Dissertações e Teses
  • 2012-03 Eletricidade no Brasil da Primeira República: A CBEE e os Guinle no Distrito Federal (1904-1923)
    Título
    Eletricidade no Brasil da Primeira República: A CBEE e os Guinle no Distrito Federal (1904-1923)
    Autor
    Cláudia Regina Salgado de Oliveira Hansen
    Orientador(a)
    Carlos Gabriel Guimarães
    Data de Defesa
    2012-03-30
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    285
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alexandre Macchione Saes
    Carlos Gabriel Guimarães
    Cezar Teixeira Honorato
    Maria Emília da Costa Prado
    Maria Letícia Corrêa
    Sonia Regina de Mendonça
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    O tema desta pesquisa é o das estratégias usadas pelos dirigentes da Companhia Brasileira de Energia Elétrica para a conquista do mercado de eletricidade do Distrito Federal, na Primeira República. Partindo de uma reflexão acerca da conjuntura favorável ao surgimento de empresas de eletricidade, no Brasil, e do crescimento e fortalecimento do mercado de eletricidade do Distrito Federal, são analisados os investimentos dos Guinle no setor elétrico brasileiro, especialmente, a Companhia Brasileira de Energia Elétrica. À análise da fundação e organização da Companhia Brasileira de Energia Elétrica – que representou a consolidação dos interesses dos Guinle no setor elétrico brasileiro -, articula-se uma investigação acerca dos seus aspectos econômico-financeiros. Em seguida, procurando investigar sobre as estratégias utilizadas pelos dirigentes da Companhia Brasileira de Energia Elétrica para a conquista do mercado de eletricidade do Distrito Federal, são analisadas a presença e participação de membros da família Guinle e seus parceiros na Associação Comercial do Rio de Janeiro, no Clube de Engenharia e no Centro Industrial do Brasil, assim como suas articulações com ocupantes de cargos públicos diretamente vinculados às concessões dos serviços públicos e particulares de eletricidade do Distrito Federal. Por fim, foi feita uma análise essencialmente quantitativa acerca da posição tomada por alguns periódicos cariocas na disputa travada entre os Guinle e os dirigentes da empresa canadense The Rio de Janeiro Tramway Light and Power, pelo mercado carioca de eletricidade.


  • 2012-03 "As penalidades corporais e o processo de organização do Poder Monárquico Afonsino ( 1254-1284)"
    Título
    "As penalidades corporais e o processo de organização do Poder Monárquico Afonsino ( 1254-1284)"
    Autor
    Marta de Carvalho Silveira
    Orientador(a)
    Mário Jorge da Motta Bastos
    Data de Defesa
    2012-03-30
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    236
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andréia Cristina Lopes Frazão da Silva
    Carolina Coelho Fortes
    Edmar Checon de Freitas
    Leila Rodrigues da Silva
    Mário Jorge da Motta Bastos
    Renata Rodrigues Vereza
    Roberto Godofredo Fabri Ferreira

    Resumo
    Este trabalho desenvolve uma reflexão sobre o processo de consolidação da monarquia castelhana, especificamente, durante o reinado afonsino. Consideramos o reinado de Afonso X um marco para a consolidação do poder real graças a elaboração de uma política de busca pelo fim da pluralidade jurídica a fim de sobrepor a autoridade monárquica às forças nobiliárquicas atuantes no reino castelhano. A fim de dimensionar a questão do processo de consolidação do poder monárquico em Castela, elegemos as penalidades corporais como objetos específicos de análise, pois as consideramos como mecanismos jurídicos eficazes na promoção e extensão do poder do rei às diversas comunidades do reino. Sendo assim, neste trabalho, implementamos uma análise das penalidades corporais à luz do Fuero Real, que começou a ser concedido por Afonso X à região da Castilla la Vieja, em 1255 e, posteriormente foi estendido à Estremadura, a Transierra, ao reino de Toledo, Andaluzia e Murcia. As penalidades corporais por nós classificadas e analisadas foram a pena de morte, a mutilação corporal, o corpo à mercê, a prisão e o desterro.


  • 2012-03 "A crista é a parte mais superficial da onda. Mediações culturais na MPB (1968-1982)"
    Título
    "A crista é a parte mais superficial da onda. Mediações culturais na MPB (1968-1982)"
    Autor
    Luisa Quarti Lamarão
    Orientador(a)
    Denise Rollemberg Cruz
    Data de Defesa
    2012-03-30
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    270
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Daniel Aarão Reis Filho
    Denise Rollemberg Cruz
    Márcia Regina Tosta Dias
    Marcos Francisco Napolitano de Eugenio
    Maria Paula Nascimento Araújo
    Samantha Viz Quadrat
    Santuza Cambraia Naves

    Resumo
    A tese trata das mediações culturais que influenciaram na construção da Música Popular Brasileira (MPB) no período entre 1968 e 1982. Para além das análises que priorizavam a trajetória dos movimentos musicais e/ou dos artistas de sucesso, a pesquisa busca mostrar que o êxito simbólico e comercial da MPB deve-se também a outros elementos que permitiram a aproximação da música com o público. Ao proporcionarem a circulação dessa mercadoria, os mediadores culturais facilitaram o acesso do público a ela, reafirmando valores caros ao projeto de diferentes veículos de comunicação que lucravam com essa atividade. Para exemplificar o conceito de mediação cultural, foram examinados os fascículos História da Música Popular Brasileira, da Editora Abril, que apresentava um encarte com a biografia e análises da obra do artista e um LP com suas principais músicas; os artigos de diferentes veículos de três jornalistas da chamada "nova onda" de críticos musicais: Ana Maria Bahiana; Nelson Motta e Tárik de Souza; e os shows do "Circuito Universitário", série de espetáculos de MPB que percorreram cidades universitárias e capitais do Sudeste do Brasil. De diferentes formas, os três casos se constituem em importantes espaços de mediação que auxiliaram na divulgação das músicas, dos artistas e das práticas que englobaram a construção da instituição sócio-política chamada MPB.


  • 2012-03 "O Infante D. Pedro e as alianças externas de Portugal (1425-1449)"
    Título
    "O Infante D. Pedro e as alianças externas de Portugal (1425-1449)"
    Autor
    Douglas Mota Xavier de Lima
    Orientador(a)
    Vânia Leite Fróes
    Data de Defesa
    2012-03-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    266
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Francisco José Silva Gomes
    Miriam Cabral Coser
    Paulo André Leira Parente
    Roberto Godofredo Fabri Ferreira
    Vânia Leite Fróes

    Resumo
    Estuda-se o papel do infante D. Pedro na contrução e na consolidação das alianças externas de Portugal na primeira metade do século XV. Analisa-se a viagem do Infante pela Cristandade (1425-1428), entendendo-a como um instrumento paradigmático das relações diplomáticas no medievo. O limite cronológico da pesquisa é a batalha de Alfarrobeira, acontecimento que gerou um abalo nas alianças externas do reino, exatamente porque afetou uma dos pilares de tais relações, o ilustre D. Pedro. Através do estudo de um amplo corpus documental, objetiva-se demonstrar a importância dos vínculos pessoais e das solidariedades de linhagem para a estruturação das alianças externas dos poderes da baixa Idade Média, e ainda evidenciar a ação do Infante na afirmação da dinastia de Avis.


  • 2012-03 "CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES DE GENÊRO E AFIRMAÇÃO RÉGIA: os casais da realeza portuguesa entre os séculos XIV e XV a partir das crônicas de Fernão Lopes"
    Título
    "CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES DE GENÊRO E AFIRMAÇÃO RÉGIA: os casais da realeza portuguesa entre os séculos XIV e XV a partir das crônicas de Fernão Lopes"
    Autor
    Mariana Bonat Trevisan
    Orientador(a)
    Vânia Leite Fróes
    Data de Defesa
    2012-03-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    272
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andréia Cristina Lopes Frazão da Silva
    Miriam Cabral Coser
    Raquel Alvitos Pereira
    Roberto Godofredo Fabri Ferreira
    Vânia Leite Fróes

    Resumo
    Análise a respeito da relação entre a afirmação política de uma nova casa real e a construção de identidades de gênero para os membros da realeza portuguesa a partir da Crónica de D. Pedro I, da Crónica de D. Fernando e da Crónica de D. João I, obras de Fernão Lopes, cronista oficial da dinastia de Avis. No fim do século XIV Portugal passou por uma crise política que culminou na fundação da Casa de Avis por D. João I (1385-1433), filho bastardo do rei D. Pedro I (1357-1367). Para consolidar a nova dinastia diversos recursos foram utilizados, incluindo a construção de uma memória legitimadora para seu fundador e sua criação através das crônicas régias. O discurso político do cronista passa pela configuração do mundo da corte e dos principais personagens de seu contexto. Neste sentido, cabe ressaltar a relevância das relações entre gênero, parentesco e poder no período. Casamentos régios, casos amorosos e descendência ilegítima constituem elementos essenciais na configuração política dos reinos no mundo medieval e têm relação fundamental com a própria instauração da Dinastia de Avis em Portugal. Nosso intuito é analisar como são construídas no relato lopeano identidades de gênero para D. Pedro I e sua amante D. Inês de Castro (1325-1355), D. Fernando (1367-1383) e a rainha D. Leonor Teles (1350-1386), D. João I e a rainha D. Filipa de Lencastre (1360-1415). Comparando com outras fontes coevas ao cronista, buscamos perceber como os aspectos relacionados ao gênero são mobilizados no discurso, caracterizando as personagens de modo positivo ou negativo conforme os valores referentes ao imaginário da sociedade medieval e os propósitos da legitimação avisina.


  • 2012-03 "A economia dos negros livres no Rio de Janeiro e Richmond, 1840-1860"
    Título
    "A economia dos negros livres no Rio de Janeiro e Richmond, 1840-1860"
    Autor
    Carlos Eduardo Valencia Villa
    Orientador(a)
    Carlos Gabriel Guimarães
    Data de Defesa
    2012-03-29
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    374
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ângelo Alves Carrara
    Carlos Gabriel Guimarães
    Luiz Fernando Saraiva
    Luiz Paulo Ferreira Nogueról
    Pedro Carvalho de Mello
    Tarcísio Rodrigues Botelho
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    Richmond no Estado da Virgínia nos Estados Unidos e o Rio de Janeiro no Brasil foram cidades que tiveram um forte incremento demográfico na primeira metade do século XIX. Esse incremento esteve ancorado na expansão econômica derivada das suas características de portos atlânticos pelos que se exportavam mercadorias agrícolas com algum valor agregado na manufatura e que eram produzidas nas regiões vizinhas das cidades. Essa produção tinha como fator fundamental o trabalho escravo que foi predominante tanto no setor rural quanto no urbano por várias décadas e chegou a seu ápice na metade do século. Grande parcela da população cativa urbana trabalhava para empregadores diferentes de seus senhores ou trabalhavam de forma autônoma sem supervisão permanente, em outras palavras o mercado de trabalho destas cidades estava formado pela compra e venda de escravos e pelo fornecimento e procura de trabalhadores, livres ou cativos, para contratar. Esta tese estuda a atividade econômica dos negros livres nestes contextos de expansão econômica e de consolidação desse tipo de mercados de trabalho. Para entender essa atividade se procura conhecer os vínculos entre ela e o ritmo econômico das cidades. Para atingir esse objetivo o texto tem cinco capítulos, o primeiro explica o contexto geral das duas cidades e os outros quatro estudam cada um dos ciclos econômicos: 1840-1846, 1847-1850, 1851-1856 e 1857-1860.As fontes para conhecer a atividade econômica foram aquelas que permitiram a construção de séries históricas, por exemplo: anúncios de jornal, escrituras registradas em cartórios, censos e pagamentos de impostos. Além disso, foram usados métodos quantitativos e de geoprocessamento.


  • 2012-03 "Periodismo maçônico, política e cultura impressa na Corte Imperial brasileira (1871-1874)"
    Título
    "Periodismo maçônico, política e cultura impressa na Corte Imperial brasileira (1871-1874)"
    Autor
    Thiago Werneck Gonçalves
    Orientador(a)
    Gizlene Neder
    Data de Defesa
    2012-03-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    181
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Anna Marina Madureira de Pinho Barbará Pinheiro
    Giselle Martins Venancio
    Gizlene Neder
    Humberto Fernandes Machado
    Jessie Jane Vieira de Sousa

    Resumo
    A pesquisa intitulada Periodismo maçônico e cultura política na Corte imperial brasileira (1871-1874),Foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense (PPGH-UFF) com o apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Investigou-se a presença da imprensa maçônica difundida na Corte imperial brasileira, especialmente no período compreendido entre 1871 e 1874, buscando analisar o seu papel tanto na difusão da cultura impressa quanto na construção dos espaços públicos modernos. Foram analisados os jornais oficiais das maçonarias brasileiras, sob a guarda da seção de Periódicos da Fundação Biblioteca Nacional, instituição localizada na cidade do Rio de Janeiro. Tomamos o periodismo maçônico tanto como fonte quanto objeto de pesquisa. Trata-se de uma importante ferramenta para a análise da história da imprensa, entre o final do século XIX e início do século XX na cidade do Rio de Janeiro, período no qual a ação da instituição maçônica ligou-se ao campo liberal, especialmente em torno da luta pelo estabelecimento de uma sociedade secular. Assim, os posicionamentos anunciados pela imprensa maçônica eram contrários à visão de mundo preconizada pela Igreja católica. Durante o movimento ultramontano as autoridades católicas intensificaram as críticas em relação à maçonaria, deixando transparecer sua insatisfação com a emergência de uma nova sociedade. Ao mesmo tempo, os maçons travaram na imprensa uma luta com o clero ultramontano, o qual, em função de seu discurso conservador, foi considerado o maior inimigo do progresso e da civilização.


  • 2012-03 "A cidade sob o texto: Um estudo acerca da sociedade urbana inglesa a partir da narrativa de Geoffrey Chaucer (segunda metade do século XIV)"
    Título
    "A cidade sob o texto: Um estudo acerca da sociedade urbana inglesa a partir da narrativa de Geoffrey Chaucer (segunda metade do século XIV)"
    Autor
    Viviane Azevedo de Jesuz
    Orientador(a)
    Vânia Leite Fróes
    Data de Defesa
    2012-03-28
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    188
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Edmar Checon de Freitas
    Miriam Cabral Coser
    Raquel Alvitos Pereira
    Renata Rodrigues Vereza
    Vânia Leite Fróes

    Resumo
    Estudo sobre as relações de identidade urbana no mundo medieval, tendo como base Londres na segunda metade do século XIV. Partindo de uma narrativa de peregrinação, The Canterbury Tales, e dos Calendars of Letter Books, procura-se analisar de que forma a sociedade se inscreve na narrativa, criando um novo lugar de pertencimento a partir da presença dos ofícios e das relações que seus membros estabelecem com a cidade.


  • 2012-03 "Eurípides e a Guerra do Peloponeso:Representações da guerra nas tragédias Hécuba, Suplicantes e Troianas
    Título
    "Eurípides e a Guerra do Peloponeso:Representações da guerra nas tragédias Hécuba, Suplicantes e Troianas
    Autor
    Brian Gordon Lutalo Kibuuka
    Orientador(a)
    Alexandre Carneiro Cerqueira Lima
    Data de Defesa
    2012-03-27
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    141
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriene Baron Tacla
    Alexandre Carneiro Cerqueira Lima
    Claudia Beltrão da Rosa
    Fábio de Souza Lessa
    Sônia Regina Rebel de Araújo

    Resumo
    Este trabalho, intitulado Eurípides e a Guerra do Peloponeso: representações da guerra nas tragédias Hécuba, Suplicantes, e Troianas, trata do conjunto de imagens e representações da guerra nas tragédias euripidianas. Tais tragédias encenam a guerra mítica e, ao mesmo tempo, conservam alguma relação com a guerra de facto: a Guerra do Peloponeso. Visto que as tragédiassãotextos escritos para serem encenados diante de cidadãos, elas são dotadas de uma natureza cívica e, no caso de Eurípides, Hécuba, Suplicantes e Troianas informam e instruem cada uma delas em um momento distinto da guerra a respeito dos impactos dos conflitos entre Atenas e Esparta, e a respeito dos valores socioculturais que, reafirmados nos enredos, convidam à reflexão os cidadãos de Atenas e das cidades gregas pertencentes à Simaquia Ateniense. Esta pesquisa está dividida três capítulos. Oprimeiro capítulo trata das questões mais abrangentes relacionadas ao drama grego. A começar das questões fundamentais sobre as relações entre a história e a literatura, procura-se destacá-las no gênero trágico. O segundo capítulo apropria-se das conclusões do capítulo anterior e retoma a discussão tratando inicialmente da teoria da guerra. Em seguida, faz-se uma breve revisão bibliográfica com o objetivo de identificar a documentação da Antiguidade que teoriza a guerra, bem como as abordagens históricas que procuraram estabelecer a série de questões feitas à documentação e que culminam na teoria em vigor. Em seguida, esta pesquisa avança para a descrição das tragédias e do tragediógrafoEurípides, apresentando o conjunto de peculiaridades do drama euripidiano. O terceiro capítulo apropria-se da teoria de representação, estrutura, mito, pólis, espaço de encenação e da análise das estratégias euripidianas de modificação dos mitos, aplicando os resultados parciais de cada capítulo na análise de três peças, Hécuba, Suplicantes e Troianas, que correspondem a ciclos épicos distintos e a períodos distintos da Guerra do Peloponeso.


  • 2012-03 "Nem tudo que reluz é ouro: A última Hora, a Tribuna da Imprensa e a campanha de saneamento moral de Copacabana"
    Título
    "Nem tudo que reluz é ouro: A última Hora, a Tribuna da Imprensa e a campanha de saneamento moral de Copacabana"
    Autor
    Daniele Chaves Amado
    Orientador(a)
    Denise Rollemberg Cruz
    Data de Defesa
    2012-03-27
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    104
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alessandra Carvalho
    Daniel Aarão Reis Filho
    Denise Rollemberg Cruz
    Maria Paula Nascimento Araújo
    Samantha Viz Quadrat

    Resumo
    O objetivo da dissertação é a análise do papel da imprensa como instrumento político. Através do estudo de dois periódicos que atuaram ativamente no cenário político do período, mais especificamente, durante o segundo governo de Getúlio Vargas, a Última Hora e a Tribuna da Imprensa. Assim, nosso objeto de estudo é o papel político destes dois jornais que possuíam orientações políticas antagônicas. Para entendermos esse papel, selecionamos uma questão específica que se transformou em foco de atenção dos dois jornais e, através da análise da forma de tratamento dado a esta, podemos verificar as estratégias adotadas pelos periódicos para promoverem seus posicionamentos políticos. Utilizaremos a campanha moralizadora do bairro de Copacabana, empreendida pelo periódico Última Hora. Tal campanha realizada pelo periódico durante o mês de setembro de 1952 pretendia, inicialmente, impedir que o bairro se transformasse no Bas-fond da cidade, após sofrer mudanças significativas devido à chegada e ao fluxo de novos freqüentadores da praia, novos moradores, veranistas, turistas e os tipos boêmios acarretando uma nova recomposição social com a redefinição dos padrões de moradia e sociabilidade do bairro. A campanha resultou em uma mesa-redonda que contou com a participação do chefe de polícia do Distrito Federal, general Ciro Rezende, do delegado de Costumes e Diversões, dr. Cícero Brasileiro de Melo, além de outras personalidades consideradas pertinentes para o debate pela Última Hora. A campanha de saneamento moral de Copacabana obteve resposta imediata por parte da Tribuna da Imprensa, através da publicação de denúncias quanto à corrupção de policiais da Delegacia de Costumes e Diversões Públicas envolvidos com a prática do lenocínio. A estratégia adotada por Carlos Lacerda, fundador e dono da Tribuna da Imprensa e opositor ferrenho de Vargas, consistia em apresentar reportagens que de alguma forma associassem o governo e especialmente a imagem do presidente da república, Getúlio Vargas, a expansão e normatização do meretrício e à corrupção policial devido à sua suposta associação à exploração da prostituição.


  • 2012-03 "O conto dos dois irmãos e a literatura no período dos Ramsés: Uma análise literária"
    Título
    "O conto dos dois irmãos e a literatura no período dos Ramsés: Uma análise literária"
    Autor
    Patricia Cardoso Azoubel Zulli
    Orientador(a)
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Data de Defesa
    2012-03-27
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    200
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriene Baron Tacla
    Alexandre Carneiro Cerqueira Lima
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Fábio de Souza Lessa
    Regina Maria da Cunha Bustamante

    Resumo
    A presente dissertação consiste na análise de um documento literário do Período Raméssida (ca. 1295-1069 a.C.), O Conto dos Dois Irmãos. Para tanto, foi utilizada uma metodologia estruturalista da literatura criada por Tzvetan Todorov, que a denominou "Poética", em conjunto com a Sociologia da Literatura proposta pelo sociólogo Lucien Goldmann. O estudo, de característica transdisciplinar, verificou os usos do texto e as influências nele perceptíveis, tanto estruturalmente, mediante a análise filológica e o estudo de conceitos típicos da sociedade egípcia, quanto inserindo o conto em seu contexto histórico.


  • 2012-03 Ciranda da Terra: A Dinâmica Agrária e seus Conflitos Na Freguesia de São Tiago de Inhaúma (1850-1915).
    Título
    Ciranda da Terra: A Dinâmica Agrária e seus Conflitos Na Freguesia de São Tiago de Inhaúma (1850-1915).
    Autor
    Rachel Gomes de Lima
    Orientador(a)
    Márcia Maria Menendes Motta
    Data de Defesa
    2012-03-26
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    212
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Elione Silva Guimarães
    Márcia Maria Menendes Motta
    Marcos Guimarães Sanches
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    Com o objetivo de analisar a dinâmica agrária na freguesia rural de São Tiago de Inhaúma no Rio de Janeiro, optamos por esquadrinhar um conflito de reintegração de posse terras em Bonsucesso, no ano de 1912. Tal objeto permite a percepção de diversas continuidades do Império em um momento de ruptura política da Primeira República, dentre elas a presença do rural em uma onda de urbanização em princípio do século XX e a utilização e debate sobre as legislações coloniais e imperiais ainda utilizadas nas questões agrárias e civis que regeriam os conflitos até o ano de 1917, quando se instituiu o primeiro Código Civil brasileiro. Destaca-se o uso do Código Comercial de 1850 e seu Regulamento 737 do mesmo ano como base de discurso do litígio apresentado. A análise deste litígio nos permite ainda o estudo das famílias proprietárias na freguesia e suas redes de parentela iniciadas no século XVIII, dos mitos de origem da propriedade, das diferentes estratégias para se provar a posse e a comparação dos habitus dos senhores frente à disputa de uma antiga fazenda que teria, na última década do século XIX e primeiras do XX, sua área valorizada devido à instalação da linha férrea e do aumento populacional que ocorria em Inhaúma, por exemplo.


  • 2012-03 "Companhia Estrada de Ferro Therezopolis: uma empresa do encilhamento em meio à política republicana fluminense (1890-1895)"
    Título
    "Companhia Estrada de Ferro Therezopolis: uma empresa do encilhamento em meio à política republicana fluminense (1890-1895)"
    Autor
    Guilherme Babo Sedlacek
    Orientador(a)
    Carlos Gabriel Guimarães
    Data de Defesa
    2012-03-23
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    285
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andre Nunes de Azevedo
    Carlos Gabriel Guimarães
    Cezar Teixeira Honorato
    Luiz Fernando Saraiva
    Maria Letícia Corrêa

    Resumo
    Neste trabalho analiso a política e a economia da Primeira República brasileira, no contexto do estado do Rio de Janeiro, tomando como objeto a atuação política da Companhia Estrada de Ferro Therezopolis (E.F.T.). A princípio estabeleço uma revisão da literatura sobre a história do município de Teresópolis, na qual critico a tradicional construção de alguns mitos políticos. Procuro mapear os interesses comuns entre proprietários rurais, comerciantes e capitalistas a partir empresas das quais eram acionistas. As relações entre os empresários da E.F.T. e a classe dirigente fluminense durante os anos de 1890 e 1895 são investigadas ressaltando as continuidades na política econômica em lugar das alternâncias de governantes ou partidos no poder. Analiso também os contextos da proclamação da República, do Governo Provisório e do encilhamento a partir dos conceitos gramscianos de crise orgânica, revolução passiva e cesarismo. Por fim, estudo o movimento da reação ruralista no estado do Rio de Janeiro e suas consequências nas relações entre o grupo hegemônico no Partido Republicano Fluminense (PRF) e os diretores da E.F.T.


  • 2012-03 Jornada para a eternidade: As concepções de vida post-mortem real e privada nas tumbas Tebanas do Reino Novo - 1550-1070 a .C.
    Título
    Jornada para a eternidade: As concepções de vida post-mortem real e privada nas tumbas Tebanas do Reino Novo - 1550-1070 a .C.
    Autor
    Moacir Elias Santos
    Orientador(a)
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Data de Defesa
    2012-03-23
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    467
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriene Baron Tacla
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Fábio de Souza Lessa
    Julio Cesar Mendonça Gralha
    Margaret Marchiori Bakos
    Regina Maria da Cunha Bustamante
    Sônia Regina Rebel de Araújo

    Resumo
    O presente trabalho é um estudo que se insere na esfera da religião funerária dos egípcios antigos durante o Reino Novo, que reúne a XVIII, XIX e XX Dinastias, período que corresponde cronologicamente de 1550 a 1070 a.C.. A área geográfica de investigação compreende as necrópoles situadas na margem oeste da moderna Luxor, a antiga Tebas dos gregos ou Uaset, como era chamada pelos egípcios, e também a necrópole localizada no leste da atual Tell el-Amarna, ou Akhetaton conforme a denominação escolhida por Akhenaton. Na margem oeste de Tebas região foi criada uma vila, conhecida pelo nome de Deir el-Medina, com o objetivo de abrigar um grupo de trabalhadores e suas famílias, que estavam organizados hierarquicamente e que tinham um missão em comum: a construção das tumbas reais. Ao mesmo tempo em que trabalhavam neste projeto, estes construtores também se ocuparam de outros, entre os quais estavam as suas próprias tumbas. E é por meio destas, que verificamos todas as etapas da construção, desde a escolha do local até a finalização das pinturas, para que pudéssemos compreender as modificações nas formas, a sua função e a organização simbólica dos textos e da iconografia, que serviam tanto para os vivos quanto para os mortos. Em um segundo momento, avaliamos a cultura material funerária encontrada nas tumbas tebanas, por meio da qual apontamos as principais modificações que ocorreram durante a XVIII e XIX Dinastias e que serviram para explicar a existência de diferentes concepções de vida no além. Por último, investigamos o imaginário sobre a vida post mortem, por meio do qual explicamos a relação da dependência dos egípcios e dos estrangeiros com o faraó visto que, juntamente com Ra e Osíris, ele era o grande responsável por garantir aos mortos a vida eterna. Neste ponto tratamos também das ideias de Akhenaton que causaram profundas modificações na religião funerária, em especial na extenção passageira do outro mundo.


  • 2012-03 "A relação/tensão entre arte e capital no Brasil: a atuação de grupos teatrais contra-hegemônicos (1990-2010)"
    Título
    "A relação/tensão entre arte e capital no Brasil: a atuação de grupos teatrais contra-hegemônicos (1990-2010)"
    Autor
    Pâmela Peregrino da Cruz
    Orientador(a)
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Data de Defesa
    2012-03-23
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    120
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Fernando Sergio Dumas Dos Santos
    Marcelo Badaró Mattos
    Ronaldo Rosa Reis
    Victor Hugo Adler Pereira

    Resumo
    É possível produzir uma arte contra-hegemônica, comprometida com uma mudança profunda da sociedade brasileira em um contexto de adaptação (à) e valorização da lógica de mercado como o que vivemos? Buscando refletir sobre esta questão, analiso a relação/tensão entre arte e capital manifesta no desenvolvimento histórico de grupos teatrais que buscam transformações profundas, quando não revolucionárias, da realidade. Para tanto, analiso as formas que dois grupos de teatro paulistas procuraram, encontraram e/ou desenvolveram para suprir as necessidades financeiras de sua reprodução, problematizando a mercantilização da arte. Os grupos selecionados para o estudo foram o Teatro Popular União e Olho Vivo (TUOV) – fundado em 1966 – e a Companhia do Latão – formada em 1997. A referência para esta pesquisa é o materialismo cultural, desenvolvido por Raymond Williams, bem como conceitos como hegemonia (Gramsci), mercadoria (Marx) e as reflexões de Brecht e Benjamin sobre a produção artística dentro do capitalismo que busca superá-lo.


  • 2012-03 Arroz e feijão, livros e discos: História e memórias do serviço de alimentação da Previdência Social, SAPS (1940-1967)
    Título
    Arroz e feijão, livros e discos: História e memórias do serviço de alimentação da Previdência Social, SAPS (1940-1967)
    Autor
    Ana Maria da Costa Evangelista
    Orientador(a)
    Jorge Luiz Ferreira
    Data de Defesa
    2012-03-23
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    262
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Américo Oscar Guichard Freire
    Andréa Casa Nova Maia
    Giselle Martins Venancio
    Helena Maria Bousquet Bomeny
    Jorge Luiz Ferreira
    Karla Guilherme Carloni
    Lucília de Almeida Neves Delgado

    Resumo
    Este estudo tem como ideia nuclear compreender o sentido dado pelos trabalhadores e pelas camadas populares à política estatuída pelo governo Vargas, em 1940, traduzida como Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS). Essa autarquia era um órgão do Ministério do Trabalho e Previdência Social e fruto das realizações do trabalhismo construído no primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945). A proposta do SAPS consistia em fornecer alimentação de qualidade e baixo preço para a classe trabalhadora e lhe proporcionar acesso a bens e atividades culturais. Para tanto, foram criados os Restaurantes Populares e, aglutinadas a eles, as Bibliotecas e as Discotecas Populares. No intuito de combater a fome e a carência nutricional, o SAPS assumiu a tarefa de educador alimentar, criando os primeiros cursos de Nutrição no Brasil. Além de nutricionistas, tais cursos formavam Visitadoras de Alimentação. Dessa forma, pode-se inferir que a instituição tinha múltiplas funções e que se tornou um espaço do trabalhador e das famílias com parcos recursos. Esses serviços foram extintos, em 1967, pela ditadura militar. Esta pesquisa tem como fulcro compreender como a classe trabalhadora se apropriou dessa política pública e o que representou sua extinção. A fundamentação teórica se baseou nos pressupostos da História Social da Cultura, da História Oral e dos estudos acerca de processos rememorativos.


  • 2012-03 "A Anistia brasileira: antecedentes, limites e desdobramentos da ditadura civil-militar à democracia"
    Título
    "A Anistia brasileira: antecedentes, limites e desdobramentos da ditadura civil-militar à democracia"
    Autor
    Denise Felipe Ribeiro
    Orientador(a)
    Samantha Viz Quadrat
    Data de Defesa
    2012-03-23
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    141
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alessandra Carvalho
    Daniel Aarão Reis Filho
    Denise Rollemberg Cruz
    Maria Paula Nascimento Araújo
    Samantha Viz Quadrat

    Resumo
    O presente trabalho tem como objetivo analisar o debate travado no âmbito da sociedade e dos poderes Legislativo e Executivo relativo à anistia política aos penalizados a partir do golpe civil-militar de 1964. Procuramos analisar o início desse debate, as reações dos governos civil-militares e a preocupação do regime com sua imagem no exterior prejudicada pelas denúncias de violações de direitos humanos e de luta pela anistia. Considerando também a retomada desse debate no período democrático, buscamos compreender as políticas de justiça de transição que foram sendo constituídas aqui e em outros países que passaram por diferentes processos de transição à democracia, assim como as diferentes reações a tais ações.


  • 2012-03 O príncipe perfeito e a saúde do reino (Portugal - século XV)
    Título
    O príncipe perfeito e a saúde do reino (Portugal - século XV)
    Autor
    Priscila Aquino Silva
    Orientador(a)
    Vânia Leite Fróes
    Data de Defesa
    2012-03-22
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    309
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Beatris Dos Santos Gonçalves
    Dulce Oliveira Amarante Dos Santos
    Maria Eurydice de Barros Ribeiro
    Miriam Cabral Coser
    Paulo André Leira Parente
    Roberto Godofredo Fabri Ferreira
    Vânia Leite Fróes

    Resumo
    Fala-se de uma época de transformações profundas. São mudanças trazidas pelos ventos do fortalecimento do poder régio que, no seio do século XV, toma contornos decisivos. Pelas firmes mãos de D. João II (1481 a 1495), Portugal vive um período de paz com Castela, de financiamento e incentivo à expansão marítima, de retirada dos privilégios e prerrogativas senhoriais da nobreza de terras. Mas o que nos interessa de perto nessa grande viragem rumo à modernidade é a esfera assistencial. Aquela que trata dos pequenos atores sociais, dos pobres e miseráveis, dos enfermos e marginais. Pobreza fortemente identificada com a vida de Cristo e depositária da salvação. E é no domínio da assistência que o Príncipe Perfeito e sua rainha, D. Leonor, têm um papel crucial na consolidação de um novo modelo assistencial, onde o Estado começa a centralizar as ações de amparo aos desvalidos, a justiça e a própria espiritualidade. Trata-se de um tempo no qual a caridade e o assistencialismo sofrem profunda remodelação, que tem expressão, principalmente, na construção do Hospital das Caldas da Rainha, e na construção do Hospital de Todos os Santos, de Lisboa. Urbe de onde irradiou a principal obra hospitalar do período e que foi palco de inúmeras intervenções régias com relação à Saúde do Reino – espiritual e corporal – Lisboa é foco privilegiado de análise. Nesse contexto de rupturas, as imagens heráldicas escolhidas pelo casal régio para figurar hospitais, gafarias, adentrar nas capelas e lugares sagrados revelam intenções de cunho cristão e messiânico: o pelicano e o camaroeiro, ou rastro.


  • 2012-03 "A ditadura dos empreiteiros: As empresas nacionais de construção pesada, suas formas associativas e o Estado ditatorial brasileiro 1964-1985"
    Título
    "A ditadura dos empreiteiros: As empresas nacionais de construção pesada, suas formas associativas e o Estado ditatorial brasileiro 1964-1985"
    Autor
    Pedro Henrique Pedreira Campos
    Orientador(a)
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes
    Data de Defesa
    2012-03-21
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    539
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    João Márcio Mendes Pereira
    Maria Letícia Corrêa
    Renato Luís do Couto Neto E Lemos
    Sebastião Carlos Velasco E Cruz
    Théo Lobarinhas Piñeiro
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo

    As empresas nacionais da indústria de construção pesada ao longo da ditadura civilmilitar brasileira (1964-1985) constituem o objeto de estudo desta tese de doutorado. Nela, é analisada a formação histórica do setor no país, bem como a trajetória das principais empreiteiras brasileiras e seu desenvolvimento ao longo da ditadura. Em uso do aparato teórico-conceitual marxista gramsciano, analisamos as formas de organização dessas construtoras em aparelhos privados da sociedade civil detidamente em capítulo específico, sendo abordadas também sua atuação junto à sociedade e ao aparelho de Estado. São analisadas as políticas estatais voltadas para o setor da construção, bem como as políticas mais gerais que incorreram em efeitos para a indústria de construção. Concluímos que ao final da ditadura, temos a consolidação de um capital monopolista no setor, com a conformação de grandes conglomerados econômicos diversificados liderados pelas construtoras, fazendo esses parte de um seleto grupo do grande capital monopolista e financeiro brasileiro. Além disso, verificamos a forte inserção dos empresários do setor e de suas formas organizativas junto ao bloco de poder e pacto político que deu base à ditadura civil-militar brasileira, sendo os empreiteiros de obras públicas bastante poderosos naquele período, com ampla participação nas agências estatais e mecanismos de decisão das políticas públicas postas então em prática.




  • 2012-03 A Revolução como teodicéia. Simone Weil e a persistência da opressão
    Título
    A Revolução como teodicéia. Simone Weil e a persistência da opressão
    Autor
    Miguel Ángel Suárez Escobio
    Orientador(a)
    Daniel Aarão Reis Filho
    Data de Defesa
    2012-03-19
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    351
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alexandre Ribeiro Samis
    Carlo Maurizio Romani
    Daniel Aarão Reis Filho
    Wallace Dos Santos de Moraes

    Resumo
    Encaixada no eixo do progresso, a razão produtivista, e o domínio da natureza, a Modernidade tinha alimentado sonhos de expansão material ilimitada que, mesmo após a hecatombe da I Guerra Mundial, persistiam inalterados nos anos trinta do século passado. Impregnado deste ideário, o movimento operário proclamava a imperiosa necessidade de uma revolução exigida pelo esgotamento do papel histórico da burguesia. Não obstante, tanto marxistas, quanto anarquistas, fabianos ou sindicalistas revolucionários, salvo contadas exceções, defenderam uma transformação radical da sociedade que se levaria a cabo desde as mesmas plataformas sobre as que se tinha erigido o sistema social que pretendiam dinamitar; isto é, o progresso, a razão teórica e o industrialismo a grande escala. A singular pensadora que foi Simone Weil, em seus exíguos trinta anos de existência, refutou estas miragens funestas dos trabalhadores, alertando sobre a nocividade intrínseca das próprias bases da Modernidade industrialista, e sobre as monstruosas conseqüências que se podiam derivar da falta de correspondência entre meios e fins. Iluminada pelo sentido da mesura da Grécia clássica, Simone Weil driblou os abismos de um retorno a um passado imaginado e do messianismo revolucionário, para construir um pensamento profundamente crítico sobre as ilusões técnicas que tinham feito dos homens escravos do Estado e da máquina.


  • 2012-03 Udigrudi:O underground tupiniquim. Chiclete com Banana e o humor em tempos de redemocratização brasileira
    Título
    Udigrudi:O underground tupiniquim. Chiclete com Banana e o humor em tempos de redemocratização brasileira
    Autor
    Aline Martins Dos Santos
    Orientador(a)
    Samantha Viz Quadrat
    Data de Defesa
    2012-03-16
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    188
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alessandra Carvalho
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Denise Rollemberg Cruz
    Maria Paula Nascimento Araújo
    Samantha Viz Quadrat

    Resumo
    Esta dissertação analisa o surgimento da revista Chiclete com Banana, criada pelo cartunista Angeli em 1985 e que se tornou um marco no mercado editorial brasileiro dos anos 1980, não só pelos altos índices de vendagem, mas, sobretudo pela proposta de humor de costumes anárquicos e urbanos, criando figuras inigualáveis e tendo como seus principais consumidores, os punks. Durante o período de abertura democrática a revista irá deslocar o debate, anteriormente voltado para a crítica à política por conta da oposição à ditadura civil-militar, para uma crítica aos costumes, ao conservadorismo, as mazelas e contradições da sociedade burguesa, capitalista, liberal e antiquada. Tudo isso projetado no âmbito das representações culturais do universo urbano desenhado e imaginado pelos humoristas gráficos que tiveram seus trabalhos expostos na revista.


  • 2012-03 Brasil e os Estados Unidos no contexto da Guerra Fria e seus subprodutos: Era Atômica e dos mísseis,Corrida Armamentista e espacial,1945-1960
    Título
    Brasil e os Estados Unidos no contexto da Guerra Fria e seus subprodutos: Era Atômica e dos mísseis,Corrida Armamentista e espacial,1945-1960
    Autor
    Tácito Thadeu Leite Rolim
    Orientador(a)
    Jorge Luiz Ferreira
    Data de Defesa
    2012-03-16
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    336
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Cecília da Silva Azevedo
    Francisco Carlos Teixeira da Silva
    Jorge Luiz Ferreira
    Luiz Carlos Soares
    Ricardo Antonio Souza Mendes
    Robert Sean Purdy
    Williams da Silva Gonçalves

    Resumo
    O período entre 1945 a 1960 representa um momento marcante na consolidação da então chamada "Guerra Fria". Foi neste período que se consolidaram as armas atômicas – e posteriormente as termonucleares – como instrumentos a serem utilizados na "iminente" Terceira Guerra Mundial: neste processo, surgiram os subprodutos da "Guerra Fria", como a "Era Atômica e dos Mísseis" e a "Corrida Espacial e Armamentista", que reforçam e são reforçados por ela. Por um lado, as armas nucleares e seus vetores eram desenvolvidos, projetados, testados, aperfeiçoados e operacionalizados, o que significou aumento no poder destrutivo de tais armas e na capacidade dos vetores de "entregá-las" no alvo. Por outro lado, quanto mais isso era feito, mais claro ficava que as armas nucleares não poderiam ser utilizadas sem que isso significasse a destruição de todo o planeta, de capitalistas, de comunistas e todo o entremeio. A percepção desta capacidade não apenas diminuiu a temperatura da "Guerra Fria" entre o sistema bipolar, mas também mostrou a relativa inutilidade das armas nucleares. Assim, é o componente estratégico (técnico-militar) – as armas nucleares – que manteve "fria" a "Guerra Fria", e é ele que empresta sentido ao conceito; e não o componente político-ideológico (capitalismo versus comunismo). O objetivo desta tese de doutorado é partir do conceito revisitado de "Guerra Fria" e então investigar o papel desempenhado por ele – e por seus subprodutos – no Brasil no período de 1945-60, e então entender como se processou a perda de importância estratégica do Brasil e de toda a América Latina no pós-guerra. Objetiva-se analisar também a utilidade de um dos mecanismos de internalização daquela perda – a "barganha atômica" – durante o pós-guerra pelos nacionalistas, comunistas, "entreguistas", dentre outros; bem como a postura destes mesmos agentes históricos diante do renascimento estratégico brasileiro de fins da década de 1950, quando a ilha de Fernando de Noronha foi cedida para os Estados Unidos. A pesquisa revelou que os minérios atômicos não pareciam um bom instrumento de barganha no processo de reversão da perda estratégica. Revelou ainda que o melhor instrumento de barganha do Brasil desde a Segunda Guerra Mundial – a ilha de Fernando de Noronha – foi desperdiçado e / ou subutilizado pelo governo brasileiro. A forte aderência ao componente ideológico criada pela historiografia no conceito de "Guerra Fria" – e ainda hoje observada – faz com que não se perceba que o elemento crucial dele são as armas atômicas e termonucleares (ou o "foco irradiador da ‘Guerra Fria’").


  • 2012-03 Preservação do Patrimônio Científico Nacional (1970 - 1990)
    Título
    Preservação do Patrimônio Científico Nacional (1970 - 1990)
    Autor
    Araci Gomes Lisboa
    Orientador(a)
    Cezar Teixeira Honorato
    Data de Defesa
    2012-03-16
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    252
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Alvarez Maia
    Cezar Teixeira Honorato
    Lená Medeiros de Menezes
    Luiz Carlos Soares
    Márcia Regina da Silva Ramos Carneiro
    Maria Emília da Costa Prado
    Maria Esther Alvarez Valente

    Resumo
    Nesta tese, apresentam-se os resultados da pesquisa que teve por objetivo analisar o processo de construção e consolidação da ciência e da tecnologia (C&T) no Brasil, entre as décadas de 1970 e 1990. A partir da análise de uma série de documentos depositados no Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) – arquivos institucionais e pessoais de cientistas –, foi possível identificar que a campanha de preservação do patrimônio científico organizada por um grupo de pesquisadores do Observatório Nacional, que culminou na criação do MAST, foi o fio condutor para destacar o distanciamento dos poderes públicos com as questões de ciência e tecnologia, assim como a movimentação dos grupos ligados à ciência e tecnologia frente às políticas públicas para essa área durante o processo de mudança negociado para o retorno do Brasil ao regime democrático. Como resultado, conclui-se que a construção do patrimônio científico estava atrelada à afirmação da ciência e tecnologia como fundamental para o crescimento econômico, político e social do país.


  • 2012-03 O longo Bonapartismo Brasileiro(1930-1964): Autonomização relativa do Estado, populismo, historiografia e movimento operário
    Título
    O longo Bonapartismo Brasileiro(1930-1964): Autonomização relativa do Estado, populismo, historiografia e movimento operário
    Autor
    Felipe Abranches Demier
    Orientador(a)
    Marcelo Badaró Mattos
    Data de Defesa
    2012-03-13
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    518
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alvaro Gabriel Bianchi Mendez
    Marcelo Badaró Mattos
    Renato Luís do Couto Neto E Lemos
    Rômulo Costa Mattos
    Sonia Regina de Mendonça
    Valerio Arcary
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    A finalidade deste trabalho é assinalar a presença da idéia de autonomização relativa do Estado, fenômeno histórico-político abordado por alguns clássicos do pensamento marxista, em alguns dos destacados trabalhos científicos que se dedicaram ao chamado período populista da história nacional. Mais especificamente, buscaremos expor como o conceito de bonapartismo, tal como foi trabalhado e desenvolvido por autores como Marx, Engels, Trotsky e Gramsci, se encontra presente em uma parcela da produção bibliográfica acadêmica que visou à compreensão das relações entre classes sociais e Estado no período da república brasileira localizado entre 1930 e 1964. Ademais, este trabalho também objetiva evidenciar a existência de uma relação pouco conhecida – para não dizermos simplesmente ignorada – entre essas interpretações acadêmicas sobre o período populista brasileiro e aquelas que, bem antes, no calor dos acontecimentos, haviam sido elaboradas por organizações políticas do movimento operário entre os anos 1930-1964. Mais especificamente, intentamos expor como pequenos agrupamentos de extração trotskista (ou próximos ao trotskismo), como a Liga Comunista Internacionalista (LCI), o Partido Operário Leninista (POL), o Partido Socialista Revolucionário (PSR), o Partido Operário Revolucionário (POR) e a Política Operária (POLOP) anteciparam, em suas análises conjunturais sobre o caráter político assumido pela dominação de classe no país, muitos elementos que, mais tarde, reapareceriam nas tais interpretações acadêmicas sobre o período populista. Além de todas essas questões de caráter historiográfico, o presente trabalho traz também, ao seu final, uma proposta nossa de interpretação histórica do processo político brasileiro do período 1930-1964 realizada à luz do que chamamos de uma "teoria do bonapartismo".


  • 2012-03 Cidadania e Trabalhadores: Cocheiros e carroceiros no Rio de Janeiro (1870-1906)
    Título
    Cidadania e Trabalhadores: Cocheiros e carroceiros no Rio de Janeiro (1870-1906)
    Autor
    Paulo Cruz Terra
    Orientador(a)
    Gladys Sabina Ribeiro
    Data de Defesa
    2012-03-12
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    313
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Gladys Sabina Ribeiro
    Ismênia de Lima Martins
    Leonardo Affonso de Miranda Pereira
    Marcelo Badaró Mattos
    Norberto Osvaldo Ferreras
    Paulo Roberto Ribeiro Fontes
    Sidney Chalhoub

    Resumo
    Esta tese tem como objeto as formas de organização e mobilização da categoria dos cocheiros e carroceiros no Rio de Janeiro, entre 1870 e 1906. Nesse período, o setor de transporte transformou-se substancialmente com a introdução das companhias de carris, sendo que estas acarretaram mudanças nas relações de trabalho. Ao investigar os cocheiros e carroceiros, analiso o papel dos trabalhadores no processo de formação da cidadania no Brasil. Sendo assim, abordo alguns aspectos do exercício e da luta pela ampliação dos direitos, como: os requerimentos enviados ao governo municipal ou central; as associações, tanto mutualistas quanto sindicais; além de algumas greves realizadas pela categoria, que por sinal foi a que mais empreendeu paralisações na cidade no referido recorte temporal.


language

Siga-nos