Dissertações e Teses
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2014-03 De Julio Florencio a Julio Cortázar: O peronismo visto atráves da literatura, 1946-1956.TítuloDe Julio Florencio a Julio Cortázar: O peronismo visto atráves da literatura, 1946-1956.Autor
Marco Antonio Serafim de CarvalhoOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2014-03-21Nivel
MestradoPáginas
100Volumes
1Banca de DefesaGladys Viviana GeladoHector Alberto AlimondaMaria Verónica Secreto FerrerasNorberto Osvaldo FerrerasVanderlei Vazelesk Ribeiro
ResumoEntender o nascimento do peronismo é crucial para entender o Julio Cortázar do período – e que aqui no título deste trabalho chamamos Julio Florencio, utilizando seu nome do meio, indicando com isso a intenção de matizá-lo, realizando uma busca por um sujeito que construía a si mesmo em meio à própria incompreensão em relação ao que ocorria na esfera sócio-política em seu país naqueles anos. Por não compreender e por não sentir-se à vontade em tomar parte nas fileiras do antiperonismo liberal de seu grupo de referência (os intelectuais em torno da revista Sur2, dirigida pela escritora argentina Victoria Ocampo), prefere deixar o país, antes mesmo das eleições presidenciais realizadas em novembro de 1951, das quais sai vencedor, para mais um mandato, Juan Domingo Perón.
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2014-03 A Construção do Consenso Privatista: o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) e os seus agentes (1976-1990)TítuloA Construção do Consenso Privatista: o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) e os seus agentes (1976-1990)Autor
João Paulo de Oliveira MoreiraOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2014-03-20Nivel
MestradoPáginas
249Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoMaria Letícia CorrêaRafael Vaz da Motta BrandãoThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoAs formas organizativas da fração siderúrgica do capital no Brasil, entre os anos de 1976-1990, constituem o principal objeto de estudo desta dissertação. Nela, são discutidas a conformação histórica do setor siderúrgico, o desenvolvimento do capitalismo no Brasil pós Segunda Guerra Mundial e as atuações do empresariado nos congressos do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), principal Aparelho Privado de Hegemonia do setor. A partir do II PND, esta fração do capital iniciou uma ―fuga para frente‖ com o intuito de aplicar um projeto privatista para a siderurgia, o que nos levou a trabalhar com a hipótese central de que partiu do IBS, de maneira precoce, a estruturação de um programa de privatizações que veio a se tornar hegemônico na década de 1990. Portanto, aqui, norteados pelo referencial teórico gramsciano objetivamos apresentar a capacidade organizativa de uma importante fração do capital em introjetar seus interesses na sociedade política, sendo as privatizações a expressão maior destas demandas.
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2014-03 O estabelecimento da hora legal brasileira: o Brasil adota o meridiano de GreenwichTítuloO estabelecimento da hora legal brasileira: o Brasil adota o meridiano de GreenwichAutor
Sabina Ferreira Alexandre LuzOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2014-03-20Nivel
MestradoPáginas
150Volumes
1Banca de DefesaCarlos Augusto AddorLuiz Carlos SoaresMoema de Rezende VergaraThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoA lei n° 2.784 de 18 de junho de 1913 regulamentou a Hora Legal Brasileira e estabeleceu o uso do meridiano de Greenwich como referência tanto para o sistema horário quanto para o sistema longitudinal. A presente dissertação tem como objetivo principal discutir as razões que levaram ao estabelecimento desta lei neste momento da história do Brasil. Estudando o contexto internacional de padronização de pesos e medidas durante o século XIX e início do século XX, nos propomos a entender as diversas etapas que levaram à adoção do meridiano de Greenwich como meridiano inicial do sistema internacional de hora e longitude. Analisamos, dentro deste processo, a participação do Brasil. Propomos, em seguida, uma reflexão sobre a história da hora na cidade do Rio de Janeiro considerando o papel crucial que exerceu o Observatório do Rio de Janeiro tanto no fornecimento da hora para a cidade quanto para o país já que a hora da Capital era tida como referência. Uma vez feitas estas considerações, examinamos as etapas que pontuaram a criação da Hora Legal Brasileira: a adoção pela França do meridiano de Greenwich; a discussão sobre o tema nas sessões do Clube de Engenharia; o encaminhamento do projeto elaborado no Clube para os ministérios governamentais e, finalmente, a redação do projeto de lei n° 280, seguida da aprovação da lei n° 2.784. Por fim, discutimos sobre a divisão horária que foi estabelecida para o país, destacando a participação de Henrique Morize, diretor do Observatório Nacional, neste processo.
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2014-03 Otimismo em tempos de repressão: a publicidade inspirada na propaganda do Governo MédiciTítuloOtimismo em tempos de repressão: a publicidade inspirada na propaganda do Governo MédiciAutor
Raphael Oliveira da SilvaOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2014-03-20Nivel
MestradoPáginas
157Volumes
1Banca de DefesaCarlos Fico da Silva JúniorDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Palomanes MartinhoMarcus Ajuruam de Oliveira DezemoneMaria Paula Nascimento Araújo
ResumoMédiciEste trabalho tem como objetivo compreender a apropriação feita pela publicidade das técnicas e temáticas da propaganda produzida pela Assessoria Especial de Relações Públicas (AERP) no governo Médici (1969-1974). A metodologia para entender como este processo ocorreu foi a realização de um levantamento das peças publicitárias na revista Veja que possuíam relação com os anúncios governamentais, e a identificação dos agentes e dos discursos nelas inseridos. Por meio desta pesquisa, foi possível perceber que o público atingido pelo governo passou também a ser alvo das empresas que requisitavam publicidades de seus produtos "no modelo AERP". Porém, não foi somente devido ao lucro que esta apropriação ocorreu. O empresariado também se viu nos valores disseminados que não eram exclusivos do regime e nem inéditos. A valorização da família, o dever cívico, a busca do desenvolvimento e do progresso eram alguns exemplos de um material histórico que já estava no imaginário coletivo e foi reinventado pelo regime e apropriado pela esfera privada, servindo como mecanismo de fascínio no período de maior repressão do regime
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2014-03 Kalila e Dimna: Procedimentos e ações necessárias à manutenção do poder nos primeiros anos do Califado Abássida (750-775 D.c)TítuloKalila e Dimna: Procedimentos e ações necessárias à manutenção do poder nos primeiros anos do Califado Abássida (750-775 D.c)Autor
Dandara Arsi PrendaOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2014-03-20Nivel
MestradoPáginas
197Volumes
1Banca de DefesaBeatriz Juana Bissio Staricco Neiva MoreiraEdmar Checon de FreitasRaquel Alvitos PereiraVânia Leite Fróes
ResumoO presente estudo tem como foco a prática do aconselhamento nos primeiros anos do Califado Abássida (750-775) através da fonte narrativa Kalila e Dimna. Esta obra foi traduzida para o árabe no século VIII por um letrado muçulmano de origem persa, Ibn Almuqaffa e reúne um pequeno estudo acerca das concepções políticas do medievo árabe, esquematizado numa literatura que se convenciona chamar de espelhos de príncipe. Objetiva-se perceber, através da fonte, quais são os procedimentos e ações necessárias ao soberano para que este se solidifique e se mantenha no poder. Tal estudo encontra-se circunscrito em um contexto histórico no qual uma nova dinastia, os Abássidas, busca no conhecimento mecanismos que a auxilie na tarefa de legitimação e manutenção do poder.
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2014-03 William Hogarth e o moderno objeto moral: educação, moral e gosto na Inglaterra do século XVIIITítuloWilliam Hogarth e o moderno objeto moral: educação, moral e gosto na Inglaterra do século XVIIIAutor
Laila Luna Liano de LeónOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2014-03-18Nivel
MestradoPáginas
199Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresGeorgina Silva Dos SantosHeloisa Meireles GesteiraLuiz Carlos SoaresRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoA presente dissertação tem como objeto de estudo o moderno objeto moral, um projeto estético e moral desenvolvido pelo pintor e gravador inglês William Hogarth (1697-1764) no século XVIII, que propunha um gênero artístico intermediário entre o sublime e o grotesco, entre os temas clássicos e a comédia considerada vulgar. Além disso, defendia a função da arte para a instrução pública, desenvolvendo a pedagogia do entretenimento. As principais fontes primárias para a pesquisa são as gravuras moralizantes produzidas por Hogarth no período de 1724 a 1763 e que tinham como principal público o mercado anônimo para consumo da cultura formado principalmente pelas classes médias. O moderno objeto moral pode ser compreendido dentro de um ambiente de transformações políticas, culturais e sociais que caracterizou a Inglaterra após a Revolução Gloriosa. O fim do Absolutismo, da censura pré-publicação e da intolerância religiosa favoreceram um clima de defesa da tolerância, racionalidade e secularidade.
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2014-03 O médico, a raça e o crime: A apropriação das teorias raciais pelo médico porto-alegrense Sebastião Leão no Final do Século XIXTítuloO médico, a raça e o crime: A apropriação das teorias raciais pelo médico porto-alegrense Sebastião Leão no Final do Século XIXAutor
Raquel Braun FigueiróOrientador(a)
Giselle Martins VenancioData de Defesa
2014-03-18Nivel
MestradoPáginas
171Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraAndréa Viana DaherGiselle Martins VenancioLarissa Moreira VianaPaulo Roberto Staudt Moreira
ResumoA presente pesquisa buscou entender como ocorreu a apropriação das teorias raciais no Brasil, através da análise da obra do médico porto-alegrense Sebastião Leão. A obra em questão circunscreve-se, particularmente, ao estudo realizado por esse autor na Casa de Correção de Porto Alegre, em 1897, que teve por objetivo compreender como surge o criminoso. A dissertação abordou a trajetória de vida do médico, o contexto das teorias raciais com ênfase nos debates sobre o crime, a produção do estudo de Leão e a forma como se constituía a Casa de Correção e a vida no interior do cárcere. A dissertação foi assim organizada para compreender o texto na sua amplitude e a sua relação com a sociedade da época, bem como problematizar a liberdade de ação de cada agente em uma conjuntura específica. As principais fontes foram o relatório de 1897, de Sebastião Leão ao presidente da província, processos-crime de alguns dos presos estudados por Leão, documentação sobre o funcionamento da Casa de Correção, jornais e fontes que remetem à trajetória do médico. Os principais referenciais teóricos utilizados foram os conceitos de apropriação, de Michel de Certeau, de raça e racismo, de Antonio Sérgio Alfredo Guimarães e de trajetória, de Pierre Bourdieu. Ao fim da pesquisa, percebeu-se a originalidade do estudo de Leão ao se apropriar dos autores por ele lidos para explicar o contexto em que vivia. Também se concluiu como ocorria a atuação da antropologia criminal como vertente do racismo científico e como Sebastião Leão, mesmo negando a influência das raças, faz transparecer, em sua obra, uma perspectiva política de diferenciação racial hierárquica dos seres humanos.
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2014-03 O Novo Mundo na França: discursos e poderes (c. 1530 - c. 1630)TítuloO Novo Mundo na França: discursos e poderes (c. 1530 - c. 1630)Autor
Luiz Fabiano de Freitas TavaresOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2014-03-18Nivel
DoutoradoPáginas
432Volumes
1Banca de DefesaCarlos Ziller CamenietzkiGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesJacqueline HermannJean Marcel Carvalho FrançaRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José RaminelliSilvia Patuzzi
ResumoO presente estudo aborda as relações entre a monarquia francesa e o Novo Mundo nos séculos XVI e XVII, entre os reinados de Francisco I e Luís XIII, analisando de que maneiras foram pensadas e articuladas as iniciativas marítimas e coloniais durante o período abordado, marcado pelas Guerras de Religião e pelo processo de centralização do poder monárquico. Para tanto, empregamos fontes de gêneros variados, impressas ou manuscritas. A pesquisa privilegiou as relações entre discursos e poderes, bem como as dinâmicas envolvendo o centro e as periferias do poder no que tange à formulação de políticas ultramarinas durante esse período. As experiências coloniais da França Antártica, da Flórida francesa, da França Equinocial e da Nova França receberam particular atenção, abordadas de forma comparativa e buscando evidenciar as múltiplas conexões entre elas.
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2014-03 "Recordar é preciso": Conceição Evaristo e a intelectualidade negra no contexto do movimento negro brasileiro contemporâneo (1982-2008)Título"Recordar é preciso": Conceição Evaristo e a intelectualidade negra no contexto do movimento negro brasileiro contemporâneo (1982-2008)Autor
Bárbara Araújo MachadoOrientador(a)
Marcos Alvito Pereira de SouzaData de Defesa
2014-03-11Nivel
MestradoPáginas
130Volumes
1Banca de DefesaAmilcar Araujo PereiraMarcelo Badaró MattosMarcos Alvito Pereira de SouzaRachel SoihetRobson Laverdi
ResumoA questão geral da presente pesquisa trata da relação entre literatura e militância e, mais amplamente, entre cultura e política no movimento negro brasileiro contemporâneo. Em particular, foi desenvolvida uma análise da trajetória e da obra literária da escritora negra Conceição Evaristo, considerada aqui como uma intelectual orgânica, segundo a concepção de Antonio Gramsci. As fontes privilegiadas para a realização da pesquisa foram os livros publicados pela autora até o momento de formulação do projeto (Ponciá Vicêncio, Becos da Memória e Poemas de Recordação e outros movimentos) e fontes orais. Ao tematizar em seus textos situações históricas como a experiência violenta da escravidão brasileira, o êxodo rural de descendentes de escravos/as e a remoção de favelas, Conceição toma partido em uma importante disputa de memória. Sua perspectiva se apresenta como uma narrativa contra-hegemônica que visa desautorizar o discurso da democracia racial brasileira. Além disso, a obra exerce o papel fundamental de fazer frente à História oficial que invisibiliza a existência de uma experiência sócio-histórica negra no país.
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2014-02 O G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro e as representações do negro nos desfiles das escolas de samba nos anos 1960TítuloO G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro e as representações do negro nos desfiles das escolas de samba nos anos 1960Autor
Guilherme José Motta FariaOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2014-02-25Nivel
DoutoradoPáginas
294Volumes
1Banca de DefesaMagali Gouveia EngelMarcelo de Souza MagalhãesMarilene Rosa Nogueira da SilvaMartha Campos AbreuMatthias Wolfram Orhan Röhrig AssunçãoRachel SoihetSilvia Maria Jardim Brugger
ResumoNa década de 1960, as Escolas de Samba conquistaram o protagonismo do Carnaval carioca e renovaram os vínculos com o Poder Público, com a imprensa e com a classe média carioca. O G.R.E.S Salgueiro ocupou lugar destacado nessa História, pois foi considerada a Escola que "revolucionou" os desfiles daquele período, especialmente por meio de seu maior nome, o Carnavalesco Fernando Pamplona. A partir de publicações de cronistas, jornalistas e pesquisadores, de entrevistas com sambistas e profissionais envolvidos com a montagem do Carnaval e por meio de notícias do Jornal do Brasil, esta tese procura mostrar os limites das versões que construíram a ideia do pioneirismo do Salgueiro na modernização dos desfiles e na introdução de temáticas afro-brasileiras. Complementarmente, procurará situar as chamadas inovações temáticas dos desfiles dos anos 60 num contexto mais amplo, onde diversos sujeitos sociais atuaram, e numa teia de significados bem mais complexa e plural, mobilizada por intelectuais e militantes ligados aos movimentos negros. Mesmo não conquistando o reconhecimento na bibliografia sobre as associações culturais, as escolas de samba do Rio de Janeiro desempenharam um papel relevante no levantamento de temas e discussões acerca da história do negro na sociedade brasileira.
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2014-02 "Que Jazz é esse?": As Jazz-bands no Rio De Janeiro da década de 1920.Título"Que Jazz é esse?": As Jazz-bands no Rio De Janeiro da década de 1920.Autor
Jair Paulo Labres FilhoOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2014-02-24Nivel
MestradoPáginas
131Volumes
1Banca de DefesaAvelino Romero Simões PereiraGiovana Xavier da Conceição CôrtesLarissa Moreira VianaLeonardo Affonso de Miranda PereiraMartha Campos Abreu
ResumoA dissertação investiga a atuação de espíritas na imprensa, através da criação e manutenção de periódicos, por meio da publicação de artigos em série ou via manutenção de colunas fixas nos grandes jornais diários na cidade do Rio de Janeiro, entre 1880 e 1950. A pesquisa evidencia o envolvimento de indivíduos, grupos e instituições espíritas em diferentes projetos editoriais criados por espíritas, a disputa travada pela preferência dos adeptos do Espiritismo, procurando avaliar seus objetivos, articulações e alianças, assim como as motivações para a atuação espírita na imprensa.Analisa, também, suas expectativas e concepções de imprensa, bem como procura desvendar as tensões em torno da ocupação de cargos em periódicos e entidades representativas. A partir da imprensa, reconstitui diferentes concepções sobre a Doutrina Espírita, defendidas e vividas pelos sujeitos sociais naquele momento histórico, recuperando embates e conflitos que marcaram a busca pela hegemonia de uma leitura do Espiritismo. Por fim, explora desdobramentos da atuação de espíritas no jornalismo, principalmente a tentativa de organização de seus jornalistas e a reorientação nos projetos editorias e gráficos.
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2014-01 A Outra Cor de Mafamede: Aspectos do Islamismo da Guiné em três narrativas luso-africanas (1594-1625)TítuloA Outra Cor de Mafamede: Aspectos do Islamismo da Guiné em três narrativas luso-africanas (1594-1625)Autor
Thiago Henrique Mota SilvaOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2014-01-23Nivel
MestradoPáginas
281Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Vieira RibeiroCélia Cristina da Silva TavaresDaniela Buono CalainhoRonaldo Vainfas
ResumoEsta dissertação consiste na análise das crônicas elaboradas por André Álvares de Almada (1594), Manuel Álvares (1616) e André Donelha (1625), que abordam aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais da região compreendida entre o rio Senegal e a baía de Tagrin, correspondendo ao topônimo Guiné. A documentação é caracterizada pela coexistência das experiências dos autores e seus pares cabo-verdianos ou europeus e a reprodução de oralidades e tradições africanas. Percebendo a captação de oralidades, concluímos tratar-se de textos luso-africanos, em detrimento de narrativas portuguesas, que suportam historicidades e tradições africanas e vocalizam objetivos das elites cabo-verdianas. Como crítica às fontes, partimos da análise do contexto de produção dos sentidos portugueses acerca da África e do Islamismo, que atuaram sobre 1- a formação intelectual e social dos cronistas, 2- a recodificação que realizaram de suas experiências e oralidades africanas e 3- a recepção das obras, nos centros da administração portuguesa e da Companhia de Jesus, para os quais seus textos se dirigiam. Neste ínterim, enfatizamos os aspectos referentes ao islamismo africano. Em oposição à parcela da historiografia que afirma que o islamismo tornou-se popular na África somente após as revoluções muçulmanas do século XVIII, esforçamo-nos para apontar o início do século XVII como momento de transição entre o islamismo de corte e aquele majoritário. Embora ainda não compreendesse a maior parte da população, o islã também não estava circunscrito apenas às elites, nos anos iniciais do século XVII. A existência de escolas corânicas e mesquitas atestam o papel e alcance desta religião naquele tempo, sobretudo na porção norte da Guiné, na Senegâmbia. Apropriado pelas populações africanas através da confluência de ritos, práticas e adequação de crenças àquelas locais, acreditamos que o islamismo estava bastante desenvolvido no início dos seiscentos.
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2013-12 O jornalismo luso-brasileiro em Londres (1808-1822). Um olhar hermenêuticoTítuloO jornalismo luso-brasileiro em Londres (1808-1822). Um olhar hermenêuticoAutor
Luís Francisco MunaroOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2013-12-19Nivel
DoutoradoPáginas
349Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Mansur BarataCarlos Gabriel GuimarãesGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesJean Marcel Carvalho FrançaLucia Maria Bastos Pereira Das NevesMarcelo Cheche GalvesTânia Coelli Sobreira Dias
ResumoAtravés de seis janelas de leitura identificadas com conceitos, esta tese investigará a emergência do jornalismo e da dispersão regular e periódica de ideias políticas em língua portuguesa. Isso implica se debruçar sobre a situação específica da imprensa luso-brasileira em Londres entre 1808 e 1822, i. é, desde o pioneirismo do brasileiro Hipólito da Costa até o avanço das Cortes de Lisboa e o crescimento na demanda de jornais. No seio da comunidade portuguesa emigrada em Londres e profundamente influenciados pelos ideais de sociabilidade londrinos, os portugueses buscaram argumentos e ideias para salvar o reino luso-brasileiro da iminente crise política, social e econômica, propondo planos de reorganização nacional ao mesmo tempo em que formas tradicionais de mito e utopia política. Os jornalistas lusófonos que se ambientaram nessa comunidade inauguraram modelos comunicativos importantes para o delineamento de sua prática profissional. Eles ajudaram a compor a vanguarda intelectual da sociedade luso-brasileira na modernidade e, por estarem livres da censura, manifestaram-se com relativa autonomia sobre temas considerados caros ao futuro do reino que ia se tornando nação. Os principais destes jornalistas são Hipólito José da Costa, responsável pelo Correio Braziliense (1808-1822); José Liberato, pelo Investigador (1813-1819) e Campeão (1819-1821), João Bernardo da Rocha Loureiro, pelo Espelho (1813- 1814)e Português (1814-1822), Joaquim Ferreira de Freitas, pelo Padre Amaro(1820-1826) e, por fim, Francisco Alpoim de Meneses, autor do O Microscópio de Verdades (1814), e José Anselmo Correia Henriques, d’O Argus (1809) e O Zurrague (1821). Para operacionalizar esta investigação, dividimos a tese em linhas de análise identificadas com conceitos considerados importantes: cidade, indivíduo, nação, utopia, comunicação e jornalismo. Trata-se de buscar lançar um ouvido mais aguçado ao passado histórico através de uma proposta de análise em que o documento histórico e o estudioso se interpenetram para melhor compreender a realidade da história. Ao fim e ao cabo, será possível perceber que, longe de uma construção ontológica que remete à Antiguidade, as práticas jornalísticas são uma dádiva do pensamento moderno, ajudando a textualizá-lo e a instrumentalizar a esfera pública.
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2013-11 1964 -1979: A luta pela hegemonia na Petroquímica BrasileiraTítulo1964 -1979: A luta pela hegemonia na Petroquímica BrasileiraAutor
Bernardo Galheiro PoçasOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2013-11-20Nivel
MestradoPáginas
181Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoPedro Henrique Pedreira CamposPierre Alves CostaRita de Cássia da Silva Almico
Resumo
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2013-11 O pensamento de Eurípides e a política durante a Guerra do PeloponesoTítuloO pensamento de Eurípides e a política durante a Guerra do PeloponesoAutor
Guilherme Gomes MoerbeckOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2013-11-19Nivel
DoutoradoPáginas
242Volumes
1Banca de DefesaClaudia Beltrão da RosaFrancisco Carlos Teixeira da SilvaGreice Ferreira DrumondJosé Antônio Dabdab TrabulsiMário Jorge da Motta BastosPriscila Aquino SilvaRenata Rodrigues Vereza
ResumoUma hipótese heurística de caráter teórico é nossa reflexão inicial, a saber: a deque as instituições e a dinâmica da participação política na Atenas do século V a.C.acabam por configurar uma arena de lutas e consagração de tipo política, que pode sercaracterizada como um campo político à moda bourdieusiana. E, como corolário: nocampo político Ateniense é possível discernir e caracterizar as Grandes Dionísias comoum espaço de lutas simbólicas, um festival religioso que canalizava tensões, ritualizavaas divisões sociais, representava o poder de Atenas e punha em cena as própriasdisputas políticas dos atenienses. O objeto de pesquisa da tese consiste em analisar como se caracterizou a produção textual da última geração do século V a.C., sobretudo no que se refere ao problema da política e da guerra em As Suplicantes e As Fenícias de Eurípides e, como contraponto, em algumas peças de Sófocles, Aristófanes, bem como Tucídides. As obras teatrais a serem utilizadas são aquelas que foram produzidas durante a Guerra do Peloponeso, conflito que, com alguns armistícios, cobriu praticamente os últimos trinta anos do século V a. C. Além de determinados temas como a política e a guerra, serão analisadas as estruturas política e social que punha em destaque as obras teatrais no contexto ateniense. Neste caso, será fundamental uma análise detalhada da dinâmica de funcionamento do maior festival ateniense no qual eram representadas tragédias e comédias, isto é, as Grandes Dionísias.
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2013-11 Reorganização do movimento trotskista no Brasil - A formação da Organização Socialista Internacionalista(1968-1976). Um capítulo da IV Internacional no Brasil. Uma contribuição à história do trotskismo no Brasil.TítuloReorganização do movimento trotskista no Brasil - A formação da Organização Socialista Internacionalista(1968-1976). Um capítulo da IV Internacional no Brasil. Uma contribuição à história do trotskismo no Brasil.Autor
Tiago de OliveiraOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2013-11-18Nivel
MestradoPáginas
127Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoMuniz Gonçalves FerreiraRicardo Figueiredo de Castro
ResumoO presente trabalho expõe um dos momentos da formação da quarta geração do movimento trotskista no Brasil. Apresenta o surgimento e o desenvolvimento das organizações representativas dessa geração, o Movimento Estudantil 1ºde Maio e a Fração Bolchevique Trotskista, ambas do ano de 1968. Analisa suas relações com a organização trotskista da geração anterior, o Partido Operário Revolucionário-Trotskista. Suas articulações internacionais, visando a participação no movimento de construção da IV Internacional, junto com as tentativas de unificação dessas organizações. A formação de um terceiro grupo, a partir do exilados na França, o grupo Outubro. Apresentando as condições políticas que possibilitaram a unificação dessas organizações, com a criação em 1976, da Organização Socialista Internacionalista.
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2013-10 Mulheres do babaçu: gênero, maternalismo e movimentos sociais no MaranhãoTítuloMulheres do babaçu: gênero, maternalismo e movimentos sociais no MaranhãoAutor
Viviane de Oliveira BarbosaOrientador(a)
Suely Gomes CostaData de Defesa
2013-10-31Nivel
DoutoradoPáginas
266Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusCaetana Maria DamascenoIsmênia de Lima MartinsMárcia Maria Menendes MottaMaria da Glória Guimarães CorreiaRachel SoihetTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoO presente trabalho trata de histórias de mulheres quebradeiras de coco babaçu no Maranhão, no que se referem a representações sociais, relações de trabalho, gênero e maternalismo, construção de identidades, problemas agrários e ambientais, modelos e mecanismos de organização e constituição de movimento social. Este trabalho estrutura-se em alguns eixos básicos e complementares de investigação. Destaca a importância de uma economia doméstica do babaçu amparada no trabalho feminino, analisando as representações sociais desse recurso natural e evidenciando a invisibilidade dos extrativistas diante dos setores dominantes. Analisa as relações de gênero e trabalho e os usos do tempo entre camponeses maranhenses envolvidos com a agricultura e a quebra do coco, apontando para sinais de maternalismo nos discursos e nas práticas das quebradeiras de coco. Aborda também experiências de quebradeiras de cocoque, com ou sem a participação de outros agentes e grupos, construíram identidades coletivas e desenvolveram estratégias de mobilização e formas de resistência num contexto de conflitos e lutas pela terra e pelo acesso e preservação dos babaçuais. E percorre, ainda, o processo de construção da identidade de quebradeira de coco e outras identidades a ela relacionadas ("mulher", "negra" "quilombola", "indígena" etc.), analisando conquistas e mudanças na trajetória de mulheres extrativistas depois de sua inserção no MIQCB, inclusive no tocante à ampliação de sua autonomia e na construção de ideais de igualdade de gênero.
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2013-10 "Música de subúrbio": Cultura popular e música popular na hipermargem de Belém do ParáTítulo"Música de subúrbio": Cultura popular e música popular na hipermargem de Belém do ParáAutor
Tony Leão da CostaOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2013-10-18Nivel
DoutoradoPáginas
311Volumes
1Banca de DefesaAdriana Carvalho LopesAdriana Facina Gurgel do AmaralAna Lucia Silva EnneAntonio Carlos de Souza LimaAntonio Maurício Dias da CostaCarlos Vicente de Lima PalombiniMarildo Jose Nercolini
ResumoO presente estudo trata de um duplo e complementar fenômeno histórico. Primeiro, elucida a elaboração de uma tradição de música popular no Pará a partir da cidade de Belém. Essa tradição foi constituída de uma vertente de música identitária, que tem no carimbó o seu principal símbolo, e de uma segunda vertente de música popular "povão", a qual se estabeleceu marginalmente junto à primeira. Essas duas vertentes constituíram a tradição local que está, por sua vez, em constante processo de mudança e reelaboração. Como pano de fundo desse processo esteve a "hipermargem" da cidade de Belém, entendida como o território da cultura popular e musical dos subúrbios e periferias, e suas conexões com o interior do estado do Pará e com o "centro" da cidade. Esse território marginal é visto aqui como mediador, por excelência, de gostos musicais subalternos, que em alguns momentos tenderam a se expandir e a contribuir para a constituição da tradição musical local. O segundo tema aqui estudado é a relação de aproximação e/ou afastamento entre essa tradição local e a grande tradição da música popular no restante do Brasil. Os contatos da "música regional" com a música "brasileira" estiveram sempre permeados por uma tensão constituinte, geradora de diferenciação e de identidades mais ou menos intercambiáveis. Observou-se, portanto, que, a partir da hipermargem da cidade de Belém, gostos e gêneros musicais foram cultivados, reelaborados e expandidos para a tradição local, mediados por agentes como a indústria cultural, a intelectualidade artística e a rede de festas populares. Em um circuito mais amplo, essa mesma tradição local estabeleceu contatos com a grande tradição nacional ou com tradições musicais alternativas, como a música caribenha. O mundo cultural da hipermargem e as conexões de sua cultura popular e musical a partir de Belém constituíram uma narrativa sonora subalterna e divergente à narrativa oficial e aos padrões de gosto da tradição musical do Pará e do Brasil.
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2013-09 Rede de Poder em governanças do Brasil à Angola: Administração e comércio de escravos no Atlântico-Sul (Luís César de Meneses, 1697-1701)TítuloRede de Poder em governanças do Brasil à Angola: Administração e comércio de escravos no Atlântico-Sul (Luís César de Meneses, 1697-1701)Autor
Leonardo Alexandre de Siqueira OliveiraOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2013-09-10Nivel
MestradoPáginas
240Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Vieira RibeiroAntônio Carlos Jucá de SampaioMaria Fernanda Baptista BicalhoMarília Nogueira Dos SantosRoberto Guedes Ferreira
ResumoEm finais do século XVII, as conexões entre Brasil e Angola estavam firmadas em torno do comércio marítimo, sobretudo, de escravos. Neste cenário, homens de prestígio exerciam seus cargos de governança em ambos os lados do Oceano Atlântico, buscando ascender em suas carreiras no mesmo passo em que aumentassem seus cabedais a partir das prerrogativas dos postos ocupados. O propósito deste trabalho é analisar as relações administrativas e comerciais no Atlântico Sul, entre Brasil e Angola, a partir das redes de poder de Luís César de Meneses, governador de Angola. Além de suas incumbências administrativas, este governante organizou uma complexa companhia mercantil tendo como principal mercadoria escravos africanos. Para seu funcionamento contava com uma grande rede de indivíduos a ele subordinados ou associados exercendo múltiplas funções para conectá-lo de Angola ao Brasil, como também ao Reino, diminuindo as distâncias.
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2013-08 Barbadianos negros e estrangeiros trabalho, racismo, identidade e memória em Bélem de início do século XXTítuloBarbadianos negros e estrangeiros trabalho, racismo, identidade e memória em Bélem de início do século XXAutor
Maria Roseane Corrêa Pinto LimaOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2013-08-29Nivel
DoutoradoPáginas
245Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroJosé Maia Bezerra NetoLuiz Fernando SaraivaMariza de Carvalho SoaresRicardo Henrique Salles
ResumoO objeto deste trabalho de pesquisa é a imigração de trabalhadores negros barbadianos para a Amazônia, e mais especificamente para o Pará, no contexto das primeiras décadas do século XX. O termo barbadiano, além de designar um local de origem/nascimento (Barbados), acabou se tornando uma designação que englobou outros imigrantes negros oriundos de diversas partes do Caribe, mas embarcados para o Brasil através do porto de Bridgetown. Como recuperar a história dessa imigração? Como chegar às experiências desses imigrantes? Em que medida a experiência migratória marcou as vidas daqueles que imigraram mas também dos seus descendentes? O que significava ser negro e estrangeiro após a Abolição? O interesse inicial de discutir o trabalho no contexto do pós-abolição levou-nos aos debates em torno da imigração para a Amazônia na virada do século XIX, entrecruzada com as questões de raça e racismo que marcaram a passagem para o século XX e que se revelam nas aproximações e distanciamentos, ou nas negociações entre as identidades inglesa, brasileira e barbadiana. Trabalho, racismo, identidade e memória tornaram-se os eixos a partir dos quais foi desenvolvida a presente pesquisa, entrecruzando as dimensões de raça, classe e gênero. Utilizamos tanto registros escritos (impressos, como os jornais e a literatura coeva) e orais (as histórias de vida de barbadianos) quanto os imagéticos (fotografias) que remetem aos barbadianos em Belém, mas também em Manaus e Porto Velho.
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2013-08 Conflitos de Terra e Quilombos na Colonização do Rio de Janeiro (1808-1831)TítuloConflitos de Terra e Quilombos na Colonização do Rio de Janeiro (1808-1831)Autor
Renata Azevedo LimaOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2013-08-29Nivel
MestradoPáginas
141Volumes
1Banca de DefesaLuiz Fernando SaraivaMárcia Maria Menendes MottaMônica de Souza Nunes MartinsPedro Eduardo Mesquita de Monteiro MarinhoThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEsta pesquisa aborda conflitos de terra que configuraram a ocupação territorial fluminense submetida ao projeto colonizador português. O objeto de destaque nestas disputas é uma localidade denominada Quilombo, atualmente situada no município de Casimiro de Abreu (RJ). A presença deste nome em mapas contemporâneos como designação oficial de uma região onde não há negros, mas descendentes de colonos suíços, foi o indício primordial para uma investigação acerca da resistência escrava naquela localidade. Em cartas, ofícios e declarações produzidos durante a década de 1820, colonos suíços afirmaram que prenderam quilombolas e destruíram quilombos, se apossando de suas terras. Notícias de jornal e mapas das três primeiras décadas do século XIX também forneceram informações sobre quilombolas e suas instalações nesta região. No âmago das relações de trabalho que constituíram o escravismo colonial brasileiro, o marco cronológico de limiar desta pesquisa é a implantação da família real e corte portuguesas no Rio de Janeiro, em 1808, quando mudanças demográficas expressivas ocorreram, expandindo a colonização antes concentrada no litoral para o interior, com a ocupação da Serra do Mar onde se localizavam quilombos. O marco que finaliza o período desta pesquisa é o término do reinado de D. Pedro I, em 1831, quando foi promulgada a Lei Feijó, que garantia liberdade aos escravos chegados ao país a partir desta data, e ano de suspensão oficial das imigrações europeias.
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2013-08 Os exaltados: política e identidade na corte regencial (1831 – 1834)TítuloOs exaltados: política e identidade na corte regencial (1831 – 1834)Autor
Luciana Dos Santos RodriguesOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2013-08-26Nivel
MestradoPáginas
99Volumes
1Banca de DefesaAnita Correia Lima de AlmeidaCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroHumberto Fernandes MachadoVantuil Pereira
ResumoOs liberais exaltados foram abordados pela historiografia do próprio Oitocentos tanto como sinônimos de luta pela liberdade quanto como rebeldes anárquicos, ao sabor da tendência política daqueles que os descreviam, ficando identificados com a Regência imperial e seu clima geral de "experiência republicana". Recentemente, estudos sobre a imprensa da década de 1830 tem se utilizado de ferramentas diferentes para a análise dos grupos e de sua prática política. Essa dissertação tem como objetivo avaliar este grupo, política e ideologicamente, à época da Regência Trina (1831 – 1834). Deixando de lado a grande imprensa exaltada e seus principais jornais, extensivamente analisados em belos trabalhos, atentamos para um número de pequenas publicações que inundaram o espaço público da Corte nos primeiros anos após a Abdicação de Dom Pedro I.
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2013-08 Tradições e Modernidades: Raptos consentindos na Paraíba (1920-1940)TítuloTradições e Modernidades: Raptos consentindos na Paraíba (1920-1940)Autor
Rosemere Olimpio de SantanaOrientador(a)
Suely Gomes CostaData de Defesa
2013-08-23Nivel
DoutoradoPáginas
219Volumes
1Banca de DefesaFábio Henrique LopesIsmênia de Lima MartinsMartha Campos AbreuMiriam Cabral CoserMiridan Britto Knox FalciRachel SoihetSuely Gomes Costa
ResumoO presente trabalho tem por objetivo contribuir para as discussões no campo da história das sensibilidades e das relações amorosas tendo como base experiências de raptos consentidos ocorridos na Paraíba, no período de 1920 a 1940. Selecionados e organizados diferentes estudos de casos, em diversos municípios da Paraíba, expõem histórias de amor interditadas, inscritas nos embates entre tradição e modernidade. A análise problematiza tramas nas quais razões e sentimentos evidenciam as relações sociais de gênero, nas suas muitas interseções com as de classes, de raças/etnias/cor de pele e de gerações. Examina significados culturais e políticos dessas relações evidenciadas em casos de raptos consentidos bem como nas respectivas interdições a eles interpostas. Apoia-se, para tanto, nas seguintes fontes: processos-crime, revistas, jornais e literatura de cordel. Elas permitem traduzir nas tramas de cada caso, em discursos e práticas, razões e sentimentos que revelam um permanente embate entre valores civilizatórios que persistem e se transformam. Essa orientação aproximou a pesquisa de múltiplos discursos a respeito do amor, na Paraíba daquele momento, evidenciando o entrechoque dessas práticas com valores morais presentes [debatidos] no discurso da imprensa, do judiciário, médico e do literário. Também foi possível verificar como os sentimentos vivenciados interferiam nos códigos de escolha conjugal ampliando-os para além dos interesses familiares, pessoais e materiais. As histórias de raptos foram examinadas como partes de um conjunto de contingências moldadas por valores e embates próprios a uma época, compondo saberes, regras de governo de si e de todos. Mudando costumes, elas expressam a formação de novas subjetividades, evidenciadas no largo uso de táticas, subterfúgios, percepções e ressignificações referidas às experiências amorosas.
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2013-08 Ave, Libertas: Abolicionismos e luta pela liberdade em Minas Gerais na última década da escravidãoTítuloAve, Libertas: Abolicionismos e luta pela liberdade em Minas Gerais na última década da escravidãoAutor
Luiz Gustavo Santos CotaOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2013-08-23Nivel
DoutoradoPáginas
318Volumes
1Banca de DefesaAndréa Santos da Silva PessanhaEduardo SilvaHumberto Fernandes MachadoLuiz Fernando SaraivaMaria Helena Pereira Toledo MachadoMartha Campos AbreuTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoO objetivo principal deste trabalho é compreender o desenrolar do processo de extinção da escravidão em Minas Gerais, especialmente no que tange à atuação abolicionista durante a década de 1880, analisando as ações de militantes antiescravistas, escravos, senhores e autoridades públicas, através de um corpus documental formado por jornais, relatos memorialísticos, correspondência policial e relatórios oficiais. Levando em consideração a diversidade regional que compõe o cenário abarcado na pesquisa, foi possível visualizar uma diversidade de posicionamentos em relação à campanha pela abolição e mesmo o crescimento de um clima de tensão e violência frente à rebeldia escrava e a atuação de grupos abolicionistas espalhados pela província.
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2013-08 Memória dividida: Narrativas acerca do movimento reivindicatório dos praças da Polícia Militar de Minas Gerais no ano de 1997TítuloMemória dividida: Narrativas acerca do movimento reivindicatório dos praças da Polícia Militar de Minas Gerais no ano de 1997Autor
Juliana do Carmo Cardoso AlvesOrientador(a)
Marcos Alvito Pereira de SouzaData de Defesa
2013-08-21Nivel
MestradoPáginas
144Volumes
1Banca de DefesaMarcelo Badaró MattosMarcos Alvito Pereira de SouzaRobson LaverdiSamantha Viz Quadrat
ResumoA dissertação trata do movimento reivindicatório dos praças da Polícia Militar de Minas Gerais no ano de 1997. A realização de entrevistas foi a principal fonte de pesquisa desse trabalho. Utilizando-se da História Oral buscou-se através das análises das memórias narradas, compreender que tipo de representações foram construídas por aqueles que vivenciaram os acontecimentos. As narrativas evidenciaram a existência de uma "memória dividida". Esse conceito foi trabalhado por Alessandro Portelli para explicar a possibilidade da existência de múltiplas e fragmentadas memórias acerca de um acontecimento. Os praças enfatizaram principalmente a ideia de que realizaram um movimento reivindicatório, o governador do Estado uma rebelião, os oficiais motim e a imprensa não chegou a um consenso. Dessa forma, praças, oficiais, governo e imprensa, cada um deles, percebeu, sentiu e justificou os fatos de diferentes formas.