Dissertações e Teses
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2014-04 Grafite Urbano Contemporâneo: Cultura na era da Globalização.TítuloGrafite Urbano Contemporâneo: Cultura na era da Globalização.Autor
William da Silva E SilvaOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2014-04-16Nivel
DoutoradoPáginas
175Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAndréa Casa Nova MaiaJuniele Rabêlo de AlmeidaPaulo Knauss de MendonçaSamantha Viz Quadrat
Resumo
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2014-04 Carlos Zéfiro e os discursos morais no Brasil 1950/1970TítuloCarlos Zéfiro e os discursos morais no Brasil 1950/1970Autor
Erika Natasha CardosoOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2014-04-15Nivel
MestradoPáginas
150Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralDaniel Aarão Reis FilhoGiselle Martins VenancioLucia GrinbergMartha Campos Abreu
ResumoAo longo das décadas de 1950 e 1960, sobretudo, circulou no Brasil um gênero clandestino de publicação conhecido como catecismo. Ao contrário do que a alcunha possa levar a crer, de doutrina religiosa os libelos não tinham nada, a salvo os volumes cujo enredo apresentava freiras e padres completamente entregues à volúpia sexual. Os catecismos eram pequenas revistas, a maioria com 32 páginas, impressas em preto e branco no papel jornal, cujas histórias narravam detalhadamente as experiências sexuais de diversos personagens. Narravam e ilustravam, minuciosamente. Dentre os inúmeros autores e ilustradores dos catecismos, todos anônimos que, quando muito, assinavam com anagramas ou pseudônimos, um se destacou a ponto de tornar-se sinônimo do próprio gênero: Carlos Zéfiro. Esse foi o pseudônimo adotado pelo funcionário público, e compositor nas horas vagas, Alcides Aguiar Caminha. O objetivo desse trabalho é analisar a obra de Carlos Zéfiro, relacionando-a com a ambiência moral do período em que foi produzida, assim como refletir sobre as reconstruções de memória empreendidas em torno de Zéfiro e seus catecismos, processo iniciado na década de 1980 e ainda hoje em curso.
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2014-04 ...como se fosse um deles. Almirante Aragão: Memórias, silêncios e ressentimentos.Título...como se fosse um deles. Almirante Aragão: Memórias, silêncios e ressentimentos.Autor
Anderson da Silva AlmeidaOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2014-04-09Nivel
DoutoradoPáginas
293Volumes
1Banca de DefesaAlessandra CarvalhoAmérico Oscar Guichard FreireAngela Maria de Castro GomesCarlos Fico da Silva JúniorDaniel Aarão Reis FilhoMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz Quadrat
ResumoA tese é uma abordagem biográfica sobre um dos mais polêmicos militares da história do Brasil recente. Membro da cúpula militar do governo João Goulart, Cândido da Costa Aragão, militar paraibano que ingressou nas Forças Armadas como soldado na década de 1920, esteve no "olho do furacão" durante o golpe civil-militar de 1964 e figura nas memórias de diversos atores políticos da época simplesmente como "o homem que não reagiu" ou o almirante que se envolvia com subalternos, "como se fosse um deles". Ao contrário do que aparecia nos jornais no período pré-golpe, quando seu apoio era considerado essencial para fortalecer o chamado dispositivo militar do presidente João Goulart, as próprias forças que apoiavam Jango também contribuíram para o ostracismo que marca a trajetória do personagem aqui investigado. Chamado de "almirante vermelho" por seus opositores e "almirante do povo" por seus simpatizantes, o Aragão que apresentamos vai muito além do momento do golpe, quando foi desafiado pelo governador Carlos Lacerda e chamado de assassino, incestuoso... Aqui mergulharemos em sua trajetória ao longo do exílio e sua passagem por diversos países, não apenas como espectador, mas também como agente e ator privilegiado em cada contexto. As disputas no exílio uruguaio com Brizola pelo apoio de Cuba; sua relação cordial com Carlos Marighella; suas passagens pela China de Mao Zedong, Argélia, o Vietnã em guerra; Chile do governo e da queda de Allende; Argentina de Péron; Portugal da Revolução dos Cravos; e Venezuela de Carlos Andrés Pérez, sempre em momentos de fortes lutas sociais nesses países, nos torna também observadores privilegiados dos acontecimentos e disputas ideológicas que marcaram o século XX. Memórias, silêncios e ressentimentos são apresentados não apenas como categorias analíticas, mas como conceitoschave que ajudam-nos a compreender o personagem e as disputas de seu tempo.
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2014-04 Nas Entrelinhas da Distensão: A construção de memórias no Arquivo pessoal de Ernesto GeiselTítuloNas Entrelinhas da Distensão: A construção de memórias no Arquivo pessoal de Ernesto GeiselAutor
Bianca Rihan Pinheiro AmorimOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2014-04-08Nivel
MestradoPáginas
133Volumes
1Banca de DefesaAlessandra CarvalhoAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusLucia GrinbergMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz Quadrat
ResumoPartindo de questões teóricas que dizem respeito à construção dos arquivos pessoais, este trabalho se dedicará a análise do arquivo do ex- general e presidente do Brasil Ernesto Geisel, em depósito no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) /FGV, com o objetivo principal de investigar as memórias presentes em tal documentação. A principal hipótese trata da possível vontade do ex-ditador em se revelar como o presidente dedicado a restituir a democracia no país, e da importância de seu arquivo pessoal para consolidar tal memória
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2014-04 "Urbanização Sim, Remoção Não". A atuação da Federação de Associações de Favelas do Estado da Guanabara nas décadas de 1960-1970Título"Urbanização Sim, Remoção Não". A atuação da Federação de Associações de Favelas do Estado da Guanabara nas décadas de 1960-1970Autor
Juliana Oakim Bandeira de MelloOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2014-04-04Nivel
MestradoPáginas
218Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralCezar Teixeira HonoratoFernando Fernandes de MelloLeticia de Luna FreireMartha Campos Abreu
ResumoEm 1962, o Rio de Janeiro (então Estado da Guanabara) foi palco de uma mudança radical na política urbana para as favelas. De uma prática clientelista das décadas anteriores que tolerava sua presença sem a integrar efetivamente na cidade, iniciou-se um período no qual o eixo central da intervenção estatal nas favelas passou a ser a erradicação e o deslocamento (forçado) de seus moradores para conjuntos habitacionais localizados em subúrbios distantes. Os moradores das favelas guanabarinas não assistiram passivos a preparação do cenário para o espetáculo remocionista. Ao contrário. Diante da necessidade de se organizar politicamente para resistir à anunciada política, em 12 de junho de 1963, fundam uma sociedade civil, a Federação das Associações de Favelas do Estado da Guanabara (FAFEG). Constituída por moradores de favelas, a FAFEG atuou ativamente em defesa da urbanização. Esta dissertação aborda a trajetória desta Federação desde sua fundação até o final da década de 1970, quando se encerra o programa de remoções de favelas.
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2014-04 Andando com fé: Os atores e os atos da irmandade do rosário da vila sergipana do Lagarto em Perspectivas (1850-1888).TítuloAndando com fé: Os atores e os atos da irmandade do rosário da vila sergipana do Lagarto em Perspectivas (1850-1888).Autor
Flávio Santos do NascimentoOrientador(a)
Larissa Moreira VianaData de Defesa
2014-04-01Nivel
MestradoPáginas
174Volumes
1Banca de DefesaAnderson José Machado de OliveiraGeorgina Silva Dos SantosJorge Victor de Araújo SouzaLarissa Moreira Viana
ResumoAs irmandades foram palcos para o desenvolvimento de diversas relações sociais: econômicas, identitárias, religiosas, entre outras. Nesta dissertação procuro destacar as relações empreendidas no universo social da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário da vila sergipana de Nossa Senhora da Piedade do Lagarto, entre os anos de 1850 e 1888. Através de um conjunto variado de fontes como livros de receitas e despesas, registros de óbitos, lista dos cidadãos qualificados para votar, inventários e cartas de alforria. As fontes foram cruzadas de modo a se complementarem e oferecerem um panorama mais amplo e complexo sobre o perfil dos irmãos e das pessoas que faziam doações para a irmandade. Como também do emaranhado de relações desenvolvidas na órbita da irmandade. A pesquisa também procurou problematizar as principais cerimônias promovidas pela irmandade, notadamente, suas festas e os serviços relacionados à morte.
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2014-03 Mario Baldi - Fotografias e narrativas da alteridade na primeira metade do século XXTítuloMario Baldi - Fotografias e narrativas da alteridade na primeira metade do século XXAutor
Marcos Felipe de Brum LopesOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2014-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
327Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusHelouise Lima CostaMaria Inez TurazziMauricio LissovskyMilton Roberto Monteiro RibeiroPaulo Knauss de MendonçaSilvana Louzada da Silva
ResumoEsta Tese de Doutorado em História Social tem como objeto de estudo a obra do fotógrafo Mario baldi, austríaco radicado no Brasil a partir de 1921. A trajetória profissional de Baldi foi marcada pela fotografia etnográfica e jornalística, com ênfase nos povos indígenas brasileiros. O objetivo do estudo é abordar as representações da alteridade cultural presentes na produção do fotógarfo, desde sua imigração até os anos 1950. A pesquisa apresenta também o círculo de sociabilidades do fotógrafo e o circuito das suas imagens, com o objetivo de delinar suas práticas fotográficas e como elas compuseram a experiência fotográfica brasileira na primeira metade do século XX.
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2014-03 As Edições do Cânone. Da fase Buarqueana na coleção História Geral da Civilização Brasileira (1960-1972)TítuloAs Edições do Cânone. Da fase Buarqueana na coleção História Geral da Civilização Brasileira (1960-1972)Autor
André Carlos FurtadoOrientador(a)
Giselle Martins VenancioData de Defesa
2014-03-31Nivel
MestradoPáginas
248Volumes
1Banca de DefesaAndréa Viana DaherAngela Maria de Castro GomesEliana Regina de Freitas DutraGiselle Martins VenancioLarissa Moreira Viana
ResumoA partir da segunda metade do século XX teve início no Brasil um processo de reconfigurações no campo acadêmico, devido ao aparecimento dos primeiros resultados da criação das universidades nos anos trinta. Atenta a esses clima e público, a editora Difusão Europeia do Livro (Difel) fomentou o projeto da coleção História Geral da Civilização Brasileira (HGCB), publicada entre 1960 e 1984. Com a adoção da autoria coletiva e a busca por colaboradores imersos no domínio do conhecimento especializado, o empreendimento inovava ante um mercado editorial mais afeito a imprimir obras de intelectuais multifacetados. Em observância à recepção, aos conflitos do mundo letrado e ao novo modelo de coleção que se implementava, os objetivos desta pesquisa visam interrogar a HGCB na fase coordenada por Sérgio Buarque de Holanda. Assim, o destaque recaiu sobre 1960, ano da publicação do primeiro volume da HGCB, até 1972, quando o historiador deixou o projeto, após a edição da obra Do Império à República. Estes anos são um momento chave no estabelecimento da História enquanto disciplina acadêmica no país e foi também um tempo no qual o debate sobre a emergência de uma autêntica civilização nos trópicos ganhou força. Além disso, a fase Buarqueana da coleção HGCB constituiu-se como uma espécie de arena para as disputas da cultura escrita, caras à urdidura de uma rede de sociabilidades indispensável ao posterior destaque assegurado ao nome do intelectual junto à historiografia brasileira. Por isso é essencial aos contornos responsáveis pelo início das edições e ajustes operados em torno da trajetória do autor, hoje convertido em cânone.
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2014-03 Depósitos de Sacrifícios Humanos a "Terrenos de Enterramentos Formais": O Caso de Gordion e a População GálataTítuloDepósitos de Sacrifícios Humanos a "Terrenos de Enterramentos Formais": O Caso de Gordion e a População GálataAutor
Bianca Miranda CardosoOrientador(a)
Adriene Baron TaclaData de Defesa
2014-03-31Nivel
MestradoPáginas
138Volumes
1Banca de DefesaAdriene Baron TaclaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaElaine Farias Veloso HirataFábio de Souza LessaSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoO trabalho pretende se utilizar das contribuições da teoria pós-colonial e dos estudos de cultura material para analisar o processo de hibridização cultural de práticas religiosas verificadas na cidade de Gordion, terreno localizado no platô central da Península da Anatólia, hoje Turquia. O sítio arqueológico da cidade apresenta um conjunto de esqueletos datados dos períodos helenístico (século III a.e.c.), momento de assentamento de tribos celtas na região; e romano (século II e I a.e.c. e I e.c.), momento de anexação do território como província. A interpretação dos achados indica um processo de transformação gradual e progressiva das práticas rituais fruto da interação continua de práticas diversas. Este processo dá origem a práticas religiosas novas nem celtas nem locais, mas Gálatas.
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2014-03 "The leading commission-house of Rio de Janeiro " A firma Maxwell, Wright & Co. No comércio do Império do Brasil (c.1827-c.1850)Título"The leading commission-house of Rio de Janeiro " A firma Maxwell, Wright & Co. No comércio do Império do Brasil (c.1827-c.1850)Autor
Alan Dos Santos RibeiroOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2014-03-31Nivel
MestradoPáginas
172Volumes
1Banca de DefesaCarlos Eduardo Valencia VillaCarlos Gabriel GuimarãesCezar Teixeira HonoratoLuiz Fernando SaraivaRafael de Bivar Marquese
ResumoA presente dissertação visa estudar a inserção da empresa estrangeira Maxwell, Wright e Comp. na economia e sociedade brasileiras nas três primeiras décadas do Brasil independente. Esse agente comercial era formado por negociantes britânicos e norte-americanos e se consolidou como uma das principais firmas da Praça do Rio de Janeiro em meados dos oitocentos. Dentre outros aspectos, este texto analisa suas rotas comerciais atlânticas, formas de atuação e acumulação mercantil a partir do porto carioca. Sob o pano de fundo da construção do Estado Imperial brasileiro, formação do mercado mundial e desenvolvimento do capitalismo, a firma atuou destacadamente na exportação do café produzido pelo próspero Vale do Paraíba escravista. Em paralelo, esse agente fomentava o volumoso comércio ilegal de escravos (pós-1831) desde África até o Brasil.
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2014-03 Transmitindo mensagens: As representações das Deusas-Mães da Britânia Romana(I e II d.C.)TítuloTransmitindo mensagens: As representações das Deusas-Mães da Britânia Romana(I e II d.C.)Autor
Érika Vital PedreiraOrientador(a)
Adriene Baron TaclaData de Defesa
2014-03-31Nivel
MestradoPáginas
244Volumes
1Banca de DefesaAdriene Baron TaclaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaClaudia Beltrão da RosaFábio de Souza LessaSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoNo presente trabalho objetivamos problematizar o papel das Deae Matres ou Deusas-Mães durante o período de ocupação romana na Britânia, mais precisamente, entre os séculos I e II d.C. Nossa pesquisa visa a observar como essas divindades, seus cultos e representações foram, de certa forma, transformados a partir dos contatos com elementos da religiosidade romana. Buscamos, assim, compreender a dinâmica social romano-bretã através das práticas religiosas, a partir da observância da manutenção de atributos e emblemas célticos na produção iconográfica e epigráfica desta sociedade em construção e, por conseguinte, identificar a formação de uma religiosidade híbrida como resultado da interação entre práticas religiosas romanas e bretãs. Seguindo essa linha de abordagem, utilizamos em nossa pesquisa a teoria Pós-colonial, pois nossos estudos se pautam na análise das ações das populações locais frente à inserção de elementos da cultura imperial romana em seus territórios. As pesquisas realizadas pelos teóricos que defendem a teoria Pós-colonial, como Said (1995) e Bhabha (1998), entre outros, dão-nos subsídios para identificar como as relações entre Roma e as populações locais afetaram ambos os lados e de que maneira os elementos e práticas culturais foram mantidos, apropriados, negociados e ressignificados nesse contexto de contato. Desta forma tentamos fugir à lógica de uma dominação irrestrita e homogênea associada à idéia de aculturação, argumentando que por este viés ocultaríamos as verdadeiras relações de poder resultante do contato entre culturas. Concordamos com Said (1995) quando este afirma que as culturas não são fechadas e impenetráveis, mas estão em constante transformação a partir do contato com elementos estrangeiros, que ganham um novo sentido e novos usos quando inseridos em uma cultura diferente. Logo, percebemos que cada sociedade faz uso destes elementos em circulação, em consonância com suas necessidades cotidianas, associando-os às suas tradições e entendimento de mundo. Surgem, assim, sociedades híbridas, visto que, ao se apropriarem de novos símbolos e os ressignificarem para dar-lhes sentido em seu contexto cultural, empreendem a criação de uma terceira cultura híbrida
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2014-03 "Cristianismo ateu": O movimento ecumênico nas malhas da repressão militar do Brasil, 1964-1985.Título"Cristianismo ateu": O movimento ecumênico nas malhas da repressão militar do Brasil, 1964-1985.Autor
André Souza BritoOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2014-03-28Nivel
DoutoradoPáginas
416Volumes
1Banca de DefesaAlexandre FortesCaetana Maria DamascenoDaniel Aarão Reis FilhoHector Alberto AlimondaJosé Ricardo Garcia Pereira RamalhoMaria Verónica Secreto FerrerasNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoEsta tese tem como objetivo mapear, analisar e discutir ações empreendidas e discursos proferidos por um setor do chamado "movimento ecumênico", bem como explicitar as formas pelas quais ele foi vigiado, investigado, perseguido, e, sobretudo, representado nos documentos da chamada "comunidade de informações e de segurança" da ditadura brasileira, entre 1964 e 1985. Algumas dessas ações podem ser caracterizadas como "ecumenismo de serviço", outras como "ecumenismo político", subdividindo-se em "ecumenismo de resistência", de "contestação" ou "denúncia profética" das violações de direitos patrocinadas pelo regime ditatorial. Em todos os casos, esteve presente certa perspectiva de "unidade ecumênica" pautada, sobretudo, no anseio de contribuir para a implementação da "justiça social" e para concretização da vigência plena dos "direitos humanos", resultando em diferentes iniciativas de solidariedade para com setores vítimas da repressão militar e com aqueles situados nos estratos inferiores da pirâmide social. Assim, o estudo pretende verificar a dimensão política de oposição, contestação e denúncia contida em diferentes iniciativas de indivíduos e instituições cristãs, católicas e protestantes, contra arbitrariedades patrocinadas pelo regime instaurado com o golpe civil-militar de 1964. Dentre outras instituições pesquisadas, encontram-se o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), o Centro Ecumênico de Documentação e Informação (CEDI), a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), o Comitê de Defesa dos Direitos Humanos para os Países do Cone Sul (CLAMOR. As principais fontes mobilizadas para fundamentar esta investigação constituem-se de documentos outrora confidenciais, sigilosos ou secretos, produzidos por órgãos do aparato de informações e de repressão da ditadura como o Serviço Nacional de Informações (SNI), o Centro de Informações da Marinha (CENIMAR), o Centro de Informações do Exército (CIE), o Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica (CISA), o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), dentre outros. Muita tinta e papel foram gastos por agentes lotados nesses órgãos com o propósito de compreender e manter sob vigilância religiosos (pastores, bispos e leigos) vinculados a essas entidades ecumênicas. Eles acompanhavam declarações públicas, os movimentos sociais alvos do apoio dos religiosos, a repercussão social das suas iniciativas, sobretudo as críticas contra o regime e as denúncias de violações de direitos humanos, as tendências de cada líder (se moderado, conservador, progressista ou pastorialista), as ligações com entidades estrangeiras humanitárias, a entrada de recursos financeiros, a relação com as demais entidades religiosas e com o Estado, etc. Em função desse tipo desse engajamento sociopolítico, muitos desses indivíduos foram qualificados naqueles documentos como "esquerdistas", "comunistas", "subversivos" e suas instituições foram vistas como "promotoras da luta de classes e do inconformismo das massas", "órgãos de fachada do comunismo internacional", dentre outros qualificativos.
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2014-03 "Nascido para jogar futebol": Futebol e Identidade Nacional na publicidade televisiva brasileira(1982-2012)Título"Nascido para jogar futebol": Futebol e Identidade Nacional na publicidade televisiva brasileira(1982-2012)Autor
Fernanda Ribeiro HaagOrientador(a)
Marcos Alvito Pereira de SouzaData de Defesa
2014-03-28Nivel
MestradoPáginas
209Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusBernardo Borges Buarque de HollandaJoão Manuel Casquinha Malaia SantosLuiz Fernando SaraivaMarcos Alvito Pereira de Souza
ResumoA pesquisa de mestrado intitulada "Nascido para jogar futebol": Futebol e Identidade Nacional na publicidade televisiva brasileira (1982-2012) compreende a publicidade como um gênero televisivo e discursivo específico e uma importante fonte a ser analisada historicamente, pois constrói representações acerca de diferentes temas, inclusive de cunho identitário Nesse sentido, o objetivo do trabalho é compreender de que forma o "ser brasileiro" é representado nos anúncios, essencialmente quando o foco dessa identidade nacional é o futebol. Analisar propagandas sobre futebol veiculadas na televisão é compreender de que forma a interação dos campos esportivo, televisivo e publicitário impulsionou a mercadorização do futebol, processo que se acentuou imensamente a partir da década de 1980 ao redor do globo e encontrou lugar também no Brasil. A transformação em mercadoria de uma prática cultural se relaciona diretamente com o momento do capitalismo tardio e a atuação da mídia. Dessa forma, é preciso considerar a ação midiática nesse processo e perceber de que forma isso transparece nas propagandas diacronicamente.
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2014-03 "A República e os Políticos nas crônicas de Olavo Bilac (1897-1908)"Título"A República e os Políticos nas crônicas de Olavo Bilac (1897-1908)"Autor
Thiago Roza Ialdo MontilhaOrientador(a)
Magali Gouveia EngelData de Defesa
2014-03-28Nivel
MestradoPáginas
170Volumes
1Banca de DefesaCarolina Vianna DantasLaura Antunes MacielMagali Gouveia EngelMaria Letícia CorrêaMartha Campos Abreu
ResumoO presente trabalho pretende analisar as principais representações publicadas na imprensa, pelo jornalista Olavo Bilac, sobre a República brasileira e seus políticos. O recorte cronológico adotado compõe-se dos anos situados entre 1897 e 1908 e o espaço privilegiado em nossa análise é a cidade do Rio de Janeiro. Em termos gerais, pretendemos não somente captar as diferentes perspectivas veiculadas por Olavo Bilac sobre ambos os objetos, mas analisar e determinar alguns dos muitos fatores que estruturaram a sua ótica bastante complexa a respeito.
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2014-03 Terceiros de cor: Pardos e crioulos em ordens terceiras e arquiconfrarias (Minas Gerais,1760-1808)TítuloTerceiros de cor: Pardos e crioulos em ordens terceiras e arquiconfrarias (Minas Gerais,1760-1808)Autor
Daniel PreciosoOrientador(a)
Ronald José RaminelliData de Defesa
2014-03-28Nivel
DoutoradoPáginas
356Volumes
1Banca de DefesaAnderson José Machado de OliveiraGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLarissa Moreira VianaLuiz Geraldo Santos da SilvaMarcelo da Rocha WanderleyMarco Antônio SilveiraRonald José Raminelli
ResumoEsta tese apresenta um estudo de arquiconfrarias e ordens terceiras fundadas por pardos e crioulos, forros ou livres, na Capitania de Minas Gerais – sobretudo, em Vila Rica e Mariana – durante a segunda metade do século XVIII. A pesquisa concilia o exame da dinâmica institucional dessas corporações com uma análise das carreiras e redes sociais tecidas pelos seus membros. Destaca-se que o estabelecimento das associações estudadas não reflete apenas o desejo de aprimoramento da vida religiosa e a devoção de seus fundadores, mas também a tentativa de aquisição de privilégios religiosos, isenções jurisdicionais e status social. Além disso, relaciona-se o surgimento das instituições analisadas com a promoção de ações de caridade e assistência social.
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2014-03 Abertura: televisão e a luta pela democracia no Brasil (1979-1980).TítuloAbertura: televisão e a luta pela democracia no Brasil (1979-1980).Autor
Paulo Roberto de Azevedo MaiaOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2014-03-28Nivel
DoutoradoPáginas
249Volumes
1Banca de DefesaAlessandra CarvalhoAmérico Oscar Guichard FreireAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusDaniel Aarão Reis FilhoLucia GrinbergMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz Quadrat
ResumoEssa tese tem como objetivo o estudo do programa Abertura, exibido pela Rede Tupi entre 1979 e 1980, de grande importância no processo de abertura política no Brasil ao tratar, semanalmente, de assuntos variados relacionados ao fim da ditadura. A discussão política e cultural afinada com a ideia de redemocratização confrontava pensamentos progressistas e conservadores. O programa fazia uma discussão aberta sobre o processo de abertura política no exato momento em que esse estava em curso. Portanto, foi feita uma análise dos principais temas retratados. Além de discutir conteúdo, também houve preocupação com a forma e os recursos linguísticos. O formato de revista, contava com uma equipe formada por Villas Bôas Corrêa, Sérgio Cabral, Fausto Wolf, Roberto D’avila, Ziraldo, Glauber Rocha e outros, inovou na linguagem ao propor uma reflexão jornalística audiovisual sobre as possibilidades do fim do regime civil-militar. Muitos dos apresentadores estavam ligados ao pensamento de esquerda e discutiram questões importantes como anistia, exílio, censura, pluripartidarismo e eleições diretas para todos os níveis contribuindo para o processo de luta democrática
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2014-03 Os presos comunistas nos cárceres da Ilha Grande (1930-1945)TítuloOs presos comunistas nos cárceres da Ilha Grande (1930-1945)Autor
Giovanna de Abreu AntonaciOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2014-03-28Nivel
MestradoPáginas
145Volumes
1Banca de DefesaLuciana Lombardo Costa PereiraMarcelo Badaró MattosMyrian Sepulveda Dos SantosSonia Regina de Mendonça
ResumoO presente trabalho tem como objetivo estudar o cotidiano dos presos comunistas na prisão da Ilha Grande (Colônia Correcional de Dois Rios), que abrigou um dos presídios mais importantes para os governos de Getúlio Vargas (1930-1945). Procuraremos explicar como funcionava a organização dos presidiários, chamada de "coletivo", sua inserção dentro das atividades prisionais, sua participação nas discussões políticas, e, principalmente, como eles decidiram narrar esses momentos em suas memórias, as construções de narrativa e suas afirmações enquanto importantes membros do Partido Comunista Brasileiro. Além disso, buscaremos compreender as relações estabelecidas entre presos políticos, presos comuns e funcionários dentro dos presídios, bem como a relação desses com os moradores da Ilha. Embora em vários trabalhos sobre os governos Vargas ou sobre a Ditadura Militar a presença dos presos políticos seja mencionada, ainda temos uma carência de estudos que priorizem esses atores como um importante grupo de oposição ao regime que se impunha, principalmente na Ilha Grande. Por isso, existe a necessidade de união entre as várias fontes bibliográficas mais amplas e as literaturas de testemunho para a construção de uma visão mais precisa do objeto já citado.
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2014-03 Academia de Marinha: Normatização da Formação Militar Naval no Período de Construção do Estado Imperial Brasileiro (1837-1858)TítuloAcademia de Marinha: Normatização da Formação Militar Naval no Período de Construção do Estado Imperial Brasileiro (1837-1858)Autor
Luana de Amorim DoninOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2014-03-28Nivel
MestradoPáginas
183Volumes
1Banca de DefesaAdriana Barreto de SouzaCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroLuiz Fernando SaraivaMaria Fernanda Vieira Martins
ResumoEste trabalho centrou-se na Academia de Marinha, instituição voltada ao ensino militar do oficialato naval do Império do Brasil no século XIX. Entre as décadas de 1830 e 1850, sofreu inúmeras intervenções e reformas que tiveram como foco a consolidação de uma educação militar para o oficial naval, que deveria lidar com os avanços tecnológicos e científicos produzidos na área naval e de guerra, uma nova concepção mais profissionalizada da carreira militar e a introdução de uma nova relação entre o aspecto militar e o Estado, que então se formava. Nesse sentido, buscou-se através da análise do processo reformista, que culminaria com novos Estatutos em 1858, mapear as possíveis inovações e heranças para o ensino militar naval em uma Marinha em plena transição.
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2014-03 "O Imperador Reina, Governa e Administra": O Visconde de Uruguai e a Construção do Estado Imperial (1836-1843)Título"O Imperador Reina, Governa e Administra": O Visconde de Uruguai e a Construção do Estado Imperial (1836-1843)Autor
Clarice de Paula Ferreira PintoOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2014-03-28Nivel
MestradoPáginas
177Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesLuiz Fernando SaraivaMônica de Souza Nunes MartinsPedro Eduardo Mesquita de Monteiro MarinhoThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoA dissertação tem como objetivo discutir a participação de Paulino José Soares de Sousa, o visconde do Uruguai, na aprovação das principais medidas centralizadoras do movimento conhecido como Regresso Conservador, ao final da primeira metade do século XIX. Desde seu ingresso na política, como presidente de Província do Rio de Janeiro, em 1836, Paulino buscou criticar a legislação liberal do período regencial, defendendo os princípios da "Ordem" e da "Civilização". Como deputado geral, em 1840, conseguiu a aprovação da lei de Interpretação do Ato Adicional, que centralizou o poder nas mãos do governo central em detrimento do governo provincial. No Ministério da Justiça, em 1841, combateu as revoltas regenciais, ao mesmo tempo, em que conseguiu a aprovação, pela Câmara e pelo Senado, da lei de reforma do Código do Processo Criminal. Tais medidas constituíram-se em elementos chaves no processo simultâneo de construção do Estado e de formação da classe senhorial no Império do Brasil
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2014-03 Senhores governadores: Artur de Sá e Meneses e Martim Correia Vasques. Rio de Janeiro, c. 1697 - c. 1702.TítuloSenhores governadores: Artur de Sá e Meneses e Martim Correia Vasques. Rio de Janeiro, c. 1697 - c. 1702.Autor
Denise Vieira DemetrioOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2014-03-28Nivel
DoutoradoPáginas
324Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioFrancisco Carlos Cardoso CosentinoJoão Luís Ribeiro FragosoLarissa Moreira VianaMaria Fernanda Baptista BicalhoMariza de Carvalho SoaresRoberto Guedes Ferreira
ResumoEsta tese analisa as trajetórias de dois personagens conectados pelas suas experiências governativas nas conquistas, notadamente na capitania do Rio de Janeiro na virada do século XVII-XVIII: Artur de Sá e Meneses, natural de Lisboa, e Martim Correia Vasques, natural da terra. Em comum possuíam pelo menos três elos, os quais procuramos aqui descortinar: o primeiro, nas origens familiares; o segundo no governo da capitania e o terceiro na posse de escravos na freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, recôncavo do Rio de Janeiro. As ligações entre ambos constituem, portanto, a estrutura que sustenta toda a tese e o problema investigado é a trajetória de ambos na virada do século XVII para o século XVIII, período no qual a monarquia lusa experimenta uma inflexão decisiva: a descoberta do ouro no centro sul do Estado do Brasil.
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2014-03 É Pedido, não Tributo. O donativo para o casamento de Catarina de Bragança e a paz de Holanda (Portugal e Brasil c.1660 - c.1725)TítuloÉ Pedido, não Tributo. O donativo para o casamento de Catarina de Bragança e a paz de Holanda (Portugal e Brasil c.1660 - c.1725)Autor
Letícia Dos Santos FerreiraOrientador(a)
Pedro de Almeida CardimData de Defesa
2014-03-28Nivel
DoutoradoPáginas
Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGeorge Evergton Sales SouzaLaura de Mello E SouzaLuciano Raposo de Almeida FigueiredoPaulo Cavalcante de Oliveira JuniorRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonaldo Vainfas
ResumoA tese tem como objetivo geral investigar a relação entre política fiscal e as ações políticas, privilegiando a dinâmica imposta pela contribuição do donativo para o dote e paz de Holanda nas câmaras de Salvador, Recife, Rio de Janeiro, Lisboa e Porto. Para tanto discute os conceitos de "tributo" e "donativo", bem como o quadro diplomático no qual o objeto da tese se insere. Analisa processos de negociações e conflitos a partir dos novos estudos sobre história política e fiscal. Procura traçar o perfil dos contribuintes objetivando atestar o caráter geral e proporcional do donativo em questão. Dessa forma entendemos o donativo como um mecanismo utilizado pela coroa e por seus vassalos em um sistema de trocas materiais e simbólicas.
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2014-03 ACRJ e o Porto: definição e redefinição de políticas públicas para o Porto do Rio de JaneiroTítuloACRJ e o Porto: definição e redefinição de políticas públicas para o Porto do Rio de JaneiroAutor
Nívea Silva VieiraOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2014-03-27Nivel
DoutoradoPáginas
180Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoLuiz Fernando SaraivaMonica Piccolo AlmeidaPedro Henrique Pedreira CamposRafael Vaz da Motta BrandãoRita de Cássia da Silva AlmicoThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEsta tese é resultado da investigação da atuação da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) como partido, no sentido gramsciano, na produção das políticas públicas para o porto do Rio de Janeiro entre os anos de 1869 e 1934. Nessa análise revisitamos o desenvolvimento do porto do Rio de Janeiro, referência para o comércio importador, a partir da ótica da relação entre a sociedade civil e sociedade política. Por entender que a avaliação de toda e qualquer politica pública deve ser observada a partir das agências e dos agentes participantes de sua construção, utilizamos como fonte primária os arquivos privados da ACRJ, artigos produzidos e divulgados na grande imprensa e os documentos produzidos por agências do governo, tais quais, Ministério da Fazenda, Ministério da Agricultura e Ministério da Viação e Obras Públicas. A tese concluiu que a ACRJ teve um papel determinante no desenvolvimento do porto do Rio de Janeiro e esteve em permanente conflito com outras agências para imprimir seus interesses nesta indústria.
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2014-03 A escravidão velada: A formação de Nova Friburgo na primeira metade do século XIXTítuloA escravidão velada: A formação de Nova Friburgo na primeira metade do século XIXAutor
Rodrigo Marins MarrettoOrientador(a)
Larissa Moreira VianaData de Defesa
2014-03-27Nivel
MestradoPáginas
172Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesJoão Raimundo de AraújoLarissa Moreira VianaRicardo Henrique Salles
ResumoO presente trabalho foca suas investigações na História da formação da Vila de Nova Friburgo, entre 1820 e 1850. O objetivo deste é perscrutar a vida material desta Vila com a intenção de reinserir a participação dos escravos na constituição deste tecido social. Assim, compreender e resgatar as sociabilidades que permeavam a convivência dos senhores, luso-brasileiros e suíços com os escravos e, por conseguinte, com a escravidão torna-se imperativo nesta pesquisa. Com efeito, o denominado "mito da suíça brasileira" será desconstruído através de uma volumosa documentação que coloca a formação de Nova Friburgo profundamente ligada à expansão da escravidão e dessa área do Vale do Paraíba. Utilizo-me de métodos da micro-história, entre eles a variação da escala de observação e a ligação nominativa, sempre em diálogo com os pressupostos teóricos de E. P. Thompson. Tal arcabouço teórico-metodológico tem por objetivo auxiliar as análises, realizadas na variada documentação que diz respeito formação da Vila de Nova Friburgo, sobretudo, documentos paroquiais, cartoriais e judiciais. São eles que permitirão desmitificar a tradicional história da formação da Vila de Nova Friburgo, enfatizando como lusos brasileiros e suíços se relacionavam com a escravidão.
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2014-03 "É um romance minha vida" - a trajetória de Dona Farailda - uma "casamenteira" no sertão baiano: memória, gênero e construção de si".Título"É um romance minha vida" - a trajetória de Dona Farailda - uma "casamenteira" no sertão baiano: memória, gênero e construção de si".Autor
Vânia Nara Pereira VasconcelosOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2014-03-27Nivel
DoutoradoPáginas
237Volumes
1Banca de DefesaAdriana Dantas Reis AlvesCecilia Maria Bacellar SardenbergCristina Scheibe WolffGiselle Martins VenancioMartha Campos AbreuSamantha Viz QuadratSuely Gomes Costa
ResumoEsse estudo apresenta a biografia de Dona Farailda, uma mulher do sertão da Bahia. Sua trajetória é marcada pelo tema do casamento, uma vez que, além de ter-se casado sete vezes ao longo da vida, realizava "casamentos de contrato". Estes, apesar de não serem reconhecidos juridicamente, foram feitos até o final dos anos 1980 na cidade de Serrolândia/BA. Vistos como um "costume em comum" compartilhado por parte da comunidade, essa prática afirmava valores "tradicionais", ao mesmo tempo em que representava uma forma de burlar procedimentos jurídicos inacessíveis às camadas populares. Seu processo de construção de si é permeado por táticas que foram sendo tecidas ao longo da vida, na experiência concreta do cotidiano. Dona Farailda aparece como uma mulher que, embora reproduza em seu discurso valores como a defesa da família e do casamento monogâmico, visto na perspectiva heteronormativa, tem práticas que parecem subverter normas estabelecidas para as mulheres daquela comunidade. Ao analisar suas ideias foi possível perceber como ela foi capaz de elaborar concepções de mundo que justificam sua forma de existir. As fontes utilizadas na pesquisa se constituem centralmente de entrevistas orais, embora também sejam analisadas fontes escritas e iconográficas como: fotografias, jornais. livros de registro de casamentos, dados dos Censos do IBGE e um contrato de casamento realizado por Dona Farailda.
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2014-03 Dos Estados Unidos para o Chile: memórias de um ativismo de esquerda transnacionalTítuloDos Estados Unidos para o Chile: memórias de um ativismo de esquerda transnacionalAutor
Talita de Oliveira CostaOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2014-03-27Nivel
MestradoPáginas
125Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoDenise Rollemberg CruzRenata Torres SchittinoRobert Sean PurdyThaddeus Gregory Blanchette
ResumoEsta pesquisa analisa a presença de um grupo de estadunidenses no Chile durante a administração Allende (1970-1973). Atraídos pela proposição de uma via democrática ao socialismo na América do Sul e inconformados com as políticas econômicas e sociais dos Estados Unidos, os jovens ativistas fundaram o boletim de notícias Fuente de Información Norte-americana (FIN) na intenção de dialogar com a esquerda chilena e divulgar os movimentos norte-americanos críticos ao governo do seu próprio país. No entanto, suas atividades no Chile foram interrompidas pelo golpe e pela instauração da ditadura pinochetista, que não isentou finistas de se tornarem alvos da repressão. Dois deles, Charles Horman e Frank Teruggi foram presos e mortos no Chile. A partir da imposição dessa nova realidade, a dissertação tenta acompanhar a emergência do Movimento em Solidariedade ao Chile nos Estados Unidos, movimento de reação ao regime autoritário com vistas a apoiar às vítimas do terror e a difundir o preceito dos direitos humanos como guia para a política externa norte-americana. Contrariando uma visão predominante de consenso, o estudo verifica que a interação entre os sujeitos chilenos e estadunidenses significou uma tentativa real de internacionalização da esquerda.