Dissertações e Teses
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2013-03 "Empreendimento Missionário e Americanismo: o modelo educacional granberyense e o universo político cultural de Juiz de Fora (1889-1930)"Título"Empreendimento Missionário e Americanismo: o modelo educacional granberyense e o universo político cultural de Juiz de Fora (1889-1930)"Autor
Jackson Luiz de Oliveira PiresOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2013-03-11Nivel
MestradoPáginas
182Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoFernando Luiz Vale CastroLarissa Moreira VianaMaria Elisa Noronha de SáMirian Jorge Warde
ResumoEste trabalho analisa os encontros, assimilações, conflitos e tensões que envolveram ab história do Colégio Americano Granbery, em Juiz de Fora, entre 1889 e 1930, face ao empreendimento missionário metodista ao qual a instituição estava ligada. Nesse sentido, o objeto central do estudo é o modelo educacional construído por seus dirigentes missionários estadunidenses. Considerando a zona de contato cultural construída entre os missionários e o corpo de intelectuais liberais da elite da cidade, procuro entender, também, como foi compartilhada uma cultura política ancorada em uma imagem de progresso e modernidade dos Estados Unidos, voltada para a consecução do projeto educacional. Esse trabalho discute ainda os diferentes significados que a noção de americanismo assumiu nos debates políticos e identitários nos Estados Unidos e no Brasil, a partir do processo de extroversão norte- americana, na passagem do século XIX para o século XX, considerando o papel do missionarismo protestante nesse processo.
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2013-03 "Rex perpetuus Norvegiæ: A sacralidade régia na monarquia norueguesa e a santificação de Óláfr Haraldsson (c. 995-1030) à luz da literatura nórdica latina e vernacular (sécs. XI-XII)"Título"Rex perpetuus Norvegiæ: A sacralidade régia na monarquia norueguesa e a santificação de Óláfr Haraldsson (c. 995-1030) à luz da literatura nórdica latina e vernacular (sécs. XI-XII)"Autor
Renan Marques BirroOrientador(a)
Edmar Checon de FreitasData de Defesa
2013-03-07Nivel
MestradoPáginas
261Volumes
1Banca de DefesaÁlvaro Alfredo Bragança JuniorEdmar Checon de FreitasMário Jorge da Motta BastosRaquel Alvitos Pereira
ResumoA pesquisa de mestrado intitulada Rex perpetuus norvegiæ: a sacralidade dos reis noruegueses e a santificação de Óláfr Haraldsson (c. 995-1030) à luz da literatura nórdica latina e vernacular (sécs. XI-XII) é um inquérito sobre as diferentes tradições de sacralidade régia na Noruega durante a Era Viking e a Escandinávia Medieval, sobre a santificação do viking, rei, mártir e santo norueguês Óláfr Haraldsson, além da utilização de sua imagem como padroeiro do reino para consolidar a monarquia, a Igreja da Noruega e a recepção da biografia sagrada do santo norueguês por parte dos fieis. Óláfr Haraldsson (c.995-1030) viveu como viking durante alguns anos. Em 1015 ele retornou à Noruega para reclamar o trono após ser batizado em Rouen. A grande tarefa deste rei foi consolidar a conversão de seu povo ao cristianismo, tarefa que cumpriu à maneira de Carlos Magno: conversões forçadas e destruição de objetos e espaços de veneração pagãos. Ele foi banido do reino após a derrota na Batalha de Helgeå (1026). Após como proscrito, ele retornou em 1030, mas foi morto na Batalha de Stiklestaðir (1030). O rei morto transformou-se num objeto de veneração pouco após a sua morte, e um ano após a derradeira batalha, seu corpo foi transladado das cercanias de Nidaróss para o seio dessa cidade, que ficava na região onde este rei encontrava o maior número de seus detratores. Há indícios de peregrinações em massa para o seu santuário, e os inimigos do controle dinamarquês sobre a Noruega viram em Óláfr a possibilidade de se fortalecer, assim como a Igreja local, que tentava se unir a monarquia para ganhar forças e sobreviver num território recém-convertido à fé cristã. Seus sucessores empenharam- se em utilizar o rei-mártir para fortalecer seu poder político no reino. Entrementes, elementos da antiga sacralidade régia pagã foram reaproveitados, como o hamingja ("sorte"), além da incorporação da sacralidade régia cristã e do monarca defunto como padroeiro do reino e rei perpétuo da Noruega. O modelo inicial da biografia sagrada do santo seguia o padrão anglo-saxão de reis mártires, embora tenha sofrido influências da cultura local e respondido aos anseios da comunidade.
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2013-03 A gente da Felisberta. Consciência histórica, história e memória de uma família negra no litoral rio-grandense na pós-emancipação (c.1847-tempo presente)TítuloA gente da Felisberta. Consciência histórica, história e memória de uma família negra no litoral rio-grandense na pós-emancipação (c.1847-tempo presente)Autor
Rodrigo de Azevedo WeimerOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2013-03-01Nivel
DoutoradoPáginas
497Volumes
1Banca de DefesaÁlvaro Pereira do NascimentoEliane Cantarino O'dwyerHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJean Michel Louis HébrardMartha Campos AbreuPaulo Roberto Staudt MoreiraVerena Alberti
ResumoNo presente trabalho tenho como objetivo analisar como o passado escravista e o período subsequente à Abolição da escravidão vêm sendo lembrados ao longo do século XX na região do litoral norte do Rio Grande do Sul. Para tanto, analisou-se a trajetória de um casal de escravos e sua descendência desde meados do século XIX até a aurora do século XXI. Inscreve-se na perspectiva da "história da memória", não obstante a experiência vivida seja recuperada como forma de contextualizar os processos de rememoração. Temáticas como a relação entre a oralidade e a cultura escrita, as experiências de gênero e de racialização, a valorização da memória do cativeiro face a disputas políticas contemporâneas e as práticas de nominação foram costuradas através do conceito de "consciência histórica", por meio da qual procuro traduzir uma disposição investigativa – ainda que não "científica" ou "acadêmica" – do grupo estudado face a seu próprio passado.
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2013-02 Extensão Rural e interesses patronais no Brasil : uma análise da Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural - ABCAR (1948-1974)TítuloExtensão Rural e interesses patronais no Brasil : uma análise da Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural - ABCAR (1948-1974)Autor
Pedro Cassiano Farias de OliveiraOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2013-02-28Nivel
MestradoPáginas
163Volumes
1Banca de DefesaCarolina Torres Alves de Almeida RamosRegina Angela Landim BrunoSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoNesta dissertação será analisada a trajetória da extensão rural no Brasil, no período de 1948 a 1974. O projeto de extensionismo surgiu, no Brasil, devido a uma iniciativa privada bem-sucedida firmada em 1948 entre a Associação Internacional Americana (AIA) — controlada por Nelson Rockefeller — e o governo do Estado de Minas. Logo em 1956 o extensionismo virou uma política nacional, com a criação da Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural-ABCAR. Durante essa trajetória, a extensão rural foi projetada como o veículo de propagação de técnicas agrícolas e sanitárias aos pequenos produtores. Ressalta-se, no trabalho, a relação entre a ABCAR e as agremiações do patronato rural brasileiro, sobretudo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). Nos anos 70, no que se convencionou chamar de "modernização" da agricultura, os objetivos da ABCAR também foram redirecionados para atender à nova demanda das frações da classe dominante agroindustrial. Uma nova orientação para o extensionismo consolidou-se na extinção da ABCAR em 1974. Portanto, a extensão rural no Brasil contribuiu para intensificar a desigualdade no campo ao longo de sua existência.
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2013-02 Crise da Identidade: Uma análise dos argumentos de Dissent Magazine Sobre a Guerra do Afeganistão e a Guerra do Iraque( 2000 - 2006)TítuloCrise da Identidade: Uma análise dos argumentos de Dissent Magazine Sobre a Guerra do Afeganistão e a Guerra do Iraque( 2000 - 2006)Autor
Gabriel Romero Lyra TrigueiroOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2013-02-26Nivel
MestradoPáginas
191Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoErica Simone Almeida ResendeMaurício SantoroSabrina Evangelista Medeiros
ResumoEste trabalho aborda as reações às guerras do Afeganistão e Iraque de diversos intelectuais envolvidos com a revista norte-americana de esquerda Dissent Magazine. Afinados com aquilo que chamo de campo liberal-left, parte substantiva desses intelectuais não hesitou em prover apoio às medidas militares adotadas pelo governo de George W. Bush. As causas originárias desse apoio são examinadas na presente pesquisa, bem como os argumentos daqueles que, no mesmo periódico, membros da mesma cultura política em questão, se puseram a criticar as ações de política externa do governo Republicano – bem como, por conseguinte, seus colegas de revista. A natureza desses embates e as consequências intelectuais para a cultura política liberal-left são investigadas a seguir.
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2013-02 Os "Doutores da Lei": medicalização social e jurisdição civil (Brasil-Portugal - Século XIX)TítuloOs "Doutores da Lei": medicalização social e jurisdição civil (Brasil-Portugal - Século XIX)Autor
Henrique César Monteiro Barahona RamosOrientador(a)
Gizlene NederData de Defesa
2013-02-19Nivel
DoutoradoPáginas
317Volumes
1Banca de DefesaAdriana Pereira CamposCláudia Henschel de LimaGisálio Cerqueira FilhoGizlene NederHumberto Fernandes MachadoKeila GrinbergPedro Tórtima
ResumoA presente tese visa à investigação de como a jurisdição civil brasileira refletiu o modelo de medicalização social no século XIX, como resultado da apropriação, pelo direito, da metodologia e dos conceitos da medicina social. Um indício dessa hipótese é a ressignificação da palavra "remédio" ("remedium juris") para designar as ações ou os recursos judiciais, que até o século XVIII era um "meio" para se perseguir em juízo um direito violado, no caso das ações, ou a correção de um ato do juiz praticado no processo, no caso dos recursos. No entanto, ao longo do século XIX, o conceito de "remédio" sofreu o deslizamento semântico da medicina para o direito passando a significar, já no final do Oitocentos, um medicamento para a cura dos males das partes em juízo, ao mesmo tempo em que a jurisdição se constituiu, na generalidade dos casos, como uma terapêutica social nos moldes da medicina higienista.
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2013-02 Minas com Bahia: Mercados e negócios em um circuito mercantil setecentista.TítuloMinas com Bahia: Mercados e negócios em um circuito mercantil setecentista.Autor
Raphael Freitas SantosOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2013-02-05Nivel
DoutoradoPáginas
371Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Vieira RibeiroÂngelo Alves CarraraAntônio Carlos Jucá de SampaioCarla Maria Carvalho de AlmeidaCarlos Gabriel GuimarãesClaudia Maria Das Graças ChavesMaria Fernanda Baptista Bicalho
ResumoEsta tese procura analisar a dinâmica econômica e social de um circuito mercantil que nas primeiras décadas do século XVIII teve um papel fundamental na história da América portuguesa: o Caminho dos Sertões e dos Currais da Bahia. Através de dados, informações, registros e, sobretudo, da trajetória de indivíduos que atuaram nas rotas comerciais que ligavam Minas à Bahia buscamos descortinar, não apenas o fluxo mercantil, mas também as práticas e as estratégias adotadas pelos agentes durante a sua vivência dos mercados. Com isso tornou-se possível conhecer melhor nuances sobre a história de lugares entrecortados pelo circuito mercantil em foco, bem como alcançar interessantes conclusões com relação a aspectos da colonização portuguesa da América, e da dinâmica do comércio Atlântico, antes da emergência efetiva do Capitalismo.
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2013-01 "Para aprendermos a história sem nos fatigar": a tradição do antiquariado e a historiografia de Gilberto FerrezTítulo"Para aprendermos a história sem nos fatigar": a tradição do antiquariado e a historiografia de Gilberto FerrezAutor
Maria Isabel Ribeiro LenziOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2013-01-22Nivel
DoutoradoPáginas
267Volumes
1Banca de DefesaArno WehlingGiselle Martins VenancioGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLúcia Maria Paschoal GuimarãesMárcia Regina Romeiro ChuvaPaulo Knauss de MendonçaTemístocles Américo Correa Cezar
ResumoA tese tem como objeto de estudo a historiografia de Gilberto Ferrez e como fonte principal os documentos de seu arquivo pessoal existente no Arquivo Nacional, além de suas obras publicadas e pareceres para o SPHAN. O trabalho se insere no campo dos estudos da história da escrita da história e caracteriza como a obra de Gilberto Ferrez exemplifica o antiquariado enquanto forma de construção do conhecimento histórico. Discute também de que maneira esse modelo se mantém atual, contrariando a tendência a vê-lo apenas enquanto uma expressão da Época Moderna. Para definição do antiquariado, nos valemos de conceitos desenvolvidos por Arnaldo Momigliano. Considerando que Gilberto Ferrez também foi um colecionador notório, a pesquisa evidencia de que modo a prática de colecionar se constituiu como a base de sua formação de pesquisador em história, definindo o documento de época, sobretudo imagens, como objeto de estudo principal da História. Ao lado disso, a partir de Michel de Certeau, discute-se o lugar social da construção de sua historiografia, demarcando sua participação no IHGB e no Conselho Consultivo do SPHAN e sua rede de colaboração, descrevendo um ambiente de sociabilidade intelectual marcada por laços pessoais. Em seguida, a tese discute suas práticas de pesquisa, explorando os trabalhos publicados, os pareceres produzidos para o SPHAN e a correspondência mantida com seus pares. É apresentada ainda uma interpretação de sua leitura da história do Brasil como memória da civilização europeia, associada a estrangeiros que viveram no Brasil.
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2012-11 De Daniele a Chrysóstomo: Quando travestis, bonecas e homossexuais entram em cena.TítuloDe Daniele a Chrysóstomo: Quando travestis, bonecas e homossexuais entram em cena.Autor
Rita de Cassia Colaço RodriguesOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2012-11-27Nivel
DoutoradoPáginas
371Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusFábio Carvalho LeiteJoão Bosco Hora GóisMaria Celina Soares D´araujoMyrian Sepulveda Dos SantosRachel SoihetSergio Luis Carrara
ResumoEntendendo as lutas dos homossexuais como disputas de representação, nos marcos da história cultural, através dos aportes de Roger Chartier e da teoria das estruturas sociais de Pierre Bourdieu, analiso a entrada de travestis, bonecas, viados, gueis e lésbicas na cena política brasileira, reivindicando o direito à vida livre de discriminação. A investigação é desenvolvida através de dois movimentos, considerando como ponto zero o ano de 1978 e os eventos consagrados na literatura como fundantes do movimento homossexual brasileiro, isto é, a constituição do grupo Somos/SP e a edição do jornal Lampião da Esquina. Um, em direção ao passado, até o ponto mais remoto cujo registro foi possível conhecer, onde se verifique a vocalização da demanda por uma vida livre do preconceito e da discriminação. O outro, em direção ao futuro, trata da sua constituição e trajetória, privilegiando suas lutas nos espaços normativos, tendo como marco final a participação no processo constituinte. O objetivo é compreender como se deram tais vocalizações e disputas. Na medida em que essa trajetória é atravessada pela pandemia da aids, que por suas conseqüências termina por impor o privilegiamento do campo jurídico como espaço de reconhecimento, o objetivo adicional é verificar quais as representações da homossexualidade de que são portadores os diversos agentes do campo nesse período. O que termina por fazer surgir uma problemática adicional, que consiste em verificar a validade e o alcance da tríplice retórica que estrutura esse campo (universalidade, impessoalidade e neutralidade), explicitada por meio de princípios ou axiomas, como o da isonomia jurídica ("todos são iguais perante a lei"), da presunção da inocência ("todos são inocentes até prova em contrário", "in dúbio pro reo") etc. em relação a agentes tidos como desqualificados. Para cumprimento dessa problemática suplementar será examinado o processo criminal movido contra um dos editores do jornal Lampião da Esquina, em 1981, no Rio de Janeiro, em razão de sua representatividade.
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2012-11 O sonho de todo folião: um ano com dois carnavais (Rio de Janeiro - 1912)TítuloO sonho de todo folião: um ano com dois carnavais (Rio de Janeiro - 1912)Autor
Débora Paiva MonteiroOrientador(a)
Giselle Martins VenancioData de Defesa
2012-11-12Nivel
MestradoPáginas
107Volumes
1Banca de DefesaCarolina Vianna DantasGiselle Martins VenancioLarissa Moreira VianaLeila Bianchi AguiarMartha Campos Abreu
ResumoNo ano em que se comemora seu centenário, o presente trabalho pretende analisar as manifestações carnavalescas ocorridas no carnaval de 1912, no Rio de Janeiro. Em virtude do falecimento de José Maria da Silva Paranhos Júnior - o barão do Rio Branco, então ministro das Relações Exteriores - às vésperas dos festejos carnavalescos, surgiu um movimento que clamava pelo adiamento da festa, como forma de prestar homenagem ao recente morto. A polêmica foi acompanhada pela imprensa e invadiu as páginas dos jornais, o que justifica esta como a principal fonte de pesquisa utilizada para esta dissertação. O resultado foi a realização de duas festas naquele ano, uma na data prevista pelo calendário – em fevereiro – e a outra na data proposta para a transferência – em abril. Esta pesquisa, portanto, busca compreender os acontecimentos festivos daquele ano, numa tentativa de refletir sobre a importância do tempo da festa.
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2012-11 A política religiosa da monarquia inglesa sob Jaime I e a crítica de Francisco Suárez na "Defensio Fidei" (1613)TítuloA política religiosa da monarquia inglesa sob Jaime I e a crítica de Francisco Suárez na "Defensio Fidei" (1613)Autor
Flávio Lemos AlencarOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2012-11-05Nivel
MestradoPáginas
212Volumes
1Banca de DefesaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesMaria Fernanda Baptista BicalhoPaulo Emílio Vauthier Borges de MacedoSérgio Chahon
ResumoO objetivo da dissertação é estudar, por um lado, a relação entre teoria política e teologia na Inglaterra do rei Jaime I, atentando para a ligação entre os pressupostos religiosos protestantes e a afirmação da supremacia régia sobre a Igreja; por outro, pretende estudar a crítica a tais concepções e práticas levada a cabo por Francisco Suárez, jesuíta espanhol, que expõe, nos livros III e VI de sua obra Defensio fidei catholicae, uma teoria política acorde com a teologia católica e com a tradição política ibérica. O primeiro capítulo detém-se nas concepções políticas presentes nos principais reformadores que influenciaram o pensamento de Jaime I e o protestantismo inglês e escocês: Martinho Lutero, João Calvino e John Knox; bem como na fundação da Igreja anglicana, pelo rei Henrique VIII, e a evolução da doutrina anglicana durante seu reinado. O segundo capítulo aborda as vicissitudes da relação entre Elizabeth I e os católicos ingleses, em que a mãe de Jaime I, a rainha Maria I da Escócia, teve um papel de especial relevância. O terceiro capítulo, por fim, trata da ascensão do rei Jaime VI da Escócia ao trono inglês, sob o nome de Jaime I, e sua política religiosa, particularmente a imposição a todos os católicos de uma nova fórmula de juramento de fidelidade; e da crítica filosófica e teológica ao texto desse juramento, desenvolvida por Francisco Suárez.
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2012-10 Mulato, homossexual e macumbeiro: que rei é este? Trajetória de Joãozinho da Goméia (1914-1971)TítuloMulato, homossexual e macumbeiro: que rei é este? Trajetória de Joãozinho da Goméia (1914-1971)Autor
Elizabeth Castelano GamaOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2012-10-25Nivel
MestradoPáginas
213Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJoëlle Rachel RouchouMartha Campos AbreuVerena Alberti
ResumoPrivilegiando a narrativa biográfica como escrita da história, este trabalho propõe direcionar a lupa para João Alves de Torres Filho, o Babalorixá Joãozinho da Goméia, para analisar o desenvolvimento do Candomblé no Estado do Rio de Janeiro. A aproximação com o conhecimento sobre a vida, o costume, as estratégias, os conflitos enfrentados pelos adeptos da religião candomblé na cidade do Rio de Janeiro possibilitará compreender, a partir da análise social, de que forma os religiosos se inseriram e interagiram com a sociedade em um período de intensos debates sobre as relações raciais no Brasil, que possibilitaram novas representações sobre a religião principalmente através da imprensa.
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2012-10 "Não se faz omelete sem quebrar os ovos". Política pública e participação social no PAC Manguinhos - Rio de JaneiroTítulo"Não se faz omelete sem quebrar os ovos". Política pública e participação social no PAC Manguinhos - Rio de JaneiroAutor
Claudia Peçanha da TrindadeOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2012-10-19Nivel
DoutoradoPáginas
260Volumes
1Banca de DefesaLia de Mattos RochaMarcela Alejandra PronkoMarcelo Badaró MattosMárcia da Silva Pereira LeiteOrlando Alves Dos Santos JuniorSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEsta tese foi desenvolvida a partir do interesse em compreender o processo de implementação e execução do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, na região de Manguinhos, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. O "PAC Manguinhos", como se convencionou chamar, é analisado dentro de um quadro mais geral de políticas públicas direcionadas às favelas cariocas, levando-se em conta a multiplicidade de atores sociais e as conexões políticas por eles protagonizadas. Elaborado durante um período que se estende entre os anos de 2007 e 2012, o trabalho de campo no qual está ancorado o presente estudo se deu tanto nas diferentes favelas que compõem o "Complexo de Manguinhos", quanto a partir do acompanhamento de uma agenda pública de eventos relacionados ao PAC fora dos limites geográficos de Manguinhos. Aos históricos de urbanização e ocupação da região em questão, se somam os debates sobre sociedade civil e participação social, à luz dos estudos sobre a nova sociabilidade do capital e suas implicações nos processos contemporâneos de intervenção urbana.
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2012-09 Amizade, trago e alento - A Torcida Geral do Grêmio (2001 - 2011) da rebeldia à institucionalização: mudanças nas relações entre torcedores e clubes no campo esportivo brasileiro.TítuloAmizade, trago e alento - A Torcida Geral do Grêmio (2001 - 2011) da rebeldia à institucionalização: mudanças nas relações entre torcedores e clubes no campo esportivo brasileiro.Autor
Francisco Carvalho Dos Santos RodriguesOrientador(a)
Marcos Alvito Pereira de SouzaData de Defesa
2012-09-25Nivel
MestradoPáginas
142Volumes
1Banca de DefesaBernardo Borges Buarque de HollandaEdison Luis GastaldoMarcelo Badaró MattosMarcos Alvito Pereira de SouzaRosana da Câmara Teixeira
ResumoO presente trabalho pretende analisar as transformações ocorridas nasrelações entre os torcedores do Grêmio Foot-Ball Portoalegrense. Mais precisamente a partir de 2001, ano em que surgiu um movimento completamente novo para os padrões referentes aos espectadores em estádios de futebol no Brasil: a Torcida Geral do Grêmio. Apesar de se tratar de um movimento recente, o processo de surgimento e consolidação desta que é hoje a maior torcida do clube suscita de maneira exemplar todas as contradições que envolvem a introdução de relações capitalistas no campo esportivo, marcadamente a partir do começo dos anos 2000. Período que marca a entrada de grandes investidores, circulação de jogadores, transformação do esporte em um produto televisivo e dos torcedores em consumidores do futebol de espetáculo. O processo de formação da Torcida Geral do Grêmio tem em sua origem a marca da contestação às transformações que afetaram de maneira determinante as relações entre clubes e torcedores. Uma nova cultura que manifesta em um amplo sistema de representações simbólicas as transformações do sistema econômico e cultural na qual estão inseridas; marcadamente pela contestação às políticas de vigilância, elitização e controle, aos padrões das torcidas uniformizadas hegemônicas nos anos 1990 e à direção do clube. A cultura que hoje em dia é dita no meio futebolístico como inerente ao torcedor gremista teve uma origem e este estudo se propõe a analisar em que condições este processo se desenvolveu. Por se tratar de um movimento até então não institucional e de surgimento recente, aliadas a falta de uma estrutura hierárquica formal e uma sede, não havia fontes escritas sobre o tema. Pude contar então somente com a memória de seus frequentadores e fundadores, em registros orais através de entrevistas. Após um exaustivo levantamento etnográfico, que incluiu o convívio com torcedores em cinco estádios diferentes, duas viagens, arquibancadas e arredores do Estádio Olímpico, bares e bairros onde moram, pude fazer o registro e contar através de seus relatos uma versão para o surgimento da torcida, o processo no qual se consolidou e veio a se tornar, praticamente, uma instituição gremista.
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2012-09 A "Escravidão Livre" na corte: escravizados moralmente lutam contra a escravidão de fato (Rio de Janeiro no processo da abolição)TítuloA "Escravidão Livre" na corte: escravizados moralmente lutam contra a escravidão de fato (Rio de Janeiro no processo da abolição)Autor
Rafael Maul de Carvalho CostaOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2012-09-20Nivel
DoutoradoPáginas
263Volumes
1Banca de DefesaFlávio Dos Santos GomesLeonardo Affonso de Miranda PereiraMagali Gouveia EngelMarcelo Badaró MattosRômulo Costa MattosVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoDurante a segunda metade do século XIX, na Corte imperial brasileira, trabalhadores livres e escravizados partilhavam espaços e condições de vida e trabalho. Esse compartilhamento era marcado e tinha como consequência a produção de experiências comuns entre esses trabalhadores. Como elemento dessa experiência desenvolvia-se a percepção da exploração da força de trabalho como sendo uma forma de "escravidão livre", ou "escravidão moral". Aqueles que, não escravizados de fato, teriam suas condições de existência rebaixadas em função da permanência do regime de escravidão. Desta forma os trabalhadores "livres", em geral assalariados, de diversos ofícios agiram no sentido de transformação da realidade, formando e se incorporando nos debates centrais de seu período. Esta tese vem contribuir no debate sobre o processo de abolição da escravidão como elemento imprescindível para a formação da classe trabalhadora no Rio de Janeiro (e no Brasil). Parte-se, assim, da hipótese de que existia um movimento abolicionista composto por diversas frações da sociedade na cidade de Rio de Janeiro, um movimento composto por vários movimentos. Os diversos grupos sociais se articulavam, porém, apresentavam interesses e efetuavam ações muitas vezes contraditórias, evidenciando suas diferenças e marcando as relações estabelecidas por eles. Para além das ações parlamentares e do protagonismo dos próprios trabalhadores escravizados, os trabalhadores assalariados, organizados em suas associações, tiveram importante papel nas lutas pela liberdade. Neste movimento torna-se necessária também a busca pela compreensão dos elementos de dominação e de luta contra a dominação de classe, que entrelaçam-se e inundam as relações estabelecidas pelos diversos agentes sociais. Debate este que precisa ser entendido a partir de uma discussão conceitual em torno da luta de classes e dos direitos de cidadania, que tem, necessariamente, como referencial o momento em que escrevemos.
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2012-08 Japoneses, Multietnicidade e Conflito na Fronteira: Londrina, 1930/1958TítuloJaponeses, Multietnicidade e Conflito na Fronteira: Londrina, 1930/1958Autor
Cacilda MaesimaOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2012-08-31Nivel
DoutoradoPáginas
219Volumes
1Banca de DefesaAndréa Telo da CôrteElisa Massae Sasaki PinheiroGilmar ArrudaIsmênia de Lima MartinsMariléia Franco Marinho InoueRosane Aparecida BartholazziSatiê Mizubuti
ResumoAo investigar historicamente as relações interétnicas entre japoneses – imigrantes e descendentes, e os outros – brasileiros e outras etnias, este estudo objetiva verificar como este grupo, discriminado inicialmente no Brasil, inseriu-se na sociedade receptora e construiu uma memória da imigração japonesa, comemorada até os dias de hoje. A pesquisa contempla o período entre os anos de 1930 – data em que os japoneses adquiriram os primeiros lotes de terras em Londrina – e 1958 – ano da visita da família imperial japonesa à região norte do Paraná, em comemoração ao jubileu da imigração japonesa. Utilizando-se de fontes como autos criminais, periódicos, censos, leis municipais e publicações memorialísticas locais, buscou-se analisar, a partir dos aportes teórico-metodológicos da história cultural, a ocupação do território e as estratégias de mobilidade social, bem como de negociação de identidades entre etnias e culturas tão diferentes. Além disso, ao proporcionar o contexto histórico do desenvolvimento regional, procurou-se enfatizar seu caráter multiétnico, as especificidades de um território de fronteira e discutir a imagem da harmonia entre as raças, construída nos primórdios do povoamento da cidade. Finalmente, destacou-se a visibilidade que os japoneses e seus descendentes adquiriram na sociedade local, por meio de equipamentos sociais que criaram, assim como as atividades econômicas e políticas que desenvolveram na década de 1950, quando na região as estruturas de poder já se apresentavam consolidadas.
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2012-08 Nas trilhas de sambistas e "povo do santo": memórias, cultura e territórios negros na cidade do Rio de Janeiro (1905-1950).TítuloNas trilhas de sambistas e "povo do santo": memórias, cultura e territórios negros na cidade do Rio de Janeiro (1905-1950).Autor
Leandro Manhães SilveiraOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2012-08-31Nivel
MestradoPáginas
184Volumes
1Banca de DefesaLaura Antunes MacielLeonardo Affonso de Miranda PereiraMagali Gouveia EngelMartha Campos Abreu
ResumoEsta pesquisa busca mapear experiências de homens e mulheres, em sua maioria negros, empenhados na criação e manutenção de terreiros, sambas e batuques na cidade do Rio de Janeiro entre 1905 e 1950. Problematizando a imagem e a memória da "Pequena África" como "único território negro" na cidade, segregado e fechado em si mesmo, procuro neste trabalho reconhecer e dar visibilidade histórica a outras redes de sociabilidade e territórios constituídos por eles. Recorrendo a depoimentos orais e outros conjuntos documentais, produzidos por instituições e pesquisadores diversos e em diferentes conjunturas, acompanhei trajetórias de pessoas e grupos organizados em torno do samba e da religiosidade afro-brasileira - particularmente do candomblé e do omolocô -, para identificar e reconhecer formas de organização e sobrevivência social e cultural desta população na cidade do Rio de Janeiro. Através das memórias de sambistas e pessoas de santo, formados dentro de tradições culturais diversas, procurei recuperar algumas praticas sócio religiosas (re)criadas e preservadas analisando o que e como cada um rememorou estas experiências, para compreender como elas ganham novos contornos e significados ao longo dos anos. A pesquisa evidenciou ao longo desse período histórico, diversas matrizes e experiências culturais negras em franco processo de (re)organização e (re)enraizamento nos subúrbios e, também, em outros municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro. Esse movimento de expansão geográfica e cultural se deu de forma simultânea a partir de laços de solidariedade e de pertencimento constituídos por sambistas e membros de terreiros de diferentes filiações e matrizes étnicas e grupais em meio a trocas, tensões e reinvenções de práticas sócio culturais. A partir da análise das marcas e especificidades de cada nação religiosa, as escolhas e negociações definidas pelos grupos, busquei entender as diferentes estratégias de expansão e articulações das experiências partilhadas e as variadas formas de organização dos modos de viver, trabalhar, cultuar e fazer samba.
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2012-08 Bahia e Angola: redes comerciais e o tráfico de escravos (1750-1808)TítuloBahia e Angola: redes comerciais e o tráfico de escravos (1750-1808)Autor
Cristiana Ferreira Lyrio XimenesOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2012-08-29Nivel
DoutoradoPáginas
269Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesIsmênia de Lima MartinsMaria José Rapassi MascarenhasMariza de Carvalho SoaresMonica Lima E SouzaNielson Rosa BezerraRegina Maria Martins Pereira Wanderley
ResumoAo pesquisar a dinâmica do comercio transatlântico, notadamente o de escravos originários da região da África centro-ocidental (Luanda e Benguela), para a Cidade da Bahia, este estudo objetiva analisar as redes comerciais tecidas entre os agentes do comercio e do trafico de escravos nessas praças mercantis ampliando o olhar para as relações sócio-econômicas e de poder forjadas entre esses agentes estabelecidos nos dois lados do atlântico, além de perceber a presença do contingente de africanos centro-ocidentais traficado para a Bahia. A pesquisa contempla o período entre os anos de 1750, início do período pombalino e 1808, ano da abertura dos portos colônias ao comercio internacional, tendo como perspectiva de observação e abordagem as conjunturas de mudanças significativas, especialmente as do governo de Pombal, da transferência da capital da colônia para o Rio de Janeiro e da abertura do comércio brasileiro. Utilizando-se de fontes como os dados disponibilizados do Slave Trade Database e o seu cruzamento com outras fontes, tais como: memórias de cronistas e viajantes, inventários post mortem, livros de notas (procurações e escrituras), correspondências particulares, trocadas entre os comerciantes, e da administração colonial (representações, alvarás, provisões, cartas régias), processos cíveis (ações de libelo) e livros de termos de irmãos e de bangüês buscou-se analisar, esses números, tendo como premissa a interface entre comércio e dinâmica sociocultural e a importância dos grupos mercantis locais envolvidos nos dois lados do Atlântico. Além disso, procurou-se, reconstituir as atividades mercantis da praça da Bahia e a atuação de alguns homens de negócios para compreender não apenas a atividade mercantil como, também, a influência daqueles homens sobre quase todas as esferas da vida social baiana
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2012-08 EXPERIÊNCIAS CRUZADAS - a participação popular no Plano Cruzado em perspectiva históricaTítuloEXPERIÊNCIAS CRUZADAS - a participação popular no Plano Cruzado em perspectiva históricaAutor
Charleston José de Sousa AssisOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2012-08-28Nivel
DoutoradoPáginas
533Volumes
1Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsLaura Antunes MacielMarly Silva da MottaNorberto Osvaldo FerrerasOlga BritesPaulo Roberto Ribeiro FontesSamantha Viz Quadrat
ResumoEm 28 de fevereiro de 1986, o presidente Sarney, em cadeia nacional, anuncia o Plano Cruzado, que recebe imediata e surpreendente adesão popular. Após o fracasso do plano – e do governo – cristalizou-se na memória social que a entusiástica participação popular resultara da manipulação exercida pelos meios de comunicação, que conduziram a uma adesão cega, irrefletida e apolítica do povo ignorante. Entendendo que a participação popular no plano ocorreu porque o mesmo pareceu ser o ponto inicial de transformações sociais exigidas pela população havia décadas, bem como porque havia laços identitários previamente formados bem antes do anúncio do plano, notadamente durante a luta contra a ditadura militar, e partindo de reflexões propostas por autores como E. P. Thompson, S. Hall e B. Anderson, esta pesquisa, pretendeu refletir sobre a participação popular ao referido plano econômico estritamente em uma perspectiva histórica, isto é, que levasse em conta a dimensão processual desta participação, dando voz a sujeitos sociais que não os formuladores do plano, e seus associados. A identidade comum exibida durante as ações de fixação de preços do Cruzado resultara das experiências sociais excludentes - materiais e/ou simbólicas - que atingiram a praticamente todos os segmentos sociais durante a ditadura, combinadas a experiências com sentimentos nacionalistas que identificavam como "estrangeiros" todos os agentes políticos e econômicos que estavam no campo oposto ao da criação de um regime democrático igualitário e socialmente justo. Como atestam registros impressos (periódicos), audiovisuais, musicais, e, sobretudo, cartas enviadas pela população à Assembleia Nacional Constituinte em 1986/7, o Cruzado adquiriu contornos morais que estavam muito além da luta contra a inflação. Nos inúmeros conflitos ocorridos, o historiador pode apreender muitos elementos da cultura política dos trabalhadores e integrantes de outros segmentos, que, naquele processo histórico, tiveram suas diferenças inibidas a ponto de assumirem um protagonismo que chegou a assustar autoridades e empresários. Foi possível, portanto, evidenciar que a adesão não fora acrítica, mas eminentemente condicional, como atestam o sem-número de greves, protestos, quebra-quebras contra o governo Sarney após ficar evidente o caráter transitório do Cruzado, os quais desmentem certa interpretação e memória de que seu sucesso fora construído apenas em função de mecanismos de controle social operados pelos meios de comunicação.
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2012-08 Névoas contra o sol. Revolta & viés na historiografia de D. Francisco Manuel de Melo - com uma leitura analítica das "Alterações de Évora" (1649)TítuloNévoas contra o sol. Revolta & viés na historiografia de D. Francisco Manuel de Melo - com uma leitura analítica das "Alterações de Évora" (1649)Autor
Jaques Mario BrandOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2012-08-27Nivel
DoutoradoPáginas
321Volumes
321Banca de DefesaEstevão Chaves de Rezende MartinsIsmênia de Lima MartinsJacqueline HermannLúcia Maria Paschoal GuimarãesLuiz Carlos SoaresRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonaldo Vainfas
ResumoA Fortuna pregou uma peça no grande escritor seiscentista Francisco Manuel de Melo, ao repartir sua vida em duas metades, separadas pela notícia da Restauração portuguesa, que lhe chegou por um correio urgente de Madri quando andava guerreando na Catalunha, em dezembro de 1640. Meses mais tarde, ao desembarcar em Lisboa à frente de uma frota que trazia mercenários, armas e alimentos da Holanda, para ajudar na defesa do novo regime português, ele daria um passo decisivo para completar a confusão de sua vida. Veremos como ele acabou gastando boa parte da segunda metade tentando livrar-se da confusão em que se meteu, e como esse esforço para livrar-se dela implicou na tentativa de explicar a primeira metade.
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2012-08 Alberto Pasqualini: Trajetória Política e Pensamento TrabalhistaTítuloAlberto Pasqualini: Trajetória Política e Pensamento TrabalhistaAutor
Roberto Bitencourt da SilvaOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2012-08-23Nivel
DoutoradoPáginas
301Volumes
1Banca de DefesaAndréa Casa Nova MaiaGiselle Martins VenancioJorge Luiz FerreiraKarla Guilherme CarloniLucia Maria Lippi OliveiraLucília de Almeida Neves DelgadoNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoO trabalho tem em vista realizar um estudo da trajetória e das ideias políticas de Alberto Pasqualini, ex-senador pelo Partido Trabalhista Brasileiro (1951-1955). O marco temporal privilegiado, mas não exclusivo, corresponde aos anos de 1946 a 1955, período em que o personagem manteve as suas atividades no PTB. O estudo procura pôr em evidência a relevância política e teórica de Pasqualini para o trabalhismo e o PTB, assim como visa a explorar, com a experiência pasqualinista, determinadas nuanças da antiga organização petebista, notadamente no que diz respeito ao exercício da sua dimensão educativa em face do eleitorado. Para isso, foi analisada a recepção das ideias e das propostas de Pasqualini nos círculos jornalísticos e políticos – tanto pelos trabalhistas e seus aderentes, quanto pelos opositores. Procurei também demonstrar a correlação de forças políticas na temporalidade, por meio das controvérsias e dos posicionamentos divergentes de Pasqualini frente aos adversários, notadamente os do campo liberal-conservador, de sorte a situar o pensamento político do personagem, assim como o seu partido, na seara esquerdista da política brasileira de meados das décadas de 1940 e de 1950.
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2012-08 "O morro é do povo": memórias e experiências de mobilização em favelas cariocasTítulo"O morro é do povo": memórias e experiências de mobilização em favelas cariocasAutor
Danielle Lopes BittencourtOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2012-08-22Nivel
MestradoPáginas
170Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralLaura Antunes MacielLeonardo Affonso de Miranda PereiraMarcelo Tadeu Baumann BurgosPaulo Knauss de Mendonça
ResumoEste trabalho analisa múltiplas experiências de mobilização dos moradores de favelas do Rio de Janeiro na luta contra despejos ou remoções e pelo direito à moradia entre as décadas de 1930-60. Tratadas como "problema urbano", as favelas foram alvo de políticas e projetos que ameaçaram ou obtiveram sua eliminação física e buscaram deslegitimar ou intervir em formas de organização e resistência autônoma dos moradores. Embasadas e/ou fortalecidas por estudos e pesquisas "técnicos" produzidos por instituições públicas ou privadas e nas definições, conceitos e argumentos que forjaram, estas ações reforçaram ideias de "inadequação" dos moradores à vida urbana e da favela como ameaça política, à beleza, à saúde, à ordem urbana e à segurança pública. Privilegiando documentos produzidos pelos próprios moradores que pudessem demonstrar os sentidos e as formas de compreensão sobre a realidade que viviam, este trabalho buscou dar visibilidade às variadas formas de mobilização e luta em diferentes localidades, mapeando suas ações, suas reivindicações, associações e alianças a fim de compreender como vivenciaram essas experiências e os meios usados para construir a legitimidade de sua permanência nestes espaços da cidade. O trabalho discute ainda diferentes projetos de construção de memória das e em favelas, procurando identificar e analisar quais deles pretendem se constituir como um contraponto à memória oficial e como parte das disputas pela cidade e se, em alguma medida, a lembrança de lutas passadas serve como instrumento e apoio às lutas no presente.
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2012-08 Batalhas de O Globo (1989 - 2002): O neoliberalismo em questãoTítuloBatalhas de O Globo (1989 - 2002): O neoliberalismo em questãoAutor
João Braga ArêasOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2012-08-10Nivel
DoutoradoPáginas
359Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoDênis de Roberto Villas Boas de MoraesMarcelo Badaró MattosMarialva Carlos BarbosaMuniz Gonçalves FerreiraRonaldo do Livramento CoutinhoVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEsta tese trata da cobertura do jornal O Globo das políticas neoliberais implementadas no Brasil dos anos 90, em especial, das privatizações. O jornal é entendido como um "partido" das frações das classes dominantes interessadas na adoção do programa neoliberal. Enquanto procurou criar um consenso entorno das privatizações, O Globo procurava desqualificar as organizações das classes subalternas com perspectivas contra-hegemônicas.
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2012-07 A nova face da "Cidade do Aço": Crise do Capital, Trabalho e Hegemonia em Volta Redonda (1992-2008)TítuloA nova face da "Cidade do Aço": Crise do Capital, Trabalho e Hegemonia em Volta Redonda (1992-2008)Autor
Andre Franklin PalmeiraOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2012-07-11Nivel
MestradoPáginas
244Volumes
1Banca de DefesaJosé Ricardo Garcia Pereira RamalhoLuiz Fernando SaraivaMarcelo Badaró MattosNorberto Osvaldo FerrerasPaulo Roberto Ribeiro Fontes
ResumoO presente trabalho tem como objetivo analisar as transformações ocorridas na cidade de Volta Redonda no período de 1992 a 2008, tendo como base a análise da ofensiva neoliberal, entendida como reflexo da crise estrutural do capitalismo enfrentada desde a década de 1970, e enfocando o cenário pós-privatização da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), marcado por significativas mudanças no cenário político, econômico, social e cultural. Analisar a trajetória da cidade neste novo contexto e, sobretudo, os rearranjos político-econômicos que possibilitaram a hegemonia política de uma fração de classe essencialmente comercial – em contraposição ao isolamento e à derrota do movimento popular organizado – são os principais objetivos da presente dissertação. Para isso, analisaremos os "rachas" das esquerdas no município e as disputas políticas que favoreceram a derrota dos movimentos populares na cidade e a ascensão política de Antônio Francisco Neto, que, após assumir a Prefeitura Municipal de Volta Redonda, aproximou de forma umbilical o Poder Público Municipal aos aparelhos privados de hegemonia dos setores comercial e de serviços, criando uma nova imagem para o município. Para entender esses processos de mudança e construção hegemônica, analisaremos as políticas públicas implementadas no período, que levaram Volta Redonda a se tornar o principal pólo de serviços do sul fluminense, assim como a relação conflituosa entre a cidade e a CSN, uma empresa conglomerizada e internacionalizada.
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2012-06 A África na Imprensa Negra Paulista (1923-1937)TítuloA África na Imprensa Negra Paulista (1923-1937)Autor
Rael Fiszon Eugenio Dos SantosOrientador(a)
Marcelo Bittencourt Ivair PintoData de Defesa
2012-06-28Nivel
MestradoPáginas
182Volumes
1Banca de DefesaAmilcar Araujo PereiraAndrea Barbosa MarzanoMarcelo Bittencourt Ivair PintoMonica Lima E Souza
ResumoAnalisamos nesta dissertação as referências à África em quatro importantes jornais da imprensa negra paulista da primeira metade do século XX (Getulino, Progresso, Clarim da Alvorada e Voz da Raça). Para tanto, nos debruçamos primeiramente sobre a análise das relações raciais, da situação do negro e da formação desta imprensa no pós-abolição.Em termos gerais, constatamos que as discussões sobre o negro na imprensa negra estavam marcadas, em grande parte, por certo nacionalismo que frisava a importância do negro para a formação nacional brasileira e por certo ideal de modernidade, muitas vezes transnacional, ligada à disciplina, ao trabalho, ao esporte, à educação e à música. Também constatamos que, apesar da África não aparecer como elemento central na luta política desses sujeitos, ela não está ausente. Em termos gerais, há referências à África sobretudo quando se trata da origem do negro brasileiro e, no que se refere à notícias do continente africano, ganha destaque as referências à Etiópia/Abissínia.