Dissertações e Teses
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2012-05 Orientalismo revisitado a cobertura da Veja ao islamismo e ao "mundo árabe" no pós-11 de setembroTítuloOrientalismo revisitado a cobertura da Veja ao islamismo e ao "mundo árabe" no pós-11 de setembroAutor
Felipe Vagner Silva de FariasOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2012-05-22Nivel
MestradoPáginas
102Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralGiselle Martins VenancioMauricio Barreto Alvarez ParadaThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEste trabalho visa a analisar a cobertura da revista Veja ao islamismo e ao chamado "mundo árabe" no pós-11 de setembro .Destacando como a revista, em consonância com grande parte da imprensa mundial, utilizou o conceito de cultura para justificar mais uma missão civilizadora estadunidense. Neste sentido, o artigo analisa a postura de alinhamento da Veja aos interesses estadunidenses, mostrando como ela justifica as intervenções armadas dos Estado Unidos, e como adere a estratégia utilizada por Washington de criação de um novo inimigo, contribuindo assim para conferir ao islamismo o status de uma religião belicosa e potencialmente ameaçadora à paz mundial e à "civilização ocidental". Destacando também como a Veja ignorou o papel da política estadunidense para o Oriente Médio no fortalecimento do antiamericanismo na região e no aumento dos ataques terroristas.
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2012-05 Crônica e História: a Companhia de Jesus e a construção da história do Maranhão (1698-1759)TítuloCrônica e História: a Companhia de Jesus e a construção da história do Maranhão (1698-1759)Autor
Roberta Lobão CarvalhoOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2012-05-17Nivel
MestradoPáginas
208Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresFelipe Charbel TeixeiraGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesSérgio Chahon
ResumoO objetivo dessa pesquisa é compreender a ideia de História que se encontra nas crônicas jesuíticas do século XVII e XVIII referentes ao Maranhão colonial. Para tal utilizou-se como objeto de estudo três crônicas escritas em momentos diferentes da História do Maranhão. A primeira foi escrita pelo padre João Felipe Bettendorff e se intitula Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão (1627-1698). A segunda é intitulada Chonica da Companhia de Jesus da Missão do Maranhão [1720] foi escrita pelo padre Domingos de Araújo; e a terceira se deve ao padre José de Moraes, intitulada História da Companhia de Jesus na Extinta Província do Maranhão e Pará (1759). Para realizar esse estudo fez-se necessário estar atenta a algumas questões. A primeira foi entender a formação do pensamento histórico na época que se convencionou chamar Moderna, a segunda consistiu em compreender as especificidades do cenário maranhense da época em relação ao Oriente e ao Brasil, e por último, compreender que os textos das crônicas jesuíticas tratam de assuntos que geralmente ocorreram muitos anos antes de serem escritos, e antes de serem publicados passavam por correções e censuras, filtros teológicos e políticos, estando menos preocupados "com o que realmente aconteceu" e mais preocupados em edificar, através de exemplos, de criar uma verdade pedagógica.
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2012-05 "Etnicidade e racismo em Angola: Da luta de libertação ao pleito eleitoral de 1992"Título"Etnicidade e racismo em Angola: Da luta de libertação ao pleito eleitoral de 1992"Autor
Tatiana Pereira Leite PintoOrientador(a)
Marcelo Bittencourt Ivair PintoData de Defesa
2012-05-14Nivel
MestradoPáginas
135Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraAndrea Barbosa MarzanoMarcelo Bittencourt Ivair PintoNorberto Osvaldo FerrerasRoberto Carlos da Silva Borges
ResumoEsta dissertação discutirá como racismo e etnicidade estiveram presentes nos embates políticos e sociais em Angola em contextos variados, entre 1961 e 1992. Não existe a pretensão de construir uma história pormenorizada do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), mas sim de realçar os diversos momentos em que argumentos étnico-raciais se transformaram em valiosos capitais políticos, tanto nas crises internas do MPLA quanto nos embates entre este movimento e os dois movimentos de libertação rivais: a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a União Nacional para Independência Total de Angola (Unita).
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2012-05 "Os Reinos de Daniel: profecia e política em Portugal e na Inglaterra do século XVII"Título"Os Reinos de Daniel: profecia e política em Portugal e na Inglaterra do século XVII"Autor
Luiz Filipe Alves Guimarães CoelhoOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2012-05-10Nivel
MestradoPáginas
149Volumes
1Banca de DefesaBeatriz Catão Cruz SantosGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesJacqueline HermannLuís Filipe Silvério LimaRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoGrandes mudanças políticas abalaram os reinos de Portugal e Inglaterra. Após 60 anos, um rei português voltava a se sentar sobre o trono luso, restaurando consigo o antigo prestígio e todos os símbolos da monarquia portuguesa. Poucos anos depois o monarca inglês Carlos I (1625-1649) seria julgado e condenado por alta traição contra seus próprios súditos. A coroa inglesa entrara em descrédito, derrubada por um novo desafio à ideia do poder divino dos reis. Neste conturbado mundo do século XVII, dentre as muitas interpretações que surgiram alavancadas por estes acontecimentos históricos únicos, destacamos duas, que partindo de uma base semelhante, as visões do profeta bíblico Daniel, chegaram a conclusões distintas. Porém, ao serem observadas lado a lado, as ideias proféticas de John Rogers – um dos nomes de destaque entre os Homens da Quinta Monarquia – e do padre António Vieira – autor e defensor da fé na vinda eminente do Quinto Império Português – podem nos servir para revelar que algumas das pretensas fronteiras desta Europa em crise, como a linha confessional exacerbada na Guerra dos Trinta Anos, poderiam ser mais permeáveis do que se havia postulado. Como as diferenças e as semelhanças entre os discursos do pregador inglês e do jesuíta português podem nos revelar os traços distintos destes mesmos personagens históricos bem como de seus próprios conturbados reinos? Foi a partir destas questões que procuramos realizar este trabalho.
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2012-05 " O paraíso dos ladrões: Crime e criminosos nas reportagens policiais da imprensa (Rio de Janeiro, 1900-1920)"Título" O paraíso dos ladrões: Crime e criminosos nas reportagens policiais da imprensa (Rio de Janeiro, 1900-1920)"Autor
Ana Vasconcelos OttoniOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2012-05-08Nivel
DoutoradoPáginas
326Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMagali Gouveia EngelMarcelo de Souza MagalhãesMarcos Luiz BretasMarialva Carlos BarbosaMartha Campos Abreu
ResumoO estudo aborda as representações sobre o crime e os criminosos no Rio de Janeiro, entre 1900-1920, produzidas por reportagens policiais. No centro da atenção estão as notícias de crimes cometidos por ladrões e cabos eleitorais/capangas de políticos divulgadas pelos três maiores jornais cariocas da época – Jornal do Brasil, Correio da Manhã e Gazeta de Notícias. Procura-se avaliar as justificativas para os crimes e ações de criminosos produzidas pelas reportagens policiais da imprensa carioca no início do século XX. Para isso, optamos por privilegiar determinadas variáveis localizadas na própria documentação. São elas: problemas de ordem social/nacional e/ou racial, motivações políticas/eleitorais e deficiências no policiamento. Segundo as notícias e seus redatores, essas variáveis contribuíram para explicar a criminalidade e sua expansão na cidade durante o período em foco. Demonstramos que no interior das reportagens policiais dos jornais produziam-se diferentes e divergentes representações sobre o crime e os criminosos.
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2012-05 "O general Lecor, os voluntários reais e os conflitos pela Independência do Brasil na Cisplatina (1822-1824)"Título"O general Lecor, os voluntários reais e os conflitos pela Independência do Brasil na Cisplatina (1822-1824)"Autor
Fábio Ferreira RibeiroOrientador(a)
Maria Verónica Secreto FerrerasData de Defesa
2012-05-07Nivel
DoutoradoPáginas
258Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGraciela Bonassa GarciaJuliana Beatriz Almeida de SouzaLarissa Moreira VianaMaria Verónica Secreto FerrerasNorberto Osvaldo FerrerasVanderlei Vazelesk Ribeiro
ResumoA trajetória política do militar Carlos Frederico Lecor, no período compreendido entre os anos de 1807 e 1828, é o objeto do estudo ora proposto. A partir da história de vida do personagem, que lutou nas guerras napoleônicas e governou a Província Cisplatina durante os reinados de D. João VI e D. Pedro I, a tese buscará analisar a história política luso-brasileira no corte temporal ora proposto, bem como suas correlações com a região do rio da Prata e os interesses britânicos para a América do Sul.
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2012-05 "Arranjar a Memória, que ofereço por defesa:Cultura política e jurídica nos discursos de defesa dos rebeldes Pernambucanos de 1817"Título"Arranjar a Memória, que ofereço por defesa:Cultura política e jurídica nos discursos de defesa dos rebeldes Pernambucanos de 1817"Autor
Marcelo Dias Lyra JúniorOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2012-05-07Nivel
MestradoPáginas
189Volumes
1Banca de DefesaCarlos Ziller CamenietzkiGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesSérgio ChahonWilliam de Souza Martins
ResumoEsta dissertação estuda as defesas dos réus da Rebelião Pernambucana de 1817, produzidas pelo advogado baiano Antônio Luiz de Brito Aragão e Vasconcelos. A análise desses escritos tem por objetivo compreender como as representações jurídicas interpretavam à implicação dos indivíduos na revolta, atentando para suas referências jurídicas e políticas, suas concepções de sociedade e seu entendimento das relações políticas entre a Coroa Portuguesa e seus vassalos americanos. Nesse sentido, busca-se refletir a historicidade desses escritos à luz da ordem político-jurídica portuguesa e suas transformações a partir de meados do século XVIII; da específica realidade social e política em que se deu a revolta; e do contexto das novas circunstâncias políticas colocadas pela transferência da Corte em 1808.
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2012-05 Buenos Aires, História e Tango: Crise, Identidade e Intertexto nas Narrativas TanguerasTítuloBuenos Aires, História e Tango: Crise, Identidade e Intertexto nas Narrativas TanguerasAutor
Avelino Romero Simões PereiraOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2012-05-04Nivel
DoutoradoPáginas
434Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusGladys Viviana GeladoMarcos Luiz BretasMaria Helena Rolim CapelatoMaria Verónica Secreto FerrerasMartha Campos AbreuSamuel Mello Araujo Junior
ResumoO trabalho articula os campos da história, musicologia e crítica literária, reconhece o tango como fenômeno complexo – dança, música, poesia, memória e identidade social – e o problematiza como parte da cultura histórica argentina. Analisa relações entre tango, sociedade e política, mobilizando uma história social da cultura e uma história política, informadas pelas noções de memória social e de culturas políticas. Duas temáticas interrelacionadas – crise e identidade – sinalizam o tango como representação identitária e vivência estética das crises sociais, possibilitando analisar ações e valores compartilhados ou confrontados pelos sujeitos sociais, na interseção entre o tempo dos eventos e o das estruturas. Focando a cidade de Buenos Aires, os limites temporais são dados pelo "tango criollo" do princípio do século XX e o "tango nuevo" dos anos 50 e 60. A pesquisa ampla e diversificada de fontes inclui nas narrativas "tangueras" as chamadas "histórias do tango", composições musicais, textos literários, testemunhos e memórias, analisados como uma rede intertextual que canoniza temas e objetos. Inicialmente, apresenta-se a "desmontagem" das narrativas produzidas por Carlos Vega, José Gobello e Horacio Ferrer, textos e autores significativos pela difusão e pelas instituições que fundaram. Em seguida, tensionando a temporalidade histórica, uma cronologia retrogradada demonstra as pressões do passado sobre o presente e analisa diversas conjunturas de crise e expansão, questionando marcos temporais e temas consagrados pela tradição narrativa: a "revolución piazzolleana" e a "desperonização" dos anos 50 e 60; da crise dos anos 30 à militância "tanguera" junto ao peronismo; identidades sociais e musicais nos anos 20; as "origens" do tango na Buenos Aires "fin-de-siècle".
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2012-04 Como se faz um clássico da literatura brasileira? Análise da consagração literária de Érico Veríssimo, Jorge Amado, Graciliano Ramos e Rachel de Queiroz (1930 - 2012)TítuloComo se faz um clássico da literatura brasileira? Análise da consagração literária de Érico Veríssimo, Jorge Amado, Graciliano Ramos e Rachel de Queiroz (1930 - 2012)Autor
Marisa Schincariol de MelloOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2012-04-27Nivel
DoutoradoPáginas
223Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralAna Lucia Silva EnneDênis de Roberto Villas Boas de MoraesFrederico Oliveira CoelhoLuciana Lombardo Costa PereiraRômulo Costa MattosVictor Hugo Adler Pereira
ResumoEstudo sobre o processo histórico de consagração literária de quatro autores – Erico Verissimo, Graciliano Ramos, Jorge Amado e Rachel de Queiroz – a partir de suas posições no campo intelectual, desde suas formações intelectuais e estreias literárias, na década de 1930, passando por suas inserções profissionais, até os dias de hoje, quando seus livros se encontram consolidados enquanto clássicos da literatura brasileira e a internet vem modificar a organização da indústria editorial. Os processos de profissionalização do escritor, de consolidação do campo literário e da indústria cultural de massas, no Brasil, acontecem simultaneamente durante as décadas de 1930 a 1960. São privilegiadas na análise as instâncias de consagração próprias ao campo literário, como as editoras, os prêmios literários, a Academia Brasileira de Letras, a crítica, entre outras, e sua ligação permanente, ora de proximidade e ora de conflito, com outros campos, como o político e o econômico, além da recepção pelo público leitor. Trata-se de buscar uma especificidade em cada trajetória e situação, e ao mesmo tempo reconstituir as formas de funcionamento coletivo do movimento literário brasileiro ao longo do século XX e na primeira década de século XXI.
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2012-04 Casaco que se despe pelas costas: a formação da justiça colonial e a (re)ação dos africanos no norte de Moçambique, 1894 - c. 1940TítuloCasaco que se despe pelas costas: a formação da justiça colonial e a (re)ação dos africanos no norte de Moçambique, 1894 - c. 1940Autor
Fernanda do Nascimento ThomazOrientador(a)
Marcelo Bittencourt Ivair PintoData de Defesa
2012-04-27Nivel
DoutoradoPáginas
305Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraAndrea Barbosa MarzanoMarcelo Bittencourt Ivair PintoMartha Campos AbreuMonica Lima E SouzaPeter Henry FrySilvio de Almeida Carvalho Filho
ResumoO tema inicial da pesquisa buscava entender como os africanos reagiram ao processo de consolidação e a implementação do Estado colonial português em Moçambique, nas regiões sul, centro e norte. Aos poucos, comecei a perceber que o assunto era muito amplo, e que dificilmente eu conseguiria realizá-lo em apenas quatro anos. À medida que as dúvidas incomodavam, eu passava a ter certeza de que era necessário começar os estudos a partir de uma dessas áreas geográficas. Propositalmente, iniciei a investigação pelo extremo norte, porque era uma região que eu pouco conhecia, para não dizer que nada conhecia
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2012-04 "Pagodes do diabo: Sociedade e Religiosidade Hindu na Goa Portuguesa (1510-1560)"Título"Pagodes do diabo: Sociedade e Religiosidade Hindu na Goa Portuguesa (1510-1560)"Autor
Eduardo Borges de Carvalho NogueiraOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2012-04-27Nivel
MestradoPáginas
168Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresGeorgina Silva Dos SantosPatrícia Souza de FariaRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
ResumoO estudo tem por objetivo analisar parte das relações entre portugueses e hindus na região de Goa entre, aproximadamente, os anos de 1510 e 1560. O foco utilizado para a análise restringiu-se às tensões políticas e religiosas entre estes grupos, levando-se em consideração os reflexos da conjuntura político-religiosa europeia na região abordada. Através do exame de documentações eclesiásticas, régias, vice-reinais, dentre outras, percebemos o destaque da figura do chamado pagode em meio às tensões supracitadas, revelando, para além dos conflitos, interações e miscigenações culturais entre hindus e portugueses.
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2012-04 "Impressões de um tempo: a tipografia de Antônio Isidoro da Fonseca no Rio de Janeiro (1747-1750)"Título"Impressões de um tempo: a tipografia de Antônio Isidoro da Fonseca no Rio de Janeiro (1747-1750)"Autor
Jerônimo Duque Estrada de BarrosOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2012-04-26Nivel
MestradoPáginas
184Volumes
1Banca de DefesaAna Paula Torres MegianiGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesIris KantorRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
ResumoEsse estudo contextualiza a implantação e a repressão de uma oficina tipográfica instalada no Rio de Janeiro entre 1747 e 1749, dirigida por Antônio Isidoro da Fonseca, até então um tipógrafo estabelecido em Lisboa. Valendo-se de recentes discussões acerca da cultura letrada, da circulação de livros e do controle de impressos na América portuguesa, a dissertação debate historiograficamente o tema, buscando renovar paradigmas explicativos. A análise tenta apreender os sentidos da política de controle do discurso impresso nas sociedades luso-americanas de meados do século XVIII. Ademais, situa a função do impresso no processo de colonização e manutenção dos poderes centrais nessa específica e ascendente região ultramarina. Prioriza também a análise documental referente à tipografia fluminense. Revisitando documentos conhecidos e adicionando outros, o estudo problematiza antigas percepções e formula novas interpretações do episódio. Desse modo o funcionamento da tipografia no Rio de Janeiro insere-se no contexto sociocultural daquela praça colonial. A reprodução impressa relaciona-se assim aos hábitos gerais da população que, fomentada pela pu jança comercial da cidade, vivia uma intensa urbanização, abrigando ainda disputas entre os seus poderes na primeira metade do Setecentos
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2012-04 "Nelle vie della città - Os italianos no Rio de Janeiro (1870 - 1920)"Título"Nelle vie della città - Os italianos no Rio de Janeiro (1870 - 1920)"Autor
Maria Izabel Mazini do CarmoOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2012-04-25Nivel
MestradoPáginas
215Volumes
1Banca de DefesaFilippina ChinelliGladys Sabina RibeiroIsmênia de Lima MartinsPaola Cappellin GiulianiRosane Aparecida Bartholazzi
ResumoA dissertação em questão tem por objetivo estudar a imigração italiana urbana para a cidade do Rio de Janeiro, entre os anos de 1870 e 1920 (época denominada "Grande Imigração"). Primeiramente, estudou-se o conturbado período por que passava a Itália na referida época. Buscou-se compreender os imigrantes inseridos na lógica social das grandes transformações urbanas que a então Corte e, posteriormente, Capital Federal vivenciava, bem como localizar os bairros em que tais italianos se concentraram. Do mesmo modo, traçou-se um perfil socioeconômico dos imigrantes em questões. O trabalho baseou-se no método dialético marxista, para sua consecução, tendo como bases teóricas Antonio Gramsci e Eric Hobsbawm. Utilizou-se fontes do Arquivo Nacional, Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, Arquivo Histórico do Museu Histórico Nacional, Biblioteca Nacional, Arquivos Paroquiais, Recenseamentos do IBGE.
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2012-04 Memórias de um Golpe: O 27 de Maio de 1977 em AngolaTítuloMemórias de um Golpe: O 27 de Maio de 1977 em AngolaAutor
Inácio Luiz Guimarães MarquesOrientador(a)
Marcelo Bittencourt Ivair PintoData de Defesa
2012-04-24Nivel
MestradoPáginas
132Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraAndrea Barbosa MarzanoDaniel Aarão Reis FilhoMarcelo Bittencourt Ivair PintoVantuil Pereira
ResumoNo dia 27 de maio de 1977 ocorreu em Luanda, capital de Angola uma tentativa de golpe de Estado, comandada por um grupo que pertencia as fileiras do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), a organização politica que geria o Estado independente, desde novembro de 1975. Este trabalho investigará não apenas as razões desta crise politica interna, mas, sobretudo, as memórias e os diferentes enfoques produzidos sobre o 27 de maio.
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2012-04 "Um homem vale um homem. Memória, História e Anarquismo na obra de Edgar Rodrigues"Título"Um homem vale um homem. Memória, História e Anarquismo na obra de Edgar Rodrigues"Autor
Carlos Augusto AddorOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2012-04-20Nivel
DoutoradoPáginas
404Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Ribeiro SamisAngela Maria Roberti MartinsDenise Rollemberg CruzFrederico Alexandre de Moraes HeckerIsmênia de Lima MartinsJorge Luiz FerreiraMagali Gouveia Engel
Resumoem Portugal. A partir da análise da obra deste autor, composta por mais de cinquenta livros e cerca de mil e oitocentos artigos, publicados, tanto os livros como os artigos, em vários países, e produzida ao longo de um período que ultrapassa cinco décadas, procuramos escrever, ou reescrever, uma história do anarquismo e de suas relações com o movimento operário e sindical no Brasil, num recorte cronológico bastante amplo, que se estende da Proclamação da República, em 1889 até o Golpe Civil-Militar de 1964. Buscamos sempre relacionar a obra de Edgar Rodrigues à sua vida e ao contexto histórico no qual o autor viveu e produziu: num primeiro momento, Portugal, do seu nascimento em 1921 até a migração para o Brasil, em 1951. Desse ano, e até a sua morte em 2009 na cidade do Rio de Janeiro, trabalhamos com a vida e, principalmente, com a vasta obra de Edgar Rodrigues, produzida, em sua quase totalidade, nesse segundo momento, no país que o acolheu, e onde se naturalizou brasileiro. Pensamos que a tese pode contribuir para estudos, pesquisas e debates, não só sobre a obra de Edgar Rodrigues, mas também sobre a história do anarquismo, em especial no Brasil, e seus valores fundamentais: socialismo e liberdade
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2012-04 Indústria Cultural de Guerra em Hollywood Ideologias e contraideologias governamentais no cinema norte-americano pós-Guerra FriaTítuloIndústria Cultural de Guerra em Hollywood Ideologias e contraideologias governamentais no cinema norte-americano pós-Guerra FriaAutor
Rogério Marques de PaivaOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2012-04-17Nivel
MestradoPáginas
133Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralFernando Sergio Dumas Dos SantosThéo Lobarinhas PiñeiroVictor Hugo Adler Pereira
ResumoO presente trabalho trata da importância do estudo crítico do cinema e de sua viabilidade como fonte de pesquisa histórica. Tem como meta demonstrar como os discursos e ideologias dos produtos cinematográficos estão diretamente relacionados com o contexto histórico e político de sua produção. Dessa maneira, optou-se pela análise de três produções norte-americanas dos anos 1990 que apresentam em seus enredos todo o panorama da política externa dos Estados Unidos no pós-Guerra Fria. O Cinema com seus discursos e representações pode influenciar sua audiência e fornecer material ideológico com vias a legitimar o estabelecimento de projetos políticos, militares e econômicos de grupos poderosos. Pode organizar-se com os demais meios de comunicação e ser porta-voz da máquina ideológica governamental, na propagação e naturalização de supostas verdades absolutas, maniqueísmos e padrões de comportamento. Com isso, pretende-se explicitar os diferentes tipos de direcionamentos políticos adotados em Hollywood e suas ligações diretas com Washington. Assim como dialogar com as ideias de intelectuais, historiadores e analistas políticos que trabalham com o tema. E dessa forma, demonstrar como peculiaridades da política externa dos Estados Unidos estão intrinsecamente relacionados com elementos originais da formação do país, de seu povo e de suas tradições como um todo.
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2012-04 Um golpe e duas cidades: Memórias dos moradores de Carmo e Além Paraíba sobre o golpe civil-militar de 1964.TítuloUm golpe e duas cidades: Memórias dos moradores de Carmo e Além Paraíba sobre o golpe civil-militar de 1964.Autor
Marta Lucia Lopes FittipaldiOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2012-04-13Nivel
MestradoPáginas
135Volumes
1Banca de DefesaAndréa Casa Nova MaiaGiselle Martins VenancioJorge Luiz FerreiraMarly Silva da Motta
ResumoO trabalho recupera a conjuntura política do governo João Goulart e do golpe civil-militar de 1964 com base em fontes orais, tendo como recorte espacial dois municípios– Carmo e Além Paraíba – que embora localizados, respectivamente, nos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerias, são vizinhos, podendo ser incluídos no seguinte critério geográfico: Bacia Hidrográfica do Vale Médio-Inferior do Paraíba do Sul. Objetiva evidenciar a pluralidade da memória sobre a polarização política daquela temporalidade, apresentando duas principais hipóteses: a história localmente valorizada pela institucionalização da memória ferroviária vem inibindo as vozes dissonantes sobre os confrontos ideológicos do período, agravados pela luta de representação dos vários grupos sociais pela afirmação de suas identidades; as narrativas revelam a valorização de nomes, símbolos e representações, apontando para a força e legitimidade do trabalhismo como importante elemento da cultura política local
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2012-04 "Mercado de seguros Luso Brasileiro: A Casa de Seguros de Lisboa e do Rio de Janeiro (1758-1831)"Título"Mercado de seguros Luso Brasileiro: A Casa de Seguros de Lisboa e do Rio de Janeiro (1758-1831)"Autor
Saulo Santiago BohrerOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2012-04-13Nivel
DoutoradoPáginas
176Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesCezar Teixeira HonoratoLuiz Fernando SaraivaMarcelo Cheche GalvesMônica de Souza Nunes MartinsPedro Eduardo Mesquita de Monteiro MarinhoThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoA transferência da Corte, em 1808, para o Rio de Janeiro proporcionou a cidade uma série de importantes mudanças. Dentre elas, houve a criação de série de instituições públicas que compunham o Estado Joanino no Brasil. A criação da Provedoria de Seguros do Rio de Janeiro junto a Real Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação cumpria o objetivo de se organizar os negócios do Reino no momento turbulento. Os negociantes do Rio se aproveitaram da situação para que pudessem ampliar seus empreendimentos. Assim, surgiram as principais Companhias de Seguro do Rio de Janeiro ligadas ao comércio de abastecimento da corte. Os negreiros por necessitarem de uma boa estrutura de crédito e cobertura da travessia do Oceano Atlântico, estavam interessados em controlar as seguradoras, para que assim também mantivessem seus interesses seguros. O controle da Provedoria, portanto, seguia na estratégia dos homens de negócios de manter o controle das diversas faces dos negócios e, ao mesmo tempo, demonstra a forma pela qual estes atuavam na organização do Estado no Brasil.
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2012-04 Boilesen, um empresário da ditadura: A questão do apoio do empresariado à Oban/Operação Bandeirantes, 1969-1971TítuloBoilesen, um empresário da ditadura: A questão do apoio do empresariado à Oban/Operação Bandeirantes, 1969-1971Autor
Jorge José de MeloOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2012-04-11Nivel
MestradoPáginas
138Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Palomanes MartinhoMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz Quadrat
ResumoA Oban – Operação Bandeirantes, criada em São Paulo, em 1969, foi um laboratório para o aparelho repressivo, a partir da colaboração de empresários paulistas com o Exército brasileiro, e serviu de modelo depois ao DOI-CODI. A unir os dois órgãos, a prática da tortura que produziu mortos e desaparecidos. O apoio financeiro de empresários paulistas teve em Henning Albert Boilesen, executivo dinamarquês naturalizado brasileiro, morto no dia 15 de abril de 1971, por um comando formado por duas organizações guerrilheiras, o símbolo dessa colaboração. Este trabalho discute esse apoio e a conexão entre projetos políticos, repressão às organizações de esquerda e a aliança entre empresários e a ditadura civil militar brasileira.
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2012-04 Moda e Revolução nas páginas do correio da manhã:Rio de Janeiro 1960-1970TítuloModa e Revolução nas páginas do correio da manhã:Rio de Janeiro 1960-1970Autor
Maria do Carmo Teixeira RainhoOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2012-04-10Nivel
DoutoradoPáginas
290Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusLaura Graziela Figueiredo Fernandes GomesMariana de Aguiar Ferreira MuazeMauricio LissovskyPaulo Knauss de MendonçaSamantha Viz QuadratUlpiano Toledo Bezerra de Meneses
ResumoEsta tese aposta na potência da roupa e da moda para pensar as sociedades, seus conflitos, hierarquias, rupturas e permanências. Na contramão de uma história historicista da moda, investiga de que maneira a roupa nos permite analisar o tempo e a sua aceleração nos anos 1960, as revoluções nos costumes, na sexualidade, nas relações de gênero, mas, também as tensões e as imposições de gostos. Tendo como foco o Rio de Janeiro, trata das mutações do vestuário da década de 1960 por meio do processo de figuração do "sujeito da moda" articulando pose, roupa, corpo e gênero. Para tanto, são mobilizadas as fotografias produzidas pelo jornal carioca Correio da Manhã entre 1960 e 1970. A tese investiga também em que medida situações e temas evidenciados nas fotografias de moda se relacionam à comportamentos amplamente aceitos. Cotejando estas imagens com aquelas do fotojornalismo, examina como as fotografias organizam a experiência temporal, se haveria nelas uma contemporaneidade imaginada. Outra questão abordada se refere aos sujeitos construídos por aquele gênero fotográfico: quem eram então seus protagonistas e quem estava excluído daquela comunidade?
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2012-04 Formas de Intercâmbio e Dominação: As Relações de Dependência Pessoal no Medievo Ibérico (IV-VIII)"TítuloFormas de Intercâmbio e Dominação: As Relações de Dependência Pessoal no Medievo Ibérico (IV-VIII)"Autor
Paulo Henrique de Carvalho PacháOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2012-04-03Nivel
MestradoPáginas
163Volumes
1Banca de DefesaCarolina Coelho FortesEdmar Checon de FreitasLeila Rodrigues da SilvaMario Duayer de SouzaMário Jorge da Motta Bastos
ResumoEsta pesquisa elege como seu objetivo primordial uma contribuição para o desvelamento das lógicas e dinâmicas da sociedade alto-medieval ibérica (séculos IV- VIII). A hipótese central vincula as principais formas de intercâmbio alto-medievais – dom e comércio – com o processo de transformação, expansão e generalização das relações de dependência pessoal, aqui enquadradas como as relações sociais fundamentais no alto-medievo ibérico. Para alcançar tal objetivo, analisamos um corpus documental extenso e variado, reunindo hagiografias, legislação régia e atas dos concílios visigóticos e hispano-romanos.
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2012-04 "Das missões à comissão: ideologia e projeto desenvolvimentista na "Missão ABBINK" (1948) e da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos (1951-1953)"Título"Das missões à comissão: ideologia e projeto desenvolvimentista na "Missão ABBINK" (1948) e da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos (1951-1953)"Autor
Thiago Reis Marques RibeiroOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2012-04-02Nivel
MestradoPáginas
240Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoLuiz Cláudio Moisés RibeiroLuiz Fernando SaraivaSydenham Loureço Neto
ResumoO presente trabalho tem como objetivo analisar a influência das experiências das missões e comissões de cooperação técnica e econômica envolvendo Brasil e Estados-Unidos para a construção da ideologia e do projeto desenvolvimentista brasileiro. Tais missões e comissões se realizaram a partir da Segunda Guerra Mundial sendo permeadas pelo tenso contexto político e militar do período. Analisamos o caso da Missão Abbink (1948) e, especialmente, a Comissão Mista Brasil-Estados Unidos (1951-1953).Apesar de comumente ser associado a algum tipo de nacionalismo (sendo a fórmula nacional-desenvolvimentismo consagrada), procuramos entender a influência do imperialismo norte-americano na construção da ideologia e do projeto de desenvolvimento na sociedade brasileira. Levando em consideração o contexto geopolítico internacional (Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria) e suas influências sobre a dinâmica econômica, procuramos observar quais os diferentes significados dessas experiências – tanto no lado norte-americano (especialmente entre os representantes do Departamento de Estado, do Eximbank e do Banco Mundial) quanto do lado brasileiro. Procuramos dar ênfase nas causas apontadas pelas missões e comissões par o crescimento econômico e para as recomendações de mudanças no aparelho econômico do Estado, sendo o BNDE o caso mais importante. Além disso, destacamos as inovações técnicas disseminadas por essas experiências, o papel jogado pelos membros da seção brasileira e qual o lugar da Missão Abbink e da Comissão Mista na história do desenvolvimento capitalista brasileiro.
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2012-04 "A monarquia constitucional representativa e o lócus da soberania no Primeiro Reinado: Executivo versus Legislativo no contexto da Guerra da Cisplatina e da Formação do Estado no Brasil"Título"A monarquia constitucional representativa e o lócus da soberania no Primeiro Reinado: Executivo versus Legislativo no contexto da Guerra da Cisplatina e da Formação do Estado no Brasil"Autor
Aline Pinto PereiraOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2012-04-02Nivel
DoutoradoPáginas
302Volumes
1Banca de DefesaGladys Sabina RibeiroHumberto Fernandes MachadoLucia Maria Bastos Pereira Das NevesNorberto Osvaldo FerrerasSilvana Mota BarbosaTânia Maria Tavares Bessone da Cruz FerreiraThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoA pesquisa investiga as repercussões da Guerra da Cisplatina no cenário político brasileiro, recuperando os debates travados no Parlamento, quando em foco a extensão da soberania do governante, os fundamentos da legitimidade do Estado e, consequentemente, o equilíbrio de poderes do Brasil Imperial. Para tanto, temos como cenário os anos turbulentos do Primeiro Reinado. Pretendemos pensar a soberania a partir de uma análise sobre o papel do Imperador e a natureza da instituição parlamentar, sustentando que uma das implicações da contenda no Prata foi trazer a noção de representação para o cerne dos debates na Assembleia Geral, que promoveu intensa discussão sobre os poderes do Império. Interessa-nos demonstrar o recrudescimento da crítica a D. Pedro e os duros embates entre os poderes no Brasil, principalmente após 1827, quando em tela a discussão sobre o artigo 102 da Constituição de 1824, que resguardava as prerrogativas políticas do Executivo. Não à toa, os parlamentares questionavam os termos do referido artigo, que, dentre outras atribuições, garantia ao Imperador o direito de fazer a guerra, declarar a paz e firmar acordos. A principal critica dos tribunos era a de que esses tratados chegavam ‘prontos’ e que eles pouco podiam contribuir quanto aos acordos de paz, evidenciando como, de fato, o que se reivindicava era uma maior inserção na vida pública, pois, a soberania não mais era um atributo exclusivo do Imperador e sim um direito da representação da Nação que se forjava.
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2012-04 "Sem respeitar fé nem tratados: escravidão e guerra na formação da fronteira sul do Brasil (Rio Grande de São Pedro, c. 1777 - c. 1835)"Título"Sem respeitar fé nem tratados: escravidão e guerra na formação da fronteira sul do Brasil (Rio Grande de São Pedro, c. 1777 - c. 1835)"Autor
Gabriel AladrénOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2012-04-02Nivel
DoutoradoPáginas
374Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJoão José ReisJoão Luís Ribeiro FragosoMarcus Joaquim Maciel de CarvalhoMariza de Carvalho SoaresRafael de Bivar MarqueseRonaldo Vainfas
ResumoEsta tese analisa as conexões entre escravidão e guerra no processo de constituição da fronteira sul do Brasil, entre os anos de 1777 e 1835. Argumenta-se que a consolidação dos limites meridionais dependeu da formação de uma sociedade escravista no Rio Grande do Sul, ela mesma uma decorrência das guerras de independência no Rio da Prata e das transformações do mundo atlântico na era das revoluções. Emprega-se como método a variação de escalas de observação, alternando o exame de trajetórias individuais com o de processos políticos e econômicos de média e longa duração. O espaço geográfico selecionado consiste no território adjacente às atuais linhas divisórias do Brasil com o Uruguai e a Argentina. Pretende-se, por meio da análise da estrutura produtiva, do tráfico negreiro, da demografia, da política internacional, da ideologia e da resistência escrava, demonstrar como a guerra, a fronteira e a escravidão foram fenômenos indissociáveis na formação da sociedade rio-grandense e do Império luso-brasileiro.
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2012-04 "Os heróis da pátria: Política cultural e História do Brasil no governo Vargas"Título"Os heróis da pátria: Política cultural e História do Brasil no governo Vargas"Autor
André Barbosa FragaOrientador(a)
Angela Maria de Castro GomesData de Defesa
2012-04-02Nivel
MestradoPáginas
168Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesGiselle Martins VenancioHelena Maria Bousquet BomenyJorge Luiz FerreiraMárcia de Almeida Gonçalves
ResumoO presente estudo tem como objetivo analisar a construção de heróis nacionais e a celebração de personagens históricos no primeiro governo Vargas, momento estratégico, na história do Brasil, de "recuperação do passado nacional". Com base em múltiplas fontes, ao longo desta dissertação objetivamos compreender essa valorização de "grandes homens" em seu conjunto, como um projeto bem definido e de longo prazo. Dessa forma, mostramos como eles foram fundamentais para o plano do governo de elaboração de uma identidade nacional e para sustentar um regime político que alcançou o poder com o uso da força, necessitando, portanto, de símbolos a lhe conferir legitimidade. Acompanhamos muitas iniciativas político-culturais elaboradas com o propósito de fazer os vultos nacionais presentes na memória da população, aprofundando nossa análise em duas delas. A primeira, intitulada "Os nossos grandes mortos", criada pelo Ministério da Educação e Saúde, consistia em uma série de conferências apresentada de 1936 a 1938 e publicada em livros pela editora Agir, em 1945. A segunda iniciativa, denominada "Vultos. Datas. Realizações", foi elaborada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda, nos anos de 1944 e 1945, e consistia em uma coleção de livros.