Dissertações e Teses
-
2008-09 Do Cativeiro à Reforma Agrária: Colonato, Direitos e Conflitos (1872 - 1987)TítuloDo Cativeiro à Reforma Agrária: Colonato, Direitos e Conflitos (1872 - 1987)Autor
Marcus Ajuruam de Oliveira DezemoneOrientador(a)
Mario GrynszpanData de Defesa
2008-09-05Nivel
DoutoradoPáginas
239Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroLeonilde Sérvolo MedeirosMárcia Maria Menendes MottaMarieta de Moraes FerreiraMario GrynszpanVanderlei Vazelesk Ribeiro
ResumoO tema desta tese é a trajetória de uma identidade social – a de colono – referenciada num sistema que organiza o trabalho, e que se funda em relações e obrigações de natureza pessoal – o colonato. O objetivo é entender a gênese, alterações e superação daquela identidade através do desenvolvimento de noções de direitos, por meio do estudo dos conflitos que moldaram as relações entre uma família proprietária e a mão-de- obra durante o colonato. A investigação empírica partiu de reflexão anterior e de corpus documental relacionados à antiga fazenda cafeeira Santo Inácio, no município de Trajano de Moraes, região serrana do estado do Rio de Janeiro. O período cronológico contemplado foi longo, da aquisição da fazenda pela família proprietária em 1872 até a desapropriação parcial de 1/3 de sua área original para reforma agrária em 1987. As conclusões não se esgotam na fazenda ou município, mas permitem pensar processos mais amplos no mundo rural brasileiro tais como o reforço do questionamento ao enfraquecimento de proprietários rurais na passagem da escravidão ao trabalho livre; o papel ativo de cativos na conquista de benefícios durante a emancipação; relativizou o afastamento de camponeses dos impactos materiais e simbólicos da Era Vargas; e acompanhou a ação de militantes políticos no campo fluminense na década de 1960 e na exploração das margens do regime autoritário.
-
2008-09 MÚSICA POPULAR E DISPUTA DE HEGEMONIA: A música chilena inspirada nas formas folclóricas e o movimento da Nova Canção Chilena entre 1965-1970.TítuloMÚSICA POPULAR E DISPUTA DE HEGEMONIA: A música chilena inspirada nas formas folclóricas e o movimento da Nova Canção Chilena entre 1965-1970.Autor
Carla de Medeiros SilvaOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2008-09-03Nivel
MestradoPáginas
152Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusNorberto Osvaldo FerrerasTânia da Costa Garcia
ResumoEsta dissertação de mestrado consiste em uma análise do desenvolvimento da música popular chilena de inspiração folclórica desde os anos 1930, focalizando o surgimento do movimento musical da Nova Canção Chilena (NCCh) e seu desenvolvimento entre os anos de 1965 e 1970. Refletimos sobre como o resgate de elementos do folclore latino-americano, realizado pela NCCh, foi orientado pelo objetivo de fortalecer a identidade da classe trabalhadora chilena, procurando fazer da música um instrumento de vínculo entre este grupo social e um projeto político de transformação das estruturas e das relações sociais. Através de alguns temas específicos presentes neste movimento, buscamos compreender como as composições da NCCh relacionaram-se com a conjuntura específica na qual foram escritas, ressaltando ainda a relação entre a formação do movimento e construção de espaços alternativos de produção e difusão dos produtos culturais.
-
2008-09 As Perspectivas de Senhores, Escravos e Libertos em Torno do Pecúlio e das Redes Familiares no Desagregar da Escravidão em BarbacenaTítuloAs Perspectivas de Senhores, Escravos e Libertos em Torno do Pecúlio e das Redes Familiares no Desagregar da Escravidão em BarbacenaAutor
Sheldon Augusto Soares de CarvalhoOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2008-09-02Nivel
MestradoPáginas
348Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Lugão RiosHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMartha Campos Abreu
ResumoEsta dissertação abordará as perspectivas de senhores, escravos e libertos no avançar da crise do regime escravista em torno das relações familiares senhoriais e cativas e dos recursos como pecúlio na segunda metade do século XIX (1871-1888). Serão enfocadas as variadas estratégias as quais escravos com suas famílias lançaram mão, para confrontar o poder moral dos senhores, principalmente após a promulgação da Lei do Ventre Livre no Termo de Barbacena. Por outro lado será considerada uma reflexão sobre os complexos de fazendas e de parentelas das famílias de fazendeiros/negociantes e os laços de dependência com lavradores médios e pequenos e com famílias de libertos dando um sentido especifico no final do XIX à Abolição da escravatura, assim como para a reestruturação das formas de paternalismo vigentes nesta localidade. A pesquisa foi realizada tendo como base de análise às ações de manutenção e ações de liberdade ocorridas em Barbacena, testamentos, inventários, alforrias, livros de compra e venda de escravos, cópias das Atas Eleitorais da Câmara de Barbacena (1877 e 1878), contratos de trabalho realizados entre fazendeiros locais e libertos e os recibos de pagamentos aos ex-cativos das fazendas após a Abolição.
-
2008-08 Recursos naturais e conflito social na Bolívia contemporânea (1970 - 2003)TítuloRecursos naturais e conflito social na Bolívia contemporânea (1970 - 2003)Autor
Carlos Eduardo Marconi de CarvalhoOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2008-08-25Nivel
MestradoPáginas
113Volumes
1Banca de DefesaHector Alberto AlimondaMarcelo Badaró MattosNorberto Osvaldo FerrerasVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoDe forte tradição política sindical, a Bolívia enfrentou, em seu último quarto do séc. XX, um intenso quadro de mudanças institucionais e também nos padrões de organização política contrahegemônica. A COB – Central Obrera Boliviana – que co-governou junto com o MNR após a Revolução de 1952, perde influência a partir da implementação do decreto 21060 de 1985, que flexibiliza direitos trabalhistas. Entretanto, a retomada dos movimentos sociais, a partir de inícios da década de 90, e principalmente com a Guerra da Água (2000), em Cochabamba, e a Guerra do Gás (2003) em várias cidades do país leva em conta a crítica aos sindicatos tradicionais, ao colonialismo e às recentes privatizações. Construiu-se um processo no qual o território e osrecursos naturais são fatores de aglutinação. A análise aqui apresentada levará em conta o contexto mais amplo da América Latina, para então se inserir nos debates sobre as redemocratizações e conseqüentes rumos que seguem os movimentos sociais e suas possibilidades políticas na Bolívia. Enquadra-se ainda a teorização do geógrafo David Harvey no que tange ao conceito de "acumulação por espoliação", e sua pertinência para osestudos da exploração e expropriação de bens comuns e práticas tradicionais.
-
2008-08 ENTRE HISTÓRIAS, FOTOGRAFIAS E OBJETOS: imigração italiana e memórias de mulheresTítuloENTRE HISTÓRIAS, FOTOGRAFIAS E OBJETOS: imigração italiana e memórias de mulheresAutor
Syrléa Marques PereiraOrientador(a)
Angela Maria de Castro GomesData de Defesa
2008-08-15Nivel
DoutoradoPáginas
280Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAngela Maria de Castro GomesKeila GrinbergLená Medeiros de MenezesPaulo Knauss de MendonçaRachel SoihetVerena Alberti
ResumoEste trabalho busca analisar a história da "grande migração italiana" para o Brasil, ocorrida entre 1870 e 1920, a partir da transferência de um grupo de famílias da aldeia de Oneta, localizada na região da Toscana, para o distrito de Nª. Sª. do Amparo, no estado do Rio de Janeiro, e posteriormente na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais. O processo migratório foi reconstruído especialmente por meio da memória de mulheres brasileiras e italianas que exercem a função de guardiãs da memória familiar, privilegiando-se um suporte de memória: as chamadas caixinhas de lembrança. Nelas, fotografias e pequenos objetos pessoais foram por elas colecionados e conservados através do tempo, compondo uma narrativa. Tais relíquias familiares, pelo fato de terem pertencido ou retratarem seus antepassados, apontam a origem peninsular desses imigrantes e conectam a aldeia de Oneta ao Brasil. O argumento central defendido na tese é o de que a identidade italiana entre os descendentes brasileiros é construída no solo do mundo privado/íntimo, para posteriormente se projetar no universo do público. A prática memorial se assenta no trabalho desenvolvido pelas mulheres que, durante encontros familiares, exibem suas caixinhas de lembranças e narram histórias sobre o deslocamento de seus antepassados para o Brasil, atualizando continuamente a memória do grupo familiar e unindo as duas pontas envolvidas no processo migratório.
-
2008-08 OS MONGES DO CONTESTADO. Permanências históricas de longa duração das predições e rituais no imaginário coletivoTítuloOS MONGES DO CONTESTADO. Permanências históricas de longa duração das predições e rituais no imaginário coletivoAutor
Eloy TononOrientador(a)
Gizlene NederData de Defesa
2008-08-15Nivel
DoutoradoPáginas
244Volumes
1Banca de DefesaBeatriz Anselmo OlintoGisálio Cerqueira FilhoGizlene NederIsmênia de Lima MartinsMárcia Maria Menendes MottaPaulo Pinheiro MachadoRivail Carvalho Rolim
ResumoTese de doutorado analisa a constituição, matização e permanência no imaginário social de uma memória dos monges e de uma prática social de rituais, advinda de seus ensinamentos, na região do Movimento do Contestado. A análise trabalha no tempo de longa duração, respectivamente com o surgimento do primeiro monge e a presença de grupos de sujeitos sociais que mantêm e perpetuam os valores da religiosidade popular. Utilizarei como corpus documental um vasto acervo bibliográfico, composto de obras de sociólogos, antropólogos, historiadores, memorialistas, romancista e jornalistas, bem como entrevistas realizadas, segundo a metodologia da história oral. A análise das narrativas elaboradas privilegia uma abordagem focada no cultural, sem desprezar os fatores explicativos circundantes, o político e o econômico.
-
2008-08 AMPLIANDO O ESTADO IMPERIAL: Os engenheiros e a organização da cultura no Brasil Oitocentista, 1874 - 1888TítuloAMPLIANDO O ESTADO IMPERIAL: Os engenheiros e a organização da cultura no Brasil Oitocentista, 1874 - 1888Autor
Pedro Eduardo Mesquita de Monteiro MarinhoOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2008-08-15Nivel
DoutoradoPáginas
387Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraMaria Letícia CorrêaRicardo Henrique SallesSonia Regina de MendonçaThéo Lobarinhas PiñeiroVania Maria Cury
ResumoNa formação social brasileira, ao final do século XIX, a conflituosa correlação de forças que sustentava o bloco no poder passou a demonstrar a perda da capacidade de formulações intelectuais capazes de articular reformas compatíveis com o momento histórico. Avizinhava-se a privação da mão-de-obra escrava e as frações da classe dominante alimentavam o temor quanto à desestruturação do modelo econômico que, há décadas, os favorecia. Desde a década de 1870 daquele século, engenheiros-intelectuais técnico-científicos, formados pela Escola Politécnica, vinculados ao bloco histórico imperial-escravista, foram capacitados para atividades profissionais relacionadas às grandes obras públicas e demais intervenções em benefício da comercialização de produtos primários para a exportação. Em linhas gerais, engenheiros, primeiramente agremiados no Instituto Politécnico Brasileiro e, mais tarde, no Clube de Engenharia, passaram a atuar como técnicos e como dirigentes nas Companhias de Estradas de Ferro, cuja função particular articulava-se, naquele momento, aos interesses das frações do complexo agroexportador de determinadas regiões do país. Neste estudo, procuraremos refletir sobre a organicidade destes engenheiros "diplomados" nas condutas empresariais dessas companhias, dentro das quais os agentes em questão reuniam capitais, atuavam no planejamento e realização dos projetos técnicos, assim como nas concepções ideológicas das construções. Dessa forma, acreditamos ser possível explicar como os projetos ligados às ferrovias que eram concebidos dentro do Clube desdobravam-se de forma a extrapolar a sociedade civil em direção à sociedade política, revelando, assim, parte de um processo de ampliação do Estado brasileiro.
-
2008-08 O Poder na Fronteira: Hegemonia, Conflitos e Cultura no Norte de Mato GrossoTítuloO Poder na Fronteira: Hegemonia, Conflitos e Cultura no Norte de Mato GrossoAutor
Edison Antônio de SouzaOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2008-08-14Nivel
DoutoradoPáginas
256Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesDilma Andrade de PaulaEli de Fátima Napoleão de LimaMárcia Maria Menendes MottaRegina Angela Landim BrunoSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoO Estado brasileiro a partir da década de 1970 fomentou a ocupação do norte mato-grossense, baseado na concessão de incentivos fiscais públicos, principalmente às empresas particulares de colonização, que atraíram milhares de pessoas para aquela região como alternativa aos conflitos sociais que ocorriam no Sul e Sudeste do Brasil. A política que orientou o avanço da fronteira econômica no Estado de Mato Grosso, estruturou-se de forma a permitir a integração desta, ao mercado nacional e as estruturas produtivas de acumulação do capital. O processo de colonização particular ampliou a expropriação e a dominação no norte mato-grossense, com manutenção das relações capitalistas de produção de uma forma acelerada, através da exploração dos recursos naturais e pelo controle social dos trabalhadores. Com o avanço da fronteira agrícola, alguns empresários favorecidos pelos incentivos fiscais públicos, acumularam capital em atividades como o setor madeireiro e agropecuário, passando a dirigir politicamente o norte de Mato Grosso. Através desta Tese sustentamos a argumentação de que, os mecanismos que regem as relações de poder naquela região de fronteira, foram construídos no inter-relacionamento entre agências e agentes a partir de uma rede de relações e alianças com as elites regionais, sistemas de trocas e reciprocidades, utilizando-se do poder simbólico enquanto estratégia de controle e dominação social. A classe dominante regional construiu uma hegemonia articulada em torno de valores, práticas e ideologia da classe ou fração de classe, que organizam-se através dos intelectuais orgânicos, formas de consenso entre outras frações, divulgando o mito do progresso, da civilização, da agricultura moderna e desenvolvida, ‘naturalizando’ os conflitos sociais e a luta pela terra no Estado. Estudamos a questão da fronteira norte mato-grossense no eixo da Rodovia Federal (BR-163) com destaque para Sinop, principal cidade daquela região. Refletimos sobre as questões políticas, sociais as mudanças econômicas. Mapeamos essas relações no âmbito da sociedade civil e da sociedade política, destacando o papel das Agências e Agentes sociais, analisadas pela perspectiva da História Social.
-
2008-08 Valongo: O Mercado de Escravos do Rio de Janeiro, 1758-1831TítuloValongo: O Mercado de Escravos do Rio de Janeiro, 1758-1831Autor
Cláudio de Paula HonoratoOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2008-08-12Nivel
MestradoPáginas
166Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMariza de Carvalho SoaresMauricio de Almeida Abreu
ResumoO presente trabalho tem por objetivo analisar o mercado de escravos do Valongo, no período de 1758 a 1831, destacando como a ação sanitarista do Senado da Câmara, assessorado pelos profissionais de medicina da cidade, resultou num acordo para transferência do mercado de escravos da rua Direta, centro da cidade para rua do Valongo, subúrbio da mesma, sob a alegação de preservar o espaço urbano do contágio das doenças e epidemias. Busca-se entender tal ação como forma de controle sanitário que visava a reorganização do espaço urbano como uma política de controle social, que se intensifica no período dos vice-reis, e após a instalação da Corte passa a fazer parte do projeto de "civilização nacional". Busca-se entender ainda como se dava o tratamento/ recuperação da saúde dos escravos novos no lazareto sob a fiscalização da Provedoria-Mor da Saúde, o sistema de vacinação contra a varíola e o seu controle realizado pela Junta Vacinica e como se dava a relação entre os negociantes de escravos novos e tais órgãos do Estado.
-
2008-08 Ordem e e Justiça Social: A Igreja Católica e o Projeto de Reforma Agrária do Governo João Goulart (1961-64)TítuloOrdem e e Justiça Social: A Igreja Católica e o Projeto de Reforma Agrária do Governo João Goulart (1961-64)Autor
Guido Coelho de Magalhães BastosOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2008-08-11Nivel
MestradoPáginas
129Volumes
1Banca de DefesaDenise Rollemberg CruzJessie Jane Vieira de SousaJorge Luiz FerreiraMarcelo da Silva Timotheo da Costa
ResumoA questão social que emergia das contradições inerentes ao capitalismo, marcada pelo aprofundamento das desigualdades entre as classes sociais, tornou-se objeto de atenção e análise por parte da Santa Sé, a partir de Leão XIII (1878-1903). Com os avanços do comunismo e dos conflitos sociais capitalistas, a Igreja Católica no Brasil dos anos 1950 e 1960 começava a se aproximar dos pobres em busca da justiça social, movimento advindo da sua "ala progressista", encontrando abertura em pleno processo de articulação do Concílio do Vaticano II (1962-65). No intuito de contribuir para a melhor compreensão do papel da Igreja (não homogênea, permeada por diversas tendências) neste cenário, essa dissertação analisará as trajetórias e os discursos de dois periódicos católicos, o "Brasil, Urgente" (BU, 1963-64) e a "Revista Eclesiástica Brasileira" (REB, 1961-64), destacando suas aproximações e distanciamentos, principalmente no tocante à Reforma Agrária, em pleno processo de radicalizações política e social entre esquerda e direita, durante o Governo João Goulart (1961-64). A fim de enriquecer ainda mais este estudo, serão pontuadas informações oriundas de uma entrevista concedida ao seu autor pelo Frei Carlos Josaphat, fundador e ex-diretor do "Brasil, Urgente". Como o BU e a REB receberam os apontamentos das encíclicas de João XXIII (1958-63)? Como o BU e a REB se posicionaram frente ao governo Goulart e ao seu projeto de Reforma Agrária? Quais eram as propostas de Reforma Agrária defendidas pelo BU e pela REB? Essas questões e algumas outras serão aqui tratadas.
-
2008-05 Pelos Pobres! A campanha pela construção de habitações populares e o discurso sobre as favelas na Primeira RepúblicaTítuloPelos Pobres! A campanha pela construção de habitações populares e o discurso sobre as favelas na Primeira RepúblicaAutor
Rômulo Costa MattosOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2008-05-30Nivel
DoutoradoPáginas
275Volumes
1Banca de DefesaGladys Sabina RibeiroHumberto Fernandes MachadoMagali Gouveia EngelMarcelo Badaró MattosMargarida de Souza NevesMartha Campos AbreuSidney Chalhoub
ResumoEsta pesquisa tem como tema a construção social da habitação popular durante a Primeira República, período em que ocorreu o processo de recrudescimento da crise de moradias na cidade do Rio de Janeiro. A campanha pela construção de habitações populares na grande imprensa, entre 1905 e 1921, constitui o objeto específico deste trabalho. Trata-se de analisar as propostas que visavam à superação do déficit de casas populares, prestando atenção também ao desenvolvimento do discurso sobre as favelas, em um contexto marcado pela tentativa de imposição de uma ordem social capitalista e de consolidação da República no Brasil.
-
2008-05 Os "Filhos da Terra": Discurso e Resistência nas Relações Coloniais no Sul de Moçambique (1890 - 1930)TítuloOs "Filhos da Terra": Discurso e Resistência nas Relações Coloniais no Sul de Moçambique (1890 - 1930)Autor
Fernanda do Nascimento ThomazOrientador(a)
Marcelo Bittencourt Ivair PintoData de Defesa
2008-05-28Nivel
MestradoPáginas
202Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusMarcelo Bittencourt Ivair PintoMariza de Carvalho SoaresSilvio de Almeida Carvalho Filho
ResumoA dissertação aborda o período de consolidação do colonialismo português no sul de Moçambique, seguindo até o princípio da instalação do Estado Novo
-
2008-05 "A diakrisis dos mais sábios: Associação comunitária e dissidência política na filosofia grega (séc. IV aC.)"Título"A diakrisis dos mais sábios: Associação comunitária e dissidência política na filosofia grega (séc. IV aC.)"Autor
Alexandre de Paiva Rio CamargoOrientador(a)
Marcelo Aparecido RedeData de Defesa
2008-05-21Nivel
MestradoPáginas
188Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaCiro Flamarion Santana CardosoMarcelo Aparecido RedeMarcos José de Araújo CaldasMarta Mega de Andrade
ResumoEste trabalho tem por objetivo investigar a construção da posição social do filósofo na polis ateniense do período clássico tardio. A análise parte da relação entre a diferenciação estrutural da função do intelectual e o alargamento do campo discursivo da dissidência política, no contexto de arrefecimento das instituições reguladoras da democracia e de ampliação do papel político desempenhado pelas elites. Neste cenário, procura interpretar o surgimento das escolas de filosofia (Academia e Liceu) como espaços de sociabilidade e práticas associativas entre discípulos e filósofos. Neste sentido, propõe a leitura dos textos de Platão e Aristóteles no duplo âmbito da performance voltada para a justificação interna da atividade filosófica e o da contribuição programática para a restrição da soberania do demos ateniense. Formula a hipótese central de que o fim do século IV a.C. assiste à consolidação da posição social do filósofo. Pretende comprová-la explorando a filosofia como plano discursivo estratégico para a subversão da normatividade democrática, formalizada na estabilidade de sua linguagem e na maleabilidade de suas categorias. O método recorre à comparação com as obras de Xenofonte, discípulo socrático que se exilara de Atenas antes da fundação da Academia, para apreender a formalização do discurso centrado nas escolas de filosofia, seu lugar de poder na cidade. Utiliza-se a sociologia do poder de Max Weber para estudar a fabricação da liderança de Platão e a estabilização da associação comunitária, bem como para investigar as afinidades eletivas entre a ampliação do papel do filósofo na pedagogia ateniense e as apropriações políticas de sua produção, ao tempo da hegemonia macedônica e da queda da democracia.
-
2008-05 Famílias escravas no Recôncavo da Guanabara: séculos XVII e XVIII.TítuloFamílias escravas no Recôncavo da Guanabara: séculos XVII e XVIII.Autor
Denise Vieira DemetrioOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2008-05-19Nivel
MestradoPáginas
179Volumes
1Banca de DefesaMaria Fernanda Baptista BicalhoMariza de Carvalho SoaresPaulo Knauss de MendonçaRoberto Guedes Ferreira
ResumoA dissertação trata da temática das relações familiares constituídas por escravos entre o final do século XVII e o começo do século XVIII no Recôncavo da Guanabara. O trabalho se baseia em fontes produzidas em duas freguesias (Santo Antônio de Jacutinga e Irajá) e também duas propriedades rurais jesuítas (Engenho Velho e São Cristóvão). O objetivo é analisar comparativamente a formação de famílias escravas no interior das duas propriedades eclesiásticas (fazendo uso de assentos de batizados) com as famílias escravas encontradas emáreas de produtores individuais para problematizar a constituição dessas famílias. O trabalho visa aprofundar essas relações enfatizando a constituição de redes de compadrio entre as elites locais e a população escrava. Estas redes mostram a ocorrência de interesses horizontais (entre elites e entre escravos) e verticais (entre senhores e escravos) interesses estes pautados pela lógica do Antigo Regime. Através do corpus documental analisado ficou patente que para além do rito católico, pelo apadrinhamento de seus escravos essas elites reforçavam e ampliavam suas alianças políticas e sociais no interior da própria elite.
-
2008-05 O Negócio do Século: O Acordo de Cooperação Nuclear Brasil - AlemanhaTítuloO Negócio do Século: O Acordo de Cooperação Nuclear Brasil - AlemanhaAutor
Rafael Vaz da Motta BrandãoOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2008-05-09Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoElisa Maria de Oliveira MullerFernando Antonio FariaHiran RoedelThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEsta pesquisa tem como objetivo realizar um estudo acerca da política brasileira desenvolvida pelo governo Ernesto Geisel para a América do Sul, discutindo suas orientações pragmáticas e estratégicas, ao mesmo tempo em que se propõe a estudar o processo de integração econômica do Brasil com os países do continente.
-
2008-05 Ação, Tradição e Organização: A Evolução do Conceito de Partido do PCB ao PCBR, ALN e PC do B. (1962-1979)TítuloAção, Tradição e Organização: A Evolução do Conceito de Partido do PCB ao PCBR, ALN e PC do B. (1962-1979)Autor
Fabiano Godinho FariaOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2008-05-09Nivel
MestradoPáginas
326Volumes
1Banca de DefesaEdson Teixeira da Silva Jr.Gelsom Rozentino de AlmeidaMarcelo Badaró MattosVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoO presente trabalho analisa o processo de dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB) no período compreendido entre 1962 e 1968, bem como o processo de formação das principais organizações surgidas a partir de suas disputas internas: o Partido Comunista do Brasil (PC do B), a Ação Libertadora Nacional (ALN) e o Partido Comunista Brasileiro Revolucionario (PCBR). Inicialmente, é desenvolvido o conceito de organização partidária com base no referencial teórico de Lênin e Gramsci. Em seguida, o stalinismo e a inter-relação deste com a Linha da III Internacional ou Komintern com o PCB. O processo de ruptura das mencionadas organizações, é analisado a partir da evolução da linha política e organizativa dentro do PCB, especialmente a discussão sobre a leglização do partido e a adoção da linha do "caminho pac´fico" para o socialismo. Além destes pontos, também é levado em conta, o impacto entre os militantes comunistas das revoluções Cu ana e chinesa, as implicações destas sobre as novas formas de organização propostas e as ações concretas dos Esados Chinês e Cubano em exercer influência política internacional sobre o movimento comunista. Ao final, conclui-se que as três organizações dissidentes, reproduzem de maneira diferente a práxis política formada dentro do PCB, de modo que nõ basta constatr a heranç percebista sobre estas, mas sobretudo, o que em cada caso, era tido como mais importante.
-
2008-05 "Interesses seguros": Companhias de seguro e a provedoria dos seguros do Rio de Janeiro (1810-1831)Título"Interesses seguros": Companhias de seguro e a provedoria dos seguros do Rio de Janeiro (1810-1831)Autor
Saulo Santiago BohrerOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2008-05-07Nivel
MestradoPáginas
149Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroIlmar Rohloff de MattosMônica de Souza Nunes MartinsThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoA tranferência da Corte, em 1808, para o Rio de Janeiro proporcionou a cidade uma série de importantes mudanças, dentre elas, houve a criação de série de instituições públicas que compunham o Estado Joanino no Brasil. A criação da Procuradoria de Seguros do Rio de Janeiro junto a real junta de com´wercio, agricultura, fábricas e navegação cumpria o objetivo de se organizar os negócios do reino no momento turbulento. Os negociantes do Rio se aproveitaram da situação para que pudessem ampliar seus empreendimentos. Assim, surgiram as principais Cias de Seguros do RJ. Ligados ao comércio de abastecimento da corte. Os negreiros por necessitarem de uma boa estrutura de crédito e cobertura da travessia do oceâno, estavam interessados em controlar as seguradoras, mantendo os riscos distantes de seus outros negócios. O controle da provedoria, portanto, seguia na estratégia dos homens de negócios de manter o controle das diversas faces dos negócios e, ao mesmo tempo, demonstra a forma pela qual estes atuavam na organização do Estado no Brasil.
-
2008-04 A COMPANHIA DE SEGUROS INDEMNIDADE: História de Empresas no Brasil Joanino (1808 - 1822)TítuloA COMPANHIA DE SEGUROS INDEMNIDADE: História de Empresas no Brasil Joanino (1808 - 1822)Autor
Leandro de Oliveira MeglioriniOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2008-04-29Nivel
MestradoPáginas
163Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesCezar Teixeira HonoratoGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraOswaldo Munteal Filho
ResumoO presente trabalho tem por finalidade mostrar os resultados da pesquisa desenvolvida na temática dos seguros. Trata-se de uma análise na perspectiva de História de Empresas, neste caso, de companhias de seguros, em especial a denominada Indemnidade, surgida(s) no Brasil, no início do século XIX. Desde a década de 1970 a historiografia brasileira tem mostrado interesse no assunto dos negócios de grosso trato, no entanto, a especificidade dos seguros parece possuir exigências que não podem apreendidas através da generalização de tais negócios. A transferência da corte e a conseqüente edificação do Estado nos trópicos lograram possibilidades de atuação dos negociantes, antes proibido no espaço colonial, que modificaram a realidade social, política e econômica acelerando o processo de enraizamento dos interesses português no centro-sul do Brasil. Se, num primeiro momento, a Abertura dos Portos constituiu-se num marco inicial da reestruturação do Estado e também do comércio, outras providências logo foram tomadas, particularmente, aquelas que hoje podem ser arroladas no campo econômico. A escassez de metais amoedados, a presença inglesa, a autorização para a instalação de manufaturas, a criação do Banco do Brasil, a amplificação do comércio/navegação de cabotagem, a presença marcante dos negociantes de grosso trato nos quadros administrativos e os riscos cada vez maiores para o fim do tráfico negreiro, fizeram prosperar um recente ramo nas atividades mercantis no Brasil, os seguros. A opção pela Companhia de Seguros Indemnidade se mostra como uma chave de leitura sobre o processo de interiorização dos interesses portugueses no centro-sul, não apenas para reestruturar o Império Luso-Brasileiro, mas também para os acontecimentos que daí se desenvolveram.
-
2008-04 Ideologias e Práticas dos Tribunais Criminais do Distrito Federal no Tratamento de "Menores" (1890 - 1912)TítuloIdeologias e Práticas dos Tribunais Criminais do Distrito Federal no Tratamento de "Menores" (1890 - 1912)Autor
Bárbara Lisboa PintoOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2008-04-28Nivel
DoutoradoPáginas
247Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesEdson Alvisi NevesGladys Sabina RibeiroJosé Aurivaldo Sacchetta Ramos MendesKeila GrinbergRoberto Kant de LimaThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoO presente estudo aborda as diversas práticas e ideologias sobre o "menor" no campo do Direito Penal e dos Tribunais Criminais do Distrito Federal no final do século XIX e início do século XX. As reflexões se desenvolvem a partir da década de 1890, no início do período Republicano. Neste momento, novas concepções sobre o Direito se estabeleceram no Brasil, dando uma nova dimensão às noções de crime e criminoso. A recepção de algumas idéias do Positivismo incrementou os debates, possibilitando a discussão de novos temas no terreno do Direito. O contexto do pósabolição, da inserção no trabalho livre, da pobreza e das questões étnico-raciais é considerado na conjuntura da temática do "menor". Ao longo da pesquisa, buscou-se mapear as várias visões que se construíram sobre o "menor", assim como as posições da sociedade quando este estava na condição de réu. Para tal abordagem foram utilizadas algumas obras de doutrina do Direito Penal e Processual Penal, assim como a legislação. Portanto, o propósito da pesquisa é fazer uma discussão sobre o "menor" pela ótica da doutrina do Direito e da prática burocrática dos Tribunais, onde se explicitavam os conflitos da sociedade. Para essa análise foram também utilizados os processos criminais da década de 1890 da Comarca do I Tribunal do Júri, no Rio de Janeiro.
-
2008-04 Klabin: Os empresários, a empresa e as estratégias de construção da hegemonia (1930-1951)TítuloKlabin: Os empresários, a empresa e as estratégias de construção da hegemonia (1930-1951)Autor
Maurício Gonçalves MargalhoOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2008-04-18Nivel
MestradoPáginas
Volumes
1Banca de DefesaAdriana Patricia RoncoCezar Teixeira HonoratoGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraSydenham Loureço Neto
ResumoEste trabalho de história social de empresas partiu de um estudo de caso sobre o grupo empresarial Klabin, particularmente no que se relaciona ao investimento nas Indústrias Klabin do Paraná de Celulose S/A. Com efeito, embora tenhamos abordado a sociogênese das empresas Klabin durante o final do século XIX e as duasprimeiras décadas do século passado, o núcleo de nossa pesquisa aborda principalmente a conjuntura de 1930/1951.Levando em conta que as relações sociais são relações políticas e que, portanto, se relacionam com a luta entre frações de classe dominante pela hegemonia no aparelho de Estado, o nosso estudo tem como escopo analisar os empresários Wolff Klabin e Horácio Lafer. Não como empreendedores e visionários, mas, sobretudo,através da dimensão política que envolveu suas relações sociais no processo de luta de classes.Assim fizemos, porque compreendemos que a idéia do burguês empreendedor é, por si só, um mito que precisa ser desmontado. Partindo dessa convicção, fizemos o caminho inverso, e lastreamos nosso eixo analítico na interrelação entre empresários, economia e política. Através da leitura de Atas de Reuniões, Anais, Boletins, Correspondências, Mensagens do Executivo, Pareceres, Periódicos, Relatórios Ministeriais, Relatórios daFederação Industrial do Rio de Janeiro e da Evolução Administrativa da Klabin esta dissertação se propõe a compreender a história social das empresas Klabin através das práticas políticas das lideranças supracitadas no complexo institucional sociedade civil / sociedade política.
-
2008-04 A Conversão das Almas do Oriente. Franciscanos, Poder e Catolicismo em Goa: século XVI e XVII.TítuloA Conversão das Almas do Oriente. Franciscanos, Poder e Catolicismo em Goa: século XVI e XVII.Autor
Patrícia Souza de FariaOrientador(a)
Ronald José RaminelliData de Defesa
2008-04-17Nivel
DoutoradoPáginas
295Volumes
1Banca de DefesaBruno Guilherme FeitlerCélia Cristina da Silva TavaresDaniela Buono CalainhoFrancisco José Silva GomesJohn Manuel MonteiroRonald José RaminelliRonaldo Vainfas
ResumoEstudo do processo de conversão dos indianos de Goa ao catolicismo nos séculos XVI e XVII, especialmente a partir da atuação da Ordem de São Francisco, considerando o contexto da reforma franciscana da Observância. O objetivo é identificar as estratégias utilizadas pelos franciscanos no processo de conversão dos moradores de Goa e como as crenças e as castas indianas foram percebidas pelos missionários católicos. Reflete-se sobre as dificuldades de promoção social enfrentadas pelos clérigos nativos, nascidos na Índia de pais portugueses ou oriundos da casta brâmane ou da chardó. Destaca-se a rivalidade entre os cristãos nascidos no reino de Portugal, os nascidos na Índia e as disputas entre membros de castas diferentes. A produção textual dos cristãos nascidos na Índia será analisada. O conceito de "disciplinamento social" (Elias, Weber, Foucault, Palomo, Prosperi) foi adotado para analisar o processo de conversão dos indianos ao catolicismo, o papel dos concílios, do Tribunal do Santo Ofício de Goa e da rede episcopal e paroquial.
-
2008-04 Partido dos Trabalhadores: da ruptura com a lógica da diferença à sustentação da OrdemTítuloPartido dos Trabalhadores: da ruptura com a lógica da diferença à sustentação da OrdemAutor
Cyro GarciaOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2008-04-14Nivel
DoutoradoPáginas
197Volumes
1Banca de DefesaEurelino Teixeira Coelho NetoMarcelo Badaró MattosRicardo Luiz Coltro AntunesSara Aparecida GranemannTeones Pimenta de FrançaValerio ArcaryVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEste trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa sobre as transformações ocorridas no Partido dos Trabalhadores ao longo da década de 90. Estas transformações são conseqüências do processo de burocratização que atinge o partido, e que tem sua origem nos êxitos eleitorais, levando-o a uma integração cada vez maior ao aparelho do estado burguês. Este processo se agrava quando os sindicalistas petistas passam a integrar órgãos de gestão do capital financeiro, notadamente os fundos de pensão, que tiveram um destacado papel na implementação da política de privatizações do Governo Fernando Henrique Cardoso. O objetivo central deste trabalho é ajudar a explicar como estas transformações advindas do processo de burocratização acarretam uma grande alteração no ideário teórico-programático e na própria práxis do partido, passando-o de um partido de confronto com a ordem neoliberal para um partido de sustentação desta mesma ordem. Analisa-se a mudança na relação do PT com os movimentos sociais, focando-se o papel desempenhado pela Central Única dos Trabalhadores – CUT, que em seus primórdios era um importante instrumento de luta dos trabalhadores e hoje se tornou uma correia de transmissão dos interesses do Governo Lula. A hipótese central é que a burocratização afastou o partido de suas bases originais e transformou-o num partido de sustentação da ordem neoliberal.
-
2008-04 Palavras no Chão: Murmurações e Vozes em Minas Gerais no século XVIIITítuloPalavras no Chão: Murmurações e Vozes em Minas Gerais no século XVIIIAutor
Tarcísio de Souza GasparOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2008-04-10Nivel
MestradoPáginas
452Volumes
1Banca de DefesaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLaura de Mello E SouzaLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMaria Beatriz Nizza da SilvaSérgio Chahon
ResumoEste trabalho investiga as murmurações e as vozes orais veiculadas nos variados conflitos políticos e sociais que pontuaram a história da capitania de Minas Gerais durante o século XVIII. Foram analisados, em especial, os rumores difundidos na Guerra dos Emboabas, nos Motins de Caeté e da Barra do Rio das Velhas, na Revoltade Vila Rica, nos Furores Sertanejos, nas inconfidências do período pombalino e, por fim, na Inconfidência Mineira de 1789.
-
2008-04 O Rio de Janeiro e o Morro do Castelo: populares, estratégias de vida e hierarquias sociais (1904-1922)TítuloO Rio de Janeiro e o Morro do Castelo: populares, estratégias de vida e hierarquias sociais (1904-1922)Autor
Cláudia Míriam Quelhas PaixãoOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2008-04-07Nivel
MestradoPáginas
120Volumes
1Banca de DefesaBeatriz KushnirJorge Luiz FerreiraMarcos Luiz BretasMartha Campos Abreu
ResumoConsiderando a discussão e a disputa em torno da proposta de desmonte do morro do Castelo na cidade do Rio de Janeiro durante as três primeiras décadas do século XX, e a tentativa por parte das elites em deslocar as camadas populares de determinados espaços urbanos em busca de um ideal próprio de modernidade, este trabalho analisa as visões elaboradas sobre o morro e seus moradores e o cotidiano da população do morro do Castelo durante o processo de arrasamento do morro, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro entre os anos de 1904 e 1922, discutindo acerca das relações e disputas sociais que se refletem nas questões urbanas. Os discursos produzidos por engenheiros, políticos e empreiteiros envolvidos nessas obras, os chamados "produtores do espaço", sobressaíram ao discurso dos castelenses, por terem aqueles maiores facilidades de expressar, e mais, de perpetuar suas idéias. No entanto entendo que diferentes subjetividades sociais formam o fenômeno urbano – por ser ele dinâmico e moderno – e sendo a cidade uma construção do homem, reflete idéias e disputas, fazendo do espaço urbano também uma representação das disputas sociais. Dessa maneira analisei as ações e estratégias dos castelenses, entendo-os como um grupo social, cujos laços de identidade foram tecidos por experiências cotidianas, traçadas no espaço de moradia e na luta diária pela sobrevivência. Para tal analisei fontes de variadas procedências, como textos literários; um álbum fotográfico sobre o morro do Castelo e seu desmonte, elaborado pelo fotógrafo oficial da prefeitura, Augusto Malta; as ocorrências policiais da 5ª Delegacia, que abrangia o morro; e os depoimentos orais de dois engenheiros que trabalharam nas obras do desmonte e dois ex-moradores do morro.
-
2008-04 Para Além das Fronteiras Nacionais: um estudo comparado entre os Institutos de Cinema Educativo do Estado Novo e do Facismo (1925-1945)TítuloPara Além das Fronteiras Nacionais: um estudo comparado entre os Institutos de Cinema Educativo do Estado Novo e do Facismo (1925-1945)Autor
Cristina Souza da RosaOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2008-04-07Nivel
DoutoradoPáginas
419Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAngela Maria de Castro GomesDenise Rollemberg CruzMônica Almeida KornisPaulo Knauss de MendonçaSheila SchvarzmanSonia Cristina da Fonseca Machado Lino
ResumoEsta tese tem por objetivo analisar como os Institutos de cinema, respectivamente estabelecidos na Itália e no Brasil, Instituto Nacional LUCE e Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE) colaboraram com a formação do novo homem do Fascismo e do Estado Novo através de imagens cinematográficas. Mussolini chegou ao poder em 1922, por meio da "Marcha sobre Roma" e, a partir deste momento, iniciou a construção de um governo nacionalista, onde as necessidades da nação deviam estar acima das individuais. Para transformar a sociedade foi preciso ainda construir um novo cidadão nacional, chamado de novo homem, cujo modo de se comportar e atuar no espaço social levaria em conta a coletividade. Em 1937, Getúlio Vargas instaurou o Estado Novo, um governo autoritário com princípios nacionalistas. Também Vargas iniciou um processo de transformação social e econômica, em que as questões coletivas se sobrepunham aos interesses dos indivíduos. Para ocupar o lugar do "velho homem" brasileiro, o Estado Novo desejava um novo cidadão, um novo homem, que fosse coletivo, disciplinado e trabalhador. Para contribuir no processo de formação do novo homem fascista e estadonovista, foram criados os institutos de cinema com a missão de vincular, através das imagens, os valores nacionais eleitos pelos dois governos. Compreender como os filmes educativos do INCE e do LUCE divulgaram estes valores, com o objetivo de educar os jovens segundo os ideais nacionalistas, é a questão principal desta tese.