Dissertações e Teses
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2021-03
Imagem em Marcha: Os conflitos armados na imprensa ilustrada (1922-1930)
TítuloImagem em Marcha: Os conflitos armados na imprensa ilustrada (1922-1930)
Autor
Thiago Guimarães PougyOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2021-03-25Nivel
MestradoPáginas
447Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAngela Maria de Castro GomesMarcos Felipe de Brum Lopes
ResumoO presente trabalho ocupa-se de análise das coberturas feitas pelas revistas ilustradas – Careta, Fon-Fon, O Malho, Revista da Semana e O Cruzeiro – de grande circula"ão na capital do pa.s, o Rio de Janeiro, e do estudo das imagens popularizadas por elas, que apresentaram e monumentalizaram à época conflitos armados da década de 1920 – a revolta do Forte de Copacabana de 1922; a Revolu"ão Gaúcha de 1923; a Revolu"ão Paulista de 1924; e a Revolu"ão de 1930. Com esta finalidade, foram analisadas as fotografias e charges publicadas nestas coberturas, nas quais circularam, de forma privilegiada, entre as camadas urbanas da capital, seu público-alvo. A repeti"ão de certas imagens, como uma famosa fotografia da marcha dos revoltosos de Copacabana que veio a servir de base para o mito dos 18 do Forte, aponta a forma"ão de narrativas que configuraram o movimento revolucionário de 1930 e o que foi posteriormente intitulado de Tenentismo.
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2021-03
ENTRE OS RIOS DOS SERTÕES: Guerra e territorialização nos sertões dos rios Piranhas-Açu e Jaguaribe (1654-1722)
TítuloENTRE OS RIOS DOS SERTÕES: Guerra e territorialização nos sertões dos rios Piranhas-Açu e Jaguaribe (1654-1722)
Autor
Patrícia de Oliveira DiasOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2021-03-23Nivel
DoutoradoPáginas
248Volumes
1Banca de DefesaCarmem AlvealLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMaria Fernanda Baptista BicalhoRafael Ivan ChambouleyronRenato Júnio Franco
ResumoApós a saída dos holandeses das Capitanias do Norte do Estado do Brasil – Pernambuco,
Paraíba, Itamaracá, Rio Grande e Ceará –, em 1654, foram retomadas as ações administrativas
lusas nessa porção do Império português. O litoral de Pernambuco e da Paraíba, bem como a
capitania de Itamaracá, possuía uma população mais expressiva, diferente situação do Rio
Grande e do Ceará. Ao longo das primeiras décadas do século XVII, homens e mulheres
interessados em desenvolver suas atividades nessas áreas se instalaram nas franjas do Império.
Esses agentes históricos mantiveram contato com os índios do sertão, denominados nos
documentos da época de "tapuias", "gentios bárbaros" e "índios de corso", dentre outras
designações. Tais relações resultaram em desentendimentos graves que desembocaram na
Guerra do Rio Grande (1681-1722). Este trabalho tem como objetivo analisar as práticas de
conquista, ocupação e usos dos espaços, ao longo dos anos de 1654 e 1722, entre os rios
Piranhas-Açu e Jaguaribe, que cortavam, junto com seus afluentes, os sertões das capitanias do
Rio Grande, Ceará e Paraíba. Dessa forma, os três capítulos desta tese defendem a ideia de que
a Guerra do Rio Grande foi um acontecimento resultante, mantenedor e proporcionador das
ações de conquista e ocupação desses sertões, dentro do processo de territorialização dessa área.
Dentre as fontes utilizadas para este fim, destacam-se as cartas de sesmarias das capitanias da
Paraíba, do Rio Grande e do Ceará; os papéis avulsos do Arquivo Histórico Ultramarino,
referentes a essas capitanias e às de Pernambuco e Bahia; os Livros de Cartas e Provisões do
Senado da Câmara do Natal; e, ainda, a Coleção Documentos Históricos da Biblioteca Nacional.
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2021-03
PARA ALÉM DO IMPÉRIO: O MERCANTILISMO INGLÊS E A REPRESENTAÇÃO DOS IBÉRICOS (1688 – 1713)
TítuloPARA ALÉM DO IMPÉRIO: O MERCANTILISMO INGLÊS E A REPRESENTAÇÃO DOS IBÉRICOS (1688 – 1713)
Autor
Felipe Mesquita AntunesOrientador(a)
Leonardo MarquesData de Defesa
2021-03-16Nivel
MestradoPáginas
188Volumes
1Banca de DefesaLeonardo MarquesRicardo Henrique SallesTâmis Peixoto Parron
ResumoEsta dissertação tem por objetivo compreender o mercantilismo inglês do final do século
XVII e início do século XVIII com base em uma análise que irá enfatizar as divergências
entre whigs e tories e as representações dos ibéricos que eram feitas nos textos dos
mercantilistas ingleses. Por meio desse olhar, iremos investigar como essas divergências
internas e a maneira como os ibéricos eram retratados podem revelar as características e
os significados assumidos pelas ideias e práticas mercantilistas no período em questão.
Para isso, serão analisados os escritos de alguns dos principais expoentes do
mercantilismo inglês debatendo sobre dois assuntos diferentes: a proposta de proibição
da venda de tecidos indianos na Inglaterra e a participação britânica na Guerra de
Sucessão Espanhola. Será com base nesses dois estudos de caso que vamos conduzir uma
reflexão buscando identificar qual foi o papel político e ideológico desempenhado pelo
mercantilismo inglês e apontar como as ideias mercantilistas se desdobraram em ações
concretas do império britânico que reverberaram na dinâmica das lutas interestatais no
interior da economia-mundo capitalista.
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2021-03
O fim do jogo democrático: o golpe de 1964 e o Poder Legislativo na Bahia
TítuloO fim do jogo democrático: o golpe de 1964 e o Poder Legislativo na Bahia
Autor
Thiago Machado de LimaOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2021-03-16Nivel
DoutoradoPáginas
219Volumes
1Banca de DefesaFernando Perlatto Bom JardimJorge Luiz FerreiraLucia GrinbergRaimundo Nonato Pereira MoreiraRenato Soares Coutinho
ResumoO objetivo desta tese é compreender os impactos do golpe de 1964 no Poder Legislativo da Bahia
analisando a repressão, ações, acomodações e resistências de deputados e suplentes e os caminhos que
a instituição percorreu dentro do Estado de exceção que se instaurou no Brasil após o fim do jogo
democrático. O foco temporal da análise recai sobre a 5a legislatura, que transcorreu entre 1963 e 1967.
Foi essa legislatura que vivenciou o processo de transição de um Estado democrático de direito para um
Estado ditatorial, abarcando o fim do governo João Goulart e o primeiro governo da ditadura, o do
marechal Castelo Branco. O trabalho desenvolve-se na interface entre a História Política e Cultural e a
partir do tema proposto contribui para aprofundar os debates sobre as relações entre democracia e
ditadura na história do Brasil republicano. O corpus documental utilizado para a pesquisa contempla
fontes legislativas, jornalísticas, eleitorais e militares.
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2021-03
Memórias e culturas políticas no norte do Piauí durante o contexto do golpe de 1964
TítuloMemórias e culturas políticas no norte do Piauí durante o contexto do golpe de 1964
Autor
Francisco José Leandro Araújo de CastroOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2021-03-11Nivel
DoutoradoPáginas
290Volumes
1Banca de DefesaFrancisco de Assis de Sousa NascimentoJorge Luiz FerreiraMarco Aurélio SantanaMarylu Alves de OliveiraRenato Soares Coutinho
ResumoEsta pesquisa analisa os desdobramentos do golpe de 1964 no espaço norte-piauiense. Para isso,
em um primeiro momento, evidencia a formação de uma agenda política trabalhista no final
dos anos de 1950 e início dos anos 1960 em Parnaíba (principal centro econômico do estado),
bem como lança luz ao processo de organização dos sindicatos e partidos políticos naquele
contexto. A configuração política dos grupos petebistas e o quadro de ampliação das pautas
reformistas são importantes para a compreensão da ampliação dos movimentos sociais nesse
estado, sobretudo durante o transcurso do governo João Goulart (1961-1964). Analiso, a partir
de então, o inquérito policial militar aberto após o golpe, em Parnaíba, contra trabalhadores,
lideranças sindicais e políticas, ligados ao PTB e ao PCB, com argumentos fortemente
anticomunistas, empregados ao mesmo tempo por grupos de oposição ao reformismo. Contra a
tentativa de apagamento histórico dessas medidas repressivas e da agenda trabalhista, procurei
elencar algumas memórias sobre as perseguições políticas e os diferentes usos políticos desse
passado em âmbito local. Para tanto, me utilizo das discussões conceituais da História política
renovada, em particular a perspectiva teórico-analítica da cultura política. Uma das questões
importantes que levanto, na segunda parte do trabalho, se refere às práticas de adesão,
acomodação e colaboração com as medidas autoritárias de parcelas da sociedade piauiense
naquele momento de ruptura institucional. Nesse sentido, analiso, por meio de jornais de
circulação local, algumas das iniciativas de apoio aos militares por parte das elites comerciais,
políticas e jurídicas do Piauí após o golpe. Objetivei evidenciar que variados grupos civis foram
contrários a quaisquer medidas que pudessem modificar as estruturas econômicas e sociais
nesse estado, sobretudo com relação à posse de terra. Estabeleceu-se, então, um ambiente
marcado por profundas críticas ao reformismo, ao passo que, após a derrubada do governo
Jango, parte dessas elites buscou, rapidamente, se conectar aos militares, bem como passou a
sustentar o novo regime em âmbito local.
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2021-02
Carl Schmitt e seus interlocutores na Revista de Estudios Políticos (1941-1956): pensamento schmittiano e
intelectualide espanhola no primeiro franquismo.TítuloCarl Schmitt e seus interlocutores na Revista de Estudios Políticos (1941-1956): pensamento schmittiano e
intelectualide espanhola no primeiro franquismo.Autor
Victor Yamasaki BernardoOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2021-02-26Nivel
MestradoPáginas
167Volumes
1Banca de DefesaDenise Rollemberg CruzGiselle Martins VenancioPedro Hermílio Villas Bôas Castelo Branco
ResumoA dissertação abordará a presença de Schmitt e de seus interlocutores na Revista de Estudios
Políticos, periódico ligado à Falange, partido de inspiração fascista que participou da ampla
coalizão de movimentos de direita que sustentava o regime franquista. O período abordado
abarcará os anos de 1941 a 1956, referente às quatro primeiras direções e, grosso modo, ao
período conhecido como "primeiro franquismo", anterior à ascensão dos tecnocratas e marcado
pelo regime de autarquia. Assim como pelos embates entre tradicionalistas e falangistas. O
objetivo da dissertação será compreender as permanências e mudanças nas atitudes e nas ideias
tanto de Carl Schmitt quanto da intelectualidade ligada ao regime franquista, em um período
de grandes transformações, marcado pela ascensão e derrocada do Eixo e pelo despontar da
Guerra Fria. Esses acontecimentos históricos irão definir a conduta tanto de Schmitt quanto do
regime franquista, caracterizados pela aproximação e posterior afastamento do Eixo, e a luta
contra o isolamento frente à comunidade internacional após a queda dos fascismos. Apesar
dessas semelhanças, também serão demarcadas as diferenças entre o jurista alemão e os
intelectuais do regime ibérico, como os diferentes posicionamentos frente ao ideal de
secularização.
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2021-01
A Nota Íntima da Nacionalidade. Crítica e Crônicas de Machado de Assis (1858-1909)
TítuloA Nota Íntima da Nacionalidade. Crítica e Crônicas de Machado de Assis (1858-1909)
Autor
Renata William Santos do ValeOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2021-01-28Nivel
DoutoradoPáginas
420Volumes
1Banca de DefesaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesHumberto Fernandes MachadoLúcia Maria Paschoal GuimarãesRoberto Acízelo Quelha de SouzaTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoNo artigo "O passado, o presente e o futuro da literatura brasileira" e no célebre "Instinto de
nacionalidade", publicados em 1858 e 1873, Machado de Assis apresentou sua tese de que,
embora tivesse sido muito importante, o Romantismo já não dava conta de fazer entender e
representar o mundo moderno que se apresentava em finais do século XIX. Falar de índios,
florestas virgens, descrever com paixão e sentimento as paisagens idílicas do novo mundo fora
significativo na formação de uma literatura brasileira, mas o mundo mudava, e introduzir novos
assuntos, novas formas de escrita, novos olhares para o Brasil era também modernizar-se, tal
como acontecia naquele tempo, e o artista representava invariavelmente o seu próprio tempo,
não sendo necessário descrever seu ambiente para provar que era brasileiro. A obra de Machado
de Assis, tanto a que se considera ficcional – romances e contos – quanto as críticas, artigos de
variedades, folhetins e crônicas, é a execução de seu próprio programa literário, das ideias que
apresentou nos primeiros artigos sobre a crítica e a nacionalidade literária, provando ser
possível representar o país e criar uma identidade por meio do sentimento íntimo e não das
representações exteriores e superficiais sobre o que era ser brasileiro. Não era somente ser
Ubirajara, mas ser Brás, Quincas, Capitu, Aires, entre muitos outros personagens que
procuraram representar os homens e mulheres reais do Brasil. Nem sempre a intenção de
Machado foi compreendida e apreciada. Um rápido olhar sobre as críticas e comentários
recebidos a respeito de seus livros demonstra uma grande incerteza e fragilidade do campo
intelectual brasileiro, que não conseguia enquadrar Machado em nenhuma escola ou corrente
literária da época, que não compreendia, ou talvez pouco, as intenções do escritor. Essa crítica
procurou desvendar os textos, compreender os elementos que formavam aquelas obras
complexas, e acabou por estabelecer os pilares que a crítica ao longo de todo o século XX
desenvolveu. A ironia, o humor fino e sutil, o estilo impecável da língua, o pessimismo, as
digressões, as meias palavras foram categorias exploradas e amplamente usadas para falar de
Machado de Assis. Mas a principal questão permanecia, para a maior parte dos leitores
contemporâneos ou posteriores do grande escritor: Machado de Assis poderia ser considerado
um escritor universal ou nacional? Essa é a resposta que se buscou ao longo deste trabalho.
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2020-12
Romarias e Liberdades: Joazeiro do Norte e o Pós-Abolição
TítuloRomarias e Liberdades: Joazeiro do Norte e o Pós-Abolição
Autor
Daniela Márcia Medina Pereira AgaptoOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2020-12-14Nivel
DoutoradoPáginas
252Volumes
1Banca de DefesaGeorgina Silva Dos SantosLarissa Moreira VianaMarcelo da Silva Timotheo da CostaRégia Agostinho da SilvaRenata Marinho Paz
ResumoA presente tese relaciona a gênese das romarias a Juazeiro do Norte e o pós-abolição. Discute o papel e as estratégias da diocese cearense no estabelecimento de um circuito de ação e formação clerical submetidas aos preceitos de Roma. Discute também o catolicismo popular diante dos desafios para uma digna sobrevivência no sertão do XIX tomando por referência as missões do padre Ibiapina e a instalação de casas de caridade. As missões de Ibiapina são pensadas também em sua interface com a questão da escravidão. A tese ainda retoma o processo de abolição cearense, discutindo suas vicissitudes e contradições. Expõe aspectos da mobilização abolicionista na região sul do Ceará em oposição à construção narrativa de que houve atraso na divulgação do ideal abolicionista, tratando assim da presença de uma resistência escravocrata que atuou, inclusive, ao arrepio da lei. Toma o surgimento das romarias a Juazeiro no contesto do pós-abolição e defende a presença de uma rota de acolhimento, protagonizada em larga medida, pelo padre Cícero que transitou entre zelo apostólico e articulação política. Discute aspectos da liberdade vivida e experimentadas por um grupo que, aos olhos de seus antigos senhores ou dos potentados locais, mereciam controle vigilante e desconfiança. Considera e problematiza uma matriz racista imbricada nas narrativas de cronistas e historiadores que legaram parte das descrições de Juazeiro do Norte das primeiras décadas do século XX. Constrói um léxico baseado nestas falas racistas e expõe suas perversas peculiaridades e sua duradoura permanência.
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2020-12
As relações das Forças Armadas com o Governo de Getúlio Vargas (1951-1954): perspectivas dos jornais
Tribuna da Imprensa e Última HoraTítuloAs relações das Forças Armadas com o Governo de Getúlio Vargas (1951-1954): perspectivas dos jornais
Tribuna da Imprensa e Última HoraAutor
Wagner Soares PereiraOrientador(a)
Paulo Cruz TerraData de Defesa
2020-12-14Nivel
MestradoPáginas
162Volumes
1Banca de DefesaMarcelo Badaró MattosPaulo Cruz TerraRafael Vaz da Motta Brandão
ResumoO presente trabalho tem por objetivo analisar o período do governo democrático de Getúlio Dornelles Vargas. Dentro desse recorte, trago como objeto de minha pesquisa as relações das Forças Armadas com o governo de Getúlio Vargas (1951-1954). Sendo assim, busquei analisar alguns aspectos que ocorreram durante esse contexto: o acordo militar firmado entre o Brasil e os Estados Unidos em 1952; a possível participação dos militares brasileiros na Guerra da Coreia; as eleições no Clube Militar para o biênio de 1952-1954; o Manifesto dos Coronéis; a morte do major da Aeronáutica Rubens Florentino Vaz; as consequências de aumento dessa crise político-militar; e, por fim, o quadro final que se deu entre as forças armadas e o suicídio de Getúlio Vargas. As análises desses aspectos foram desenvolvidas através das perspectivas dos jornais Tribuna da Imprensa e o Última Hora, que não foram apenas fontes, mas objetos dessa pesquisa de Mestrado.
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2020-12
Transformações no aparelho de Estado e dominação burguesa no Brasil (1990-2010)
TítuloTransformações no aparelho de Estado e dominação burguesa no Brasil (1990-2010)
Autor
Anderson TavaresOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2020-12-08Nivel
DoutoradoPáginas
372Volumes
1Banca de DefesaAndré Pereira GuiotFlávio Henrique Calheiros CasimiroRenato Luís do Couto Neto E LemosSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEste trabalho tem como objetivo contribuir para o estudo das relações entre as lutas de classes e as transformações no aparelho de Estado. A partir de um referencial teórico calcado na contribuição de Antônio Gramsci e Nicos Poulantzas, entre outros teóricos marxistas, analisamos o processo recente de reforma burguesa de Estado de caráter gerencial. A lógica de organização gerencial, oriunda do movimento de reestruturação produtiva capitalista que tem início nos anos 1970, passou a ser referência dos movimentos de readequação do aparelho de Estado, desde os governos conservadores no Chile, EUA e Inglaterra. No Brasil, tal processo ganha força a partir dos anos 1990 após a transição política para o regime democrático representativo. As transformações realizadas nos anos 1990 foram responsáveis por uma profunda alteração no papel do Estado. Dentre as diversas modificações destacam-se: as privatizações, a diferenciação nas formas de contratação de força de trabalho pelo Estado e a abertura de um conjunto de serviços públicos para atuação de entidades privadas, ditas sem fins lucrativos. Paralelamente, o aparelho econômico reunido no Ministério da Fazenda passou a ter destaque com a concentração da política econômica no controle fiscal e monetário. O conjunto de modificações no aparelho de Estado ganhou uma nova dinâmica na década de 2000 durante os governos do Partido dos Trabalhadores. Em especial, a pauta gerencial passou a ser difundida no interior do aparelho de Estado a partir de um aparelho privado de hegemonia, o Movimento Brasil Competitivo, vinculado a setores da burguesia que participavam ativamente de espaços de articulação do empresariado junto ao governo. Além disso, ao longo dos dois mandatos de Lula da Silva analisamos a atuação empresarial no interior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial e o processo de implementação das medidas de investimento público e suporte à atividade produtiva, expressa no Programa de Aceleração do Crescimento.
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2020-11
A trajetória angolana de João Fernandes Vieira e de André Vidal de Negreiros: relações de poder, ações militares e tráfico de escravizados para Pernambuco (1658-1666)
TítuloA trajetória angolana de João Fernandes Vieira e de André Vidal de Negreiros: relações de poder, ações militares e tráfico de escravizados para Pernambuco (1658-1666)
Autor
Leandro Nascimento de SouzaOrientador(a)
Alexsander Lemos de Almeida GebaraData de Defesa
2020-11-30Nivel
DoutoradoPáginas
194Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraFelipe Paiva SoaresFlávia Maria de CarvalhoJosé Bento Rosa da SilvaRômulo Luiz Xavier do Nascimento
ResumoEssa tese se propõe a analisar a trajetória de João Fernandes Vieira e de André Vidal de Negreiros enquanto governadores de Angola, no período de 1658 a 1666, tendo como focos principais de atenção as relações de poder, as ações militares em Angola e o tráfico de escravizados para Pernambuco. Demonstra-se, ao longo desse trabalho, que os projetos pessoais desses personagens, representantes das conexões da elite política pernambucana no outro lado do Atlântico, corroboram a importância e a responsabilidade da Capitania de Pernambuco no sistema escravista com mão de obra africano na época moderna. Para tanto, foram feitas análises de fontes arquivísticas, como a documentação do Arquivo Histórico Ultramarino e da coleção Monumenta Missionária Africana, além de cronistas da época, como Cardonega e Cavazzi. Fez-se uso, também, das estimativas da base de dados The Trans-Atlantic Slave Trade. A pesquisa valida ainda que os poderes adquiridos, em virtude do prestígio acumulado pelas ações em Pernambuco, permitiram que eles agissem de acordo com os seus interesses econômicos, sobretudo, colocando seus agentes para tentar controlar o tráfico de escravizados através de ações militares, desconsiderando vários aspectos do regimento para Angola, causando, desse modo um aumento no comércio escravista Atlântico, tanto na saída de cativos da África Centro Ocidental, como no desembarque deles no Novo Mundo.
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2020-11
A "nova mulher" ariana: O lugar das alemãs nas páginas da NS-FrauenWarte
TítuloA "nova mulher" ariana: O lugar das alemãs nas páginas da NS-FrauenWarte
Autor
Yasmin Trindade MachadoOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2020-11-30Nivel
MestradoPáginas
105Volumes
1Banca de DefesaDenise Rollemberg CruzJanaína Martins CordeiroVinicius Aurélio Liebel
ResumoA dissertação trata das representações do nacional socialismo acerca da mulher por meioda análise da NS FrauenWarte, revista feminina quinzenal do partido nazista (NSDAP). Paratal, apresenta o contexto no qual foi publicada, sua forma e seu conteúdo. Uma vez queoideal feminino do regime se contrapunha à questão das mulheres na República de Weimar, aborda inicialmente essa temática nesse período (1919-1933). Como veículo de propagandapolítica, a NS FrauenWarte centrou-se no tema da maternidade, definidor da posição social damulher alemã como "mãe do Volk". Apesar do seu caráter substantivo, essa percepçãodopapel feminino no regime mostrou-se de certa forma flexível, conforme mudavamasnecessidades do Terceiro Reich. Para tratar do tópico, será feito o uso do conceitode"representações" a
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2020-11
A ATUAÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS DURANTE O PERÍODO PARLAMENTARISTA DO GOVERNO
JOÃO GOULART (1961-1963): FORÇAS POLÍTICAS EM CONFLITOTítuloA ATUAÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS DURANTE O PERÍODO PARLAMENTARISTA DO GOVERNO
JOÃO GOULART (1961-1963): FORÇAS POLÍTICAS EM CONFLITOAutor
David Barbosa Arguelles BotinellyOrientador(a)
Karla Guilherme CarloniData de Defesa
2020-11-27Nivel
MestradoPáginas
172Volumes
1Banca de DefesaAndréa Casa Nova MaiaKarla Guilherme CarloniLívia Gonçalves Magalhães
ResumoA presente pesquisa está centrada no governo parlamentarista de João Goulart (1961-1963). Tendo em vista a falta de enraizamento social do parlamentarismo e a cultura política presidencialista existente no Brasil, analisaremos como Jango lidou com os três Chefes de Governo que se sucederam em aproximadamente 15 meses de parlamentarismo. Para dar conta de explicar este sistema que não se assemelhava com o parlamentarismo inglês clássico, lançaremos mão do conceito de semipresidencialismo. Os principais temas em discussão naquela efervescente sociedade do início dos anos 1960 – reformas de base, Política Externa Independente e nacionalismo – estavam presentes nas discussões de cada um dos Gabinetes e foram detidamente analisadas a partir de um conjunto documental que vai das atas e notas taquigráficas das reuniões dos Conselhos de Ministros até discursos do presidente João Goulart, bem como dos periódicos de época. Por fim, se faz uma avaliação do período parlamentarista apresentando as opiniões dos atores políticos do período.
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2020-11
Nas águas do capital: o Clube de Engenharia e a escolha por Ribeirão das Lages como chave interpretativa para compreender a destruição de São João Marcos
TítuloNas águas do capital: o Clube de Engenharia e a escolha por Ribeirão das Lages como chave interpretativa para compreender a destruição de São João Marcos
Autor
Felipe Eduardo Martins Dos SantosOrientador(a)
Mario GrynszpanData de Defesa
2020-11-24Nivel
MestradoPáginas
128Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoMarco Aurélio Vannucchi Leme de MattosMario Grynszpan
ResumoA presente pesquisa investiga a participação do Clube de Engenharia na escolha da represa do Ribeirão das Lajes como chave interpretativa para compreender os motivos que levaram ao desaparecimento da cidade de São João Marcos, inundada para viabilizar a ampliação da barragem que abasteceria a cidade do Rio de Janeiro com água. O processo de escolha durou toda década de 30, pois Lajes era um entre outros projetos que poderiam cumprir com o objetivo de suprir às necessidades da Capital Federal, no entanto, mesmo com alternativas e com o tombamento de São João Marcos o aumento da barragem foi mantido. O Clube de Engenharia à época era uma importante instituição de classe ativa na elaboração de políticas públicas com fins ao desenvolvimento urbano-industrial brasileiro e, por isso, compreender seu funcionamento, sua ideologia e seus interesses trazem novos elementos para entender o desaparecimento da cidade fluminense. Os resultados obtidos demonstram que o interesse primordial não estava na água, mas na produção de energia elétrica para toda indústria, especificamente, na eletrificação da Estrada de Ferro Central do Brasil. Sendo a energia o eixo das disputas foi identificado pela pesquisa dois grupos com interesses divergentes. Um com uma perspectiva de cunho mais nacionalista defendia a criação, por parte do Estado, de uma hidrelétrica que poderia também fornecer água e, outro com viés menos intervencionista, sinalizava que, dentro da conjuntura em questão, a melhor alternativa seria a manutenção da compra de energia e água produzidas pela Light que para garantir a demanda exigia a elevação do Ribeirão das Lajes. Para atingir os objetivos propostos, foi utilizado como base teóricometodológica as contribuições do italiano Antonio Gramsci, principalmente, suas elaborações sobre a natureza do Estado em sua dimensão ampliada.
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2020-11
A construção do Ceará e dos Cearenses no transcorrer do século XVIII
TítuloA construção do Ceará e dos Cearenses no transcorrer do século XVIII
Autor
Raimundo Alves de AraújoOrientador(a)
Mario GrynszpanData de Defesa
2020-11-18Nivel
DoutoradoPáginas
348Volumes
1Banca de DefesaFrancisco Dênis MeloGeorgina Silva Dos SantosMario GrynszpanRaimundo Nonato Rodrigues de SouzaRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoDe modo geral, procuramos apresentar em nossa tese o processo de colonização das terras e dos povos do Novo Mundo pela coroa portuguesa entre os séculos XVII e XVIII, focando principalmente o ambiente geográfico que mais tarde – e aos poucos - seria a Capitania do Ceará Grande. Analisando pelo viés da longa duração, constatamos que até o final do século XVII (por volta do ano de 1680), o Ceará não existia enquanto pessoa política. O povoamento da capitania teria se intensificado principalmente a partir das guerras do período colonial, como as invasões holandesas (ocorrida de 1630 a 1654) e a Guerra dos Bárbaros (de 1650 até 1720). Verificamos que as terras dos sertões do Ceará Grande foram conquistadas e distribuídas (na forma de sesmarias) entre os anos de 1699 a 1740; data que coincide quase perfeitamente com os conflitos da Insurreição Pernambucana e com a famigerada Guerra dos Bárbaros. Além de pontuarmos a "limpeza da terra" (o extermínio físico e a escravização dos povos nativos), apresentamos também uma reflexão rápida acerca do processo de estratificação da sociedade, com a formação de oligarquias familiares e parentelas beligerantes no topo da hierarquia social, e de cabras e índios assimilados, formando os estratos inferiores. Também analisamos o processo de assimilação dos povos nativos, a miscigenação racial e a formação, naquele período, das instituições governamentais (câmaras municipais, milícias, ordenanças, ouvidoria, capitão-mor-governador etc.). Ao longo de nossa pesquisa procuramos demonstrar o avanço do processo de "diluição" das identidades étnicas, o extermínio e a assimilação dos povos nativos e africanos, e a fusão de todos - os "portugueses do Brasil", os índios e os africanos – numa massa parda e confusa de cabras e mestiços, que iria caracterizar a maioria da população do Ceará de então. Assim, O Ceará, enquanto pessoa política, iria ganhar forma, ao longo do século XVIII, graças a um conjunto de fatores, ligados a Ilustração Portuguesa, à criação de várias vilas (municípios) pelos sertões e ao aumento do grau de profissionalização da burocracia administrativa e militar (que iria se distanciar da parentela latifundiária e "guerreira" dos primeiros tempos da colonização dos sertões). Sendo este o ambiente de maturidade política que iria culminar na "independência política" da capitania do Ceará em relação à de Pernambuco, em 1799.
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2020-11
A peste serve a qual partido? Disputas políticas e epidemia do cólera (Ceará, 1862-1863)
TítuloA peste serve a qual partido? Disputas políticas e epidemia do cólera (Ceará, 1862-1863)
Autor
Jucieldo Ferreira AlexandreOrientador(a)
Mario GrynszpanData de Defesa
2020-11-09Nivel
DoutoradoPáginas
316Volumes
1Banca de DefesaIsabel Idelzuite Lustosa da CostaKaori Kodama FlexorMario GrynszpanPaulo CadenaSebastião Pimentel Franco
ResumoEntre 1862 e 1863 a Província do Ceará foi vítima do cólera morbo. Responsável por grandes
epidemias pelo mundo, no século XIX, o cólera ganhou a atenção dos historiadores,
interessados em problematizar as questões socioculturais por trás das cenas dramáticas ligadasà doença. No caso do Ceará, o drama epidêmico foi, claramente, utilizado nas disputas político-
partidárias, bem como serviu a indivíduos interessados em granjear honrarias e benefíciospessoais. Naquela conjuntura, uma celeuma envolvendo o presidente da província, José Bento
da Cunha Figueiredo Júnior, e a cobertura feita pelos jornais sobre a epidemia ganhou destaque,
refletindo também questões mais amplas da política imperial, como a ascensão da "Liga
Progressista" na Corte. É sobre os usos políticos do cólera no Ceará que a tese se deterá. Entre
as fontes históricas utilizadas na pesquisa, destacam-se cinco jornais, disponíveis na
Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional: o Pedro II – de propriedade da família Fernandes
Vieira, principal liderança do Partido Conservador no Ceará – e os jornais de inspiração liberal,
O Cearense, O Commercial (rebatizado Gazeta Official), O Sol e O Araripe. Além da imprensa,
as correspondências ativas da presidência da província – acervo do Arquivo Nacional do Rio
de Janeiro – e as missivas privadas enviadas por Figueiredo Júnior ao ministro Marquês de
Olinda – conservadas no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro – ocupam função
estratégica na tese. Por fim, alguns documentos impressos e manuscritos de outros arquivos
também contribuem na construção dos capítulos.
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2020-11
"A CAIXA ECONÔMICA DA CORTE: DESENVOLVIMENTO, CENTRALIZAÇÃO E EXPANSÃO DA POUPANÇA BRASILEIRA (1861-1889)"
Título"A CAIXA ECONÔMICA DA CORTE: DESENVOLVIMENTO, CENTRALIZAÇÃO E EXPANSÃO DA POUPANÇA BRASILEIRA (1861-1889)"
Autor
Thiago Alvarenga de OliveiraOrientador(a)
Luiz Fernando SaraivaData de Defesa
2020-11-04Nivel
DoutoradoPáginas
412Volumes
1Banca de DefesaAndrés Hoyo AparicioÁngel Pascual Martínez SotoFábio PesaventoLuiz Fernando SaraivaRenato Leite MarcondesTeresa Cristina de Novaes MarquesWalter Luiz Carneiro de Mattos Pereira
ResumoEsse trabalho busca analisar a história da instituição de poupança – a Caixa Econômica da Corte – criada pelo governo imperial em 1861. O trabalho acompanha o desenvolvimento dessa instituição, o qual se confunde com a própria história do Brasil oitocentista, até o fim do regime monárquico em 1889. Ainda que soe como uma história institucional, o que se pretende nessa pesquisa é tratar a história dessa caixa econômica na perspectiva econômico-social, considerando os agentes que fizeram idealizando e conduziram a instituição, mas principalmente aqueles que por ela eram atendidos. A história do desenvolvimento da Caixa Econômica da Corte se faz importante por ter sido estabelecida no Brasil, longe de seus idealizadores europeus, em um cenário onde prevaleciam relações de trabalho pré-capitalistas, um sistema escravocrata e um regime monárquico nos trópicos. Esse Brasil oitocentista guarda suas peculiaridades, as quais, obviamente, estão refletidas em suas instituições. O fio condutor da análise será a interferência do Estado imperial brasileiro, por meio da Caixa Econômica da Corte, na incipiente poupança brasileira que era formada por caixas econômicas e casas bancárias privadas. Partimos da hipótese que houve um projeto do governo imperial de centralizar a poupança brasileira no Thesouro Nacional. Portanto, a Crise do Souto em 1864, se torna um momento-chave para essa análise, uma vez que é um ponto de virada no desenvolvimento da Caixa Econômica da Corte em detrimento das falências de suas concorrentes – as casas bancárias. Outrossim, no trabalho é analisado o desenvolvimento da Caixa Econômica da Corte nas diferentes conjunturas políticas, econômicas e sociais da história do Império do Brasil. O ponto de virada da Caixa Econômica da Corte ao longo da Guerra do Paraguai, a expansão de seu modelo de instituição para as capitais provinciais, bem como a quebra do ritmo de desenvolvimento na década de 1880 e a tentativa de modernização do modelo de instituição são temas que pautam as análises do trabalho.
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2020-10
AS CONTRADIÇÕES DA DEMOCRACIA E O INSTITUTO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (2004-2019)
TítuloAS CONTRADIÇÕES DA DEMOCRACIA E O INSTITUTO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (2004-2019)
Autor
Diego Martins Dória PauloOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2020-10-08Nivel
DoutoradoPáginas
579Volumes
1Banca de DefesaAndré Pereira GuiotDemian Bezerra de MeloFlávio Henrique Calheiros CasimiroGilberto Grassi CalilVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
Resumo
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2020-10
Biografia de João Júlio Monteiro: O fenômeno dos viajantes naturais de Cabo Verde .
TítuloBiografia de João Júlio Monteiro: O fenômeno dos viajantes naturais de Cabo Verde .
Autor
Raquel Games MonteiroOrientador(a)
Marina Annie Martine Berthet RibeiroData de Defesa
2020-10-08Nivel
MestradoPáginas
139Volumes
1Banca de DefesaAlain Pascal KalyJuniele Rabêlo de AlmeidaMarina Annie Martine Berthet Ribeiro
Resumo
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2020-09
Do Nakba às letras de sangue. Testemunho e história palestina na obra de Susan Abulhawa
TítuloDo Nakba às letras de sangue. Testemunho e história palestina na obra de Susan Abulhawa
Autor
André Regufe RibeiroOrientador(a)
Renata Torres SchittinoData de Defesa
2020-09-30Nivel
MestradoPáginas
140Volumes
1Banca de DefesaJanaína Martins CordeiroMurilo Sebe Bon MeihyRenata Torres Schittino
ResumoO presente trabalho visa contribuir para os estudos da literatura palestina como
testemunho. A partir da obra da escritora palestina Susan Abulhawa, discutindo os seus
dois primeiros romances A Cicatriz de David (2009) e O Azul entre o Céu e a Água
(2017), pretende-se analisá-los como fontes históricas – testemunho da população
palestina a partir das mudanças ocorridas com a criação do Estado de Israel na década
de 1940 e efeitos diretos e indiretos do Nakba até o início dos anos 2000. A análise
utiliza tais eventos e seus efeitos no estudo do trauma da população palestina no Nakba.
O estudo visa contribuir para os estudos de trauma na população palestina, considerando
a importância de tais eventos para a vida da autora e a influência deles na sua obra.
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2020-09
COMPLEXO FUNDIÁRIO E FRONTEIRAS NA COMARCA DO RIO DAS MORTES, CAPITANIA DE MINAS GERAIS (1740-1808)
TítuloCOMPLEXO FUNDIÁRIO E FRONTEIRAS NA COMARCA DO RIO DAS MORTES, CAPITANIA DE MINAS GERAIS (1740-1808)
Autor
Marcelo do Nascimento GambiOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2020-09-29Nivel
DoutoradoPáginas
274Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioCarmen Margarida Oliveira AlvealMárcia Maria Menendes MottaMarina Monteiro MachadoNívia Pombo Cirne Dos Santos
ResumoA descoberta dos veios auríferos na região da Capitania de Minas Gerais viria a
provocar grandes transformações. Constitui-se ao longo do século XVIII todo um
aparato social, econômico, político e cultural relacionado à extração do metal precioso.
Entretanto, não é possível limitar todo o esplendor desta Capitania exclusivamente às
práticas minerais já que, juntamente a esta foi se desenvolvendo outras atividades
econômicas. Neste cenário, cabe destacarmos a importância do comércio e das práticas
agropastoris que exerceram desde os momentos iniciais da constituição do espaço
físico-geográfico desta Capitania, um predominante papel na formação e na composição
das suas variadas vilas e freguesias.
Esta tese busca, portanto, compreender como ocorreram os processos de
ocupações e as expansões das fronteiras na Comarca do Rio das Mortes, Capitania de
Minas Gerais, entre os anos de 1740 a 1808. Este período em especial, diz respeito à
ampliação das atividades econômicas de cunho alimentícias, juntamente com o processo
de interiorização das regiões dos sertões, que, propriamente ditas, compreendiam as
áreas mais adentradas desta comarca. Para abarcar tal processo, temos como elemento
central o acesso a terra. É por meio da unidade de terra que visamos ser capazes de
avaliar a composição e as transformações ocorridas nesta comarca, na medida em que as
dinâmicas das fronteiras se movimentavam. Dessa maneira, compreender o espaço
geográfico da Comarca do Rio das Mortes tendo como esboço as práticas econômicas e
as sociais que se desenvolveram ao longo deste período é a constituição do cerne deste
estudo.
Nesta pesquisa optamos por privilegiar as fontes primárias que permitiriam
compreender a relação existente entre o processo ocupacional e o acesso a terra sendo
estas, em especial, as cartas de sesmarias. Por fim, destacamos que também faremos uso
da documentação pertinente aos aspectos sociais destes sesmeiros, tais como os
inventários, rol dos confessados e os testamentos.
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2020-09
PARA ALÉM DO TOMBAMENTO: Os sentidos da patrimonialização da igreja de São Lourenço dos Índios de
NiteróiTítuloPARA ALÉM DO TOMBAMENTO: Os sentidos da patrimonialização da igreja de São Lourenço dos Índios de
NiteróiAutor
Emerson de Carvalho GuimarãesOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2020-09-28Nivel
DoutoradoPáginas
239Volumes
1Banca de DefesaMarcelo Santos de AbreuMárcia Regina Romeiro ChuvaMaria Inez TurazziPaulo Knauss de MendonçaZita Rosane Possamai
ResumoA pesquisa trata da história do patrimônio cultural no Brasil e discute o processo de
patrimonialização de bens culturais, a partir da igreja de São Lourenço dos Índios de Niterói,
caracterizando o conjunto de práticas e representações que justificam a inserção do bem cultural
nos marcos das políticas públicas do patrimônio cultural. O trabalho se apoia nos debates da
historiografia contemporânea sobre o patrimônio cultural no Brasil que demarca o processo de
sua afirmação como política pública. O estudo explora fontes variadas (imprensa, história oral,
legislação, documentação administrativa e técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional - IPHAN e da Prefeitura Municipal de Niterói) e demonstra como a igreja é
representada como monumento, patrimônio e bem cultural, renovando ao longo da história os
seus significados, sendo envolvida em novas abordagens da sua história. Considera-se que a
patrimonialização se define como um processo aberto à ressignificação dos bens culturais e que
não se encerra na declaração formal de sua proteção pelo estado, mas se estende para além do
tombamento.
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2020-08
A missão escrita: Irmã Dubost e as memórias de uma vicentina no Novo Mundo (Mariana-MG, 1848-1858)
TítuloA missão escrita: Irmã Dubost e as memórias de uma vicentina no Novo Mundo (Mariana-MG, 1848-1858)
Autor
Melina Teixeira SouzaOrientador(a)
Renato Júnio FrancoData de Defesa
2020-08-28Nivel
DoutoradoPáginas
378Volumes
1Banca de DefesaAdalgisa Arantes CamposGeorgina Silva Dos SantosÍtalo Domingos SantirocchiRenato Júnio FrancoVirgínia Albuquerque de Castro Buarque
ResumoA Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo estabeleceu sua primeira casa
brasileira em meados do século XIX, no município de Mariana, em Minas Gerais. A empreitada
das freiras não era nada simples, já que para fundar o primeiro colégio católico feminino do
Império, teve de enfrentar meses de travessia marítima de Paris até o Rio de Janeiro e, logo
depois, prosseguir viajando a cavalo pelo interior do país. Irmã Dubost, madre superiora da
congregação no Brasil, começou então um diário de bordo para relatar o cotidiano da viagem
e, ao chegar ao seu destino, prosseguiu escrevendo. A freira enviou correspondências mensais
para os superiores franceses, tratando da fundação do colégio Providência. Esta pesquisa visa
o precioso contato com a produção escrita da religiosa em uma perspectiva que destaca sua
identidade de freira missionária em um ambiente hostil à conquista de novos espaços socais
pelo gênero feminino. Interessa-nos investigar o discurso institucional da ordem religiosa por
meio de seus textos fundadores, relacionando-os às discussões que mobilizavam a cúpula
católica no XIX: pretende-se verificar como o repertório de ação do ultramontanismo
aproximava-se da percepção de mundo de Irmã Dubost, influenciando suas práticas e
estratégias na instituição da primeira casa vicentina brasileira, oferendo inclusive um modelo
de santidade de acordo com a inerente valorização de devoções populares e de grande potencial
afetivo, no caso o culto mariano. A repercussão da chegada das freiras em Mariana,
especialmente no que se refere a possíveis conquistas e ao alargamento de brechas sociais para
as mulheres mineiras, também estão no foco da pesquisa. Por fim, afirma-se o interesse em
investigar quais eram os projetos de missão envolvidos e como esses planos interagiam,
dependendo do contexto, no que diz respeito aos superiores gerais da congregação em Paris; ao
bispo local de Mariana, d. Viçoso; à freira vicentina, irmã Dubost; à comunidade local de
Mariana.
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2020-08
O Trabalhismo Diante do Espelho. Gênero, raça e classe na construção do Estado de Bem-Estar social na
Inglaterra. (1870-1951).TítuloO Trabalhismo Diante do Espelho. Gênero, raça e classe na construção do Estado de Bem-Estar social na
Inglaterra. (1870-1951).Autor
Thiago Romão de AlencarOrientador(a)
Bernardo KocherData de Defesa
2020-08-27Nivel
DoutoradoPáginas
532Volumes
2Banca de DefesaBernardo KocherDemian Bezerra de MeloGuilherme Figueiredo Leite GonçalvesMarcelo Badaró MattosRaquel Varela
ResumoEsta tese procura discutir as bases sociais, políticas e ideológicas que ajudaram a fundar
e consolidar o Partido Trabalhista britânico no interior do regime democrático-
parlamentar daquele país. Tendo por centro a constituição do Estado de bem-estar naquelepaís, dirigido e governado pelos trabalhistas em um primeiro momento, procuramos
estabelecer como as relações de classe, gênero e raça específicas da formação social
britânica foram condensadas nesse Estado. Para isso, reconstruímos a história do Partido
Trabalhista desde sua fundação tendo por enfoque a interação desse partido com a
hegemonia burguesa, sua relação com as instituições e aparelhos do Estado capitalista
britânico e a função que esse partido passou a desempenhar no interior dessa hegemonia.
A opção pela via parlamentar e a aposta no reformismo, embasadas na crença da
autonomia do Estado perante as relações sociais capitalistas, formam o norte do
trabalhismo britânico. A separação entre as esferas de luta sindical e partidária no interior
do movimento trabalhista, uma das características fundamentais desse movimento,
estabeleceu as bases da relação entre o Partido Trabalhista e os órgãos de classe dos
trabalhadores, os sindicatos, reunidos no TUC, a principal central sindical britânica. Ao
mesmo tempo, tal classe trabalhadora continha hierarquias de gênero e raça em seu
interior, hierarquias essas fundamentais para a acumulação capitalista e que seriam
assumidas pelo partido, tendo papel central no desenvolvimento de suas políticas e na
própria construção do Estado de bem-estar. Analisando os documentos internos do
partido, os seus manifestos eleitorais e os relatórios das conferências anuais partidárias e
sindicais, tecemos um quadro da relação entre a agência da classe trabalhadora britânica,
o regime parlamentar britânico e a hegemonia burguesa ao longo da primeira metade do
século XX, percorrendo o período de formação, consolidação e de governo dos
trabalhistas, ressaltando o papel dos homens, mulheres e imigrantes nesse processo.
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2020-08
DO PAIAKU DE MONTEMOR AO CABOCLO DA VILA DE GUARANY: LUTA POR TERRAS E REDEFINIÇÕES IDENTITÁRIAS (SÉCULOS XVII AO XX)
TítuloDO PAIAKU DE MONTEMOR AO CABOCLO DA VILA DE GUARANY: LUTA POR TERRAS E REDEFINIÇÕES IDENTITÁRIAS (SÉCULOS XVII AO XX)
Autor
Marcos Felipe VicenteOrientador(a)
Maria Regina Celestino de AlmeidaData de Defesa
2020-08-20Nivel
DoutoradoPáginas
284Volumes
1Banca de DefesaIsabelle Braz Peixoto da SilvaJoão Pacheco de Oliveira FilhoJuciene Ricarte ApolinárioMaria Regina Celestino de AlmeidaVania Maria Losada Moreira
ResumoOs territórios indígenas atuais são resultados de longos processos de luta vivenciados pelos
povos nativos. Inseridos violentamente no sistema colonial, os índios buscaram formas de
construir e preservar os espaços necessários à sua sobrevivência material e social, utilizando as
normas jurídicas a seu favor, por vezes, ressignificando suas próprias identidades. Nesse
sentido, esta tese debruça-se sobre as lutas dos caboclos da vila de Guarany, Estado do Ceará,
no início do século XX, em defesa da propriedade das terras que pertenceram à antiga aldeia
dos índios Paiaku. Enfrentando um padre católico, que tinha interesse em receber, para a
padroeira, os foros do lugar, os caboclos – descendentes dos índios Paiaku – articularam uma
rede de apoiadores que incluía renomados intelectuais do Estado e moveram uma ação judicial
para obter o reconhecimento de seus diretos sobre as terras. Para compreender os fundamentos
de sua argumentação, foi necessário analisar como os caboclos construíram uma relação de
pertencimento ao lugar de Montemor, o Velho, da América, durante os séculos XVIII e XIX.
No decorrer das sucessivas lutas em defesa das terras, acabaram por construir seu próprio
território, ao passo em que suas identidades foram se transformando e se ressignificando de
acordo com as mudanças das políticas indigenistas. Entende, pois, o fenômeno identitário como
uma construção política coletiva que resulta de um interesse em comum. Demonstra-se, assim,
como os índios Paiaku redefiniram suas identidades, problematizando o discurso oficial de
extinção dos índios no Ceará, no século XIX. Para refletir sobre esses complexos fenômenos
políticos e identitários, procedeu-se a uma análise de um diversificado corpo documental, que
inclui manuscritos e impressos, correspondências oficiais da Colônia e do Império, leis, notícias
e publicações de jornais dos séculos XIX e XX, documentos judiciais, dentre outros.