Dissertações e Teses
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1994-09 O Pensamento Jurídico de Tobias Barreto.TítuloO Pensamento Jurídico de Tobias Barreto.Autor
Marcus Vinícius Borges da Silva MachadoOrientador(a)
Gizlene NederData de Defesa
1994-09-19Nivel
MestradoPáginas
144Volumes
1Banca de DefesaFernando Antonio FariaGizlene NederJoão Luiz Duboc Pinaud
ResumoAnálise do conteúdo dos textos e dos discursos de Tobias Barreto. Avalia sua contribuição para o pensamento jurídico do Brasil, nas áreas de filosofia do Direito, Direito Autoral. Destaca que, apesar de ter sido produzido em um momento histórico de abalo da ortodoxia e do conservadorismo do Império, sua obra não contribuiu para o conjunto das idéias no país. Contraria, portanto, a historiografia tradicional. Segundo esta, Tobias Barreto foi um autor eclético, contraditório e incoerente, que se destacou pelas polêmicas, uma constante em sua vida, e não por suas qualidades intelectuais. Mas para o autor, Tobias Barreto não foi um pensador, mas um comentador equivocado do pensamento europeu, especialmente do pensamento alemão, que através de leitura confusa e apressada, reivindica um ineditismo, sempre de forma barulhenta.
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1994-09 A Cidade das Mulheres. Alteridade do Feminino e Cidadania Ateniense (455 - 322 a.C.).TítuloA Cidade das Mulheres. Alteridade do Feminino e Cidadania Ateniense (455 - 322 a.C.).Autor
Marta Mega de AndradeOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
1994-09-16Nivel
MestradoPáginas
208Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoUlpiano Toledo Bezerra de MenesesVânia Leite Fróes
ResumoAborda a relação entre feminino e cidadania democrática, no final do século V a.C., segundo a perspectiva do teatro trágico e cômico ateniense. Verificou-se que Eurípides e Aristófanes constroem suas figuras femininas, retomando o tema da alteridade da mulher presente já em Hesíodo e em Semônides de Amorgos. Ao mesmo tempo, destaca a autora, eles produzem com suas personagens discursos políticos, sobre e para a polis, concernindo à cidade, à condição feminina, ao nómos. Se o teatro ateniense falava à cidade, argumenta a autora, o objetivo de fazê-lo através da re-atualização da alteridade do feminino deveria ser questionado. Conclui que na abordagem política de Xenofonte a alteridade do feminino se oculta, e esconde-se própria possibilidade de cidadania feminina.
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1994-08 Sistema Mortuário Privado na XVIII Dinastia Egípcia.TítuloSistema Mortuário Privado na XVIII Dinastia Egípcia.Autor
Claudio Prado de MelloOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
1994-08-18Nivel
MestradoPáginas
425Volumes
3Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoHamilton de Mattos MonteiroMargaret Marchiori Bakos
ResumoEstudo das concepções e práticas mortuárias na XVIII Dinastia, usando igualitariamente as evidências textuais, iconográficas e arqueológicas. Apresenta a linha geral do desenvolvimento do pensamento mortuário egípcio, neste período a partir das seguintes questões: quando, como e onde estas mudanças ocorreram, quais as causas que as conduziram e, em menor escala, qual foi o papel desempenhado pelo período Amarniano neste desenvolvimento. Baseia-se nas fontes privadas, principalmente de Tebas, Amarna e Mênfis. Repensa a produção do equipamento funerário de acordo com as sempre cambiantes concepções funerárias.
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1994-08 Rasgando a Fantasia: Um Estudo Sobre a Identidade do Partido Comunista Brasileiro.TítuloRasgando a Fantasia: Um Estudo Sobre a Identidade do Partido Comunista Brasileiro.Autor
Dulce Chaves PandolfiOrientador(a)
Angela Maria de Castro GomesData de Defesa
1994-08-18Nivel
DoutoradoPáginas
320Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesBerenice de Oliveira CavalcanteCarlos Nelson CoutinhoLeandro Augusto Marques Coelho KonderLeôncio Martins Rodrigues Netto
ResumoAnalisa o processo de construção de identidade do Partido Comunista Brasileiro (PCB), através das interpretações que ele elabora sobre sua própria História. A autora parte do estudo de fontes variadas, preocupando-se com os momentos-chaves da trajetória do partido, o que, segundo ela, permite evidenciar seus constantes dilemas e paradoxos. Ressalta que o mais significativo desses dilemas foi o de desejar ser um partido revolucionário - a vanguarda operária da classe operária - e se submeter às regras do jogo da vida política nacional.
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1994-08 Mentalidade Escravista e Abolicionismo Entre os Letrados da Corte (1808 - 1850).TítuloMentalidade Escravista e Abolicionismo Entre os Letrados da Corte (1808 - 1850).Autor
Christiane Laidler de SouzaOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
1994-08-17Nivel
MestradoPáginas
149Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroRonaldo VainfasSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoPesquisa as relações sociais e as visões da escravidão e do negro que se apresentavam no Rio de Janeiro na primeira metade do século XIX, como legitimadoras do cativeiro e mantenedoras de limites às propostas de Abolição. Recorre aos periódicos como fonte principal. Analisa também as descrições de viajantes e de documento do Poder Legislativo, especificamente os relacionados à questão da manutenção da estrutura escravista. Concentra-se na observação do conjunto de valores partilhados pelo grupo senhorial. Procura ampliar a compreensão sobre a manutenção do cativeiro no Império, a despeito da predominância de um ideário liberal.
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1994-08 Ficção e História no Memorial do Convento. Fronteiras Entre Diferentes Narrativas na Obra de Saramago.TítuloFicção e História no Memorial do Convento. Fronteiras Entre Diferentes Narrativas na Obra de Saramago.Autor
Kátia da Matta PinheiroOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
1994-08-17Nivel
MestradoPáginas
111Volumes
1Banca de DefesaMaria de Fátima Silva GouvêaRonaldo VainfasTeresa Cristina Cerdeira da Silva
ResumoExamina a existência e a procedência da narrativa historiográfica no romance Memorial do Convento, de José Saramago, bem como o entrecruzamento desta com a narrativa ficcional. Discute os critérios de real e irreal, de verdade e invenção, de objetividade e subjetividade comumente atribuído tanto à História como à Literatura. E os percebe enquanto limites e especificidade de cada forma de narrativa. A partir da análise de três temáticas, escolhidas pela sua relevância histórica no tempo romanesco, o século XVIII, quais sejam, a Inquisição, a figura do Rei e da Rainha, a Cultura e as Relações de Trabalho, analisa a consciência e a pertinência das informações históricas contidas no contexto ficcional. E identifica o possível instrumental teórico de interpretação histórica utilizado pelo autor. A historiadora conclui que o romance Memorial do Convento contém uma narrativa ficcional e uma narrativa historiográfica imbricadas, embora cada uma mantenha a sua especificidade.
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1994-08 Do Arcaico ao Moderno: As Transformações no Rio do Grande do Sul Rural do Século XIX.TítuloDo Arcaico ao Moderno: As Transformações no Rio do Grande do Sul Rural do Século XIX.Autor
Paulo Afonso ZarthOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
1994-08-15Nivel
DoutoradoPáginas
390Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Dos SantosFrancisco Carlos Teixeira da SilvaJoão Luís Ribeiro FragosoLuiz Carlos SoaresMaria Yedda Leite Linhares
ResumoEstudo da sociedade rural rio-grandense do século XIX, no que toca à sua transição rumo ao capitalismo. Essa transformação compreendeu, segundo o autor, um lento processo de modernização, durante o qual as discussões giravam em torno da oposição entre o moderno e o arcaico. Por moderno entendia-se o imigrante europeu, a agricultura moderna, os animais de raças nobres e um novo sistema de transportes. O arcaico, por sua vez, era o latifúndio, o escravo, o caboclo, o gado crioulo e os sistemas tradicionais de cultivo. No entanto, o que era considerado arcaico persistiu e o que se entendia por moderno não significava necessariamente viabilidade econômica. A primeira parte aborda o processo de apropriação e controle da terra. Diante da excessiva concentração de terras, foi elaborado, segundo o autor, um plano de colonização com base na pequena propriedade. Num segundo momento, trata dos diversos grupos sociais que se formaram ao longo do século: colonos, lavradores nacionais, escravos, estancieiros e peões. Um dos pontos centrais desta parte é a transição do trabalho escravo para o trabalho livre. Enfim, estuda a produção agrícola, pecuária, extrativista e o sistema de abastecimento.
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1994-07 A Visão Egípcia Sobre o Estrangeiro na Literatura do Reino Médico.TítuloA Visão Egípcia Sobre o Estrangeiro na Literatura do Reino Médico.Autor
Amanda Barbosa WiedemannOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
1994-07-29Nivel
MestradoPáginas
169Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoHamilton de Mattos MonteiroVânia Leite Fróes
ResumoProcura apreender a visão que tinham os egípcios, após o chamado Primeiro Período Intermediário, acerca das terras estrangeiras e de sua gente. Utiliza como fontes dois contos literários do Reino Médio. Segundo a autora, através dos métodos de análise de texto aplicados às fontes, pode-se observar que, dentro deste quadro histórico-político, uma dinastia começada a impor sua supremacia. Acrescenta que a literatura examinada testemunha uma mudança na imagem negativa que se fazia dos estrangeiros no Egito durante a descentralização do período anterior, quando eles ainda representavam uma ameaça. Destaca-se também a preocupação de reatar as relações comerciais que os egípcios mantinham com estes povos durante o Reino Antigo e de difundir na corte a importância do comércio e de outras relações com o exterior. Tudo sob o patrocínio do Faraó.
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1994-07 Mulheres de Papel: Um Estudo do Imaginário em José de Alencar e Machado de Assis.TítuloMulheres de Papel: Um Estudo do Imaginário em José de Alencar e Machado de Assis.Autor
Luis Filipe Miranda de Souza RibeiroOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
1994-07-28Nivel
DoutoradoPáginas
442Volumes
2Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsIvo Biasio BarbieriLeandro Augusto Marques Coelho KonderNicolau SevcenkoVânia Leite Fróes
ResumoLeitura sistemática do romance brasileiro da segunda metade do século XIX, com ênfase em José de Alencar e em Machado de Assis, objetivamente perceber as linhas de força de construção dos discursos e, em conseqüência, de seus mundos imaginários. Estudo das condições de produção dos discursos literários e das conjunturas culturais nas quais se movimentam, procurando atribuir consistência histórica aos narradores. Objetiva, também, recuperar a historicidade das leituras das obras dos dois autores. E ainda detectar a importância dos dois romancistas na construção de um imaginário social brasileiro.
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1994-05 O Pináculo do Temp(l)o: Sermão do Padre Antônio Vieira e o Maranhão do Século XVII.TítuloO Pináculo do Temp(l)o: Sermão do Padre Antônio Vieira e o Maranhão do Século XVII.Autor
Beatriz Catão Cruz SantosOrientador(a)
Ilmar Rohloff de MattosData de Defesa
1994-05-04Nivel
MestradoPáginas
136Volumes
1Banca de DefesaCaio Cesar BoschiIlmar Rohloff de MattosMargarida de Souza Neves
ResumoEsta tese pretende reconstituir a procissão do Corpo de Deus, que ocorria nas cidades da América portuguesa, durante o século XVIII. Para isso, parte da apropriação da festa de Corpus Christi pela Monarquia durante a época moderna, e particularmente, pela Monarquia portuguesa, com D. João I (Dinastia de Avis) que a introduziu no Reino. A tese tem também, por objetivo, comparar por meio de semelhanças e direrenças, as procissões realizadas nas cidades da América portuguesa às do Reino. Por conseguinte, faz uso de diferentes documentos, como editais das Câmaras, relatos de viagens e constituições episcopais, entre outros, pois busca se aproximar o mais possível da materialidade da festa nas diferentes regiões coloniais, a partir dos fragmentos sobre a mesma. Por fim, procura caracterizar a festa do Corpo de Deus tanto em sua solenidade, quanto nos seus aspectos populares. Ao dar prioridade à análise da procissão no reinado de D. João V (1708-1750) procura-se demarcar que a procissão ainda conserva as figuras, danças e representações tradicionalmente fornecidos pelos mecânicos, que faziam parte do Corpo de Deus e tendiam a ser excluídos, principalmente a partir desta época. Nesta reflexão, destaca-se o Estado de São Jorge, que é considerado um símbolo, um fragmento de recordação, na medida em que São Jorge é reminiscência dos aspectos populares da festa e, remete simultaneamente à Monarquia, pois fora acrescentado à procissão de Portugal, na época de sua introdução no Reino.
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1994-04 A Colônia em Movimento: Fortuna e Família no Cotidiano Colonial (Sudeste, Século XVIII).TítuloA Colônia em Movimento: Fortuna e Família no Cotidiano Colonial (Sudeste, Século XVIII).Autor
Sheila Siqueira de Castro FariaOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1994-04-06Nivel
DoutoradoPáginas
553Volumes
2Banca de DefesaFrancisco Carlos Teixeira da SilvaMaria Luiza MarcílioMaria Yedda Leite LinharesRonaldo VainfasVânia Leite Fróes
ResumoAborda aspectos da vida cotidiana colonial, particularmente no século XVIII, tendo como pano de fundo a análise sobre a família, diferenciada por grupos sociais, o que a torna objeto central e estratégico para se observar o estabelecimento de modos de vida e de domínio.A autora dividiu o estudo em duas partes: Mover-se e Viver e Morrer. A primeira trata do movimento, tanto espacial como econômico social; a segunda, do dia-a-dia dos homens coloniais: nascimento, casamento, morte, habitação e modos de produzir. Como fontes, foram utilizadas basicamente: inventários Post-Mortem, registros de batizados, nascimentos e óbitos, mapeamentos populacionais e agrários e processos eclesiásticos de banhos para matrimônios.
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1994-03 O (Des)Prestígio da Normalista e as Relações de Gênero no Cotidiano do Instituto de Educação do Rio de Janeiro.TítuloO (Des)Prestígio da Normalista e as Relações de Gênero no Cotidiano do Instituto de Educação do Rio de Janeiro.Autor
Maria José de Carvalho NascimentoOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1994-03-25Nivel
MestradoPáginas
250Volumes
1Banca de DefesaIlmar Rohloff de MattosIsmênia de Lima MartinsRachel Soihet
ResumoDiscute o prestígio da normalista recorrente nos discursos produzidos por docentes e discentes do Instituto de Educação do Rio de Janeiro na literatura acadêmica e na grande imprensa. Essas fontes apresentam uma certa interpretação mítica que identifica o passado da normalista como Anos Dourados e o presente como Anos Sombrios. A autora demostra que tanto no passado quanto no presente a condição da normalista é marcada pelo desprestígio. Isso porque, conclui, a natureza do prestígio deve ser explicada através das relações sociais estabelecidas entre os gêneros masculino e feminino. E o que marca a Escola Normal é o estigma de ser coisa de mulher.
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1994-01 Os Fios de Ariadne: Tipologias de Fortunas e Hierarquias Sociais em Manaus (1840 - 1880).TítuloOs Fios de Ariadne: Tipologias de Fortunas e Hierarquias Sociais em Manaus (1840 - 1880).Autor
Patrícia Maria Melo SampaioOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1994-01-10Nivel
MestradoPáginas
286Volumes
1Banca de DefesaFrancisco Carlos Teixeira da SilvaJoão Luís Ribeiro FragosoMaria Yedda Leite Linhares
ResumoProcura traçar um panorama ampliado da questão do abastecimento da cidade de Manaus de 1850 a 1920, recuperando as formas e o padrão, bem como a ação reguladora do Estado. Objetiva, ainda, mapear as vias de abastecimento a partir de um Corpus documental basicamente constituído de inventários Post-Mortem datados de 1838 a 1894. Com essa fontes, a pesquisadora conseguiu elaborar, também, uma tipologia das fortunas de Manaus nas décadas de 40 a 80 do século XIX.
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1994-01 O Altar e o Trono: Mapeamento das Idéias e dos Conflitos Igreja - Estado no Brasil (1840 - 1889).TítuloO Altar e o Trono: Mapeamento das Idéias e dos Conflitos Igreja - Estado no Brasil (1840 - 1889).Autor
Valeriano AltoéOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
1994-01-06Nivel
DoutoradoPáginas
397Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Dos SantosArno WehlingFernando Antonio FariaRonaldo do Livramento CoutinhoVânia Leite Fróes
ResumoProposta de mapear as idéias e teorias políticas produzidas pela hierarquia católica brasileira (ultramontanismo, teoria dos dois poderes, padroado régio, entre outras), buscando identificar as diferenças ideológicas no interior da própria Igreja. Concentra-se no período monárquico que vai de 1840 a 1889, correspondendo nestes limites cronológicos a uma nítida dessacralização do poder mais intensa a partir dos anos 70. Tomou-se como referência documental básica os Anais do Congresso e do Conselho de Estado, utilizando também outras fontes. No centro das divergências e dos conflitos entre a Igreja e o Estado, estruturou-se o tema central do poder político espiritual. A conclusão indica uma questão consensual entre Igreja e Estado: o catolicismo era visto como o principal instrumento de paz, ordem e progresso.
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1994-01 A Sombra das Tradições: O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro na Transição Democrática (1974 - 1985). Um Estudo Sobre o Estatismo Sindical.TítuloA Sombra das Tradições: O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro na Transição Democrática (1974 - 1985). Um Estudo Sobre o Estatismo Sindical.Autor
Francisco Carlos Palomanes MartinhoOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
1994-01-05Nivel
MestradoPáginas
186Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesDaniel Aarão Reis FilhoFrancisco Carlos Teixeira da Silva
ResumoAnalisa a importância do Estado nas relações de trabalho no Brasil. De modo particular, estuda o mivimento sindical e suas tradições. Longe das teses que apontam os anos 30 e os subseqüentes como um período de pura manipulação e controle, o autor procura compreender as razões que levaram os trabalhadores a se inserirem na política social a partir de então. A força das tradições, afirma o autor, fez com que o Estado permanecesse como uma referência fundamental, como mediador dos conflitos inerentes ao mercado de trabalho. Mesmo as diversas correntes que buscam se opor ao estatismo acabaram a ele se sebmetendo. Ou então, isolaram-se definitivamente. Esta pesquisa procura ainda criticar, à luz da contribuição de autores como E. Hobsbawm e P. Thompson, o conceito de populismo da forma como é empregado na América Latina e mais especificamente no Brasil. Busca-se, portanto, uma formulação teórica nova para expressar a relação que o mundo do trabalho tem com o Estado, no Brasil. Evitando utilizar expressões que os próprios agentes da História rejeitam, adverte o autor, optou-se pelo conceito de estatismo. Acrescenta que a análise do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro serviu-lhe de estudo de caso extremamente rico para a compreensão das complexas relações que unem o Estado e o movimento sindical.
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1993-12 A Realeza dos Macedônios (VIII e VII a.C.): Uma História do Outro.TítuloA Realeza dos Macedônios (VIII e VII a.C.): Uma História do Outro.Autor
Neyde ThemlOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
1993-12-06Nivel
DoutoradoPáginas
220Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoHaiganuch SarianHamilton de Mattos MonteiroMarilda Corrêa CiribelliVânia Leite Fróes
ResumoApresenta uma explicação sobre a formação da realeza dos macedônios através da documentação textual e arqueológica disponível. Conclui que tal formação processou-se com a emergência de uma elite guerreira de pastores/agricultores. As chefias guerreiras locais de pastores transeuntes viram-se diante de um conjunto de novos fenômenos cujo processo caracterizou os séculos VIII e VII a.C., os quais tornaram esta sociedade complexa, heterogênea e hierárquica. Deste modo, afirma a autora, a emergência de uma elite heróica/guerreira/sagrada propiciou a integração social, a preservação dos valores ancestrais, a determinação de um centro político e a primazia de uma casa real. Os macedônios, esclarece, não escreveram a sua própria História: foram os helenos que fizeram, elaborando, assim , a narrativa de seu próprio passado através da percepção da história do outro. A realeza heróica/ guerreira/sagrada dos macedônios foi entendida, então, como o passado presente da cultura grega.
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1993-11 O Paradigma do Paraíso: Um Ensaio de Semântica e Morfologia Histórica.TítuloO Paradigma do Paraíso: Um Ensaio de Semântica e Morfologia Histórica.Autor
Vera Fraga LeslieOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
1993-11-24Nivel
MestradoPáginas
202Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoRonaldo VainfasVânia Leite Fróes
ResumoRecorrendo a uma certa flexibilidade que o gênero ensaio permite, o estudo discute as relações entre forma e conteúdo, história e linguagem, numa abordagem que tenta romper as fronteiras disciplinares, buscando criar uma tensão produtiva, problematizando a noção de representação da realidade. Os pontos de interseção entre teoria, história e ficção criaram, segundo a autora, um espaço intermediário (ambíguo e provisório) para se repensar as complexas relações entre a linguagem e seus referentes. Apesar de explorar essa perspectiva, adverte a pesquisadora, não se descuidou da necessidade de evidência histórica. Toda a argumentação apoia-se na questão nominalista (a oposição res-ver-ba) que informa a fonte primária analisada. Unindo recursos estéticos (auto-reflexivos) e o seu oposto, o mundo histórico, a autora procurou criar um produto conscientemente paradoxal, onde a forma literária da paródia se sobrepõe à forma acadêmica, não para negá-la ou desrespeitá-la, mas para tentar criar formas alternativas de conhecer e descrever o passado. Este passado está presente para além de seus vestígios concretos, onde a dicotomia hierárquica entre texto e contexto confere a este último um Status metafísico teológico. Discutir estas questões através do processo da intertextualidade constitui a essência deste trabalho.
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1993-11 Quem Ri, Consente. A Sociedade Imperial no Riso de Martins Pena.TítuloQuem Ri, Consente. A Sociedade Imperial no Riso de Martins Pena.Autor
Dayse Mary do Carmo VenturaOrientador(a)
Ilmar Rohloff de MattosData de Defesa
1993-11-10Nivel
MestradoPáginas
126Volumes
1Banca de DefesaIlmar Rohloff de MattosMarco Antonio Villela PamplonaMargarida de Souza Neves
ResumoAnálise da sociedade imperial da primeira metade do século XIX através das comédias do autor teatral Luís Carlos Martins Pena, que alcançaram grande sucesso entre o público da época. A hipótese central é a de que através do riso, uma relação de cumplicidade entre autor e espectador, era possível a construção/divulgação de uma idéia de Brasil. Nesse sentido, defende a autora, o trabalho de Martins Pena teria contribuído para a constituição do Estado e para a formação da classe senhorial brasileira que se empenhava na construção do novo país, recém saído dos laços coloniais. através dos inúmeros tipos e situações sociais recortados pelo comediógrafo é possível perceber uma série de valores políticos, sociais e culturais da nova nação. Nota-se ainda a construção das relações entre os diferentes grupos sociais do Império, fortemente marcado pela hierarquização, e também as do Brasil com os países ditos civilizados.
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1993-10 Um Movimento em Busca do Poder: As Associações de Moradores do Rio de Janeiro e a Sua Relação Com o Estado (1970 - 1990).TítuloUm Movimento em Busca do Poder: As Associações de Moradores do Rio de Janeiro e a Sua Relação Com o Estado (1970 - 1990).Autor
Primavera de Lourdes da Silva MouraOrientador(a)
Geraldo de Beauclair Mendes de OliveiraData de Defesa
1993-10-25Nivel
MestradoPáginas
177Volumes
1Banca de DefesaAlmir Chaiban El-karehGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraPedro Castro Silva
ResumoTem como objetivo principal o movimento associativo de bairros no Rio de Janeiro e a sua relação com o Estado. Partiu-se da análise do processo de desenvolvimento econômico e urbano do Rio de Janeiro, de Niterói e de Nova Iguaçu e das condições de vida que essas cidade ofereciam à sua população, etapa fundamental, segundo o autor, para que se pudesse entender o surgimento das associações de moradores. A luta popular pela participação nos governos municipal e estadual através das Conselhos e Comissões interinstitucionais também foi uma questão cuidadosamente avaliada pela pesquisadora.
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1993-09 Oração e Trabalho: As Atitudes Mentais em Relação ao Pecado e aos Ofícios na Sociedade Medieval Portuguesa dos Séculos XIV e XV.TítuloOração e Trabalho: As Atitudes Mentais em Relação ao Pecado e aos Ofícios na Sociedade Medieval Portuguesa dos Séculos XIV e XV.Autor
Rosa Maria Duarte Soares GarciaOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
1993-09-15Nivel
MestradoPáginas
205Volumes
1Banca de DefesaJosé Marques de MeloLana Lage da Gama LimaVânia Leite Fróes
ResumoParte dos manuais de confissão para analisar as representações sobre o trabalho que justificam e legitimam o lugar e a hierarquia do indivíduo ou dos grupos no interior das atividades e funções ligadas aos ofícios na sociedade medieval portuguesa dos séculos XIV e XV. Nos manuais, que representam um dos discursos da Igreja, e nas Construções Sinodais, a autora destaca alguns temas ligando os pecados aos ofícios, contextualizando-os na região subordinada à Arquidiocese de Braga. Ao confrontar os dois discursos da igreja e um terceiro, do âmbito da produção da Realeza Portuguesa, representado pelas Ordenações Afonsinas, Rosa Maria Duarte Garcia indica alguns dos valores simbólicos dos ofícios relacionados aos pecados e que aparecem, muitas vezes, vistos como ilícitos ou excluídos. A autora detecta ainda mudanças de mentalidade no discurso da Igreja, bem como semelhanças e diferenças entre os dois documentos tratados. Enquanto alguns ofícios permanecem verdadeiros pecados, outros reabilitados.
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1993-09 A Cor Inexistente: Os Significados da Liberdade no Sudeste Escravista (Brasil, Século XIX).TítuloA Cor Inexistente: Os Significados da Liberdade no Sudeste Escravista (Brasil, Século XIX).Autor
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1993-09-10Nivel
DoutoradoPáginas
528Volumes
2Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesCiro Flamarion Santana CardosoGilberto VelhoMaria Yedda Leite LinharesStuart Schwartz
ResumoDiscute os significados da liberdade na segunda metade do século XVIII, no sudeste escravistas, procurando considerar integradamente motivação e contexto. Na primeira parte, enfoca a experiência de liberdade de homens e mulheres despossuídos, nascido livres ou alforriados, na sociedade escravista do sudeste. Em seguida, discute os significados da liberdade para os últimos cativos da região, e seu papel no processo de abolição do cativeiro. Ambas baseiam-se, fundamentalmente, explica a autora, na análise de documentação judiciária, especialmente inventários Post-Mortem, processos-crimes e ações de liberdade. Nas duas últimas partes, a autora optou por concentrar-se na análise da última década do século XIX, embasada pelo seguinte Corpus documental: jornais interioranos, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, inquéritos policiais da comarca de Campos (RJ) e os registros civis de nascimento e óbito de três freguesias rurais do Norte Fluminense. Procura ainda demonstrar o papel estratégico dos embates em torno dos significados da liberdade no período, para a reelaboração das relações de trabalho e poder no mundo rural, bem como para a conformação específica assumida, desde então, pela ideologia racial no Brasil.
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1993-08 A Zona da Mata Mineira: Diversidade Econômica e Continuísmo (1839 - 1909).TítuloA Zona da Mata Mineira: Diversidade Econômica e Continuísmo (1839 - 1909).Autor
Ângelo Alves CarraraOrientador(a)
Hamilton de Mattos MonteiroData de Defesa
1993-08-19Nivel
MestradoPáginas
160Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoHamilton de Mattos MonteiroMaria de Fátima Silva Gouvêa
ResumoAnalisa, com base na estrutura econômica da Zona da Mata mineira, os fatores que atuaram na formação e na diferenciação de suas elites no período imperial e republicano, enfatizando a situação da sub-região central, cujo Município mais importante era Ubá, entre 1839 e 1909.
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1993-08 Sinal Fechado - A Música Popular Basileira Sob Censura (1937-45/ 1969-78).TítuloSinal Fechado - A Música Popular Basileira Sob Censura (1937-45/ 1969-78).Autor
Alberto Moby Ribeiro da SilvaOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1993-08-04Nivel
MestradoPáginas
240Volumes
1Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsMaria de Fátima Silva GouvêaMarieta de Moraes Ferreira
ResumoRealiza um estudo comparativo dos períodos em que, neste século, o Estado brasileiro se apresenta explicitamente à sociedade como autoritário, o Estado Novo, de 1937 a 1945, e o regime militar, particularmente durante o período que compreende a edição do AI-5 e a decretação da Anistia aos exilados, presos políticos e demais acusados de subversão da ordem, no final de 1978. Com esse objetivo, o autor faz uma comparação entre o Estado e a música popular brasileira. Defende a hipótese de que enquanto o Estado Novo procurou cooptar o meio musical com o objetivo de transformá-lo em porta-voz de seu projeto de Brasil Novo, o regime militar lançou mão da violência - com a intenção de silenciar qualquer músico que pudesse representar um obstáculo a seus objetivos políticos.
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1993-07 Capital Agrário, Investimento e Crise na Cafeicultura de Juiz de Fora (1870 - 1929).TítuloCapital Agrário, Investimento e Crise na Cafeicultura de Juiz de Fora (1870 - 1929).Autor
Anderson José PiresOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1993-07-20Nivel
MestradoPáginas
247Volumes
1Banca de DefesaFrancisco Carlos Teixeira da SilvaJoão Luís Ribeiro FragosoMaria Yedda Leite Linhares
ResumoVerifica o comportamento dos investimentos do capital agrário na economia agro-exportadora de Juiz de Fora e da Zona da Mata, no correr do processo de transição escravista-capitalista e da evolução sócio-econômica do país no final do século XIX e início do século XX. Parte da caracterização geral da estrutura da economia agro-exportadora da região; mas também busca compreender a dinâmica da produção no período. Observa-se uma significativa homogeneidade na estrutura econômica do núcleo agro-exportador sediado na Zona da Mata mineira.
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1993-07 Integração e Resistência: Os Trabalhadores Urbanos Sindicalizados no Rio de Janeiro (1930 - 1935).TítuloIntegração e Resistência: Os Trabalhadores Urbanos Sindicalizados no Rio de Janeiro (1930 - 1935).Autor
Ronaldo Pereira de JesusOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
1993-07-05Nivel
MestradoPáginas
190Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesDaniel Aarão Reis FilhoLeandro Augusto Marques Coelho Konder
ResumoAborda a problemática das transformações ocorridas nos sindicatos de trabalhadores assalariados na primeira metade dos anos 30. Investiga os principais elementos históricos que inicialmente determinaram a conversão das associações de classe, até então de natureza privada e autônoma, em organismos oficiais subordinados à regulamentação e intervenção do Estado. Para tanto, a repressão aos trabalhadores e a aceitação, pelos mesmos, do papel tutelar do Governo são analisados com destaque. O pesquisador recorreu a um detalhado levantamento empírico das manifestações coletivas dos trabalhadores sindicalizados em choque com as forças do Estado, em especial com a política, ou em demonstrações públicas de apoio ao Governo.