Dissertações e Teses
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1989-05 Pelas Bandas D‘ Além. Fronteira Fechada e Arrendatários - Escravistas Em Uma Região Policultora (1808 - 1888).TítuloPelas Bandas D‘ Além. Fronteira Fechada e Arrendatários - Escravistas Em Uma Região Policultora (1808 - 1888).Autor
Marcia Maria Menendes MottaOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1989-05-09Nivel
MestradoPáginas
197Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoMaria Yedda Leite LinharesNancy Priscilla Smith Naro
ResumoAnálise de uma área produtora de alimentos para o mercado interno, constituída por freguesias rurais do antigo município de Niterói, no recôncavo da Guanabara, entre 1808, ano da chegada da Corte portuguesa ao Brasil, e 1888, no da Abolição. A vinda da Corte e o subseqüente aumento da população do Rio de Janeiro tornaram o abastecimento um grave problema e permitiram a revitalização da região estudada, anteriormente produtora de cana-de-açúcar, graças ao estímulo dado à policultura. O estudo procura demonstrar que numa região próxima ao mercado consumidor e de ocupação antiga - com fronteira fechada - o monopólio da terra é um dos elementos explicativos das hierarquias sócio-econômicas historicamente constituídas. Busca compreender a maneira pela qual os proprietários fundiários consolidaram seu poder através do controle dos portos locais e da comercialização, pondo em prática um sistema de arrendamentos de parcelas a pequenos produtores sem terra, também possuidores de escravos. Utiliza extensas fontes primárias de natureza cartorária e judiciária, demográficas, relatos de viajantes e memórias.
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1989-01 Ego e Outro: Uma Apreeensão do Corpo - O Masculino e o Feminino no Discurso Médico de Medicina do Rio de Janeiro (1838 - 1887).TítuloEgo e Outro: Uma Apreeensão do Corpo - O Masculino e o Feminino no Discurso Médico de Medicina do Rio de Janeiro (1838 - 1887).Autor
Sylvia Maria da CostaOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
1989-01-06Nivel
MestradoPáginas
207Volumes
1Banca de DefesaAlmir Chaiban El-karehRachel SoihetVânia Leite Fróes
ResumoConstrução da imagem de homem e de mulher no discurso médico sobre anatomia, fisiologia e patologias ligadas à puberdade e à menopausa, produzido nas teses defendidas na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro entre 1838 e 1887. Verificou-se como a utilização da categoria de alteridade absoluta expressa um sistema masculino de representação do mundo. Para isso, buscou-se detectar os mecanismos ideológicos do discurso, que permitissem evidenciar a relação entre saber e poder na normatização do comportamento da mulher e do homem.
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1988-12 O Governo Federal e o Partido Nazista no Brasil.TítuloO Governo Federal e o Partido Nazista no Brasil.Autor
Esther CohenOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
1988-12-05Nivel
MestradoPáginas
202Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesCiro Flamarion Santana CardosoSônia Bayão Rodrigues Viana
ResumoIndica os principais fatores que favoreceram o fortalecimento do nazismo no Brasil, tais como a estreita ligação entre os alemães residentes aqui e o seu país de origem, a concepção de expansionismo germânico, já bem presente na comunidade alemã, e a intensa propaganda. Apresenta, também, as principais características do Partido Nacional-socialista no Brasil, sua organização e suas atividades. Analisa, além disso, as causas da mudança de posição da política brasileira frente ao Partido Nazista a a partir de 1938. a autora relaciona essa mudança, principalmente, com a possível participação nazista no Atentado Integralista, com pressões norte-americanas, com pressões internas movidas pela imprensa e com a política de nacionalização do governo brasileiro. E ressalva que, efetivamente, somente a partir de 1942 houve uma decisão do Governo Federal de não mais permitir atividades nazistas no país.
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1988-11 Administração Pedro Ernesto: Rio de Janeiro (DF), 1931-1936.TítuloAdministração Pedro Ernesto: Rio de Janeiro (DF), 1931-1936.Autor
Alberto GawryszewskiOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1988-11-25Nivel
MestradoPáginas
218Volumes
1Banca de DefesaCósimo Damião de AvilaHamilton de Mattos MonteiroIsmênia de Lima Martins
ResumoEstuda a administração Pedro Ernesto na cidade do Rio de Janeiro entre 1931 e 1936. O principal objetivo é verificar como se deu o reconhecimento da cidadania por esta administração, partindo basicamente de suas políticas no setor da educação e da saúde pública. Defende-se a hipótese de que a atuação político-administrativa do governo Pedro Ernesto caracterizou-se por um programa bastante popular. Os investimentos nos dois setores analisados revelaram-se maciços, como se pôde observar a partir da coleta de dados.
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1988-11 Da Europa Possível ao Brasil Aceitável: A Construção do Imaginário Nacional na Conjuntura de Formação do Estado Imperial (1808 - 1850).TítuloDa Europa Possível ao Brasil Aceitável: A Construção do Imaginário Nacional na Conjuntura de Formação do Estado Imperial (1808 - 1850).Autor
José Neves BittencourtOrientador(a)
Afonso Carlos Marques Dos SantosData de Defesa
1988-11-24Nivel
MestradoPáginas
208Volumes
1Banca de DefesaAfonso Carlos Marques Dos SantosMargarida de Souza NevesVânia Leite Fróes
ResumoSustenta que a Academia Imperial de Belas Artes encontra suas origens na Missão Artística Francesa, Grupo de artistas que os portugueses contrataram em 1816. Era tarefa do especialistas franceses implantar no Rio de Janeiro uma modernidade radical, identificada com as Luzes, e almejada pela Coroa Portuguesa. O projeto da Missão sofre diversas modificações até o ano de 1840, quando encontra sua forma definitiva, que duraria até os meados do século seguinte. Esse projeto, defende José Neves Bittencourt, voltou-se para a construção do Estado nacional, que era visto, naquele momento, como sinal de civilização.
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1988-11 O Sindicato dos Profesores e os Estabelecimentos Particulares de Ensino no Rio de Janeiro (1931 - 1950).TítuloO Sindicato dos Profesores e os Estabelecimentos Particulares de Ensino no Rio de Janeiro (1931 - 1950).Autor
Ricardo Bellingrodt Marques CoelhoOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1988-11-24Nivel
MestradoPáginas
214Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Dos SantosIsmênia de Lima MartinsVictor Vincent Valla
ResumoAnalisa a transição dos professores das escolas secundárias do Rio de Janeiro de uma categoria profissional semi-assalariada, ainda nos primeiros anos da década de 1930, para a condição de um grupo cada vez mais dependente de seus empregos. Pergunta como essa categoria de seu primeiro grande passo organizativo com a constituição do Sindicato dos Professores - sob forte impacto da nova política social do Governo Provisório - e como regulamentou o exercício do magistério secundário através do Registro de Professores. Fracassando o entendimento com os diretores dos estabelecimentos de ensino o Sindicato lutou para que o Estado regulamentasse as condições de trabalho e fixasse a fórmula da remuneração adequada prevista desde 1931 na legislação educacional; mas frente à resist6encia patronal isto foi obtido na vigência do Estado Novo - quando a entidade encontrava-se precariamente organizada - graças à ação no Ministério do Trabalho, sempre mais receptivo aos professores do que o Ministério da Educação. A partir daí a ação do Sindicato - que só mobilizou efetivamente a categoria após o fim da ditadura varguista - concentrou-se essencialmente na luta por aumentos salariais, tendo sido obtidos os primeiros acordos coletivos de trabalho.
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1988-10 Carlos Lacerda e o Discurso de Oposição na Tribuna da Imprensa (1953 - 1955).TítuloCarlos Lacerda e o Discurso de Oposição na Tribuna da Imprensa (1953 - 1955).Autor
Luiz Victor Tavares de AzevedoOrientador(a)
Francisco José Calazans FalconData de Defesa
1988-10-27Nivel
MestradoPáginas
193Volumes
1Banca de DefesaFrancisco José Calazans FalconIlmar Rohloff de MattosMargarida de Souza Neves
ResumoPartindo da noção de ideologia como um dos níveis de significado de todo discurso social, o autor analisa a organização argumentativa do discurso emitido por Carlos Lacerda nos editoriais da Tribuna da Imprensa, levando em consideração as condições de produção, circulação e consumo, durante a conjuntura de 1953 a 1955, marcada pela primeira grande crise do populismo no Brasil. O autor procura explicitar os níveis de significação presentes num órgão de imprensa tendencioso, num momento de redimensionamento político
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1988-10 Um Jogo de Imagens: Verso e Reverso do Novo nos Discursos de Soares de Souza e de Tavares Bastos.TítuloUm Jogo de Imagens: Verso e Reverso do Novo nos Discursos de Soares de Souza e de Tavares Bastos.Autor
Sandra Horta Marques da CostaOrientador(a)
Margarida de Souza NevesData de Defesa
1988-10-14Nivel
MestradoPáginas
374Volumes
2Banca de DefesaAfonso Carlos Marques Dos SantosIlmar Rohloff de MattosMargarida de Souza Neves
ResumoAnálise da concepção e do conteúdo do conceito de progresso e de atraso contido nos discursos de Paulino Soares de Sousa, o Visconde de Uruguai, tendo como paradigma as sociedades capitalistas da Europa e dos Estados Unidos. Esses discursos revelam, segundo a autora, uma tentativa de ação reformadora da sociedade brasileira, por meio de projetos de remodelação do aparelho de Estado e de sua reorganização administrativa.A escolha de um observador e de um liberal representados respectivamente por Soares de Sousa e Tavares Bastos justifica-se pela necessidade de cotejar discursos proferidos por codificadores que se viam inseridos em visões de mundo opostas. Para tanto, foram utilizadas as regras lingüísticas da análise de conteúdo.O recorte cronológico privilegia o terceiro quartel do século XIX, o que se justifica pelas mudanças periféricas e setoriais que então ocorreram em virtude do desenvolvimento do capitalismo mundial, que favoreceu a expansão cafeeira, dinamizando a economia do país e fazendo emergir uma noção de progresso que se concretizou em projetos de remodelação da sociedade.
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1988-10 Pau-Para-Toda-Obra: Subsídios para o Estudo do Processo de Subordinação do Trabalho (A Matriz de Qualificação da Mão-de-Obra Antes do Sistema de Fábrica, Brasil: Séculos XVI - XIX).TítuloPau-Para-Toda-Obra: Subsídios para o Estudo do Processo de Subordinação do Trabalho (A Matriz de Qualificação da Mão-de-Obra Antes do Sistema de Fábrica, Brasil: Séculos XVI - XIX).Autor
Suely Gomes CostaOrientador(a)
Eulália Maria Lahmeyer LoboData de Defesa
1988-10-13Nivel
MestradoPáginas
733Volumes
2Banca de DefesaAna Maria Dos SantosEulália Maria Lahmeyer LoboVictor Vincent Valla
ResumoEstuda processo de trabalho artesanal, entre os séculos XVI e XIX, em empreendimentos econômicos diversos (açucareiro, algodoeiro, cafeeiro e de subsistência), de diferentes regiões brasileira. Atribui o parcelamento de terefas e as mudanças das relações dos homens com a natureza, na emerg6encia do sistema de fábrica, às economias de tempo, por incorporação de mercadorias de várias procedências aos modos de vida. Na perspectiva da longa duração histórica, localiza, aí, a erosão de processos produtivos tradicionais e a destruição do Pau-Para-Toda-Obra (artesão e matéria prima). Faz análises qualitativas, com base em fontes jesuíticas e narrativas de observadores brasileiros e estrangeiros, de várias conjunturas. Conclui por revisões paradigmáticas quanto ao processo de subordinação do trabalho ao capital e à inserção do Brasil ao sistema de fábrica, considerando as singularidades observadas.
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1988-09 História Agrária do Planalto Gaúcho (1850 - 1920).TítuloHistória Agrária do Planalto Gaúcho (1850 - 1920).Autor
Paulo Afonso ZarthOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
1988-09-23Nivel
MestradoPáginas
203Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoMaria Yedda Leite LinharesNancy Priscilla Smith Naro
ResumoTrata da história agrária do Planalto do Rio Grande do Sul entre 1850 e 1920. A pecuária extensiva, o extrativismo de erva-mate e a agricultura de subsistência ou destinada ao mercado interno do país, caracterizaram a região naquele período. Com este tipo de produção, voltada para o mercado interno basicamente, o planalto gaúcho tinha uma importância secundária no contexto agroexportador do Brasil, e, em decorrência disso, mereceu poucas atenções da historiografia. Este trabalho propõe-se contribuir para os recentes esforços da historiografia em conhecer melhor o Brasil agrário à margem dos centros agroexportadores. O autor demonstrar que o processo de ocupação das terras do planalto, comandado pelos estancieiros, resultou na formação de latifúndios pastoris, de um lado, e de pequenas propriedades agrícolas, de outro. No mesmo processo, uma significativa massa de camponeses nacionais foi expropriada pelos latifundiários e suas terras vendidas aos colonos imigrantes através das companhias de colonização. Ainda no século XIX, paradoxalmente, em meio à imensa área de terras virgens, formou-se um contigente de camponeses sem-terra, os quais contribuíram para que a abolição da escravidão ocorresse sem grandes problemas para a pecuária local.
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1988-09 A Construção do Espaço Urbano Carioca no Estado Novo: A Indústria da Construção Civil.TítuloA Construção do Espaço Urbano Carioca no Estado Novo: A Indústria da Construção Civil.Autor
Maria da Glória de Faria LealOrientador(a)
Maria Bárbara LevyData de Defesa
1988-09-01Nivel
MestradoPáginas
180Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboMaria Bárbara LevyRosélia Perissé da Silva Piquet
ResumoAborda o desenvolvimento da indústria da construção civil no Rio de Janeiro durante o Estado Novo, ressaltando os efeitos de sua atuação sobre o espaço urbano carioca. Considerado um dos agentes modeladores do espaço citadino, o setor da construção civil teve seu desempenho focalizado também sob a perspectiva do processo de transformação/formação da cidade carioca. O estudo da relações existentes entre o desenvolvimento deste ramo industrial e a ação do Poder Público configura-se como linha mestra desse trabalho.
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1988-05 A Europa dos Pobres: O Intelectual e o Projeto Educacional em Juiz de Fora na Belle Époque Mineira.TítuloA Europa dos Pobres: O Intelectual e o Projeto Educacional em Juiz de Fora na Belle Époque Mineira.Autor
Maraliz de Castro Vieira ChristoOrientador(a)
Victor Vincent VallaData de Defesa
1988-05-19Nivel
MestradoPáginas
217Volumes
1Banca de DefesaCósimo Damião de AvilaIsmênia de Lima MartinsVictor Vincent Valla
ResumoDemonstra como, em Juiz de Fora, na Belle Époque, o projeto de modernização da cidade, ditado pelos fazendeiros e industriais, interferiu na educação local, fazendo com que elementos oriundos das camadas médias urbanas se tornassem intelectuais orgânicos da classe dominante. Culturalmente mais próxima do Rio de Janeiro, é em Juiz de Fora que se funda a Academia Mineira de Letras. A análise da trajetória social de seus membros revela como elementos empobrecidos incorporaram o Habitus da classe dominante, e, por seu intermédio, conquistaram o mercado de trabalho da produção cultural. Entretanto, a par das múltiplas atividades que exerciam, era o magistério sua fonte de renda mais segura.
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1987-12 Instituições e Instrumentos de Política de Ciência e Tecnologia: O Ensino, a Pesquisa e a Transferência de Tecnologia Agrícola - Uma Análise de Desempenho.TítuloInstituições e Instrumentos de Política de Ciência e Tecnologia: O Ensino, a Pesquisa e a Transferência de Tecnologia Agrícola - Uma Análise de Desempenho.Autor
Valéria Gonçalves da VinhaOrientador(a)
Maria Bárbara LevyData de Defesa
1987-12-03Nivel
MestradoPáginas
300Volumes
1Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsMaria Bárbara LevyRoberto José Moreira
ResumoInsere-se no debate sobre o papel desempenhado pela tecnologia no desenvolvimento da agricultura nacional. Destacam-se as interpretações que atribuem à tecnologia o mau desempenho do setor. A constatação de graves desequilíbrios tecnológicos entre culturas de exportação e de mercado interno, segundo a autora, frustrou a expectativa expressa nos planos do Governo, que recomendava a orientação de ações no setor a partir da elaboração de uma política tecnológica.
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1987-11 Crescimento Desigual - O Bairro da Tijuca: 1907-1945-1980TítuloCrescimento Desigual - O Bairro da Tijuca: 1907-1945-1980Autor
Lúcia Miranda BoaventuraOrientador(a)
Maria Bárbara LevyData de Defesa
1987-11-26Nivel
MestradoPáginas
168Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsMaria Bárbara Levy
ResumoAnalisa a transição da Tijuca, no Rio de Janeiro, de bairro voltado para o lazer, no século XIX, para um local notadamente residencial e comercial no século XX. Depois da Segunda Guerra, afirma a autora, o comércio cresceu expressivamente na região, ao contrário da indústria, que tem pouca representatividade na Tijuca. Procura compreender as desigualdades no bairro. Ressalta o papel social das associações de moradores do asfalto e das favelas. Elas, segundo a pesquisadora, têm papel importante na História recente do bairro, pois procura reparar os erros de uma urbanização acelerada que não levou em conta o homem, mas os interesses do capital.
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1987-11 A Produção da Coisa Pública: Serviços Públicos e Cidadania na Primeira República - A República Ludovicense.TítuloA Produção da Coisa Pública: Serviços Públicos e Cidadania na Primeira República - A República Ludovicense.Autor
Raimundo Nonato Palhano SilvaOrientador(a)
Victor Vincent VallaData de Defesa
1987-11-26Nivel
MestradoPáginas
355Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsVictor Vincent Valla
ResumoEvidencia a questão da produção, distribuição e consumo de serviços públicos de infra-estrutura urbana no Brasil, tomando como referência o estudo do caso de São Luís, capital do Maranhão, no período de 1889-1930. Analisa as políticas públicas do Estado para aquele setor e como as mesmas repercutiram para a produção da esfera pública e da esfera privada, com a intenção de identificar as formas de cidadania reconhecidas. Na primeira parte, discute a literatura sobre a esfera pública e as formas de sociabilidade, com destaque para o significado histórico e político da cidadania. A questão da cidadania e a problemática dos serviços públicos na Primeira República brasileira é o tema da segunda parte. Em seguida, analisa a produção, distribuição e consumo dos serviços públicos de água, esgoto, higiene, logradouros ( ruas e praças), iluminação, luz elétrica, bondes e comportamento da verba pública em relação aos serviços urbanos, na cidade de São Luís.
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1987-11 Cabras e Pés-de-Chumbo: Os Rolos do Tempo, O Antilusitanismo na Cidade do Rio de Janeiro (1890 - 1930).TítuloCabras e Pés-de-Chumbo: Os Rolos do Tempo, O Antilusitanismo na Cidade do Rio de Janeiro (1890 - 1930).Autor
Gladys Sabina RibeiroOrientador(a)
Robert Wayne Andrew SlenesData de Defesa
1987-11-17Nivel
MestradoPáginas
350Volumes
2Banca de DefesaMaria Yedda Leite LinharesNancy Priscilla Smith NaroRobert Wayne Andrew Slenes
ResumoAborda a questão do controle social na cidade do Rio de Janeiro de finais do século XIX e início século XX, atentando para uma parte significativa desta população constituída por imigrantes. A autora pergunta-se como se davam as relações entre brasileiros e portugueses e como os conflitos aí gerados eram apropriados no sentido de construir e manter a ordem burguesa emergente. A hipótese central é a de que a formação e a utilização de diversas visões sobre os estrangeiros, e mais especificamente sobre o português, passam por uma questão de classe e pela sua manipulação de acordo com os períodos de calma ou tensão social. Desta forma, acrescenta a autora, as visões constituem uma forma de controle social e um modo sutil de exercício do poder que penetra capilarmente nos indivíduos e atinge seus cotidianos. Essas visões formam-se a partir de todos os segmentos sociais e são vivenciadas de formas diferentes. As visões sobre o português manifestar-se-ão não só de acordo com as vivências de cada segmento, como também de acordo com as conjunturas sócio-econômicas e com as necessidades de se construir esta nova ordem - baseada no valor fundamental do trabalhador e tendo como horizonte a questão da construção da nacionalidade. Muitas vezes, exemplifica a autora, o português aparece como sujeito trabalhador, sugador.
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1987-11 Luto-Luta: O Primeiro de Maio no Rio de Janeiro (1890 - 1940).TítuloLuto-Luta: O Primeiro de Maio no Rio de Janeiro (1890 - 1940).Autor
Bernardo KocherOrientador(a)
Eulália Maria Lahmeyer LoboData de Defesa
1987-11-12Nivel
MestradoPáginas
218Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsVictor Vincent Valla
ResumoBusca-se compreender, a partir da análise das comemorações do Primeiro de Maio no Rio de Janeiro, o processo de construção da ordem burguesa na formação econômico-social brasileira.Supõe-se que este ocorreu entre 1890 e 1940, quando foram formuladas as condições possíveis de reprodução ampliada do capital, suprimindo-se a resistência frontal da classe operária à dominação capitalista.Privilegia-se a análise da ideologia, tomando como base os pronunciamentos dos diversos segmentos da sociedade carioca no Primeiro de Maio. Segundo o autor, esses documentos são bastante esclarecedores para a compreensão da construção da ordem burguesa.
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1987-11 Meninas Perdidas: Os Populares e o Cotidiano do Amor no Rio de Janeiro da Belle Époque.TítuloMeninas Perdidas: Os Populares e o Cotidiano do Amor no Rio de Janeiro da Belle Époque.Autor
Martha de Abreu EstevesOrientador(a)
Robert Wayne Andrew SlenesData de Defesa
1987-11-03Nivel
MestradoPáginas
418Volumes
2Banca de DefesaMargarida de Souza NevesRachel SoihetRobert Wayne Andrew Slenes
ResumoInvestiga os valores e comportamentos familiares na primeira década do século XX na cidade do Rio de Janeiro. Período em questão situa-se num momento crítico da História da capital da República, porque se aprofundava a constituição da ordem burguesa. Por um lado, analisam-se as estratégias de controle jurídico sobre a moralidade dos segmentos populares da cidade. A difusão de determinados padrões e a melhor punição dos crimes sexuais eram, segundo a autora, os principais objetivos da Justiça e de seus especialistas. Por outro, discutem-se as práticas cotidianas de amor da população pobre da cidade do Rio de Janeiro. Com uma forma especial de namorar, de se divertir, de assumir a relação homem/mulher, de viver a relação sexual e de administrar os conflitos, estas populações construíam uma outra história moral, apesar das tentativas de civilização. Uma amostra de processo criminais de atentado ao pudor, defloramento, estupro e rapto foi o principal tipo de fonte utilizada.
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1987-09 A ANL na Legalidade.TítuloA ANL na Legalidade.Autor
Vitor Manoel Marques da FonsecaOrientador(a)
Eulália Maria Lahmeyer LoboData de Defesa
1987-09-30Nivel
MestradoPáginas
329Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsVictor Vincent Valla
ResumoO período de legalidade da Aliança Nacional Libertadora (ANL), compreende os meses de março a julho de 1935, durante o qual a organização teve um crescimento surpreendente. As razões desse fenômeno são estudadas a partir dos seguintes aspectos: origem e formação ; organização e vida; integrantes e ideologia. Observam-se assim as controvérsias e divergências quanto ao seu caráter, seus objetivos e seus fundadores. A análise da estrutura organizadora é feita com base nos estatutos, identificando-se as semelhanças com outras organizações políticas, particularmente o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Quanto à composição, discute-se o papel e a atuação dos membros institucionais e individuais, procurando detectar as forças e as tendências políticas e sociais dominantes, bem como relações do movimento com outras agremiações existentes. O autor analisa a ideologia aliancista através das principais questões presentes em suas manifestações públicas, destacando as alterações com a participação de Luís Carlos Prestes e a relação do movimento com o governo e a sociedade.
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1987-07 O Comércio de Cabotagem e o Tráfico Interprovincial de Escravos em Salvador (1850 - 1880).TítuloO Comércio de Cabotagem e o Tráfico Interprovincial de Escravos em Salvador (1850 - 1880).Autor
Iolanda Maria do NascimentoOrientador(a)
Almir Chaiban El-karehData de Defesa
1987-07-09Nivel
MestradoPáginas
168Volumes
1Banca de DefesaAlmir Chaiban El-karehAna Maria Dos SantosCiro Flamarion Santana Cardoso
ResumoEstuda o comércio de cabotagem desenvolvido no Porto de Salvador na Bahia, na segunda metade do século XIX. Analisa a importância desse comércio como suporte da economia interna da Província, funcionando como principal fornecedor de gêneros de subsistência e de mão- de-obra escrava, além de importante atividade de arrecadação de impostos provinciais. Relaciona a estrutura comercial deste ramo do comércio marítimo com a situação econômico-financeiro da Bahia no que diz respeito aos problemas de abastecimento, da agricultura e da deficiência dasvias de comunicação. Analisa também suas rotas comerciais, sua vinculação com o comércio exportador-importador, além da concorrência estrangeira que lhe foi imposta com o fim do monopólio nacional sobre a cabotagem. Finalmente, a autora procura mostrar como o comércio estava intrinsecamnete ligado ao desenvolvimento de toda a Província e era responsável, em boa parte, pela sua renda interna na medida em que também gerava capitais para outros setores da economia.
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1987-01 O D.I.P. e a Juventude no Estado Novo (1939 - 1945): Análise de Uma Ideologia Através do Discurso de Um Órgão de Propaganda Estatal.TítuloO D.I.P. e a Juventude no Estado Novo (1939 - 1945): Análise de Uma Ideologia Através do Discurso de Um Órgão de Propaganda Estatal.Autor
Heloisa Helena de Jesus PauloOrientador(a)
Francisco José Calazans FalconData de Defesa
1987-01-06Nivel
MestradoPáginas
184Volumes
1Banca de DefesaFrancisco José Calazans FalconMargarida de Souza NevesPedro Celso Uchôa Cavalcanti Neto
ResumoO trabalho desvenda, a partir da produção discursiva do órgão de propaganda oficial do Estado Novo (1937-1945), o Departamento de Imprensa e Propaganda - DIP (1939-1945), o papel que a ideologia estadonovista confere à juventude. Parte-se da análise dos discursos para o estudo das justificativas, com base na teoria da argumentação. O Trabalho detecta três tipos de argumentos empregados para o desenvolvimento da temática junventude-Estado Novo. A conclusão apresenta a juventude como um instrumento continuador do regime.
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1986-12 A Industrialização no Rio de Janeiro 1930 - 1945 (Indústria e Industriais no Antigo Distrito Federal).TítuloA Industrialização no Rio de Janeiro 1930 - 1945 (Indústria e Industriais no Antigo Distrito Federal).Autor
Almir Pita Freitas FilhoOrientador(a)
Maria Bárbara LevyData de Defesa
1986-12-18Nivel
MestradoPáginas
389Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoEulália Maria Lahmeyer LoboMaria Bárbara Levy
ResumoEstudo das formas de organização e de pensamento dos industriais do antigo Distrito Federal entre 1930 e 1945. Nesta época, apesar da forte presença do Estado na vida sócio-econômico e política do país, a burguesia industrial carioca, através de suas associações de classe, a exemplo da Federação Industrial do Rio de Janeiro (FIRJ), atuou na defesa de seus interesses específicos, e contribuiu para a elaboração de uma proposta de desenvolvimento econômico para o país atrelado ao desempenho da indústria. O exame deste argumento é respaldado por uma minuciosa análise do perfil de setor industrial carioca, assim como de seu principal órgão de classe, a FIRJ, baseada nas atas e relatórios desta associação, assim como nos dados dos censos industriais de 1920, 1940 e 1950. Da análise emerge uma visão de uma fração de classe que se organiza, cria e preserva um espaço próprio no interior de estado autoritário, assim como de uma estrutura industrial que se diversificou ao longo do período.
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1986-12 Contestação e Defesa: A Congregação Beneditina Brasileira no Rio de Janeiro (1830 - 1870).TítuloContestação e Defesa: A Congregação Beneditina Brasileira no Rio de Janeiro (1830 - 1870).Autor
Maria Rachel Fróes da Fonseca Dos SantosOrientador(a)
Nancy Priscilla Smith NaroData de Defesa
1986-12-03Nivel
MestradoPáginas
148Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Dos SantosMargarida de Souza NevesNancy Priscilla Smith Naro
ResumoEstudo desenvolvido nos Arquivos, até então inacessíveis, da Congregação Beneditina do Rio de Janeiro. Examina a mudança da relação entre o Estado colonial português, o posterior Império brasileiro independente, e a Congregação Beneditina, que veio para o Rio de Janeiro no século XVI. As ordens religiosas, introduzidas no Brasil como instrumento do Estado colonial português em expansão, acompanharam o processo de povoamento e colonização do Brasil, defende a autora. Ao longo do tempo, a consolidação do processo colonial e a Independência do Brasil engendraram um novo conjunto de relações que favoreceram a formação de um clero brasileiro, o que levou à redefinição do aparelho Estado-Igreja. Examina-se a crescente intervenção por parte do governo Imperial brasileiro nos assuntos eclesiásticos, como também na administração de assuntos particulares da Ordem Beneditina. A pesquisa justa põe leis e argumentos que revelam as crescentes atitudes e políticas centralizadas do Governo Imperial brasileiro em relação à igreja Católica no curso do século XIX. Esse processo culminou com a completa separação da Igreja do Estado, quando da proclamação da República em 1889.
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1986-09 Terra e Trabalho em Campos dos Goitacazes (1850 - 1920).TítuloTerra e Trabalho em Campos dos Goitacazes (1850 - 1920).Autor
Sheila Siqueira de Castro FariaOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1986-09-29Nivel
MestradoPáginas
492Volumes
2Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoMaria Luiza MarcílioMaria Yedda Leite Linhares
ResumoProcura entender o significado da apropriação / uso da terra e sua relação com as transformações produtivas e sociais do município de Campos dos Goitacazes, no período de 1850 a 1920. Neste intervalo de tempo, detectam-se modificações profundas na apropriação fundiária, nas técnicas de beneficiamento, particularmente da cana-de-açúcar, no suprimento de mão-de-obra, nos agentes a liderar o processo produtivo e no capital investido. O estudo ganha maior significação por se referir a uma região que teve no mercado interno, e não no externo, desde o período colonial, a orientação da direção de sua agro-indústria açucareira, da lavoura cafeeira e demais atividades. Segundo a autora, Campos dos Goitacazes sofreu um processo claro de capitalização da produção, culminando, ao fim do século XIX, com a entrada em cena dos engenhos centrais e usinas que rearticularam a organização agrária local. Campos dos Goitacazes, município situado a nordeste do Estado do Rio de Janeiro, com uma superfície bastante extensa, pode ser considerado uma área de ocupação antiga se comparada à maior parte das regiões da Baixada Fluminense.
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1986-09 As Malhas de Aço no Tecido Social: A Revista ‘A Defesa Nacional‘ e o Serviço Militar Obrigatório.TítuloAs Malhas de Aço no Tecido Social: A Revista ‘A Defesa Nacional‘ e o Serviço Militar Obrigatório.Autor
Leila Maria Corrêa CapellaOrientador(a)
Francisco José Calazans FalconData de Defesa
1986-09-22Nivel
MestradoPáginas
271Volumes
1Banca de DefesaFrancisco José Calazans FalconPedro Celso Uchôa Cavalcanti NetoRené Armand Dreifuss
ResumoTem como objetivo a análise da proposta de reorganização do Exército brasileiro na década de 1910, elaborada por um grupo de oficiais conhecidos como jovens turcos, e o seu desdobramento na sociedade, tendo como ponto de partida o serviço militar obrigatório. Esses dois movimentos, para dentro e para fora da corporação, são analisados com objetivos de compreender a aproximação ocorrida em torno da campanha pelo serviço militar obrigatório, entre os militares e as elites civis, concretizada com organização da Liga de Defesa Nacional, em dezembro de 1916. A análise baseia-se na revista A Defesa Nacional, editada pelos jornais turcos com a finalidade de veicular seu pensamento e os conhecimentos técnicos necessários à profissionalização da categoria. Avalia-se, como particular atenção, as construções ideológicas que permeiam os discursos elaborados acerca da nação brasileira e do Exército, bem como a definição do papel a ser desempenhado pelo Exército em uma sociedade nascente, como a brasileira.