Dissertações e Teses
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2014-03 "Recordar é preciso": Conceição Evaristo e a intelectualidade negra no contexto do movimento negro brasileiro contemporâneo (1982-2008)Título"Recordar é preciso": Conceição Evaristo e a intelectualidade negra no contexto do movimento negro brasileiro contemporâneo (1982-2008)Autor
Bárbara Araújo MachadoOrientador(a)
Marcos Alvito Pereira de SouzaData de Defesa
2014-03-11Nivel
MestradoPáginas
130Volumes
1Banca de DefesaAmilcar Araujo PereiraMarcelo Badaró MattosMarcos Alvito Pereira de SouzaRachel SoihetRobson Laverdi
ResumoA questão geral da presente pesquisa trata da relação entre literatura e militância e, mais amplamente, entre cultura e política no movimento negro brasileiro contemporâneo. Em particular, foi desenvolvida uma análise da trajetória e da obra literária da escritora negra Conceição Evaristo, considerada aqui como uma intelectual orgânica, segundo a concepção de Antonio Gramsci. As fontes privilegiadas para a realização da pesquisa foram os livros publicados pela autora até o momento de formulação do projeto (Ponciá Vicêncio, Becos da Memória e Poemas de Recordação e outros movimentos) e fontes orais. Ao tematizar em seus textos situações históricas como a experiência violenta da escravidão brasileira, o êxodo rural de descendentes de escravos/as e a remoção de favelas, Conceição toma partido em uma importante disputa de memória. Sua perspectiva se apresenta como uma narrativa contra-hegemônica que visa desautorizar o discurso da democracia racial brasileira. Além disso, a obra exerce o papel fundamental de fazer frente à História oficial que invisibiliza a existência de uma experiência sócio-histórica negra no país.
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2014-02 O G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro e as representações do negro nos desfiles das escolas de samba nos anos 1960TítuloO G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro e as representações do negro nos desfiles das escolas de samba nos anos 1960Autor
Guilherme José Motta FariaOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2014-02-25Nivel
DoutoradoPáginas
294Volumes
1Banca de DefesaMagali Gouveia EngelMarcelo de Souza MagalhãesMarilene Rosa Nogueira da SilvaMartha Campos AbreuMatthias Wolfram Orhan Röhrig AssunçãoRachel SoihetSilvia Maria Jardim Brugger
ResumoNa década de 1960, as Escolas de Samba conquistaram o protagonismo do Carnaval carioca e renovaram os vínculos com o Poder Público, com a imprensa e com a classe média carioca. O G.R.E.S Salgueiro ocupou lugar destacado nessa História, pois foi considerada a Escola que "revolucionou" os desfiles daquele período, especialmente por meio de seu maior nome, o Carnavalesco Fernando Pamplona. A partir de publicações de cronistas, jornalistas e pesquisadores, de entrevistas com sambistas e profissionais envolvidos com a montagem do Carnaval e por meio de notícias do Jornal do Brasil, esta tese procura mostrar os limites das versões que construíram a ideia do pioneirismo do Salgueiro na modernização dos desfiles e na introdução de temáticas afro-brasileiras. Complementarmente, procurará situar as chamadas inovações temáticas dos desfiles dos anos 60 num contexto mais amplo, onde diversos sujeitos sociais atuaram, e numa teia de significados bem mais complexa e plural, mobilizada por intelectuais e militantes ligados aos movimentos negros. Mesmo não conquistando o reconhecimento na bibliografia sobre as associações culturais, as escolas de samba do Rio de Janeiro desempenharam um papel relevante no levantamento de temas e discussões acerca da história do negro na sociedade brasileira.
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2014-02 "Que Jazz é esse?": As Jazz-bands no Rio De Janeiro da década de 1920.Título"Que Jazz é esse?": As Jazz-bands no Rio De Janeiro da década de 1920.Autor
Jair Paulo Labres FilhoOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2014-02-24Nivel
MestradoPáginas
131Volumes
1Banca de DefesaAvelino Romero Simões PereiraGiovana Xavier da Conceição CôrtesLarissa Moreira VianaLeonardo Affonso de Miranda PereiraMartha Campos Abreu
ResumoA dissertação investiga a atuação de espíritas na imprensa, através da criação e manutenção de periódicos, por meio da publicação de artigos em série ou via manutenção de colunas fixas nos grandes jornais diários na cidade do Rio de Janeiro, entre 1880 e 1950. A pesquisa evidencia o envolvimento de indivíduos, grupos e instituições espíritas em diferentes projetos editoriais criados por espíritas, a disputa travada pela preferência dos adeptos do Espiritismo, procurando avaliar seus objetivos, articulações e alianças, assim como as motivações para a atuação espírita na imprensa.Analisa, também, suas expectativas e concepções de imprensa, bem como procura desvendar as tensões em torno da ocupação de cargos em periódicos e entidades representativas. A partir da imprensa, reconstitui diferentes concepções sobre a Doutrina Espírita, defendidas e vividas pelos sujeitos sociais naquele momento histórico, recuperando embates e conflitos que marcaram a busca pela hegemonia de uma leitura do Espiritismo. Por fim, explora desdobramentos da atuação de espíritas no jornalismo, principalmente a tentativa de organização de seus jornalistas e a reorientação nos projetos editorias e gráficos.
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2014-01 A Outra Cor de Mafamede: Aspectos do Islamismo da Guiné em três narrativas luso-africanas (1594-1625)TítuloA Outra Cor de Mafamede: Aspectos do Islamismo da Guiné em três narrativas luso-africanas (1594-1625)Autor
Thiago Henrique Mota SilvaOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2014-01-23Nivel
MestradoPáginas
281Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Vieira RibeiroCélia Cristina da Silva TavaresDaniela Buono CalainhoRonaldo Vainfas
ResumoEsta dissertação consiste na análise das crônicas elaboradas por André Álvares de Almada (1594), Manuel Álvares (1616) e André Donelha (1625), que abordam aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais da região compreendida entre o rio Senegal e a baía de Tagrin, correspondendo ao topônimo Guiné. A documentação é caracterizada pela coexistência das experiências dos autores e seus pares cabo-verdianos ou europeus e a reprodução de oralidades e tradições africanas. Percebendo a captação de oralidades, concluímos tratar-se de textos luso-africanos, em detrimento de narrativas portuguesas, que suportam historicidades e tradições africanas e vocalizam objetivos das elites cabo-verdianas. Como crítica às fontes, partimos da análise do contexto de produção dos sentidos portugueses acerca da África e do Islamismo, que atuaram sobre 1- a formação intelectual e social dos cronistas, 2- a recodificação que realizaram de suas experiências e oralidades africanas e 3- a recepção das obras, nos centros da administração portuguesa e da Companhia de Jesus, para os quais seus textos se dirigiam. Neste ínterim, enfatizamos os aspectos referentes ao islamismo africano. Em oposição à parcela da historiografia que afirma que o islamismo tornou-se popular na África somente após as revoluções muçulmanas do século XVIII, esforçamo-nos para apontar o início do século XVII como momento de transição entre o islamismo de corte e aquele majoritário. Embora ainda não compreendesse a maior parte da população, o islã também não estava circunscrito apenas às elites, nos anos iniciais do século XVII. A existência de escolas corânicas e mesquitas atestam o papel e alcance desta religião naquele tempo, sobretudo na porção norte da Guiné, na Senegâmbia. Apropriado pelas populações africanas através da confluência de ritos, práticas e adequação de crenças àquelas locais, acreditamos que o islamismo estava bastante desenvolvido no início dos seiscentos.
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2013-12 O jornalismo luso-brasileiro em Londres (1808-1822). Um olhar hermenêuticoTítuloO jornalismo luso-brasileiro em Londres (1808-1822). Um olhar hermenêuticoAutor
Luís Francisco MunaroOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2013-12-19Nivel
DoutoradoPáginas
349Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Mansur BarataCarlos Gabriel GuimarãesGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesJean Marcel Carvalho FrançaLucia Maria Bastos Pereira Das NevesMarcelo Cheche GalvesTânia Coelli Sobreira Dias
ResumoAtravés de seis janelas de leitura identificadas com conceitos, esta tese investigará a emergência do jornalismo e da dispersão regular e periódica de ideias políticas em língua portuguesa. Isso implica se debruçar sobre a situação específica da imprensa luso-brasileira em Londres entre 1808 e 1822, i. é, desde o pioneirismo do brasileiro Hipólito da Costa até o avanço das Cortes de Lisboa e o crescimento na demanda de jornais. No seio da comunidade portuguesa emigrada em Londres e profundamente influenciados pelos ideais de sociabilidade londrinos, os portugueses buscaram argumentos e ideias para salvar o reino luso-brasileiro da iminente crise política, social e econômica, propondo planos de reorganização nacional ao mesmo tempo em que formas tradicionais de mito e utopia política. Os jornalistas lusófonos que se ambientaram nessa comunidade inauguraram modelos comunicativos importantes para o delineamento de sua prática profissional. Eles ajudaram a compor a vanguarda intelectual da sociedade luso-brasileira na modernidade e, por estarem livres da censura, manifestaram-se com relativa autonomia sobre temas considerados caros ao futuro do reino que ia se tornando nação. Os principais destes jornalistas são Hipólito José da Costa, responsável pelo Correio Braziliense (1808-1822); José Liberato, pelo Investigador (1813-1819) e Campeão (1819-1821), João Bernardo da Rocha Loureiro, pelo Espelho (1813- 1814)e Português (1814-1822), Joaquim Ferreira de Freitas, pelo Padre Amaro(1820-1826) e, por fim, Francisco Alpoim de Meneses, autor do O Microscópio de Verdades (1814), e José Anselmo Correia Henriques, d’O Argus (1809) e O Zurrague (1821). Para operacionalizar esta investigação, dividimos a tese em linhas de análise identificadas com conceitos considerados importantes: cidade, indivíduo, nação, utopia, comunicação e jornalismo. Trata-se de buscar lançar um ouvido mais aguçado ao passado histórico através de uma proposta de análise em que o documento histórico e o estudioso se interpenetram para melhor compreender a realidade da história. Ao fim e ao cabo, será possível perceber que, longe de uma construção ontológica que remete à Antiguidade, as práticas jornalísticas são uma dádiva do pensamento moderno, ajudando a textualizá-lo e a instrumentalizar a esfera pública.
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2013-11 1964 -1979: A luta pela hegemonia na Petroquímica BrasileiraTítulo1964 -1979: A luta pela hegemonia na Petroquímica BrasileiraAutor
Bernardo Galheiro PoçasOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2013-11-20Nivel
MestradoPáginas
181Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoPedro Henrique Pedreira CamposPierre Alves CostaRita de Cássia da Silva Almico
Resumo
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2013-11 O pensamento de Eurípides e a política durante a Guerra do PeloponesoTítuloO pensamento de Eurípides e a política durante a Guerra do PeloponesoAutor
Guilherme Gomes MoerbeckOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2013-11-19Nivel
DoutoradoPáginas
242Volumes
1Banca de DefesaClaudia Beltrão da RosaFrancisco Carlos Teixeira da SilvaGreice Ferreira DrumondJosé Antônio Dabdab TrabulsiMário Jorge da Motta BastosPriscila Aquino SilvaRenata Rodrigues Vereza
ResumoUma hipótese heurística de caráter teórico é nossa reflexão inicial, a saber: a deque as instituições e a dinâmica da participação política na Atenas do século V a.C.acabam por configurar uma arena de lutas e consagração de tipo política, que pode sercaracterizada como um campo político à moda bourdieusiana. E, como corolário: nocampo político Ateniense é possível discernir e caracterizar as Grandes Dionísias comoum espaço de lutas simbólicas, um festival religioso que canalizava tensões, ritualizavaas divisões sociais, representava o poder de Atenas e punha em cena as própriasdisputas políticas dos atenienses. O objeto de pesquisa da tese consiste em analisar como se caracterizou a produção textual da última geração do século V a.C., sobretudo no que se refere ao problema da política e da guerra em As Suplicantes e As Fenícias de Eurípides e, como contraponto, em algumas peças de Sófocles, Aristófanes, bem como Tucídides. As obras teatrais a serem utilizadas são aquelas que foram produzidas durante a Guerra do Peloponeso, conflito que, com alguns armistícios, cobriu praticamente os últimos trinta anos do século V a. C. Além de determinados temas como a política e a guerra, serão analisadas as estruturas política e social que punha em destaque as obras teatrais no contexto ateniense. Neste caso, será fundamental uma análise detalhada da dinâmica de funcionamento do maior festival ateniense no qual eram representadas tragédias e comédias, isto é, as Grandes Dionísias.
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2013-11 Reorganização do movimento trotskista no Brasil - A formação da Organização Socialista Internacionalista(1968-1976). Um capítulo da IV Internacional no Brasil. Uma contribuição à história do trotskismo no Brasil.TítuloReorganização do movimento trotskista no Brasil - A formação da Organização Socialista Internacionalista(1968-1976). Um capítulo da IV Internacional no Brasil. Uma contribuição à história do trotskismo no Brasil.Autor
Tiago de OliveiraOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2013-11-18Nivel
MestradoPáginas
127Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoMuniz Gonçalves FerreiraRicardo Figueiredo de Castro
ResumoO presente trabalho expõe um dos momentos da formação da quarta geração do movimento trotskista no Brasil. Apresenta o surgimento e o desenvolvimento das organizações representativas dessa geração, o Movimento Estudantil 1ºde Maio e a Fração Bolchevique Trotskista, ambas do ano de 1968. Analisa suas relações com a organização trotskista da geração anterior, o Partido Operário Revolucionário-Trotskista. Suas articulações internacionais, visando a participação no movimento de construção da IV Internacional, junto com as tentativas de unificação dessas organizações. A formação de um terceiro grupo, a partir do exilados na França, o grupo Outubro. Apresentando as condições políticas que possibilitaram a unificação dessas organizações, com a criação em 1976, da Organização Socialista Internacionalista.
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2013-10 Mulheres do babaçu: gênero, maternalismo e movimentos sociais no MaranhãoTítuloMulheres do babaçu: gênero, maternalismo e movimentos sociais no MaranhãoAutor
Viviane de Oliveira BarbosaOrientador(a)
Suely Gomes CostaData de Defesa
2013-10-31Nivel
DoutoradoPáginas
266Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusCaetana Maria DamascenoIsmênia de Lima MartinsMárcia Maria Menendes MottaMaria da Glória Guimarães CorreiaRachel SoihetTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoO presente trabalho trata de histórias de mulheres quebradeiras de coco babaçu no Maranhão, no que se referem a representações sociais, relações de trabalho, gênero e maternalismo, construção de identidades, problemas agrários e ambientais, modelos e mecanismos de organização e constituição de movimento social. Este trabalho estrutura-se em alguns eixos básicos e complementares de investigação. Destaca a importância de uma economia doméstica do babaçu amparada no trabalho feminino, analisando as representações sociais desse recurso natural e evidenciando a invisibilidade dos extrativistas diante dos setores dominantes. Analisa as relações de gênero e trabalho e os usos do tempo entre camponeses maranhenses envolvidos com a agricultura e a quebra do coco, apontando para sinais de maternalismo nos discursos e nas práticas das quebradeiras de coco. Aborda também experiências de quebradeiras de cocoque, com ou sem a participação de outros agentes e grupos, construíram identidades coletivas e desenvolveram estratégias de mobilização e formas de resistência num contexto de conflitos e lutas pela terra e pelo acesso e preservação dos babaçuais. E percorre, ainda, o processo de construção da identidade de quebradeira de coco e outras identidades a ela relacionadas ("mulher", "negra" "quilombola", "indígena" etc.), analisando conquistas e mudanças na trajetória de mulheres extrativistas depois de sua inserção no MIQCB, inclusive no tocante à ampliação de sua autonomia e na construção de ideais de igualdade de gênero.
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2013-10 "Música de subúrbio": Cultura popular e música popular na hipermargem de Belém do ParáTítulo"Música de subúrbio": Cultura popular e música popular na hipermargem de Belém do ParáAutor
Tony Leão da CostaOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2013-10-18Nivel
DoutoradoPáginas
311Volumes
1Banca de DefesaAdriana Carvalho LopesAdriana Facina Gurgel do AmaralAna Lucia Silva EnneAntonio Carlos de Souza LimaAntonio Maurício Dias da CostaCarlos Vicente de Lima PalombiniMarildo Jose Nercolini
ResumoO presente estudo trata de um duplo e complementar fenômeno histórico. Primeiro, elucida a elaboração de uma tradição de música popular no Pará a partir da cidade de Belém. Essa tradição foi constituída de uma vertente de música identitária, que tem no carimbó o seu principal símbolo, e de uma segunda vertente de música popular "povão", a qual se estabeleceu marginalmente junto à primeira. Essas duas vertentes constituíram a tradição local que está, por sua vez, em constante processo de mudança e reelaboração. Como pano de fundo desse processo esteve a "hipermargem" da cidade de Belém, entendida como o território da cultura popular e musical dos subúrbios e periferias, e suas conexões com o interior do estado do Pará e com o "centro" da cidade. Esse território marginal é visto aqui como mediador, por excelência, de gostos musicais subalternos, que em alguns momentos tenderam a se expandir e a contribuir para a constituição da tradição musical local. O segundo tema aqui estudado é a relação de aproximação e/ou afastamento entre essa tradição local e a grande tradição da música popular no restante do Brasil. Os contatos da "música regional" com a música "brasileira" estiveram sempre permeados por uma tensão constituinte, geradora de diferenciação e de identidades mais ou menos intercambiáveis. Observou-se, portanto, que, a partir da hipermargem da cidade de Belém, gostos e gêneros musicais foram cultivados, reelaborados e expandidos para a tradição local, mediados por agentes como a indústria cultural, a intelectualidade artística e a rede de festas populares. Em um circuito mais amplo, essa mesma tradição local estabeleceu contatos com a grande tradição nacional ou com tradições musicais alternativas, como a música caribenha. O mundo cultural da hipermargem e as conexões de sua cultura popular e musical a partir de Belém constituíram uma narrativa sonora subalterna e divergente à narrativa oficial e aos padrões de gosto da tradição musical do Pará e do Brasil.
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2013-09 Rede de Poder em governanças do Brasil à Angola: Administração e comércio de escravos no Atlântico-Sul (Luís César de Meneses, 1697-1701)TítuloRede de Poder em governanças do Brasil à Angola: Administração e comércio de escravos no Atlântico-Sul (Luís César de Meneses, 1697-1701)Autor
Leonardo Alexandre de Siqueira OliveiraOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2013-09-10Nivel
MestradoPáginas
240Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Vieira RibeiroAntônio Carlos Jucá de SampaioMaria Fernanda Baptista BicalhoMarília Nogueira Dos SantosRoberto Guedes Ferreira
ResumoEm finais do século XVII, as conexões entre Brasil e Angola estavam firmadas em torno do comércio marítimo, sobretudo, de escravos. Neste cenário, homens de prestígio exerciam seus cargos de governança em ambos os lados do Oceano Atlântico, buscando ascender em suas carreiras no mesmo passo em que aumentassem seus cabedais a partir das prerrogativas dos postos ocupados. O propósito deste trabalho é analisar as relações administrativas e comerciais no Atlântico Sul, entre Brasil e Angola, a partir das redes de poder de Luís César de Meneses, governador de Angola. Além de suas incumbências administrativas, este governante organizou uma complexa companhia mercantil tendo como principal mercadoria escravos africanos. Para seu funcionamento contava com uma grande rede de indivíduos a ele subordinados ou associados exercendo múltiplas funções para conectá-lo de Angola ao Brasil, como também ao Reino, diminuindo as distâncias.
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2013-08 Barbadianos negros e estrangeiros trabalho, racismo, identidade e memória em Bélem de início do século XXTítuloBarbadianos negros e estrangeiros trabalho, racismo, identidade e memória em Bélem de início do século XXAutor
Maria Roseane Corrêa Pinto LimaOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2013-08-29Nivel
DoutoradoPáginas
245Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroJosé Maia Bezerra NetoLuiz Fernando SaraivaMariza de Carvalho SoaresRicardo Henrique Salles
ResumoO objeto deste trabalho de pesquisa é a imigração de trabalhadores negros barbadianos para a Amazônia, e mais especificamente para o Pará, no contexto das primeiras décadas do século XX. O termo barbadiano, além de designar um local de origem/nascimento (Barbados), acabou se tornando uma designação que englobou outros imigrantes negros oriundos de diversas partes do Caribe, mas embarcados para o Brasil através do porto de Bridgetown. Como recuperar a história dessa imigração? Como chegar às experiências desses imigrantes? Em que medida a experiência migratória marcou as vidas daqueles que imigraram mas também dos seus descendentes? O que significava ser negro e estrangeiro após a Abolição? O interesse inicial de discutir o trabalho no contexto do pós-abolição levou-nos aos debates em torno da imigração para a Amazônia na virada do século XIX, entrecruzada com as questões de raça e racismo que marcaram a passagem para o século XX e que se revelam nas aproximações e distanciamentos, ou nas negociações entre as identidades inglesa, brasileira e barbadiana. Trabalho, racismo, identidade e memória tornaram-se os eixos a partir dos quais foi desenvolvida a presente pesquisa, entrecruzando as dimensões de raça, classe e gênero. Utilizamos tanto registros escritos (impressos, como os jornais e a literatura coeva) e orais (as histórias de vida de barbadianos) quanto os imagéticos (fotografias) que remetem aos barbadianos em Belém, mas também em Manaus e Porto Velho.
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2013-08 Conflitos de Terra e Quilombos na Colonização do Rio de Janeiro (1808-1831)TítuloConflitos de Terra e Quilombos na Colonização do Rio de Janeiro (1808-1831)Autor
Renata Azevedo LimaOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2013-08-29Nivel
MestradoPáginas
141Volumes
1Banca de DefesaLuiz Fernando SaraivaMárcia Maria Menendes MottaMônica de Souza Nunes MartinsPedro Eduardo Mesquita de Monteiro MarinhoThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEsta pesquisa aborda conflitos de terra que configuraram a ocupação territorial fluminense submetida ao projeto colonizador português. O objeto de destaque nestas disputas é uma localidade denominada Quilombo, atualmente situada no município de Casimiro de Abreu (RJ). A presença deste nome em mapas contemporâneos como designação oficial de uma região onde não há negros, mas descendentes de colonos suíços, foi o indício primordial para uma investigação acerca da resistência escrava naquela localidade. Em cartas, ofícios e declarações produzidos durante a década de 1820, colonos suíços afirmaram que prenderam quilombolas e destruíram quilombos, se apossando de suas terras. Notícias de jornal e mapas das três primeiras décadas do século XIX também forneceram informações sobre quilombolas e suas instalações nesta região. No âmago das relações de trabalho que constituíram o escravismo colonial brasileiro, o marco cronológico de limiar desta pesquisa é a implantação da família real e corte portuguesas no Rio de Janeiro, em 1808, quando mudanças demográficas expressivas ocorreram, expandindo a colonização antes concentrada no litoral para o interior, com a ocupação da Serra do Mar onde se localizavam quilombos. O marco que finaliza o período desta pesquisa é o término do reinado de D. Pedro I, em 1831, quando foi promulgada a Lei Feijó, que garantia liberdade aos escravos chegados ao país a partir desta data, e ano de suspensão oficial das imigrações europeias.
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2013-08 Os exaltados: política e identidade na corte regencial (1831 – 1834)TítuloOs exaltados: política e identidade na corte regencial (1831 – 1834)Autor
Luciana Dos Santos RodriguesOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2013-08-26Nivel
MestradoPáginas
99Volumes
1Banca de DefesaAnita Correia Lima de AlmeidaCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroHumberto Fernandes MachadoVantuil Pereira
ResumoOs liberais exaltados foram abordados pela historiografia do próprio Oitocentos tanto como sinônimos de luta pela liberdade quanto como rebeldes anárquicos, ao sabor da tendência política daqueles que os descreviam, ficando identificados com a Regência imperial e seu clima geral de "experiência republicana". Recentemente, estudos sobre a imprensa da década de 1830 tem se utilizado de ferramentas diferentes para a análise dos grupos e de sua prática política. Essa dissertação tem como objetivo avaliar este grupo, política e ideologicamente, à época da Regência Trina (1831 – 1834). Deixando de lado a grande imprensa exaltada e seus principais jornais, extensivamente analisados em belos trabalhos, atentamos para um número de pequenas publicações que inundaram o espaço público da Corte nos primeiros anos após a Abdicação de Dom Pedro I.
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2013-08 Tradições e Modernidades: Raptos consentindos na Paraíba (1920-1940)TítuloTradições e Modernidades: Raptos consentindos na Paraíba (1920-1940)Autor
Rosemere Olimpio de SantanaOrientador(a)
Suely Gomes CostaData de Defesa
2013-08-23Nivel
DoutoradoPáginas
219Volumes
1Banca de DefesaFábio Henrique LopesIsmênia de Lima MartinsMartha Campos AbreuMiriam Cabral CoserMiridan Britto Knox FalciRachel SoihetSuely Gomes Costa
ResumoO presente trabalho tem por objetivo contribuir para as discussões no campo da história das sensibilidades e das relações amorosas tendo como base experiências de raptos consentidos ocorridos na Paraíba, no período de 1920 a 1940. Selecionados e organizados diferentes estudos de casos, em diversos municípios da Paraíba, expõem histórias de amor interditadas, inscritas nos embates entre tradição e modernidade. A análise problematiza tramas nas quais razões e sentimentos evidenciam as relações sociais de gênero, nas suas muitas interseções com as de classes, de raças/etnias/cor de pele e de gerações. Examina significados culturais e políticos dessas relações evidenciadas em casos de raptos consentidos bem como nas respectivas interdições a eles interpostas. Apoia-se, para tanto, nas seguintes fontes: processos-crime, revistas, jornais e literatura de cordel. Elas permitem traduzir nas tramas de cada caso, em discursos e práticas, razões e sentimentos que revelam um permanente embate entre valores civilizatórios que persistem e se transformam. Essa orientação aproximou a pesquisa de múltiplos discursos a respeito do amor, na Paraíba daquele momento, evidenciando o entrechoque dessas práticas com valores morais presentes [debatidos] no discurso da imprensa, do judiciário, médico e do literário. Também foi possível verificar como os sentimentos vivenciados interferiam nos códigos de escolha conjugal ampliando-os para além dos interesses familiares, pessoais e materiais. As histórias de raptos foram examinadas como partes de um conjunto de contingências moldadas por valores e embates próprios a uma época, compondo saberes, regras de governo de si e de todos. Mudando costumes, elas expressam a formação de novas subjetividades, evidenciadas no largo uso de táticas, subterfúgios, percepções e ressignificações referidas às experiências amorosas.
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2013-08 Ave, Libertas: Abolicionismos e luta pela liberdade em Minas Gerais na última década da escravidãoTítuloAve, Libertas: Abolicionismos e luta pela liberdade em Minas Gerais na última década da escravidãoAutor
Luiz Gustavo Santos CotaOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2013-08-23Nivel
DoutoradoPáginas
318Volumes
1Banca de DefesaAndréa Santos da Silva PessanhaEduardo SilvaHumberto Fernandes MachadoLuiz Fernando SaraivaMaria Helena Pereira Toledo MachadoMartha Campos AbreuTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoO objetivo principal deste trabalho é compreender o desenrolar do processo de extinção da escravidão em Minas Gerais, especialmente no que tange à atuação abolicionista durante a década de 1880, analisando as ações de militantes antiescravistas, escravos, senhores e autoridades públicas, através de um corpus documental formado por jornais, relatos memorialísticos, correspondência policial e relatórios oficiais. Levando em consideração a diversidade regional que compõe o cenário abarcado na pesquisa, foi possível visualizar uma diversidade de posicionamentos em relação à campanha pela abolição e mesmo o crescimento de um clima de tensão e violência frente à rebeldia escrava e a atuação de grupos abolicionistas espalhados pela província.
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2013-08 Memória dividida: Narrativas acerca do movimento reivindicatório dos praças da Polícia Militar de Minas Gerais no ano de 1997TítuloMemória dividida: Narrativas acerca do movimento reivindicatório dos praças da Polícia Militar de Minas Gerais no ano de 1997Autor
Juliana do Carmo Cardoso AlvesOrientador(a)
Marcos Alvito Pereira de SouzaData de Defesa
2013-08-21Nivel
MestradoPáginas
144Volumes
1Banca de DefesaMarcelo Badaró MattosMarcos Alvito Pereira de SouzaRobson LaverdiSamantha Viz Quadrat
ResumoA dissertação trata do movimento reivindicatório dos praças da Polícia Militar de Minas Gerais no ano de 1997. A realização de entrevistas foi a principal fonte de pesquisa desse trabalho. Utilizando-se da História Oral buscou-se através das análises das memórias narradas, compreender que tipo de representações foram construídas por aqueles que vivenciaram os acontecimentos. As narrativas evidenciaram a existência de uma "memória dividida". Esse conceito foi trabalhado por Alessandro Portelli para explicar a possibilidade da existência de múltiplas e fragmentadas memórias acerca de um acontecimento. Os praças enfatizaram principalmente a ideia de que realizaram um movimento reivindicatório, o governador do Estado uma rebelião, os oficiais motim e a imprensa não chegou a um consenso. Dessa forma, praças, oficiais, governo e imprensa, cada um deles, percebeu, sentiu e justificou os fatos de diferentes formas.
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2013-08 William F. Buckley Jr., National Review e a crítica conservadora ao liberalismo e os direitos civis nos EUA, 1955-1968TítuloWilliam F. Buckley Jr., National Review e a crítica conservadora ao liberalismo e os direitos civis nos EUA, 1955-1968Autor
Rodrigo Farias de SousaOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2013-08-19Nivel
DoutoradoPáginas
371Volumes
1Banca de DefesaAntônio Pedro TotaCecília da Silva AzevedoDaniel Aarão Reis FilhoFrancisco Carlos Teixeira da SilvaModesto FlorenzanoRobert Sean PurdyThaddeus Gregory Blanchette
ResumoO conservadorismo é hoje a mais importante família ideológica no cenário político norte-americano. Seu significado, no entanto, comporta muitas ambiguidades e suas manifestações ao longo da história americana têm sido as mais variadas. Sua expressão mais recente, uma coalizão de movimentos de oposição ao moderno liberalismo americano, toma forma logo depois da Segunda Guerra Mundial e deve muito de seus temas e posicionamentos ao trabalho de um dos seus "pais fundadores", o jornalista William F. Buckley Jr., e sua revista National Review, criada em 1955. A fim de entender esse conservadorismo do pós-guerra, procede-se a uma breve discussão teórica sobre o conservadorismo como um conceito e, em seguida, a um panorama de algumas das suas principais manifestações na história do pensamento político americano. Depois, usa-se uma seleção de escritos de Buckley e de seus colegas na National Review para uma caracterização da crítica geral que formularam ao "Establishment" liberal dos anos 1950 e 60, a partir do tratamento dado a vários episódios da época. Finalmente, como um caso especial, analisa-se a abordagem de National Review a respeito do movimentos dos direitos civis, com ênfase na luta pela dessegregação escolar nos anos 50 e as campanhas de Martin Luther King na década seguinte.
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2013-08 Iraque em cena: Cinema: Opinião pública e o mito da guerra nos Estados Unidos da AméricaTítuloIraque em cena: Cinema: Opinião pública e o mito da guerra nos Estados Unidos da AméricaAutor
Maria Clara Ferreira Leite GarciaOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2013-08-13Nivel
MestradoPáginas
216Volumes
1Banca de DefesaAna Paula SpiniCecília da Silva AzevedoDenise Rollemberg CruzMauricio LissovskyPaulo Knauss de Mendonça
ResumoEste trabalho tem como objetivo principal analisar os filmes de ficção norte-americanos sobre a Guerra do Iraque produzidos entre 2003 e 2010, associando-os ao mito da guerra e à opinião pública sobre o conflito. Inscrevendo-se na perspectiva da ―história do tempo presente‖, a pesquisa foi motivada pela preocupação com os rumos da política externa estadunidense no século XXI e pela importância da cultura da mídia na vida contemporânea. O cinema, concebido dialeticamente como produto e agente social, é uma rica fonte para a compreensão dos elementos que permeiam o mito da guerra em geral e de cada conflito em particular. Ao mesmo tempo, o discurso crítico sustentado pelos filmes que abordam a Guerra do Iraque se relaciona à opinião pública norte-americana, que se tornou gradualmente contrária à guerra ao longo dos anos. Buscou-se, ainda, traçar uma hipótese explicativa para o surpreendente fracasso nas bilheterias dessas obras. Por fim, adotando a caracterização da cultura da mídia como um terreno de disputas, procuramos avaliar, através do estudo dos filmes, se é possível produzir cinema de dissenso em Hollywood.
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2013-07 Urbi et Orbi, nós e os outros: Romanidade(s), Fronteira étnica e a História como escrita dos dilemas pátriosTítuloUrbi et Orbi, nós e os outros: Romanidade(s), Fronteira étnica e a História como escrita dos dilemas pátriosAutor
Manuel Rolph de Viveiros CabeceirasOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
2013-07-17Nivel
DoutoradoPáginas
337Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusLívia Lindóia Paes BarretoMarcos José de Araújo CaldasNorma Musco MendesPaulo André Leira ParenteRegina Maria da Cunha BustamanteVânia Leite Fróes
ResumoPÁTRIOS Investigação sobre a ideia de romanidade no contexto da expansão imperial romana (séculos I a.C. –II d.C.) compreendida no sentido de identidade étnica, na perspectiva da antropologia de Fredrik Barth, como construída na historiografia latina a partir dos textos de Salústio e Tácito e dos ensaios de Cícero neste terreno e temática. As respostas aos dilemas identitários decorrentes da inserção hegemônica de Roma em um Mediterrâneo mundializado (globalização?) e da anexação de terras no setentrião europeu se estribaram no modo dinâmico e flexível como se percebiam enquanto povo e na visão pragmática e aberta em relação ao instituto da cidadania. Tais práticas, porém, nunca foram pacíficas, esbarrando sempre em grupos sociais resistentes que lutaram por manter restritos a eles os benefícios de sua condição e status. A análise, assim desenvolvida, conduz a uma revisitação e reinterpretação da romanidade, e mesmo da noção de mos maiorum, concluindo-a como plural e conflituosa, inclusive entre as elites centrais, distante de qualquer canonicidade. A própria História como gênero, ou "constelação de gêneros" (tomando como base os estudos de Eugen Cizek), insere-se nesses dilemas político-culturais. O quadro maior interpretativo da investigação é dado pela passagem das estruturas cívicas (ou políades) de Roma para a cosmópolis. Na análise das passagens destacadas do corpusfoi aplicada a metodologia do quadrado semiótico de Greimas e Courtès
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2013-06 O Sabá do Sertão: feiticeiras, demônios e jesuítas no Piauí Colonial (1750-58)TítuloO Sabá do Sertão: feiticeiras, demônios e jesuítas no Piauí Colonial (1750-58)Autor
Carolina Rocha SilvaOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2013-06-27Nivel
MestradoPáginas
222Volumes
1Banca de DefesaAngelo Adriano Faria de AssisDaniela Buono CalainhoRonaldo VainfasSamantha Viz Quadrat
ResumoEsta dissertação tem como eixo principal os depoimentos de duas escravas mestiças, Joana e Custódia de Abreu, que assumiram participar de encontros noturnos firmados por pactos diabólicos no Piauí colonial. O documento foi escrito e enviado ao Tribunal do Santo Ofício de Lisboa pelo jesuíta Manuel da Silva e possui descrições muito semelhantes com os elementos que definem o complexo sabático europeu. O texto foi resultado da confluência de diversas crenças mágico-religiosas, a descrição dos encontros noturnos com o diabo se aproximou ora da magia popular, ora dos calundus coloniais e ora do sabá europeu. As intenções do padre ao enviar as confissões para a Inquisição parecem vir da vontade de denunciar o estado de "abandono religioso" dos sertões e de destacar a importância da Ordem do qual fazia parte. As fontes também funcionaram como indícios que levaram a compreensão de um cenário mais amplo e multifacetado, no qual foi possível investigar: o amplo uso de práticas mágicas no reino e na América Portuguesa; o papel da Companhia de Jesus no processo de colonização e catequização dos ameríndios, e as adaptações que a Instituição sofreu no Brasil; a ocupação dos sertões através da "Guerra dos Bárbaros"; e a formação cultural e religiosa do Piauí no século XVIII.
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2013-06 A questão agrária no Brasil (1961-1964): uma arena de luta de classe e intraclasse.TítuloA questão agrária no Brasil (1961-1964): uma arena de luta de classe e intraclasse.Autor
Melissa de Miranda NatividadeOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2013-06-25Nivel
MestradoPáginas
168Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesMarcelo Badaró MattosRegina Angela Landim BrunoRenato Luís do Couto Neto E LemosSonia Regina de Mendonça
ResumoO presente trabalho aborda a questão agrária no Brasil no período do governo de João Goulart (1961-1964), tendo basicamente três objetivos: i) analisar criticamente os debates em torno da questão agrária brasileira no período, ocorridos no Congresso Nacional e em determinados aparelhos privados de hegemonia, tendo como pano de fundo, o tipo de consideração que estes emanavam sobre as ações do Executivo de João Goulart; ii)identificar que interesses de classe estão presentes em projetos de reforma agrária discutidos no Congresso Nacional, e apresentados por diversas entidades de classe, no eferido período e iii) demonstrar até que ponto, e de que forma, as disputas em torno da questão da reforma agrária expressaram elementos das conjunturas político-ideológicas nacional e internacional no período em questão.
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2013-05 Secretários do Governo no Centro Sul da América Portuguesa - 1688-1750 - Burocracia, segredo e missõesTítuloSecretários do Governo no Centro Sul da América Portuguesa - 1688-1750 - Burocracia, segredo e missõesAutor
Thiago Rodrigues da SilvaOrientador(a)
Ronald José RaminelliData de Defesa
2013-05-29Nivel
MestradoPáginas
143Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioMarcelo da Rocha WanderleyMônica da Silva RibeiroRonald José Raminelli
ResumoEsta dissertação analisa especificamente o cargo de secretário de governo no centro-sul da América Portuguesa. O corte cronológico se dá entre 1688 (ano da criação do cargo para Angola) e 1750, ano que inicia uma década onde os secretários tiveram uma menor atuação. O texto toca no fenômeno do recrudescimento da escrita enquanto mecanismo de governo, discutindo o surgimento de poderosos secretários de Estado na Península Ibérica. Sobre os secretários que atuaram na América, foco da pesquisa, são discutidas suas carreiras, méritos, missões e os trabalhos cotidianos destes homens. Especial análise se dá sobre a relação destes funcionários especializados nos papéis com seus poderosos governadores.
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2013-05 Margear o outro: viagem, experiência e notas de Euclides da Cunha nos sertões baianosTítuloMargear o outro: viagem, experiência e notas de Euclides da Cunha nos sertões baianosAutor
Nathália Sanglard de Almeida NogueiraOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2013-05-29Nivel
MestradoPáginas
133Volumes
1Banca de DefesaCarolina Vianna DantasGiselle Martins VenancioHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroLeonardo Affonso de Miranda Pereira
ResumoEsta dissertação propõe remontar a feitura d‘Os sertões, de modo a recuperar as imagens traçadas por Euclides da Cunha a respeito das terras agrestes, desde sua mocidade aos escritos posteriores. Assim, preliminarmente, serão analisadas as oscilações euclidianas em torno do sertão, entre uma tônica idílica, nos poemas e artigos da juventude, e uma atordoante, nos registros ulteriores, marcados por leituras cientificistas. Em seguida, a partir de sua estada na Bahia, cruzando-se um "ter estado lá" e tendências do pensamento científico e histórico à época, pretende-se avaliar a centralidade do contato do autor com as coisas e pessoas deste canto de um Brasil ignoto e perceber como o exercício de um olhar etnográfico converteu a viagem em impulso e embrião para sua obra-mestra, o que se ambiciona corroborar em função do cotejo entre sua caderneta, suas correspondências enviadas ao jornal O Estado de S. Paulo e o livro em questão. Por último, estuda-se o mecanismo de tradução da alteridade sertaneja, perdida em recônditas trilhas, onde haveria o mais genuíno, anacrônico, aterrador e vigoroso Brasil.
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2013-05 A escravidão em Itaboraí: Uma vivência às margens do Rio Macacú (1833-1875)TítuloA escravidão em Itaboraí: Uma vivência às margens do Rio Macacú (1833-1875)Autor
Gilciano Menezes CostaOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2013-05-28Nivel
MestradoPáginas
197Volumes
1Banca de DefesaCarolina Vianna DantasHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMartha Campos AbreuNielson Rosa Bezerra
ResumoA presente pesquisa analisa a escravidão negra em Itaboraí nas regiões próximas ao Rio Macacu no período de 1833 a 1875. Um estudo que demonstra que a diversificação econômica do século XIX, somada à presença dos portos fluviais, proporcionou o surgimento de locais onde a relação de trabalho pautada na especialização da mão de obra escrava na grande lavoura monocultora não era predominante. O que se pretende demonstrar é que tal contexto gerou a presença de diferentes relações de trabalho dos escravos em Itaboraí e uma ampliação de seus espaços de atuação. Assim, o objetivo é desenvolver uma história pública da cidade, através da compreensão de sua organização socioeconômica, focando na investigação da diversidade das relações escravistas na região.