Dissertações e Teses
  • 2011-08 Modelando a cavalaria: Uma análise da demana do Santo Graal (século XIII)
    Título
    Modelando a cavalaria: Uma análise da demana do Santo Graal (século XIII)
    Autor
    Neila Matias de Souza
    Orientador(a)
    Mário Jorge da Motta Bastos
    Data de Defesa
    2011-08-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    201
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Maria de Souza Zierer
    Maria do Amparo Tavares Maleval
    Mário Jorge da Motta Bastos
    Renata Rodrigues Vereza
    Vânia Leite Fróes

    Resumo
    A pesquisa que desenvolvemos no decurso do mestrado aborda a cavalaria, no Ocidente Medieval do século XIII, enquanto instituição militar que foi ganhando no decurso de seu processo de formação contornos crescentemente religiosos. Percebemos que isso foi parte de uma ação da Igreja na tentativa de controlar uma nobreza que se apresentava cada vez mais violenta e sedenta de riquezas; com esse objetivo várias assembléias que culminaram com as instituições da Tregua Dei e Pax Dei foram realizadas com o claro intuito de limitar os excessos da nobreza guerreira. Essa questão está presente nas fontes com as quais trabalhamos, A Demanda do Santo Graal e O Livro da Ordem de Cavalaria, que divulgam valores cristãos a serem seguidos principalmente pelos cavaleiros tão envoltos no pecado. Para isso há vários exemplos sobre o comportamento desses guerreiros, que identificamos e caracterizamos como modelares, seja como um bom exemplo a ser seguido ou um mal a ser evitado. São os modelos extremos, o "bom" e o "mau", que trataremos aqui, entendendo-os como uma procura da Igreja em domesticar a cavalaria, enquadrá-la nos limites cristãos, imputando àquela instituição uma moral religiosa.


  • 2011-08 A JOVEM GUARDA E A INDÚSTRIA CULTURAL: análise da relação entre o movimento Jovem Guarda, a indústria cultural e a recepção de seu público
    Título
    A JOVEM GUARDA E A INDÚSTRIA CULTURAL: análise da relação entre o movimento Jovem Guarda, a indústria cultural e a recepção de seu público
    Autor
    Adriana Mattos de Oliveira
    Orientador(a)
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Data de Defesa
    2011-08-26
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    111
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Ana Lucia Silva Enne
    Laura Antunes Maciel
    Samuel Mello Araujo Junior
    Victor Hugo Adler Pereira

    Resumo
    Este trabalho tem por objeto de estudo o Programa Jovem Guarda, que foi exibido pela Rede Record de 1965 a 1968 e teve como apresentadores Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, bem como o movimento que é anterior ao próprio programa e que foi por ele denominado. Nosso objetivo geral consiste em, a partir da análise de alguns pontos referentes ao Movimento Jovem Guarda, buscar o entendimento das estratégias utilizadas pela indústria cultural na criação de seus produtos, bem como as diferentes recepções efetuadas por seu público consumidor. Para isso, recorremos ao conceito cunhado por Theodor Adorno e Max Horkheimer em 1947 de indústria cultural, bem como às formulações de Raymond Williams acerca do materialismo cultural e de Jesús Martin-Barbero sobre as mediações existentes entre a produção da indústria cultural e sua recepção. Para isso, analisamos a música não como obra de gênios criadores, mas como um produto inserido na cadeia produtiva do sistema capitalista de produção, analisamos a chegada do rock and roll ao Brasil e sua apropriação local e partimos para um de seus desdobramentos, o movimento Jovem Guarda. Tendo como ponto de partida o movimento Jovem Guarda, analisamos alguns "produtos" a ele associados - o programa Jovem Guarda, o LP e o filme Roberto Carlos em Ritmo de Aventura -, até chegarmos ao seu público e análise das relações entre a indústria cultural e a recepção que o público realiza de seus produtos


  • 2011-08 Capital e Trabalho no Sindicalismo Rural Brasileiro: uma análise sobre a CNA e sobre a CONTAG (1964-1985)
    Título
    Capital e Trabalho no Sindicalismo Rural Brasileiro: uma análise sobre a CNA e sobre a CONTAG (1964-1985)
    Autor
    Carolina Torres Alves de Almeida Ramos
    Orientador(a)
    Sonia Regina de Mendonça
    Data de Defesa
    2011-08-25
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    266
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Marcelo Badaró Mattos
    Maria Letícia Corrêa
    Regina Angela Landim Bruno
    Sonia Regina de Mendonça
    Vanderlei Vazelesk Ribeiro
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    A tese pretende analisar a atuação, entre os anos de 1964 e 1985, da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (CONTAG) e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), sindicatos oficiais e de âmbito nacional dos, respectivamente, trabalhadores e proprietários rurais. Estas agremiações são regidas pela legislação sindical corporativista e estão subordinadas ao Ministério do Trabalho. Intenta-se averiguar a articulação das Confederações com setores da sociedade civil e da sociedade política, apontando para suas formas específicas de representação. Serão estudadas suas principais campanhas, a base econômica e trajetória política e profissional de seus dirigentes, bem como as similitudes e embates observados entre ambas.O posicionamento da CONTAG e da CNA frente às políticas públicas voltadas para a reforma agrária no período abarcado pela pesquisa consiste em um dos principais objetos de investigação da tese. Por fim, pretende-se analisar a crise de representação das Confederações no contexto da "abertura política", identificando a redefinição de suas estratégias de atuação


  • 2011-08 Teatro Amador: A cena carioca muito além dos arrabaldes
    Título
    Teatro Amador: A cena carioca muito além dos arrabaldes
    Autor
    Luciana Penna Franca
    Orientador(a)
    Laura Antunes Maciel
    Data de Defesa
    2011-08-17
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    118
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Laura Antunes Maciel
    Leonardo Affonso de Miranda Pereira
    Magali Gouveia Engel
    Maria do Rosario da Cunha Peixoto
    Martha Campos Abreu

    Resumo
    Esta dissertação analisa experiências de teatro amador na cidade do Rio de Janeiro entre o final do século XIX e as duas primeiras décadas do XX. Parte fundamental do cotidiano carioca no período, o teatro era exercitado por diferentes grupos sociais em bairros e espaços cênicos variados e assumiu múltiplos significados e formas. O "teatrinho", como tantos se referiam ao teatro amador, ocupava, na verdade, espaço significativo na cidade, não apenas nos arrabaldes, mas também no centro e áreas nobres concorrendo e disputando platéias com as variadas formas de teatro comercial. Analisando os inúmeros jornais e revistas dedicados ao teatro, assim como os estatutos de grupos amadores e os pedidos de licença que encaminhavam à polícia foi possível mapear intenções e objetivos diversos articulados ao teatro produzido por amadores, reconhecer os locais de atuação e encenação em diferentes bairros do Rio de Janeiro e, também, alguns dos temas encenados. A organização e manutenção de um número expressivo de sociedades dramáticas, clubes e outras associações dedicadas ao teatro, criados e mantidos por imigrantes, operários, senhoras e senhores ‘da boa sociedade’ aponta para a popularização dessa prática e indica que o teatro constituiu um espaço importantíssimo de atuação e expressão social para diferentes grupos sociais na cidade. Para eles, as encenações teatrais podiam constituir uma identidade de grupo, expressar e canalizar tensões sociais bem maisamplas do que o bairro onde atuavam, servir como diversão ou lazer ou, ainda, doutrinar e formar a consciência social e política. Ao pesquisar o envolvimento e atuação de grupos diversos com o teatro minha intenção foi refletir sobre o papel dos amadores, não apenas no palco, mas na própria transformação geográfica, social e política da capital federal naquele período histórico.


  • 2011-07 Nas margens: Experiência de suburbanos com periodismo no Rio de Janeiro (1880-1920)
    Título
    Nas margens: Experiência de suburbanos com periodismo no Rio de Janeiro (1880-1920)
    Autor
    Leandro Climaco Almeida de Melo Mendonça
    Orientador(a)
    Laura Antunes Maciel
    Data de Defesa
    2011-07-18
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    149
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Heloisa de Faria Cruz
    Laura Antunes Maciel
    Marialva Carlos Barbosa
    Norberto Osvaldo Ferreras

    Resumo
    Esta é uma pesquisa dedicada em compreender o processo de constituição e desenvolvimento do periodismo suburbano existente na cidade do Rio de Janeiro entre as décadas de 1880 e 1920. Através da análise de inúmeros materiais, especialmente das dezenas de periódicos produzidos nos subúrbios, busca-se entender as motivações que levaram homens e mulheres a investirem na publicação de jornais, revistas e almanaques naquele momento histórico. O estudo dessas experiências no passado nos permite apresentar múltiplas experiências motivadas por projetos distintos. Ao apresentarmos o conjunto do periodismo suburbano na cidade, essa dissertação tem a intenção de trazer os desafios concretos enfrentados por todos aqueles que estiveram envolvidos na produção desses órgãos de imprensa. A fragilidade do financiamento, a concorrência com os periódicos mantidos por grandes empresas, a necessidade de angariar apoio entre os suburbanos, a construção de uma rede de representantes nos subúrbios – são exemplos que demonstram as dificuldades em se lançar e manter um periódico nos bairros suburbanos. Em um período marcado pelo forte crescimento urbano da cidade, o conjunto da imprensa suburbana pode ser considerado um material indispensável para o estudo das áreas mais afastadas do Centro e sua população. Se muitos jornais foram criados como órgãos militantes dos interesses de uma classe média que buscava se constituir como uma elite suburbana, distante dos interesses populares, em outros periódicos foi possível mapearmos experiências críticas ao modelo de sociedade hegemônico. Inúmeras iniciativas jornalísticas defenderam projetos alternativos, populares, assim como se constituíram como atores políticos privilegiados envolvidos na formulação de novas formas de representação política, duramente críticas ao modelo construído no início do período republicano, marcado pela exclusão da grande maioria da população do processo decisório do país.


  • 2011-07 Cidade Alta: História, memórias e estigma de favela num conjunto habitacional do Rio de Janeiro
    Título
    Cidade Alta: História, memórias e estigma de favela num conjunto habitacional do Rio de Janeiro
    Autor
    Mario Sergio Ignácio Brum
    Orientador(a)
    Paulo Knauss de Mendonça
    Data de Defesa
    2011-07-12
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    362
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Cecília da Silva Azevedo
    Lilian Fessler Vaz
    Luciana Corrêa do Lago
    Marcelo Tadeu Baumann Burgos
    Márcia da Silva Pereira Leite
    Mariana Cavalcanti Rocha Dos Santos
    Paulo Knauss de Mendonça

    Resumo
    Como, afinal, o que é "Favela"? A facilidade com que qualquer carioca forma na mente, de imediato, um espectro de imagens a partir do enunciado da palavra é rapidamente substituída pela dificuldade em conseguir explicar a um interlocutor o que ela significa. Quais especificidades a favela possui que a tornam um lugar distinto... exatamente do quê? Por que determinado lugar é uma favela e outros não? Como ter uma definição que possa dar conta de uma gama variada de locais com imensa heterogeneidade, ao mesmo tempo que deva delimitar algo específico, de modo que outras áreas parecidas, mas diferentes, não sejam incluídas? É o que tentaremos responder neste estudo, a partir da construção, em processos internos e externos, do estigma de favela que paira sobre um conjunto habitacional surgido em 1969 para abrigar removidos, dentro do programa de remoções de favelas no Rio de Janeiro: a Cidade Alta.


  • 2011-07 AMÉRICA EM TRANSE: Cinema, Identidade e Revolução na América Latina (1965-1971).
    Título
    AMÉRICA EM TRANSE: Cinema, Identidade e Revolução na América Latina (1965-1971).
    Autor
    Patrícia Ferreira Moreno Christofoletti
    Orientador(a)
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Data de Defesa
    2011-07-11
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    233
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Fernando Sergio Dumas Dos Santos
    Lucia Grinberg
    Maurício de Bragança
    Paulo Knauss de Mendonça
    Samantha Viz Quadrat
    Sonia Cristina da Fonseca Machado Lino

    Resumo
    No início dos anos de 1960 verificamos o surgimento de uma forma particular de engajamento político nas produções cinematográficas de alguns países da América Latina. Temas ligados aos problemas comuns dos povos latino-americanos, como a exploração colonial, a descolonização, o neocolonialismo, o subdesenvolvimento e a alienação foram recorrentes nessas produções e orientaram seus realizadores no projeto de se criar uma nova forma de se fazer cinema. Surgia o Nuevo Cine Latino-Americano. As principais preocupações dos cineastas vinculados a este novo cinema estiveram presentes em diversos projetos de libertação, concebidos no decorrer da formação histórica dos povos latino-americanos. Esta pesquisa objetiva analisar como se deu a construção deste engajamento, entendendo-o como fruto da relação de um dado grupo que se fortaleceu por meio da construção de uma rede de sociabilidades. Trata-se de compreender como se deram os debates em torno de questões vistas como fundamentais para a consolidação do chamado Nuevo Cine Latino-Americano.


  • 2011-06 Reforma financeira e Banco Central do Brasil em tempos de capital monopolista (1964-1968).
    Título
    Reforma financeira e Banco Central do Brasil em tempos de capital monopolista (1964-1968).
    Autor
    Ricardo Gilberto Lyrio Teixeira
    Orientador(a)
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes
    Data de Defesa
    2011-06-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    133
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Esther Kuperman
    Gelsom Rozentino de Almeida
    Marcelo Badaró Mattos
    Marcelo Dias Carcanholo
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    Este trabalho possui duas frentes de investigação. Na primeira, teórica, buscamos compreender a natureza e o papel do dinheiro na sociedade capitalista. Através dos escritos de Marx, trilhamos o processo de autonomização das formas do capital a fim de compreender como e porque o capital bancário assume o protagonismo na expansão e nas crises capitalistas. Buscamos também, apoiados em Lenin, explicar as formas de expansão do capital em sua fase imperialista. Por fim, na segunda frente, investigamos a formação histórica do Banco Central da República do Brasil. Criado com o Golpe de 1964 como sucessor da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), sua criação foi marcada por longos debates no Parlamento e no Governo, que duraram cerca de vinte anos. As tensões pelo controle da moeda e do crédito no Brasil permearam as difíceis relações institucionais do Banco do Brasil com a SUMOC, além das possibilidades de acesso ao crédito. Agudizaram-se, assim, nos mesmos ritmos do desenvolvimento da economia capitalista no Brasil e das lutas sociais, com o período de 1962 a 1964, o Governo Goulart, representando o momento de maior conflito.


  • 2011-06 Tristes Subúrbios: Literatura, Cidade e Memória na Experiência de Lima Barreto (1881 - 1922)
    Título
    Tristes Subúrbios: Literatura, Cidade e Memória na Experiência de Lima Barreto (1881 - 1922)
    Autor
    Pedro Henrique Belchior Rodrigues
    Orientador(a)
    Laura Antunes Maciel
    Data de Defesa
    2011-06-27
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    188
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Laura Antunes Maciel
    Leonardo Affonso de Miranda Pereira
    Magali Gouveia Engel
    Maria do Rosario da Cunha Peixoto

    Resumo
    Entre 1902 e 1922, o carioca Lima Barreto morou nos subúrbios. Neste período, que corresponde a toda a sua trajetória como escritor, dedicou romances, contos e diversas crônicas a questões do universo suburbano: feiras e mafuás, chalés e chácaras, "aristocracia" suburbana e trabalhadores pobres. Meu objetivo é compreender essa produção a partir da experiência social do escritor, cujos vestígios estão presentes em todo o universo ficcional e não-ficcional, além das anotações pessoais. De acordo com Raymond Williams, parto do princípio de que a literatura não é mero reflexo da sociedade, mas parte das relações sociais; institui e constitui a realidade. Assim, desejo compreender como o subúrbio do início do século XX, época de grandes reformas urbanas, emerge no interior de uma obra na qual estão presentes certas memórias da cidade – resgatadas e manipuladas sempre com um objetivo específico, o de combater as tais reformas e os "reformadores apressados" – e uma concepção própria da literatura, que lhe rendeu o reconhecimento de alguns intelectuais e o esquecimento de muitos outros.


  • 2011-06 Entre Senhores, Escravos e Homens Livres Pobres: Família, liberdade e relações sociais no cotidiano da diferença (Mangaratiba, 1831-1888)
    Título
    Entre Senhores, Escravos e Homens Livres Pobres: Família, liberdade e relações sociais no cotidiano da diferença (Mangaratiba, 1831-1888)
    Autor
    Manoel Batista do Prado Junior
    Orientador(a)
    Sheila Siqueira de Castro Faria
    Data de Defesa
    2011-06-17
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    210
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    João Luís Ribeiro Fragoso
    Roberto Guedes Ferreira
    Sheila Siqueira de Castro Faria

    Resumo
    Esta dissertação tem por objetivo analisar o comportamento econômico de Mangaratiba, vila situada no litoral sul da então província do Rio de Janeiro, ao longo do século XIX. O ponto de partida para a compreensão da organização produtiva de pequenos, médios e grandes senhores de escravos no cotidiano são as relações sociais estabelecidas em torno da família e da liberdade em uma sociedade escravista e caracterizada pelo elevado índice de africanidade. O recorte cronológico escolhido para a análise dos processos em questão foi de 1831, ano em que a vila em questão conquista sua autonomia administrativa e, coincidentemente, se promulga a primeira lei que proibia o tráfico de escravos africanos para o Brasil e 1888, fim da escravidão. Através da análise de inventários post-mortem, testamentos e registros paroquiais de batismos de escravos, de terras, processos-crime e de liberdade e estimativas de desembarques de africanos, buscaremos compreender como, em meio às hierarquias sociais e contínuos fluxos culturais, se moldavam e recriavam as relações entre senhores, escravos e homens livres pobres.


  • 2011-06 Tradição e modernidade: práticas corporativas e a reforma dos ofícios em Lisboa no século XVIII.
    Título
    Tradição e modernidade: práticas corporativas e a reforma dos ofícios em Lisboa no século XVIII.
    Autor
    Glaydson Gonçalves Matta
    Orientador(a)
    Georgina Silva Dos Santos
    Data de Defesa
    2011-06-16
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    212
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Beatriz Catão Cruz Santos
    Carlos Gabriel Guimarães
    Georgina Silva Dos Santos
    José Newton Coelho Meneses

    Resumo
    Durante a época moderna, as corporações de ofícios contribuíram para a construção de uma complexa rede que regulava a produção e o comércio de mercadorias, além da atuação de novos artesãos no espaço urbano. Em Lisboa no século XVIII, estes oficiais mecânicos viram seus monopólios ameaçados pela intervenção direta da Real Junta De comércio e da Monarquia na organização das corporações, marcados por uma tradição medieval. Destacando a atuação da Casa Dos Vinte e Quatro, instituição que representava os artesãos de Lisboa junto à Câmara, este estudo busca compreender a pressão sofrida pelas corporações e as estratégias criada pelos artesãos para a manutenção de seus privilégios, o que culminou com uma ampla reforma dos ofícios em 1771, a segunda de sua história.


  • 2011-06 A Rabeca de José Gerôncio: Luiz Heitor Corrêa de Azevedo - Música, Folclore e Academia na Primeira metade do século XX
    Título
    A Rabeca de José Gerôncio: Luiz Heitor Corrêa de Azevedo - Música, Folclore e Academia na Primeira metade do século XX
    Autor
    Henrique Drach
    Orientador(a)
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Data de Defesa
    2011-06-09
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    529
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Fico da Silva Júnior
    Cecília da Silva Azevedo
    Flávia Camargo Toni
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Mônica Neves Leme
    Paulo Henrique Loureiro de Sá
    Tânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
    Verena Alberti

    Resumo
    A partir de 1930, retoma-se o movimento em busca de uma identidade nacional, que datava quase da própria Independência em 1822. Atraídos por sua força gravitacional, várias correntes da intelectualidade brasileira passaram a orbitar então à volta de um Estado renovadamente autoritário, lançando-se à procura das raízes do Brasil, identificadas por alguns como folclore. No contexto mundial das inéditas dimensões trazidas pela I Guerra Mundial e pelas vertiginosas transformações industriais e tecnológicas que acompanharam a expansão capitalista, decompunham-se as formas tradicionais de convivência como os referenciais considerados absolutos, surgindo o mundo propriamente moderno. Ao mesmo tempo, se a fotografia, o cinema e os processos de gravação sonora criavam a expectativa de poder conservar o passado, o telégrafo, o automóvel, o avião e o rádio pareciam superar as barreiras de incomunicabilidade do presente entre povos e países. Na iminência de um segundo conflito mundial, ressurgiu, promovido pelos Estados Unidos, o ideal panamericano. Em seu bojo, como ocorria na Europa de tantas nacionalidades distintas, estava a proposta de elaborar um gigantesco arquivo de folclore, que assegurasse o mapeamento musical das Américas. Nesse momento, primeiro catedrático (1939) da cadeira de folclore nacional na Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro, Luiz Heitor Corrêa de Azevedo aproveita o oferecimento de uma estadia de seis meses em Washington D.C. Ao retornar, realiza quatro viagens de pesquisas folclóricas entre 1942 e 1946 – a Goiás, Ceará, Minas Gerais e Rio Grande do Sul – com a missão de resgatar o que restava da essência da alma brasileira, antes que se desintegrasse para sempre diante das novidades trazidas pelas ondas do rádio. Esta tese examina a trajetória desse personagem desde sua formação no Colégio Anchieta dos padres jesuítas em Friburgo, RJ, até sua partida para Paris, em 1947, onde passou a atuar como alto funcionário da UNESCO. De um lado, busca-se contextualizar sua atuação, em especial, quanto ao papel exercido pelo panamericanismo e quanto ao lugar ocupado pelo folclore na academia brasileira. De outro, evidenciar a tensão, presente nas viagens que realizou, entre regras metodológicas rigorosas de pesquisa, que supostamente devia seguir, e uma compreensão hermenêutica, que lhe permitia abordar pessoas muito diferentes daquelas com as quais convivia. Num plano mais profundo, de maneira quase imperceptível, porém, indaga-se também a respeito do lugar da música na sociedade contemporânea


  • 2011-06 A incorporação da agroecologia pelo MST: reflexões sobre o novo discurso e experiência prática.
    Título
    A incorporação da agroecologia pelo MST: reflexões sobre o novo discurso e experiência prática.
    Autor
    Priscilla Gomes da Silva
    Orientador(a)
    Marcelo Badaró Mattos
    Data de Defesa
    2011-06-03
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    177
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andréa Lemos Xavier Galucio
    Canrobert Penn Lopes Costa Neto
    Marcelo Badaró Mattos
    Ricardo da Gama Rosa Costa
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    Essa pesquisa possui o objetivo de analisar o processo de incorporação da Agroecologia nos planos discursivo e prático do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra - o MST. O paradigma sócio-produtivo agroecológico é tomado como referência para a entidade desde meados dos anos 1990, deslocando a referência dominante até então: o cooperativismo de origem produtivista. Pretendemos avaliar os mecanismos que redundaram na alteração destes modelos sócio-produtivos, e sobretudo a forma como a Agroecologia passou a ser introduzida no discurso oficial do movimento. Propomos também uma reflexão acerca de uma das experiências práticas do movimento em relação às transições agroecológica e camponesa, dinâmica esta que vem sendo empreendida na Comunidade Terra Livre, um acampamento do MST localizado no sul do estado do Rio de Janeiro.


  • 2011-05 Da casa verde ao subsolo: Machado de Assis e Dostoiévski entre modernidade e tradição
    Título
    Da casa verde ao subsolo: Machado de Assis e Dostoiévski entre modernidade e tradição
    Autor
    Ana Carolina Huguenin Pereira
    Orientador(a)
    Daniel Aarão Reis Filho
    Data de Defesa
    2011-05-31
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    316
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Bruno Barretto Gomide
    Daniel Aarão Reis Filho
    Heloisa Maria Murgel Starling
    Margarida de Souza Neves
    Nicolau Sevcenko
    Sidney Chalhoub

    Resumo
    A tese propõe uma reflexão sobre marcos essenciais da Modernidade: a afirmação da personalidade e da consciência individuais, a cientificidade e o ateísmo, a explosão de redes tradicionais de sociabilidade, gerando tensões e incertezas, a multiplicidade de vozes (polifonia). Questões às vezes recusadas, mas sempre presentes nos contextos históricos vivenciados, interpretados e reescritos, de formas específicas, por F. Dostoiévski, por Machado de Assis, e por seus interlocutores russos e brasileiros. Estudo comparado das obras de Machado de Assis e F. Dostoiévski, aproximando temas sobre os quais os autores escreveram – críticas, angústias, ambivalências e ambigüidades propostas diante de processos modernizantes, transformadas em expressões artísticas e registros históricos. A proximidade evidencia-se na comparação entre a crítica zombeteira formulada por Dostoiévski ao racionalismo moderno nas Memórias do Subsolo, cujo narrador apresenta-se como "um camundongo de consciência hipertrofiada", e o ceticismo irônico de Machado de Assis ao narrar a trajetória ruinosa de Simão Bacamarte, legítimo representante do discurso científico europeu na província colonial de Itaguaí, em O alienista.


  • 2011-05 D. João de Almeida Portugal e a Revisão do Processo dos Távoras: conflitos, intrigas e linguagens políticas em Portugal nos finais do Antigo Regime (c. 1777-1802)
    Título
    D. João de Almeida Portugal e a Revisão do Processo dos Távoras: conflitos, intrigas e linguagens políticas em Portugal nos finais do Antigo Regime (c. 1777-1802)
    Autor
    Patricia Woolley Cardoso Lins Alves
    Orientador(a)
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Data de Defesa
    2011-05-31
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    330
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Anita Correia Lima de Almeida
    Antonio Cesar de Almeida Santos
    Carlos Gabriel Guimarães
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Lucia Maria Bastos Pereira Das Neves
    Sérgio Chahon
    William de Souza Martins

    Resumo
    A segunda metade do século XVIII foi um período singular da história européia, caracterizando-se pela ampliação da alfabetização, pela construção de uma incipiente opinião pública e, especialmente, por acalorados debates acerca do poder dos reis, da Igreja, das leis e do papel da justiça. Nos principais centros intelectuais da Europa, tais como Paris, Londres, Viena e Milão, as obras de Voltaire e o livro do Marquês de Beccaria (Dos Delitos e das Penas) despertavam inquietações, contra-respostas e a circulação de panfletos diversos. Em Portugal, parte desse período correspondeu ao reinado de D. Maria (1777-1792). Ainda que comumente denominado "viradeira", foi durante o reinado mariano que se procurou reorganizar a legislação portuguesa, assim como verificou-se um ambiente intelectual mais arejado, permitindo a recepção das discussões jurídicas e humanitárias que, desde pelo menos 1760, tinham espaço entre os círculos letrados estrangeiros. Foi nesse contexto, e pelas diligências de D. João de Almeida Portugal, 2º Marquês de Alorna, que se empreendeu a revisão do processo dos Távoras. Tratava-se de questão polêmica, e que pretendia passar a limpo um dos episódios mais desconcertantes da história portuguesa. O objetivo do presente trabalho é analisar, a partir dos discursos construídos e dos personagens envolvidos nessa revisão, as diferentes linguagens políticas e os discursos sobre o poder que tiveram lugar em Portugal no último quartel do século XVIII. Afinal, tal como ensinou Franco Venturi, a melhor maneira de se compreender esse período, seus elementos inovadores, mas, também, as suas muitas permanências, é analisando os discursos produzidos pelos personagens de carne e osso que fizeram e fazem a história. Assim, a figura de D. João de Almeida Portugal ganhou destaque no presente trabalho. Seus apontamentos políticos revelam que apesar de manter uma interpretação aristocrática e conservadora da política e da sociedade, foi, ao menos em alguns pontos, capaz de superá-la.


  • 2011-05 "Barra do Piraí ainda é terra de jongueiros": Patrimônio familiar e patrimônio cultural entre permânencias e transformações do Jongo no Sudeste
    Título
    "Barra do Piraí ainda é terra de jongueiros": Patrimônio familiar e patrimônio cultural entre permânencias e transformações do Jongo no Sudeste
    Autor
    Luana da Silva Oliveira
    Orientador(a)
    Paulo Knauss de Mendonça
    Data de Defesa
    2011-05-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    184
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Márcia Regina Romeiro Chuva
    Martha Campos Abreu
    Paulo Knauss de Mendonça
    Ricardo Gomes Lima

    Resumo
    Na pesquisa desenvolvida, abordamos a história dos grupos de jongo de Barra do Piraí, contextualizando seus espaços, interlocutores e a memória dos jongueiros. O jongo/caxambu é uma manifestação cultural popular, praticada por afrodescendentes na região Sudeste, que em 2005 recebeu o título de Patrimônio Cultural Brasileiro pelo IPHAN. A ideia que sustentamos é de que há uma relação dialética de manutenção entre o patrimônio oficial e o patrimônio familiar. Nessa perspectiva, buscamos demonstrar como a institucionalização do patrimônio imaterial visa alcançar o diferencial da garantia de direitos culturais e de memória através de políticas públicas. Porém, o patrimônio cultural, os bens culturais patrimonializavéis em si, não dependem apenas do título para se manterem vivos, mas também, e principalmente, da sabedoria transmitida e cultivada nas bases familiares dos grupos e comunidades. Entretanto, na conjuntura atual, a partir das lutas e conquistas estabelecidas, o apoio do poder público é legítimo e necessári.


  • 2011-05 A "Dona" do Sertão: mulher, rebelião e discurso político em Minas Gerais no Século XVIII
    Título
    A "Dona" do Sertão: mulher, rebelião e discurso político em Minas Gerais no Século XVIII
    Autor
    Alexandre Rodrigues de Souza
    Orientador(a)
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Data de Defesa
    2011-05-27
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    165
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Cláudia de Jesus Maia
    Júnia Ferreira Furtado
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Sheila Siqueira de Castro Faria

    Resumo
    Para os apreciadores da História de Minas Dona Maria da Cruz ganhou destaque pela sua atuação nos Motins do Sertão às margens do São Francisco no ano de 1736. O presente trabalho pretende acompanhar a trajetória de vida da personagem. É a ação dessa mulher que, junto com sua família, marca a colonização do sertão e também os protestos de 1736. Analisar a trajetória de D. Maria da Cruz ajuda a entender a presença da mulher nos motins. A revolta tem como característica principal uma composição social diversificada, e as mulheres também fizeram parte desse arranjo. A figura feminina vê na rebelião um momento no qual o poder de decisão lhes pertence. Durante as revoltas, as mulheres se encontram "deslocadas" dos seus lugares. Alheia à linguagem política infere-se que ela retira de seu próprio espaço privado as suas formas de transgressão.


  • 2011-05 Cowboys do Asfalto: Música sertaneja e modernização brasileira
    Título
    Cowboys do Asfalto: Música sertaneja e modernização brasileira
    Autor
    Gustavo Alves Alonso Ferreira
    Orientador(a)
    Daniel Aarão Reis Filho
    Data de Defesa
    2011-05-27
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    528
    Volumes
    2
    Banca de Defesa
    Daniel Aarão Reis Filho
    Francisco Carlos Palomanes Martinho
    Marcelo Siqueira Ridenti
    Marcos Francisco Napolitano de Eugenio
    Samantha Viz Quadrat
    Santuza Cambraia Naves
    Simone Maria Andrade Pereira de Sá

    Resumo
    Esta tese trata da modernização da música rural no Brasil. Tomando como parâmetro a disputa entre música sertaneja e música caipira, busca-se entender quais os discursos legitimadores da divisão da música rural e as consequências "práticas" deste fracionamento para a música brasileira. Aponta-se o papel essencial cumprido pela música sertaneja na reconfiguração de outros gêneros musicais, como o rock, a MPB e a Bossa Nova. Procura-se entender a marginalização da produção sertaneja durante os anos ditatoriais e o período Collor e o significado do repúdio a este gênero para as elites culturais do país. Dos anos 70 aos 90, percorre-se a história da música sertaneja, do repúdio, demarcação e periferização da produção, até a consagração, mercantilização e a institucionalização do gênero.


  • 2011-05 Herói em processo. Escrita e diplomacia sobre D. Duarte de Bragança (1641-1649)
    Título
    Herói em processo. Escrita e diplomacia sobre D. Duarte de Bragança (1641-1649)
    Autor
    Gustavo Kelly de Almeida
    Orientador(a)
    Rodrigo Nunes Bentes Monteiro
    Data de Defesa
    2011-05-23
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    163
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Jacqueline Hermann
    Mafalda de Sousa Machado Soares da Cunha
    Pedro de Almeida Cardim
    Rodrigo Nunes Bentes Monteiro
    Ronaldo Vainfas

    Resumo
    O estudo tem por objetivo analisar o contexto restauracionista português em seusprimeiros tempos a partir da história de D. Duarte de Bragança. Preso pelas forças do imperador Fernando III no momento em que seu irmão D. João IV tornava-se rei de Portugal, o infante teve a sua imagem de herói construída pela propaganda brigantina, tornando-se um símbolo da vilania castelhana. Através do exame da secreta correspondência epistolar que o preso conseguiu manter durante anos, percebemos como D. Duarte integrou-se à rede diplomática dos Braganças com vistas à sua liberdade. Por sua vez a memória do processo judicial contra ele aberto no cárcere alude ao peso que o seu caso representou para a legitimidade de ambos os lados em contenda – português e castelhano.


  • 2011-05 Desenvolvimento e Segregação: Políticas de modernização e isolamento compulsório de famílias afetadas pela lepra no Piauí (1930-1960)
    Título
    Desenvolvimento e Segregação: Políticas de modernização e isolamento compulsório de famílias afetadas pela lepra no Piauí (1930-1960)
    Autor
    Antonia Valteria Melo Alvarenga
    Orientador(a)
    André Luiz Vieira de Campos
    Data de Defesa
    2011-05-23
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    359
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    André Luiz Vieira de Campos
    Anny Jackeline Torres da Silveira
    Edgard Leite Ferreira Neto
    Jorge Luiz Ferreira
    Laurinda Rosa Maciel
    Márcia de Almeida Gonçalves
    Mariza de Carvalho Soares

    Resumo
    Essa tese teve como objetivo analisar o isolamento compulsório dos portadores de lepra no Piauí, no contexto da modernização e desenvolvimento do país. O período definido como recorte temporal da pesquisa foi o intervalo entre as décadas de 30 e 60 do século XX, quando se deu o estabelecimento de uma política nacional de combate à lepra e a sua crise. A orientação teórico-metodológica seguida buscou fundamentos na recente produção existente no campo da História das Políticas Públicas de Saúde, a partir dos trabalhos de pesquisadores de reconhecimento nesse campo. As fontes foram as mais variadas: trabalhou-se com documentos escritos oficiais, com produções jornalísticas, documentários em mídia, fotos, prontuários dos doentes, relatos orais, etc. A análise das informações pesquisadas permitiu observar que o Piauí, durante os primeiros anos da República, não possuía uma estrutura mínima de saúde embora no imaginário do piauiense estivesse presente a idéia de que o Piauí era um Estado de excelente salubridade. As Campanhas Nacionais de Combate às Endemias revelaram um Brasil doente e um Piauí marcado por mazelas sociais. Essa realidade do Brasil central passou a ser tema de discursos das principais autoridades políticas e médicas e evidenciou as motivou a instalação de políticas de saúde por todo o território nacional. No bojo dos novos direcionamentos assumidos pelo governo federal, encontram-se as políticas de controle e combate à lepra. No Piauí o controle dessa endemia, que inicialmente esteve sob a administração de entidades filantrópicas, passou ao controle do Estado no final da década de 1930, quando foi montado o modelo tripé de combate à doença.


  • 2011-05 Idéias Jurídico-Penais e cultura religiosa em Minas Gerais na passagem à modernidade (1890-1955).
    Título
    Idéias Jurídico-Penais e cultura religiosa em Minas Gerais na passagem à modernidade (1890-1955).
    Autor
    Jefferson de Almeida Pinto
    Orientador(a)
    Gizlene Neder
    Data de Defesa
    2011-05-17
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    393
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Gisálio Cerqueira Filho
    Gizlene Neder
    Jessie Jane Vieira de Sousa
    Laura Antunes Maciel
    Nilo Batista
    Théo Lobarinhas Piñeiro
    Vera Malaguti de Souza W. Batista

    Resumo
    Este trabalho estuda a circulação e apropriação de ideias jurídico-penais pelo campo jurídico em um contexto de tensão com a cultura religiosa católico-tomista a partir de Minas Gerais.Inscritos em um momento histórico marcado pela difusão de teorias científicas e ainda por ideais positivistas e liberais, o direito, as ideias jurídico-penais e os intelectuais do campo jurídico ganham destaque no processo de secularização e laicização positiva a que estaria submetido o Estado brasileiro desde fins do sistema imperial e concretizado com a inauguração do sistema republicano. Ao mesmo tempo, o que se percebe é uma profunda crítica da Igreja Católica, às voltas com o processo romanizador, que então procurava, entre outros, responder àqueles que tencionavam reduzir sua influência na sociedade e na cultura política e jurídica brasileira. Com o tempo, o que começamos a identificar no meio jurídico e nos setores jurídico-penais é uma discussão em relação à filosofia a ser seguida por seus membros tendo em vista que se repensam os postulados científicos e materialistas de fins do século XIX e início do século XX em prol de um conjunto de pensadores que então fundamentavam o direito e as ideias jurídico-penais por meio da filosofia de São Tomás de Aquino, o que nos remete ao embate teológico entre a predestinação e o livre-arbítrio. O que queremos defender neste estudo é que, além dessa discussão teológica, a presença dessas ideias nos meios jurídicos de meados do século XX deve ser compreendida também em um contexto de restauração católica. Neste caso, a Igreja visava à introdução de postulados neotomistas e à formação de uma neocristandade empreendida em diversos setores da sociedade brasileira, recristianizando-os, e por meio do qual o controle sobre áreas como a assistência social, a educação e a família, importantes no processo de controle social por parte do Estado republicano, seria por ela retomado. Neste embate, procuramos entender as especificidades do ambiente intelectual e situar o campo jurídico em Minas Gerais buscando identificar a apropriação que então faz em relação ao sistema ideológico vigente, tendo por base esses dois momentos históricos.


  • 2011-05 Rachel de Queiroz: Regra e Exceção (1910-1945)
    Título
    Rachel de Queiroz: Regra e Exceção (1910-1945)
    Autor
    Natália de Santanna Guerellus
    Orientador(a)
    Rachel Soihet
    Data de Defesa
    2011-05-09
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    175
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Paula Vosne Martins
    Magali Gouveia Engel
    Maria da Conceição Francisca Pires
    Maria Fernanda Baptista Bicalho
    Rachel Soihet

    Resumo
    O aumento de pesquisas na área dos Estudos de Gênero a partir da década de 1980 no Brasil tem contribuído para a inserção da mulher na história de nosso país, vendo-a também como um sujeito ativo e importante. Este trabalho também tem como base o conceito de Gênero e busca estudar a produção de uma das mais importantes autoras brasileiras do século XX, Rachel de Queiroz. Suas fontes principais são as crônicas produzidas pela autora de 1945 a 1975 e publicadas semanalmente no periódico O Cruzeiro. Visa, portanto, discutir o modo como Rachel de Queiroz interpretou e problematizou as relações de gênero em seus escritos, sempre pensando no lugar que a autora ocupava nas letras brasileiras e sua relação com a escrita produzida por mulheres.


  • 2011-05 Rosa de Ouro: Luta e representação política na obra de Clementina de Jesus.
    Título
    Rosa de Ouro: Luta e representação política na obra de Clementina de Jesus.
    Autor
    Luciana Leonardo da Silva
    Orientador(a)
    Martha Campos Abreu
    Data de Defesa
    2011-05-06
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    131
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andrea Barbosa Marzano
    Carolina Vianna Dantas
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Martha Campos Abreu

    Resumo
    Se a memória pode ser considerada como narrativa histórica, pode combinar representação e fatos. Se passado pode se tornar um campo de possibilidades a ser interpretado por diferentes grupos sociais, de acordo com seus interesses, as reapropriações do passado – da própria memória – podem ser uma forma de legitimar lutas políticas. O trabalho de enquadramento da memória, enfim, pode ser analisado a partir do investimento político de determinados grupos. Todas as questões acima expostas formam a base de análise deste trabalho sobre a trajetória da cantora Clementina de Jesus, no período entre 1961-1981. Sua trajetória de vida e sua memória podem ser consideradas como uma forma de investimento por parte de grupos políticos que buscavam fortalecer suas próprias identidades.


  • 2011-05 A política externa de D. João IV e o padre Antônio Vieira: As negociações com os Países Baixos (1641-1648)
    Título
    A política externa de D. João IV e o padre Antônio Vieira: As negociações com os Países Baixos (1641-1648)
    Autor
    Thiago Groh de Mello Cesar
    Orientador(a)
    Ronaldo Vainfas
    Data de Defesa
    2011-05-05
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    163
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Daniela Buono Calainho
    Georgina Silva Dos Santos
    Jacqueline Hermann
    Mário Fernandes Correia Branco
    Ronaldo Vainfas

    Resumo
    O presente estudo analisou o papel da diplomacia brigantina de D. João IV nos primeiros oito anos da década de 1640, na Restauração Portuguesa, focalizando as negociações com os Países Baixos e o envolvimento do Padre Antonio Vieira na política externa de Portugal. Vieira, homem de grande confiança do rei, é enviado em missão diplomática a Paris e Haia por duas vezes ao longo da década de 40 do século XVII. A primeira, em 1646, tem a duração de poucos meses; a segunda, entre 1647- 1648, chegou a durar quase um ano. Nesse período estudado houve os debates ferrenhos em Haia por um acordo de paz definitivo e pela devolução dos territórios portugueses conquistados pelos holandeses. Com o andamento dos fatos se pôde observar que estes debates se intensificaram devido ao avanço da Insurreição Pernambucana. O papel do padre Vieira como porta-voz dos anseios da corte portuguesa e o seu proselitismo religioso apresentam um papel forte, com antagonismo entre a retórica diplomática e religiosa, com a permissividade e tolerância semítica e às suas respectivas presenças na política. Com o andamento político das negociações os portugueses alternaram a vista de amigos para inimigos dos holandeses, justamente pelo tratamento que estes dispensaram ao teor dos tratados prévios. Dentro desse recorte histórico, pode-se observar puramente a ação de Vieira na diplomacia, e com essa, atender ao objetivo do estudo de apresentar também a sua inferência na análise do contexto da política externa do reinado de D. João IV


  • 2011-05 As Revoltas de Escravos na Roma Antiga e o seu impacto sobre a ideologia e a política da classe dominante nos séculos II a.C a I d.C: Os casos da Primeira Guerra Servil da Sicília e da Revolta de Espártaco
    Título
    As Revoltas de Escravos na Roma Antiga e o seu impacto sobre a ideologia e a política da classe dominante nos séculos II a.C a I d.C: Os casos da Primeira Guerra Servil da Sicília e da Revolta de Espártaco
    Autor
    Rafael Alves Rossi
    Orientador(a)
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Data de Defesa
    2011-05-04
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    209
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Norma Musco Mendes
    Regina Maria da Cunha Bustamante
    Sônia Regina Rebel de Araújo

    Resumo
    O tema central do presente estudo é o significado das rebeliões de escravos para a sociedade romana dos séculos II a.C. a I d.C. Na conjuntura de crise da República Romana eclodiram grandes revoltas lideradas por grupos de escravos que portavam armas, mas que tiveram a participação majoritária dos escravos rurais dos ergástulos, num período de grande afluxo de cativos para os domínios romanos. Na Sicília estourou a Primeira Guerra Servil, que teve como líder um escravo doméstico chamado Euno. Tanto nesta rebelião quanto na famosa Revolta de Espártaco, os líderes dos movimentos eram, ao mesmo tempo, chefes políticos, militares e religiosos, cumprindo a religião o papel de um programa, sendo um fator de coesão dos grupos. A mobilização dos escravos antigos atingiu o seu nível máximo nestas insurreições, impactando a classe senhorial, forçada a rever algumas de suas práticas, regulando-se as relações entre senhores privados e escravos através do Estado, em especial no regime do Principado, que concedeu alguns direitos sociais aos trabalhadores escravizados da Itália e das províncias. No entanto, a maior conquista dos escravos rebeldes foi no plano simbólico. Embora persistisse a ambiguidade nas relações escravistas, algo inerente às mesmas, e ainda que a teoria da escravidão natural de Aristóteles não fosse exatamente o paradigma da maioria dos senhores romanos. A atitude de intelectuais do mundo romano do período republicano, como Catão, reproduzia uma forma de ver os escravos como meras mercadorias. A humanidade dos escravos é reconhecida nos textos de Plutarco e de Apiano, manifestando-se de maneira sempre contraditória, entretanto, mas ainda assim significativa. Diodoro culpou os senhores sicilianos pela opressão excessiva sobre os escravos, gerando ódio e revolta entre os mesmos. No Principado, o discurso de Sêneca acerca da humanidade dos escravos aparece como uma das principais visões de mundo da classe dominante. Assim, as revoltas produziram uma fissura no discurso ideológico dominante, forçando a classe senhorial a criar e articular novas formas de dominação político-ideológica sobre os subalternos, tendo sido o paradigma escravista republicano superado e substituído por novos discursos e paradigmas. Os escravos antigos não chegaram a desenvolver uma genuína consciência de classe, mas alcançaram um certo grau de consciência, não sendo nunca classe para si, mas saindo, sem dúvida, de uma situação pura e simples de classe em si, manifestando a sua relação de antagonismo com seus senhores, através de lampejos de consciência que levaram ao desenvolvimento de um sentimento de classe que permitiu sua organização e mobilização em grandes insurreições, numa revolução política com a tomada do poder de Estado na Sicília, ainda que com a manutenção do regime escravista e do estabelecimento de uma monarquia de tipo helenística, e numa fuga coletiva insurrecional, como foi o caso da revolta liderada por Espártaco. Desse modo, a idéia de uma inferioridade natural dos escravos foi posta em xeque, refletindo-se nos textos dos intelectuais romanos. O método comparativo foi empregado neste trabalho para que os exemplos da escravidão na América colonial iluminassem os problemas levantados para a escravidão antiga.


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