Governar As Monarquias Ibéricas: Reis, Conselhos, Secretários, Juristas E Vassalos Nos Labirintos Da Política | ||
---|---|---|
Disciplina: EGH.00320 Seminário de Poder e Sociedade Moderna I | Mín. Alunos: - Máx. Alunos: - |
|
Horário:
Segunda 10:00/13:00 Sala: 507P |
1/2017 |
Vagas PPGH: 0 Vagas Ext: 0 |
Professor Responsável: Maria Fernanda Bicalho Professor Co-Responsável: Marcello José Gomes Loureiro |
||
Ementa: As monarquias ibéricas dos séculos XVI ao XVIII guardavam, como características comuns, processos de deliberação afiançados por consultas a tribunais especializados. Tecnologias de governação, conservadas como primaciais para o exercício da política por longo tempo, as consultas congregavam diversos interesses, de distintas escalas, desde as demandas locais, até as lógicas cortesãs. Extrapolavam a análise casuística, para se vincular à gramática política e jurídica adstrita ao ideário da segunda escolástica. Nessa lógica, os conselhos figuravam como espaços privilegiados de negociação e pactuação, cristalizando-se como instrumentos nevrálgicos para a construção da política e do governo. Não eram os únicos, contudo, já que é preciso ponderar a interferência do rei, de secretários, de juntas, de juristas e até dos simples vassalos, por meio de demandas, queixas e arbítrítrios. O curso pretende apresentar a complexidade das estruturas polissinodais das monarquias ibéricas, examinar os processos de deliberação política, refletir acerca dos significados dos conselhos como protagonistas da dinâmica governativa e dos demais agentes na comunicação política. | ||
Bibliografia: BARRIOS, Feliciano. La Gobernación de la Monarquía de España. Consejo, Juntas y Secretarios de la Administración de Corte (1556-1700). Madrid: Boletín Official del Estado, Centro de Estudios Políticos y Constitucionales, Fundación Rafael del Pino, 2015 BOUZA, Fernando. “La Configuración de la Monarquía Hispánica”, in HERNÁN, David García (org.). La Historia sin Complejos. La Nueva Visión del Imperio Español. Madrid: Actas, 2010, p. 70-78. CALAFATE, Pedro. Da origem popular do poder ao direito de resistência. Doutrinas políticas no Portugal do século XVII. Lisboa: Esfera do Caos, 2012. ESCUDERO, José A. Felipe II. El Rey en el despacho. Madrid: Editorial Complutense, 2002. ESTRINGANA, A. & IMIZCOZ A. “Composicion y gobierno de la Monarquia de España”, in FLORISTÁN Alfredo (coord.) Historia de España en la Edad Moderna. Barcelona: 2011, p. 279-302. CRUZ, Miguel D. da. Um Império de Conflitos. O Conselho Ultramarino e a defesa do Brasil. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2015. FRAGOSO, J. e MONTEIRO, N. G. (orgs). O Reino e as suas Repúblicas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, (no prelo). HESPANHA, António Manuel. As Vésperas do Leviathan. Coimbra: Almedina, 1994. RIBOT, L. “El gobierno de la corona en los siglos XVI y XVII”, in RODRÍGUEZ, Antonio Cabeza & MARTÍNEZ, Adolfo Carrasco (orgs.). Saber y gobierno. Ideas y prática del poder en la monarquia de España (siglo XVII). Madrid: Actas, 2013, p. 67-110. SCHÄFER, E. El Consejo Real y Supremo de las Indias. 2 v. Madrid: Junta de Castilla y León, Marcial Pons, 2003.
|