Dissertações e Teses
-
2013-08 Os exaltados: política e identidade na corte regencial (1831 – 1834)TítuloOs exaltados: política e identidade na corte regencial (1831 – 1834)Autor
Luciana Dos Santos RodriguesOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2013-08-26Nivel
MestradoPáginas
99Volumes
1Banca de DefesaAnita Correia Lima de AlmeidaCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroHumberto Fernandes MachadoVantuil Pereira
ResumoOs liberais exaltados foram abordados pela historiografia do próprio Oitocentos tanto como sinônimos de luta pela liberdade quanto como rebeldes anárquicos, ao sabor da tendência política daqueles que os descreviam, ficando identificados com a Regência imperial e seu clima geral de "experiência republicana". Recentemente, estudos sobre a imprensa da década de 1830 tem se utilizado de ferramentas diferentes para a análise dos grupos e de sua prática política. Essa dissertação tem como objetivo avaliar este grupo, política e ideologicamente, à época da Regência Trina (1831 – 1834). Deixando de lado a grande imprensa exaltada e seus principais jornais, extensivamente analisados em belos trabalhos, atentamos para um número de pequenas publicações que inundaram o espaço público da Corte nos primeiros anos após a Abdicação de Dom Pedro I.
-
2013-08 Tradições e Modernidades: Raptos consentindos na Paraíba (1920-1940)TítuloTradições e Modernidades: Raptos consentindos na Paraíba (1920-1940)Autor
Rosemere Olimpio de SantanaOrientador(a)
Suely Gomes CostaData de Defesa
2013-08-23Nivel
DoutoradoPáginas
219Volumes
1Banca de DefesaFábio Henrique LopesIsmênia de Lima MartinsMartha Campos AbreuMiriam Cabral CoserMiridan Britto Knox FalciRachel SoihetSuely Gomes Costa
ResumoO presente trabalho tem por objetivo contribuir para as discussões no campo da história das sensibilidades e das relações amorosas tendo como base experiências de raptos consentidos ocorridos na Paraíba, no período de 1920 a 1940. Selecionados e organizados diferentes estudos de casos, em diversos municípios da Paraíba, expõem histórias de amor interditadas, inscritas nos embates entre tradição e modernidade. A análise problematiza tramas nas quais razões e sentimentos evidenciam as relações sociais de gênero, nas suas muitas interseções com as de classes, de raças/etnias/cor de pele e de gerações. Examina significados culturais e políticos dessas relações evidenciadas em casos de raptos consentidos bem como nas respectivas interdições a eles interpostas. Apoia-se, para tanto, nas seguintes fontes: processos-crime, revistas, jornais e literatura de cordel. Elas permitem traduzir nas tramas de cada caso, em discursos e práticas, razões e sentimentos que revelam um permanente embate entre valores civilizatórios que persistem e se transformam. Essa orientação aproximou a pesquisa de múltiplos discursos a respeito do amor, na Paraíba daquele momento, evidenciando o entrechoque dessas práticas com valores morais presentes [debatidos] no discurso da imprensa, do judiciário, médico e do literário. Também foi possível verificar como os sentimentos vivenciados interferiam nos códigos de escolha conjugal ampliando-os para além dos interesses familiares, pessoais e materiais. As histórias de raptos foram examinadas como partes de um conjunto de contingências moldadas por valores e embates próprios a uma época, compondo saberes, regras de governo de si e de todos. Mudando costumes, elas expressam a formação de novas subjetividades, evidenciadas no largo uso de táticas, subterfúgios, percepções e ressignificações referidas às experiências amorosas.
-
2013-08 Ave, Libertas: Abolicionismos e luta pela liberdade em Minas Gerais na última década da escravidãoTítuloAve, Libertas: Abolicionismos e luta pela liberdade em Minas Gerais na última década da escravidãoAutor
Luiz Gustavo Santos CotaOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2013-08-23Nivel
DoutoradoPáginas
318Volumes
1Banca de DefesaAndréa Santos da Silva PessanhaEduardo SilvaHumberto Fernandes MachadoLuiz Fernando SaraivaMaria Helena Pereira Toledo MachadoMartha Campos AbreuTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoO objetivo principal deste trabalho é compreender o desenrolar do processo de extinção da escravidão em Minas Gerais, especialmente no que tange à atuação abolicionista durante a década de 1880, analisando as ações de militantes antiescravistas, escravos, senhores e autoridades públicas, através de um corpus documental formado por jornais, relatos memorialísticos, correspondência policial e relatórios oficiais. Levando em consideração a diversidade regional que compõe o cenário abarcado na pesquisa, foi possível visualizar uma diversidade de posicionamentos em relação à campanha pela abolição e mesmo o crescimento de um clima de tensão e violência frente à rebeldia escrava e a atuação de grupos abolicionistas espalhados pela província.
-
2013-08 Memória dividida: Narrativas acerca do movimento reivindicatório dos praças da Polícia Militar de Minas Gerais no ano de 1997TítuloMemória dividida: Narrativas acerca do movimento reivindicatório dos praças da Polícia Militar de Minas Gerais no ano de 1997Autor
Juliana do Carmo Cardoso AlvesOrientador(a)
Marcos Alvito Pereira de SouzaData de Defesa
2013-08-21Nivel
MestradoPáginas
144Volumes
1Banca de DefesaMarcelo Badaró MattosMarcos Alvito Pereira de SouzaRobson LaverdiSamantha Viz Quadrat
ResumoA dissertação trata do movimento reivindicatório dos praças da Polícia Militar de Minas Gerais no ano de 1997. A realização de entrevistas foi a principal fonte de pesquisa desse trabalho. Utilizando-se da História Oral buscou-se através das análises das memórias narradas, compreender que tipo de representações foram construídas por aqueles que vivenciaram os acontecimentos. As narrativas evidenciaram a existência de uma "memória dividida". Esse conceito foi trabalhado por Alessandro Portelli para explicar a possibilidade da existência de múltiplas e fragmentadas memórias acerca de um acontecimento. Os praças enfatizaram principalmente a ideia de que realizaram um movimento reivindicatório, o governador do Estado uma rebelião, os oficiais motim e a imprensa não chegou a um consenso. Dessa forma, praças, oficiais, governo e imprensa, cada um deles, percebeu, sentiu e justificou os fatos de diferentes formas.
-
2013-08 William F. Buckley Jr., National Review e a crítica conservadora ao liberalismo e os direitos civis nos EUA, 1955-1968TítuloWilliam F. Buckley Jr., National Review e a crítica conservadora ao liberalismo e os direitos civis nos EUA, 1955-1968Autor
Rodrigo Farias de SousaOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2013-08-19Nivel
DoutoradoPáginas
371Volumes
1Banca de DefesaAntônio Pedro TotaCecília da Silva AzevedoDaniel Aarão Reis FilhoFrancisco Carlos Teixeira da SilvaModesto FlorenzanoRobert Sean PurdyThaddeus Gregory Blanchette
ResumoO conservadorismo é hoje a mais importante família ideológica no cenário político norte-americano. Seu significado, no entanto, comporta muitas ambiguidades e suas manifestações ao longo da história americana têm sido as mais variadas. Sua expressão mais recente, uma coalizão de movimentos de oposição ao moderno liberalismo americano, toma forma logo depois da Segunda Guerra Mundial e deve muito de seus temas e posicionamentos ao trabalho de um dos seus "pais fundadores", o jornalista William F. Buckley Jr., e sua revista National Review, criada em 1955. A fim de entender esse conservadorismo do pós-guerra, procede-se a uma breve discussão teórica sobre o conservadorismo como um conceito e, em seguida, a um panorama de algumas das suas principais manifestações na história do pensamento político americano. Depois, usa-se uma seleção de escritos de Buckley e de seus colegas na National Review para uma caracterização da crítica geral que formularam ao "Establishment" liberal dos anos 1950 e 60, a partir do tratamento dado a vários episódios da época. Finalmente, como um caso especial, analisa-se a abordagem de National Review a respeito do movimentos dos direitos civis, com ênfase na luta pela dessegregação escolar nos anos 50 e as campanhas de Martin Luther King na década seguinte.
-
2013-08 Iraque em cena: Cinema: Opinião pública e o mito da guerra nos Estados Unidos da AméricaTítuloIraque em cena: Cinema: Opinião pública e o mito da guerra nos Estados Unidos da AméricaAutor
Maria Clara Ferreira Leite GarciaOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2013-08-13Nivel
MestradoPáginas
216Volumes
1Banca de DefesaAna Paula SpiniCecília da Silva AzevedoDenise Rollemberg CruzMauricio LissovskyPaulo Knauss de Mendonça
ResumoEste trabalho tem como objetivo principal analisar os filmes de ficção norte-americanos sobre a Guerra do Iraque produzidos entre 2003 e 2010, associando-os ao mito da guerra e à opinião pública sobre o conflito. Inscrevendo-se na perspectiva da ―história do tempo presente‖, a pesquisa foi motivada pela preocupação com os rumos da política externa estadunidense no século XXI e pela importância da cultura da mídia na vida contemporânea. O cinema, concebido dialeticamente como produto e agente social, é uma rica fonte para a compreensão dos elementos que permeiam o mito da guerra em geral e de cada conflito em particular. Ao mesmo tempo, o discurso crítico sustentado pelos filmes que abordam a Guerra do Iraque se relaciona à opinião pública norte-americana, que se tornou gradualmente contrária à guerra ao longo dos anos. Buscou-se, ainda, traçar uma hipótese explicativa para o surpreendente fracasso nas bilheterias dessas obras. Por fim, adotando a caracterização da cultura da mídia como um terreno de disputas, procuramos avaliar, através do estudo dos filmes, se é possível produzir cinema de dissenso em Hollywood.
-
2013-07 Urbi et Orbi, nós e os outros: Romanidade(s), Fronteira étnica e a História como escrita dos dilemas pátriosTítuloUrbi et Orbi, nós e os outros: Romanidade(s), Fronteira étnica e a História como escrita dos dilemas pátriosAutor
Manuel Rolph de Viveiros CabeceirasOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
2013-07-17Nivel
DoutoradoPáginas
337Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusLívia Lindóia Paes BarretoMarcos José de Araújo CaldasNorma Musco MendesPaulo André Leira ParenteRegina Maria da Cunha BustamanteVânia Leite Fróes
ResumoPÁTRIOS Investigação sobre a ideia de romanidade no contexto da expansão imperial romana (séculos I a.C. –II d.C.) compreendida no sentido de identidade étnica, na perspectiva da antropologia de Fredrik Barth, como construída na historiografia latina a partir dos textos de Salústio e Tácito e dos ensaios de Cícero neste terreno e temática. As respostas aos dilemas identitários decorrentes da inserção hegemônica de Roma em um Mediterrâneo mundializado (globalização?) e da anexação de terras no setentrião europeu se estribaram no modo dinâmico e flexível como se percebiam enquanto povo e na visão pragmática e aberta em relação ao instituto da cidadania. Tais práticas, porém, nunca foram pacíficas, esbarrando sempre em grupos sociais resistentes que lutaram por manter restritos a eles os benefícios de sua condição e status. A análise, assim desenvolvida, conduz a uma revisitação e reinterpretação da romanidade, e mesmo da noção de mos maiorum, concluindo-a como plural e conflituosa, inclusive entre as elites centrais, distante de qualquer canonicidade. A própria História como gênero, ou "constelação de gêneros" (tomando como base os estudos de Eugen Cizek), insere-se nesses dilemas político-culturais. O quadro maior interpretativo da investigação é dado pela passagem das estruturas cívicas (ou políades) de Roma para a cosmópolis. Na análise das passagens destacadas do corpusfoi aplicada a metodologia do quadrado semiótico de Greimas e Courtès
-
2013-06 O Sabá do Sertão: feiticeiras, demônios e jesuítas no Piauí Colonial (1750-58)TítuloO Sabá do Sertão: feiticeiras, demônios e jesuítas no Piauí Colonial (1750-58)Autor
Carolina Rocha SilvaOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2013-06-27Nivel
MestradoPáginas
222Volumes
1Banca de DefesaAngelo Adriano Faria de AssisDaniela Buono CalainhoRonaldo VainfasSamantha Viz Quadrat
ResumoEsta dissertação tem como eixo principal os depoimentos de duas escravas mestiças, Joana e Custódia de Abreu, que assumiram participar de encontros noturnos firmados por pactos diabólicos no Piauí colonial. O documento foi escrito e enviado ao Tribunal do Santo Ofício de Lisboa pelo jesuíta Manuel da Silva e possui descrições muito semelhantes com os elementos que definem o complexo sabático europeu. O texto foi resultado da confluência de diversas crenças mágico-religiosas, a descrição dos encontros noturnos com o diabo se aproximou ora da magia popular, ora dos calundus coloniais e ora do sabá europeu. As intenções do padre ao enviar as confissões para a Inquisição parecem vir da vontade de denunciar o estado de "abandono religioso" dos sertões e de destacar a importância da Ordem do qual fazia parte. As fontes também funcionaram como indícios que levaram a compreensão de um cenário mais amplo e multifacetado, no qual foi possível investigar: o amplo uso de práticas mágicas no reino e na América Portuguesa; o papel da Companhia de Jesus no processo de colonização e catequização dos ameríndios, e as adaptações que a Instituição sofreu no Brasil; a ocupação dos sertões através da "Guerra dos Bárbaros"; e a formação cultural e religiosa do Piauí no século XVIII.
-
2013-06 A questão agrária no Brasil (1961-1964): uma arena de luta de classe e intraclasse.TítuloA questão agrária no Brasil (1961-1964): uma arena de luta de classe e intraclasse.Autor
Melissa de Miranda NatividadeOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2013-06-25Nivel
MestradoPáginas
168Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesMarcelo Badaró MattosRegina Angela Landim BrunoRenato Luís do Couto Neto E LemosSonia Regina de Mendonça
ResumoO presente trabalho aborda a questão agrária no Brasil no período do governo de João Goulart (1961-1964), tendo basicamente três objetivos: i) analisar criticamente os debates em torno da questão agrária brasileira no período, ocorridos no Congresso Nacional e em determinados aparelhos privados de hegemonia, tendo como pano de fundo, o tipo de consideração que estes emanavam sobre as ações do Executivo de João Goulart; ii)identificar que interesses de classe estão presentes em projetos de reforma agrária discutidos no Congresso Nacional, e apresentados por diversas entidades de classe, no eferido período e iii) demonstrar até que ponto, e de que forma, as disputas em torno da questão da reforma agrária expressaram elementos das conjunturas político-ideológicas nacional e internacional no período em questão.
-
2013-05 Secretários do Governo no Centro Sul da América Portuguesa - 1688-1750 - Burocracia, segredo e missõesTítuloSecretários do Governo no Centro Sul da América Portuguesa - 1688-1750 - Burocracia, segredo e missõesAutor
Thiago Rodrigues da SilvaOrientador(a)
Ronald José RaminelliData de Defesa
2013-05-29Nivel
MestradoPáginas
143Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioMarcelo da Rocha WanderleyMônica da Silva RibeiroRonald José Raminelli
ResumoEsta dissertação analisa especificamente o cargo de secretário de governo no centro-sul da América Portuguesa. O corte cronológico se dá entre 1688 (ano da criação do cargo para Angola) e 1750, ano que inicia uma década onde os secretários tiveram uma menor atuação. O texto toca no fenômeno do recrudescimento da escrita enquanto mecanismo de governo, discutindo o surgimento de poderosos secretários de Estado na Península Ibérica. Sobre os secretários que atuaram na América, foco da pesquisa, são discutidas suas carreiras, méritos, missões e os trabalhos cotidianos destes homens. Especial análise se dá sobre a relação destes funcionários especializados nos papéis com seus poderosos governadores.
-
2013-05 Margear o outro: viagem, experiência e notas de Euclides da Cunha nos sertões baianosTítuloMargear o outro: viagem, experiência e notas de Euclides da Cunha nos sertões baianosAutor
Nathália Sanglard de Almeida NogueiraOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2013-05-29Nivel
MestradoPáginas
133Volumes
1Banca de DefesaCarolina Vianna DantasGiselle Martins VenancioHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroLeonardo Affonso de Miranda Pereira
ResumoEsta dissertação propõe remontar a feitura d‘Os sertões, de modo a recuperar as imagens traçadas por Euclides da Cunha a respeito das terras agrestes, desde sua mocidade aos escritos posteriores. Assim, preliminarmente, serão analisadas as oscilações euclidianas em torno do sertão, entre uma tônica idílica, nos poemas e artigos da juventude, e uma atordoante, nos registros ulteriores, marcados por leituras cientificistas. Em seguida, a partir de sua estada na Bahia, cruzando-se um "ter estado lá" e tendências do pensamento científico e histórico à época, pretende-se avaliar a centralidade do contato do autor com as coisas e pessoas deste canto de um Brasil ignoto e perceber como o exercício de um olhar etnográfico converteu a viagem em impulso e embrião para sua obra-mestra, o que se ambiciona corroborar em função do cotejo entre sua caderneta, suas correspondências enviadas ao jornal O Estado de S. Paulo e o livro em questão. Por último, estuda-se o mecanismo de tradução da alteridade sertaneja, perdida em recônditas trilhas, onde haveria o mais genuíno, anacrônico, aterrador e vigoroso Brasil.
-
2013-05 A escravidão em Itaboraí: Uma vivência às margens do Rio Macacú (1833-1875)TítuloA escravidão em Itaboraí: Uma vivência às margens do Rio Macacú (1833-1875)Autor
Gilciano Menezes CostaOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2013-05-28Nivel
MestradoPáginas
197Volumes
1Banca de DefesaCarolina Vianna DantasHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMartha Campos AbreuNielson Rosa Bezerra
ResumoA presente pesquisa analisa a escravidão negra em Itaboraí nas regiões próximas ao Rio Macacu no período de 1833 a 1875. Um estudo que demonstra que a diversificação econômica do século XIX, somada à presença dos portos fluviais, proporcionou o surgimento de locais onde a relação de trabalho pautada na especialização da mão de obra escrava na grande lavoura monocultora não era predominante. O que se pretende demonstrar é que tal contexto gerou a presença de diferentes relações de trabalho dos escravos em Itaboraí e uma ampliação de seus espaços de atuação. Assim, o objetivo é desenvolver uma história pública da cidade, através da compreensão de sua organização socioeconômica, focando na investigação da diversidade das relações escravistas na região.
-
2013-05 A Elite Militar no Estado do Maranhão: Poder, Hierarquia e Comunidades Indígenas (Século XVII)TítuloA Elite Militar no Estado do Maranhão: Poder, Hierarquia e Comunidades Indígenas (Século XVII)Autor
Rafael Ale RochaOrientador(a)
Maria Regina Celestino de AlmeidaData de Defesa
2013-05-28Nivel
DoutoradoPáginas
322Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioElisa Frühauf GarciaJoão Luís Ribeiro FragosoMaria Fernanda Baptista BicalhoMaria Regina Celestino de AlmeidaRafael Ivan ChambouleyronRonald José Raminelli
ResumoEste Trabalho aborda a elite militar do Estado do Maranhão entre os anos de 1640 e 1684. Especificamente, por um lado, a chamada tropa regular e, por outro, as elites indígenas que poderiam ser enquadradas como oficiais – isto é, estavam integradas à sociedade colonial e eram elites legitimamente confirmadas pelo rei ou pelos governadores. Quanto aos oficiais das tropas regulares, o ponto chave é entender a forma de prover os postos mais altos – o capitão mor, o sargento mor e o capitão de companhia. Em síntese, pretendemos mostrar que a coroa procurava enviar a esses cargos os mais "qualificados" reinóis que atuaram nos principais momentos de Guerra do império – a guerra contra os holandeses no Brasil (1630-1654) e a Guerra da Restauração de Portugal (1640-1668). Contudo, alguns daqueles que poderiam ser enquadrados como uma elite local – os que moravam há muitos anos no Estado do Maranhão ou eram naturais da região – também procuravam atuar nos cargos mencionados. Esses correspondiam àqueles que chegarm no Estado durante os primeiros anos da conquista e que conheciam as formas de Guerra local. Formas que exigiam um profundo relacionamento com os índios da região. Ou seja, a questão central é a relação entre a "qualidade" e a "experiência" e entre as conjunturas internacionais e as locais. Em relação às elites indígenas, da mesma forma, pretendemos mostrar que os chefes indígenas tornaram-se parte da elite colonial a partir da sua ligação com a elite local mencionada.
-
2013-05 A questão Christie e a atuação do secretário João Batista Calógeras (1862-1865)TítuloA questão Christie e a atuação do secretário João Batista Calógeras (1862-1865)Autor
Daniel Jacuá SinésioOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2013-05-28Nivel
MestradoPáginas
146Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesLuiz Fernando SaraivaMariana de Aguiar Ferreira MuazeWalter Luiz Carneiro de Mattos Pereira
ResumoO objetivo dessa dissertação é analisar o desenvolvimento e o amadurecimento do Estado imperial e sua política externa em meados do século XIX, particularmente, no que se refere ao incidente diplomático conhecido como Questão Christie. Pretendemos, portanto, problematizar e discutir os limites e avanços da política externa brasileira, e comparar as versões de Brasil e Grã-Bretanha em relação ao ocorrido. Ao mesmo tempo, intentamos investigar a trajetória de João Batista Calógeras, um funcionário que trabalhou por quinze anos no ministério e que participou das negociações políticas entre Brasil e Grã-Bretanha, com isso, abrir um novo caminho para a compreensão da burocracia imperial nos negócios do Estado. Desse modo, pensamos em demonstrar que a agressividade da diplomacia britânica de combate ao tráfico de escravos combinado com uma política defensiva e autônoma do Império foram às causas fundamentais para o rompimento diplomático entre os dois países.
-
2013-05 Entre negócios e vassalagem na corte Joanina: a trajetória do homem de negócio, comendador da ordem de cristo e deputado da real junta de comércio Elias Antônio Lopes (c.1770-1815)TítuloEntre negócios e vassalagem na corte Joanina: a trajetória do homem de negócio, comendador da ordem de cristo e deputado da real junta de comércio Elias Antônio Lopes (c.1770-1815)Autor
Nilza Licia Xavier Silveira BragaOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2013-05-27Nivel
MestradoPáginas
302Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioCarlos Gabriel GuimarãesMarcos Guimarães SanchesMaria Fernanda Baptista Bicalho
ResumoA presente dissertação discute a trajetória mercantil e honorífica de Elias Antonio Lopes, um dos maiores negociantes que atuou na praça mercantil do Rio de Janeiro em fins do século XVIII e nos primeiros quinze anos do século XIX. Ele emigrou da cidade do Porto para o Rio de Janeiro em aproximadamente 1770, para tentar a sorte nos ofícios mercantis. Ele concentrou em suas mãos uma grande fortuna, advinda de diferentes ramos mercantis, como o tráfico negreiro, arrecadação de contratos reais, comércio interno e externo. O negociante angariou variadas mercês, fundamentais em sua mobilidade social ascendente, em fins do século XVIII e principalmente após a vinda da Corte joanina em 1808. Isso aconteceu, após o negociante ter doado sua chácara em São Cristóvão e futura Quinta da Boa Vista para servir de residência da família real portuguesa. Neste sentido, discutiremos que o ideal aristocrático do Antigo Regime português esteve presente no início do século XIX quando os negociantes procuraram status social ao serem agraciados com mercês em retribuição aos serviços prestados a Dom João. Elias Antonio Lopes faleceu no ano de 1815 deixando uma grande herança, disputada entre seus herdeiros e a Coroa portuguesa pelo fato de ele não ter deixado testamento. Portanto, este estudo perpassa, desde a emigração de Lopes para o Rio de Janeiro, até sua trajetória mercantil e honorífica, encerrando-se com seu falecimento e disputa por sua herança.
-
2013-05 A Cultura Dos Descobrimentos em Portugal: Um estudo da relação entre a Sabedoria do Mar e o Conhecimento Acadêmico na RenascençaTítuloA Cultura Dos Descobrimentos em Portugal: Um estudo da relação entre a Sabedoria do Mar e o Conhecimento Acadêmico na RenascençaAutor
Diego Pimentel de Souza DutraOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2013-05-23Nivel
MestradoPáginas
122Volumes
1Banca de DefesaGeorgina Silva Dos SantosHeloisa Meireles GesteiraLuiz Carlos SoaresRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoNesse trabalho abordaremos de que modo o processo de Expansão Ultramarina, com prioridade para o cenário português quinhentista, inaugurou uma nova modalidade de saber que, por sua vez, começou a ganhar espaço e, ao mesmo tempo, passou a dialogar diretamente com o conhecimento acadêmico renascentista: a Cultura dos Descobrimentos. Por meio de um estudo sobre a Sabedoria do Mar, isto é, do campo científico pertencente à Cultura dos Descobrimentos, buscaremos analisar de que forma se apresentavam seus postulados, métodos e teorias, a fim de compreender quais as suas principais contribuições para a eclosão da Ciência Moderna.
-
2013-05 O Governo Democrático de Getúlio Vargas através dos Cinejornais.TítuloO Governo Democrático de Getúlio Vargas através dos Cinejornais.Autor
Clarissa Costa Mainardi Miguel de CastroOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2013-05-17Nivel
MestradoPáginas
179Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusLucia GrinbergMônica Almeida KornisSamantha Viz Quadrat
ResumoAnalisar os Cinejornais do Governo Democrático de Vargas como produções construtoras de uma memória e imagem do período pela ótica do Estado. A relação entre Vargas e os meios de comunicação e a utilização destes canais como veiculadores de propagandas políticas, permite o estudo da exibição de um poder que, não mais pela força, mas pelo esforço de convencimento e persuasão, através da produção midiática, busca sua legitimação perante o público receptor. Identificar nestes Cinejornais tanto o tipo de conteúdo por eles veiculado quanto elementos da linguagem cinematográfica presentes em suas construções, permite-nos analisar o discurso que permeia tais produções e as enxergar como escolhas feitas a partir de intenções e interesses que, em contato com o público receptor, podem ou não atingir seus objetivos. Parte de uma Cultura Política criada em torno da figura de Vargas, os Cinejornais desse período são uma das expressões do diálogo entre o Poder e seus interlocutores.
-
2013-04 Nas prensas e nos quartéis: As demandas dos militares subalternos através da coluna "Plantão Militar" (1957-1964)TítuloNas prensas e nos quartéis: As demandas dos militares subalternos através da coluna "Plantão Militar" (1957-1964)Autor
Bruno Guedes de CarvalhoOrientador(a)
Giselle Martins VenancioData de Defesa
2013-04-30Nivel
MestradoPáginas
187Volumes
1Banca de DefesaGiselle Martins VenancioJorge Luiz FerreiraJuniele Rabêlo de AlmeidaLeila Bianchi AguiarRodrigo Patto Sá Motta
ResumoA presente pesquisa trata das demandas dos militares subalternos das Forças Armadas, em especial a graduação dos sargentos, não apenas em prol de melhorias em seu duro cotidiano profissional, como também na busca pela extensão de direitos básicos de cidadania. Reivindicações que encontraram espaço e difusão privilegiados na coluna "Plantão Militar", assinada pelo jornalista, e sargento reformado do Exército, João Batista de Paula, no jornal Última Hora, durante a segunda metade da década de 1950 e a primeira de 1960. Através da análise sobre as várias edições da coluna, procurou-se atestar como se dava a discussão sobre questões profissionais específicas que, em grande medida, afetavam o cotidiano profissional destes militares. Problemas como a falta de leis gerais relativas à promoção ao círculo dos oficiais, a má qualidade da alimentação servida em algumas unidades militares e a falta de assistência trabalhista a que estavam sujeitos os funcionários civis das Forças Armadas. Questões relacionadas à extensão de certos direitos básicos, relativos ao exercício da cidadania, dos quais muitos sargentos estavam excluídos, também foram objeto de debate em "Plantão Militar": o direito ao voto, ao casamento e acesso à casa própria. A comparação da situação vivida pelos sargentos com a dos demais trabalhadores, no meio civil, era, quase sempre, inevitável. Fator que levava a abordagem jornalística in loco, de caráter opinativo, empreendida por seu colunista sobre o setor militar, a considerar os rumos pelos quais certos debates de caráter político mais geral eram encaminhados dentro das Forças Armadas. Iniciativa que, necessariamente, implicava em considerar a conjuntura política que o cercou durante os anos de publicação de sua coluna, bem como seus efeitos dentro da Instituição Militar.
-
2013-04 O rei, os poderes e a literatura: virtudes e pecados na prosa civilizadora de D. Duarte e D. Pedro (Portugal – sécs. XIV e XV)TítuloO rei, os poderes e a literatura: virtudes e pecados na prosa civilizadora de D. Duarte e D. Pedro (Portugal – sécs. XIV e XV)Autor
Rafaella Caroline Azevedo Ferreira de SousaOrientador(a)
Edmar Checon de FreitasData de Defesa
2013-04-30Nivel
MestradoPáginas
117Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasGracilda AlvesMiriam Cabral CoserVânia Leite Fróes
ResumoNeste trabalho, intitulado O Rei, os poderes e a literatura: virtudes e pecados na prosa civilizadora de D. Duarte e D. Pedro (Sécs. XIV e XV), analisamos as virtudes e pecados que formam um modelo de conduta veiculado por D. Duarte no Leal Conselheiro e por D. Pedro no Livro da Virtuosa Benfeitoria. Num contexto de disputa entre poderes no Portugal do século XV, os príncipes de Avis teriam como objetivo disseminar esse modelo de homem virtuoso entre a nobreza do reino para civilizá-la, modificar seu comportamento, tomando como exemplo de perfeição o próprio rei. Assim, os nobres aceitariam a preeminência régia na sociedade e não mais disputariam o poder, permitindo aos Avis seguir com seu projeto de centralização política.
-
2013-04 Os "curiosos da natureza": Freire-Allemão e as práticas etnográficas no Brasil do século XIXTítuloOs "curiosos da natureza": Freire-Allemão e as práticas etnográficas no Brasil do século XIXAutor
Crenivaldo Regis Veloso JúniorOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2013-04-30Nivel
MestradoPáginas
194Volumes
1Banca de DefesaElisa Frühauf GarciaJoão Pacheco de Oliveira FilhoMaria Regina Celestino de AlmeidaMariza de Carvalho Soares
ResumoA dissertação analisa as relações entre ciência, etnografia, nação e populações indígenas no Brasil do século XIX. O objetivo central é o estudo de usos e significados atribuídos à etnografia e temas correlatos (raça e nação) por parte de intelectuais brasileiros na metade do oitocentos. O eixo norteador é a trajetória de Francisco Freire-Allemão, naturalista (médico e botânico) que se envolveu com estas questões, bem como a rede social em que estava inserido. Analiso as atividades científicas e etnográficas da Sociedade Vellosiana, associação científica criada por Freire-Allemão em 1850, bem como a relação entre memória, história e etnografia no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e no Museu Nacional. Por fim, faço uma análise da produção etnográfica da Comissão Científica Nacional, que entre 1859 e 1861 percorreu várias províncias do Império do Brasil.
-
2013-04 Adeus ao patrão: Experiência e consciência política dos trabalhadores das organizações piqueteiras e das empresas recuperadas na Argentina (1966-2011).TítuloAdeus ao patrão: Experiência e consciência política dos trabalhadores das organizações piqueteiras e das empresas recuperadas na Argentina (1966-2011).Autor
Renake Bertholdo David Das NevesOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2013-04-29Nivel
DoutoradoPáginas
339Volumes
1Banca de DefesaJoão Leonardo Gomes MedeirosJoão Márcio Mendes PereiraJosé Sérgio Leite LopesMarcela Alejandra PronkoMarcelo Badaró MattosMiguel Àngel VeddaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA pesquisa que desembocou nessa tese pretende se inserir nos estudos que se dedicam ao exame da reconfiguração da relação entre capital e trabalho no capitalismo contemporâneo (pós-1970), tendo como eixo de análise a questão da consciência de classe. Para tanto, optamos por examinar dois interessantes processos que emergem em meados da década de 1990 na Argentina: a recuperação de empresas por seus trabalhadores e o surgimento de movimentos de trabalhadores desempregados (piqueteiros). Nosso estudo busca entender a formação da consciência de classe em conjunto com as tensões e contradições presentes na constituição da subjetividade, em diversas instâncias da vida desses trabalhadores, especialmente aquelas que constituem o cotidiano. As fontes primárias utilizadas para realizar essa pesquisa foram documentos escritos produzidos por ambos os tipos de movimentos de trabalhadores abordados nesta tese e, sobretudo, entrevistas de história de vida com seus integrantes.
-
2013-04 O conto de Apepi e Sequenenra (Reino Novo, XIXª Dinastia): Uma análise histórico-literáriaTítuloO conto de Apepi e Sequenenra (Reino Novo, XIXª Dinastia): Uma análise histórico-literáriaAutor
Alessandra Pinto Antunes do ValeOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
2013-04-29Nivel
MestradoPáginas
135Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaCiro Flamarion Santana CardosoClaudia Beltrão da RosaMário Jorge da Motta BastosMoacir Elias SantosSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoA contenda de Apepi e Sequenenra encontra-se preservada em uma única versão: o Papiro Sallier I. Esse documento foi redigido durante a XIXª dinastia, tendo sido escrito no período de reinado do faraó Merenptah (c. 1213-1203 a.C.). Apesar de escrito no Reino Novo, o Conto de Apepi e Sequenenra aborda, ficcionalmente, um episódio de meados do século XVI a.C., envolvendo personagens históricos do final do Segundo Período Intermediário: o faraó hicso Apepi, da XVª dinastia, e o rei Sequenenra, da XVIIª dinastia tebana. Através dele é possível levantar alguns interessantes questionamentos, dentre os quais dois se destacam: (1) a disputa entre governantes – Apepi, hicso, e Sequenenra, egípcio; (2) e a oposição entre deuses, nesse caso especificamente Amon-Ra e Seth (Sutekh, para os hicsos), paralela à dos reis que lhes prestavam culto monolátrico
-
2013-04 Que ningún judío non sea osado - estudo sobre as práticas políticas e representações dos judeus no reinado de Alfonso X (Castela 1252-1284).TítuloQue ningún judío non sea osado - estudo sobre as práticas políticas e representações dos judeus no reinado de Alfonso X (Castela 1252-1284).Autor
Anna Carla Monteiro de CastroOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2013-04-29Nivel
MestradoPáginas
186Volumes
1Banca de DefesaBeatriz Juana Bissio Staricco Neiva MoreiraEdmar Checon de FreitasRaquel Alvitos PereiraRenata Rozental SancovskyVânia Leite Fróes
ResumoEstudo sobre as práticas políticas e representações dos judeus durante o reinado de Afonso X, através de fontes de cunho literário e normativo produzidas pelo círculo régio. Buscou-se analisar as diferentes formas de representação e as disposições referentes à tal comunidade. Utilizou-se como fundamento teórico o conceito de representações, de Georges Duby e Roger Chartier; de marginalização, de Bronislaw Geremek; de pária, de Louis Dumont; e de alteridade relativa, de Paul Zumthor, para compor o quadro de nossa análise. Buscamos demonstrar a forte relação existente entre processos de marginalização dos judeus com um projeto de centralização e construção de identidade para o reino. A conclusão apontou para a importância de pensarmos os processos de marginalização em sua dinâmica com a centralidade. Observamos movimentações de aproximação e distanciamento, com a construção de margens fluidas que situam grupos numa condição de alteridade relativa.
-
2013-04 O Palácio de Queluz e o Mundo Ultramarino: Circuitos ilustrados (Portugal, Brasil e Angola,1796-1803)TítuloO Palácio de Queluz e o Mundo Ultramarino: Circuitos ilustrados (Portugal, Brasil e Angola,1796-1803)Autor
Nívia Pombo Cirne Dos SantosOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2013-04-26Nivel
DoutoradoPáginas
395Volumes
1Banca de DefesaCaio Cesar BoschiGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesIris KantorLucia Maria Bastos Pereira Das NevesLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMárcia Maria Menendes MottaMaria Fernanda Baptista Bicalho
ResumoO final do século XVIII na Europa ficou marcado pelo desmantelamento das denominadas sociedades de Antigo Regime. Os efeitos desta crise – provocada pela atmosfera crítica do pensamento ilustrado nos domínios da moral, da religião, da política, da sociedade e do pensamento econômico –, foram sentidos de modo peculiar pelo Império português. O estudo que se apresenta tem como propósito examinar as tensões e resistências que se revelam do choque entre duas visões de mundo distintas: as tradições e comportamentos típicos de uma sociedade estamental e corporativa versus os ideais da Ilustração presentes, sobretudo, nas atitudes governativas da chamada geração de 1790. Destaque desta geração, o ministro D. Rodrigo de Souza Coutinho (1756-1812), considerado pela historiografia um dos maiores expoentes do reformismo ilustrado português. Sua atuação no centro do poder político, entre os anos de 1796 e 1803, mostra-se privilegiada para a identificação dos pontos nevrálgicos desse embate: no rescaldo da Revolução Francesa, a loucura da rainha, D. Maria I, coloca a monarquia portuguesa sob a turbulenta regência de D. João. Dos bastidores do Palácio de Queluz, emergem oposições cortesãs e intrigas políticas que colocaram em xeque o ideal de um Império luso-brasileiro. Entre jantares ilustrados e políticas reformistas, D. Rodrigo depara-se com resistências corporativas que o impedem de colocar em prática as medidas que acreditava serem fundamentais a modernização do reino de Portugal. Encurralado, o reformismo buscou asilo no mundo ultramarino, encontrado entre governadores e elites ilustradas, mas não a salvo das resistências dos poderes locais, como revelam os casos de Minas Gerais, Pará e Angola.
-
2013-04 Vassouras: comunidade escrava, conflitos e sociabilidade (1850-1888).TítuloVassouras: comunidade escrava, conflitos e sociabilidade (1850-1888).Autor
Fábio Pereira de CarvalhoOrientador(a)
Maria Verónica Secreto FerrerasData de Defesa
2013-04-26Nivel
MestradoPáginas
190Volumes
1Banca de DefesaCarolina Vianna DantasJuliana Beatriz Almeida de SouzaLarissa Moreira VianaMaria Verónica Secreto FerrerasNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoO objetivo geral dessa dissertação é reconstruir a lógica das relações dentro da comunidade de escravos em Vassouras/RJ entre 1850 e 1888, tendo em conta que essas relações não foram de forma alguma homogêneas ou estáticas. Correspondiam ao contexto em que os escravos estavam inseridos, sua própria composição e sua visão de mundo. Através da discussão historiográfica, brasileira e norte-americana, do que seja uma comunidade escrava, são analisados apenas processos criminais em que réu e vítima sejam escravos entre o fim do tráfico transatlântico de escravos e o fim da escravidão.