Dissertações e Teses
  • 2011-10 Uma família em dois momentos: Os Röhe e as transformações econômicas no Rio de Janeiro (1831-c1885)
    Título
    Uma família em dois momentos: Os Röhe e as transformações econômicas no Rio de Janeiro (1831-c1885)
    Autor
    Marcus Vinicius Kelli
    Orientador(a)
    Luiz Carlos Soares
    Data de Defesa
    2011-10-06
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    188
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Cezar Teixeira Honorato
    Luiz Carlos Soares
    Rômulo Garcia de Andrade

    Resumo
    O presente trabalho tem por objetivo, analisar as transformações econômicas ocorridas na cidade do Rio de Janeiro entre as décadas de 1830 e 1880. A partir da chegada de uma família de imigrantes oriundos de Altona, distrito de Hamburgo, atual Alemanha, os Röhe, especialistas na confecção de veículos de passageiros e, o seu desdobramento, a união dos seus descendentes, luteranos, com a família Macedo, de origem católica, em plena década de 1870, auge do conflito entre a Igreja e o Império, a segunda geração desta família ampliou os seus negócios mediante incorporação de um agente econômico externo, o Banco Industrial e Mercantil do Rio de Janeiro. O sucesso obtido na Exposição da Indústria Nacional, em 1881, e, o término das suas atividades, em 1883, permitem, por seu turno, reconstituir, a partir de uma perspectiva, as transformações estruturais vivenciadas pela sociedade imperial.


  • 2011-09 MAAT: O princípio ordenador do cosmos egípcio. Uma reflexão sobre os princípios encerrados pela deusa no Reino Antigo (2649-2129 a.C) e no Reino Médio (2023-1720 a.C)
    Título
    MAAT: O princípio ordenador do cosmos egípcio. Uma reflexão sobre os princípios encerrados pela deusa no Reino Antigo (2649-2129 a.C) e no Reino Médio (2023-1720 a.C)
    Autor
    Giselle Marques Camara
    Orientador(a)
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Data de Defesa
    2011-09-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    134
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Edgard Leite Ferreira Neto
    Julio Cesar Mendonça Gralha
    Norma Musco Mendes

    Resumo
    A presente dissertação propõe uma reflexão sobre o significado expressado pela deusa/princípio Maat durante os Reinos Antigo (2649-2129 a.C.) e Médio (2023-1720a.C.) períodos esses que constituíram em parte a história do Egito Faraônico. Tal deusa encerrava em si os atributos de verdade/justiça/ordem/equilíbrio. De acordo com os mitos cosmogônicos egípcios, a referida divindade foi gerada no primeiro movimento da criação cósmica, juntamente com seu irmão gêmeo Shu, o sopro vital, e só após o nascimento de ambos o mundo dos deuses e dos homens pode então ser criado. Além de Maat ser a condição de existência necessária para que o processo de criação do cosmo pudesse ter continuidade, as atribuições a ela associadas não se restringiram apenas ao âmbito "religioso", servindo, outrossim, de esteio para estruturação política e social da cultura em foco. Tratando-se de um povo cuja cosmovisão se assentava no mito e cuja função temporal do faraó, e por extensão da sociedade como um todo, era viabilizar a reprodução e a manutenção de uma ordem perfeita existente a priori, a deusa/princípio lançou as bases que legitimou o pacto de governabilidade do monarca para com o seu povo, e forneceu as diretrizes ao comportamento do homem egípcio, pois pode ser considerada a medida ética que orientou a conduta moral nos âmbitos individual e coletivo.


  • 2011-09 Trabalho integrado e reprodução ampliada do capital: um estudo de caso no Sudoeste do Paraná
    Título
    Trabalho integrado e reprodução ampliada do capital: um estudo de caso no Sudoeste do Paraná
    Autor
    Roselaine Navarro Barrinha da Silva
    Orientador(a)
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes
    Data de Defesa
    2011-09-30
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    401
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Motta Ribeiro
    Gelsom Rozentino de Almeida
    João Márcio Mendes Pereira
    Marcelo Dias Carcanholo
    Paulo Roberto Raposo Alentejano
    Sonia Regina de Mendonça
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    discussão do processo de valorização do capital tem concentrado os esforços de inúmeros pesquisadores ao longo do século XX. Diversas são as temáticas relacionadas à tal discussão, dentre as quais, as relações de trabalho vigentes na contemporaneidade. Marx evidenciou em O capital, as categorias que devem necessariamente estar presentes numa relação de produção especificamente capitalista. De um lado, a força de trabalho deve estar "livre", desprovida das condições de produção, de outro, as condições de produção devem estar concentradas nas mãos do capitalista. É da combinação destas duas categorias, que essencialmente envolve a compra da força-de-trabalho pelo capitalista e a sua conjugação às condições de produção que resultará a mais-valia, categoria que representa o excedente econômico sob o capitalismo. É a definição das categorias essenciais que envolvem a extração do excedente econômico tipicamente capitalista e, portanto a caracterização da relação de produção/trabalho capitalista que lhe permite definir o que é trabalho produtivo/improdutivo nesta forma de sociedade. Por outro lado, a sociedade contemporânea tem evidenciado a existência de relações de produção que não se "encaixam" dentro do modelo tipicamente capitalista. O caso específico da avicultura, mais especificamente, do pequeno produtor do Sudoeste do Paraná integrado à Sadia é um exemplo típico deste "desajuste". Neste sentido, nossa preocupação neste trabalho foi de entender essa aparente contradição. Qual a importância deste "pequeno produtor" integrado para o Capital? Qual o espaço que ele ocupa na sociedade capitalista, se ele não pode ser considerado como um trabalhador "produtivo", do ponto de vista do capital - haja vista não ser um trabalhador livre? A resposta a estes questionamentos exige que resgatemos e participemos do debate acerca da existência/permanência do campesinato sob a contemporaneidade. Para resolver a problemática proposta, dividimos o trabalho em 7 capítulos. O primeiro resgatou na literatura marxista, as categorias do Trabalho Especificamente Capitalista – ou trabalho abstrato, do Trabalho Produtivo/Improdutivo e do Camponês. No segundo capítulo efetuamos um resgate teórico-histórico que nos evidenciasse a razão de ser da agricultura para o capital. Procuramos neste capítulo resgatar os movimentos do capital no sentido de aprofundar o processo de inserção do capital sobre a agricultura, recuperando aos mecanismos empregados no processo. No terceiro capítulo, buscando já apontar para o estudo de caso, resgatamos a colonização do Sudoeste do Paraná, relacionando-a com o desenvolvimento do capitalismo. No quarto capítulo buscamos apreender de que forma a região participou do processo de aprofundamento do capital sob a agricultura a partir da chamada Revolução Verde. No quinto capítulos buscamos a formação do complexo avícola no Brasil, relacionando o seu desenvolvimento ao avanço capitalista no âmbito dos países mais desenvolvidos. Foi esse atrelamento que nos levou ao entendimento da importação do modelo de avicultura vigente nos Estados Unidos para o país. No capítulo sete, tratamos especificamente da relação de produção firmada entre o pequeno produtor do Sudoeste do Paraná e a Sadia. Diante do desenvolvido nos capítulos anteriores buscamos responder as questões que incitaram esta pesquisa. Em resumo, apreender a razão de ser do camponês e do seu trabalho "improdutivo" do ponto de vista do capitalismo, para o Capital


  • 2011-09 SOB O SIGNO DO MODERNO CULTIVO: Estado Imperial e Agricultura na Amazônia
    Título
    SOB O SIGNO DO MODERNO CULTIVO: Estado Imperial e Agricultura na Amazônia
    Autor
    Francivaldo Alves Nunes
    Orientador(a)
    Márcia Maria Menendes Motta
    Data de Defesa
    2011-09-27
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    422
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Cláudia Regina Andrade Dos Santos
    Elione Silva Guimarães
    José Maia Bezerra Neto
    Márcia Maria Menendes Motta
    Paulo Afonso Zarth
    Paulo Pinheiro Machado
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    As dimensões tomadas pela agricultura na Amazônia brasileira durante o Império, a partir do final da década de 1830, é o objeto central de análise desta tese. Buscamos, no entanto, o entendimento desta questão na heterogeneidade das interpretações, o que nos permitiu compreender que a atividade agrícola extrapolava os limites de uma prática econômica. Diante de uma discussão observada na imprensa e em documentos e pronunciamentos oficiais, e que suscitou diversas e diferentes interpretações, construímos uma proposição de análise que observava a agricultura para além de fenômenos relativos à produção, distribuição e consumo, ou ainda das rendas que poderiam gerar com a comercialização de seus produtos. Para a Amazônia, e isto toma uma dimensão maior do que para outras regiões do país, a agricultura se constituiu, nestas interpretações, como atividade moralizadora, disciplinadora, capaz de assegurar a constituição de propriedades e povoamento regular, além do que, possibilitaria a implantação de um modo de vida interpretado como civilizado e moderno. O caminho percorrido para este entendimento passou, necessariamente, pela compreensão de que os discursos construídos em torno da agricultura estavam associados às políticas de atuação do governo imperial, as contraposições entre as práticas de cultivo, as ações de auxílio e melhoramento agrícola, as políticas de colonização voltadas para o imigrante estrangeiro, os indígenas e as práticas de aproveitamento do colono nacional, e que tinham no Estado brasileiro, a partir da articulação com as forças políticas da região amazônica, seus executores.


  • 2011-09 As lutas dos trabalhadores da educação: do novo sindicalismo à ruptura com a CUT
    Título
    As lutas dos trabalhadores da educação: do novo sindicalismo à ruptura com a CUT
    Autor
    Kênia Aparecida Miranda
    Orientador(a)
    Marcelo Badaró Mattos
    Data de Defesa
    2011-09-02
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    400
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Eurelino Teixeira Coelho Neto
    Marcelo Badaró Mattos
    Ricardo da Gama Rosa Costa
    Roberto Leher
    Sonia Maria Rummert
    Sonia Regina de Mendonça
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    Este trabalho tem como objeto as lutas dos trabalhadores da educação, organizados no Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (SEPE-RJ) e no Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES-SN), no período compreendido entre a eclosão do Novo Sindicalismo e meados da década de 2000, quando ocorreu a desfiliação dessas entidades da Central Única dos Trabalhadores (CUT). O processo histórico de constituição dos trabalhadores da educação como uma nova força política é analisado a partir dos embates travados entre esses atores sociais e o Estado nos momentos de radicalização da luta de classes, as greves. Também são abordadas as transformações no processo de trabalho docente, durante o mesmo períodoanda


  • 2011-08 A "Democracia Participativa y Protagónica", o Povo e o Líder: A Experência dos Consejos Comunales na Parroquia 23 de Enero (Caracas/Venezuela)
    Título
    A "Democracia Participativa y Protagónica", o Povo e o Líder: A Experência dos Consejos Comunales na Parroquia 23 de Enero (Caracas/Venezuela)
    Autor
    Mariana Bruce Ganem Baptista
    Orientador(a)
    Daniel Aarão Reis Filho
    Data de Defesa
    2011-08-31
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    254
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Walter Porto Gonçalves
    Daniel Aarão Reis Filho
    Francisco Carlos Teixeira da Silva
    Marco Antonio Villela Pamplona
    Norberto Osvaldo Ferreras

    Resumo
    Os Consejos Comunales/CCs são uma experiência de poder popular praticada nos últimos anos na Venezuela. Trata-se de micro-governos construídos no interior das comunidades, compostos e geridos pelos próprios moradores e que possuem poder deliberativo e executivo sobre a gestão das políticas locais voltadas, principalmente, para a melhoria das condições de vida das classes populares. Os CCs fazem parte de um projeto nacional de construção de um Estado Comunal articulado por federações e confederações de Consejos Comunales e/ou por Comunas. É um projeto ambicioso, orientado por uma proposta para o Socialismo del Siglo XXI, para a construção de uma "democracia participativa e protagônica" que prevê não apenas a participação política do povo, mas também que este seja o sujeito principal na resolução dos seus problemas, além de envolver o desenvolvimento de um projeto econômico endógeno e autossustentável para o país. Apesar de fortemente incentivado pelo presidente Hugo Chávez Frias, este projeto encontra suas raízes em experiências e demandas existentes nas bases da sociedade desde longa data. Deste modo, a eleição de Chávez, em 1998, a posterior abertura de uma assembleia constituinte com um chamado para repensar o Estado Venezuelano e a proposta de construção da Asambleas de Ciudadanos y Ciudadanas como instâncias de poder local são fruto de um longo processo de desgaste da institucionalidade liberal que ocorreu durante o regime puntofijista anterior ao governo atual, bem como da articulação da sociedade civil sob diferentes formas com vistas a construir alternativas àquele regime. O objetivo desta dissertação é analisar de que maneira se deu esse processo de construção de uma "democracia participativa e protagônica" na prática, observando as tensões e dilemas provocados pelas pressões dos poderes desde arriba e os dinamismos das bases desde abajo, utilizando como estudo de caso a Parroquia 23 de Enero, de Caracas, por se tratar de um território reconhecido por suas tradições de organização popular anteriores à eleição de Chávez e por ser considerado um dos principais bastiões de sustentação do governo atualmente.


  • 2011-08 As Assembléias de Poder Popular em Cuba: Uma História de Luta Democrática e de Participação Popular
    Título
    As Assembléias de Poder Popular em Cuba: Uma História de Luta Democrática e de Participação Popular
    Autor
    Emilly Couto Feitosa
    Orientador(a)
    Daniel Aarão Reis Filho
    Data de Defesa
    2011-08-31
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    320
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Daniel Aarão Reis Filho
    Francisco Carlos Teixeira da Silva
    Monica Esmeralda Bruckmann Maynetto
    Norberto Osvaldo Ferreras

    Resumo
    A presente pesquisa tem por objetivo resgatar as tradições de luta democrática e de participação popular em Cuba desde as lutas de independência travadas contra a Espanha, em fins do século XIX, até meados dos anos 90, quando o país enfrentou uma das mais graves crises desde a vitória da revolução: o ―Período Especial em Tempos de Paz. Através do resgate dessas tradições, procuro analisar as bases sobre as quais foi criado o Sistema de Poder Popular cubano e o quanto esse sistema foi sendo aperfeiçoado de acordo com o contexto histórico vivido e com as novas demandas surgidas na sociedade. Nesse sentido, destaco como um contexto fundamental de redefinição dos rumos do processo revolucionário cubano, sobretudo com relação à questão do poder popular, a crise dos anos 90 e as reformas que se seguiram a ela. Essa redefinição se concretizou num amplo conjunto de reformas econômicas e políticas. As reformas econômicas foram caracterizadas pela introdução de elementos de uma economia de mercado no país como, por exemplo, a abolição do monopólio do Estado sobre o comércio exterior e a permissão da participação de capitais estrangeiros na economia. Já a reforma política foi caracterizada, sobretudo, por uma resignificação do papel do Estado e das formas de participação e representação, com a modificação da constituição em 1992 e as importantes alterações que gerou no sistema eleitoral cubano. O novo sistema político aprovado em 1992 e as novas atribuições das Assembléias de Poder Popular significaram uma descentralização administrativa das funções estatais e, assim, também uma maior participação da população na vida política do país. No entanto, o funcionamento deste sistema, o processo eleitoral e suas especificidades e, principalmente, os mecanismos de representação ainda não são conhecidos no Brasil, mesmo no campo das esquerdas. As Assembléias do Poder Popular são, nesse sentido, o foco da presente pesquisa


  • 2011-08 Nobres poderes: a atuação do Senado da Câmara fluminense na economia e os privilégios e deveres dos Homens Bons (1790-1807)
    Título
    Nobres poderes: a atuação do Senado da Câmara fluminense na economia e os privilégios e deveres dos Homens Bons (1790-1807)
    Autor
    Maria Beatriz Gomes Bellens Porto
    Orientador(a)
    Maria Fernanda Baptista Bicalho
    Data de Defesa
    2011-08-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    146
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Antônio Carlos Jucá de Sampaio
    Carlos Gabriel Guimarães
    João Luís Ribeiro Fragoso
    Maria Fernanda Baptista Bicalho

    Resumo
    A presente dissertação tem sua análise centrada no Senado da Câmara do Rio de Janeiro, entre 1790-1807, abordando quais eram seus deveres e privilégios administrativos e sua atuação na economia fluminense. Além disso, traçamos um perfil de quem eram os homens bons desta instituição, destacando duas importantes famílias da elite mercantil fluminense e oficiais camarários: os Carneiro Leão e os Velho da Silva. O pano de fundo do nosso trabalho é a virada do século XVIII para o XIX, pensando quais eram as diretrizes políticas, econômicas e institucionais na relação da América portuguesa no Reinado de D. Maria I, da regência de D. João VI, e pela herança administrativa do secretário de D. José I, o Marquês de Pombal. Também é fundamental entendermos a capitania do Rio de Janeiro, que, durante o século XVIII, passa a ser principal eixo e capital do Vice-Reinado, com sua economia e política e, consequentemente, seus órgãos político-administrativos fortalecidos. Estudos apontam que o Senado da Câmara fluminense perde sua importância em relação ao Império português quando muitos de seus contratos passam a ser administrados por outras instituições. Objetiva-se pensar se houve de fato uma queda em seu prestígio ao final do século XVIII, questionando-se, se, a partir do novo funcionamento da Câmara, houve uma reformulação da economia do bem comum, postulado por João Fragoso para o seiscentos. A presente dissertação tenta entender como funcionava a administração dos rendimentos e contratos fluminenses, ou seja, a economia colonial, através da perspectiva do Senado da Câmara, mas também a participação da elite mercantil na política fluminense, especialmente após conflitos no interior do Senado em meados do setecentos, entre elite agrária e elite mercantil.


  • 2011-08 Modelando a cavalaria: Uma análise da demana do Santo Graal (século XIII)
    Título
    Modelando a cavalaria: Uma análise da demana do Santo Graal (século XIII)
    Autor
    Neila Matias de Souza
    Orientador(a)
    Mário Jorge da Motta Bastos
    Data de Defesa
    2011-08-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    201
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Maria de Souza Zierer
    Maria do Amparo Tavares Maleval
    Mário Jorge da Motta Bastos
    Renata Rodrigues Vereza
    Vânia Leite Fróes

    Resumo
    A pesquisa que desenvolvemos no decurso do mestrado aborda a cavalaria, no Ocidente Medieval do século XIII, enquanto instituição militar que foi ganhando no decurso de seu processo de formação contornos crescentemente religiosos. Percebemos que isso foi parte de uma ação da Igreja na tentativa de controlar uma nobreza que se apresentava cada vez mais violenta e sedenta de riquezas; com esse objetivo várias assembléias que culminaram com as instituições da Tregua Dei e Pax Dei foram realizadas com o claro intuito de limitar os excessos da nobreza guerreira. Essa questão está presente nas fontes com as quais trabalhamos, A Demanda do Santo Graal e O Livro da Ordem de Cavalaria, que divulgam valores cristãos a serem seguidos principalmente pelos cavaleiros tão envoltos no pecado. Para isso há vários exemplos sobre o comportamento desses guerreiros, que identificamos e caracterizamos como modelares, seja como um bom exemplo a ser seguido ou um mal a ser evitado. São os modelos extremos, o "bom" e o "mau", que trataremos aqui, entendendo-os como uma procura da Igreja em domesticar a cavalaria, enquadrá-la nos limites cristãos, imputando àquela instituição uma moral religiosa.


  • 2011-08 A JOVEM GUARDA E A INDÚSTRIA CULTURAL: análise da relação entre o movimento Jovem Guarda, a indústria cultural e a recepção de seu público
    Título
    A JOVEM GUARDA E A INDÚSTRIA CULTURAL: análise da relação entre o movimento Jovem Guarda, a indústria cultural e a recepção de seu público
    Autor
    Adriana Mattos de Oliveira
    Orientador(a)
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Data de Defesa
    2011-08-26
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    111
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Ana Lucia Silva Enne
    Laura Antunes Maciel
    Samuel Mello Araujo Junior
    Victor Hugo Adler Pereira

    Resumo
    Este trabalho tem por objeto de estudo o Programa Jovem Guarda, que foi exibido pela Rede Record de 1965 a 1968 e teve como apresentadores Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, bem como o movimento que é anterior ao próprio programa e que foi por ele denominado. Nosso objetivo geral consiste em, a partir da análise de alguns pontos referentes ao Movimento Jovem Guarda, buscar o entendimento das estratégias utilizadas pela indústria cultural na criação de seus produtos, bem como as diferentes recepções efetuadas por seu público consumidor. Para isso, recorremos ao conceito cunhado por Theodor Adorno e Max Horkheimer em 1947 de indústria cultural, bem como às formulações de Raymond Williams acerca do materialismo cultural e de Jesús Martin-Barbero sobre as mediações existentes entre a produção da indústria cultural e sua recepção. Para isso, analisamos a música não como obra de gênios criadores, mas como um produto inserido na cadeia produtiva do sistema capitalista de produção, analisamos a chegada do rock and roll ao Brasil e sua apropriação local e partimos para um de seus desdobramentos, o movimento Jovem Guarda. Tendo como ponto de partida o movimento Jovem Guarda, analisamos alguns "produtos" a ele associados - o programa Jovem Guarda, o LP e o filme Roberto Carlos em Ritmo de Aventura -, até chegarmos ao seu público e análise das relações entre a indústria cultural e a recepção que o público realiza de seus produtos


  • 2011-08 Capital e Trabalho no Sindicalismo Rural Brasileiro: uma análise sobre a CNA e sobre a CONTAG (1964-1985)
    Título
    Capital e Trabalho no Sindicalismo Rural Brasileiro: uma análise sobre a CNA e sobre a CONTAG (1964-1985)
    Autor
    Carolina Torres Alves de Almeida Ramos
    Orientador(a)
    Sonia Regina de Mendonça
    Data de Defesa
    2011-08-25
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    266
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Marcelo Badaró Mattos
    Maria Letícia Corrêa
    Regina Angela Landim Bruno
    Sonia Regina de Mendonça
    Vanderlei Vazelesk Ribeiro
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    A tese pretende analisar a atuação, entre os anos de 1964 e 1985, da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (CONTAG) e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), sindicatos oficiais e de âmbito nacional dos, respectivamente, trabalhadores e proprietários rurais. Estas agremiações são regidas pela legislação sindical corporativista e estão subordinadas ao Ministério do Trabalho. Intenta-se averiguar a articulação das Confederações com setores da sociedade civil e da sociedade política, apontando para suas formas específicas de representação. Serão estudadas suas principais campanhas, a base econômica e trajetória política e profissional de seus dirigentes, bem como as similitudes e embates observados entre ambas.O posicionamento da CONTAG e da CNA frente às políticas públicas voltadas para a reforma agrária no período abarcado pela pesquisa consiste em um dos principais objetos de investigação da tese. Por fim, pretende-se analisar a crise de representação das Confederações no contexto da "abertura política", identificando a redefinição de suas estratégias de atuação


  • 2011-08 Teatro Amador: A cena carioca muito além dos arrabaldes
    Título
    Teatro Amador: A cena carioca muito além dos arrabaldes
    Autor
    Luciana Penna Franca
    Orientador(a)
    Laura Antunes Maciel
    Data de Defesa
    2011-08-17
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    118
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Laura Antunes Maciel
    Leonardo Affonso de Miranda Pereira
    Magali Gouveia Engel
    Maria do Rosario da Cunha Peixoto
    Martha Campos Abreu

    Resumo
    Esta dissertação analisa experiências de teatro amador na cidade do Rio de Janeiro entre o final do século XIX e as duas primeiras décadas do XX. Parte fundamental do cotidiano carioca no período, o teatro era exercitado por diferentes grupos sociais em bairros e espaços cênicos variados e assumiu múltiplos significados e formas. O "teatrinho", como tantos se referiam ao teatro amador, ocupava, na verdade, espaço significativo na cidade, não apenas nos arrabaldes, mas também no centro e áreas nobres concorrendo e disputando platéias com as variadas formas de teatro comercial. Analisando os inúmeros jornais e revistas dedicados ao teatro, assim como os estatutos de grupos amadores e os pedidos de licença que encaminhavam à polícia foi possível mapear intenções e objetivos diversos articulados ao teatro produzido por amadores, reconhecer os locais de atuação e encenação em diferentes bairros do Rio de Janeiro e, também, alguns dos temas encenados. A organização e manutenção de um número expressivo de sociedades dramáticas, clubes e outras associações dedicadas ao teatro, criados e mantidos por imigrantes, operários, senhoras e senhores ‘da boa sociedade’ aponta para a popularização dessa prática e indica que o teatro constituiu um espaço importantíssimo de atuação e expressão social para diferentes grupos sociais na cidade. Para eles, as encenações teatrais podiam constituir uma identidade de grupo, expressar e canalizar tensões sociais bem maisamplas do que o bairro onde atuavam, servir como diversão ou lazer ou, ainda, doutrinar e formar a consciência social e política. Ao pesquisar o envolvimento e atuação de grupos diversos com o teatro minha intenção foi refletir sobre o papel dos amadores, não apenas no palco, mas na própria transformação geográfica, social e política da capital federal naquele período histórico.


  • 2011-07 Nas margens: Experiência de suburbanos com periodismo no Rio de Janeiro (1880-1920)
    Título
    Nas margens: Experiência de suburbanos com periodismo no Rio de Janeiro (1880-1920)
    Autor
    Leandro Climaco Almeida de Melo Mendonça
    Orientador(a)
    Laura Antunes Maciel
    Data de Defesa
    2011-07-18
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    149
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Heloisa de Faria Cruz
    Laura Antunes Maciel
    Marialva Carlos Barbosa
    Norberto Osvaldo Ferreras

    Resumo
    Esta é uma pesquisa dedicada em compreender o processo de constituição e desenvolvimento do periodismo suburbano existente na cidade do Rio de Janeiro entre as décadas de 1880 e 1920. Através da análise de inúmeros materiais, especialmente das dezenas de periódicos produzidos nos subúrbios, busca-se entender as motivações que levaram homens e mulheres a investirem na publicação de jornais, revistas e almanaques naquele momento histórico. O estudo dessas experiências no passado nos permite apresentar múltiplas experiências motivadas por projetos distintos. Ao apresentarmos o conjunto do periodismo suburbano na cidade, essa dissertação tem a intenção de trazer os desafios concretos enfrentados por todos aqueles que estiveram envolvidos na produção desses órgãos de imprensa. A fragilidade do financiamento, a concorrência com os periódicos mantidos por grandes empresas, a necessidade de angariar apoio entre os suburbanos, a construção de uma rede de representantes nos subúrbios – são exemplos que demonstram as dificuldades em se lançar e manter um periódico nos bairros suburbanos. Em um período marcado pelo forte crescimento urbano da cidade, o conjunto da imprensa suburbana pode ser considerado um material indispensável para o estudo das áreas mais afastadas do Centro e sua população. Se muitos jornais foram criados como órgãos militantes dos interesses de uma classe média que buscava se constituir como uma elite suburbana, distante dos interesses populares, em outros periódicos foi possível mapearmos experiências críticas ao modelo de sociedade hegemônico. Inúmeras iniciativas jornalísticas defenderam projetos alternativos, populares, assim como se constituíram como atores políticos privilegiados envolvidos na formulação de novas formas de representação política, duramente críticas ao modelo construído no início do período republicano, marcado pela exclusão da grande maioria da população do processo decisório do país.


  • 2011-07 Cidade Alta: História, memórias e estigma de favela num conjunto habitacional do Rio de Janeiro
    Título
    Cidade Alta: História, memórias e estigma de favela num conjunto habitacional do Rio de Janeiro
    Autor
    Mario Sergio Ignácio Brum
    Orientador(a)
    Paulo Knauss de Mendonça
    Data de Defesa
    2011-07-12
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    362
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Cecília da Silva Azevedo
    Lilian Fessler Vaz
    Luciana Corrêa do Lago
    Marcelo Tadeu Baumann Burgos
    Márcia da Silva Pereira Leite
    Mariana Cavalcanti Rocha Dos Santos
    Paulo Knauss de Mendonça

    Resumo
    Como, afinal, o que é "Favela"? A facilidade com que qualquer carioca forma na mente, de imediato, um espectro de imagens a partir do enunciado da palavra é rapidamente substituída pela dificuldade em conseguir explicar a um interlocutor o que ela significa. Quais especificidades a favela possui que a tornam um lugar distinto... exatamente do quê? Por que determinado lugar é uma favela e outros não? Como ter uma definição que possa dar conta de uma gama variada de locais com imensa heterogeneidade, ao mesmo tempo que deva delimitar algo específico, de modo que outras áreas parecidas, mas diferentes, não sejam incluídas? É o que tentaremos responder neste estudo, a partir da construção, em processos internos e externos, do estigma de favela que paira sobre um conjunto habitacional surgido em 1969 para abrigar removidos, dentro do programa de remoções de favelas no Rio de Janeiro: a Cidade Alta.


  • 2011-07 AMÉRICA EM TRANSE: Cinema, Identidade e Revolução na América Latina (1965-1971).
    Título
    AMÉRICA EM TRANSE: Cinema, Identidade e Revolução na América Latina (1965-1971).
    Autor
    Patrícia Ferreira Moreno Christofoletti
    Orientador(a)
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Data de Defesa
    2011-07-11
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    233
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Fernando Sergio Dumas Dos Santos
    Lucia Grinberg
    Maurício de Bragança
    Paulo Knauss de Mendonça
    Samantha Viz Quadrat
    Sonia Cristina da Fonseca Machado Lino

    Resumo
    No início dos anos de 1960 verificamos o surgimento de uma forma particular de engajamento político nas produções cinematográficas de alguns países da América Latina. Temas ligados aos problemas comuns dos povos latino-americanos, como a exploração colonial, a descolonização, o neocolonialismo, o subdesenvolvimento e a alienação foram recorrentes nessas produções e orientaram seus realizadores no projeto de se criar uma nova forma de se fazer cinema. Surgia o Nuevo Cine Latino-Americano. As principais preocupações dos cineastas vinculados a este novo cinema estiveram presentes em diversos projetos de libertação, concebidos no decorrer da formação histórica dos povos latino-americanos. Esta pesquisa objetiva analisar como se deu a construção deste engajamento, entendendo-o como fruto da relação de um dado grupo que se fortaleceu por meio da construção de uma rede de sociabilidades. Trata-se de compreender como se deram os debates em torno de questões vistas como fundamentais para a consolidação do chamado Nuevo Cine Latino-Americano.


  • 2011-06 Reforma financeira e Banco Central do Brasil em tempos de capital monopolista (1964-1968).
    Título
    Reforma financeira e Banco Central do Brasil em tempos de capital monopolista (1964-1968).
    Autor
    Ricardo Gilberto Lyrio Teixeira
    Orientador(a)
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes
    Data de Defesa
    2011-06-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    133
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Esther Kuperman
    Gelsom Rozentino de Almeida
    Marcelo Badaró Mattos
    Marcelo Dias Carcanholo
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    Este trabalho possui duas frentes de investigação. Na primeira, teórica, buscamos compreender a natureza e o papel do dinheiro na sociedade capitalista. Através dos escritos de Marx, trilhamos o processo de autonomização das formas do capital a fim de compreender como e porque o capital bancário assume o protagonismo na expansão e nas crises capitalistas. Buscamos também, apoiados em Lenin, explicar as formas de expansão do capital em sua fase imperialista. Por fim, na segunda frente, investigamos a formação histórica do Banco Central da República do Brasil. Criado com o Golpe de 1964 como sucessor da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), sua criação foi marcada por longos debates no Parlamento e no Governo, que duraram cerca de vinte anos. As tensões pelo controle da moeda e do crédito no Brasil permearam as difíceis relações institucionais do Banco do Brasil com a SUMOC, além das possibilidades de acesso ao crédito. Agudizaram-se, assim, nos mesmos ritmos do desenvolvimento da economia capitalista no Brasil e das lutas sociais, com o período de 1962 a 1964, o Governo Goulart, representando o momento de maior conflito.


  • 2011-06 Tristes Subúrbios: Literatura, Cidade e Memória na Experiência de Lima Barreto (1881 - 1922)
    Título
    Tristes Subúrbios: Literatura, Cidade e Memória na Experiência de Lima Barreto (1881 - 1922)
    Autor
    Pedro Henrique Belchior Rodrigues
    Orientador(a)
    Laura Antunes Maciel
    Data de Defesa
    2011-06-27
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    188
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Laura Antunes Maciel
    Leonardo Affonso de Miranda Pereira
    Magali Gouveia Engel
    Maria do Rosario da Cunha Peixoto

    Resumo
    Entre 1902 e 1922, o carioca Lima Barreto morou nos subúrbios. Neste período, que corresponde a toda a sua trajetória como escritor, dedicou romances, contos e diversas crônicas a questões do universo suburbano: feiras e mafuás, chalés e chácaras, "aristocracia" suburbana e trabalhadores pobres. Meu objetivo é compreender essa produção a partir da experiência social do escritor, cujos vestígios estão presentes em todo o universo ficcional e não-ficcional, além das anotações pessoais. De acordo com Raymond Williams, parto do princípio de que a literatura não é mero reflexo da sociedade, mas parte das relações sociais; institui e constitui a realidade. Assim, desejo compreender como o subúrbio do início do século XX, época de grandes reformas urbanas, emerge no interior de uma obra na qual estão presentes certas memórias da cidade – resgatadas e manipuladas sempre com um objetivo específico, o de combater as tais reformas e os "reformadores apressados" – e uma concepção própria da literatura, que lhe rendeu o reconhecimento de alguns intelectuais e o esquecimento de muitos outros.


  • 2011-06 Entre Senhores, Escravos e Homens Livres Pobres: Família, liberdade e relações sociais no cotidiano da diferença (Mangaratiba, 1831-1888)
    Título
    Entre Senhores, Escravos e Homens Livres Pobres: Família, liberdade e relações sociais no cotidiano da diferença (Mangaratiba, 1831-1888)
    Autor
    Manoel Batista do Prado Junior
    Orientador(a)
    Sheila Siqueira de Castro Faria
    Data de Defesa
    2011-06-17
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    210
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    João Luís Ribeiro Fragoso
    Roberto Guedes Ferreira
    Sheila Siqueira de Castro Faria

    Resumo
    Esta dissertação tem por objetivo analisar o comportamento econômico de Mangaratiba, vila situada no litoral sul da então província do Rio de Janeiro, ao longo do século XIX. O ponto de partida para a compreensão da organização produtiva de pequenos, médios e grandes senhores de escravos no cotidiano são as relações sociais estabelecidas em torno da família e da liberdade em uma sociedade escravista e caracterizada pelo elevado índice de africanidade. O recorte cronológico escolhido para a análise dos processos em questão foi de 1831, ano em que a vila em questão conquista sua autonomia administrativa e, coincidentemente, se promulga a primeira lei que proibia o tráfico de escravos africanos para o Brasil e 1888, fim da escravidão. Através da análise de inventários post-mortem, testamentos e registros paroquiais de batismos de escravos, de terras, processos-crime e de liberdade e estimativas de desembarques de africanos, buscaremos compreender como, em meio às hierarquias sociais e contínuos fluxos culturais, se moldavam e recriavam as relações entre senhores, escravos e homens livres pobres.


  • 2011-06 Tradição e modernidade: práticas corporativas e a reforma dos ofícios em Lisboa no século XVIII.
    Título
    Tradição e modernidade: práticas corporativas e a reforma dos ofícios em Lisboa no século XVIII.
    Autor
    Glaydson Gonçalves Matta
    Orientador(a)
    Georgina Silva Dos Santos
    Data de Defesa
    2011-06-16
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    212
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Beatriz Catão Cruz Santos
    Carlos Gabriel Guimarães
    Georgina Silva Dos Santos
    José Newton Coelho Meneses

    Resumo
    Durante a época moderna, as corporações de ofícios contribuíram para a construção de uma complexa rede que regulava a produção e o comércio de mercadorias, além da atuação de novos artesãos no espaço urbano. Em Lisboa no século XVIII, estes oficiais mecânicos viram seus monopólios ameaçados pela intervenção direta da Real Junta De comércio e da Monarquia na organização das corporações, marcados por uma tradição medieval. Destacando a atuação da Casa Dos Vinte e Quatro, instituição que representava os artesãos de Lisboa junto à Câmara, este estudo busca compreender a pressão sofrida pelas corporações e as estratégias criada pelos artesãos para a manutenção de seus privilégios, o que culminou com uma ampla reforma dos ofícios em 1771, a segunda de sua história.


  • 2011-06 A Rabeca de José Gerôncio: Luiz Heitor Corrêa de Azevedo - Música, Folclore e Academia na Primeira metade do século XX
    Título
    A Rabeca de José Gerôncio: Luiz Heitor Corrêa de Azevedo - Música, Folclore e Academia na Primeira metade do século XX
    Autor
    Henrique Drach
    Orientador(a)
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Data de Defesa
    2011-06-09
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    529
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Fico da Silva Júnior
    Cecília da Silva Azevedo
    Flávia Camargo Toni
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Mônica Neves Leme
    Paulo Henrique Loureiro de Sá
    Tânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
    Verena Alberti

    Resumo
    A partir de 1930, retoma-se o movimento em busca de uma identidade nacional, que datava quase da própria Independência em 1822. Atraídos por sua força gravitacional, várias correntes da intelectualidade brasileira passaram a orbitar então à volta de um Estado renovadamente autoritário, lançando-se à procura das raízes do Brasil, identificadas por alguns como folclore. No contexto mundial das inéditas dimensões trazidas pela I Guerra Mundial e pelas vertiginosas transformações industriais e tecnológicas que acompanharam a expansão capitalista, decompunham-se as formas tradicionais de convivência como os referenciais considerados absolutos, surgindo o mundo propriamente moderno. Ao mesmo tempo, se a fotografia, o cinema e os processos de gravação sonora criavam a expectativa de poder conservar o passado, o telégrafo, o automóvel, o avião e o rádio pareciam superar as barreiras de incomunicabilidade do presente entre povos e países. Na iminência de um segundo conflito mundial, ressurgiu, promovido pelos Estados Unidos, o ideal panamericano. Em seu bojo, como ocorria na Europa de tantas nacionalidades distintas, estava a proposta de elaborar um gigantesco arquivo de folclore, que assegurasse o mapeamento musical das Américas. Nesse momento, primeiro catedrático (1939) da cadeira de folclore nacional na Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro, Luiz Heitor Corrêa de Azevedo aproveita o oferecimento de uma estadia de seis meses em Washington D.C. Ao retornar, realiza quatro viagens de pesquisas folclóricas entre 1942 e 1946 – a Goiás, Ceará, Minas Gerais e Rio Grande do Sul – com a missão de resgatar o que restava da essência da alma brasileira, antes que se desintegrasse para sempre diante das novidades trazidas pelas ondas do rádio. Esta tese examina a trajetória desse personagem desde sua formação no Colégio Anchieta dos padres jesuítas em Friburgo, RJ, até sua partida para Paris, em 1947, onde passou a atuar como alto funcionário da UNESCO. De um lado, busca-se contextualizar sua atuação, em especial, quanto ao papel exercido pelo panamericanismo e quanto ao lugar ocupado pelo folclore na academia brasileira. De outro, evidenciar a tensão, presente nas viagens que realizou, entre regras metodológicas rigorosas de pesquisa, que supostamente devia seguir, e uma compreensão hermenêutica, que lhe permitia abordar pessoas muito diferentes daquelas com as quais convivia. Num plano mais profundo, de maneira quase imperceptível, porém, indaga-se também a respeito do lugar da música na sociedade contemporânea


  • 2011-06 A incorporação da agroecologia pelo MST: reflexões sobre o novo discurso e experiência prática.
    Título
    A incorporação da agroecologia pelo MST: reflexões sobre o novo discurso e experiência prática.
    Autor
    Priscilla Gomes da Silva
    Orientador(a)
    Marcelo Badaró Mattos
    Data de Defesa
    2011-06-03
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    177
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andréa Lemos Xavier Galucio
    Canrobert Penn Lopes Costa Neto
    Marcelo Badaró Mattos
    Ricardo da Gama Rosa Costa
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    Essa pesquisa possui o objetivo de analisar o processo de incorporação da Agroecologia nos planos discursivo e prático do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra - o MST. O paradigma sócio-produtivo agroecológico é tomado como referência para a entidade desde meados dos anos 1990, deslocando a referência dominante até então: o cooperativismo de origem produtivista. Pretendemos avaliar os mecanismos que redundaram na alteração destes modelos sócio-produtivos, e sobretudo a forma como a Agroecologia passou a ser introduzida no discurso oficial do movimento. Propomos também uma reflexão acerca de uma das experiências práticas do movimento em relação às transições agroecológica e camponesa, dinâmica esta que vem sendo empreendida na Comunidade Terra Livre, um acampamento do MST localizado no sul do estado do Rio de Janeiro.


  • 2011-05 Da casa verde ao subsolo: Machado de Assis e Dostoiévski entre modernidade e tradição
    Título
    Da casa verde ao subsolo: Machado de Assis e Dostoiévski entre modernidade e tradição
    Autor
    Ana Carolina Huguenin Pereira
    Orientador(a)
    Daniel Aarão Reis Filho
    Data de Defesa
    2011-05-31
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    316
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Bruno Barretto Gomide
    Daniel Aarão Reis Filho
    Heloisa Maria Murgel Starling
    Margarida de Souza Neves
    Nicolau Sevcenko
    Sidney Chalhoub

    Resumo
    A tese propõe uma reflexão sobre marcos essenciais da Modernidade: a afirmação da personalidade e da consciência individuais, a cientificidade e o ateísmo, a explosão de redes tradicionais de sociabilidade, gerando tensões e incertezas, a multiplicidade de vozes (polifonia). Questões às vezes recusadas, mas sempre presentes nos contextos históricos vivenciados, interpretados e reescritos, de formas específicas, por F. Dostoiévski, por Machado de Assis, e por seus interlocutores russos e brasileiros. Estudo comparado das obras de Machado de Assis e F. Dostoiévski, aproximando temas sobre os quais os autores escreveram – críticas, angústias, ambivalências e ambigüidades propostas diante de processos modernizantes, transformadas em expressões artísticas e registros históricos. A proximidade evidencia-se na comparação entre a crítica zombeteira formulada por Dostoiévski ao racionalismo moderno nas Memórias do Subsolo, cujo narrador apresenta-se como "um camundongo de consciência hipertrofiada", e o ceticismo irônico de Machado de Assis ao narrar a trajetória ruinosa de Simão Bacamarte, legítimo representante do discurso científico europeu na província colonial de Itaguaí, em O alienista.


  • 2011-05 D. João de Almeida Portugal e a Revisão do Processo dos Távoras: conflitos, intrigas e linguagens políticas em Portugal nos finais do Antigo Regime (c. 1777-1802)
    Título
    D. João de Almeida Portugal e a Revisão do Processo dos Távoras: conflitos, intrigas e linguagens políticas em Portugal nos finais do Antigo Regime (c. 1777-1802)
    Autor
    Patricia Woolley Cardoso Lins Alves
    Orientador(a)
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Data de Defesa
    2011-05-31
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    330
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Anita Correia Lima de Almeida
    Antonio Cesar de Almeida Santos
    Carlos Gabriel Guimarães
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Lucia Maria Bastos Pereira Das Neves
    Sérgio Chahon
    William de Souza Martins

    Resumo
    A segunda metade do século XVIII foi um período singular da história européia, caracterizando-se pela ampliação da alfabetização, pela construção de uma incipiente opinião pública e, especialmente, por acalorados debates acerca do poder dos reis, da Igreja, das leis e do papel da justiça. Nos principais centros intelectuais da Europa, tais como Paris, Londres, Viena e Milão, as obras de Voltaire e o livro do Marquês de Beccaria (Dos Delitos e das Penas) despertavam inquietações, contra-respostas e a circulação de panfletos diversos. Em Portugal, parte desse período correspondeu ao reinado de D. Maria (1777-1792). Ainda que comumente denominado "viradeira", foi durante o reinado mariano que se procurou reorganizar a legislação portuguesa, assim como verificou-se um ambiente intelectual mais arejado, permitindo a recepção das discussões jurídicas e humanitárias que, desde pelo menos 1760, tinham espaço entre os círculos letrados estrangeiros. Foi nesse contexto, e pelas diligências de D. João de Almeida Portugal, 2º Marquês de Alorna, que se empreendeu a revisão do processo dos Távoras. Tratava-se de questão polêmica, e que pretendia passar a limpo um dos episódios mais desconcertantes da história portuguesa. O objetivo do presente trabalho é analisar, a partir dos discursos construídos e dos personagens envolvidos nessa revisão, as diferentes linguagens políticas e os discursos sobre o poder que tiveram lugar em Portugal no último quartel do século XVIII. Afinal, tal como ensinou Franco Venturi, a melhor maneira de se compreender esse período, seus elementos inovadores, mas, também, as suas muitas permanências, é analisando os discursos produzidos pelos personagens de carne e osso que fizeram e fazem a história. Assim, a figura de D. João de Almeida Portugal ganhou destaque no presente trabalho. Seus apontamentos políticos revelam que apesar de manter uma interpretação aristocrática e conservadora da política e da sociedade, foi, ao menos em alguns pontos, capaz de superá-la.


  • 2011-05 "Barra do Piraí ainda é terra de jongueiros": Patrimônio familiar e patrimônio cultural entre permânencias e transformações do Jongo no Sudeste
    Título
    "Barra do Piraí ainda é terra de jongueiros": Patrimônio familiar e patrimônio cultural entre permânencias e transformações do Jongo no Sudeste
    Autor
    Luana da Silva Oliveira
    Orientador(a)
    Paulo Knauss de Mendonça
    Data de Defesa
    2011-05-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    184
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Márcia Regina Romeiro Chuva
    Martha Campos Abreu
    Paulo Knauss de Mendonça
    Ricardo Gomes Lima

    Resumo
    Na pesquisa desenvolvida, abordamos a história dos grupos de jongo de Barra do Piraí, contextualizando seus espaços, interlocutores e a memória dos jongueiros. O jongo/caxambu é uma manifestação cultural popular, praticada por afrodescendentes na região Sudeste, que em 2005 recebeu o título de Patrimônio Cultural Brasileiro pelo IPHAN. A ideia que sustentamos é de que há uma relação dialética de manutenção entre o patrimônio oficial e o patrimônio familiar. Nessa perspectiva, buscamos demonstrar como a institucionalização do patrimônio imaterial visa alcançar o diferencial da garantia de direitos culturais e de memória através de políticas públicas. Porém, o patrimônio cultural, os bens culturais patrimonializavéis em si, não dependem apenas do título para se manterem vivos, mas também, e principalmente, da sabedoria transmitida e cultivada nas bases familiares dos grupos e comunidades. Entretanto, na conjuntura atual, a partir das lutas e conquistas estabelecidas, o apoio do poder público é legítimo e necessári.


  • 2011-05 A "Dona" do Sertão: mulher, rebelião e discurso político em Minas Gerais no Século XVIII
    Título
    A "Dona" do Sertão: mulher, rebelião e discurso político em Minas Gerais no Século XVIII
    Autor
    Alexandre Rodrigues de Souza
    Orientador(a)
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Data de Defesa
    2011-05-27
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    165
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Cláudia de Jesus Maia
    Júnia Ferreira Furtado
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Sheila Siqueira de Castro Faria

    Resumo
    Para os apreciadores da História de Minas Dona Maria da Cruz ganhou destaque pela sua atuação nos Motins do Sertão às margens do São Francisco no ano de 1736. O presente trabalho pretende acompanhar a trajetória de vida da personagem. É a ação dessa mulher que, junto com sua família, marca a colonização do sertão e também os protestos de 1736. Analisar a trajetória de D. Maria da Cruz ajuda a entender a presença da mulher nos motins. A revolta tem como característica principal uma composição social diversificada, e as mulheres também fizeram parte desse arranjo. A figura feminina vê na rebelião um momento no qual o poder de decisão lhes pertence. Durante as revoltas, as mulheres se encontram "deslocadas" dos seus lugares. Alheia à linguagem política infere-se que ela retira de seu próprio espaço privado as suas formas de transgressão.


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