Dissertações e Teses
-
2017-03 O pintor e a cidade: Giotto e Florença no trecentoTítuloO pintor e a cidade: Giotto e Florença no trecentoAutor
Thatiane Piazza de MeloOrientador(a)
Renata Rodrigues VerezaData de Defesa
2017-03-21Nivel
MestradoPáginas
117Volumes
1Banca de DefesaCarolina Coelho FortesMário Jorge da Motta BastosRenata Rodrigues VerezaTamara Quírico MoraesVânia Leite Fróes
ResumoA dissertação tem como objetivo refletir sobre o papel dos pintores no cotidianoflorentino no século XIV, a partir do estudo de caso do Giotto di Bondone. Este pintorfoi estudado por sua trajetória e em registros literários dos livros: "Divina Comédia" 1do Dante Alighieri, "Decamerão"2 escrito por Boccaccio e "Il Trecentonovelle"3 doFranco Sacchetti. Nessas obras, Giotto é citado, e apontam para uma rede de relações ehierarquias do universo desses artistas. Nota-se que esse trabalho não pretendecomprovar a veracidade dos relatos, e sim, constatar que tais narrativas estão inseridasnesse mundo medieval e que representam uma visão singular sobre o mesmo. EmFlorença este artista possuía um ateliê e realizou diversas obras pictóricas, como naigreja de Santa Croce nas capelas Bardi e Peruzzi e na capela del Podestà no Palazzodel Bargello. Muitas dessas obras foram encomendadas por uma elite burguesa, comono caso das capelas Bardi e Peruzzi,. Esta primeira foi escolhida para delimitar a relaçãoentre os pintores e os financiadores e, com isso compreender um período que possuíaum lento movimento de autoria das obras por parte de artistas mais reconhecidos.Portanto, as fontes permitem estudar o pintor a partir de uma tradição oral e imagéticapara compreender uma sociedade através de sua multiplicidade de relações. Nota-se umintenso quadro social que pode ser estudado, na tentativa de quebrar modelos doconvívio social e das representações no espaço urbano.
-
2017-03 Matas Folheadas: Imprensa, Práticas letradas e Sociabilidades de Proteção à Natureza na Revista Florestal (1929-1949)TítuloMatas Folheadas: Imprensa, Práticas letradas e Sociabilidades de Proteção à Natureza na Revista Florestal (1929-1949)Autor
Filipe Oliveira da SilvaOrientador(a)
Juniele Rabêlo de AlmeidaData de Defesa
2017-03-21Nivel
MestradoPáginas
326Volumes
1Banca de DefesaJosé Augusto Valladares PáduaJuniele Rabêlo de AlmeidaLise Fernanda SedrezMario Grynszpan
ResumoEsta dissertação se propõe a investigar a trajetória editorial da Revista Florestal, impresso que circulou no Brasil entre 1929 e 1949, divulgando ideias nacionalistas de proteção à natureza. Trata-se de uma das primeiras publicações especializadas nesse gênero no país, sendo organizada, inicialmente, pelo agrônomo Luiz Simões Lopes e o bibliotecário Francisco Rodrigues de Alencar. Em torno de sua confecção e produção editorial, reuniram-se diversos intelectuais, especialmente, engenheiros agrônomos, botânicos e literatos. Pretende-se, por meio da análise desta estrutura de sociabilidade, interpretar as ações sócio-políticas do movimento florestal no Brasil durante o período Nacional Estatista; compreender as estratégias do discurso veiculado em suas páginas; identificar a circulação internacional do periódico e do imaginário florestal, mapear os itinerários intelectuais que nela se cruzaram pelas práticas de escrita e leitura; bem como dimensionar as disputas e relações que envolveram seus processos de produção, distribuição e circulação. Nesse sentido, desnovelam-se diálogos sobre o meio natural e os usos do impresso na tessitura de uma rede intelectual que identificava a natureza à nação brasileira.
-
2017-03 O Caminho Novo e a Boa Razão: Conflitos e a lei de 1769TítuloO Caminho Novo e a Boa Razão: Conflitos e a lei de 1769Autor
João Victor Diniz Coutinho PolligOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2017-03-20Nivel
DoutoradoPáginas
314Volumes
1Banca de DefesaAllan Rocha de SouzaIris KantorMárcia Maria Menendes MottaMarcos Guimarães SanchesMarina Monteiro MachadoMônica Maria Guimarães SavedraNívia Pombo Cirne Dos Santos
ResumoNo século XVIII, a descoberta do ouro provocou consideráveis transformações no Brasil Colonial. Para facilitar o acesso a região das minas foi aberta uma via de comunicação que ligava diretamente os núcleos mineradores com o porto do Rio de Janeiro. Tal via ficou conhecida como Caminho Novo, área de intenso movimento populacional no eixo centro-sul da colônia cujos resultados sensíveis foram à dinamização regional. Estabeleceram-se atividades agropecuárias paralelas à extração aurífera que acelerou o processo de apropriação de terras e, consequentemente, aumentaram os conflitos pelo domínio do território. Proprietários de terras envoltos a disputas pela legitimidade da propriedade e administradores metropolitanos e coloniais envolviam-se num emaranhando de determinações legais, ordens régias e costumes locais com o intuito de organização fundiária da região. Compreender o mecanismo do direito colonial, caracterizado pelo pluralismo jurídico, serve de suporte para entender os jogos de poder que atuavam naquele cenário específico. Com o declínio do ouro, a política fisiocrática do fomento agrário exigia a reestruturação do edifício jurídico do acesso a terra. O arcabouço jurídico que transformou o direito colonial teve efeito com a promulgação da Lei de 18 de agosto de 1769, conhecida como Lei da Boa Razão, formulada no conjunto de reformas durante o governo de D. José I e seu ministro Marquês de Pombal. A lei reorientava a prática jurídica no mundo lusitano e no império ultramarino com o objetivo de centralizar o direito às ações do Estado. A Lei da Boa Razão é composta por catorze parágrafos que trazem o ponto central de reformular as estruturas jurídicas de Portugal. Seu objetivo geral é colocar as leis pátrias como sendo o conjunto legislativo principal para reger Portugal em detrimento do direito romano, eclesiástico e outras fontes de direito, que vigoravam por um longo tempo como o corpo de leis que organizava a sociedade portuguesa. É um retrato de um processo histórico de transformação na concepção do direito, enquanto complemento e instrumento do Estado. A pesquisa, portanto, consiste na análise sobre a influência da Lei da Boa Razão, a partir da sua finalidade de reorientar o direito no período moderno, em relação com a multiplicidade de normas, leis e costumes que caracterizavam a realidade agrária do Brasil.
-
2017-03 Da instrução dos trabalhadores à revolução social - A formação da Universidade Popular de Ensino Livre no Rio de Janeiro em 1904TítuloDa instrução dos trabalhadores à revolução social - A formação da Universidade Popular de Ensino Livre no Rio de Janeiro em 1904Autor
Eduardo Carracelas LamelaOrientador(a)
Carlos Augusto AddorData de Defesa
2017-03-17Nivel
MestradoPáginas
184Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Ribeiro SamisCarlos Augusto AddorJean Rodrigues SalesRenata Torres SchittinoTatiana Silva Poggi de Figueiredo
ResumoRESUMOA Universidade Popular de Ensino Livre foi um projeto de um grupo deanarquistas do Rio de Janeiro que tinha por objetivo a instrução dos trabalhadores. Estaexperiência educacional aconteceu no momento considerado como de formação domercado de trabalho na capital, mas também como um período de efervescênciapolítica, principalmente no que diz respeito às lutas sociais amplamente organizadas etravadas pelos trabalhadores nas ruas e nas fábricas. Para os anarquistas, a educaçãotinha um importante papel na formação do indivíduo, o que garantiria a transformaçãoprofunda da sociedade. Experiências como esta, que permeiam o cenário políticoaltamente excludente do período, porém por vias não dominantes, são importantes natentativa de melhor compreender o momento, marcado por tensões e conflitos, ecaracterizado pelas diferentes disputas pelo poder.
-
2017-03 Os engenheiros tomam Partido: Trajetórias e transformações no Clube de Engenharia (1874-1910)TítuloOs engenheiros tomam Partido: Trajetórias e transformações no Clube de Engenharia (1874-1910)Autor
Fernanda Barbosa Dos Reis RodriguesOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2017-03-16Nivel
MestradoPáginas
185Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoMaria Inez TurazziMaria Letícia Corrêa
ResumoA Engenharia Civil, enquanto categoria profissional e campo de saber técnico e científico, se estrutura no Brasil a partir de meados do século XIX, em meio a uma intensa agenda de obras públicas que ganharão o território fluminense e nacional, direta ou indiretamente ligadas ao setor agroexportador. Nesse processo, dá-se a formação de quadros que operacionalizarão tais empreendimentos em vinculação orgânica com o Estado, ocupando a função de intelectuais das frações de classe dominantes. Sob esse aspecto, o presente estudo lança luz sobre parcela significativa dos engenheiros brasileiros, bem como uma das suas principais associações,o Clube de Engenharia, identificando os espaços de ação daqueles atores, bem como a história daquela entidade e as contradições que a perpassavam, inerentes ao contexto de intensas modificações estruturais e culturais do período assinalado, de modo a compreendermos o processo de organização da cultura no país, em especial, na cidade do Rio de Janeiro.
-
2017-03 A construção de sentidos dissidentes para americanismo na revista Seven Arts (1916-1917)TítuloA construção de sentidos dissidentes para americanismo na revista Seven Arts (1916-1917)Autor
Gustavo Mor MalossiOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2017-03-16Nivel
MestradoPáginas
140Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoFlavio LimoncicMarco Antonio Villela PamplonaRenata Torres Schittino
ResumoEsta dissertação tem como objetivo explorar os sentidos dissidentes de Americanismodesenvolvido na revista Seven Arts. A Seven Arts foi uma pequena revista que abrigou duranteos anos 1916 e 1917 diversos autores modernistas, como Sherwood Anderson, TheodoreDreiser e Amy Lowell, além de críticas sociais de John Reed, Randolph Bourne, Waldo Franke Van Wyck Brooks. A revista tinha como objetivo transformar a vida americana pelarenovação das artes e desenvolver um sentido de comunidade entre o artista e o povo. A SevenArts anuncia-se como veículo do renascimento americano e ruptura com valores tradicionais,atraindo para si uma geração de jovens artistas que procuravam renovar o caráter nacionalamericano e explorar novas formas de expressão e personalidade. Essa geração vive ummomento nodal da história dos EUA, o fim da Era Progressivista, que desafia aqueles queprocuravam definir o que é Americanismo com impasses sobre imigração, imperialismo,industrialismo e participação do país na Primeira Guerra. Nesta análise, aplicam-se osconceitos espaço de experiência e horizonte de expectativa, desenvolvidos por ReinhartKoselleck, salientando-se os posicionamentos dos artigos de Waldo Frank, James Oppenheim,Van Wyck Brooks e Randolph Bourne. Nesta análise, procura-se compreender o que essesautores entendiam por "espírito americano" e os projetos de país a ele associados. Busca-secompreender, também, como esses sentidos foram transformados pela participação dosEstados Unidos na Primeira Guerra.
-
2017-03 Greves e lutas insurgentes: a história de AIT e as origens do sindicalismo revolucionárioTítuloGreves e lutas insurgentes: a história de AIT e as origens do sindicalismo revolucionárioAutor
Selmo Nascimento da SilvaOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2017-03-10Nivel
DoutoradoPáginas
334Volumes
1Banca de DefesaAndrey Cordeiro FerreiraDemian Bezerra de MeloLuitgarde Oliveira Cavalcanti BarrosPaulo Cruz TerraRogério Cunha de Castro
ResumoO objetivo da presente tese é a análise das diferentes concepções e práticas políticas das correntes e tendências do movimento sindical operário europeu do século XIX que atuaram na construção dos movimentos grevistas daquele período e convergiram para a organização da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), fundada em 1864. A pesquisa está centrada nos congressos da AIT de Genebra em 1866, Lausana em 1867, Bruxelas em 1868, Basileia em 1869, conferência de Londres em 1871 e o Congresso de Haia de 1872. Nesses congressos, o conjunto das correntes e tendências do movimento sindical da época - mutualistas, trade-unionistas, coletivistas,bakuninistas e marxistas - debateram e entraram em conflito pelo entendimento de quais seriam os melhores caminhos e estratégias do movimento.
-
2017-03 Agenda Oculta: A Constituinte de 1987-88 e seus Fundamentos CulturaisTítuloAgenda Oculta: A Constituinte de 1987-88 e seus Fundamentos CulturaisAutor
Aimée Schneider DuarteOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2017-03-09Nivel
MestradoPáginas
200Volumes
1Banca de DefesaAlessandra CarvalhoLarissa Moreira VianaMaria Helena de Macedo VersianiMartha Campos Abreu
ResumoA presente dissertação tem por objetivo pesquisar questões atinentes à abordagem da cultura pela Assembleia Nacional Constituinte de 1987-88, com base em seus anais. Para tanto, será realizado um inventário dos materiais da Subcomissão de Educação, Cultura e Esporte, considerando-se a formação ideológica do enunciador constituinte. A partir desse enfoque, bem como da trajetória daquele momento histórico de transição de regime autoritário para o democrático, espera-se interpretar o resultado das dinâmicas de enfrentamento, das disputas de poder e das resoluções de interesse entre os parlamentares, permitindo a construção de um panorama textual apto a viabilizar futuras análises das políticas públicas culturais do pós-Constituinte de 1987-88.
-
2017-03 Sindicalismo e memória da vivência docente superior no estado do PiauíTítuloSindicalismo e memória da vivência docente superior no estado do PiauíAutor
Rosângela AssunçãoOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2017-03-09Nivel
DoutoradoPáginas
247Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoLana Lage da Gama LimaRodrigo de Azevedo Cruz LamosaSonia Regina de MendonçaTânia Maria de Castro Carvalho Netto
ResumoO presente estudo trata do sindicalismo docente superior no Piauí no período de 2003 a 2012 e tem como objetivo analisar a relação entre a Associação dos Docentes do Centro de Ensino Superior do Piauí- ADCESP, o estado e a reitoria da Universidade Estadual do Piauí-UESPI durante as greves. A teoria gramsciana é o elemento estruturador da análise que fazemos das fontes no sentido de explicar a relação que se estabeleceu entre os sujeitos durante as greves. Parte-se da hipótese de que foi a partir da luta dos docentes, organizados através da estratégia da greve, que o estado foi pressionado a fazer melhorias estruturais e qualitativas na UESPI, tais como: ampliação do orçamento da IES; reformas dos campi; construções de novas estruturas físicas; implantação da política estudantil; eleições diretas para reitor, diretor e coordenador de cursos e concursos públicos para docentes. A metodologia da História Oral foi utilizada na coleta e transcrição dos depoimentos dos sujeitos investigados. Além disso, houve a produção de fontes com os depoimentos colhidos junto aos reitores da UESPI e presidentes da ADCESP e aplicação de questionários com os docentes com o objetivo de analisar a visão deles a respeito da ADCESP na condução das greves. A pesquisa apontou para uma relação de difícil negociação entre sindicato e Estado porque o segundo seguia o receituário neoliberal de privatização da educação pública e o sindicato tentava reagir a essa política, mas tinha dificuldades de mobilizar a categoria por questões políticas mais amplas: os docentes da UESPI só se mobilizam por melhoria salarial e estrutural da universidade, mostrando a limitação da consciência política dos docentes, resultando em pouca adesão às greves quando as pautas de luta eram ampliadas com questões políticas.
-
2017-02 Capitão América contra Justiceiro: Os sentidos de Justiça e as representações das guerras do século XX.TítuloCapitão América contra Justiceiro: Os sentidos de Justiça e as representações das guerras do século XX.Autor
Pedro Henrique Castro Teixeira da SilvaOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2017-02-10Nivel
MestradoPáginas
108Volumes
1Banca de DefesaChristiano Britto Monteiro Dos SantosFernando de Araujo PennaIvan Lima GomesPaulo Knauss de Mendonça
ResumoEsta dissertação aborda diferentes noções de Justiça a partir da análise das percepções sobre a Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnã em histórias em quadrinhos estadunidenses, mais precisamente as revistas que trazem os personagens Capitão América e Justiceiro. O estudo se inicia pela identificação da história de construção de cada um dos personagens. Em seguida, toma como referência as três revistas ou séries de revistas em que o encontro dos dois é representada, originando o conflito de ponto de vista. A pesquisa tem como pressuposto pensar as revistas em quadrinhos enquanto uma forma de história pública com múltiplas utilizações.
-
2016-12
"Um tipo completo de bandido": criminalidade e racialização na Revista Vida Policial (1925-1927)
Título"Um tipo completo de bandido": criminalidade e racialização na Revista Vida Policial (1925-1927)
Autor
Julia Passos de MelloOrientador(a)
Larissa Moreira VianaData de Defesa
2016-12-09Nivel
MestradoPáginas
123Volumes
1Banca de DefesaCarolina Vianna DantasJonis FreireLarissa Moreira VianaMartha Campos AbreuRenata Figueiredo Moraes
ResumoO seguinte trabalho se propõe a analisar a revista Vida Policial, periódico que circula na
cidade do Rio de Janeiro entre os anos de 1925 e 1927, a fim de compreender a construção
dos discursos que, sob a influência das teorias criminológicas correntes nos meios
intelectuais do país à época, relacionavam os negros à criminalidade, contribuindo para a
estigmatização dos mesmos ao longo de toda Primeira República.
-
2016-12 A nova direita no Brasil: Aparelhos de Ação Político - ideológica e atualização das estratégias de dominação Burguesa (1980-2014)TítuloA nova direita no Brasil: Aparelhos de Ação Político - ideológica e atualização das estratégias de dominação Burguesa (1980-2014)Autor
Flávio Henrique Calheiros CasimiroOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2016-12-09Nivel
DoutoradoPáginas
479Volumes
1Banca de DefesaCarla Luciana Souza da SilvaCezar Teixeira HonoratoDemian Bezerra de MeloMarcela Alejandra PronkoRenato Luís do Couto Neto E LemosSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA tese é resultado de uma pesquisa sobre um conjunto de aparelhos privados de hegemonia de ação política e ideológica de caráter patronal, representantes das classes dominantes no Brasil, no período de 1980 a 2014, embasada no arcabouço teórico marxista de Antonio Gramsci, assim como na teoria sociológicade Pierre Bourdieu. A proposta busca articular motivações de ordem teórico-política no sentido de contribuir para o estudo sobre a estruturação e organização da burguesia brasileira para a manutenção e atualização de suas estratégias de dominação e acumulação de capital. A partir da análise da relação entre estes aparelhos burgueses e a estrutura estatal, o estudo é atravessado pela discussão quanto àindissociabilidade entre Estado e sociedade civil, na concepção de Estado ampliado gramsciana. Uma dasquestões fundamentais da pesquisa, por conseguinte, emergede reflexões e inquietações sobre as formas com as quais determinadas frações das classes dominantes elaboram –a partir da atuação de seus intelectuais coletivos –estratégias de ação no sentido de criar condições para a reconfiguração da estrutura institucional do Estado, tanto como uma relação interna no quadro de dominação, como externa, no conjunto das determinações do capitalismo mundializado. Essa representação política não partidária dos segmentos da direita liberal-conservadora, atualizada, militante e, muitas vezes, truculenta na defesa de seus pressupostos e atuação política, configura-se, portanto, como uma forma de ação gestadae em curso a partir do processo de redemocratização,com o surgimento dessa estratégia de organização que se materializa por meio de aparelhos da burguesia, porem integra crescentemente o próprio Estado, ampliando-o. Essa ampliação consiste em que o Estado não pode serreduzido ou compreendido simplesmente a partir do conjunto de seus órgãos, agências e aparatos administrativos. Essa forma articulada, mobilizada e aparelhada de segmentos burgueses, liberal-conservadores, caracteriza um novo modus operandide ação política por parte das frações da classe dominante brasileira, representando, assim, a estruturação da chamada"nova direita" no Brasil.
-
2016-11 Olhos na Europa, pés na América: Referências em disputa na construção de uma "consciência histórica"no Império do Brasil (1823-1831)TítuloOlhos na Europa, pés na América: Referências em disputa na construção de uma "consciência histórica"no Império do Brasil (1823-1831)Autor
João Carlos Escosteguy FilhoOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2016-11-18Nivel
DoutoradoPáginas
339Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLeonardo MarquesLúcia Maria Paschoal GuimarãesPedro Spinola Pereira CaldasRicardo Henrique SallesRodrigo Turin
ResumoEste trabalho trata das formas pelas quais dirigentes do Império do Brasil, no momento inicial de sua fundação e construção da Independência, lidaram com certa experiência histórica de interpretação do tempo e ação na realidade. Em outras palavras, esta pesquisa analisa as maneiras pelas quais políticos do Primeiro Reinado abordavam temáticas do passado e do presente, tanto do Brasil e da América quanto da Europa, para a construção de uma narrativa histórica da História das Civilizações que inserisse o Brasil na mesma lógica das "nações civilizadas", contribuindo para a construção de uma identidade nacional que era, ao mesmo tempo, a construção ideológica de um sentido histórico para os grupos dominantes do Império do Brasil.
-
2016-10 Mobilizações contra a fome no Brasil: 1978/1988TítuloMobilizações contra a fome no Brasil: 1978/1988Autor
Daniel Horta AlvimOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2016-10-10Nivel
DoutoradoPáginas
290Volumes
1Banca de DefesaCharleston José de Sousa AssisJuniele Rabêlo de AlmeidaLaura Antunes MacielMaria Letícia CorrêaNorberto Osvaldo FerrerasOlga BritesPaulo Roberto Ribeiro Fontes
ResumoEsta tese investiga uma série de mobilizações – institucionais, partidárias, científicas, jornalísticas, sindicais, comunitárias, insurrecionais –, as quais contribuíram para que a questão da fome assumisse relevância fundamental nos debates e movimentos que impulsionaram a redemocratização Brasileira, entre 1978 e 1988. A primeira parte do trabalho consistiu em avaliar o papel histórico cumprido pelas mobilizações que, entre os anos de 1978 e 1981, se colocaram contrárias ao avanço da fome no país, frente aos efeitos da crise do "chamado milagre econômico brasileiro". Naquele período histórico, o Movimento Custo de Vida e Contra a Carestia, as Marchas da Panela Vazia e a Comissão Parlamentar de Inquérito (instaurada em 1981 na Câmara dos Deputados para investigar as causas do avanço da fome entre a população brasileira) são exemplos de mobilizações que romperam o silêncio do regime militar sobre a questão da fome e criticaram a modernização autoritária brasileira. A segunda parte da pesquisa buscou aprofundar a análise em torno do ano de 1983 considerado um momento de ruptura política, em que os debates e mobilizações sobre o problema da fome evidenciaram um conflito social com caráter de luta entre classes. Deu-se maior atenção às mobilizações caracterizadas pelos saques populares em busca de alimentos, ocorridas em diversas regiões do Brasil, durante o ano de 1983. Em paralelo, demonstrou-se a forma como a grande imprensa e os jornais populares abordavam, sob ângulos diferentes, a questão da fome e os conflitos sociais então latentes, demonstrando suas lutas discursivas pela obtenção do consenso político a respeito daquelas experiências. Também nesta parte, foi evidenciada uma série de mobilizações populares, de cunho organizativo, as quais permitiram a população brasileira reivindicar, ao mesmo tempo, a luta contra a fome e a redemocratização nacional. Foram abordados, inclusive, os pontos de tensão política entre os movimentos de cunho organizativo e as ações desencadeadas pela multidão que promovia saques em busca de alimentos. Na última parte do trabalho, demonstrou-se que a fome também esteve entre as pautas fundamentais dos debates e ações que consolidaram a redemocratização brasileira. Para tanto, destacou-se as Campanha da Fraternidade da CNBB (1985) – "Pão para quem tem fome" – e as discussões sobre o problema da fome que se delinearam durante a Assembléia Nacional Constituinte (1986/1988).
-
2016-09 História e Memória da trajetória político-intelectual de Jorge AmadoTítuloHistória e Memória da trajetória político-intelectual de Jorge AmadoAutor
Carolina Fernandes CalixtoOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2016-09-01Nivel
DoutoradoPáginas
408Volumes
1Banca de DefesaDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Palomanes MartinhoGiselle Martins VenancioIgor Pinto SacramentoMaria Paula Nascimento AraújoMarialva Carlos BarbosaRodrigo Patto Sá Motta
ResumoOs muitos estudos acadêmicos sobre Jorge Amado como romancista e também como intelectual politicamente engajado tenderam a priorizar essa dupla atuação nos anos 1930-1955, quando exerceu militância política no PCB e produziu obras identificadas como "literatura proletária". Considerando essa realidade, interessamo-nos por investigar a sua trajetória político-intelectual, assim como a memória construída acerca desse percurso, inclusive pelo próprio autor, deslocando o foco da atenção para, especialmente, o período entre 1956 e 1985. A atuação político-intelectual de Jorge nesses anos, iniciado por seu desligamento do Partido e concluído pelo fim do regime militar, esteve marcada por comportamentos ambivalentes, muito longe de posicionamentos políticos rígidos, particularmente, no que diz respeito aos anos de regime militar. Os conceitos de cultura política e zona cinzenta foram essenciais na compreensão desses comportamentos. No que diz respeito à memória acerca desses anos, procuramos identificar as construções sacralizadas expressas no mito, nos lugares de memória, enfim, nas disputas de memória sobre o escritor que nos ajudam a compreender o silêncio acerca de sua atuação entre 1956 e 1985.
-
2016-08 Senhores e possuidores de Inhaúma: Propriedades, famílias e negócios da terra no rural cariocaTítuloSenhores e possuidores de Inhaúma: Propriedades, famílias e negócios da terra no rural cariocaAutor
Rachel Gomes de LimaOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2016-08-03Nivel
DoutoradoPáginas
300Volumes
1Banca de DefesaClaudia Damasceno FonsecaManoela da Silva PedrozaMárcia Maria Menendes MottaMarcos Guimarães SanchesMarcus Ajuruam de Oliveira DezemoneMarina Monteiro MachadoMônica de Souza Nunes Martins
ResumoO objetivo desta tese é investigar a estrutura fundiária da freguesia rural de São Tiago de Inhaúma compreendendo sua lógica de funcionamento e inserção no sistema mercantil da cidade do Rio de Janeiro entre 1830 e 1880. Trata-se de uma análise de suas propriedades agrícolas considerando, principalmente, as relações sociais e as redes de sociabilidades constituídas pelos proprietários locais a partir da investigação da trajetória de seus grupos familiares e a influência destas relações nos mecanismos de transmissão das propriedades, nas negociações, nos conflitos, nas diferentes formas de usos e nas diferentes concepções de direitos de propriedade da terra.
-
2016-07 A presença negra no teatro de revistas dos anos 1920TítuloA presença negra no teatro de revistas dos anos 1920Autor
Paulo Roberto de AlmeidaOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2016-07-01Nivel
MestradoPáginas
126Volumes
1Banca de DefesaAlessandra Frota Martinez de SchuelerEric Brasil NepomucenoGiovana Xavier da Conceição CôrtesLarissa Moreira VianaMartha Campos Abreu
ResumoO Teatro de Revista vem se revelando nos últimos anos um campo fértil de estudo ao historiador, uma vez que é possível percebê-lo como uma arena capaz de leituras plurais do que se via no palco. O resultado desse caráter "polissêmico" seria o debate de temas do momento por uma plateia diversificada. Um dos temas abordados neste trabalho é a questão racial. A partir da análise da revista "250 contos" e da trajetória da atriz negra Ascendina dos Santos, coloco no centro da investigação as representações da população negra nos palcos e a recriação de estereótipos, que reforçavam o racismo em meio a um divulgado imaginário sobre a harmonia racial no Brasil.
-
2016-06 "Fui o Criador de Macumbas em Discos" Macumba, Samba e Carnaval Pela Trajetória de Getúlio Marinho da Silva (Rio de Janeiro, 1895-1964)Título"Fui o Criador de Macumbas em Discos" Macumba, Samba e Carnaval Pela Trajetória de Getúlio Marinho da Silva (Rio de Janeiro, 1895-1964)Autor
Fernanda Epaminondas SoaresOrientador(a)
Larissa Moreira VianaData de Defesa
2016-06-30Nivel
MestradoPáginas
271Volumes
1Banca de DefesaCarolina Vianna DantasJuniele Rabêlo de AlmeidaLarissa Moreira VianaLaura Antunes Maciel
Resumo
-
2016-06 A experiência do cinema engajado brasileiro através de Cabra marcado para morrer: Entre o cinema e a históriaTítuloA experiência do cinema engajado brasileiro através de Cabra marcado para morrer: Entre o cinema e a históriaAutor
Alexandre Irigiyen Vander VeldenOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2016-06-29Nivel
MestradoPáginas
155Volumes
Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoFrancisco Carlos Teixeira da SilvaJanaína Martins CordeiroKarla Guilherme CarloniMarcos Francisco Napolitano de Eugenio
ResumoEssa dissertação objetiva analisar historicamente o filme Cabra marcado para morrer (Eduardo Coutinho, 1984) e para isso visita os meandros de sua produção e recepção, assim como utiliza suas "imagens e sons" como fonte para pensar tanto a história do cinema como da sociedade. Argumentando junto a trabalhos contemporâneos que revisitam a "historiografia consolidada" sobre a produção cultural "nacional-popular" da década de 1960 – momento da primeira tentativa de filmar Cabra marcado – , esse trabalho procura compreender essa experiência de maneira mais contraditória, a partir da complexidade presente nas obras, assim como dos conflitos existentes entre os artistas, intelectuais e militantes na época. Esse trabalho também visita as transformações no Brasil e na carreira de Coutinho ao longo da década de 1970, com as transformações na sociedade e a consolidação da indústria cultural. Já Cabra marcado é visitado junto ao contexto histórico do início da década de 1980: a "abertura democrática", o surgimento do "novo sindicalismo" junto ao ascenso dos trabalhadores no Brasil e a reorganização da esquerda passando pela formação do Partido dos Trabalhadores. Por fim, uma análise minuciosa do documentário é proposta, buscando articular suas escolhas de "enredo", de técnicas e de linguagem com os paradigmas e questões próprias de seu momento histórico.
-
2016-06 Jackson Pollock no Brasil: O informalismo na Iva Bienal de São PauloTítuloJackson Pollock no Brasil: O informalismo na Iva Bienal de São PauloAutor
Marcele de Oliveira GoncalvesOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2016-06-17Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAndréa Casa Nova MaiaPaulo Knauss de Mendonça
Resumo
-
2016-05 Política como Produto: Pra frente Brasil e o Cinema de Roberto FariasTítuloPolítica como Produto: Pra frente Brasil e o Cinema de Roberto FariasAutor
Wallace Andrioli GuedesOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2016-05-12Nivel
DoutoradoPáginas
318Volumes
1Banca de DefesaAna Lúcia Menezes de AndradeBeatriz KushnirDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Palomanes MartinhoGiselle Martins VenancioIgor Pinto SacramentoPaulo Knauss de Mendonça
Resumo
-
2016-04 Discursos Ultramontanos no Brasil do Século XIX: Os Bispados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de JaneiroTítuloDiscursos Ultramontanos no Brasil do Século XIX: Os Bispados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de JaneiroAutor
Tatiana Costa CoelhoOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2016-04-29Nivel
DoutoradoPáginas
286Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresGizlene NederGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesPatricia Woolley Cardoso Lins AlvesSérgio ChahonSheila Conceição Silva LimaWilliam de Souza Martins
ResumoO objetivo deste trabalho foi analisar o discurso ultramontano no Brasil durante o século XIX, tendo por corte geográfico as Dioceses de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Abordamos a figura dos bispos Dom Antônio Ferreira Viçoso, Dom Antônio Joaquim de Mello e Dom Pedro Maria Lacerda, que se tornaram os personagens principais desta tese, pois, durante o século XIX, foram consagrados como bispos nas dioceses supracitadas e são considerados como marcos no pensamento ultramontano brasileiro. A princípio, realizamos uma análise do discurso desses bispos. A partir daí, fizemos uma análise histórica da reforma religiosa na Europa ao longo dos tempos até atingir a América Portuguesa para, depois, fazer um estudo acerca dos discursos ultramontanos desses religiosos durante o período de sua administração das dioceses. A partir de então, definimos suas diferenças e semelhanças, partindo da perspectiva ultramontana desses personagens e tendo como documentação a discutir as cartas pastorais, a verificação das visitas pastorais e, também, a produção literária desses bispos. Desse modo, podemos conceber que esses personagens encontraram grande apoio das associações religiosas construídas nas dioceses. Daí a grande importância de verificar o discurso propagado pelos leigos que aderiram ao ultramontanismo no século XIX, tendo como principal documentação os jornais divulgados por esses ultramontanos nas referidas dioceses, bem como os documentos produzidos pelas associações católicas. Portanto, o grande intuito foi verificar como se comportava o discurso ultramontano dos bispos, bem como da população leiga. Através desse estudo, analisamos não o discurso institucional propagado pelo ultramontanismo, mas também ideais que ao mesmo tempo eram perspectivas particulares desses bispos e dos leigos. Esta análise nos proporcionou a compreensão de homens inseridos em seu tempo, num contexto histórico amplo, mas também cônscios de que eram pessoas dotadas de experiências e expectativas particulares que se fizeram presentes ao longo da análise documentária. Constatamos, então, que os estudos acerca do ultramontanismo consolidados dentro da historiografia carecem de mais perspectivas de análises.
-
2016-04 "A CONGADA É DO MUNDO E DA RAÇA NEGRA": MEMÓRIAS DA ESCRAVIDÃO E DA LIBERDADE NAS FESTAS DE CONGADA E MOÇAMBIQUE DE PIEDADE DO RIO GRANDE-MG (1873-2015)Título"A CONGADA É DO MUNDO E DA RAÇA NEGRA": MEMÓRIAS DA ESCRAVIDÃO E DA LIBERDADE NAS FESTAS DE CONGADA E MOÇAMBIQUE DE PIEDADE DO RIO GRANDE-MG (1873-2015)Autor
Lívia Nascimento MonteiroOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2016-04-29Nivel
DoutoradoPáginas
265Volumes
1Banca de DefesaGiovana Xavier da Conceição CôrtesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJonis FreireLarissa Moreira VianaMarina de Mello E SouzaMartha Campos AbreuSilvia Maria Jardim Brugger
ResumoO objetivo dessa tese é analisar as memórias da escravidão e da liberdade ritualizadas, cantadas e performatizadas nas festas de Congada e Moçambique de Piedade do Rio Grande - Minas Gerais, no tempo presente. Através das narrativas dos congadeiros-moçambiqueiros, agentes centrais dessa festa, consegui mapear as seguintes gerações: as gerações do cativeiro, as famílias escravas que viveram a desmontagem do sistema escravista; as gerações da liberdade, descendentes dessas famílias escravas que no pós-abolição fundaram a associação congadeira-moçambiqueira; as gerações da esperança, que institucionalizaram a festa dentro do calendário religioso e turístico da cidade; e as gerações empoderadas, que no tempo presente promovem as festas espetaculares e em diálogo entre as tradições e renovações. Passado e presente encontram-se nessas gerações através das festas. Foram as narrativas do passado que me guiaram para mais de cem anos de histórias e as memórias me levaram para um território que tem o Atlântico negro como ponto de referência fulcral, onde homens e mulheres negros/as – congadeiros-moçambiqueiros de Piedade – enfrentam o racismo e constroem suas vidas diaspóricas respaldadas pelas escolhas e estratégias nos caminhos da liberdade e igualdade.
-
2016-04 Oneida: A mobilização indígena no processo de Independência Estadunidense (1766-1777)TítuloOneida: A mobilização indígena no processo de Independência Estadunidense (1766-1777)Autor
Bruno César Leon Monteiro SantosOrientador(a)
Elisa Frühauf GarciaData de Defesa
2016-04-29Nivel
MestradoPáginas
140Volumes
1Banca de DefesaElisa Frühauf GarciaEunícia Barros Barcelos FernandesJoão Pacheco de Oliveira FilhoMaria Regina Celestino de Almeida
ResumoDentre os movimentos de emancipação dos países da América, a Independência dos Estados Unidos é um tema ainda pouco pesquisado nos meios acadêmicos brasileiros. Ainda mais restrito é o conhecimento acerca da participação heterogênea neste processo. No caso desta pesquisa o objeto de estudo é a nação indígena Oneida (uma das Seis Nações que compunham a Confederação Iroquesa) e o objetivo foi analisar as razões que levaram os índios oneidas a se aliarem à causa dos colonos rebeldes no processo de Independência Estadunidense. Para isso, os dados foram considerados através da História Indígena e da Etno-história, e as fontes utilizadas foram as correspondências trocadas entre os líderes do movimento rebelde e, principalmente, o diário produzido pelo missionário presbiteriano Samuel Kirkland, compreendendo-se desde a chegada do líder religioso em 1766 à Oneida até 1777 quando da participação dos nativos nas Batalhas de Oriskany e Saratoga. Portanto, a partir dos resultados alcançados, se chegou a conclusão de que o estopim para o engajamento da nação Oneida nas guerras de Independência Estadunidense se originou a partir do acirramento das rivalidades entre seus líderes tradicionais e chefes guerreiros, onde estes se anteciparam em auxiliar as Treze Colônias, desafiando a autoridade e a governabilidade dos primeiros antes mesmo deles decidirem politicamente sobre o futuro da nação frente a participação no processo.
-
2016-04 "Castigar sempre foi razão de estado"? Os debates e a política de punição às revoltas ocorridas no Brasil (1660 - 1732)Título"Castigar sempre foi razão de estado"? Os debates e a política de punição às revoltas ocorridas no Brasil (1660 - 1732)Autor
João Henrique Ferreira de CastroOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2016-04-29Nivel
DoutoradoPáginas
545Volumes
1Banca de DefesaCarlos Ziller CamenietzkiFrancisco Carlos Cardoso CosentinoJoão Luís Ribeiro FragosoLuciano Raposo de Almeida FigueiredoRoberto Guedes FerreiraRodrigo Nunes Bentes MonteiroSilvia Patuzzi
ResumoA presente tese objetiva compreender os contextos de negociação nas revoltas ocorridas na América portuguesa entre a Revolta da Cachaça de 1660 e a emissão do derradeiro parecer do conselheiro ultramarino Antônio Rodrigues da Costa, um dos mais influentes debatedores da política da Coroa para a gestão de suas conquistas em 1732. Destaque-se que este contexto foi marcado por constantes reflexões sobre a política da Coroa para conter as revoltas, especialmente após a consolidação do entendimento de que a recorrência de perdões concedidos pelos governadores incentivava os súditos ultramarinos a se rebelarem com inconveniente frequência, e a não temerem castigo por eventuais excessos. Esta mudança, porém, não era apenas uma resposta pragmática ao contexto de revoltas do Estado do Brasil. Antes disso, revelava aspectos importantes da cultura política portuguesa, como o fato de que ao longo do século XVII a tradição escolástica convivia com o avanço de um pensamento mais utilitário e que se difundia em territórios europeus desde a Renascença. Referência inicialmente rejeitada em Portugal, em razão de seus vínculos com a Coroa inimiga da Espanha, o utilitarismo foi aos poucos se imiscuindo no pensamento político português e cunhando a noção de "política cristã", em que as virtudes morais mais tradicionais, como a benevolência que justificava os perdões, passaram a ser pensadas também segundo sua utilidade e eficiência. Ao longo desse processo, enfraqueceu-se o constrangimento da defesa de castigos quando este parecia ser o mais conveniente, mas surgiram também vozes críticas ao aumento do rigor, situação que demonstrava o caráter dinâmico do debate sobre a melhor forma de conter as revoltas e como isto interagia com os contextos de negociação de cada levantamento, cujas especificidades passavam ainda por variáveis como a personalidade dos agentes históricos envolvidos e a gravidade de cada situação.