Dissertações e Teses
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2018-03 Ser Inglês, pertencer a um passado: Um estudo dos usos do passado e a construção da imagem de Henrique V - Inglaterra, século XV.TítuloSer Inglês, pertencer a um passado: Um estudo dos usos do passado e a construção da imagem de Henrique V - Inglaterra, século XV.Autor
Caio de Barros Martins CostaOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2018-03-27Nivel
MestradoPáginas
218Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasRaquel Alvitos PereiraRenata Rodrigues VerezaVânia Leite Fróes
ResumoEstudo dos usos do passado na construção simbólica do Reino de Inglaterra, observando a relação intrínseca entre a construção da identidade inglesa e o desenvolvimento do poder régio. Para tanto, analisamos a figura de Henrique V de Lancaster (1413-1422), e como o passado bíblico, hagiográfico e histórico foram utilizados na produção da imagem régia. Percebemos que o processo de evolução e transformação do pensamento político medieval, que envolve a centralização política, as lutas por legitimação e a produção simbólica do Reino, contribuem para a relação entre identidade, reino e poder régio. A produção cronística do século XV coloca a imagem dos reis como protagonistas das narrativas. O Rei torna-se um aglutinador e unificador das identidades do Reino, assim como das especificidades regionais e culturais. O passado torna-se um dos meios privilegiados para produção e consolidação de tal imagem sobre os Reis e o Reino. Utilizamos fontes que ligam a história do reino inglês ao passado bíblico, romano e da Cristandade, mas principalmente, a história dos reis ingleses e suas ações. Como fontes principais o The Regiment of Princes de Thomas Hoccleve, Chronicon Adae de Usk de Adam de Usk, The Chronica Maiora de Thomas Walsingham, The Book of Illustrious Henries e The Chronicles of England, ambas de John Capgrave
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2018-03 O Revival dos Anos 80: música, nostalgia e memóriaTítuloO Revival dos Anos 80: música, nostalgia e memóriaAutor
Christiano Rangel Dos SantosOrientador(a)
Giselle Martins VenancioData de Defesa
2018-03-27Nivel
DoutoradoPáginas
274Volumes
1Banca de DefesaEduardo VicenteGiselle Martins VenancioJanaína Martins CordeiroKarla Guilherme CarloniKaroline CarulaMicael Maiolino HerschmannNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoO objetivo desta tese é analisar o revival da música dos anos 1980 que eclodiu no Brasil, com ênfase em seu período de maior intensidade, entre 2002 e 2014, considerando os seus múltiplos aspectos: as festas anos 80, as músicas e os artistas celebrados, sua repercussão na mídia e como ele se manifestou em outros setores da indústria cultural. O foco é voltado para a memória trazida à tona pelo revival e sua relação com as representações sobre a música da década de 1980. Entre os principais pontos examinados ― alguns apenas pontualmente ― estão a indústria musical e a recepção de artistas e segmentos nessa época e as representações posteriores sobre a música dos anos 1980 na imprensa, na bibliografia e em outros meios de memória, com destaque para as que emergiram e se evidenciaram na onda revivalista. Esse revival é uma experiência nostálgica, de cunho mais celebrativo, que trouxe uma apropriação seletiva das músicas que fizeram sucesso no período, explicitando, ao mesmo tempo, facetas das paradas de sucesso daquele decênio que foram ignoradas ou abordadas de maneira incompleta ou com lacunas significativas pela imprensa e bibliografia da música popular. Por outro lado, canções que nunca foram relegadas ao esquecimento, que continuaram marcando presença em espaços de memória importantes, tiveram reafirmadas a força que possuem na memória afetiva de muitos brasileiros. Essa celebração oitentista gerou uma onda memorialística que contemplou, sobretudo, os segmentos do rock nacional, do pop internacional, da música romântica, da música dita "brega" e da música infantil, tudo de maneira seletiva, não da mesma forma e com significados diferentes.
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2018-03 Os Encontros de Jongueiros: Identidade e articulação do Jongo.TítuloOs Encontros de Jongueiros: Identidade e articulação do Jongo.Autor
Maria Luiza Dias OliveiraOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2018-03-26Nivel
MestradoPáginas
128Volumes
1Banca de DefesaCamilla AgostiniHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMartha Campos AbreuVerena Alberti
ResumoO presente trabalho tem como objetivo remontar a trajetória dos Encontros de Jongueiros, pensando-os como um espaço de reconhecimento e valorização de uma identidade jongueira, de articulação política e social das comunidades participantes. As comunidades jongueiras utilizam esse espaço de encontro e compartilhamento para o fortalecimento das demandas comunitárias e para debater questões globais que assolam seus cotidianos. Busca-mos também refletir sobre seu importante papel no processo de patrimonilização do jongo do Sudeste, demonstrando um modelo de organização e mobilização por parte dos detentores da manifestação cultural junto a seus diversos parceiros e se consolidando como um espaço de representatividade da memória contemporânea do jongo.
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2018-03 SENTIR, PENSAR E AGIR EM JOSÉ DE ALENCAR: IDEIAS JURÍDICAS E CULTURA POLÍTICA NO SEGUNDO REINADOTítuloSENTIR, PENSAR E AGIR EM JOSÉ DE ALENCAR: IDEIAS JURÍDICAS E CULTURA POLÍTICA NO SEGUNDO REINADOAutor
Adriano Ribeiro ParanhosOrientador(a)
Gizlene NederData de Defesa
2018-03-26Nivel
DoutoradoPáginas
215Volumes
1Banca de DefesaAna Paula Barcelos Ribeiro da SilvaCarlos Gabriel GuimarãesCláudia RodriguesGisálio Cerqueira FilhoGizlene NederHumberto Fernandes MachadoJefferson de Almeida Pinto
ResumoEsta tese tem como objetivo analisar os sentimentos jurídicos e políticos de José de Alencar. Diante da conjuntura do século XIX, com seus contexto histórico, político e ideológico, e o transbordamento de ideias do século anterior, elegemos para a investigação o pensamento dele acerca do direito natural, da codificação civil, da relação Estado – Igreja, reforma eleitoral de 1875, bem como as questões envolvendo o casamento em todos os seus aspectos.
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2018-03 Intelectualidade luso-brasileira: arte, imprensa e política na trajetória de José Augusto Correia VarellaTítuloIntelectualidade luso-brasileira: arte, imprensa e política na trajetória de José Augusto Correia VarellaAutor
Robertha Pedroso Triches RibeiroOrientador(a)
Angela Maria de Castro GomesData de Defesa
2018-03-26Nivel
DoutoradoPáginas
328Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesGiselle Martins VenancioIsmênia de Lima MartinsMarieta de Moraes FerreiraMartha Campos AbreuTânia Maria Tavares Bessone da Cruz FerreiraTania Regina de Luca
ResumoA tese analisa a trajetória de José Augusto Correia Varella, um imigrante português que chegou ao Brasil em 1913 e, no Rio de Janeiro, se envolveu com uma série de práticas e projetos político-culturais, com destaque para o teatro e a imprensa, acabando por se tornar também uma figura muito atuante dentro da colônia portuguesa. Ao longo dos quarenta anos vividos no país, esse imigrante construiu uma trajetória intelectual bastante interessante, atuando nas mais modernas mídias da época e não se limitando aos espaços portugueses, inserindo-se em redes que o conectavam diretamente aos brasileiros. Para tal, uma de suas estratégias cotidianas foi o reforço de sua identidade luso-brasileira; uma identidade ambígua, mas que produzia ênfases de acordo com o contexto e o campo em que estava imerso. Assim, ao mesmo tempo em que se destacou no teatro brasileiro como um grande comediógrafo, transformou-se em um importante intelectual mediador da colônia portuguesa do Rio de Janeiro, ajudando na propaganda do Estado Novo português e na difusão do ideário salazarista entre os imigrantes. Nesse sentido, o exercício historiográfico que realizamos nesta pesquisa aponta para o não enquadramento de Correia Varella nas imagens já consagradas pela historiografia do imigrante português no Rio de Janeiro, enfatizando que são justamente as suas especificidades que nos permitem enxergar para além das características mais evidentes da imigração portuguesa no Brasil. Sua trajetória mostra, portanto, que ser imigrante no Rio de Janeiro, nas primeiras décadas do século XX, comportava uma série de possibilidades que estão muito além dos estereótipos fixados.
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2018-03 Inquisição e mestiçagem cultural no Estado da Índia (1560- 1623)TítuloInquisição e mestiçagem cultural no Estado da Índia (1560- 1623)Autor
Luiza Tonon da SilvaOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2018-03-26Nivel
MestradoPáginas
185Volumes
1Banca de DefesaAndréa Carla DoréCélia Cristina da Silva TavaresPatrícia Souza de FariaRonaldo Vainfas
ResumoEm meados do século XVI, após algumas décadas de domínio português sobredeterminados territórios da Ásia e do leste da África, que formavam o Estado da Índia,uma política de conversão de suas populações nativas achava-se em fortalecimento, e sebuscava disciplinar, em matéria de fé e de sociedade, os habitantes dessas regiões. Em1560, já com a existência da Inquisição em Portugal, um Tribunal do Santo Ofício passaa existir em Goa, capital asiática do Império Português. Pesquisa-se, neste trabalho ofuncionamento e procedimentos desse tribunal, o único da Inquisição Portuguesainstalado em um espaço colonial, assim como suas persecuções e seus respectivos réus.Quantos, de que modo e quem seriam eles? De que maneira o Tribunal do Santo Ofícioperseguiu diferentes grupos e os sentenciou? Como trajetórias de mulheres e homensprocessados mostram aspectos da tentativa de cristianização do Estado da Índia, e doque era perseguido por ser ameaça a essas conversões? Para essas questões, forampesquisados variados documentos do período de origem do Santo Ofício na Ásia até asprimeiras décadas do século XVII, e se procurou interpretá-los através de elaboração degráficos e comparações, assim como de indícios encontrados das ações e iniciativas dosréus. Foram destacadas as similaridades particularidades da Inquisição de Goa emrelação aos demais tribunais portugueses, como sua alta incidência de processos sobrepráticas de origem hindu ou islâmica, dentre outras, para buscar melhor compreender ahistória desse singular Tribunal, de atuação que se fez diversificada e extensa.
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2018-03 "ERA ASSIM QUE ERA FEITA A POLÍTICA": A COMISSÃO DE URBANIZAÇÃO DE ARARUAMA/RJ E AS DISPUTAS POLÍTICAS MUNICIPAIS NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XXTítulo"ERA ASSIM QUE ERA FEITA A POLÍTICA": A COMISSÃO DE URBANIZAÇÃO DE ARARUAMA/RJ E AS DISPUTAS POLÍTICAS MUNICIPAIS NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XXAutor
Cássio Ricardo Hipólito da Silva CamposOrientador(a)
Janaína Martins CordeiroData de Defesa
2018-03-26Nivel
MestradoPáginas
139Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireJanaína Martins CordeiroKarla Guilherme CarloniLeandro Pereira GonçalvesLívia Gonçalves Magalhães
ResumoA presente pesquisa tem como objetivo analisar determinadas relações político-familiares que ocorreram no município de Araruama, no Estado do Rio de Janeiro, durante a primeira metade do século XX. Demos enfoque também aos desdobramentos políticos municipais que estiveram associados às atividades de um órgão criado durante o Estado Novo conhecido como Comissão de Urbanização de Araruama. Esta instituição prestou uma série de "serviços" neste município, provocando modificações na dinâmica administrativa e na vida política da cidade. Além disso, analisamos uma série de debates acerca da constitucionalidade desta Comissão, que articularam tanto a Câmara municipal quanto a assembleia legislativa fluminense durante o chamado Período Liberal Democrático.
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2018-03 Lúcia Murat: trajetos de vida pela ditadura civil-militar - sensibilidades cinematográficas e história pública (1989 - 2012)TítuloLúcia Murat: trajetos de vida pela ditadura civil-militar - sensibilidades cinematográficas e história pública (1989 - 2012)Autor
Ygor Pires MonteiroOrientador(a)
Juniele Rabêlo de AlmeidaData de Defesa
2018-03-26Nivel
MestradoPáginas
162Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAndréa Casa Nova MaiaCarlos Eduardo Pinto de PintoJuniele Rabêlo de AlmeidaRodrigo de Almeida Ferreira
ResumoEste trabalho busca compreender e problematizar os "trajetos cinematográficos" da diretora Lúcia Murat a partir de suas experiências representadas nas leituras construídas em torno da ditadura civil-militar (1964-1985) pelos filmes "Que Bom Te Ver Viva" (1989), "Quase Dois Irmãos" (2004), "Uma Longa Viagem" (2011) e "A Memória que me Contam" (2012). Estas produções cinematográficas, ao longo do tempo, foram marcadas por transformações na visão e na imagem da cineasta sobre o regime autoritário e sobre sua própria atuação de resistência; algo que demonstra como diferentes reconstruções do passado (usos do passado para construção de narrativas públicas sobre a História) foram realizadas em diferentes contextos históricos - com questões específicas produzidas por vivências experimentadas por Lúcia Murat. Esse processo foi analisado por meio do cruzamento de reflexões acerca de estudos de cinema, memória, história das emoções e trajetórias de vida, permitindo desvelar uma "comunidade de emoções" que abriga e compartilha dentro de si valores, anseios, projetos e leituras próprias daqueles que vivenciaram a repressão e outras dimensões do autoritarismo.
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2018-03 O menino mártir Simão de Trento, o antijudaismo e as dinâmicas da difusão de um culto em incunábulos no final do século XVTítuloO menino mártir Simão de Trento, o antijudaismo e as dinâmicas da difusão de um culto em incunábulos no final do século XVAutor
Vinicius de Freitas MoraisOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2018-03-26Nivel
MestradoPáginas
272Volumes
1Banca de DefesaBeatris Dos Santos GonçalvesEdmar Checon de FreitasMaria Beatriz de Mello E SouzaVânia Leite Fróes
ResumoEsta dissertação se orienta por dois objetivos: contextualizar a formação e a consolidação das legendas de crime ritual e libelo de sangue no Ocidente Medieval e demonstrar, a partir dos exemplos dos incunábulos Die geschicht und legend von dem seyligen kind und marterer genannt Symon e Geschichte des zu Trient ermordeten Christenkindes, como o caso de Trento (1475) foi difundido na década de 1470. O primeiro códice que foi analisado se encontra na coleção da Biblioteca do Congresso Americano e o segundo na Biblioteca Estatal da Baviera. Por uma comparação de análise textual e iconográfica de ambos os livros, buscou-se demonstrar como o culto de Simão de Trento poderia se manifestar e a sua narrativa hagiográfica poderia mudar, em alguns detalhes, de acordo com a região. No caso desse estudo, nota-se algumas diferenças entre os livros supracitados. A hipótese defendida é que os livros de Simão de Trento não buscavam apenas serem um meio de difusão do antijudaísmo, uma vez que a legenda de crime ritual já era bem difundida no século XV e sim buscavam se constituir como um meio de devoção para os fiéis do "pequeno mártir".
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2018-03 "Adiantam-se bastante nos subúrbios" O desenvolvimento do futebol na região suburbana do Rio de Janeiro (1907 – 1924)Título"Adiantam-se bastante nos subúrbios" O desenvolvimento do futebol na região suburbana do Rio de Janeiro (1907 – 1924)Autor
Glauco José Costa SouzaOrientador(a)
Lívia Gonçalves MagalhãesData de Defesa
2018-03-26Nivel
MestradoPáginas
113Volumes
1Banca de DefesaBernardo Borges Buarque de HollandaLívia Gonçalves MagalhãesMarcelo Bittencourt Ivair PintoPaulo Cruz Terra
ResumoO presente trabalho tem por objetivo discutir algumas possibilidades que podem explicar o desenvolvimento do futebol nas regiões suburbanas Rio de Janeiro no início do século XX. Para esta análise, este esporte será inserido dentro da cultura esportiva que se tornava cada vez mais forte na sociedade carioca desde o final do século XIX e que se faz presentes nos subúrbios cariocas, onde além de uma simples prática de lazer se torna instrumento pelo qual diversos grupos sociais manifestam a sua identidade. Clubes e competições criados nos arrabaldes da então Capital Federal são apresentados como forma de acompanhar este processo que, desde o seu início, é permeado por conflitos e embates que nos permitem ver os grupos suburbanos como sujeitos ativos de sua própria história.
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2018-03 A revolução das mochilas: contracultura e viagens no Brasil ditatorialTítuloA revolução das mochilas: contracultura e viagens no Brasil ditatorialAutor
Leon Frederico KaminskiOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2018-03-26Nivel
DoutoradoPáginas
273Volumes
1Banca de DefesaAlessandra CarvalhoAlessandra VannucciJuniele Rabêlo de AlmeidaMarcos Francisco Napolitano de EugenioMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz QuadratValéria Lima Guimarães
ResumoNo Brasil ditatorial, marcado pela repressão em diferentes âmbitos representada de forma recorrente através da metáfora do "sufoco", as viagens foram incorporadas por uma parte da juventude como uma forma de resistência, na esfera do cotidiano, ao sistema e ao regime militar. A estrada era vista e vivida como um espaço de liberdade. O presente estudo procura investigar o que chamamos de estilo de viagem contracultural, com seus elementos e características específicos, tal qual itinerários, discursos, rituais, métodos e formas de ver, diretamente relacionados ao imaginário da contracultura e às práticas de automarginalização, bem como o forte vínculo identitário decorrente deste processo. Procura-se demonstrar como o deslocamento territorial realizado por viajantes através do país, atuando como mediadores, proporcionou a circulação do imaginário da contracultura para além das capitais e a apropriação da mesma por setores da juventude que não faziam parte da classe média dos grandes centros urbanos. Esta tese dialoga com uma historiografia que procura compreender de forma mais ampla as complexas relações entre sociedade e a ditadura militar. Por um lado, discute-se a repressão à contracultura e o viajar como uma forma de resistência ao cotidiano sufocante do autoritarismo, por outro, demonstra-se as ambiguidades e contradições dessas práticas, como as feiras hippies, apropriadas pelas políticas de turismo fomentadas pelo regime, ou os viajantes contraculturais usufruindo de novas rodovias, fruto das políticas de integração nacional e do "Brasil Grande". Para tal, este estudo explora uma gama variada de fontes e investiga as viagens como prática cultural, de como era realizada e vivida a experiência naquele contexto histórico, nacional e internacional, assim como seu papel na circulação do imaginário e das expressões socioculturais da contracultura, revelando seu caráter subversivo e transformador, em uma perspectiva libertadora.
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2018-03 A Aliança para o Progresso no Brasil: influência estadunidense na educação e pequisa para o campo (1961-1970).TítuloA Aliança para o Progresso no Brasil: influência estadunidense na educação e pequisa para o campo (1961-1970).Autor
Melissa de Miranda NatividadeOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2018-03-23Nivel
DoutoradoPáginas
362Volumes
1Banca de DefesaDemian Bezerra de MeloDilma Andrade de PaulaMartina Spohr GonçalvesRenato Luís do Couto Neto E LemosRodrigo de Azevedo Cruz LamosaSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEsta tese se concentra na década de 1960, que foi denominada pelo então recém-eleito presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, como Decade of Development, e analisa o programa de assistência técnica e financeira aos países da América Latina denominado Aliança para o Progresso. Tal programa pautou a política externa estadunidense para a América Latina tendo como aparato ideológico a teoria da modernização, que buscava imprimir um caráter racional e científico ao programa. Este trabalho abordará uma série de acordos de cooperação técnica e financeira no bojo do programa que geraram variadas políticas públicas envolvendo educação e pesquisa para o campo. Por detrás do discurso de desenvolvimento apresentavam-se novas formas de atuação imperialista que visavam conformar as estruturas agrárias brasileiras ao capitalismo monopolista.
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2018-03 Doença, Loucura e Animalidade e Doença: o controverso imaginário imperialista de Jack LondonTítuloDoença, Loucura e Animalidade e Doença: o controverso imaginário imperialista de Jack LondonAutor
André Luiz de Souza OliveiraOrientador(a)
Thaddeus Gregory BlanchetteData de Defesa
2018-03-23Nivel
MestradoPáginas
222Volumes
1Banca de DefesaFlavio LimoncicRodrigo Farias de SousaTatiana Silva Poggi de FigueiredoThaddeus Gregory Blanchette
ResumoAo longo do século XIX, o Havaí foi palco de uma série de mudanças políticas e sociais ligadas a chegada dos primeiros exploradores europeus. O avanço ocidental sobre as ilhas minou a autonomia política dos havaianos, cujo desfecho foi a anexação do Havaí pelos EUA. Um dos visitantes mais ilustres e populares a viajar ao território recém-anexado foi Jack London, importante escritor naturalista americano que retrataria na ficção, de forma controversa, as consequências do domínio imperialista americano e europeu sobre o Havaí. Nossa pesquisa procura compreender como - em Koolau, o leproso, conto recheado de referências à lepra, loucura e animalidade – London consegue criticar e ao mesmo tempo reforçar os alicerces do imperialismo americano. Sob um viés interdisciplinar típico da História Cultural, analisamos a referida obra através de importantes conceitos como imperialismo, racismo e imaginário.
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2018-03 "E se acham nomeados para o governo interino deste Estado...": Governos provisórios da Bahia nos séculos XVII e XVIIITítulo"E se acham nomeados para o governo interino deste Estado...": Governos provisórios da Bahia nos séculos XVII e XVIIIAutor
Naira Maria Mota BezerraOrientador(a)
Renato Júnio FrancoData de Defesa
2018-03-23Nivel
MestradoPáginas
130Volumes
1Banca de DefesaGeorge Evergton Sales SouzaRenato Júnio FrancoRonald José RaminelliSilvia Patuzzi
ResumoEste trabalho tem por tema central os governos provisórios - ou interinos - da capitania da Bahia. Desde o período da criação do governo geral do Estado do Brasil em 1549 até o momento da independência, a Bahia teve 66 governos. Regra geral, cabia ao rei escolher e enviar aqueles que deveriam ser a maior autoridade política e administrativa em terras coloniais. Desse número, 51 assim foram nomeados e os outros 15 constituíram governos de caráterinterino. São analisadas questões acerca da formação dos governos interinos, a partir dos motivos que levaram o cargo a ficar vago; quem eram as pessoas que assumiam as funções governativas; como estava prevista a formação dentro do quadro legislativo do império português e qual o limite da jurisdição dos governos de caráter provisório. O objetivo é situar a existência de governos interinos dentro de um quadro político que por vezes o viu como estratégia e não meros substitutos emergenciais para circunstancias de vacâncias inesperadas. A partir dos termos de posse dos 15 governos provisórios da Bahia, presente sobretudo nos fundos do Arquivo histórico ultramarino e das correspondências trocadas entre esses governos e o rei, que constam nos diversos arquivos luso-brasileiro, buscou-se as características dessesgovernos, contribuindo para historiografia da administração e política da américa portuguesa.
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2018-03 O papel dos intelectuais e Think Tanks na propagação do liberalismo econômico na segunda metade do século XXTítuloO papel dos intelectuais e Think Tanks na propagação do liberalismo econômico na segunda metade do século XXAutor
Gabriel da Fonseca OnofreOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2018-03-23Nivel
DoutoradoPáginas
368Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Luis Moreli RochaAmérico Oscar Guichard FreireCecília da Silva AzevedoDaniel Aarão Reis FilhoFlavio LimoncicJanaína Martins Cordeiro
ResumoEsta tese analisa o movimento político e ideológico de propagação de think tanks liberais nos EUA e no Brasil na segunda metade do século XX e seu papel para a difusão de uma cultura política liberal nos dois países. Para isso, examinamos a relação entre think tanks norte-americanos – com destaque para o Liberty Fund e o Atlas Foundation – e os Institutos Liberais brasileiros, tendo como foco principal de observação as atividades, estratégias, intercâmbios, divergências e conflitos entre os grupos no interior de uma rede internacional mais ampla, a chamada Sociedade Mont Pelerin (SMP). Fundada na Suíça, em 1947, a SMP surgiu como um grupo de estudo entre intelectuais defensores das ideias do liberalismo econômico. A partir dos anos 1950, membros da Sociedade passaram a contribuir para a fundação de inúmeros think tanks, principalmente, nos EUA e na Europa, com o objetivo de intervirem no debate público. Na virada dos anos 1970 para a década de 1980, a rede internacional de think tanks da Mont Pelerin ampliou-se para a América Latina. No Brasil, em 1983, surgiu o Instituto Liberal (IL). Inserido neste movimento internacional, o IL tornou-se o principal think tank brasileiro de divulgação das ideias do liberalismo econômico no país nos anos 1980.
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2018-03 NARRATIVAS EM MOVIMENTO – DO "ESCOLA SEM PARTIDO" À "EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA": HISTÓRIA PÚBLICA E TRAJETÓRIAS DOCENTESTítuloNARRATIVAS EM MOVIMENTO – DO "ESCOLA SEM PARTIDO" À "EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA": HISTÓRIA PÚBLICA E TRAJETÓRIAS DOCENTESAutor
Renan Rubim CaldasOrientador(a)
Juniele Rabêlo de AlmeidaData de Defesa
2018-03-23Nivel
MestradoPáginas
339Volumes
1Banca de DefesaFernando de Araujo PennaJuniele Rabêlo de AlmeidaLucília de Almeida Neves DelgadoMarieta de Moraes FerreiraRodrigo de Almeida Ferreira
ResumoVivenciamos na história do tempo presente um intenso debate público em torno das condições da profissão docente, do papel do professor em sala de aula e da função da escola na construção da educação de uma sociedade. Esta pesquisa assume os desafios da investigação dos "sujeitos coletivos" envolvidos nos debates públicos em torno dessas questões. Temos como objetivo analisar as narrativas públicas, os valores e as ações dos sujeitos mobilizados na construção e consolidação do que entendemos por antimovimento social "Escola Sem Partido" (ESP) e por movimento social "Professores Contra o Escola Sem Partido" (PCESP): grupos que possuem diferentes orientações valorativas e distintos repertórios de ação coletiva nos espaços públicos e que colocam em jogo divergentes projetos de escola, de educação, de docência e de sociedade. Em meio a essas "narrativas em movimento" estão as narrativas dos professores de História do ensino básico sobre suas próprias experiências, trajetórias e práticas docentes, e que também se posicionam nesses debates públicos sobre "Escola sem Partido", tendo em vista que são questões que lhes afetam diretamente. Desse modo, também realizamos um trabalho de história oral com esses professores. Nosso objetivo foi observar como suas histórias de vida, memórias pessoais e coletivas, bem como os valores incorporados em suas formações familiares, escolares, políticas, intelectuais e profissionais fazem parte da sua maneira de ser professor em sala de aula.
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2018-03 "Sertanejas defloradas" e "Dom Juans" julgados: Relações sexoafetivas de mulheres pobres em processos de crimes contra os costumes em Jacobina – Bahia (1942-1959)Título"Sertanejas defloradas" e "Dom Juans" julgados: Relações sexoafetivas de mulheres pobres em processos de crimes contra os costumes em Jacobina – Bahia (1942-1959)Autor
Tania Mara Pereira VasconcelosOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2018-03-23Nivel
DoutoradoPáginas
329Volumes
1Banca de DefesaGiovana Xavier da Conceição CôrtesGiselle Martins VenancioJoana Maria PedroMaria Aparecida Prazeres SanchesMartha Campos AbreuRachel SoihetSyrléa Marques Pereira
ResumoEsta tese analisa concepções e práticas relativas a vivências sexoafetivas de mulheres pobres em Jacobina, na Bahia, no período de 1942 a 1959, focalizando a importância da virgindade feminina e as representações sociais de gênero em processos judiciais de crimes contra os costumes (sedução, rapto e estupro) daquela Comarca. Em um contexto no qual o município passava por grandes transformações econômicas, demográficas e socioculturais, devido à exploração aurífera, emergia um projeto de higienização e policiamento dos costumes da população pobre por parte do poder público, com o apoio da imprensa, que associava um ideal de modernidade ao de moralidade. No período estudado, a atuação do Dr. Virgílio Rodrigues de Mello, um juiz negro oriundo de Salvador, diferenciava-se dos demais devido ao caráter punitivo de suas sentenças nos crimes contra os costumes. Seu discurso em defesa das mulheres sertanejas, ressaltando sua pobreza e falta de instrução, colocava-se na contramão do pensamento predominante entre os operadores da justiça, por priorizar o delito em si e não a avaliação da conduta feminina na construção da verdade jurídica. Com base nos estudos de Gênero, ancorados em uma perspectiva histórica feminista, a análise atenta tanto para os discursos normativos quanto para as resistências femininas aos padrões de feminilidade, focalizando subjetividades, vivências cotidianas e condições sociais de existência das mulheres envolvidas nos processos, assim como, as formas de violência sofridas por elas. O estudo aborda também relações familiares, trabalho, violência e lazer, apontando os contrastes entre o padrão de feminilidade prescrito pelos discursos dominantes, que tinham como base o ideal da mulher burguesa, e as condições de vida e valores das mulheres pertencentes às camadas populares. Associando a análise dos dados quantitativos com a dos depoimentos presentes nos processos, discute as diferenças sociais entre as ofendidas e os acusados, problematizando hierarquias e discriminações baseadas em gênero, classe e raça, a partir de uma perspectiva interseccional. A análise atenta ainda para as sensibilidades, discutindo o ideal do amorromântico e procurando captar as tramas de paixões que envolviam expectativas, alegrias esofrimentos experimentados pelos casais, considerando as diferenças de gênero queperpassavam essas sentimentalidades.
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2018-03 Roupas velhas ou novas: as câmaras municipais no processo de construção do Estado Imperial Brasileiro (Mariana, 1828 - 1834)TítuloRoupas velhas ou novas: as câmaras municipais no processo de construção do Estado Imperial Brasileiro (Mariana, 1828 - 1834)Autor
Glauber Miranda FlorindoOrientador(a)
Luiz Fernando SaraivaData de Defesa
2018-03-23Nivel
DoutoradoPáginas
287Volumes
1Banca de DefesaÂngelo Alves CarraraCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroHumberto Fernandes MachadoIara Lis Franco SchiavinattoJorge Luiz Prata de SouzaLuiz Fernando Saraiva
ResumoO presente trabalho analisa as rupturas e as continuidades ocorridas no decorrer doprocesso de construção do Estado monárquico constitucional brasileiro, no que diz respeito às dimensões dos poderes locais entre 1828 e 1834. Tendo em vista a importância das câmaras municipais dentro do Império Colonial Português e seu protagonismo no Processo de Independência, analisamos as transformações que essas instituições – mais especificamente, a Câmara de Mariana –, sofreram a partir da promulgação da Lei de 1º de outubro de 1828. Levando em conta os debates ocorridos desde a Constituinte de 1823, em torno do redimensionamento dos poderes e de seus lugares dentro do arranjo institucional do Estado. Defendemos como hipótese que as câmaras municipais, como elemento tradicional, oriundo de um universo monárquico-dinástico – não-constitucional – tiveram uma sobrevida no decorrer do Primeiro Reinado, embora, tenham em diversas ocasiões, entrado em conflito com osconselhos gerais de províncias, disputando com essas instituições o status de representante local do poder do Estado e, no pós-Abdicação, com a promulgação do Ato Adicional, as câmaras tiveram suas forças políticas bastante diminuídas pela criação dos legislativos provinciais que chancelaram em definitivo, a esfera provincial como representante local do poder do Estado.
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2018-03 Justicia y criminalidad en la Alcaldía Mayor de Tegucigalpa: (1650-1700)TítuloJusticia y criminalidad en la Alcaldía Mayor de Tegucigalpa: (1650-1700)Autor
Pável Fabrizio Henriquez ZúnigaOrientador(a)
Marcelo da Rocha WanderleyData de Defesa
2018-03-23Nivel
MestradoPáginas
248Volumes
1Banca de DefesaElisa Frühauf GarciaIsabele de Matos Pereira de MelloMarcelo da Rocha WanderleyMaria Verónica Secreto Ferreras
ResumoA justiça e criminalidade e uma temática pouco estudada na historiografia hondurenha, tem alguns esforços isolados feitos de esta temática com casos que estudam temas de informação em geral. O recorte temporário de esta pesquisa são os últimos 50 anos do governo e administração dos Áustrias. De esta maneira este esforço nos ajuda a entender a evolução e comportamento das qualidades sócias, tendo em conta o desenvolvimento do direito como poder legislativo que normatizo as províncias americanas. Esta regulação deu poderes aos funcionários para poder fazer com o direito da aplicação da justiça, por enquanto tenha o dever de resolver os delitos e dar sentença por meio do arbítrio judicial para perseguir e punir o delito. Os juízes tenham o poder para ditar todo tipo de sentenças, só em casos específicos como a sentença da pena de morte que este juiz não tenha o poder para fazê-lo. Neste caso só a audiência do Guatemala tenha o poder para autorizar isso, e pelo qual os alcaides maiores trabalhavam baixo a tutela desta jurisdição da maior jerarquia jurídica, e esta mesma que foi que deu a vida organizativa da prefeitura Maior de Tegucigalpa.
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2018-03 A Lei da Anistia em questão: o Supremo Tribunal Federal e os usos da históriaTítuloA Lei da Anistia em questão: o Supremo Tribunal Federal e os usos da históriaAutor
Carolina Castelo Branco CooperOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2018-03-22Nivel
MestradoPáginas
103Volumes
1Banca de DefesaAngela Moreira Domingues da SilvaDaniel Aarão Reis FilhoGiselle Martins VenancioLívia Gonçalves MagalhãesLucia Grinberg
ResumoEste trabalho explora a relação entre história, direito e justiça a partir da Arguição deDescumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 153, onde o Supremo Tribunal Federal foi chamado a se pronunciar sobre a constitucionalidade da Lei da Anistia de 1979. Julgada em abril de 2010, a ADPF 153 reafirmou a interpretação da norma pela qual a anistia se estende aos agentes do regime militar acusados de tortura, homicídio e desaparecimento forçado, entre outros crimes. Com o objetivo de explorar as consequências epistemológicas dos processos de ‘justiça de transição’ para a história, essa pesquisa analisa de que forma os ministros recorrem ao argumento histórico e colocam em prática ferramentas de historicização. Assim, visa entender a utilização da história na construção do voto vencedor: como os juízes situam a anistia às vezes no passado, às vezes no presente, e com quais objetivos? De que forma estas dimensões temporais são empregadas para justificar a impossibilidade de reinterpretação dalei? Com isso, este estudo pretende contribuir para duas esferas da historiografia: trabalhos que exploram a historicidade do tempo e aqueles voltados para os desafios metodológicos da história do tempo presente.
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2018-03 Trabalhadores negros no processo de formação da classe trabalhadora no Rio de Janeiro (1888-1910)TítuloTrabalhadores negros no processo de formação da classe trabalhadora no Rio de Janeiro (1888-1910)Autor
Lívia Cintra BerduOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2018-03-21Nivel
MestradoPáginas
151Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoFernando Sergio Dumas Dos SantosMarcelo Badaró MattosRafael Maul de Carvalho Costa
ResumoO presente trabalho tem como objetivo refletir sobre o processo de formação da classe trabalhadora na cidade do Rio de Janeiro, mais especificamente acerca dos trabalhadores negros durante as últimas décadas do século XIX e início do século XX nesse contexto. Para tanto, abordaremos distintos aspectos relacionados ao trabalho, condições de vida, moradia, cultura, além de diferentes formas de organização e resistência política desses sujeitos, que compartilhavam tais espaços com trabalhadores livres, imigrantes europeus e outros personagens num cenário bastante heterogêneo. Nesse contexto, analisaremos em particular aqueles ligados ao serviço de carregamento, arrumação e armazenamento do café no porto carioca, e que tinham como uma de suas principais ferramentas de luta a Sociedade Resistência dos Trabalhadores em Trapiche e Café, fundada em 1905 na cidade.
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2018-03 A serviço de sua alteza imperial: Amanda Paranaguá Dória, dama da Princesa Isabel (1849-1931TítuloA serviço de sua alteza imperial: Amanda Paranaguá Dória, dama da Princesa Isabel (1849-1931Autor
Itan Cruz RamosOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2018-03-20Nivel
MestradoPáginas
206Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMariana de Aguiar Ferreira MuazeSamantha Viz Quadrat
ResumoA presente dissertação investiga a trajetória de vida de Maria Amanda Paranaguá Dória, amiga íntima, dama ao serviço da princesa Isabel e baronesa de Loreto. Nascida em Salvador, em 1849, "Amandinha", como era carinhosamente chamada, pertencia a uma família que experimentou uma ascensão social considerável a partir do processo de Independência do Brasil. Mudando-se para a Corte em 1854, a menina adentrou ao paço por meio das boas relações cultivadas pelo seu avô materno, Joaquim Vasconcellos, visconde de Montserrate. Um acidente quando criança, causado pela princesa Isabel, tirou a visão direita de "Amandinha", mas possibilitou maior aproximação entre ambas e suas famílias até o resto de suas vidas. Amanda casou-se com o bacharel e político baiano, Franklin Dória, ingressou na campanha abolicionista, no contexto da qual foi nomeada dama e pela qual foi agraciada com o baronato. Quando da proclamação da República, a então baronesa seguiu com os imperantes depostos ao exílio da Europa, de onde retornou em 1890, reestabelecendo-se no Rio de Janeiro, onde veio a falecer em 1931. Antes de morrer, a titular deixou copiosa documentação sobre o Império, confiada ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro sob o título de "coleção baronesa de Loreto", a qual utilizamos aqui para lançarmos luz sobre a sua trajetória.
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2018-03 A teoria de acumulação Socialista primitiva de Preobrazhensky como teoria de Transição ao Socialismo (1918-1927)TítuloA teoria de acumulação Socialista primitiva de Preobrazhensky como teoria de Transição ao Socialismo (1918-1927)Autor
Rebecca de Oliveira FreitasOrientador(a)
Tatiana Silva Poggi de FigueiredoData de Defesa
2018-03-20Nivel
MestradoPáginas
212Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherGuilherme Figueiredo Leite GonçalvesRaquel VarelaTatiana Silva Poggi de Figueiredo
ResumoA presente dissertação aborda a produção do economista e revolucionário russo Evgeny Preobrazhensky entre 1918 e 1927, mais especificamente sua teoria da Acumulação Socialista Primitiva. Sua produção está diretamente relacionada ao contexto pelo qual passava a revolução bolchevique durante o período, abrangendo o Comunismo de Guerra e a Nova Política Econômica (NEP). A URSS então teve sua produção completamente desmantelada e precisava reconstruir sua economia ao mesmo tempo em que se consideravam alternativas para fazê-lo com vistas à construção do socialismo. Preobrazhensky foi um ativo militante do Partido Bolchevique e participou diretamente da disputa por seus rumos ocorrida ao longo da década de 1920. O combate à burocratização do partido foi pauta importante tanto da Oposição de Esquerda (1923) quanto da Oposição Unificada (1926-7), ambas das quais ele foi proeminente participante. Assim, busca-se compreender sua obra não como uma produção meramente teórica, mas com vistas à prática e tendo como objetivo responder às desmandas da construção de um projeto de transição para a classe trabalhadora russa. Preobrazhensky compreendia que haviam duas leis antagônicas em curso na URSS: a lei do valor e a lei da acumulação socialista primitiva. A ação desta lei da acumulação socialista primitiva deveria ser de apropriar-se de parte do excedente da esfera privada para desenvolvimento do âmbito estatal, bem como a transformação das relações de produção, tanto dentro da indústria estatal, como no campo – sempre de forma voluntária e gradual, com centralidade para o desenvolvimento da consciência de classe em ambas as esferas. Defende-se que sua Teoria da Acumulação Socialista Primitiva deve ser compreendida enquanto uma teoria da transição ao socialismo, a qual se relaciona diretamente com o programa político e social da oposição de esquerda de democratização do partido, bem como com a estratégia da revolução mundial. Portanto, considera-se impossível igualar as propostas contidas em tal teoria ao programa aplicado por Stálin ao longo da década de 1930.
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2018-03 "Um retrato inteiriço e harmônico da nação": identidade do historiador e escrita da História do Brasil na obra de Pedro CalmonTítulo"Um retrato inteiriço e harmônico da nação": identidade do historiador e escrita da História do Brasil na obra de Pedro CalmonAutor
Nayara Galeno do ValeOrientador(a)
Giselle Martins VenancioData de Defesa
2018-03-19Nivel
DoutoradoPáginas
275Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesEliana Regina de Freitas DutraFrancine IegelskiGiselle Martins VenancioKaroline CarulaMarieta de Moraes FerreiraRebeca Gontijo Teixeira
ResumoEsta tese busca compreender a interpretação da história do Brasil veiculada em livros publicados por Pedro Calmon nas décadas de 1930 a 1950 e a construção de sua identidade como historiador a partir de sua escrita memorialística e de sua trajetória editorial. A proposta é analisar como se consolidou a área de estudos de história do Brasil nesse período partindo dos livros publicados por Pedro Calmon. Paralelamente, busca-se empreender uma reflexão sobre o ofício do historiador, sua produção e seu lugar social, a partir de algumas de suas obras publicadas pela coleção Brasiliana da Companhia Editora Nacional e pela José Olympio Editora. Busca ainda analisar os motivos pelos quais as interpretações de Pedro Calmon foram julgadas por seus pares como conservadoras e tradicionais em oposição a pretensos parâmetros que se afirmavam como modernos no que diz respeito à escrita da história do Brasil.
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2018-03 OS USOS POLÍTICOS DO PASSADO EM "BOA NOITE E BOA SORTE": a produção de memórias sobre o macarthismo através da apropriação de imagens de arquivoTítuloOS USOS POLÍTICOS DO PASSADO EM "BOA NOITE E BOA SORTE": a produção de memórias sobre o macarthismo através da apropriação de imagens de arquivoAutor
Alexandre Fagundes AbrantesOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2018-03-15Nivel
MestradoPáginas
202Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Busko ValimRodrigo de Almeida FerreiraSamantha Viz QuadratTatiana Silva Poggi de Figueiredo
ResumoEste trabalho tem como um de seus principais objetivos a realização de uma análise sobre os usos políticos do passado, especialmente do período da história dos Estados Unidos denominado de macarthismo, pela produção cinematográfica Boa Noite e Boa Sorte (Good Night, and Good Luck), filme dirigido por George Clooney e lançado em 2005. Partindo do pressuposto teórico de que a memória é uma construção constante, e de que o cinema é um dos principais instrumentos para os sucessivos rearranjos da memória coletiva, esta dissertação demonstra como o filme de Clooney reconstituiu uma determinada memória sobre o macarthismo, utilizando para isso um recurso que se torna cada vez mais comum em produções cinematográficas hollywoodianas: a apropriação de imagens de arquivo. Ao analisar a forma como foi feita essa apropriação, a partir de processos de montagem específicos, os objetivos dos produtores do filme ao utilizar tal procedimento, as consequências dessa apropriação, especialmente o chamado efeito de real e a bricolagem de memórias, e o impacto que esse filme causou na sociedade estadunidense que o recepcionou, constatou-se que o uso de imagens de arquivo ao longo da narrativa cinematográfica de Boa Noite e Boa Sorte foi fundamental para o sucesso dessa ressignificação da memória sobre o macarthismo. No entanto, o maior objetivo desta dissertação é demonstrar que as memórias construídas por Boa Noite e Boa Sorte atuaram não apenas em relação ao período histórico representado no filme, mas também e principalmente no contexto do presente em que essa obra cinematográfica foi produzida: a sociedade estadunidense da década de 2000,especialmente durante a chamada era Bush-Cheney. Comprovou-se que o passado histórico representado em Boa Noite e Boa Sorte pode ser lido como uma alegoria do seu contexto de produção. O filme adotou e elaborou em sua narrativa um discurso liberal ao representar as perseguições e os desrespeitos às liberdades e aos direitos civis de cidadãos estadunidenses que ocorreram durante o período do macarthismo como uma alegoria de semelhantes práticas geradas pelas políticas antiterroristas do governo Bush-Cheney. Demonstrando, dessa forma, a potencialidade de sentido que esse filme produziu no seu presente, Boa Noite e Boa Sorte exerceu um importante papel na promoção de um debate público sobre algumas das questões mais sensíveis para a sociedade estadunidense dos anos 2000, especialmente as questões relacionadas às políticas da era Bush-Cheney e sobre os deveres e responsabilidades da mídia nessa sociedade. Assim sendo, esta dissertação visa comprovar que ao avivar a memória do macarthismo, Boa Noite e Boa Sorte atuou politicamente no seu presente para demonstrar que esse mesmo macarthismo ainda não estava totalmente superado e erradicado na sociedade estadunidense em pleno século XXI.