Dissertações e Teses
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2008-04 "Ao Soberano Congresso": Petições, Requerimentos, Representações e Queixas à Câmara dos Deputados e ao Senado - Os direitos do cidadão na formação do Estado Imperial brasileiro (1822 - 1831)Título"Ao Soberano Congresso": Petições, Requerimentos, Representações e Queixas à Câmara dos Deputados e ao Senado - Os direitos do cidadão na formação do Estado Imperial brasileiro (1822 - 1831)Autor
Vantuil PereiraOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2008-04-04Nivel
DoutoradoPáginas
417Volumes
1Banca de DefesaAndrea SlemianCarlos Gabriel GuimarãesEdson Alvisi NevesGladys Sabina RibeiroLucia Maria Bastos Pereira Das NevesRicardo Henrique SallesSilvana Mota Barbosa
ResumoO presente trabalho pretende discutir a inserção política dos cidadãos no Primeiro Reinado, ressaltando ter havido uma busca pela cidadania por meio da apresentação de requerimentos ao Senado e à Câmara dos Deputados. Pode-se vislumbrar uma luta pelos direitos civis, bem como a a construção de uma certa perspectiva de cidadania. Este trabalho analisa a dissensão política do período de 1822 a 1831, investigando as tensões que envolveram a Câmara dos Deputados, o Senado Imperial e o próprio Imperador, que debatiam as atribuições e os limites inerentes a cada um dos três poderes constitucionais. Apresentamos também uma análise dos requerimentos, tendo sido possível evidenciar a ambigüidade e as contradições da época em relação à tradição do Antigo Regime e as discussões sobre o constitucionalismo, fruto das revoluções iniciadas na Europa em finais do século XVIII. Sustentamos que a apresentação de requerimentos ao Parlamento imperial constituía-se como uma estratégia dos requerentes face à nova consolidação institucional ocorrida nos primeiros anos da Independência do Brasil.
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2008-03 O Movimento dos Trabalhares Rurais Sem Terra (MST) - O Moderno Príncipe educativo brasileiro na história do tempo presente.TítuloO Movimento dos Trabalhares Rurais Sem Terra (MST) - O Moderno Príncipe educativo brasileiro na história do tempo presente.Autor
José Carlos Lima de SouzaOrientador(a)
Bernardo KocherData de Defesa
2008-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
260Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Ferreira da Costa MonteiroAndré LainoBernardo KocherCarlos Gabriel GuimarãesClaudia Maria Costa AlvesEduardo Navarro StotzMarcelo Badaró Mattos
ResumoO presente trabalho tem com objetivo comprovar a tese de que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST) é um partido político segundo a definição gramsciana para tal conceito. Esta análise se constrói a partir do estudo da história da formação do Movimento, das suas formas de organização, e de mobilização das massas no campo, no Brasil atual, e, sobretudo, do papel e da importância da educação como elemento-base para a consolidação deste Movimento social. A articulação de todos estes fatores foi de fundamental importância para a expansão do MST, levando-o à condição de um Movimento nacional, condição que sustenta a partir de duas estratégias, a territorialização e a espacialização, sendo a educação e a cultura, elementos de destaque na formulação das atribuições de ambas. Por isso mesmo, esta análise privilegia a educação como objeto de pesquisa, mostrando como ela acabou se constituindo em tema e objetivo de tantas discussões políticas desde a formação do Movimento até chegar a se constituir em um dos mais destacados setores na direção do MST. E esta relação entre a vida do Movimento e a luta constante em defesa da construção de uma educação de qualidade, universalizada, em todos os níveis, tanto para a sua militância como para as suas bases sociais, faz dele, para além de um partido político gramsciano, o moderno príncipe educativo brasileiro. Este é grande o objetivo desta tese, ou seja, perceber como um Movimento que organiza a luta pela terra, também organiza e faz avançar a luta por uma educação, que atinja a finalidade de transformar os atores sociais no campo em sujeitos de uma transformação que vai além da simples conquista da terra como bem material. Outra questão é a retomada do conceito de campesinato para definir estes novos sujeitos sociais rurais brasileiros, enquanto classe social, com interesses próprios e uma dinâmica social específica, contrapondo-se às teses de Eric Hobsbawm. Para o historiador inglês, o campesinato tenderia a desaparecer tanto pela modernização capitalista da agricultura quanto pela inviabilidade da existência de um partido agrário. As características peculiares que o conjunto dos camponeses possui no processo de desenvolvimento capitalista, pelo advento da transformação da terra como mercadoria e bem de produção, e pela renda capitalizada da terra, que em síntese cristalizam a contradição capital-trabalho no campo, em última análise criando uma tendência histórica de aprisionamento do campesinato e destruição de sua identidade de classe. Neste sentido, é relevante entender como e com que este conceito é recuperado e resignificado pelo Movimento, para mostrar que a possibilidade contrária foi e tem sido possível, ou seja, que o campesinato brasileiro sobreviveu ao capitalismo, aperfeiçoando formas organizativas, com especificidade própria, fora de uma lógica de lutas políticas contra a exploração, nos moldes assalariados urbanos. Mais uma vez a chave para a compreensão de tal processo é a educação. Seus elementos fundamentais, pelos vínculos que têm com o programa político do MST, o projetam para além dos marcos da luta pela terra, stricto sensu, incorporando anseios por conquistas sociais de caráter universal para o conjunto das classes populares no Brasil, formando neste sentido intelectuais orgânicos com uma leitura de mundo freireana. Esta é a forma da guerra de posição gramsciana travada pelo Movimento na conjuntura brasileira do tempo presente.
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2008-03 O cinema na história e a história no cinema: pesquisa e criação em três experiências cinematográficas dos anos 1990.TítuloO cinema na história e a história no cinema: pesquisa e criação em três experiências cinematográficas dos anos 1990.Autor
Vitória Azevedo da FonsecaOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2008-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
227Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAntonio Carlos Amancio da SilvaEduardo Victorio MorettinGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesMônica Almeida KornisPaulo Knauss de MendonçaSonia Cristina da Fonseca Machado Lino
ResumoA tese tem como proposta a análise dos procedimentos de pesquisa para elaboração dos filmes O Velho, a história de Luiz Carlos Prestes (Toni Venturi, 1997), O Cineasta da Selva (Aurélio Michiles, 1997) e Baile Perfumado (Paulo Caldas e Lírio Ferreira, 1996) com o objetivo de refletir sobre a produção de representações históricas pela historiografia e pelo cinema. Enfatiza-se a relação entre cinema e história no âmbito do processo de elaboração de uma abordagem histórica na tela. Os procedimentos de pesquisa na elaboração de um filme com temática histórica foram tratados neste trabalho como um elemento constitutivo da prática de representação fílmica. Não foi objeto dessa investigação, nem seus procedimentos, a "verificação" da veracidade das informações ou a "legitimidade" ou "autenticidade" das fontes usadas. O objetivo voltou-se fundamentalmente para a reflexão sobre o complexo processo de elaboração do filme no qual participam visões de história, objetivos, disponibilidade de documentos e uma gama de fatores que podem influenciar em qualquer processo criativo. Cada uma das obras foi tratada de acordo com as especificidades da sua proposta e tipo de produção, para tanto foi utilizada a metodologia de história oral e da análise dos elementos da narrativa fílmica, bem como uma substantiva bibliografia sobre teoria da história.
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2008-03 Como se faz um herói republicano: Joaquim Nabuco e a RepúblicaTítuloComo se faz um herói republicano: Joaquim Nabuco e a RepúblicaAutor
Luigi Bonafé de FeliceOrientador(a)
Angela Maria de Castro GomesData de Defesa
2008-03-28Nivel
DoutoradoPáginas
289Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesAntonio Torres MontenegroLúcia Maria Paschoal GuimarãesMarco Antonio Villela PamplonaMartha Campos AbreuMatias Spektor
ResumoEsta história da memória sobre Joaquim Nabuco busca analisar o processo de sua consagração como herói nacional, em dois tempos. O primeiro se situa entre 1889, quando da Proclamação da República, e 1910, quando sua morte enseja homenagens do novo regime à memória do herói através da promoção de três dias de cerimônias fúnebres oficiais na Capital Federal. O segundo tempo privilegiado na análise gira em torno de 1949, ano do centenário de nascimento de Nabuco. Este segundo tempo é identificado como o momento crucial de afirmação de uma memória que consagra a ênfase sobre a face abolicionista do herói. A partir daí, a análise se desloca de volta para o primeiro tempo do processo de consagração de Nabuco, quando foram produzidos outros olhares sobre a trajetória pública do herói, ora enfatizando sua face de escritor/intelectual, ora privilegiando sua face de diplomata e primeiro embaixador brasileiro. Em cada momento, buscam-se identificar os atores envolvidos na construção de uma memória sobre Joaquim Nabuco, seus interesses e projetos. O argumento central defendido na tese é o de que os diferentes olhares produzidos sobre o herói, em cada um desses momentos, resultaram de alterações nas correlações de forças estabelecidas entre os atores de sua consagração ao longo do tempo.
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2008-03 DE REGIA POTESTATE ET PAPALI: O equilíbrio de poderes segundo Johannes Quidort (1270? - 1306)TítuloDE REGIA POTESTATE ET PAPALI: O equilíbrio de poderes segundo Johannes Quidort (1270? - 1306)Autor
Alexandre PierezanOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2008-03-28Nivel
DoutoradoPáginas
232Volumes
1Banca de DefesaAdriana Maria de Souza ZiererEdmar Checon de FreitasGracilda AlvesLuiz Carlos SoaresMoisés Romanazzi TôrresRoberto Godofredo Fabri FerreiraVânia Leite Fróes
ResumoTrata-se de um estudo no campo da História das Idéias Políticas, que aborda os embates entre o papado e o poder régio, tomando como referência central o tratado político De Regia Potestate et Papali, escrito por Johannes Quidort entre 1302 e 1303. Faz-se uma aproximação das idéias deste último com o pensamento de Egídio Romano, para demonstrar que ambos os pensadores propuseram uma harmonia entre as forças políticas. Para se compreender o contexto de centralização política da monarquia francesa, analisa-se o período em que o rei Filipe, o Belo, e o Papa Bonifácio VIII foram protagonistas do rejuvenescimento teórico sobre a idéia de "Bem comum", "Soberano supremo" e "Hierocracia", comprovando a existência de um discurso político atento para a distinção entre os poderes temporal e espiritual. Os juristas do rei auxiliaram na montagem, mas coube aos dominicanos a empresa teórica de defesa da monarquia. Estes últimos, especialmente os instalados em território francês, propuseram a busca pelo equilíbrio político entre as forças em litígio. Esse discurso encontra correspondência na realidade das práticas sociais, o que é comprovado pela atividade exercida pelos dominicanos na Universidade de Paris e da credibilidade junto aos súditos franceses.
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2008-03 O elogio da diferença: olhares e representações de Calabar pela História, séculos XVII e XVIIITítuloO elogio da diferença: olhares e representações de Calabar pela História, séculos XVII e XVIIIAutor
João Cerineu Leite de CarvalhoOrientador(a)
Ronald José RaminelliData de Defesa
2008-03-27Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasLeila Rodrigues da SilvaMarcos Guimarães SanchesMário Jorge da Motta BastosRoberto Godofredo Fabri Ferreira
Resumobuscamos fazer um estudo comparativo de crônicas dos séculos XVII e XVIII que abordem o nosso personagem e objeto de estudo, Calabar, atentando para as especificidades das interpretações e representações criadas em torno de sua figura emblemática.
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2008-03 Idéias Jurídicas , Famílias e Filiação na Passagem à Modernidade no Brasil, 1890-1940TítuloIdéias Jurídicas , Famílias e Filiação na Passagem à Modernidade no Brasil, 1890-1940Autor
Fabiana Cardoso Malha RodriguesOrientador(a)
Gizlene NederData de Defesa
2008-03-27Nivel
DoutoradoPáginas
288Volumes
1Banca de DefesaAdriana Pereira CamposGisálio Cerqueira FilhoGizlene NederHumberto Fernandes MachadoIsmênia de Lima MartinsJessie Jane Vieira de SousaMárcia Barros Ferreira Rodrigues
ResumoA tese enfoca as idéias jurídicas presentes na passagem à modernidade no Brasil (1890-1940) referidas à política de filiação e ao casamento civil, no contexto das disputas em torno da aprovação do Projeto de Código Civil. A análise do discurso jurídico no debate parlamentar em torno desse projeto destaca suas interseções com a cultura religiosa.
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2008-03 O Punhal da Fé: As idéias políticas, jurídicas e religiosas em torno do casamento civil no Segundo Reinado.TítuloO Punhal da Fé: As idéias políticas, jurídicas e religiosas em torno do casamento civil no Segundo Reinado.Autor
Rachel de Souza GalanteOrientador(a)
Gizlene NederData de Defesa
2008-03-25Nivel
MestradoPáginas
139Volumes
1Banca de DefesaFrancisco José Silva GomesGisálio Cerqueira FilhoGizlene NederHumberto Fernandes Machado
ResumoO mote desta dissertação enquadra-se no bojo das discussões na câmara dos deputados, no Segundo Reinado, em torno do projeto de lei elaborado por José Thomaz Nabuco de Araújo que criava dispositivos para implantação do casamento civil aos casamentos entre não católicos e aos casamentos mistos, entre católicos e não-católicos. Nosso foco incide sobre a atuação do sacerdote e deputado Joaquim Pinto de Campos que desempenhou intensa ação combativa contra a aprovação do projeto. A partir da observação destes debates, mostra-se a heterogeneidade das idéias e ações políticas, no âmbito do catolicismo, contrárias e favoráveis ao projeto de lei. Destaca-se a performance política, sobretudo, daqueles parlamentares que eram contrários ao estabelecimento do casamento civil, entretanto, visavam transparecer uma perspectiva pouco conservadora. A lei de 11 de setembro de 1861 é observada como indício desta performance. A análise destes debates, também, possibilita a pontuação de sintomas de exclusão de não-católicos, leiam-se protestantes, através do discurso religioso.
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2008-03 Educação em tempos de luta: História dos Movimentos de Educação e Cultura Popular (1958 - 1964)TítuloEducação em tempos de luta: História dos Movimentos de Educação e Cultura Popular (1958 - 1964)Autor
Wagner da Silva TeixeiraOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2008-03-25Nivel
DoutoradoPáginas
237Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireDenise Rollemberg CruzJorge Luiz FerreiraLibânia Nacif XavierLucília de Almeida Neves DelgadoOsmar FáveroRicardo Figueiredo de Castro
ResumoEste trabalho visa analisar alguns dos principais movimentos de educação e cultura popular no Brasil entre 1958 e 1964. O Movimento de Educação de Base (MEB), o Movimento de Cultura Popular (MCP), a Campanha de Pé no Chão, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e os Centros Populares de Cultura (CPCs) atuaram no sentido de democratizar a cultura e a educação. Diante de um contexto marcado por uma grande desigualdade social, pelo analfabetismo de parcela significativa da população, e pela conseqüente exclusão do processo político desta mesma parcela. Surgiram os movimentos e as experiências de alfabetização de adultos, criadas a partir de iniciativas de grupos políticos de esquerda, no interior de uma luta entre correntes políticas opostas, separadas pela defesa ou não das Reformas de Base. Dessa forma, refletiram as idéias, os debates e as propostas colocadas em jogo naquele momento. A alfabetização de adultos acompanhada por um processo de conscientização tornou-se um dos principais instrumentos de mobilização política das classes populares. O temor dos setores conservadores, das conseqüências políticas e eleitorais da ação daqueles movimentos, foi crucial para a repressão, intervenção e destruição que sofreram depois do golpe civil/militar de 1964.
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2008-03 "Vaqueiros de Deus": a expansão do protestantismo no sertão cearense nas primeiras décadas do século XXTítulo"Vaqueiros de Deus": a expansão do protestantismo no sertão cearense nas primeiras décadas do século XXAutor
Robério Américo do Carmo SouzaOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2008-03-25Nivel
DoutoradoPáginas
240Volumes
1Banca de DefesaCândido da Costa SilvaCecília da Silva AzevedoGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesJacqueline HermannMartha Campos AbreuRonaldo Vainfas
Resumo"Vaqueiros de Deus": expansão pelo sertão cearense nas primeiras décadas do século XX. Esta tese tem como propósito construir uma compreensão histórica sobre como a religiosidade protestante de confissão presbiteriana se estabeleceu como alternativa de experiência religiosa no universo sertanejo cearense, nas primeiras décadas do século XX. Para tanto, orienta suas reflexões em duas linhas distintas, porém complementares. A primeira diz respeito às práticas proselitistas dos missionários presbiterianos, pioneiros na divulgação da fé cristã reformada no Ceará, num esforço de problematização de suas estratégias de conquista de conversos entre os sertanejos. A segunda se volta para as apropriações que os sertanejos convertidos fizeram da religiosidade protestante, imputando-lhe resignificações de objetos, práticas e conceitos, a partir das idéias, crenças e valores próprios do universo cultural de que eram tributários.
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2008-03 Mapeando o "Hospital das Letras" (1657): Um hipertexto do barroco ibérico e seus elos historiográficosTítuloMapeando o "Hospital das Letras" (1657): Um hipertexto do barroco ibérico e seus elos historiográficosAutor
Jaques Mario BrandOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2008-03-25Nivel
MestradoPáginas
227Volumes
1Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsLúcia Maria Paschoal GuimarãesRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonaldo Vainfas
ResumoMomento reflexivo do conjunto da obra de D. Francisco Manuel de Melo (1608-1666), o quarto dos "Apólogos Dialogais" consiste na extensa visitação crítica da produção poética, política e historiográfica do auge do barroco, levada a efeito por quatro interlocutores imaginários, no recinto de uma biblioteca lisboeta, "convertida em hospital" por mandado de Apolo e das cortes do Parnaso. A dissertação, de 220 páginas, acompanhadas de diagramas com as demonstrações e conclusões de ordem estrutural, compreende um completo Guia dos Elos Historiográficos do "Hospital das Letras", precedido pela construção de seu Índice Analítico. Entre os achados da pesquisa, que implicou, pela primeira vez em 350 anos de fortuna crítica, na numeração das entradas do diálogo e na tentativa de solução de dificuldades específicas (ex. o Autor fala duas vezes seguidas em todas as edições desde a "princeps" de 1721), está a conclusão de que o conjunto do diálogo está construído simetricamente em torno do Julgamento do Autor, cuidadosamente camuflado como um episódio a mais da secção (ou "estante") de Poesia. No plano historiográfico, identificam-se traços de rejeição ao Tacitismo, adesão ao modelo salustiano de História e expressões do anseio por uma historiografia na qual o "discurso" sirva ao "caso".
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2008-03 Justiça Sanitária: Cidadãos e Judiciário nas reformas urbana e sanitária - Rio de Janeiro (1904 - 1914).TítuloJustiça Sanitária: Cidadãos e Judiciário nas reformas urbana e sanitária - Rio de Janeiro (1904 - 1914).Autor
Eneida Quadros QueirozOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2008-03-24Nivel
MestradoPáginas
143Volumes
1Banca de DefesaGizlene NederGladys Sabina RibeiroLaura Antunes MacielOlga Brites
ResumoEsta dissertação aborda as relações entre o judiciário, particularmente a Justiça Sanitária, e os moradores do Rio de Janeiro entre os anos de 1904 a 1914, durante as reformas urbana e sanitária, indagando se eles se constituíram em instrumento de luta por direitos e pela cidadania frente às mudanças na cidade. Utilizando processos cíveis e criminais aborda o significado da justiça para as pessoas comuns, tentando identificar quem eram as pessoas que recorriam ao judiciário, quais as razões que as fizeram procurar a Justiça Sanitária e quais as suas expectativas e reivindicações. Analisa como recorriam e lutavam aqueles que eram atingidos pela reforma urbana ou pelas medidas sanitárias, evidenciando como os cidadãos transformaram a Justiça em um campo de lutas e disputas sociais e pela cidade. E, por fim, faz uma discussão sobre os tipos de ganhos ou perdas resultantes das ações judiciais para discutir o papel exercido pelo Judiciário nas reformas urbana e sanitária do Rio de Janeiro nos anos iniciais da República.
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2008-03 O Papel dos Druidas na Sociedade Céltica na Gália nos Séculos II e I a.C.TítuloO Papel dos Druidas na Sociedade Céltica na Gália nos Séculos II e I a.C.Autor
Filippo Lourenço OlivieriOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
2008-03-24Nivel
DoutoradoPáginas
312Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoClaudia Beltrão da RosaEdgard Leite Ferreira NetoLívia Lindóia Paes BarretoMaria Regina CandidoNorma Musco MendesSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoO objetivo deste trabalho é pesquisar o papel dos druidas na sociedade céltica na Gália pré-romana, principalmente através das fontes clássicas, em articulação com a pesquisa arqueológica e a literatura irlandesa pré-cristã. Os druidas faziam parte da elite celta na Gália (e na Britânia) pré-romana nos séculos II e I a.C. e detinham prerrogativas político-religiosas e judiciárias. Ao contrário da maioria das concepções, as prerrogativas políticas permitiam que exercessem ingerência sobre assuntos ligados ao comércio e à eleição do vergobreto entre os povos que se tornaram Estado. Os druidas atuavam nos oppida e podem ter participado da formação estatal de povos do centro-leste da Gália. Neste contexto, intermediavam as relações entre as civitates celtas e a República romana. O fornecimento de vinho italiano para os oppida celtas na Gália nos séculos II e I a. C., principalmente para ser consumido nos festins religiosos, passava pela ingerência do grupo político-religioso. Os druidas também eram responsáveis pela administração dos cultos nos santuários, incluindo os sacrifícios humanos e animais, e pela elaboração de um sistema de crenças religiosas. Estas crenças legitimavam os festins e buscavam estimular o engajamento da clientela (os ambactos) a serviço dos nobres, bem como realçar sentimentos de identidade entre muitos povos da Gália pré-romana. No período do Alto Império, os druidas não estavam apenas à frente da oposição a Roma. Neste período eles desapareceram como instituição, mas muitos tiveram participação ativa na romanização da Gália através do engajamento em carreiras instauradas pela ordem romana. A "fusão" do culto imperial com crenças celtas foi um dos principais fatores que legitimaram a dominação romana. Muitos druidas tornaram-se decuriões, professores ou sacerdotes nos templos romanos.
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2008-03 Um Olhar sobre o País vizinho: representações do Brasil e da Argentina no contexto das relações diplomáticas (1930-1954)TítuloUm Olhar sobre o País vizinho: representações do Brasil e da Argentina no contexto das relações diplomáticas (1930-1954)Autor
Raquel Paz Dos SantosOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2008-03-19Nivel
DoutoradoPáginas
293Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoFrancisco Carlos Teixeira da SilvaMaria Helena Rolim CapelatoMartha Campos AbreuNorberto Osvaldo FerrerasPaulo Knauss de MendonçaSabrina Evangelista Medeiros
ResumoO objetivo do estudo é desenvolver uma análise da alteridade. Ou seja, do discurso político construído pela diplomacia brasileira e argentina para "descrever", "traduzir" as características e especificidades do país vizinho. As fontes documentais privilegiadas são as correspondências dos embaixadores a seus respectivos governos durante os anos de 1930 a 1954. Durante esse período, houve momentos de forte aproximação política e econômica entre os dois países. Assim, visando consolidar esses vínculos, promoveu-se um expressivo intercâmbio intelectual e artístico entre as duas sociedades, através da diplomacia cultural e de diversos setores da sociedade civil. Para analisar o vasto universo dessas relações culturais, utilizo também a documentação referente às missões científicas e artísticas, às exposições de arte e de literatura, às traduções de livros de escritores argentinos e brasileiros para o português e o espanhol, às mostras de livros e de turismo, aos Institutos Culturais, às escolas "argentinas" e "brasileiras", que procuraram estimular o sentimento de fraternidade bilateral e continental, aos intercâmbios sindicais, etc. Esses diferentes "embaixadores" da cultura argentina e brasileira no país vizinho, independente de suas filiações ideológicas, estiveram imbuídos pelo ideário americanista de valorização das raízes culturais latino-americanas e permaneceram convictos de que a cooperação entre os dois países contribuiria para o progresso e o desenvolvimento mútuos.
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2008-03 Um retrato da Atmosfera Urbana de Porto Alegre: As Camadas Médias Urbanas na Literatura de Erico VerissimoTítuloUm retrato da Atmosfera Urbana de Porto Alegre: As Camadas Médias Urbanas na Literatura de Erico VerissimoAutor
Renata Costa Reis de MeirellesOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2008-03-19Nivel
MestradoPáginas
127Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralFernando Sergio Dumas Dos SantosMagali Gouveia EngelMarcelo Badaró Mattos
ResumoPartindo da premissa de que toda a criação literária é um produto histórico, a proposta desta dissertação é mostrar de que forma Erico Verissimo retratou a experiência das camadas médias urbanas brasileiras, segmento social que, durante as décadas de 1930 e 1940, se encontrava em processo de formação. A partir da leitura dos primeiros romances de Erico Verissimo, escritos nas décadas de 1930 e 1940, foi possível notar a sensibilidade do escritor gaúcho para narrar experiências concretas, os anseios e projetos das camadas médias urbanas brasileiras. Para cumprir com o seu objetivo, esta dissertação irá situar historicamente a literatura do escritor gaúcho, de forma a compreender como se deu o seu processo de criação literária, buscando estabelecer quais os elementos do meio externo que influenciaram sua escrita. Serão analisados três dos romances que integram o chamado "Ciclo de Porto Alegre". Escritos em diferentes momentos da Ditadura Vargas, Caminhos cruzados (1935), Olhai os lírios do campo (1938) e O resto é silêncio (1943) têm como atores fundamentais personagens oriundos das camadas médias urbanas.
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2008-03 Guerra e Paz: a trajetória dos comunistas brasileiros nos anos 1950TítuloGuerra e Paz: a trajetória dos comunistas brasileiros nos anos 1950Autor
Jayme Lúcio Fernandes RibeiroOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2008-03-19Nivel
DoutoradoPáginas
343Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzFernando Teixeira da SilvaJorge Luiz FerreiraMarco Aurélio Santana
ResumoEm 1950, o Partido Comunista do Brasil (PCB) lançou a seus militantes uma nova linha política – o "Manifesto de Agosto" (1950-1958). Daquele momento em diante, uma postura de extrema radicalidade passou a orientar as ações práticas do partido. A vitória da Revolução Chinesa, de 1949, e o pensamento maoísta mostravam-se como verdadeiros horizontes. No entanto, os comunistas eram chamados a angariar assinaturas em inúmeras campanhas do "Movimento pela Paz".
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2008-03 Percepções do Espaço no Medievo Islâmico (Séc. XIV): O exemplo de Ibn Jaldún e Ibn BattutaTítuloPercepções do Espaço no Medievo Islâmico (Séc. XIV): O exemplo de Ibn Jaldún e Ibn BattutaAutor
Beatriz Juana Bissio Staricco Neiva MoreiraOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2008-03-19Nivel
DoutoradoPáginas
415Volumes
2Banca de DefesaAidyl de Carvalho PreisFrancisco José Silva GomesMamede Mustafa JaroucheMaria Beatriz de Mello E SouzaPaulo Daniel Elias FarahRoberto Godofredo Fabri FerreiraVânia Leite Fróes
ResumoEstudo dos valores e da visão de mundo do Islã na Baixa Idade Média, utilizando-se da categoria espaço, entendendo-se que esta não existe a priori, mas no âmbito de cada experiência cultural e histórica. O mundo muçulmano medieval identificava-se como uma unidade, cujos limites coincidiam com os do Islã, referência maior de inclusão cultural, política e social e associada explicitamente ao lugar próprio da civilização. O espaço hierarquiza-se a partir de Meca, na Península Arábica, lugar obrigatório de peregrinação. Assim, a viagem à cidade sagrada era um dever de todo aquele que havia se submetido ao Islã. Esta é a principal razão por que a viagem tem na sociedade islâmica medieval tão importante função, não só religiosa, pois constituiu também uma ferramenta para produzir conhecimento e perenizá-lo através da escrita. O recorte temporal prioriza o século XIV em decorrência das fontes utilizadas, a Muqaddimah (Os Prolegômenos), a obra mais representativa do historiador Ibn Khaldun (1332-1406), e o livro Através do Islã, do viajante Ibn Battuta (1304-1368), memórias do périplo de mais de vinte anos pelos domínios muçulmanos.
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2008-03 Do movimento operário para universidade: León Trotsky e os estudos sobre o populismo brasileiroTítuloDo movimento operário para universidade: León Trotsky e os estudos sobre o populismo brasileiroAutor
Felipe Abranches DemierOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2008-03-18Nivel
MestradoPáginas
183Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralMarcelo Badaró MattosRenato Luís do Couto Neto E LemosVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoO tema desta dissertação é a relação que acreditamos existir entre o pensamento trotskista e parcela significativa da intelectualidade brasileira que, nas décadas de 1960 e 1970, destacou-se por trabalhos dotados de uma perspectiva crítica às interpretações "dualistas" e "etapistas" sobre a realidade sócio-histórica nacional. Desse modo, nos propusemos a discutir como algumas idéias do revolucionário russo León Trotsky assim como determinadas teses produzidas pelos agrupamentos políticos brasileiros de linha trotskista existentes no período 1930-1964 se encontram presentes em trabalhos acadêmicos de autores como Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, Rui Mauro Marini e Francisco de Oliveira. Mais especificamente, abordamos a proximidade existente entre as elaborações de Trotsky acerca dos regimes bonapartistas "sui generis" que despontavam na América Latina a partir da década de 1930, as formulações do Partido Operário Revolucionário (POR) sobre o regime político brasileiro de 1945-1964 (em especial o segundo governo Vargas) e os trabalhos acerca do "populismo" brasileiro realizados por Octavio Ianni e Francisco Weffort.
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2008-03 Dos Textos das Pirâmides aos Textos dos Sarcófagos: a "democratização" da imortalidade como um processo sócio-político.TítuloDos Textos das Pirâmides aos Textos dos Sarcófagos: a "democratização" da imortalidade como um processo sócio-político.Autor
Maria Thereza David JoãoOrientador(a)
Marcelo Aparecido RedeData de Defesa
2008-03-18Nivel
MestradoPáginas
179Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaCiro Flamarion Santana CardosoEdgard Leite Ferreira NetoMarcelo Aparecido Rede
ResumoO tema central deste trabalho é o pensamento religioso egípcio acerca da morte, privilegiando a análise da literatura funerária conhecida como textos das pirâmides e Textos dos Sarcófagos. A apropriação por particulares de textos outrora destinados a prover a imortalidade régia é conhecida pelos estudiosos como "democratização" da imortalidade, e é justamente este processo que interessa de forma direta aos objetivos desta dissertação. Procurou-se fazer um estudo da religião mortuária por um viés sócio-político, preocupando-se em analisar as relações mútuas que se estabelecem entre religião e sociedade, levando em consideração os eventos sociais, políticos e econômicos que se desencadearam em fins do Reino Antigo (2686-2160 A.C.), Levando à sua decadência e culminando em um período anárquico conhecido por Primeiro Período Intermediário (2160 - 2055 A.C)
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2008-03 LIBERDADES NEGRAS NAS PARAGENS DO SUL Alforria e inserção social de libertos em Porto Alegre, 1800-1835TítuloLIBERDADES NEGRAS NAS PARAGENS DO SUL Alforria e inserção social de libertos em Porto Alegre, 1800-1835Autor
Gabriel AladrénOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2008-03-14Nivel
MestradoPáginas
195Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMartha Campos AbreuSheila Siqueira de Castro FariaSilvia Hunold Lara
ResumoEsta pesquisa dedica-se a estudar os padrões de alforria e a inserção social de libertos em Porto Alegre, Rio Grande de São Pedro, nas três primeiras décadas do século XIX. Os escravos, na região pesquisada, estavam presentes em praticamente todas as atividades produtivas. Nesse contexto, a prática da maumissão difundiu-se e ensejou a formação de um importante contingente populacional de libertos. As possibilidades de conquista da alforria eram distintas para os escravos africanos e os nascidos no Brasil. Os primeiros alforriavam-se, sobretudo, através da compra de sua liberdade, possibilitada pela formação de pecúlio, quer individualmente, quer com o auxílio de parentes, amigos e aliados. Os nascidos no Brasil dominavam amplamente as alforrias que não envolviam contrapartida monetária. Verificou-se que essa predominância assentava-se na relação, regulada pela política de domínio paternalista, de maior proximidade entre esses cativos e seus senhores. Entretanto, essa proximidade não significava a ausência de conflitos e tensões , que estavam sempre presentes. Observou-se que as atividades econômicas dos libertos vinculavam-se, sobretudo, ao trabalho na roça, sendo os mais bem sucedidos estabelecidos como lavradores, podendo até tornarem-se pequenos proprietários de escravos. Alguns, através de ofícios e ocupações especializadas também conquistaram certa ascensão econômica. Entretanto, a maioria dos libertos mantinha-se ocupada em atividades semelhantes às dos cativos. As experiências dos ex-escravos eram variadas e sua liberdade sofria restrições. Conviviam com a discriminação racial, expressa na classificação por cores da população livre. Por outro lado, as turbulências políticas e sociais das Guerras Cisplatinas (1811-1828) permitiram que pretos e pardos livres se tornassem soldados de primeira e segunda linha.
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2008-03 "A Nação que se salvou a si mesma". Entre Memória e História, a Campanha da Mulher pela Democracia (1962-1974).Título"A Nação que se salvou a si mesma". Entre Memória e História, a Campanha da Mulher pela Democracia (1962-1974).Autor
Janaína Martins CordeiroOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2008-03-14Nivel
MestradoPáginas
164Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Palomanes MartinhoJorge Luiz FerreiraMaria Paula Nascimento Araújo
ResumoA dissertação propõe recuperar a trajetória, bem como verificar as tentativas de construção de uma memória de segmentos sociais que participaram diretamente das articulações que levaram ao golpe de 1964 e que estiveram comprometidos com a consolidação do regime. Particularmente, analiso este processo tendo em vista um grupo em específico da sociedade: a associação feminina Campanha da Mulher pela Democracia, criada no Rio de Janeiro ainda em 1962. O discurso deste grupo constitui-se em espaço privilegiado para compreendermos as especificidades da memória - permeada por silências - dos setores que apoiaram o golpe sobre tal período, bem como para verificar a complexidade dos comportamentos sociais diante da ditadura civil-militar, formando um consenso fundamental para que o regime se instaurasse e des sustentasse.
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2008-03 Trabalhadores e cidadania no Brasil: O movimento queremista e a democratização de 1945TítuloTrabalhadores e cidadania no Brasil: O movimento queremista e a democratização de 1945Autor
Michelle Reis de MacedoOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2008-03-14Nivel
MestradoPáginas
133Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireFrancisco Carlos Palomanes MartinhoJorge Luiz FerreiraMarly Silva da Motta
ResumoTrabalhadores e populares participaram ativamente do processo de democratização ao longo do ano de 1945, sobretudo no movimento conhecido como "queremismo, reivindicando a permanência de Vargas na presidência da República. A dissertaçõ pretende recuperar a trajetória desse movimento, as estratégias e os discursos políticos utilizados por seus adeptos. Em particular, quer compreender as motivações de populares e trabalhadores para participarem do queremismo e analisar as contribuições dessa mobilização para o comportamento e a aprendizado político deles.
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2008-03 As muitas Histórias da MPB as idéias de José Ramos TinhorãoTítuloAs muitas Histórias da MPB as idéias de José Ramos TinhorãoAutor
Luisa Quarti LamarãoOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2008-03-13Nivel
MestradoPáginas
155Volumes
1Banca de DefesaDenise Rollemberg CruzJorge Luiz FerreiraRicardo Figueiredo de CastroRonald José RaminelliSantuza Cambraia Naves
ResumoA dissertação faz uma apresentação das idéias do crítico musical José Ramos Tinhorão a partir da análise de seus artigos presentes em dois momentos de sua carreira no Jornal do Brasil: a coluna semanal "Primeiras lições de samba" (1961-1962) e a "Música Popular" (1974-1982). O jornalista ficou conhecido por sua visão "radical" da música popular brasileira, apresentando-a, em seus escritos, com um enfoque marxista e nacionalista. Embora a década de 1960 tenha sido marcada por um forte discurso nacionalista entre as esquerdas. Tinhorão parece ter ido além. Muitos artistas de sucesso da MPB foram fortemente criticados por ele. Dessa maneira, não era bem-visto em determinados setores da cultura brasileira. Entretanto, o jornalista contribuiu enormemente com suas inúmeras pesquisas sobre música popular brasileira. O presente estudo visa, portanto, por meio do exame de suas idéias sobra a música brasileira, compreender o nacionalismo que norteou seu pensamento e analisar a ambigüidade de sentimentos despertados por Tinhorão no cenário cultural brasileiro.
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2008-03 A organização sindical dos trabalhadores metalúrgicos de Porto Alegre no período de 1960 a 1964TítuloA organização sindical dos trabalhadores metalúrgicos de Porto Alegre no período de 1960 a 1964Autor
Marcos André JakobyOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2008-03-13Nivel
MestradoPáginas
190Volumes
1Banca de DefesaAlexandre FortesMarcelo Badaró MattosNorberto Osvaldo FerrerasPaulo Roberto Ribeiro Fontes
ResumoEste estudo aborda a organização sindical dos trabalhadores metalúrgicos de Porto Alegre no período de 1960 a 1964, a fim de compreender algumas de suas características e os significados de suas experiências para a história da classe trabalhadora. No primeiro momento apresento elementos do contexto político-econômico, da evolução do setor metalúrgico, da trajetória do sindicato e das condições de trabalho da categoria naquele período. Em seguida, busco apreender os sentidos das práticas assistenciais adotadas por ela e o papel estratégico atribuído a estas práticas pelos sindicalistas. Através do exame de iniciativas como o Conselho de Fabricas e da campanha de sindicalização, enfatizo que a dimensão organizativa dos trabalhadores não era uma questão negligenciada pelo sindicato. Posteriormente, abordo campanhas salariais que contaram com uma participação signficativa da base em sua condução e também o papell simbólico do Primeiro de Maio de 1960 na luta contra o paternalismo governamental e patronal, assim como, a presença dos trabalhadores metalúrgicos na luta contra a carestia. Ao mesmo tempo, demonstro que o sindicato não estava afastado das ações coletivas concernentes à Grande Política e procuro verificar como os trabalhadores reagiram frente ao golpe civil-militar e a intervenção que ocorreu no sindicato. No decorrer dessas análises sublinho que há evidências de que são insatisfatórias aos metalúrgicos porto-alegrenses as caracterizações de uma classe trabalhadora passiva e manipulada pelo populismio ou de um movimento sindical cooptado pelo Estado.
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2008-03 "Entre margens: o retorno à África de libertos no Brasil 1830 - 1870Título"Entre margens: o retorno à África de libertos no Brasil 1830 - 1870Autor
Monica Lima E SouzaOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2008-03-12Nivel
DoutoradoPáginas
271Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMarcelo Bittencourt Ivair PintoMariza de Carvalho SoaresMilton Roberto Monteiro RibeiroPatricia Santos SchermannSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoA presente tese é sobre os retornos de libertos no Brasil para a África entre 1830 e 1870, numa busca por entender seus significados mais gerais. Serão analisados volumes, intensidades e perfis dos libertos africanos e crioulos que migram para o continente a partir dos portos de Rio de Janeiro e Salvador. O trabalho inclui ainda uma análise sobre os lugares de destino escolhidos e as razões dessas escolhas. A abordagem buscará sempre articular os espaços banhados pelo Atlântico, considerando que essa perspectiva é fundamental para a compreensão do processo como um todo.