Dissertações e Teses
  • 2008-08 Recursos naturais e conflito social na Bolívia contemporânea (1970 - 2003)
    Título
    Recursos naturais e conflito social na Bolívia contemporânea (1970 - 2003)
    Autor
    Carlos Eduardo Marconi de Carvalho
    Orientador(a)
    Norberto Osvaldo Ferreras
    Data de Defesa
    2008-08-25
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    113
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Hector Alberto Alimonda
    Marcelo Badaró Mattos
    Norberto Osvaldo Ferreras
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    De forte tradição política sindical, a Bolívia enfrentou, em seu último quarto do séc. XX, um intenso quadro de mudanças institucionais e também nos padrões de organização política contrahegemônica. A COB – Central Obrera Boliviana – que co-governou junto com o MNR após a Revolução de 1952, perde influência a partir da implementação do decreto 21060 de 1985, que flexibiliza direitos trabalhistas. Entretanto, a retomada dos movimentos sociais, a partir de inícios da década de 90, e principalmente com a Guerra da Água (2000), em Cochabamba, e a Guerra do Gás (2003) em várias cidades do país leva em conta a crítica aos sindicatos tradicionais, ao colonialismo e às recentes privatizações. Construiu-se um processo no qual o território e osrecursos naturais são fatores de aglutinação. A análise aqui apresentada levará em conta o contexto mais amplo da América Latina, para então se inserir nos debates sobre as redemocratizações e conseqüentes rumos que seguem os movimentos sociais e suas possibilidades políticas na Bolívia. Enquadra-se ainda a teorização do geógrafo David Harvey no que tange ao conceito de "acumulação por espoliação", e sua pertinência para osestudos da exploração e expropriação de bens comuns e práticas tradicionais.


  • 2008-08 ENTRE HISTÓRIAS, FOTOGRAFIAS E OBJETOS: imigração italiana e memórias de mulheres
    Título
    ENTRE HISTÓRIAS, FOTOGRAFIAS E OBJETOS: imigração italiana e memórias de mulheres
    Autor
    Syrléa Marques Pereira
    Orientador(a)
    Angela Maria de Castro Gomes
    Data de Defesa
    2008-08-15
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    280
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Angela Maria de Castro Gomes
    Keila Grinberg
    Lená Medeiros de Menezes
    Paulo Knauss de Mendonça
    Rachel Soihet
    Verena Alberti

    Resumo
    Este trabalho busca analisar a história da "grande migração italiana" para o Brasil, ocorrida entre 1870 e 1920, a partir da transferência de um grupo de famílias da aldeia de Oneta, localizada na região da Toscana, para o distrito de Nª. Sª. do Amparo, no estado do Rio de Janeiro, e posteriormente na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais. O processo migratório foi reconstruído especialmente por meio da memória de mulheres brasileiras e italianas que exercem a função de guardiãs da memória familiar, privilegiando-se um suporte de memória: as chamadas caixinhas de lembrança. Nelas, fotografias e pequenos objetos pessoais foram por elas colecionados e conservados através do tempo, compondo uma narrativa. Tais relíquias familiares, pelo fato de terem pertencido ou retratarem seus antepassados, apontam a origem peninsular desses imigrantes e conectam a aldeia de Oneta ao Brasil. O argumento central defendido na tese é o de que a identidade italiana entre os descendentes brasileiros é construída no solo do mundo privado/íntimo, para posteriormente se projetar no universo do público. A prática memorial se assenta no trabalho desenvolvido pelas mulheres que, durante encontros familiares, exibem suas caixinhas de lembranças e narram histórias sobre o deslocamento de seus antepassados para o Brasil, atualizando continuamente a memória do grupo familiar e unindo as duas pontas envolvidas no processo migratório.


  • 2008-08 OS MONGES DO CONTESTADO. Permanências históricas de longa duração das predições e rituais no imaginário coletivo
    Título
    OS MONGES DO CONTESTADO. Permanências históricas de longa duração das predições e rituais no imaginário coletivo
    Autor
    Eloy Tonon
    Orientador(a)
    Gizlene Neder
    Data de Defesa
    2008-08-15
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    244
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Beatriz Anselmo Olinto
    Gisálio Cerqueira Filho
    Gizlene Neder
    Ismênia de Lima Martins
    Márcia Maria Menendes Motta
    Paulo Pinheiro Machado
    Rivail Carvalho Rolim

    Resumo
    Tese de doutorado analisa a constituição, matização e permanência no imaginário social de uma memória dos monges e de uma prática social de rituais, advinda de seus ensinamentos, na região do Movimento do Contestado. A análise trabalha no tempo de longa duração, respectivamente com o surgimento do primeiro monge e a presença de grupos de sujeitos sociais que mantêm e perpetuam os valores da religiosidade popular. Utilizarei como corpus documental um vasto acervo bibliográfico, composto de obras de sociólogos, antropólogos, historiadores, memorialistas, romancista e jornalistas, bem como entrevistas realizadas, segundo a metodologia da história oral. A análise das narrativas elaboradas privilegia uma abordagem focada no cultural, sem desprezar os fatores explicativos circundantes, o político e o econômico.


  • 2008-08 AMPLIANDO O ESTADO IMPERIAL: Os engenheiros e a organização da cultura no Brasil Oitocentista, 1874 - 1888
    Título
    AMPLIANDO O ESTADO IMPERIAL: Os engenheiros e a organização da cultura no Brasil Oitocentista, 1874 - 1888
    Autor
    Pedro Eduardo Mesquita de Monteiro Marinho
    Orientador(a)
    Sonia Regina de Mendonça
    Data de Defesa
    2008-08-15
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    387
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Geraldo de Beauclair Mendes de Oliveira
    Maria Letícia Corrêa
    Ricardo Henrique Salles
    Sonia Regina de Mendonça
    Théo Lobarinhas Piñeiro
    Vania Maria Cury

    Resumo
    Na formação social brasileira, ao final do século XIX, a conflituosa correlação de forças que sustentava o bloco no poder passou a demonstrar a perda da capacidade de formulações intelectuais capazes de articular reformas compatíveis com o momento histórico. Avizinhava-se a privação da mão-de-obra escrava e as frações da classe dominante alimentavam o temor quanto à desestruturação do modelo econômico que, há décadas, os favorecia. Desde a década de 1870 daquele século, engenheiros-intelectuais técnico-científicos, formados pela Escola Politécnica, vinculados ao bloco histórico imperial-escravista, foram capacitados para atividades profissionais relacionadas às grandes obras públicas e demais intervenções em benefício da comercialização de produtos primários para a exportação. Em linhas gerais, engenheiros, primeiramente agremiados no Instituto Politécnico Brasileiro e, mais tarde, no Clube de Engenharia, passaram a atuar como técnicos e como dirigentes nas Companhias de Estradas de Ferro, cuja função particular articulava-se, naquele momento, aos interesses das frações do complexo agroexportador de determinadas regiões do país. Neste estudo, procuraremos refletir sobre a organicidade destes engenheiros "diplomados" nas condutas empresariais dessas companhias, dentro das quais os agentes em questão reuniam capitais, atuavam no planejamento e realização dos projetos técnicos, assim como nas concepções ideológicas das construções. Dessa forma, acreditamos ser possível explicar como os projetos ligados às ferrovias que eram concebidos dentro do Clube desdobravam-se de forma a extrapolar a sociedade civil em direção à sociedade política, revelando, assim, parte de um processo de ampliação do Estado brasileiro.


  • 2008-08 O Poder na Fronteira: Hegemonia, Conflitos e Cultura no Norte de Mato Grosso
    Título
    O Poder na Fronteira: Hegemonia, Conflitos e Cultura no Norte de Mato Grosso
    Autor
    Edison Antônio de Souza
    Orientador(a)
    Sonia Regina de Mendonça
    Data de Defesa
    2008-08-14
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    256
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Dilma Andrade de Paula
    Eli de Fátima Napoleão de Lima
    Márcia Maria Menendes Motta
    Regina Angela Landim Bruno
    Sonia Regina de Mendonça
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    O Estado brasileiro a partir da década de 1970 fomentou a ocupação do norte mato-grossense, baseado na concessão de incentivos fiscais públicos, principalmente às empresas particulares de colonização, que atraíram milhares de pessoas para aquela região como alternativa aos conflitos sociais que ocorriam no Sul e Sudeste do Brasil. A política que orientou o avanço da fronteira econômica no Estado de Mato Grosso, estruturou-se de forma a permitir a integração desta, ao mercado nacional e as estruturas produtivas de acumulação do capital. O processo de colonização particular ampliou a expropriação e a dominação no norte mato-grossense, com manutenção das relações capitalistas de produção de uma forma acelerada, através da exploração dos recursos naturais e pelo controle social dos trabalhadores. Com o avanço da fronteira agrícola, alguns empresários favorecidos pelos incentivos fiscais públicos, acumularam capital em atividades como o setor madeireiro e agropecuário, passando a dirigir politicamente o norte de Mato Grosso. Através desta Tese sustentamos a argumentação de que, os mecanismos que regem as relações de poder naquela região de fronteira, foram construídos no inter-relacionamento entre agências e agentes a partir de uma rede de relações e alianças com as elites regionais, sistemas de trocas e reciprocidades, utilizando-se do poder simbólico enquanto estratégia de controle e dominação social. A classe dominante regional construiu uma hegemonia articulada em torno de valores, práticas e ideologia da classe ou fração de classe, que organizam-se através dos intelectuais orgânicos, formas de consenso entre outras frações, divulgando o mito do progresso, da civilização, da agricultura moderna e desenvolvida, ‘naturalizando’ os conflitos sociais e a luta pela terra no Estado. Estudamos a questão da fronteira norte mato-grossense no eixo da Rodovia Federal (BR-163) com destaque para Sinop, principal cidade daquela região. Refletimos sobre as questões políticas, sociais as mudanças econômicas. Mapeamos essas relações no âmbito da sociedade civil e da sociedade política, destacando o papel das Agências e Agentes sociais, analisadas pela perspectiva da História Social.


  • 2008-08 Valongo: O Mercado de Escravos do Rio de Janeiro, 1758-1831
    Título
    Valongo: O Mercado de Escravos do Rio de Janeiro, 1758-1831
    Autor
    Cláudio de Paula Honorato
    Orientador(a)
    Mariza de Carvalho Soares
    Data de Defesa
    2008-08-12
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    166
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Mariza de Carvalho Soares
    Mauricio de Almeida Abreu

    Resumo
    O presente trabalho tem por objetivo analisar o mercado de escravos do Valongo, no período de 1758 a 1831, destacando como a ação sanitarista do Senado da Câmara, assessorado pelos profissionais de medicina da cidade, resultou num acordo para transferência do mercado de escravos da rua Direta, centro da cidade para rua do Valongo, subúrbio da mesma, sob a alegação de preservar o espaço urbano do contágio das doenças e epidemias. Busca-se entender tal ação como forma de controle sanitário que visava a reorganização do espaço urbano como uma política de controle social, que se intensifica no período dos vice-reis, e após a instalação da Corte passa a fazer parte do projeto de "civilização nacional". Busca-se entender ainda como se dava o tratamento/ recuperação da saúde dos escravos novos no lazareto sob a fiscalização da Provedoria-Mor da Saúde, o sistema de vacinação contra a varíola e o seu controle realizado pela Junta Vacinica e como se dava a relação entre os negociantes de escravos novos e tais órgãos do Estado.


  • 2008-08 Ordem e e Justiça Social: A Igreja Católica e o Projeto de Reforma Agrária do Governo João Goulart (1961-64)
    Título
    Ordem e e Justiça Social: A Igreja Católica e o Projeto de Reforma Agrária do Governo João Goulart (1961-64)
    Autor
    Guido Coelho de Magalhães Bastos
    Orientador(a)
    Denise Rollemberg Cruz
    Data de Defesa
    2008-08-11
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    129
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Denise Rollemberg Cruz
    Jessie Jane Vieira de Sousa
    Jorge Luiz Ferreira
    Marcelo da Silva Timotheo da Costa

    Resumo
    A questão social que emergia das contradições inerentes ao capitalismo, marcada pelo aprofundamento das desigualdades entre as classes sociais, tornou-se objeto de atenção e análise por parte da Santa Sé, a partir de Leão XIII (1878-1903). Com os avanços do comunismo e dos conflitos sociais capitalistas, a Igreja Católica no Brasil dos anos 1950 e 1960 começava a se aproximar dos pobres em busca da justiça social, movimento advindo da sua "ala progressista", encontrando abertura em pleno processo de articulação do Concílio do Vaticano II (1962-65). No intuito de contribuir para a melhor compreensão do papel da Igreja (não homogênea, permeada por diversas tendências) neste cenário, essa dissertação analisará as trajetórias e os discursos de dois periódicos católicos, o "Brasil, Urgente" (BU, 1963-64) e a "Revista Eclesiástica Brasileira" (REB, 1961-64), destacando suas aproximações e distanciamentos, principalmente no tocante à Reforma Agrária, em pleno processo de radicalizações política e social entre esquerda e direita, durante o Governo João Goulart (1961-64). A fim de enriquecer ainda mais este estudo, serão pontuadas informações oriundas de uma entrevista concedida ao seu autor pelo Frei Carlos Josaphat, fundador e ex-diretor do "Brasil, Urgente". Como o BU e a REB receberam os apontamentos das encíclicas de João XXIII (1958-63)? Como o BU e a REB se posicionaram frente ao governo Goulart e ao seu projeto de Reforma Agrária? Quais eram as propostas de Reforma Agrária defendidas pelo BU e pela REB? Essas questões e algumas outras serão aqui tratadas.


  • 2008-05 Pelos Pobres! A campanha pela construção de habitações populares e o discurso sobre as favelas na Primeira República
    Título
    Pelos Pobres! A campanha pela construção de habitações populares e o discurso sobre as favelas na Primeira República
    Autor
    Rômulo Costa Mattos
    Orientador(a)
    Gladys Sabina Ribeiro
    Data de Defesa
    2008-05-30
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    275
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Gladys Sabina Ribeiro
    Humberto Fernandes Machado
    Magali Gouveia Engel
    Marcelo Badaró Mattos
    Margarida de Souza Neves
    Martha Campos Abreu
    Sidney Chalhoub

    Resumo
    Esta pesquisa tem como tema a construção social da habitação popular durante a Primeira República, período em que ocorreu o processo de recrudescimento da crise de moradias na cidade do Rio de Janeiro. A campanha pela construção de habitações populares na grande imprensa, entre 1905 e 1921, constitui o objeto específico deste trabalho. Trata-se de analisar as propostas que visavam à superação do déficit de casas populares, prestando atenção também ao desenvolvimento do discurso sobre as favelas, em um contexto marcado pela tentativa de imposição de uma ordem social capitalista e de consolidação da República no Brasil.


  • 2008-05 Os "Filhos da Terra": Discurso e Resistência nas Relações Coloniais no Sul de Moçambique (1890 - 1930)
    Título
    Os "Filhos da Terra": Discurso e Resistência nas Relações Coloniais no Sul de Moçambique (1890 - 1930)
    Autor
    Fernanda do Nascimento Thomaz
    Orientador(a)
    Marcelo Bittencourt Ivair Pinto
    Data de Defesa
    2008-05-28
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    202
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Marcelo Bittencourt Ivair Pinto
    Mariza de Carvalho Soares
    Silvio de Almeida Carvalho Filho

    Resumo
    A dissertação aborda o período de consolidação do colonialismo português no sul de Moçambique, seguindo até o princípio da instalação do Estado Novo


  • 2008-05 "A diakrisis dos mais sábios: Associação comunitária e dissidência política na filosofia grega (séc. IV aC.)"
    Título
    "A diakrisis dos mais sábios: Associação comunitária e dissidência política na filosofia grega (séc. IV aC.)"
    Autor
    Alexandre de Paiva Rio Camargo
    Orientador(a)
    Marcelo Aparecido Rede
    Data de Defesa
    2008-05-21
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    188
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alexandre Carneiro Cerqueira Lima
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Marcelo Aparecido Rede
    Marcos José de Araújo Caldas
    Marta Mega de Andrade

    Resumo
    Este trabalho tem por objetivo investigar a construção da posição social do filósofo na polis ateniense do período clássico tardio. A análise parte da relação entre a diferenciação estrutural da função do intelectual e o alargamento do campo discursivo da dissidência política, no contexto de arrefecimento das instituições reguladoras da democracia e de ampliação do papel político desempenhado pelas elites. Neste cenário, procura interpretar o surgimento das escolas de filosofia (Academia e Liceu) como espaços de sociabilidade e práticas associativas entre discípulos e filósofos. Neste sentido, propõe a leitura dos textos de Platão e Aristóteles no duplo âmbito da performance voltada para a justificação interna da atividade filosófica e o da contribuição programática para a restrição da soberania do demos ateniense. Formula a hipótese central de que o fim do século IV a.C. assiste à consolidação da posição social do filósofo. Pretende comprová-la explorando a filosofia como plano discursivo estratégico para a subversão da normatividade democrática, formalizada na estabilidade de sua linguagem e na maleabilidade de suas categorias. O método recorre à comparação com as obras de Xenofonte, discípulo socrático que se exilara de Atenas antes da fundação da Academia, para apreender a formalização do discurso centrado nas escolas de filosofia, seu lugar de poder na cidade. Utiliza-se a sociologia do poder de Max Weber para estudar a fabricação da liderança de Platão e a estabilização da associação comunitária, bem como para investigar as afinidades eletivas entre a ampliação do papel do filósofo na pedagogia ateniense e as apropriações políticas de sua produção, ao tempo da hegemonia macedônica e da queda da democracia.


  • 2008-05 Famílias escravas no Recôncavo da Guanabara: séculos XVII e XVIII.
    Título
    Famílias escravas no Recôncavo da Guanabara: séculos XVII e XVIII.
    Autor
    Denise Vieira Demetrio
    Orientador(a)
    Mariza de Carvalho Soares
    Data de Defesa
    2008-05-19
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    179
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Maria Fernanda Baptista Bicalho
    Mariza de Carvalho Soares
    Paulo Knauss de Mendonça
    Roberto Guedes Ferreira

    Resumo
    A dissertação trata da temática das relações familiares constituídas por escravos entre o final do século XVII e o começo do século XVIII no Recôncavo da Guanabara. O trabalho se baseia em fontes produzidas em duas freguesias (Santo Antônio de Jacutinga e Irajá) e também duas propriedades rurais jesuítas (Engenho Velho e São Cristóvão). O objetivo é analisar comparativamente a formação de famílias escravas no interior das duas propriedades eclesiásticas (fazendo uso de assentos de batizados) com as famílias escravas encontradas emáreas de produtores individuais para problematizar a constituição dessas famílias. O trabalho visa aprofundar essas relações enfatizando a constituição de redes de compadrio entre as elites locais e a população escrava. Estas redes mostram a ocorrência de interesses horizontais (entre elites e entre escravos) e verticais (entre senhores e escravos) interesses estes pautados pela lógica do Antigo Regime. Através do corpus documental analisado ficou patente que para além do rito católico, pelo apadrinhamento de seus escravos essas elites reforçavam e ampliavam suas alianças políticas e sociais no interior da própria elite.


  • 2008-05 O Negócio do Século: O Acordo de Cooperação Nuclear Brasil - Alemanha
    Título
    O Negócio do Século: O Acordo de Cooperação Nuclear Brasil - Alemanha
    Autor
    Rafael Vaz da Motta Brandão
    Orientador(a)
    Théo Lobarinhas Piñeiro
    Data de Defesa
    2008-05-09
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    Volumes
    Banca de Defesa
    Cezar Teixeira Honorato
    Elisa Maria de Oliveira Muller
    Fernando Antonio Faria
    Hiran Roedel
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    Esta pesquisa tem como objetivo realizar um estudo acerca da política brasileira desenvolvida pelo governo Ernesto Geisel para a América do Sul, discutindo suas orientações pragmáticas e estratégicas, ao mesmo tempo em que se propõe a estudar o processo de integração econômica do Brasil com os países do continente.


  • 2008-05 Ação, Tradição e Organização: A Evolução do Conceito de Partido do PCB ao PCBR, ALN e PC do B. (1962-1979)
    Título
    Ação, Tradição e Organização: A Evolução do Conceito de Partido do PCB ao PCBR, ALN e PC do B. (1962-1979)
    Autor
    Fabiano Godinho Faria
    Orientador(a)
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes
    Data de Defesa
    2008-05-09
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    326
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Edson Teixeira da Silva Jr.
    Gelsom Rozentino de Almeida
    Marcelo Badaró Mattos
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    O presente trabalho analisa o processo de dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB) no período compreendido entre 1962 e 1968, bem como o processo de formação das principais organizações surgidas a partir de suas disputas internas: o Partido Comunista do Brasil (PC do B), a Ação Libertadora Nacional (ALN) e o Partido Comunista Brasileiro Revolucionario (PCBR). Inicialmente, é desenvolvido o conceito de organização partidária com base no referencial teórico de Lênin e Gramsci. Em seguida, o stalinismo e a inter-relação deste com a Linha da III Internacional ou Komintern com o PCB. O processo de ruptura das mencionadas organizações, é analisado a partir da evolução da linha política e organizativa dentro do PCB, especialmente a discussão sobre a leglização do partido e a adoção da linha do "caminho pac´fico" para o socialismo. Além destes pontos, também é levado em conta, o impacto entre os militantes comunistas das revoluções Cu ana e chinesa, as implicações destas sobre as novas formas de organização propostas e as ações concretas dos Esados Chinês e Cubano em exercer influência política internacional sobre o movimento comunista. Ao final, conclui-se que as três organizações dissidentes, reproduzem de maneira diferente a práxis política formada dentro do PCB, de modo que nõ basta constatr a heranç percebista sobre estas, mas sobretudo, o que em cada caso, era tido como mais importante.


  • 2008-05 "Interesses seguros": Companhias de seguro e a provedoria dos seguros do Rio de Janeiro (1810-1831)
    Título
    "Interesses seguros": Companhias de seguro e a provedoria dos seguros do Rio de Janeiro (1810-1831)
    Autor
    Saulo Santiago Bohrer
    Orientador(a)
    Théo Lobarinhas Piñeiro
    Data de Defesa
    2008-05-07
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    149
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Gladys Sabina Ribeiro
    Ilmar Rohloff de Mattos
    Mônica de Souza Nunes Martins
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    A tranferência da Corte, em 1808, para o Rio de Janeiro proporcionou a cidade uma série de importantes mudanças, dentre elas, houve a criação de série de instituições públicas que compunham o Estado Joanino no Brasil. A criação da Procuradoria de Seguros do Rio de Janeiro junto a real junta de com´wercio, agricultura, fábricas e navegação cumpria o objetivo de se organizar os negócios do reino no momento turbulento. Os negociantes do Rio se aproveitaram da situação para que pudessem ampliar seus empreendimentos. Assim, surgiram as principais Cias de Seguros do RJ. Ligados ao comércio de abastecimento da corte. Os negreiros por necessitarem de uma boa estrutura de crédito e cobertura da travessia do oceâno, estavam interessados em controlar as seguradoras, mantendo os riscos distantes de seus outros negócios. O controle da provedoria, portanto, seguia na estratégia dos homens de negócios de manter o controle das diversas faces dos negócios e, ao mesmo tempo, demonstra a forma pela qual estes atuavam na organização do Estado no Brasil.


  • 2008-04 A COMPANHIA DE SEGUROS INDEMNIDADE: História de Empresas no Brasil Joanino (1808 - 1822)
    Título
    A COMPANHIA DE SEGUROS INDEMNIDADE: História de Empresas no Brasil Joanino (1808 - 1822)
    Autor
    Leandro de Oliveira Megliorini
    Orientador(a)
    Carlos Gabriel Guimarães
    Data de Defesa
    2008-04-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    163
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Cezar Teixeira Honorato
    Geraldo de Beauclair Mendes de Oliveira
    Oswaldo Munteal Filho

    Resumo
    O presente trabalho tem por finalidade mostrar os resultados da pesquisa desenvolvida na temática dos seguros. Trata-se de uma análise na perspectiva de História de Empresas, neste caso, de companhias de seguros, em especial a denominada Indemnidade, surgida(s) no Brasil, no início do século XIX. Desde a década de 1970 a historiografia brasileira tem mostrado interesse no assunto dos negócios de grosso trato, no entanto, a especificidade dos seguros parece possuir exigências que não podem apreendidas através da generalização de tais negócios. A transferência da corte e a conseqüente edificação do Estado nos trópicos lograram possibilidades de atuação dos negociantes, antes proibido no espaço colonial, que modificaram a realidade social, política e econômica acelerando o processo de enraizamento dos interesses português no centro-sul do Brasil. Se, num primeiro momento, a Abertura dos Portos constituiu-se num marco inicial da reestruturação do Estado e também do comércio, outras providências logo foram tomadas, particularmente, aquelas que hoje podem ser arroladas no campo econômico. A escassez de metais amoedados, a presença inglesa, a autorização para a instalação de manufaturas, a criação do Banco do Brasil, a amplificação do comércio/navegação de cabotagem, a presença marcante dos negociantes de grosso trato nos quadros administrativos e os riscos cada vez maiores para o fim do tráfico negreiro, fizeram prosperar um recente ramo nas atividades mercantis no Brasil, os seguros. A opção pela Companhia de Seguros Indemnidade se mostra como uma chave de leitura sobre o processo de interiorização dos interesses portugueses no centro-sul, não apenas para reestruturar o Império Luso-Brasileiro, mas também para os acontecimentos que daí se desenvolveram.


  • 2008-04 Ideologias e Práticas dos Tribunais Criminais do Distrito Federal no Tratamento de "Menores" (1890 - 1912)
    Título
    Ideologias e Práticas dos Tribunais Criminais do Distrito Federal no Tratamento de "Menores" (1890 - 1912)
    Autor
    Bárbara Lisboa Pinto
    Orientador(a)
    Gladys Sabina Ribeiro
    Data de Defesa
    2008-04-28
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    247
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Edson Alvisi Neves
    Gladys Sabina Ribeiro
    José Aurivaldo Sacchetta Ramos Mendes
    Keila Grinberg
    Roberto Kant de Lima
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    O presente estudo aborda as diversas práticas e ideologias sobre o "menor" no campo do Direito Penal e dos Tribunais Criminais do Distrito Federal no final do século XIX e início do século XX. As reflexões se desenvolvem a partir da década de 1890, no início do período Republicano. Neste momento, novas concepções sobre o Direito se estabeleceram no Brasil, dando uma nova dimensão às noções de crime e criminoso. A recepção de algumas idéias do Positivismo incrementou os debates, possibilitando a discussão de novos temas no terreno do Direito. O contexto do pósabolição, da inserção no trabalho livre, da pobreza e das questões étnico-raciais é considerado na conjuntura da temática do "menor". Ao longo da pesquisa, buscou-se mapear as várias visões que se construíram sobre o "menor", assim como as posições da sociedade quando este estava na condição de réu. Para tal abordagem foram utilizadas algumas obras de doutrina do Direito Penal e Processual Penal, assim como a legislação. Portanto, o propósito da pesquisa é fazer uma discussão sobre o "menor" pela ótica da doutrina do Direito e da prática burocrática dos Tribunais, onde se explicitavam os conflitos da sociedade. Para essa análise foram também utilizados os processos criminais da década de 1890 da Comarca do I Tribunal do Júri, no Rio de Janeiro.


  • 2008-04 Klabin: Os empresários, a empresa e as estratégias de construção da hegemonia (1930-1951)
    Título
    Klabin: Os empresários, a empresa e as estratégias de construção da hegemonia (1930-1951)
    Autor
    Maurício Gonçalves Margalho
    Orientador(a)
    Cezar Teixeira Honorato
    Data de Defesa
    2008-04-18
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Patricia Ronco
    Cezar Teixeira Honorato
    Geraldo de Beauclair Mendes de Oliveira
    Sydenham Loureço Neto

    Resumo
    Este trabalho de história social de empresas partiu de um estudo de caso sobre o grupo empresarial Klabin, particularmente no que se relaciona ao investimento nas Indústrias Klabin do Paraná de Celulose S/A. Com efeito, embora tenhamos abordado a sociogênese das empresas Klabin durante o final do século XIX e as duasprimeiras décadas do século passado, o núcleo de nossa pesquisa aborda principalmente a conjuntura de 1930/1951.Levando em conta que as relações sociais são relações políticas e que, portanto, se relacionam com a luta entre frações de classe dominante pela hegemonia no aparelho de Estado, o nosso estudo tem como escopo analisar os empresários Wolff Klabin e Horácio Lafer. Não como empreendedores e visionários, mas, sobretudo,através da dimensão política que envolveu suas relações sociais no processo de luta de classes.Assim fizemos, porque compreendemos que a idéia do burguês empreendedor é, por si só, um mito que precisa ser desmontado. Partindo dessa convicção, fizemos o caminho inverso, e lastreamos nosso eixo analítico na interrelação entre empresários, economia e política. Através da leitura de Atas de Reuniões, Anais, Boletins, Correspondências, Mensagens do Executivo, Pareceres, Periódicos, Relatórios Ministeriais, Relatórios daFederação Industrial do Rio de Janeiro e da Evolução Administrativa da Klabin esta dissertação se propõe a compreender a história social das empresas Klabin através das práticas políticas das lideranças supracitadas no complexo institucional sociedade civil / sociedade política.


  • 2008-04 A Conversão das Almas do Oriente. Franciscanos, Poder e Catolicismo em Goa: século XVI e XVII.
    Título
    A Conversão das Almas do Oriente. Franciscanos, Poder e Catolicismo em Goa: século XVI e XVII.
    Autor
    Patrícia Souza de Faria
    Orientador(a)
    Ronald José Raminelli
    Data de Defesa
    2008-04-17
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    295
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Bruno Guilherme Feitler
    Célia Cristina da Silva Tavares
    Daniela Buono Calainho
    Francisco José Silva Gomes
    John Manuel Monteiro
    Ronald José Raminelli
    Ronaldo Vainfas

    Resumo
    Estudo do processo de conversão dos indianos de Goa ao catolicismo nos séculos XVI e XVII, especialmente a partir da atuação da Ordem de São Francisco, considerando o contexto da reforma franciscana da Observância. O objetivo é identificar as estratégias utilizadas pelos franciscanos no processo de conversão dos moradores de Goa e como as crenças e as castas indianas foram percebidas pelos missionários católicos. Reflete-se sobre as dificuldades de promoção social enfrentadas pelos clérigos nativos, nascidos na Índia de pais portugueses ou oriundos da casta brâmane ou da chardó. Destaca-se a rivalidade entre os cristãos nascidos no reino de Portugal, os nascidos na Índia e as disputas entre membros de castas diferentes. A produção textual dos cristãos nascidos na Índia será analisada. O conceito de "disciplinamento social" (Elias, Weber, Foucault, Palomo, Prosperi) foi adotado para analisar o processo de conversão dos indianos ao catolicismo, o papel dos concílios, do Tribunal do Santo Ofício de Goa e da rede episcopal e paroquial.


  • 2008-04 Partido dos Trabalhadores: da ruptura com a lógica da diferença à sustentação da Ordem
    Título
    Partido dos Trabalhadores: da ruptura com a lógica da diferença à sustentação da Ordem
    Autor
    Cyro Garcia
    Orientador(a)
    Marcelo Badaró Mattos
    Data de Defesa
    2008-04-14
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    197
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Eurelino Teixeira Coelho Neto
    Marcelo Badaró Mattos
    Ricardo Luiz Coltro Antunes
    Sara Aparecida Granemann
    Teones Pimenta de França
    Valerio Arcary
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa sobre as transformações ocorridas no Partido dos Trabalhadores ao longo da década de 90. Estas transformações são conseqüências do processo de burocratização que atinge o partido, e que tem sua origem nos êxitos eleitorais, levando-o a uma integração cada vez maior ao aparelho do estado burguês. Este processo se agrava quando os sindicalistas petistas passam a integrar órgãos de gestão do capital financeiro, notadamente os fundos de pensão, que tiveram um destacado papel na implementação da política de privatizações do Governo Fernando Henrique Cardoso. O objetivo central deste trabalho é ajudar a explicar como estas transformações advindas do processo de burocratização acarretam uma grande alteração no ideário teórico-programático e na própria práxis do partido, passando-o de um partido de confronto com a ordem neoliberal para um partido de sustentação desta mesma ordem. Analisa-se a mudança na relação do PT com os movimentos sociais, focando-se o papel desempenhado pela Central Única dos Trabalhadores – CUT, que em seus primórdios era um importante instrumento de luta dos trabalhadores e hoje se tornou uma correia de transmissão dos interesses do Governo Lula. A hipótese central é que a burocratização afastou o partido de suas bases originais e transformou-o num partido de sustentação da ordem neoliberal.


  • 2008-04 Palavras no Chão: Murmurações e Vozes em Minas Gerais no século XVIII
    Título
    Palavras no Chão: Murmurações e Vozes em Minas Gerais no século XVIII
    Autor
    Tarcísio de Souza Gaspar
    Orientador(a)
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Data de Defesa
    2008-04-10
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    452
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Laura de Mello E Souza
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Maria Beatriz Nizza da Silva
    Sérgio Chahon

    Resumo
    Este trabalho investiga as murmurações e as vozes orais veiculadas nos variados conflitos políticos e sociais que pontuaram a história da capitania de Minas Gerais durante o século XVIII. Foram analisados, em especial, os rumores difundidos na Guerra dos Emboabas, nos Motins de Caeté e da Barra do Rio das Velhas, na Revoltade Vila Rica, nos Furores Sertanejos, nas inconfidências do período pombalino e, por fim, na Inconfidência Mineira de 1789.


  • 2008-04 O Rio de Janeiro e o Morro do Castelo: populares, estratégias de vida e hierarquias sociais (1904-1922)
    Título
    O Rio de Janeiro e o Morro do Castelo: populares, estratégias de vida e hierarquias sociais (1904-1922)
    Autor
    Cláudia Míriam Quelhas Paixão
    Orientador(a)
    Jorge Luiz Ferreira
    Data de Defesa
    2008-04-07
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    120
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Beatriz Kushnir
    Jorge Luiz Ferreira
    Marcos Luiz Bretas
    Martha Campos Abreu

    Resumo
    Considerando a discussão e a disputa em torno da proposta de desmonte do morro do Castelo na cidade do Rio de Janeiro durante as três primeiras décadas do século XX, e a tentativa por parte das elites em deslocar as camadas populares de determinados espaços urbanos em busca de um ideal próprio de modernidade, este trabalho analisa as visões elaboradas sobre o morro e seus moradores e o cotidiano da população do morro do Castelo durante o processo de arrasamento do morro, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro entre os anos de 1904 e 1922, discutindo acerca das relações e disputas sociais que se refletem nas questões urbanas. Os discursos produzidos por engenheiros, políticos e empreiteiros envolvidos nessas obras, os chamados "produtores do espaço", sobressaíram ao discurso dos castelenses, por terem aqueles maiores facilidades de expressar, e mais, de perpetuar suas idéias. No entanto entendo que diferentes subjetividades sociais formam o fenômeno urbano – por ser ele dinâmico e moderno – e sendo a cidade uma construção do homem, reflete idéias e disputas, fazendo do espaço urbano também uma representação das disputas sociais. Dessa maneira analisei as ações e estratégias dos castelenses, entendo-os como um grupo social, cujos laços de identidade foram tecidos por experiências cotidianas, traçadas no espaço de moradia e na luta diária pela sobrevivência. Para tal analisei fontes de variadas procedências, como textos literários; um álbum fotográfico sobre o morro do Castelo e seu desmonte, elaborado pelo fotógrafo oficial da prefeitura, Augusto Malta; as ocorrências policiais da 5ª Delegacia, que abrangia o morro; e os depoimentos orais de dois engenheiros que trabalharam nas obras do desmonte e dois ex-moradores do morro.


  • 2008-04 Para Além das Fronteiras Nacionais: um estudo comparado entre os Institutos de Cinema Educativo do Estado Novo e do Facismo (1925-1945)
    Título
    Para Além das Fronteiras Nacionais: um estudo comparado entre os Institutos de Cinema Educativo do Estado Novo e do Facismo (1925-1945)
    Autor
    Cristina Souza da Rosa
    Orientador(a)
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Data de Defesa
    2008-04-07
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    419
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Angela Maria de Castro Gomes
    Denise Rollemberg Cruz
    Mônica Almeida Kornis
    Paulo Knauss de Mendonça
    Sheila Schvarzman
    Sonia Cristina da Fonseca Machado Lino

    Resumo
    Esta tese tem por objetivo analisar como os Institutos de cinema, respectivamente estabelecidos na Itália e no Brasil, Instituto Nacional LUCE e Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE) colaboraram com a formação do novo homem do Fascismo e do Estado Novo através de imagens cinematográficas. Mussolini chegou ao poder em 1922, por meio da "Marcha sobre Roma" e, a partir deste momento, iniciou a construção de um governo nacionalista, onde as necessidades da nação deviam estar acima das individuais. Para transformar a sociedade foi preciso ainda construir um novo cidadão nacional, chamado de novo homem, cujo modo de se comportar e atuar no espaço social levaria em conta a coletividade. Em 1937, Getúlio Vargas instaurou o Estado Novo, um governo autoritário com princípios nacionalistas. Também Vargas iniciou um processo de transformação social e econômica, em que as questões coletivas se sobrepunham aos interesses dos indivíduos. Para ocupar o lugar do "velho homem" brasileiro, o Estado Novo desejava um novo cidadão, um novo homem, que fosse coletivo, disciplinado e trabalhador. Para contribuir no processo de formação do novo homem fascista e estadonovista, foram criados os institutos de cinema com a missão de vincular, através das imagens, os valores nacionais eleitos pelos dois governos. Compreender como os filmes educativos do INCE e do LUCE divulgaram estes valores, com o objetivo de educar os jovens segundo os ideais nacionalistas, é a questão principal desta tese.


  • 2008-04 "Ao Soberano Congresso": Petições, Requerimentos, Representações e Queixas à Câmara dos Deputados e ao Senado - Os direitos do cidadão na formação do Estado Imperial brasileiro (1822 - 1831)
    Título
    "Ao Soberano Congresso": Petições, Requerimentos, Representações e Queixas à Câmara dos Deputados e ao Senado - Os direitos do cidadão na formação do Estado Imperial brasileiro (1822 - 1831)
    Autor
    Vantuil Pereira
    Orientador(a)
    Gladys Sabina Ribeiro
    Data de Defesa
    2008-04-04
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    417
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andrea Slemian
    Carlos Gabriel Guimarães
    Edson Alvisi Neves
    Gladys Sabina Ribeiro
    Lucia Maria Bastos Pereira Das Neves
    Ricardo Henrique Salles
    Silvana Mota Barbosa

    Resumo
    O presente trabalho pretende discutir a inserção política dos cidadãos no Primeiro Reinado, ressaltando ter havido uma busca pela cidadania por meio da apresentação de requerimentos ao Senado e à Câmara dos Deputados. Pode-se vislumbrar uma luta pelos direitos civis, bem como a a construção de uma certa perspectiva de cidadania. Este trabalho analisa a dissensão política do período de 1822 a 1831, investigando as tensões que envolveram a Câmara dos Deputados, o Senado Imperial e o próprio Imperador, que debatiam as atribuições e os limites inerentes a cada um dos três poderes constitucionais. Apresentamos também uma análise dos requerimentos, tendo sido possível evidenciar a ambigüidade e as contradições da época em relação à tradição do Antigo Regime e as discussões sobre o constitucionalismo, fruto das revoluções iniciadas na Europa em finais do século XVIII. Sustentamos que a apresentação de requerimentos ao Parlamento imperial constituía-se como uma estratégia dos requerentes face à nova consolidação institucional ocorrida nos primeiros anos da Independência do Brasil.


  • 2008-03 O Movimento dos Trabalhares Rurais Sem Terra (MST) - O Moderno Príncipe educativo brasileiro na história do tempo presente.
    Título
    O Movimento dos Trabalhares Rurais Sem Terra (MST) - O Moderno Príncipe educativo brasileiro na história do tempo presente.
    Autor
    José Carlos Lima de Souza
    Orientador(a)
    Bernardo Kocher
    Data de Defesa
    2008-03-31
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    260
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Ferreira da Costa Monteiro
    André Laino
    Bernardo Kocher
    Carlos Gabriel Guimarães
    Claudia Maria Costa Alves
    Eduardo Navarro Stotz
    Marcelo Badaró Mattos

    Resumo
    O presente trabalho tem com objetivo comprovar a tese de que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST) é um partido político segundo a definição gramsciana para tal conceito. Esta análise se constrói a partir do estudo da história da formação do Movimento, das suas formas de organização, e de mobilização das massas no campo, no Brasil atual, e, sobretudo, do papel e da importância da educação como elemento-base para a consolidação deste Movimento social. A articulação de todos estes fatores foi de fundamental importância para a expansão do MST, levando-o à condição de um Movimento nacional, condição que sustenta a partir de duas estratégias, a territorialização e a espacialização, sendo a educação e a cultura, elementos de destaque na formulação das atribuições de ambas. Por isso mesmo, esta análise privilegia a educação como objeto de pesquisa, mostrando como ela acabou se constituindo em tema e objetivo de tantas discussões políticas desde a formação do Movimento até chegar a se constituir em um dos mais destacados setores na direção do MST. E esta relação entre a vida do Movimento e a luta constante em defesa da construção de uma educação de qualidade, universalizada, em todos os níveis, tanto para a sua militância como para as suas bases sociais, faz dele, para além de um partido político gramsciano, o moderno príncipe educativo brasileiro. Este é grande o objetivo desta tese, ou seja, perceber como um Movimento que organiza a luta pela terra, também organiza e faz avançar a luta por uma educação, que atinja a finalidade de transformar os atores sociais no campo em sujeitos de uma transformação que vai além da simples conquista da terra como bem material. Outra questão é a retomada do conceito de campesinato para definir estes novos sujeitos sociais rurais brasileiros, enquanto classe social, com interesses próprios e uma dinâmica social específica, contrapondo-se às teses de Eric Hobsbawm. Para o historiador inglês, o campesinato tenderia a desaparecer tanto pela modernização capitalista da agricultura quanto pela inviabilidade da existência de um partido agrário. As características peculiares que o conjunto dos camponeses possui no processo de desenvolvimento capitalista, pelo advento da transformação da terra como mercadoria e bem de produção, e pela renda capitalizada da terra, que em síntese cristalizam a contradição capital-trabalho no campo, em última análise criando uma tendência histórica de aprisionamento do campesinato e destruição de sua identidade de classe. Neste sentido, é relevante entender como e com que este conceito é recuperado e resignificado pelo Movimento, para mostrar que a possibilidade contrária foi e tem sido possível, ou seja, que o campesinato brasileiro sobreviveu ao capitalismo, aperfeiçoando formas organizativas, com especificidade própria, fora de uma lógica de lutas políticas contra a exploração, nos moldes assalariados urbanos. Mais uma vez a chave para a compreensão de tal processo é a educação. Seus elementos fundamentais, pelos vínculos que têm com o programa político do MST, o projetam para além dos marcos da luta pela terra, stricto sensu, incorporando anseios por conquistas sociais de caráter universal para o conjunto das classes populares no Brasil, formando neste sentido intelectuais orgânicos com uma leitura de mundo freireana. Esta é a forma da guerra de posição gramsciana travada pelo Movimento na conjuntura brasileira do tempo presente.


  • 2008-03 O cinema na história e a história no cinema: pesquisa e criação em três experiências cinematográficas dos anos 1990.
    Título
    O cinema na história e a história no cinema: pesquisa e criação em três experiências cinematográficas dos anos 1990.
    Autor
    Vitória Azevedo da Fonseca
    Orientador(a)
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Data de Defesa
    2008-03-31
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    227
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Antonio Carlos Amancio da Silva
    Eduardo Victorio Morettin
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Mônica Almeida Kornis
    Paulo Knauss de Mendonça
    Sonia Cristina da Fonseca Machado Lino

    Resumo
    A tese tem como proposta a análise dos procedimentos de pesquisa para elaboração dos filmes O Velho, a história de Luiz Carlos Prestes (Toni Venturi, 1997), O Cineasta da Selva (Aurélio Michiles, 1997) e Baile Perfumado (Paulo Caldas e Lírio Ferreira, 1996) com o objetivo de refletir sobre a produção de representações históricas pela historiografia e pelo cinema. Enfatiza-se a relação entre cinema e história no âmbito do processo de elaboração de uma abordagem histórica na tela. Os procedimentos de pesquisa na elaboração de um filme com temática histórica foram tratados neste trabalho como um elemento constitutivo da prática de representação fílmica. Não foi objeto dessa investigação, nem seus procedimentos, a "verificação" da veracidade das informações ou a "legitimidade" ou "autenticidade" das fontes usadas. O objetivo voltou-se fundamentalmente para a reflexão sobre o complexo processo de elaboração do filme no qual participam visões de história, objetivos, disponibilidade de documentos e uma gama de fatores que podem influenciar em qualquer processo criativo. Cada uma das obras foi tratada de acordo com as especificidades da sua proposta e tipo de produção, para tanto foi utilizada a metodologia de história oral e da análise dos elementos da narrativa fílmica, bem como uma substantiva bibliografia sobre teoria da história.


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