordenar o espaço público japonês. Naquele contexto em que os políticos japoneses estavam se reencontrando com as potências do mundo, tratou-se de um duplo movimento: entender o pensamento do passado do Japão e as culturas modernas ocidentais e exprimi-las de modo coerente no corpo legislativo oitocentista.
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2020-06
Uma floresta de conflitos, disputas e negociações: a Capitania do Porto da Corte e Província do Rio de Janeiro e a sobreposição de jurisdições no processo de centralização administrativa dos portos (1846-1874).
TítuloUma floresta de conflitos, disputas e negociações: a Capitania do Porto da Corte e Província do Rio de Janeiro e a sobreposição de jurisdições no processo de centralização administrativa dos portos (1846-1874).
Autor
Edilson Nunes Dos Santos JuniorOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2020-06-18Nivel
DoutoradoPáginas
355Volumes
1Banca de DefesaÁlvaro Pereira do NascimentoGladys Sabina RibeiroJosé Miguel Arias NetoKaroline CarulaPaulo Cruz Terra
ResumoEsta pesquisa tem como objetivo analisar a criação e o funcionamento da Capitania do Porto da Corte e Província do Rio de Janeiro entre os anos 1846 e 1874. Para tanto, investiga como a sobreposição de jurisdições causada pelo seu regulamento provocou uma concorrência de poderes entre instituições imperiais, provinciais e municipais sobre os terrenos de marinhas da província e, em especial, da Corte e como esse processo foi apropriado pelos agentes sociais presentes nas praias. O cotidiano de atribuições da repartição foi atravessado por uma complexidade de interesses e de influências internas e externas, locais e centrais; o que permite deslindar o processo de normatização dos portos em escala nacional e como esse processo foi atravessado de conflitos, disputas e negociações que influenciaram e foram influenciados pelo projeto conservador de centralização política e administrativa.
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2020-06
Escravidão, tráfico e indústria na Bahia oitocentista: a sociedade Lacerda e Cia e a fábrica têxtil Todos os Santos (c.1844-c.1878).
TítuloEscravidão, tráfico e indústria na Bahia oitocentista: a sociedade Lacerda e Cia e a fábrica têxtil Todos os Santos (c.1844-c.1878).
Autor
Silvana Andrade Dos SantosOrientador(a)
Luiz Fernando SaraivaData de Defesa
2020-06-18Nivel
DoutoradoPáginas
271Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergLuiz Fernando SaraivaRafael de Bivar MarqueseWalter Luiz Carneiro de Mattos Pereira
ResumoEsta tese versa sobre a relação existente entre o surgimento e o funcionamento de indústrias fabris no Brasil do século XIX, o contrabando negreiro e a escravidão, a partir do caso da fábrica têxtil Todos os Santos. Esta fábrica, construída na Bahia em meados da década de 1840, fora o maior estabelecimento de sua natureza existente no Império durante todo o período em que esteve ativa. Iniciamos o trabalho abordando a trajetória dos sócios da firma Lacerda e Cia, fundada em 1844, e proprietária da fábrica durante a primeira fase de sua existência (1844-1860): o português, naturalizado brasileiro, Antonio Francisco de Lacerda, o estadunidense John Smith Gillmer e o sul-rio-grandense Antonio Pedrozo de Albuquerque (que, ademais, se tornaria proprietário individual da fábrica em sua segunda fase, após a dissolução da firma, de 1860 a 1878). Procuramos analisar a formação, consolidação e diversificação da fortuna destes indivíduos, destacando o papel que a sua participação no tráfico e no contrabando negreiro para o Brasil no século XIX teve em seus negócios. Assim, buscamos demonstrar que os capitais que deram origem à fábrica Todos os Santos foram acumulados no contrabando. Na segunda parte do trabalho, analisamos o processo de estabelecimento da fábrica na vila de Valença, bem como seu funcionamento. Desta forma, abordamos a atuação do engenheiro estadunidense John Monteiro Carson no negócio, a escolha do local para instalação da fábrica e a busca por subvenções para o estabelecimento. Por fim, tratamos sobre sua infraestrutura, mão de obra, matéria-prima e destino das mercadorias, buscando chamar atenção para o fato de que a Todos os Santos também empregava mão de obra escrava, além de ter sua produção voltada para atender às demandas da sociedade escravista brasileira.
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2020-03
ARQUIBANCADA FEMININA. Relações de Gênero e formas de ser torcedora nas arquibancadas do Rio de Janeiro.
TítuloARQUIBANCADA FEMININA. Relações de Gênero e formas de ser torcedora nas arquibancadas do Rio de Janeiro.
Autor
Nathália Fernandes PessanhaOrientador(a)
Lívia Gonçalves MagalhãesData de Defesa
2020-03-13Nivel
MestradoPáginas
157Volumes
1Banca de DefesaBernardo Borges Buarque de HollandaLívia Gonçalves MagalhãesRosana da Câmara Teixeira
ResumoO presente trabalho tem por objetivo versar sobre a presença feminina e as relações de gênero nas torcidas cariocas, tratando, para isso, de temas pertinentes à essa inserção, como assédio, machismo, violência de gênero e outros temas correlatos. Serão analisadas entrevistas, reportagens e fontes legislativas que contribuam para alcançar os objetivos propostos. Ao longo do trabalho será feita uma imersão histórica no mundo do futebol feminino, sobretudo durante o período de sua proibição (1941-1979), visando entender como essa proibição afetou e afeta as torcedoras. As análises feitas levaram em conta tanto as torcedoras organizadas como as não organizadas pertencentes aos quatro grandes times do futebol carioca: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco.
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2020-03
"EU SOU PUTA": Lourdes Barreto, História de Vida e Movimento de Prostitutas no Brasil
Título"EU SOU PUTA": Lourdes Barreto, História de Vida e Movimento de Prostitutas no Brasil
Autor
Amanda de Mello CalabriaOrientador(a)
Juniele Rabêlo de AlmeidaData de Defesa
2020-03-06Nivel
MestradoPáginas
240Volumes
1Banca de DefesaAdriana Gracia PiscitelliAna Paula da SilvaJuniele Rabêlo de AlmeidaMarina Annie Martine Berthet Ribeiro
ResumoA pesquisa tem por objetivo analisar a trajetória de Lourdes Barreto (narrativa autobiográfica) e sua incidência no Movimento Brasileiro de Prostitutas. Os recortes temporais da militância de Lourdes perpassam as suas experiências no "Quadrilátero do Amor", em Belém (PA), as ações junto à Pastoral da Mulher Marginalizada, a criação da Rede Brasileira de Prostitutas, em 1987 e a fundação do GEMPAC – Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará, em 1990, até aos dias atuais. Em um projeto de história oral de vida, atento aos sentidos, signos e sentimentos presentes no trabalho de memória da narradora, pesquisadora e pesquisada compartilham a construção ativa e negociada do processo de "cocriação narrativa". História oral, história pública e uma epistemologia feminista são os aportes da produção de um conhecimento entre mulheres, comprometido com os debates públicos promovidos por Lourdes em sua comunidade de sentido. As experiências narradas são analisadas a partir das práticas de agenciamento, das relações de poder e da autodeterminação. Três eixos da trajetória, eleitos por ela como fundamentais, são discutidos: prostituição, maternidade/família e militância. Os eixos não são analisados dissociadamente, as experiências se entrelaçam e se fundem ao longo da trajetória de vida, dando a ver os sentidos de transgressão - catalisados na história do Movimento Brasileiro de Prostitutas.
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2020-01
Novas mulheres para uma China nova? As representações de gênero das legislações e dos pôsteres de propaganda do início da transição chinesa ao socialismo (1949-1962)
TítuloNovas mulheres para uma China nova? As representações de gênero das legislações e dos pôsteres de propaganda do início da transição chinesa ao socialismo (1949-1962)
Autor
Edelson Costa ParnovOrientador(a)
Tatiana Silva Poggi de FigueiredoData de Defesa
2020-01-23Nivel
MestradoPáginas
133Volumes
1Banca de DefesaTatiana Silva Poggi de FigueiredoVanessa Bezerra de SouzaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEsta dissertação se orienta por três objetivos: elucidar as possíveis funções e usos relacionados às representações de gênero das legislações e dos cartazes de propaganda do período inicial da transição socialista chinesa (1949-1962), comparar as representações de gênero dos pôsteres de propaganda do início da construção do socialismo chinês com as das legislações da época e relacionar as representações de gênero das leis e dos cartazes de propaganda com as transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas na República Popular da China durante o recorte temporal supracitado. Os cartazes encontram-se disponíveis no website em língua inglesa http://chineseposters.net/, mantido pela Chinese Posters Foundation e pelo International Institute of Social History da Leiden University, sediada em Amsterdã, na Holanda. Essa plataforma virtual reúne pôsteres de propaganda chineses oriundos da coleção de Stefan Landsberger, professor emérito da instituição de ensino superior mencionada acima, e de uma coleção particular anônima. Já as legislações estão disponibilizadas em formato pdf e em versão traduzida para o inglês pela editora oficial do Partido Comunista Chinês, a Foreign Languages Press Peking, no website http://www.bannedthought.net/, destinado a divulgar documentos das lutas dos povos explorados e oprimidos do planeta. Utilizou-se o método isotópico para a análise das fontes. A hipótese defendida é que o Partido Comunista Chinês utilizou as leis e os pôsteres de propaganda para construir hegemonia na sociedade chinesa acerca das relações de gênero e do padrão de família tidos como condizentes com a construção do socialismo, especialmente no sentido de valorizar modelos de mulheres ativas no mundo do trabalho e de casais harmoniosos, os quais não transportariam seus problemas para a esfera da produção, possibilitando o seu incremento, elemento considerado fundamental à transição socialista.
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2019-11
Da Pluma à prensa. Trajetória documental e autoria nos panegíricos de João de Barros.
TítuloDa Pluma à prensa. Trajetória documental e autoria nos panegíricos de João de Barros.
Autor
Fernando AltoéOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2019-11-29Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaAndré Gustavo de Melo AraújoIris KantorRodrigo Nunes Bentes Monteiro
Resumo
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2019-11
"Na Guanabara você vê o que o governo faz": Política de remoções de favelas nas páginas do Correio da Manhã e Última Hora (1961-1965).
Título"Na Guanabara você vê o que o governo faz": Política de remoções de favelas nas páginas do Correio da Manhã e Última Hora (1961-1965).
Autor
Marina Moraes Dos Santos BerbereiaOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2019-11-25Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaJuniele Rabêlo de AlmeidaLaura Antunes MacielLeandro Climaco Almeida de Melo Mendonça
Resumo
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2019-10 Cariri encantado: A construção discursiva de uma regiãoTítuloCariri encantado: A construção discursiva de uma regiãoAutor
Carlos Rafael DiasOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2019-10-10Nivel
DoutoradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaCarlos Augusto AddorGiselle Martins VenancioIsmênia de Lima MartinsJosé Almino de Alencar e Silva NetoLuitgarde Oliveira Cavalcanti Barros
Resumo
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2019-08
Os africanos livres nos anúncios de jornais: uma janela para o tráfico ilegal de escravos no Rio de Janeiro (1818-1864)
TítuloOs africanos livres nos anúncios de jornais: uma janela para o tráfico ilegal de escravos no Rio de Janeiro (1818-1864)
Autor
Juliana Santos de LimaOrientador(a)
Jonis FreireData de Defesa
2019-08-30Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaBeatriz Gallotti MamigonianJonis FreireKaroline CarulaNielson Rosa BezerraTâmis Peixoto Parron
Resumo
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2019-07 O Capital-Imperialismo brasileiro: a atuação do BNDES na Pan-Amazônia e as lutas sociais, 2003-2014TítuloO Capital-Imperialismo brasileiro: a atuação do BNDES na Pan-Amazônia e as lutas sociais, 2003-2014Autor
João Paulo de Oliveira MoreiraOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2019-07-11Nivel
DoutoradoPáginas
380Volumes
1Banca de DefesaAndré Pereira GuiotBianca Aires Imbiriba di Maio BonenteDemian Bezerra de MeloJoão Roberto Lopes PintoPaulo Roberto Raposo AlentejanoSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoO capital-imperialismo brasileiro, entre os anos de 2003-2014, constitui o principal objeto de estudo desta tese. Nela, são discutidas a trajetória do imperialismo ao capital imperialismo contemporâneo, entendidos como constitutivos do modo de produção capitalista, porém distintas na sua forma-conteúdo ao longo do tempo, o papel do BNDES, entendido como principal impulsionador do capital-imperialismo brasileiro, os aparelhos privados de hegemonia formuladores de políticas para internacionalização dos capitais cujo centro decisório estão no Brasil e as lutas sociais decorrentes deste processo. A partir de 2003, durante o Governo Lula, o estimulo de órgãos do Estado ao capital-imperialismo brasileiro é aprofundado, o que nos levou a formular a hipótese central de que o BNDES tornou-se o principal esteio financiador desta política, destinando vultuosos recursos financeiros, destacadamente às empresas da construção civil, fundamentais para as relações diplomáticas no contexto da IIRSA e das políticas de "integração regional". O nosso foco se deu nos empreendimentos localizados na região conhecida por Pan-Amazônia, lócus de intensos conflitos sociais com povos tradicionais, indígenas e campesinos. Portanto, norteados pelo referencial teórico marxista, objetivamos apresentar a capacidade organizativa e educativa do Estado brasileiro ao impulsionar o capital-imperialismo, sendo o BNDES a expressão maior deste suporte.
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2019-07 Negras e negros na justiça de Buenos Aires. Conflitos e Sociabilidades em tempos de escravidão. c.1750-c.1820TítuloNegras e negros na justiça de Buenos Aires. Conflitos e Sociabilidades em tempos de escravidão. c.1750-c.1820Autor
Fábio Pereira de CarvalhoOrientador(a)
Maria Verónica Secreto FerrerasData de Defesa
2019-07-04Nivel
DoutoradoPáginas
237Volumes
1Banca de DefesaAnderson José Machado de OliveiraFlávio Dos Santos GomesGladys Viviana GeladoJonis FreireMaria Verónica Secreto FerrerasTâmis Peixoto ParronVanderlei Vazelesk Ribeiro
ResumoA presente tese busca entender o cotidiano de negras e negros – escravizados ou livres – na cidade de Buenos Aires durante a segunda metade do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX. Para tanto, foram analisadas fontes judiciais, especialmente, àquelas ligadas aos crimes em que esse grupo foram envolvidos, como acusados ou vítimas.
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2019-07
INTIMIDADE POLÍTICA: UMA ANÁLISE DIALÓGICA DO PARTICULAR INFINITO DE GILKA MACHADO (1916-1930)
TítuloINTIMIDADE POLÍTICA: UMA ANÁLISE DIALÓGICA DO PARTICULAR INFINITO DE GILKA MACHADO (1916-1930)
Autor
Bárbara Romano Athila FreixoOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2019-07-03Nivel
MestradoPáginas
125Volumes
1Banca de DefesaJanaína Martins CordeiroLarissa Moreira VianaLívia Gonçalves MagalhãesMariana de Aguiar Ferreira Muaze
ResumoEsse trabalho tem como objetivo analisar as produções poético-literárias de Gilka
da Costa de Melo Machado (1893-1980) politizando assim sua intimidade. Consiste em
uma dissertação de mestrado que visa questionar as análises segmentadas dos mundos dopúblico e do privado apontando mais seus dialogismos do que seus isolamentos. Busca-
se, além disso, compreender e interpretar a Primeira República brasileira(1889-1930) peloviés da História das Mulheres e das Relações de Gênero utilizando para tal as três
primeiras obras da autora e as críticas literárias associadas a estas, assim como sua
trajetória de vida. A partir da recepção crítica de seus escritos é feita uma série de análises
sobre o lugar da mulher naquele contexto, seus limites, expectativas e possibilidades. A
partir de Gilka Machado, de sua obra e do tangenciamento de sua trajetória de vida
procurou-se, em suma, recuperar parte da História Política das Mulheres na Primeira
República brasileira, como a conquista do voto feminino, por exemplo.
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2019-06 "COM TEMERÁRIA OUSADIA E POUCO TEMOR DE DEUS E DA JUSTIÇA": CLÉRIGOS SODOMITAS NA INQUISIÇÃO DE LISBOA (1610-1699)Título"COM TEMERÁRIA OUSADIA E POUCO TEMOR DE DEUS E DA JUSTIÇA": CLÉRIGOS SODOMITAS NA INQUISIÇÃO DE LISBOA (1610-1699)Autor
Veronica de Jesus GomesOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2019-06-27Nivel
DoutoradoPáginas
387Volumes
1Banca de DefesaAnderson José Machado de OliveiraAngelo Adriano Faria de AssisGeorgina Silva Dos SantosLuiz Roberto de Barros MottMarcelo da Rocha WanderleyYllan de Mattos Oliveira
ResumoDurante todo o século XVII, o Tribunal do Santo Ofício de Lisboa processou aproximadamente oitenta e nove integrantes dos cleros regular, secular e das ordens militares devido ao crime de sodomia. A partir da análise de um conjunto documental constituído por fontes históricas diversificadas, impressas e manuscritas, dentre estas, cinquenta e nove processos movidos contra os eclesiásticos e seus parceiros, a investigação buscou compreender as diferenças entre o clero regular e o secular e seus desdobramentos no que tange às ações inquisitoriais diante de seus membros e dos componentes das distintas ordens religiosas. Através do método quantitativo (e qualitativo), a pesquisa intentou inventariar as ordens religiosas a que pertenceram os arrolados e os conventos e os mosteiros onde viveram, ponderando ainda sobre as vocações religiosas, muitas delas não voluntárias. À luz das "relações de gênero", procuramos averiguar os relacionamentos homoeróticos dos eclesiásticos, que, em algumas ocasiões, envolveram meninos, e foram marcados por uma forte "dominação masculina". As culturas sodomíticas (a exemplo dos apelidos, às vezes femininos, utilizados entre aqueles indivíduos) elaboradas por homens da Igreja e leigos no interior dos claustros e das casas de alcouce, espaços do sagrado e do profano, a intensa interação entre os conventos e a rua, entre os âmbitos privado e público, uma vez que tanto os homens leigos circularam livremente pelos monastérios, quanto os religiosos, malgrado as proibições, deixaram aqueles locais, foram questões aqui discutidas. A possível concepção que os sodomitas tiveram de si mesmos, de seus corpos e de suas práticas sexuais proibidas, além da perspectiva da instituição repressiva quanto à "sodomia" e ao "sodomita", apreendida através do léxico utilizado nos processos, foram outros aspectos contemplados. As diferentes facetas dos homens da Igreja sugerem que reelaboraram e burlaram os mecanismos de controle a que estavam sujeitos, demonstrando que, apesar dos dispositivos de "disciplinamento social", houve uma "rede de antidisciplina", que, por fim, deixa entrever que os sistemas normativos têm os seus limites e as suas contradições. A sodomia como estratégia de ascensão social, as relações de poder, as contendas, as rivalidades, revelam um contexto complexo no qual se inserem as trajetórias de três oficiais do Tribunal da Bula da Cruzada (dois deles condenados à fogueira), cujo principal elo foi D. António Mascarenhas, comissário geral da instituição, acusado de sodomia e de corrupção. O Tribunal da Cruzada, criado em 1591, era eclesiástico e administrava os rendimentos da bula, cujas indulgências davam aos cristãos ibéricos as mesmas graças espirituais facultadas aos cruzados que lutaram na retomada de Jerusalém. A venda das bulas era um negócio cobiçado e vantajoso, que favorecia ganhos materiais, isenções fiscais e privilégios, bem como distinção e prestígio social, aos oficiais que se envolviam em sua distribuição e arrecadação, elementos que, numa sociedade estamental como a portuguesa do Antigo Regime, obviamente, geravam muitas disputas, além dos desvios das coletas. A ocupação de certos cargos no tribunal por indivíduos não qualificados mostra que aparentemente foram obtidos em troca de favores sexuais, o que sugere que as prerrogativas recebidas pelos oficiais podem ter sido decisivas para a concretização das relações. O imbróglio, ao que tudo indica, envolveu conflitos internos e externos ao grupo e dissensões vivenciadas por D. António parecem indicar que o crime de sodomia pode ter sido utilizado como uma espécie de dispositivo para tirar de cena adversários políticos. Afinal, o medo que o tribunal inquisitorial causava e o lugar ocupado pelos seus ministros e oficiais facilitavam os abusos de poder como forma de coerção e vingança, além do sentimento de impunidade perante outras forças judiciais.
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2019-06 Violência Manicomial: a psiquiatria na repressão durante a Ditadura Civil-Militar no BrasilTítuloViolência Manicomial: a psiquiatria na repressão durante a Ditadura Civil-Militar no BrasilAutor
Alexandre Maciel GuedesOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2019-06-06Nivel
MestradoPáginas
150Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusÉrica Sarmiento da SilvaJuniele Rabêlo de AlmeidaLucia GrinbergSamantha Viz Quadrat
ResumoO presente trabalho se propõe a discutir a questão da contribuição dos saberes, práticas etecnologias psiquiátricas para as ações de repressivas perpetradas pelo Estado brasileirodurante os anos da ditadura civil-militar (1964-1985). Para tanto vamos analisar a construção do discurso psiquiátrico e psicológico, onde no intento de obter uma legitimação de suas práticas e objetos de intervenção e tutela, ambas as classes profissionais vão empregar os seus saberes de forma a instituir uma normatização do tecido social, onde qualquer um que desvie dos ideais de normalidade preconizados, rapidamente são silenciados sob o estigma da loucura, encontrando por vezes no manicômio, o seu destino final. Uma vez apresentadas as construções a respeito de ambas as profissões, nós vamos observar tais discursos e práticas foram empregados em prol do aparato repressivo da ditadura, com profissionais da área laureando ditadores, elaborando estudos a fim de enquadrar os opositores políticos sob o estigma da loucura e forjando laudos psiquiátricos que justificassem a internação destes mesmos opositores em leitos psiquiátricos.
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2019-05 O Enamorado da Vênus Telúrica: a trajetória social de Raymundo Moraes (1872-1941) - o autor de Na Planície Amazônica, 1926TítuloO Enamorado da Vênus Telúrica: a trajetória social de Raymundo Moraes (1872-1941) - o autor de Na Planície Amazônica, 1926Autor
Iza Vanesa Pedroso de Freitas GuimarãesOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2019-05-31Nivel
DoutoradoPáginas
292Volumes
1Banca de DefesaAldrin Moura de FigueiredoAngela Maria de Castro GomesGiselle Martins VenancioKarla Guilherme CarloniNelson SchapochnikPaulo Knauss de MendonçaSimone Garcia Almeida
ResumoO intuito deste trabalho é compreender a trajetória social do jornalista e escritor paraense Raymundo Moraes (1872-1941), cuja obra produzida no período de 1908 a 1941 e publicada em periódicos e em livros retrata o processo de "reconhecimento" do território amazônico e suas paisagens natural e humana através de múltiplas representações como homem/natureza, natureza/civilização e raça/nação, fornecendo vários sentidos para a Amazônia no contexto do modernismo. O referencial teórico-metodológico que sustenta este trabalho pertence à área da História Social e da História Cultural. As principais fontes de pesquisa analisadas são fontes impressas: artigos, notas e imagens de jornais e revistas, principalmente, publicados no recorte temporal de 1872 a 1980 e os livros de autoria de Raymundo Moraes publicados de 1908 a 1941 e republicados até 2001. O maior desafio nessa pesquisa foi visitar a memória de Raymundo Moraes, especialmente, a memória post mortem e entender a tentativa de patrimonialização de sua memória em 1941 (morte), 1954 (doação de sua Biblioteca pessoal) e 1972 (Centenário de Nascimento). As vivências de Raymundo Moraes, como prático e comandante de navios gaiolas e como jornalista no Pará e Amazonas foram decisivas para a construção de sua memória e de sua narrativa que é uma interpretação fundamental sobre a Amazônia na primeira metade do século XX.
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2019-05 A Desnacionalização do Setor Elétrico Brasileiro: O estudo de caso da privatização da CERJ e seus impactos sociais (1992 – 2002)TítuloA Desnacionalização do Setor Elétrico Brasileiro: O estudo de caso da privatização da CERJ e seus impactos sociais (1992 – 2002)Autor
Geilson de Sena MarinsOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2019-05-31Nivel
MestradoPáginas
135Volumes
1Banca de DefesaAlcidesio de Oliveira JúniorCezar Teixeira HonoratoJoão Braga ArêasSydenham Loureço Neto
ResumoEsta dissertação se propõe a estudar o processo de privatização da Companhia Elétrica do Estado do Rio de Janeiro – CERJ, compreendendo-o como parte do avanço geral do projeto neoliberal no Brasil. Para tanto, focaliza sua análise na compreensão do que foi o fenômeno do liberalismo e as formas concretas que este assumiu nacionalmente. Somado a isso a pesquisa se dedica as transformações as quais a CERJ foi submetida na sua transição de empresa pública à empresa privada, e as especificidades que a caracteriza em cada um desses momentos.
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2019-05 Teatro do Mundo. Embaixadas e diplomacia em Roma durante a Restauração Portuguesa (1640 -1671)TítuloTeatro do Mundo. Embaixadas e diplomacia em Roma durante a Restauração Portuguesa (1640 -1671)Autor
Luciano Cesar da CostaOrientador(a)
Marcelo da Rocha WanderleyData de Defesa
2019-05-21Nivel
DoutoradoPáginas
203Volumes
1Banca de DefesaCarlos Ziller CamenietzkiMarcelo da Rocha WanderleyRodrigo Monteferrante RicuperoRonald José RaminelliSilvia Patuzzi
ResumoA presente tese versa sobre as diversas embaixadas enviadas por Portugal durante a Restauração Portuguesa, iniciada em 1640. Durante esse período Portugal separava-se da monarquia castelhana com a subida ao trono do então Duque de Bragança. Apesar da aclamação dentro do reino, no cenário internacional Portugal ainda carecia de legitimidade, uma vez que o novo rei era apenas considerado um "rebelde". Assim sendo, o envio de embaixadores foi uma das estratégias de legitimação da nova dinastia. Entre esses envios ocorreram diversos para a cidade de Roma, sede da Santa Sé, e destino dos embaixadores das mais diversas potências da Europa e do mundo, um verdadeiro "Teatro do Mundo" como escreviam os coetâneos. A busca peloreconhecimento papal era fundamental para a Restauração, uma vez que poderia constranger outros príncipes a aceitarem o novo rei português. Apesar disso, os caminhos portugueses foram sempre mais difíceis, em parte pela própria presença castelhana nas ruas de Roma ou pela inexperiência de seus enviados. Ainda assim, a "diplomacia rebelde" portuguesa não se deixou abater até o reconhecimento formal em 1671.
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2019-04 Vanguarda Paulista: retratos de uma geração, musical nos anos 1980TítuloVanguarda Paulista: retratos de uma geração, musical nos anos 1980Autor
Juliana Wendpap BatistaOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2019-04-29Nivel
DoutoradoPáginas
213Volumes
1Banca de DefesaAlessandra CarvalhoAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusJuniele Rabêlo de AlmeidaLucia GrinbergRicardo Santhiago CorreaSamantha Viz Quadrat
ResumoO trabalho objetiva apresentar a trajetória da Vanguarda Paulista a partir de recortes desua produção musical, cuja análise busca seu processamento ao longo deaproximadamente quatro décadas. O objeto em questão trata de um movimento musicalque ficou conhecido nos anos de 1980 e marcou o cenário da música independente noBrasil. O estudo busca compreender as controvérsias que envolvem a legitimação do uso da denominação do grupo, a qual teria sido um constructo da imprensa. Para além dessas querelas, apontadas pela historiografia do movimento, pretende-se apontar caminhos para a compreensão dos mecanismos que fizeram com que determinadas memórias sobre esse grupo de músicos fossem preservadas. O aspecto geracional é apontado como fator que estabeleceu relações entre esses artistas, os quais compartilharam espaços e cantaram e contaram o cotidiano urbano de suas vivências na capital paulista. Tais espaços caracterizaram uma espécie de território, o qual se formou a partir da Universidade de São Paulo e seu entorno geográfico, com suas pensões, repúblicas, bares, casas de shows entre outros. Diversos em suas sonoridades e difíceis de classificar, tais artistas ficaram conhecidos como marginais, alternativos e independentes. Ditos, nesse trabalho, como "inclassificáveis", cogita-se que tal sentido é oriundo do desejo incisivo desses artistas em exercer a liberdade criativa com novas proposições estéticas, as quais desafiavam o jogo então em vigência do mainstream ligado as grandes gravadoras. Nesse sentido, o trabalho indaga sobre o papel das vanguardas artísticas e as contribuições da Vanguarda Paulista para a composição do cenário da música brasileira na atualidade. Nesse sentido, são levadas em consideração certas transformações tecnológicas que se operaram, especialmente a partir da segunda metade do século XX, e suas implicações na área da produção artística, bem como no próprio ofício do historiador. Por outro lado, também buscou-se evidenciar o papel da crítica, por meio da imprensa escrita, e sua atuação diante da insurgência desse grupo de artistas no início dos anos de 1980. Procurou-se ainda estabelecer um levantamento da circulação das memórias sobre essa movimentação artística, avaliando-se tanto as produções acadêmicas quanto as fontes produzidas na internet, na busca pela problematização acerca da criação de sentidos para a mesma em tempos recentes.
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2019-04 Martins Pena em cena: o estabelecimento da direção Saquarema sob a ótica do teatrólogo (1838-1850)TítuloMartins Pena em cena: o estabelecimento da direção Saquarema sob a ótica do teatrólogo (1838-1850)Autor
Zora ZanuzoOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2019-04-26Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaLarissa Moreira VianaMárcia Maria Menendes MottaMarina Monteiro MachadoPedro Parga Rodrigues
Resumo
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2019-04 "São Wenceslau". O governo Wenceslau Braz na imprensa de humor (1914-1918)Título"São Wenceslau". O governo Wenceslau Braz na imprensa de humor (1914-1918)Autor
Filipe Prado MencariOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2019-04-25Nivel
MestradoPáginas
228Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusGizlene NederPaulo Knauss de MendonçaSurama Conde Sá Pinto
ResumoEste trabalho pretende fazer uma investigação sobre a forma como a figura do presidente Wenceslau Braz (1914-1918) era apresentado pela imprensa de humor do Rio de Janeiro e suas transformações ao longo do tempo, em veículos de comunicação que circulavam na época (como as revistas Careta, Fon-Fon! e O Malho), através de suas caricaturas e charges, capazes de influenciar a opinião pública da época, inclusive em outras praças além do Rio de Janeiro, então Capital Federal da Primeira República brasileira (1889-1930). Dentre os objetivos estão: Observar o contexto histórico do período através das fontes humorísticas e caricaturas; pesquisar parte da produção e circulação de imagens e caricaturas do período e examinar as relações entre a imprensa e os políticos da época. Para isso, analisamos revistas de humor da imprensa carioca do período de governo do presidente e próximo a ele, buscando saber quem eram os artistas responsáveis, os posicionamentos editoriais e os temas escolhidos. Também observamos como os principais biógrafos de Wenceslau Braz foram perpetuando uma determinada imagem de conciliador e de homem certo, capaz de lidar e vencer as atribulações do período. Pudemos perceber que os artistas envolvidos eram parte dos que escolhiam os assuntos e temas noticiados em suas charges, agindo como gatekeepers, os formadores de opinião, dos jornais e revistas da época, com linhas editoriais e interesses intrinsecamente ligados à política da época. Por trás da aparência muitas vezes as caricaturas e charges tinham objetivos políticos que podiam colaborar com um governo ou minar sua credibilidade perante a opinião pública urbana.
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2019-04 A mirada estereoscópica de Guilherme Santos: cultura visual no Rio de Janeiro séculos XIX e XXTítuloA mirada estereoscópica de Guilherme Santos: cultura visual no Rio de Janeiro séculos XIX e XXAutor
Maria Isabela Mendonça Dos SantosOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2019-04-17Nivel
DoutoradoPáginas
315Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusMarcos Felipe de Brum LopesMaria Inez TurazziMaria Isabel Ribeiro LenziMaria Teresa Villela Bandeira de MelloPaulo Knauss de MendonçaSilvana Louzada da Silva
ResumoEste trabalho tem por objetivo analisar o papel da fotografia estereoscópica na cultura visual brasileira entre os séculos XIX e XX, tomando como fio condutor a experiência fotográfica de Guilherme Antonio dos Santos, comerciante e estereoscopista amador, que entre os anos de 1906 e 1958, produziu extenso acervo de vistas estereoscópicas de diversas cidades brasileiras, especialmente do Rio de Janeiro. Entendendo que a técnica possui especificidades que escapam à fotografia tradicional, buscou-secompreender como a estereoscopia atuou na educação do olhar moderno.Considerou-se a materialidade do objeto fotográfico para traçar a trajetória das fotografias estereoscópicas de Guilherme Santos que, em 1964 passam a fazer parte do acervo do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, constituindo a maior coleção de fotografias estereoscópicas do Brasil. Desse modo, buscou-secompreender o quanto a especificidade do material estereoscópico delineou a circulação e a democratização da obra de Guilherme Santos após sua musealização.
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2019-04
Quando os artistas saem em viagem: trânsito de pintores e pinturas no Brasil da virada do século XIX para o XX
TítuloQuando os artistas saem em viagem: trânsito de pintores e pinturas no Brasil da virada do século XIX para o XX
Autor
Moema de Bacelar AlvesOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2019-04-15Nivel
DoutoradoPáginas
284Volumes
1Banca de DefesaAldrin Moura de FigueiredoAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAna Maria Tavares CavalcantiAna Paula NascimentoEmerson Dionisio Gomes de OliveiraMarize Malta TeixeiraPaulo Knauss de Mendonça
ResumoA virada do século XIX para o XX, no Brasil, coincide com o momento em que
as instituições e representações artísticas se renovam no ambiente federalista do regime
republicano. Nesse contexto, os artistas passam a investir em viagens pelas mais diversas
capitais e cidades do país, promovendo, também, a circulação de pinturas. Iremos, então,
buscar compreender essas dinâmicas e conhecer os novos centros regionais que
despontavam nos mundos da arte através das trajetórias de três artistas cujas carreiras
foram feitas a partir dos trânsitos. São eles: Aurélio de Figueiredo, Antônio Parreiras e
Virgílio Maurício. A partir de notícias e discussões travadas na imprensa, de materiais
sobre as exposições do período e das obras de arte que encontramos presentes em
diferentes lugares, iremos analisar o trânsito desses artistas e a circulação de imagens que
ocorria em decorrência dele. Entendendo que as compras e encomendas feitas a partir das
exposições realizadas nos diferentes estados brasileiros deram origem a coleções de
caráter público e privado, podemos perceber o quanto as viagens de artistas foram
decisivas para constituir museus e instituições culturais nos mais diversos pontos do país.
Ao evidenciar os processos que levaram essas obras a se consagrarem artisticamente e a
formarem parte de um repertório de cultura visual, estaremos desnaturalizando suas
posições na História da Arte nacional.
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2019-04 Morrer e viver em um mar de "monstros": o imaginário helênico sobre a morte no mar (séculos VIII-IV a.C.)TítuloMorrer e viver em um mar de "monstros": o imaginário helênico sobre a morte no mar (séculos VIII-IV a.C.)Autor
Camila Alves JourdanOrientador(a)
Alexandre Carneiro Cerqueira LimaData de Defesa
2019-04-12Nivel
DoutoradoPáginas
488Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaAlexandre Santos de MoraesAna Livia Bomfim VieiraAna Teresa Marques GonçalvesSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoA morte chega para todos os homens, independente de status social, situação econômica, ações feitas em benefício e malefício de outros, experiências vividas. A mortalidade é um fato para os seres humanos. No entanto, a forma com que esse morto será tratado depende de status social, situação econômica, ações feitas em benefício e malefício de outros, experiências vividas. Para os gregos antigos não era diferente. A forma com que se morria, os serviços prestados à pólis, a função e o papel social que desempenhava, a posse de bens, tudo isso e mais eram refletidos em seu enterramento. Além disto, a morte e o morrer fomentavam um conjunto de ideias e inferiam valores no imaginário dos políades. O objetivo desta tese é analisar a relação dos helenos com a morte que ocorria no mar. Diferente da valorização dada à morte do guerreiro (a nomeada "bela morte"), a morte no mar estava relacionada a um conjunto de ideias que desvalorizavam aqueles que viviam e morriam no mar. Apesar da empreitada helênica de expansão ao redor da bacia mediterrânica, e mesmo além, utilizar o mar e a navegação como partes fundamentais do processo, no qual os helenos reconheceram as potencialidades deste meio, as "representações sociais" (conceito cunhado por Denise Jodelet) na documentação textual permaneceram no campo da desconfiança, empregando-lhe um valor ambivalente. O imaginário construído pelos helenos sobre a morte no mar está repleto de seres míticos que materializam os perigos reais da navegação. Assim, o mar que engana e leva à morte pode ser relacionado com kêtos, Caríbdis, Scylla e as sereias, pois de igual modo matam e destroem os corpos. Somente com os saberes, técnicas e astúcia –às vezes com intervenção divina –os navegantes conseguem –mas nem sempre –saírem ilesos e retornarem ao seu oîkos. Deste modo, nosso recorte abrange um corpus documental que perpassa o período arcaico e clássico (VIII-IV a.C.), tendo em vista as fragmentárias referências textuais que remetem à morte no mar. Também compondo este corpus temos a documentação imagética, cenas de vasos majoritariamente dos séculos VI à IV a.C. Para a análise desta documentação faremos uso, respectivamente, da metodologia de "grades de leitura" empregado por Françoise Frontisi-Ducroux e o método desenvolvido por Claude Bérard das "unidades formais mínimas".
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2019-04 Triplismo e Ritualização no culto às Divindades Femininas PluraisTítuloTriplismo e Ritualização no culto às Divindades Femininas PluraisAutor
Érika Vital PedreiraOrientador(a)
Adriene Baron TaclaData de Defesa
2019-04-11Nivel
DoutoradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaAdriene Baron TaclaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaAna Teresa Marques GonçalvesClaudia Beltrão da RosaMonica SelvaticiVagner Carvalheiro Porto
Resumo