Dissertações e Teses
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2018-03 OS USOS POLÍTICOS DO PASSADO EM "BOA NOITE E BOA SORTE": a produção de memórias sobre o macarthismo através da apropriação de imagens de arquivoTítuloOS USOS POLÍTICOS DO PASSADO EM "BOA NOITE E BOA SORTE": a produção de memórias sobre o macarthismo através da apropriação de imagens de arquivoAutor
Alexandre Fagundes AbrantesOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2018-03-15Nivel
MestradoPáginas
202Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Busko ValimRodrigo de Almeida FerreiraSamantha Viz QuadratTatiana Silva Poggi de Figueiredo
ResumoEste trabalho tem como um de seus principais objetivos a realização de uma análise sobre os usos políticos do passado, especialmente do período da história dos Estados Unidos denominado de macarthismo, pela produção cinematográfica Boa Noite e Boa Sorte (Good Night, and Good Luck), filme dirigido por George Clooney e lançado em 2005. Partindo do pressuposto teórico de que a memória é uma construção constante, e de que o cinema é um dos principais instrumentos para os sucessivos rearranjos da memória coletiva, esta dissertação demonstra como o filme de Clooney reconstituiu uma determinada memória sobre o macarthismo, utilizando para isso um recurso que se torna cada vez mais comum em produções cinematográficas hollywoodianas: a apropriação de imagens de arquivo. Ao analisar a forma como foi feita essa apropriação, a partir de processos de montagem específicos, os objetivos dos produtores do filme ao utilizar tal procedimento, as consequências dessa apropriação, especialmente o chamado efeito de real e a bricolagem de memórias, e o impacto que esse filme causou na sociedade estadunidense que o recepcionou, constatou-se que o uso de imagens de arquivo ao longo da narrativa cinematográfica de Boa Noite e Boa Sorte foi fundamental para o sucesso dessa ressignificação da memória sobre o macarthismo. No entanto, o maior objetivo desta dissertação é demonstrar que as memórias construídas por Boa Noite e Boa Sorte atuaram não apenas em relação ao período histórico representado no filme, mas também e principalmente no contexto do presente em que essa obra cinematográfica foi produzida: a sociedade estadunidense da década de 2000,especialmente durante a chamada era Bush-Cheney. Comprovou-se que o passado histórico representado em Boa Noite e Boa Sorte pode ser lido como uma alegoria do seu contexto de produção. O filme adotou e elaborou em sua narrativa um discurso liberal ao representar as perseguições e os desrespeitos às liberdades e aos direitos civis de cidadãos estadunidenses que ocorreram durante o período do macarthismo como uma alegoria de semelhantes práticas geradas pelas políticas antiterroristas do governo Bush-Cheney. Demonstrando, dessa forma, a potencialidade de sentido que esse filme produziu no seu presente, Boa Noite e Boa Sorte exerceu um importante papel na promoção de um debate público sobre algumas das questões mais sensíveis para a sociedade estadunidense dos anos 2000, especialmente as questões relacionadas às políticas da era Bush-Cheney e sobre os deveres e responsabilidades da mídia nessa sociedade. Assim sendo, esta dissertação visa comprovar que ao avivar a memória do macarthismo, Boa Noite e Boa Sorte atuou politicamente no seu presente para demonstrar que esse mesmo macarthismo ainda não estava totalmente superado e erradicado na sociedade estadunidense em pleno século XXI.
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2018-03 Postais para ver: cartofilia no Brasil na primeira metade do século XX na coleção Estella BustamanteTítuloPostais para ver: cartofilia no Brasil na primeira metade do século XX na coleção Estella BustamanteAutor
Clarissa Ramos GomesOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2018-03-15Nivel
MestradoPáginas
117Volumes
1Banca de DefesaKarla Guilherme CarloniMaria Teresa Villela Bandeira de MelloPaulo Knauss de MendonçaSolange Ferraz de Lima
ResumoEsta dissertação tem como proposta abordar o colecionismo e discutir a cartofilia no início do século XX no Brasil, mais acentuado no Rio de Janeiro. Para isso é realizado um estudo de caso da prática de colecionar na Coleção Estella Bustamante, integrante do acervo do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (APERJ). Seus itens são em grande parte de fabricação francesa e alemã, nos quais fotografias apresentam modelos em poses encenadas, característica da Era de Ouro dos postais. São examinadas a coleção e a materialidade de seus itens conduzindo a uma análise iconográfica dos cartões-postais. A pesquisa ainda se debruça sobre os postais observando a representação da mulher em suas imagens conciliada a um discurso de feminilidade construído nas primeiras décadas do século XX. Parte-se do pressuposto que as imagens não são apenas ilustrativas; elas são instrumentos para explorar o percurso do colecionismo no recorte definido e as representações das mulheres estampadas neles.
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2018-03 A guerra das castanheiras da Cione (Fortaleza - CE, 1968): Contra-hegemonia, consciência de classe e Memórias de LutaTítuloA guerra das castanheiras da Cione (Fortaleza - CE, 1968): Contra-hegemonia, consciência de classe e Memórias de LutaAutor
Marcelo Henrique Bezerra RamosOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2018-03-14Nivel
MestradoPáginas
279Volumes
1Banca de DefesaFabiane PopinigisMarcelo Badaró MattosSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEm finais de 1968 centenas de castanheiras (operárias da indústria da extração de óleo da castanha de caju) da Companhia Industrial de Óleos do Nordeste – CIONE (Fortaleza-CE) organizaram uma greve para reivindicar melhores salários e condições de trabalho desenvolvendo-se numa crítica à lógica da exploração sofrida pelas trabalhadoras e ao papel do patrão e do Estado na opressão de classe. Este é um período de ditadura empresarial militar no Brasil, marcado pelo aumento da coerção na sociedade, cerceamento das liberdades políticas, perseguição aos movimentos sociais e arrocho sobre os salários e a vida dos e das trabalhadoras, a fim de garantir melhores condições para a produção e reprodução do Capital no Brasil. Portanto, buscamos entender o processo de organização política e construção de consciência de classe entre estas trabalhadoras, identificando aparelhos privados de hegemonia para organização dessa ação política, que enfrentaram o projeto hegemônico e a coerção aplicada pelo Estado, contribuindo no movimento contra-hegemônico que marcou 1968 como o ano de maior resistência dos subalternos ao regime militar, tais como as greves dos metalúrgicos de Osasco-SP e Contagem-MG, e a greve dos trabalhadores rurais da zonada mata pernambucana. Nós, por escolha temática e metodológica a partir do que achamos mais importante a destacar no momento a partir do nosso trabalho com as fontes, nos esforçamos para dar um maior aprofundamento a um aspecto em si da greve, os processos de transformação da consciência de classe no processo de construção do movimento e da greve, relacionando as questões de raça e gênero com o processo de formação de classe. Qual era aconsciência que as operárias tinham da sua situação de trabalho? Como as operárias se conscientizaram da necessidade de se organizarem e empreenderem luta contra o patrão? Como o conflito de classes na CIONE, evidenciado sobretudo através da greve, contribuiu para a construção de uma consciência de classe entre os e as sujeitas envolvidas? Como age a greve sobre a consciência de classe? Quem eram os aparelhos de classe que agiram na greve? Qual papel desses aparelhos na construção de uma consciência política de classe? Esses aparelhos privados conseguiram efetivamente disputar a hegemonia em 1968?
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2018-03 Lugares de memórias do povo-de-santo: Patrimônio cultural entre museus e terreiros.TítuloLugares de memórias do povo-de-santo: Patrimônio cultural entre museus e terreiros.Autor
Elizabeth Castelano GamaOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2018-03-09Nivel
DoutoradoPáginas
277Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusMarcos Felipe de Brum LopesMilton Roberto Monteiro RibeiroMonica Lima E SouzaPaulo Knauss de MendonçaRicardo Oliveira de FreitasSidnei Barreto Nogueira
ResumoA tese tem como objetivo principal analisar as narrativas sobre o Candomblé a partir de acervos museológicos. Analisei as narrativas acerca da religião de matriz africana em dois diferentes tipos de coleções: as coleções que denominei de objetos da repressão e as coleções chamadas de objetos da devoção. As coleções derivadas de repressão foram resultantes de apreensões policiais de objetos sagrados dentro de terreiros pela polícia ao longo do século XX. Selecionei três coleções com essa singularidade: no Rio de Janeiro a Coleção da Magia Negra, em Maceió a Coleção Perseverança e em Recife a Coleção Culto Afro-brasileiro – Um testemunho do Xangô de Pernambuco. As coleções sobre os objetos da devoção fazem parte de memoriais localizados dentro de comunidades-terreiro. Integram o trabalho as coleções do memorial Kissimbiê e do museu Ohun Lailai, ambos em Salvador. O objetivo da análise comparada dos diferentes tipos de coleções e suas narrativas é a de compreender a relação que o povo-de-santo mantém com o seu passado e presente a partir da memória utilizando-se da cultura material que é o seu patrimônio religioso.
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2018-03
Rurouni Kenshin e cultura japonesa entre tradição e modernidade
TítuloRurouni Kenshin e cultura japonesa entre tradição e modernidade
Autor
Leonardo Rosa Molina de OliveiraOrientador(a)
Renata Torres SchittinoData de Defesa
2018-03-07Nivel
MestradoPáginas
139Volumes
1Banca de DefesaDaniel Wanderson FerreiraJanaína Martins CordeiroLarissa Moreira VianaRenata Torres Schittino
ResumoÀ luz das mudanças ocorridas no mundo pós-Segunda Guerra Mundial, pretende-se analisar neste trabalho o mangá japonês Rurouni Kenshin. Parte-se da concepção de mangá como gênero literário moderno, que se torna popular após 1945 no Japão, se desenvolvendo, sobretudo a partir do capitalismo nipônico, mas que reiventa a tradição japonesa como discurso e estética. Os elementos da tradição presentes no mangá devem ser entendidos a partir da lógica do comportamento da tradição japonesa inserida na modernidade nipônica, com o crescimento econômico daquele país a partir da década de 1960. Relacionando a crise do modelo japonês e o crescimento do descontamento interno nos anos 1980-1990, Rurouni Kenshin será pensado como uma crítica de Nobuhiro Watsuki ao modelo moderno de sociedade japonesa. A obra tem como principal fundamento usar o samurai como peça tradicional para resistência às mudanças da sociedade moderna.
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2018-03 O elefante negro: Eduardo de Oliveira e Oliveira, Raça e Pensamento Social no Brasil (São Paulo, década de 1970)TítuloO elefante negro: Eduardo de Oliveira e Oliveira, Raça e Pensamento Social no Brasil (São Paulo, década de 1970)Autor
Rafael Petry TrappOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2018-03-02Nivel
DoutoradoPáginas
281Volumes
1Banca de DefesaAmilcar Araujo PereiraFlavia Mateus RiosGiovana Xavier da Conceição CôrtesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMário Augusto Medeiros da SilvaMartha Campos AbreuMonica Grin Monteiro de Barros
ResumoO presente trabalho consiste em uma biografia intelectual do sociólogo negro Eduardo de Oliveira e Oliveira (1924-80). Procuramos relacionar sua trajetória de vida e pensamento aos processos históricos nos quais sua presença se fez sentir, a exemplo da dinâmica da Sociologia de Relações Raciais brasileira dos anos 1960-70, da formação do ativismo negro em São Paulo na década de 1970 e da circulação de ideias entre Brasil e Estados Unidos no mesmo período. Por meio de conceitos da obra tardia de Michel Foucault, queremos entender os modos pelos quais a questão da subjetividade negra se estabeleceu como um problema para o pensamento social no Brasil na segunda metade do século XX, problematização que Eduardo articulou com seus gestos sociológicos. Nossa tese é a de que sua proposta de uma Sociologia Negra ajudou a constituir os fundamentos intelectuais das lutas políticas afro-brasileiras nos anos 1970 através de um projeto epistemológico, composto, por um lado, de uma discussão acerca do lugar epistêmico do negro como sujeito do conhecimento, e, por outro, de um diálogo crítico com a Escola Sociológica Paulista, o Movimento Negro brasileiro e referenciais dos African American Studies dos Estados Unidos.
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2018-03 Testemunho e Memória Cultural no cinema de Rithy PanhTítuloTestemunho e Memória Cultural no cinema de Rithy PanhAutor
Tanara Stuermer LudwigOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2018-03-02Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaAna Carolina de Moura Delfim MacielAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusCarlos Eduardo Pinto de PintoSamantha Viz Quadrat
Resumo
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2017-10 Entre a tradição e a modernidade: permanências e transformações nos registros memoriais das Folias de Reis do Rio de Janeiro.TítuloEntre a tradição e a modernidade: permanências e transformações nos registros memoriais das Folias de Reis do Rio de Janeiro.Autor
Thais Amaral da Silva PereiraOrientador(a)
Larissa Moreira VianaData de Defesa
2017-10-30Nivel
MestradoPáginas
113Volumes
1Banca de DefesaCarolina Vianna DantasLarissa Moreira VianaMaria de Cáscia Nascimento FradeMartha Campos AbreuRenata Figueiredo Moraes
ResumoA dissertação apresenta questões relacionadas às noções de cultura popular,patrimônio e identidades sociais através da análise da escrita de folcloristas e dotrabalho de campo com o grupo da Folia de Reis Sagrada Família da Mangueira, no Riode Janeiro, no tempo presente. Buscamos perceber especialmente os indícios depermanências e transformações nas Folias de Reis, bem como a relação entre tradição emodernidade para os foliões no contexto estudado. Sob o ponto de vista metodológico,nossa prioridade foi inicialmente recuperar alguns relatos de Folias de Reis da segundametade do século XX, objetivando perceber como os folcloristas relataram essaspráticas. A análise de significados desta manifestação cultural e religiosa para os foliõesda Sagrada Família da Mangueira, na atualidade, permitiu enunciar uma reflexão sobreos temas da tradição e da modernidade, privilegiados ao longo da pesquisa. Aofinal, propomos um debate sobre as questões que envolvem o conceito de patrimôniocultural imaterial, assim como a intenção de patrimonializar as Folias de Reis do Rio deJaneiro no início do século XXI.
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2017-10 Jornalismo como missão: militância e imprensa nos subúrbios cariocas, 1900 - 1920TítuloJornalismo como missão: militância e imprensa nos subúrbios cariocas, 1900 - 1920Autor
Leandro Climaco Almeida de Melo MendonçaOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2017-10-03Nivel
DoutoradoPáginas
254Volumes
1Banca de DefesaHeloisa de Faria CruzJuniele Rabêlo de AlmeidaLaura Antunes MacielLeonardo Affonso de Miranda PereiraMarcelo de Souza MagalhãesMarialva Carlos BarbosaMarta Emisia Jacinto Barbosa
ResumoEssa tese investiga as experiências de um grupo de jornalistas com os títulos da chamada ‘imprensa suburbana’ e da ‘imprensa empresarial’ do Distrito Federal entre1900 e 1920. Ao longo desse período, caracterizado por intensas transformações urbanas e rurais na feição da então capital federal, os jornalistas mais destacados dessaimprensa mobilizaram a palavra em letra de forma como meio privilegiado para intervir enquanto sujeitos ativos naquela realidade. Ao elevarem os subúrbios cariocas ao postode atores políticos da cidade em mutação, esses periodistas alcançaram posições de prestígio nos bairros onde viviam, dialogando com alguns dos setores mais organizadosdaquela população (proprietários / comerciantes / operários) e seus projetos de intervenção na cidade. O processo resultou no convite, por parte dos donos dos jornaisdiários de maior vendagem do Rio de Janeiro, para que esses periodistas suburbanos redigissem as seções sobre os subúrbios, seções por aqueles criadas. Esse trabalho,portanto, buscou privilegiar a investigação sobre o jornalismo por eles praticado nas duas pontas desse circuito informativo, indagando sobre as estratégias editoriais por elesadotadas; as diferenças no interior desse campo; os usos que fizeram da imprensa; e os sentidos por eles atribuídos às suas práticas jornalísticas. Nessa caminhada, foi possívelreconstruir capítulos da história da cidade pouco explorados pela historiografia. Através da imprensa, esses intelectuais dos subúrbios articularam várias iniciativas em proldesse pedaço da urbe, como a criação de associações ‘pró-melhoramentos’, congressos, ligas e campanhas públicas. O resultado da investigação permite questionar a noção de"atrofia da política" no campo político carioca do período, tão propalada pela historiografia, ao incorporar novos atores políticos e seus projetos de cidade esociedade, razão pela qual se faz possível uma nova leitura sobre as ações desenvolvidas pelos poderes públicos responsáveis pelo governo da capital ao longo das duasprimeiras décadas do século XX.
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2017-09 Villa-Lobos, o educador: canto orfeônico e o estado novoTítuloVilla-Lobos, o educador: canto orfeônico e o estado novoAutor
Maria Das Graças Reis GonçalvesOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2017-09-29Nivel
DoutoradoPáginas
623Volumes
2Banca de DefesaAvelino Romero Simões PereiraGizlene NederGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesIsmênia de Lima MartinsJusamara Vieira SouzaOrlando de BarrosTânia Maria de Castro Carvalho Netto
ResumoEsta pesquisa tem como tema a proposta pedagógica de ensino musical, através das aulas de canto orfeônico, apresentada por Heitor Villa-Lobos nos anos trinta e implantada nas escolas primárias e secundárias, inicialmente do Distrito Federal e, depois para todo o país, durante o Estado Novo. Ao apontar suas articulações sociais, buscar-se-á esclarecer como e por que essa proposta pode mobilizar não só o Estado e políticos de diferentes tendências, como também, numerosos professores, alunos e um extenso público. Buscar-se-á também uma reflexão sobre a linguagem musical desenvolvida pelo maestro que, ao mesclar elementos da música erudita com a música popular, buscando uma musicalidade nacional, deixou transparecer suas posições políticas e revelou uma nova forma de retratar o Brasil. Villa-Lobos acreditava no caráter socializador da música e que a prática escolar desse ensino, no seu dia a dia, contribuiria para a construção de um ambiente de solidariedade e de consciência coletiva, importantes para a convivência em grupo. Ao reconhecer no "movimento renovador" de 1930 a chance de realização de um programa de educação musical popular, cujabase mais importante estaria no canto coletivo como meio de uma educação estética, social e artística, instrumento de promoção de novos hábitos de disciplina, de civismo entre crianças e jovens escolares, o canto orfeônico veio a ocupar um espaço importante dentro dessa proposta política, ao viabilizar uma pedagogia de mobilização, através da música, como um dos caminhos possíveis para se alcançar a harmonia social. Portanto, considerar a música enquanto um espaçode luta, resultado de um processo histórico significa, sobretudo, vê-la como um campo onde diversos discursos, aspirações, sentimentos e crenças se entrelaçaram. Nesta perspectiva, a música e a política se encontraram.
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2017-09 Sou Negro e Tenho Orgulho! Política, Identidades e Música Negra no Black Rio (1960-1980)TítuloSou Negro e Tenho Orgulho! Política, Identidades e Música Negra no Black Rio (1960-1980)Autor
Carlos Eduardo de Freitas LimaOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2017-09-18Nivel
MestradoPáginas
167Volumes
1Banca de DefesaJulia Galli O DonnelJuniele Rabêlo de AlmeidaLaura Antunes MacielOlga Brites
ResumoEsta pesquisa investiga o surgimento dos bailes de música negra americana nos subúrbios do Rio de Janeiro, no fim dos anos 1960, procurando identificar suas características, sua transformação ao longo das décadas de 1970 e 1980 para avaliar como eles assumiram traços de celebração do orgulho negro em plena ditadura civil-militar.O texto procura identificar momentos de tensão entre autoridades e participantes dos bailes, bem como refletir se, e para quem, a participação nestes eventos significou um ato de resistência ao racismo e à ditadura. A pesquisa buscou mapear os indivíduos e grupos que ainda hoje reivindicam o legado do Black Rio, analisando as iniciativas de construção e preservação de memórias sobre o movimento.
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2017-09 o Brasil tem asas: a construção de uma mentalidade aeronáutica no governo VargasTítuloo Brasil tem asas: a construção de uma mentalidade aeronáutica no governo VargasAutor
André Barbosa FragaOrientador(a)
Denise Rollemberg CruzData de Defesa
2017-09-12Nivel
DoutoradoPáginas
418Volumes
1Banca de DefesaAdriana Barreto de SouzaAngela Maria de Castro GomesDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Palomanes MartinhoGiselle Martins VenancioMaria Celina Soares D´araujoOrlando de Barros
ResumoEsta pesquisa objetiva analisar a aviação brasileira no primeiro governo Vargas (1930-1945), período marcado por consideráveis mudanças e inovações provenientes de iniciativas públicas e privadas no setor. O estudo procura demonstrar como o grupo político que chegou ao poder por meio da Revolução de 1930, e se fortificou com a implantação do Estado Novo, identificou no fortalecimento do setor aéreo, principalmente a partir de 1940, algo fundamental à própria legitimação do regime. Dessa forma, a reestruturação da aviação estimularia tanto o culto à imagem do presidente da República quanto o desenvolvimento de questões consideradas estruturais à administração varguista, sobretudo durante a ditadura, como a unidade nacional, a defesa nacional, a modernidade, o progresso e a civilização.A tese defende que o caminho mais seguro encontrado pelo governo para empreender alterações profundas no setor aéreo foi o de investir na elaboração de um projeto de Estado voltado à construção do que foi chamado na época de uma mentalidade aeronáutica. Ela consistia na tentativa de se generalizar a compreensão e o interesse da população pelo desenvolvimento da navegação aérea, despertando em cada brasileiro o interesse de colaborar com a causa. Para isso, a história ocupou um lugar central no discurso governamental, já que este passou a buscar no passado brasileiros considerados precursores da aviação mundial e que como tal serviriam para comprovar uma tradição vocacional do país ao voo. Devido a isso, o Estado Novo dispensou a Santos Dumont posição privilegiada e investiu em inúmeras políticas culturais buscando construí-lo como herói nacional.No trabalho, são expostas as estratégias utilizadas pelo governo para viabilizar a conscientização popular acerca de tudo o que dizia respeito à aviação. Sendo assim, ao longo da tese, por meio de um exaustivo, minucioso e diversificado levantamento de fontes e uso de arquivos, acompanha-se a trajetória de construção dessa mentalidade aeronáutica, cujo percurso pode ser dividido em duas fases. A primeira, de 1930 a 1939, foi marcada pelas medidas iniciais em benefício da área, empregadas nos governos provisório e constitucional deVargas, pelos Ministérios da Guerra, da Marinha e da Viação e Obras Públicas. Já a segunda, ocorrida de 1940 a 1945, sob a vigência da ditadura, foi marcada pela criação do Ministério da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira e pela unificação nas mãos de Salgado Filho do controle sobre todas as aviações existentes no país.
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2017-08 CONSELHO GERAL DE PROVÍNCIA: espaço de experiência política na Bahia 1828-1834TítuloCONSELHO GERAL DE PROVÍNCIA: espaço de experiência política na Bahia 1828-1834Autor
Nora de Cassia Gomes de OliveiraOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2017-08-31Nivel
DoutoradoPáginas
284Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Mansur BarataAvanete Pereira SouzaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesHumberto Fernandes MachadoLucia Maria Bastos Pereira Das NevesLúcia Maria Paschoal Guimarães
ResumoO presente estudo analisa a importância do Conselho Geral da Província (CGP) como lócus de aprendizado do exercício político da elite baiana, no processo de construção e organização do Estado recém-independente, durante o período de 1828 a 1834. Para isso buscamos identificar as vilas que estavam representadas no conselho, conhecer os seus membros e analisar as suas decisões. Nesse percurso, construímos a "cartografia" da Bahia e discutimos sua relação com a hegemonia da comarca da Bahia, representada pela maior parte dos 47 conselheiros que assumiram o mandato, quer como efetivos quer como suplentes. Entre eles estavam senhores de engenhos, médicos, professores, padres, advogados e funcionários públicos que constituíam parte da elite política provincial. No desempenho de suas atividades, esses conselheiros tomaram a seu cargo discutir e propor medidas sobre assuntos que interessavam a província como um todo. Na medida em que foi, cada vez mais, procurado, tanto por instituições como por cidadãos, a fim de que interpusesse soluções para vários pleitos, o CGP se deu conta dos limites que estavam colocados legalmente para sua atuação. Por isso, seus membros não se opuseram à proposta da reforma da Constituição, em 1834, que previa a substituição dos CGP pelas Assembleias Provinciais e a garantia às províncias da prerrogativa de decidir sobre o seu destino. Na construção desse trabalho, usamos uma farta e variada documentação composta por memórias de autoridades da época, assim como crônicas e relatos de viagens. Para a biografia coletiva dos conselheiros, recorremos à coleção "Dados Biográficos" da Biblioteca Nacional, as "Ordens Honoríficas e Registro das Mercês" do Arquivo Nacional, o "Livro dos Irmãos da Santa Casa de Misericórdia da Bahia", a "Relação dos Estudantes Brasileiros em Coimbra", o "Livro de matrícula dos Engenhos da Capitania da Bahia pelos Dízimos Reais" e Dicionários Biobibliográficos. Para a organização e funcionamento do CGP, consultamos Atas eleitorais, Legislações, Atas do Conselho de Governo, Atas do Conselho Geral de Província da Bahia, Correspondência entre autoridades e das Câmaras Municipais e alguns jornais.
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2017-08 O Berço do Herói(1963): Dias Gomes, arte engajada e censuraTítuloO Berço do Herói(1963): Dias Gomes, arte engajada e censuraAutor
Natasha Moreira Piedras FerreiraOrientador(a)
Karla Guilherme CarloniData de Defesa
2017-08-30Nivel
MestradoPáginas
170Volumes
1Banca de DefesaAndréa Casa Nova MaiaFábio KoifmanJanaína Martins CordeiroJorge Luiz FerreiraKarla Guilherme Carloni
ResumoAlfredo de Freitas Dias Gomes se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) na década de 1940, ainda no início de sua carreira como dramaturgo, e o conjunto de sua obra dramática esteve marcada por um viés crítico orientado pela militância partidária. Após o golpe civil-militar de 1964, sua peça teatral O Berço do Herói, apesar de previamente aprovada pelos censores do governo do Estado do Rio de Janeiro, foi censurada às vésperas da estreia no teatro Princesa Isabel no Rio de Janeiro. O episódio teve enorme repercussão no meio artístico e intelectual e suas nuances ainda não foram completamente exploradas pela historiografia. O texto de O Berço do Herói é uma crítica ácida à sociedade brasileira e aos valores ocidentais. O resgate de parte da trajetória política e intelectual de Dias Gomes, de sua obra e censura nos permitem compreender aspectos sobre a geração de artistas engajados de esquerda na qual ele esteve inserido, bem como os impactos do golpe e da repressão em suas atuações.
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2017-08 Viver na fé em Moçambique: As relações entre a Frelimo e as Confissões Religiosas (1962-1994).TítuloViver na fé em Moçambique: As relações entre a Frelimo e as Confissões Religiosas (1962-1994).Autor
Cristiane Nascimento da SilvaOrientador(a)
Marcelo Bittencourt Ivair PintoData de Defesa
2017-08-29Nivel
DoutoradoPáginas
283Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Vieira RibeiroAlexsander Lemos de Almeida GebaraJosé Luis de Oliveira CabaçoMarina Annie Martine Berthet RibeiroMauricio Barreto Alvarez ParadaPeter Henry FryRegiane Augusto de Mattos
ResumoEsta pesquisa tem como tema as relações entre a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e os diversos setores religiosos em Moçambique entre 1962 e 1982. Estas relações são analisadas em três momentos da história moçambicana: no de formação da FRELIMO e na luta de libertação (1962-1974); no pós-independência (a partir de 1975), quando Samora Machel assumiu a presidência do país e adotou o marxismo-leninismo como modelo de governo e sociedade. Neste período houve uma política de restrição às instituições religiosas. O terceiro e último momento é a mudança nesta postura, que ocorreu a partir da década de 1980, especialmente com o Encontro realizado entre as autoridades do governo e do partido FRELIMO com algumas confissões religiosas do país.
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2017-08 A África nas narrativas de Luis de Cadamosto e Diogo Gomes de Sintra - Relatos europeus sobre o continente durante o século XVTítuloA África nas narrativas de Luis de Cadamosto e Diogo Gomes de Sintra - Relatos europeus sobre o continente durante o século XVAutor
Joyce Richelle Barcellos FernandesOrientador(a)
Alexandre Vieira RibeiroData de Defesa
2017-08-08Nivel
MestradoPáginas
132Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Vieira RibeiroAlexsander Lemos de Almeida GebaraJuliana Beatriz Almeida de SouzaMarina Annie Martine Berthet RibeiroMonica Lima E Souza
ResumoEm meados do século XV, os portugueses conquistaram a cidade de Ceuta, no norte da África. Após tal conquista, iniciaram as viagens de desbravamento das terras e dos povos africanos, estabelecendo contatos e trocas comerciais. Nesse sentido, muitos foram os homens que acompanharam as viagens de expansão comandadas pelo infante D. Henrique, príncipe português. Muitos relatos de viajantes foram produzidos ao longo desse século, fornecendo importantes fontes históricas sobre a África, seus povos e a expansão portuguesa. Sendo assim, o presente estudo analisa duas dessas obras, a de Luis de Cadamosto e a de Diogo Gomes de Sintra, servindo como complemento para a historiografia sobre o tema.
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2017-07 Um Peregrino entre selvas e desertos: As viagens ao Brasil ignoto e a escrita do outro de Euclides Da CunhaTítuloUm Peregrino entre selvas e desertos: As viagens ao Brasil ignoto e a escrita do outro de Euclides Da CunhaAutor
Nathália Sanglard de Almeida NogueiraOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2017-07-20Nivel
DoutoradoPáginas
311Volumes
1Banca de DefesaCamilla AgostiniGiselle Martins VenancioHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKaori Kodama FlexorLeonardo Affonso de Miranda PereiraMargarida de Souza NevesVerena Alberti
ResumoEsta tese visa a historicizar a composição de Os sertões e dos ensaios que compõem a primeira parte de À margem da história, de modo a examinar o impacto que as experiências empíricas proporcionadas pelas travessias de Euclides da Cunha pela Bahia e pela Amazônia legaram para a elaboração das obras em comento. A fim de cumprir este objetivo, preliminarmente, será analisada a ambiência intelectual em que as viagens se apresentavam como modo de produção de conhecimento sobre o outro e como pressuposto mesmo da escrita. Em seguida, rastreia-se a construção da presença de Euclides em campo, avaliando como o exercício do olhar e do deslocamento conduzem a narrativa de Os sertões e dos ensaios de À margem da história. Uma vez perquiridos os sinais desse "ter estado lá", a tese passa a refletir sobre o olhar municiado do autor e a observação in loco da natureza, que repercutiram na apreensão euclidiana do meio. Traduzida como uma alteridade geográfica, a natureza produzia, por conseguinte, uma alteridade antropológica. Assim, estudam-se, ao final, as estratégias para conferir inteligibilidade ao outro sertanejo e amazônico. Nos sertões ignotos e nas solidões selvagens, as populações viveriam deslocadas no tempo, experimentando um eterno passado. Ao trilhar os cantos remotos do país, Euclides encontrara outra terra, outra gente, à margem da nação e da história.
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2017-06 Uma das principais dos domínios de Vossa Majestade: Poder e Administração na capitania de Pernambuco durante o reinado de D.João VTítuloUma das principais dos domínios de Vossa Majestade: Poder e Administração na capitania de Pernambuco durante o reinado de D.João VAutor
Breno Almeida Vaz LisboaOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2017-06-29Nivel
DoutoradoPáginas
390Volumes
1Banca de DefesaAntonio Filipe Pereira CaetanoCarlos Gabriel GuimarãesGeorge Felix Cabral de SouzaLuciano Raposo de Almeida FigueiredoNívia Pombo Cirne Dos SantosRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
ResumoO objetivo principal da pesquisa é realizar um estudo sobre poder e administração na capitania de Pernambuco durante o reinado de D. João V. Como uma das capitanias mais importantes da América portuguesa desde seus primórdios e uma das regiões mais proeminentes de todo o império português, Pernambuco suscitava um cuidado especial, especialmente na primeira metade do século XVIII. Pretende-se compreender a dinâmica dos poderes envolvidos com o governo e administração da capitania, relacionando a atuação dos oficiais régios com os poderes locais. É a partir do contexto particular do recorte temporal que escolhemos que procuramos dar conta da administração desta capitania neste período através da análise da atuação dos diversos protagonistas atuantes entre os poderes da capitania. Igualmente importante será mostrar algumas práticas administrativas encetadas pelos principais agentes de poder na capitania. Pretende-se observar as questões enfrentadas pelos governadores para dar conta do governo da terra em meio às pressões e negociações com as elites locais. Também consideramos importante entender a participação da Câmara de Olinda na administração de Pernambuco e as formas de intervenção da Coroa nas atividades administrativas dessa câmara e a diminuição da participação das elites locais na governança da capitania.
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2017-06 Eusébio de Queiroz e a Chefia de Polícia da Corte: um Laborátorio Saquarema (c.1830-1850)TítuloEusébio de Queiroz e a Chefia de Polícia da Corte: um Laborátorio Saquarema (c.1830-1850)Autor
Felipe Pessanha de AlmeidaOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2017-06-29Nivel
MestradoPáginas
195Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesLuiz Fernando SaraivaMaria Fernanda Vieira MartinsRicardo Henrique SallesWalter Luiz Carneiro de Mattos Pereira
ResumoEusébio de Queirós Coutinho Matoso da Câmara ficou conhecido na História como o Ministro daJustiça autor da Lei de proibição do tráfico negreiro em 1850, que levou o seu nome. Junto a Joaquim JoséRodrigues Torres, o Visconde de Itaboraí, e Paulino Soares de Souza, o Visconde do Uruguai, formou a"Trindade Saquarema", alcunha dada aos três homens fortes do Partido Conservador, que comandaram apolítica no país entre o final dos anos de 1830 e o início dos anos de 1850. Esta dissertação busca reconstituiros primeiros anos da carreira política deste personagem, quando ele assumiu o posto de Chefe de Polícia daCorte, cargo recém-criado pelo Código do Processo Criminal de 1832. Eusébio foi o primeiro Chefe de Polícia daCorte entre os anos de 1833 e 1844, com uma breve interrupção no ano de 1841, e a hipótese desta pesquisa éque sua atuação à frente da Polícia da Capital do Império não apenas o credenciou politicamente a ser um dosnomes mais fortes do Partido Conservador, mas como pode ter influenciado na própria reforma da organizaçãojurídico- policial do Império ocorrida em 1841, no período conhecido como o Regresso Conservador.
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2017-06 Tempo de reforma, tempo de repressão: a trajetória de Wilson Choeri na Universidade do Estado do Rio de Janeiro(UERJ)TítuloTempo de reforma, tempo de repressão: a trajetória de Wilson Choeri na Universidade do Estado do Rio de Janeiro(UERJ)Autor
Leonardo Faria CazesOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2017-06-29Nivel
MestradoPáginas
155Volumes
1Banca de DefesaAlessandra CarvalhoLívia Gonçalves MagalhãesMarcelo de Souza MagalhãesMarieta de Moraes FerreiraSamantha Viz Quadrat
ResumoA dissertação apresenta a trajetória do professor Wilson Choeri na Universidade doEstado do Rio de Janeiro (UERJ) entre as décadas de 1960 e 1970 e sua participação noprocesso de reforma pela qual passou a instituição, assim como seu relacionamento com oaparato repressivo da ditadura civil-militar brasileira instaurante após o golpe de 1964.Com este objetivo, foi analisada a rede de sociabilidade intelectual em que Choeri seinscreveu a partir do final da década de 1930 e que permitiu sua ascensão na burocraciauniversitária, onde ocupou, a partir de 1962, diversas posições de poder até chegar a vicereitorem 1976; os debates internos acerca da reorganização da instituição, o diálogo comas discussões nacionais e internacionais sobre o tema e a efetiva implantação da reforma;e os modos de atuação dos órgãos de informação na UERJ em relação ao próprio Choeri,aos professores da universidade e aos estudantes.
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2017-06 Memória e Representações da Segunda Guerra Mundial em Museus e Memoriais Alemães (1950-2014)TítuloMemória e Representações da Segunda Guerra Mundial em Museus e Memoriais Alemães (1950-2014)Autor
Rafael Haddad Cury PintoOrientador(a)
Bernardo KocherData de Defesa
2017-06-23Nivel
MestradoPáginas
151Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherBruno Leal Pastor de CarvalhoCezar Teixeira HonoratoMônica Leite Lessa
ResumoA dissertação analisa os processos de construção da memória alemã acerca da Segunda Guerra Mundial, através das trajetórias de museus e memoriais criados no país a partir da década de 1950. Levando em conta os cenários políticos, econômicos e sociais em que a Alemanha se inseriu após o final do conflito bélico, esse estudo permeia a trajetória das "duas Alemanhas" durante a Guerra Fria, o processo de reunificação do país, e a trajetória da República Federal da Alemanha até o ano de 2014. Os debates e análises sobre diferentes temáticas que tangenciam as rememorações, silêncios e esquecimentos dos alemães sobre o conflito bélico serão amplamente analisados, e contribuirão sobremaneira para analisarmos a existência de lugares de memória como, por exemplo, museus e memoriais, que abordam a Segunda Guerra Mundial dentro do país. Á partir da análise dos sites das instituições "Memorial aos Judeus Mortos na Europa" e "Memorial and Museum Sachsenhausen", que trabalham especificamente com temáticas referentes ao Holocausto, trataremos de dissecar os principais aspectos da trajetória de ambos os lugares de memória, correlacionando suas existências e atuações aos processos de construção da memória dos alemães sobre a Segunda Guerra Mundial, e a influência que tais locais possuem na construção da mentalidade alemã sobre sua participação no conflito bélico, e no Holocausto.
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2017-06 Negociantes , Mercadores e Caixeiros, portugueses no Ceará no século XIX: A formação da comunidade mercantil lusitana de Fortaleza e a provincialização do comércio cearense. 1810-1870TítuloNegociantes , Mercadores e Caixeiros, portugueses no Ceará no século XIX: A formação da comunidade mercantil lusitana de Fortaleza e a provincialização do comércio cearense. 1810-1870Autor
Gustavo Maciel SousaOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2017-06-21Nivel
MestradoPáginas
238Volumes
1Banca de DefesaGladys Sabina RibeiroIsabel Idelzuite Lustosa da CostaMaria Verónica Secreto FerrerasPaulo Cruz Terra
ResumoNo Ceará, a partir da passagem do século XVIII para o XIX, e, principalmente, no decorrer do período oitocentista, ocorreu a dinamização de sua economia como consequência da conquista de maior autonomia política. Este processo é denominado provincialização econômica. O objeto deste trabalho é a formação de uma comunidade mercantil por imigrantes lusitanos na cidade de Fortaleza. Este grupo agiu como promotor das transformações econômicas da província do Ceará no período em questão. O início do recorte temporal coincidiu com o nascimento da praça comercial de Fortaleza, bem como com a formação da comunidade mercantil lusa desta cidade. Na passagem para o século XIX, a Vila da Fortaleza tomou movimento comercial significativo. E, a partir desse momento, teve a presença de portugueses no comércio. O impacto dos portugueses na formação da praça comercial de Fortaleza foi observado a partir de três grupos de sujeitos: negociantes, comerciantes e caixeiros. Estas categorias profissionais correspondem aos três níveis da hierarquia daquilo que chamamos de comunidade mercantil lusitana de Fortaleza.
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2017-05 O Export-Import Bank of Washington e o desenvolvimento do capitalismo Brasileiro: finanças, industrialização, Estado e sociedade.TítuloO Export-Import Bank of Washington e o desenvolvimento do capitalismo Brasileiro: finanças, industrialização, Estado e sociedade.Autor
Thiago Reis Marques RibeiroOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2017-05-31Nivel
DoutoradoPáginas
397Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoDemian Bezerra de MeloFelipe Abranches DemierJoão Márcio Mendes PereiraPedro Henrique Pedreira CamposSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoO presente trabalho trata das relações econômicas, políticas e intelectuais entre Brasil eEstados Unidos tomando como caso o papel das primeiras operações do Export-Import Bankof Washington (Eximbank) com a economia capitalista brasileira. O objetivo é analisar ainfluência do Estado norte-americano no desenvolvimento do capitalismo no Brasil através daatuação do Eximbank (agência financeira governamental criada em 1934), destacando osobjetivos políticos aos quais essa agência e suas operações estiveram subordinadas assimcomo o programa de desenvolvimento e planejamento econômico sustentado pelos agentes doEstado norte-americano para o Brasil. Portanto, trata-se de identificar os principais eixos dainfluência norte-americana na formação de elementos do programa desenvolvimentista postoem prática pelo Estado brasileiro – influência esta que foi viabilizada em grande parte peloconjunto das operações do Eximbank junto das experiências de missões de cooperaçãoeconômica enviadas ao Brasil pelos Estados Unidos.Procuramos problematizar o desenvolvimentismo no Brasil e seu programa, assim como ainfluência norte-americana na sua formação, a partir do conceito de revolução passivaelaborado por Antonio Gramsci, especialmente para os casos de sociedades do século XX quepromoveram formas de planejamento econômico que conjugavam os objetivos de promover arecuperação e o crescimento econômico e também de conter forças e tendências sociais quecrescentemente tensionadas pudessem encaminhar soluções potencialmente revolucionáriaspara as contradições então enfrentadas pelas sociedades capitalistas. Ou seja, entender como odesenvolvimentismo e a influência norte-americana sobre o seu programa, viabilizada peloEximbank, atuaram para permitir aquilo que Florestan Fernandes chamou de "fuga prafrente", i. e., promover a modernização e o desenvolvimento do capitalismo no Brasil nosentido do estabelecimento do grande capital monopolista sem romper com os representantesdas antigas classes dominantes brasileiras.
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2017-05 A cidade e o professor integralista: Nova Friburgo, a Ação integralista Brasileira e a trajetória intelectual de Júlio Ferreira CabocloTítuloA cidade e o professor integralista: Nova Friburgo, a Ação integralista Brasileira e a trajetória intelectual de Júlio Ferreira CabocloAutor
Mauricio Antunes RaposoOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2017-05-30Nivel
MestradoPáginas
128Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireAndréa Casa Nova MaiaJorge Luiz FerreiraKarla Guilherme Carloni
ResumoO presente trabalho abarca suas investigações na história do Integralismo em Nova Friburgo, entre os anos de 1934 e 1937. O objetivo deste é averiguar a trajetória histórica da Ação Integralista Brasileira (AIB) no município de Nova Friburgo, através da existência do núcleo local, estudando a sua fundação e atividades de militância. O contexto social e urbano de Nova Friburgo é apresentado, considerando os espaços de sociabilidade ocupados pelos integralistas. Também, como ponto central desta dissertação a trajetória profissional, política e intelectual do professor Júlio Ferreira Caboclo, no qual a sua atuação no movimento integralista de Friburgo foi marcante por ter sido o único vereador da AIB na Câmara de Vereadores de Nova Friburgo. A sua produção intelectual foi significativa, sendo analisada, a luz da doutrina integral. Utilizo-me da nova história política que, nas últimas décadas, a história cultural tem se tornado um referencial na análise da história política principalmente na produção de teses e dissertações sobre o assunto. Assim, persigo a cultura política como forma de estudo do pensamento político que circula entre os grupos sociais envolvidos no processo histórico.
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2017-05 As muitas faces de Francisco: Memória e representações (c.1208-1266)TítuloAs muitas faces de Francisco: Memória e representações (c.1208-1266)Autor
Maurício Alves CarraraOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2017-05-30Nivel
DoutoradoPáginas
264Volumes
1Banca de DefesaBeatris Dos Santos GonçalvesEdmar Checon de FreitasLenora Pinto MendesMiriam Cabral CoserMoisés Romanazzi TôrresRaquel Alvitos PereiraVânia Leite Fróes
ResumoEsta tese aborda as diversas manifestações da memória de São Francisco de Assis (c.1182-1226) aproximadamente entre os anos de 1208-1266. Este recorte tem por base o nascimento da Ordem dos Frades Menores à institucionalização no tempo de Boaventura (1221-1274) como ministro geral. Para se estudar a representação da memória de São Francisco se partiu das fontes ditadas pelo santo, das externas à Ordem, dos escritos apologéticos e místicos de Boaventura e por fim, Legenda Maior do Doctor Seraphicus. A memória de Francisco foi construída em um triplo caminho neste estudo: a memória de si feita pelo santo, a memória santoral-institucional e suas variáveis hagiográficas. A fraternitas mesmo com o santo ainda vivo já provava da constante mudança. A Igreja atuou diretamente desde o início sobre o movimento franciscano. A influência eclesiástica se torna mais clara e incisiva após a morte do santo. Assim, o paralelo entre Francisco e Boaventura demonstra dois modos e dois tempos entre os menoritas e o exemplo da institucionalização da memória do Poverello.