Dissertações e Teses
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1985-08 Três Apitos - Estudo Sobre a Gênese e Expasão da Companhia Progresso Industrial do Brazil (1889 - 1930).TítuloTrês Apitos - Estudo Sobre a Gênese e Expasão da Companhia Progresso Industrial do Brazil (1889 - 1930).Autor
Fernando Antonio FariaOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1985-08-26Nivel
MestradoPáginas
273Volumes
1Banca de DefesaAlmir Chaiban El-karehIsmênia de Lima MartinsWinston Fritsch
ResumoProposta de reconstrução da trajetória de uma fábrica de tecidos localizada em Bangu, subúrbio rural da cidade do Rio de Janeiro, desde o momento de sua fundação em 1889 até 1930. O conhecimento empírico da experiência histórica do movimento capitalista no Rio de Janeiro é falho, ressalta o autor. Isto porque a maior parte dos trabalhos realizados sobre a industrialização no Brasil está circunscrita a São Paulo. Além disso, defende, o estudo da CPIB, no período que corresponde à instalação da grande indústria de bens de consumo assalariado, pode fornecer subsídios a uma melhor compreensão histórica da fase inicial da industrialização retardatária no Rio de Janeiro. Ampliando questões, o estudo aborda a gênese e a expansão do processo industrial carioca, buscando identificar os empresários e aplicadores em ações, as origens do capital e o padrão de acumulação da CPIB.
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1985-08 A Utilização da Mão-de-Obra Indígena na Região do Rio de Janeiro na Segunda Metade do Século XVI.TítuloA Utilização da Mão-de-Obra Indígena na Região do Rio de Janeiro na Segunda Metade do Século XVI.Autor
Salete Maria Nascimento NemeOrientador(a)
Eulália Maria Lahmeyer LoboData de Defesa
1985-08-23Nivel
MestradoPáginas
155Volumes
1Banca de DefesaAfonso Carlos Marques Dos SantosEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima Martins
ResumoAnálise do contato entre os representantes dos grupos tribais brasileiros e agentes de comunidades européias. Baseia-se no conceito de fricção interétnica. Aborda as relações de produção entre os nativos Tupinambás e os colonizadores portuguesas, partindo da hipótese de que as populações indígenas desempenharam papel relevante na organização da economia colonial do século XVI. Conclui que, na fase de acumulação de riquezas, os lusitanos dispuseram de mão de obra aborígene, mais tarde substituída pela africana.
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1985-07 A Implantação da Ordem Republicana no Estado do Rio de Janeiro (1889 - 1892).TítuloA Implantação da Ordem Republicana no Estado do Rio de Janeiro (1889 - 1892).Autor
Renato Luís do Couto Neto E LemosOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1985-07-30Nivel
MestradoPáginas
240Volumes
1Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsJosé Murilo de CarvalhoVictor Vincent Valla
ResumoEstuda o processo de formação das estruturas republicanas no Estado do Rio de Janeiro. À queda da Monarquia segue-se, em território fluminense, uma intensa luta política. O autor entende a disputa pelo controle político do Estado como um capítulo de um processo de transição registrado em todo país, mas determinado, essencialmente, pelas condições peculiares nas quais a sociedade fluminense viveu a passagem da Monarquia à República. Para o Estado do Rio de Janeiro, conclui, a implantação de nova ordem significou uma adequação dos tradicionais grupos dominantes às novas condições resultantes da quebra das estruturas políticas que sustentavam o regime monárquico. A pesquisa foi delimitada pelos anos 1889 e 1892. Trata-se, respectivamente, das datas da Proclamação da República e da promulgação da segunda Constituição fluminense. Estes marcos indicam dois momentos - o primeiro, de ruptura; o segundo, de legitimação - de um itinerário de mudanças que, na verdade, tem suas reízes nas últimas décadas do século XIX.
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1985-07 A Volta ao País Legal e o Conflito Capital - Trabalho em São Paulo - 1932.TítuloA Volta ao País Legal e o Conflito Capital - Trabalho em São Paulo - 1932.Autor
Regina Maria Fernandes Castelo BrancoOrientador(a)
Victor Vincent VallaData de Defesa
1985-07-01Nivel
MestradoPáginas
139Volumes
1Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsSônia Bayão Rodrigues VianaVictor Vincent Valla
ResumoAnálise do Movimento Constitucionalista de 1932, que teve como bandeiras de luta: a reconstitucionalização do país e a devolução da autonomia estadual, assumindo uma posição de clara oposição ao processo de centralização político-administrativa que o Governo Provisório, implantado em 1930, estava realizando. Ele representou a reunificação das forças regionais paulistas das chamadas classes conservadoras - burguesia fundiária, burguesia comercial e burguesia industrial, contra o Governo Provisório. A clivagem política não ocorreu simplesmente porque a oligarquia cafeeira paulista foi afastada do centro de decisão de 1930, como analisa a historiografia tradicional, mas porque, defende a autora, o que estava em questão era a forma de como seria garantido o sistema de propriedade e o domínio político-ideológico e social sobre os não-proprietários, através dos quais o desenvolvimento capitalista estaria garantido. Assim, conclui que o referencial básico para a clivagem política ocorrida entre as diferentes facções da classe dominantes - que consolidou ainda mais a oposição entre as diferentes regiões geográficas do país - foi a luta de classes. Uma disputa que as mesmas tentaram apagar da memória nacional.
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1985-01 Imigração Estrangeira no Espírito Santo (1847 - 1896).TítuloImigração Estrangeira no Espírito Santo (1847 - 1896).Autor
Gilda RochaOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1985-01-15Nivel
MestradoPáginas
149Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Dos SantosIsmênia de Lima MartinsMaria Yedda Leite Linhares
ResumoExplica o movimento imigratório ocorrido no Espírito Santo entre 1847 e 1896 a partir das oscilações verificadas nas política de imigração do Governo Brasileiro ao longo do período enfocado. Com base no resultado das pesquisas, a autora dividiu a história da imigração estrangeira no Espírito Santo em três fases, cujas características no território capixaba e o tratamento político dado ao assunto pelas autoridades centrais. Destaca-se a articulação entre o geral e o regional, enriquecida com um enfoque das condições econômicas da região estudada. Com este tema - imigração estrangeira no Espírito Santo - procurou-se ampliar o entendimento da política imigratória brasileira. E também estimular um debate efetivo do fenômeno, preenchendo uma lacuna existente na historiografia.
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1984-12 A Questão Habitacional no Rio de Janeiro da Primeira República: 1889 - 1930.TítuloA Questão Habitacional no Rio de Janeiro da Primeira República: 1889 - 1930.Autor
Francisco Carlos da Fonseca EliaOrientador(a)
Victor Vincent VallaData de Defesa
1984-12-17Nivel
MestradoPáginas
159Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsVictor Vincent Valla
ResumoA questão habitacional na Primeira República e a constituição de uma problemática habitacional constituem o tema central desta pesquisa. A temática, contudo, é mais ampla e implica uma reflexão sobre a cidade do Rio de Janeiro do início do século, espaço e tempo privilegiados de disputa entre seus habitantes. Segundo o autor, essa disputa teve um caráter eminentemente classista. O que, acrescenta, não significa ser possível reduzi-la a um determinante de caráter puramente econômico.
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1984-12 As Práticas da Justiça no Cotidiano da Pobreza: Um Estudo Sobre o Amor, Trabalho e a Riqueza Através dos Processos Penais.TítuloAs Práticas da Justiça no Cotidiano da Pobreza: Um Estudo Sobre o Amor, Trabalho e a Riqueza Através dos Processos Penais.Autor
Celeste Maria Baitelli Zenha GuimarãesOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1984-12-07Nivel
MestradoPáginas
267Volumes
1Banca de DefesaMaria Yedda Leite LinharesPeter Henry FryRobert Wayne Andrew Slenes
ResumoAborda o poder judiciário como um conjunto de práticas que podem ser acionadas pela população, tendo como principal objetivo a análise dos procedimentos que eram utilizados na produção de um criminoso através dos processos penais. Essa questão remete a autora a uma outra, mais ampla: a de como a justiça era exercitada cotidianamente no Império. Capivary é um exemplo de como uma determinada população pode acionar o poder judiciário. Tornou-se então possível conhecer, no âmbito local, os grupos sociais que recorreram mais efetivamente a este poder como uma estratégia de luta. Além disso, foram delimitados os demais poderes que marcaram o exercício da justiça na comunidade. Ao processos penais arquivados no Forum de Silva Jardim foram as principais fontes utilizadas
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1984-12 Turco Pobre, Sírio Remediado, Libanês Rico: A Trajetória do Imigrante Libanês no Espírito Santo (1910 - 1940).TítuloTurco Pobre, Sírio Remediado, Libanês Rico: A Trajetória do Imigrante Libanês no Espírito Santo (1910 - 1940).Autor
Mintaha Alcuri CamposOrientador(a)
Ronny Leroy SeckingerData de Defesa
1984-12-07Nivel
MestradoPáginas
182Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboRonny Leroy SeckingerVictor Vincent Valla
ResumoExamina as razões que motivaram libanesa para o Espírito Santo, a integração do libanês no mundo do trabalho, seus caminhos de mobilidade social, bem como seu processo de adaptação à cultura brasileira. Baseia-se na coleta de dados em arquivos e jornais de Vitória, Cachoeira de Itapemirim e Alegre. Recorre também a entrevistas com imigrantes libaneses e suas famílias. Concentra-se nos anos 1910 a 1940, período de maior influxo de imigrantes libaneses no Brasil.
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1984-11 O Queremismo na Redemocratização de 1945.TítuloO Queremismo na Redemocratização de 1945.Autor
Elza Borghi de Almeida CabralOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1984-11-12Nivel
MestradoPáginas
225Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsVictor Vincent Valla
ResumoDemonstra que os problemas econ6omicos e sociais existentes na sociedade brasileira, acentuados pela Segunda Guerra Mundial, bem como a repercussão mundial das vitórias alcançadas pelas nações democráticas, criaram, em setores da classes médias e da burguesia - aí incluídos segmentos das Forças Armadas - um clima favorável para a derrubada da ditadura de Getúlio Vargas. O esforço desses setores redemocratização encontrou, contudo, resistência de parte das massas trabalhadoras urbanas que temeram que o afastamento de Vargas pudesse em perigo a vigência das leis trabalhistas por ele outorgadas. A autora lembra que o Queremismo - nome derivado da expressão Queremos Getúlio - foi o movimento de reivindicação dos trabalhadores pela permanência de Vargas no poder. Todas as correntes de opinião que se transformaram em partidos políticos na época foram afetadas com maior ou menor impacto pelo Queremismo. Vargas, se não incentivava abertamente o movimento, pelo menos aceitava o apoio das massas que lhe trazia, como importante instrumento de manobra para suas intenções continuístas. De movimento defensivo das leis trabalhistas, porém, o Queremismo passou a reivindicar a convocação de uma constituinte e terminou canalizando a massa trabalhadora para o Partido Trabalhista Brasileiro. O estudo avalia ainda os desdobramentos dessa opção.
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1984-10 Trabalho, Lar e Botequim: Vida Cotidiana e Controle Social da Classe Trabalhadora no Rio de Janeiro da Belle Époque.TítuloTrabalho, Lar e Botequim: Vida Cotidiana e Controle Social da Classe Trabalhadora no Rio de Janeiro da Belle Époque.Autor
Sidney ChalhoubOrientador(a)
Robert Wayne Andrew SlenesData de Defesa
1984-10-18Nivel
MestradoPáginas
399Volumes
Banca de DefesaMargarida de Souza NevesMaria Yedda Leite LinharesRobert Wayne Andrew Slenes
ResumoTem como referencial mais amplo o processo de constituição da ordem capitalista na cidade do Rio de Janeiro, aproximadamente entre 1870 - início do período terminante da crise do escravismo - e a conjuntura 1917-1920 - marco fundamental da história do movimento operário na Primeira República. Mais estritamente, a pesquisa trata da classe trabalhadora do Rio de Janeiro na primeira década do século XX, pois é neste período que se insere o episódio decisivo da administração do prefeito Pereira Passos, que, em estreita associação com o capital estrangeiro, realiza mudanças importantes na vida da cidade e praticamente completa o longo processo de implantação das relações sociais do tipo burguês-capitalista na capital da República. Investiga também a configuração de práticas ou mecanismos de controle social da classe trabalhadora típicos de uma sociedade capitalista na cidade no período estudado. Observe, finalmente, que este controle se exerce desde a tentativa de disciplinarização rígida do tempo e do espaço na situação de trabalho até o problema da normalização das relações pessoais ou familiares dos trabalhadores, passando, também, pela vigilância contínua do botequim e da rua, espaços consagrados ao lazer popular.
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1984-10 Capa Preta e Lurdinha: Tenório Cavalcanti e o Povo da Baixada.TítuloCapa Preta e Lurdinha: Tenório Cavalcanti e o Povo da Baixada.Autor
Israel BelochOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1984-10-01Nivel
MestradoPáginas
221Volumes
1Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsMaria Yedda Leite LinharesVictor Vincent Valla
ResumoAborda basicamente a carreira do líder popular Tenório Cavalcanti na Baixada Fluminense, o cinturão proletário da cidade do Rio de Janeiro. Tenório foi detentor de grande poder político e eleitoral entre 1945 e 1964, período da demogracia representativa no Brasil. Descreve-se, em primeiro lugar, a situação sócio-econômica de seu reduto, Duque de Caxias, município habitado principalmente por migrantes de origem rural, condição do próprio Tenório. Estuda-se então o comportamento de político fluminense, demonstrando como a associação entre violência e distribuição de favores, permitiram-lhe alcançar grande popularidade. Busca uma explicação para o fenômeno através do conceito de coronelismo, desenvolvido originalmente para a análise de sociedades rurais. Discute, por fim, o aparente paradoxo de filiação partidária de Tenório a uma UDN com características elitistas e conservadoras.
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1984-09 Contribuição ao Estudo da Transição do Escravismo Colonial Para o Capitalismo Urbano-Industrial no Rio de Janeiro: A Cia. Luz Steárica (1854 - 1898).TítuloContribuição ao Estudo da Transição do Escravismo Colonial Para o Capitalismo Urbano-Industrial no Rio de Janeiro: A Cia. Luz Steárica (1854 - 1898).Autor
José Jorge SiqueiraOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
1984-09-28Nivel
MestradoPáginas
195Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoEulália Maria Lahmeyer LoboJacob Gorender
ResumoApresenta-se como uma contribuição ao estudo da transição do escravismo para o capitalismo urbano-industrial na cidade do Rio de Janeiro. Esta cidade foi o mais importante centro urbano, comercial e industrial do Brasil ao longo de toda a segunda metade do século XIX, período no qual se inicia o processo de transição. A questão da transição para o capitalismo no Brasil é assunto controverso, adverte o autor, pois envolve diferentes correntes teórico-metodológicas que chegaram a resultados igualmente diversos. Talvez, a própria opacidade do período - determinada pelas dificuldades na obtenção de dados empíricos sistematizados e confiáveis, e pela insuficiência dos estudos parciais - explique a ausência de consenso sobre período tão decisivo da trajetória histórica do país. Trata, este estudo, essencialmente da análise da trajetória da transição da fase manufatureira escravista, para a fase fabril-capitalista na Companhia Industrial Luz Steárica, fundada em 1854. Tendo a transição culminado em 1890.
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1984-09 Condições de Saúde e Prática Sanitária no Rio de Janeiro (1890 - 1934).TítuloCondições de Saúde e Prática Sanitária no Rio de Janeiro (1890 - 1934).Autor
Regina Cele de Andrade BodsteinOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1984-09-10Nivel
MestradoPáginas
187Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsVictor Vincent Valla
ResumoO estudo relaciona as condições de vida da força de trabalho urbana com a medicina social e as práticas sanitárias adotadas no Rio de Janeiro de 1890 a 1934. O desenvolvimento do campo de investigação das determinações sociais do processo saúde-doença sofreram influ6encia do estado capitalista, graças às suas preocupações em torno das questões higiênicas. Isso porque o padrão sanitário ameaçava seriamente os interesses econômicos do grupos dirigentes. Mas estas práticas, conclui a pesquisadora, não chegaram a representar os interesses básicos da população com relação às condições de saúde das cidades, o que vai gerar resistência popular sanitárias. Essas práticas, partindo das observações de Michel Foucault, são interpretadas como formas de controle das relações sociais vividas no espaço urbano. Considerações sobre como melhorar o padrão sanitário urbano justificaram, em última instância, os diversos projetos políticos de reforma urbana, argumenta a pesquisadora.
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1984-04 A Companhia Agrícola Usina Santa Maria, Estudo de Um Caso.TítuloA Companhia Agrícola Usina Santa Maria, Estudo de Um Caso.Autor
Myrian Susana StanleyOrientador(a)
Eulália Maria Lahmeyer LoboData de Defesa
1984-04-13Nivel
MestradoPáginas
192Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsMaria Bárbara Levy
ResumoAvalia a importância da Companhia Agrícola Usina Santa Maria S.A., fundada em 1923. De 1933 ao final do período em estudo, o ano de 1959, a companhia firmou-se e cresceu como empresa capitalista, tanto a nível industrial quanto agrícola, embora muito mais firmemente como indústria e especialmente como fábrica de açúcar - setor que proporcionava os mais altos lucros. Segundo a autora, a expansão agrícola da empresa aparece mais como decorrência natural dos êxitos do setor industrial e observa-se em todo o período, acrescenta, uma tendência marcante em privilegiar a produção industrial em detrimento da agrícola. A produção da companhia era dirigida ao mercado nacional e às vezes destinava-se também ao setor de exportação. Adotou mão de obra assalariada tanto para a indústria quanto para as lavouras, embora nem sempre as relações de produção pudessem ser definidas como foi possível sujeitar e controlar, por endividamento, a força de trabalho.
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1983-12 Estudo da Charqueada Escravista Gaúcha no Século XIX.TítuloEstudo da Charqueada Escravista Gaúcha no Século XIX.Autor
Berenice CorsettiOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
1983-12-09Nivel
MestradoPáginas
343Volumes
Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoEulália Maria Lahmeyer LoboRobert Wayne Andrew Slenes
ResumoAnalisa o processo de desarticulação da charqueada escravista do Rio Grande do Sul, no século XIX, em função da existência de uma controvérsia na historiografia latino-americana relativa aos reflexos das concorrências entre as empresas rio-grandenses e os saladeros platinos. A autora parte de uma visualização de conjunto da economia gaúcha do século assado, estendendo-se aos setores de produção e comercialização do charque. Estabelece a vinculação desse processo de desarticulação com a qualidade inferior do produto rio-grandense e com a retração dos mercados de consumo decorrente da extinção do tráfico africano, em 1850.
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1983-12 Goiás 1800 - 1850: Um Período de Transição da Mineiração à Agropecuária.TítuloGoiás 1800 - 1850: Um Período de Transição da Mineiração à Agropecuária.Autor
Eurípides Antônio FunesOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
1983-12-07Nivel
MestradoPáginas
169Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoLuiz Palacín GomesRobert Wayne Andrew Slenes
ResumoAborda a transição da mineração para a agropecuária que, o declínio da economia mineradora, se afirmou e fez de Goiás uma região essencialmente agro-pastoril. Durante o período minerador não houve em Goiás, escreve o autor, uma acumulação de capital capaz de garantir o crescimento econômico da região, o que determinou uma crise , provocando o surgimento de uma economia de subsistência e, conseqüentemente, desencadeando profundas alterações de produção até então predominantes. Em função da decadência da atividade mineradora, o sistema escravista que predominava em Goiás começou a se desarticular. A força de trabalho escrava que aí restava foi transferida para a agricultura - com pouco excedente comerciável - e para a pecuária - atividade que cada vez menos emprega o elemento escravo. Gradativamente, percebe-se que na Província, em meados do século XIX, surgem, em substituição ao trabalho escravo, novas relações de produção não-capitalistas fundamentadas no trabalho agregado e da unidade familiar.
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1983-10 Idéias Escravistas no Brasil Colonial.TítuloIdéias Escravistas no Brasil Colonial.Autor
Ronaldo VainfasOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
1983-10-19Nivel
MestradoPáginas
260Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoFrancisco José Calazans FalconMaria Yedda Leite Linhares
ResumoEstudo da ideologia escravista emergente no Brasil, baseado na análise das manifestações literárias produzidas entre meado do século XVI e meados do século XVIII. A preocupação básica foi avaliar os tipos de consciências sociais presentes naquelas manifestações, com destaques para as descontinuidades e permanências colocadas no tempo colonial, e também para os desacertos e aproximações entre a versão escravista dos letrados e aquela construída no quotidiano de senhores e escravos. Buscou-se, assim, refletir sobre o significado do silêncio ou da visão contemplativa que cercaram a situação escravista nas primeiras letras coloniais. Procurou-se, também, analisar o conteúdo ideológico das crônicas de Palmares e o caráter do projeto formulado pelos jesuítas e seus discípulos entre os séculos XVII e XVIII. Como metodologia, adota algumas técnicas do estudo de campos semânticos. Por outro lado, a pesquisa submete o conjunto dos textos a um elenco de categorias capazes de resumir e ordenar o essencial das idéias e das proposições.
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1983-08 A Ovelha Perdida e o Bom Pastor: O Reverso das Parábolas (Igreja, Estado e Camadas Populares na Cidade do Rio de Janeiro: 1921 - 1945).TítuloA Ovelha Perdida e o Bom Pastor: O Reverso das Parábolas (Igreja, Estado e Camadas Populares na Cidade do Rio de Janeiro: 1921 - 1945).Autor
Silvio de Almeida Carvalho FilhoOrientador(a)
Victor Vincent VallaData de Defesa
1983-08-29Nivel
MestradoPáginas
402Volumes
Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboMargarida de Souza NevesVictor Vincent Valla
ResumoAnálise da ideologia e da práxis da Igreja Católica na cidade do Rio de Janeiro frente às condições de vida e de trabalho das camadas populares urbanas. Ideologia e práxis, segundo o autor, achavam-se condicionadas pelo objetivo da Arquidiocese do Rio de Janeiro em retomar para a Igreja o lugar de principal aparelho de hegemonia junto à sociedade civil e política. Para isto, se esforça em reconquistar seu prestígio junto aos Estados e junto ao outros aparelhos de hegemonia. Voltou-se inicial e primordialmente para a burguesia, mas a emergência político-social das camadas populares urbanas, especialmente após 1930, conscientizou-a da necessidade de conquistar a adesão dessas camadas. Percebendo que a restauração da hegemonia católica pressupunha a defesa da hegemonia burguesa então contestada pelas esquerdas, passou a combatê-las aguerridamente absorvendo inclusive algumas de suas propostas possíveis de serem toleradas pelo sistema como forma de esvaziar o seu poder de atração. Comportou-se assim como guardiã da ordem constituída, permanecendo uma aliada do Estado burguês.
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1983-08 Os Advogados do Município Neutro da Corte: Um Estudo Prosopográfico (1860 - 1880).TítuloOs Advogados do Município Neutro da Corte: Um Estudo Prosopográfico (1860 - 1880).Autor
Tânia Maria Tavares Bessone da Cruz FerreiraOrientador(a)
Margarida de Souza NevesData de Defesa
1983-08-25Nivel
MestradoPáginas
102Volumes
1Banca de DefesaMargarida de Souza NevesMaria Yedda Leite LinharesRobert Wayne Andrew Slenes
ResumoProcura, através de uma prosopografia, definir a situação sócio-profissional de uma parcela dos advogados brasileiros entre as décadas de 60 e 80 do século XIX, notadamente aqueles que exerciam suas funções no Município Neutro da Corte. O Almanaque Laemmert, publicação da época que, entre outras divulgações, possuía um indicador das atividades profissionais, forneceu a listagem inicial, para que a partir desta fosse possível o levantamento de fontes documentais como inventários, testamentos e escrituras. A escolha do Rio de Janeiro justifica-se por ter sido essa cidade, durante a segunda metade do século XIX, um importante centro de atividades terciárias. Os advogados formados por São Paulo e Olinda/Recife aí trabalhavam, exercendo em número significativo suas atividades profissionais que, no entanto, transcendiam as funções no judiciário, exercendo também um papel político-burocrático relevante. Foram escolhidos como representativos dois grupos de amostragem: o de bacharéis e o de magistrados.
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1983-08 Escravos, Senhores e Café: Um Estudo Sobre a Crise da Cafeicultura do Vale da Paraíba Fluminense (1860 - 1888).TítuloEscravos, Senhores e Café: Um Estudo Sobre a Crise da Cafeicultura do Vale da Paraíba Fluminense (1860 - 1888).Autor
Humberto Fernandes MachadoOrientador(a)
Francisco José Calazans FalconData de Defesa
1983-08-18Nivel
MestradoPáginas
299Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoFrancisco José Calazans FalconIsmênia de Lima Martins
ResumoA crise do modo de produção escravista colonial na cafeicultura da parte ocidental do Vale do Paraíba fluminense, no período de 1860 a 1888. O objetivo foi demonstrar como se manifestou a crise estrutural do escravismo em uma região de antigas culturas, onde se estabelecem os primeiros cafezais do Rio de Janeiro. Preocupa-se ainda coma análise da posição dos fazendeiros frente à crise, quando foram introduzidas melhorias nos setores de beneficiamento e de transporte visando a adiá-la. Porém, estas alternativas fracassaram na superação da decadência, em virtude das condições da cafeicultura do Vale. Ao contrário, serviram para acirrar as condições inerentes ao escravismo e para provocar a sua derrota final.
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1983-08 O Movimento de 1842: O Protesto Armado da Elite Liberal Mineira.TítuloO Movimento de 1842: O Protesto Armado da Elite Liberal Mineira.Autor
Leda Maria de OliveiraOrientador(a)
Arthur Cezar Ferreira ReisData de Defesa
1983-08-15Nivel
MestradoPáginas
115Volumes
1Banca de DefesaAfonso Carlos Marques Dos SantosArthur Cezar Ferreira ReisMaria Yedda Leite Linhares
ResumoEstuda-se o protesto da elite política liberal mineira (1842), encaminhando a questão da formação do Estado nacional brasileiro na primeira metade do século XIX. A autora preocupa-se com: primeiro, as consideração sobre os fundamentos econômicos nacionais e provinciais; segundo, com a questão do liberalismo na base da elite política através da criação das partidos imperiais e atuação dos liberais mineiros na crise dos anos 1840; quarto, com o protesto armado da parcela da elite alijada temporariamente do poder. Segundo a pesquisa, esse grupo, uma vez de volta ao poder, manteve os instrumentos que criticava e utilizou-os na mesma proporção dos que os impuseram, preservando-se a ordem.
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1983-08 A Era das Demolições na Cidade do Rio de Janeiro (1870 - 1920).TítuloA Era das Demolições na Cidade do Rio de Janeiro (1870 - 1920).Autor
Oswaldo Porto RochaOrientador(a)
Victor Vincent VallaData de Defesa
1983-08-08Nivel
MestradoPáginas
108Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboRobert Wayne Andrew SlenesVictor Vincent Valla
ResumoApresenta a Reforma Pereira Passos como um projeto administrativo que modificou por completo as estruturas urbanas e transformou a cultura e a economia da cidade. Durante as obras, afirma o autor, bairros como a Praça XI permaneceram intocados, resistindo ao progresso e procurando manter intocados seus hábitos e valores culturais. Oswaldo Porto Rocha estuda as transformações na cidade a partir da implantação do Capitalismo. Bem como o papel da cidade no desenvolvimento desse sistema.
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1983-07 Imigração ao Brasil no Império: O Caso Particular da Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores.TítuloImigração ao Brasil no Império: O Caso Particular da Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores.Autor
Diana ZaidmanOrientador(a)
Arthur Cezar Ferreira ReisData de Defesa
1983-07-29Nivel
MestradoPáginas
126Volumes
1Banca de DefesaArthur Cezar Ferreira ReisJosé Dos Santos RodriguesSônia Bayão Rodrigues Viana
ResumoEm época passadas, milhões de imigrantes tornaram-se residentes permanentes no Brasil. As causas desta imigração, defende a autora, podem ser determinadas a partir da análise da situação da Europa face à Revolução Industrial e ao crescimento populacional. Acrescenta-se a isso a demanda de imigrantes solicitada pelas Américas, tendo em vista a falta de mão de obra num período de expansão econômica. A Inspetoria Geral das Terras e Colonização, por exemplo, foi criada pelo decreto número 6129 / 1876, que mencionava as hospedarias de imigrantes, locais onde estes, assim que chegavam ao Brasil, permaneciam até que lhes fosse acertado um destino. Em 1879, foi criada a Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores, destinada a acolher chegados ao porto do Rio de Janeiro. Grande número de imigrantes chegaram ao Brasil por intermediação da Hospedaria.
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1983-01 O Processo da Independência no Maranhão (1822 - 1828).TítuloO Processo da Independência no Maranhão (1822 - 1828).Autor
Maria Esterlina Mello PereiraOrientador(a)
Arthur Cezar Ferreira ReisData de Defesa
1983-01-28Nivel
MestradoPáginas
186Volumes
1Banca de DefesaArthur Cezar Ferreira ReisMaria Yedda Leite LinharesSônia Bayão Rodrigues Viana
ResumoO Grito do Ipiranga não solucionou, definitivamente, o problema da Independência brasileira. Em algumas Províncias, afirma a autora, a adesão ao novo regime foi quase imediata; em outras, como na Bahia, no Piauí, no Maranhão e no Pará, não foi aceito o rompimento com Portugal. Essas Províncias decidiram manter-se fiéis às Cortes de Lisboa. Para afirmar a autoridade como Imperador em todo o Brasil, D. Pedro recorreu a severas medidas e só alcançou o seu objetivo depois de mais de um ano de luta. Com isso, assegurou a unidade do território. A autora estuda a emergência de um sentimento de nacionalidade a partir do caso maranhense. Neste Estado, o processo da Independência foi peculiar. Resultando de elementos que remontam ao início do seu povoamento. Por ter permanecido muito tempo separado do resto do Brasil, integrando com o Pará um estado autônomo, tudo o vinculava ao Reino português. Este isolamento explica a tardia adesão da Província ao sistema imperial, na época subordinada à vontade do Bispo lusitano D. Joaquim de Nazaré, presidente da Junta Governativa que, na sua lealdade às cortes portuguesas, se empenhou na organização de uma frente de reação aos projetos de independência.
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1982-10 A Revolta dos Balaios no Maranhão (1838 - 1841).TítuloA Revolta dos Balaios no Maranhão (1838 - 1841).Autor
Therezinha de Jesus Marília Almeida TavaresOrientador(a)
Arthur Cezar Ferreira ReisData de Defesa
1982-10-01Nivel
MestradoPáginas
86Volumes
1Banca de DefesaArthur Cezar Ferreira ReisIsmênia de Lima MartinsRobert Wayne Andrew Slenes
ResumoCaracteriza a Balaiada como uma extensa e profunda rebelião sertaneja que envolveu o Maranhão, parte do Piauí e do Ceará, de 1838 a 1841. O movimento resultou, segundo a autora, da exaltação de ânimos em conseqüência dos desmandos locais e emergiu contra a estrutura político-social vigente na época. Principiou comas divergências políticas entre os liberais, chamados bem-te-vis, e os seus adversários, os cabanos, conservadores. Os bem-te-vis pregavam a decisão armada, que acabou escapando ao controle da classe política e revelou seu caráter social. Economicamente, em fins da época colonial, o Maranhão, herdando uma estrutura social gerada na produção do algodão, encontra-se instável. Aquela produção organizada em rezão da guerra da independência dos Estados Unidos e da Revolução Industrial, declinou paralelamente ao desaparecimento externos favoráveis à economia exportadora. Para o término da Balaiada contribuiu a habilidade política e militar de Luiz Alves de Lima e Silva, culminada com a anistia que ofereceu aos sediciosos, proporcionando total rendição.