Dissertações e Teses
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2016-03 O movimento trotskista internacional e as revoluções do pós-guerra: Uma análise de suas (re)leituras teóricas e programáticas (1944 - 63)TítuloO movimento trotskista internacional e as revoluções do pós-guerra: Uma análise de suas (re)leituras teóricas e programáticas (1944 - 63)Autor
Marcio Antonio Lauria de Moraes MonteiroOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2016-03-31Nivel
MestradoPáginas
411Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCezar Teixeira HonoratoFelipe Abranches DemierMarcelo Badaró MattosRicardo Figueiredo de Castro
ResumoO tema dessa dissertação é a história do movimento trotskista internacional nas primeiras décadas após a Segunda Guerra Mundial (1944-63). A partir da análise de documentos e artigos publicados ao longo desse período pelos organismos dirigentes da Quarta Internacional e de algumas de suas seções nacionais, bem como por algumas de suas tendências internas e cisões internacionais da época, pôde-se mapear uma série de (re)leituras (explícitas ou não) do arcabouço teórico-analítico original deste movimento.Estas foram realizadas ao longo de tal período com vistas a melhor compreender as diferentes revoluções que então ocorriam e a delinear programas de intervenção para as mesmas. Tais (re)leituras – especialmente acerca do caráter do stalinismo, do sentido da Teoria da Revolução Permanente e das formas de transição ao socialismo – geraram intensos conflitos no seio de tal movimento, sendo um elemento importante da sua crescente fragmentação. Assim, ainda que a história desse movimento no pós-guerra não se limite às mesmas, elas são fundamentais para se compreender de forma mais apurada a sua atual configuração.
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2016-03 NOS TERRENOS ARENOSOS E NO INFAME COMÉRCIO: Os desdobramentos do fim do tráfico transatlântico em Valença (Bahia, 1831-1866)TítuloNOS TERRENOS ARENOSOS E NO INFAME COMÉRCIO: Os desdobramentos do fim do tráfico transatlântico em Valença (Bahia, 1831-1866)Autor
Silvana Andrade Dos SantosOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2016-03-31Nivel
MestradoPáginas
130Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergLuiz Fernando SaraivaThiago Campos Pessoa Lourenço
ResumoEsta pesquisa tem como objetivo analisar os desdobramentos da lei de 7 de novembro de 1831, que proibia o tráfico de africanos para o Brasil, sobre uma região da Bahia historicamente produtora de gêneros de abastecimento. Elegemos como recorte cronológico para o desenvolvimento do estudo o período compreendido entre os anos de 1831 e 1866 e como espaço geográfico a vilacidade de Valença. Neste sentido, buscamos perceber como a proibição do comércio transatlântico de escravos e seu posterior recrudescimento afetou a localidade nas questões relativas às atividades do tráfico, ao acesso à mão de obra e à produção agrícola. Pretendemos assim, contribuir com as interpretações historiográficas relativas ao fim do tráfico transatlântico de escravos e com os estudos sobre regiões produtoras de gêneros de abastecimento.
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2016-03 Confuso labirinto. Um estudo sobre as bases da política agrária artiguistaTítuloConfuso labirinto. Um estudo sobre as bases da política agrária artiguistaAutor
Pedro Vicente Stefanello MedeirosOrientador(a)
Maria Verónica Secreto FerrerasData de Defesa
2016-03-31Nivel
MestradoPáginas
238Volumes
1Banca de DefesaHector Alberto AlimondaHelen OsórioMarcelo da Rocha WanderleyMaria Verónica Secreto FerrerasNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoEste estudo busca discutir as bases da política agrária artiguista analisando as ideias concernentes ao agrarismo ilustrado. Para tanto, tentaremos compreender como as mesmas se desenvolveram no bojo das políticas do Reformismo Borbónico, bem como foram introduzidas na Banda Oriental do Rio da Prata através do Expediente de ―arreglo de los campos‖. Em seguida, nos destinaremos para a inserção de José Artigas neste processo mediante sua atuação como membro do ―Cuerpo de Blandengues‖. O escopo de nosso trabalho também objetiva refletir acerca dos usos e das legitimações que o movimento artiguista faz das ideias agraristas a partir do ―Reglamento Provisorio de la Provincia Oriental para el fomento de su campaña y seguridad de sus hacendados" de 1815, considerando as especificidades do contexto revolucionário que vinha sendo travado.
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2016-03 POR TODOS OS CANTOS DA CIDADE Escravos negros no mundo do trabalho na Manaus oitocentista (1850-1884)TítuloPOR TODOS OS CANTOS DA CIDADE Escravos negros no mundo do trabalho na Manaus oitocentista (1850-1884)Autor
Jéssyka Sâmya Ladislau Pereira CostaOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2016-03-31Nivel
MestradoPáginas
146Volumes
1Banca de DefesaLuiz Carlos SoaresLuiz Fernando SaraivaRita de Cássia da Silva AlmicoRômulo Garcia de AndradeTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoA presença negra na região amazônica, principalmente para a Província do Amazonas, durante longo período foi caracterizada pela historiografia como "sem viabilidade" para pesquisas devido à baixa concentração demográfica. Na contramão dessa perspectiva analítica, essa pesquisa tem como objetivo investigar as diferentes formas pelas quais os trabalhadores escravos faziam presente no mercado de trabalho e no cotidiano da sociedade manauara entre 1850 a 1884. Partindo de uma gama variada de fontes, como: Relatório de Presidente de Província, relatos de viajantes, periódicos, processos criminais e outros, analisaremos as transformações pelas quais o território urbano da cidade de Manaus passou durante esse período, demonstrando como a mão de obra cativa foi parte importante nesse processo. Entendendo os trabalhadores escravos enquanto agente social transformadores de sua realidade, pretendemos recuperar, na medida do possível, algumas de suas experiências históricas e estratégias de sobrevivência na capital amazonense.
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2016-03 "UM BRASIL INAPREENSÍVEL: História dos projetos da Enciclopédia brasileira do INLTítulo"UM BRASIL INAPREENSÍVEL: História dos projetos da Enciclopédia brasileira do INLAutor
Mariana Rodrigues TavaresOrientador(a)
Giselle Martins VenancioData de Defesa
2016-03-31Nivel
MestradoPáginas
138Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesGiselle Martins VenancioHenrique Buarque de GusmãoMaria Verónica Secreto FerrerasNelson Schapochnik
ResumoAs mudanças promovidas pelo Estado Novo de Getúlio Vargas alteraram, não apenas, o cenário político, mas o cultural. Neste sentido, um conjunto de instituições dedicadas a definir e preservar o patrimônio nacional foram criadas. No conjunto dessas inovações, em dezembro de 1937 foi fundado o Instituto Nacional do Livro que tinha entre uma de suas atribuições editar toda a sorte de obras raras ou preciosas para o Brasil e a função de publicar a Enciclopédia Brasileira e o Dicionário de Língua Nacional. Por existir uma carência de trabalhos dedicados a analisar e a discutir a importância dessas duas obras, é que este trabalho se propõe a fazê-lo. Ao longo das pesquisas, foram utilizados os rascunhos, anotações e planos de edição das duas obras. Perpassada por disputas políticas, alteração de diretores e comissões e mudança de concepção do nacional, a Enciclopédia e o Dicionário jamais se concretizaram no formato de uma edição. Tendo sido extintos enquanto planos de publicação no ano 1973, neste trabalho as atenções voltam-se para a análise de sua permanência enquanto um projeto a ser executado, sem que, ao menos um volume fosse editado. Observa-se com isso a ideia de uma plasticidade do texto. Para realizar esta análise foram utilizados gráficos contendo verbas para a edição de obras que comprovam a insustentabilidade do argumento de que houve carência de recursos. Por fim, defende-se que o projeto da Enciclopédia pode ser considerado um instrumento para se pensar as variadas definições da nacionalidade brasileira. Por meio das discussões que ele viabilizou, os intelectuais que acionou e, principalmente, por ser um objeto de tensão, o projeto da Enciclopédia tornou-se a metáfora de um Brasil, em larga medida, inapreensível.
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2016-03 Clubes Agrícolas: Um projeto de educação, trabalho e cooperação para jovens rurais (1942-1958)TítuloClubes Agrícolas: Um projeto de educação, trabalho e cooperação para jovens rurais (1942-1958)Autor
Nathalia Dos Santos NicolauOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2016-03-31Nivel
MestradoPáginas
123Volumes
1Banca de DefesaAlessandra Frota Martinez de SchuelerAlexandra Lima da SilvaLaura Antunes MacielMagali Gouveia EngelSonia Regina de Mendonça
ResumoO trabalho analisa os Clubes Agrícolas, instituições educacionais sob a responsabilidade do Ministério da Agricultura, anexas às escolas primárias rurais subordinadas ao Ministério da Educação e Saúde, no período de 1942 até 1958. A partir dos documentos analisados – legislação, imprensa, relatórios ministeriais, cartilhas e manuais – procurei durante o processo de pesquisa situar os diversos debates, perspectivas e projetos sobre a educação rural em disputa naquele período, visando compreender a criação, difusão e organização dos clubes agrícolas. Outro objetivo foi acompanhar o percurso histórico de gestação e expansão dos Clubes Agrícolas, procurando evidenciar seus objetivos, desde o esboço inicial, as transformações e permanências que nortearam a campanha para sua expansão a nível nacional. Com base na análise da revista Brincar e Aprender, criada e distribuída pelo Serviço de Informação Agrícola, procurei identificar as principais atividades propostas aos professores e alunos, analisando as estratégias para transformar o periódico em um material didático-pedagógico para os clubistas e suas famílias. Além disso, procurei analisar a atuação da revista como um veículo de comunicação e integração entre os clubes, assim como de propaganda do clubismo durante o período.
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2016-03 Inquisição e cristãos-novos no Rio de Janeiro: O caso da família Azeredo (c.1701 - c.1720)TítuloInquisição e cristãos-novos no Rio de Janeiro: O caso da família Azeredo (c.1701 - c.1720)Autor
Monique Silva de OliveiraOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2016-03-30Nivel
MestradoPáginas
1Volumes
141Banca de DefesaAngelo Adriano Faria de AssisDaniela Buono CalainhoRonaldo VainfasYllan de Mattos Oliveira
ResumoA primeira metade do século XVIII representou um momento dramático para os cristãos-novos residentes no Rio de Janeiro. Muitos já se encontravam inseridos na sociedade colonial quando a sanha persecutória do Santo Ofício de Lisboa se intensificou na capitania, legando um expressivo número de processados para esse período. É o caso de cinco irmãos pertencentes à família Azeredo, cujas trajetórias de vida seriam marcadas pela prisão inquisitorial entre os anos de 1712 e 1713. Através da análise de seus processos, pretende-se penetrar nos dramas de consciência vividos por aqueles acusados de judaizar, a religiosidade que expressavam e que já se encontrava distante daquela vivida pela geração dos batizados em pé, as relações mantidas com outros grupos. Pretende-se, assim, fornecer novas reflexões sobre esse importante momento da repressão inquisitorial.
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2016-03 No rastro do viajante: Cabo Verde e a Senegâmbia no Tratado Breve de André Álvares de Almada (1550-1625)TítuloNo rastro do viajante: Cabo Verde e a Senegâmbia no Tratado Breve de André Álvares de Almada (1550-1625)Autor
Francisco Aimara Carvalho RibeiroOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2016-03-30Nivel
DoutoradoPáginas
298Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Vieira RibeiroAlexsander Lemos de Almeida GebaraJosé Augusto Nunes da Silva HortaMarina Annie Martine Berthet RibeiroMariza de Carvalho SoaresMonica Lima E SouzaNielson Rosa BezerraRoberto Guedes Ferreira
ResumoEm fins do século XVI, o Capitão e Cavaleiro de Cristo cabo-verdiano André Álvares de Almada redigiu o Tratado Breve dos Reinos da Guiné do Cabo Verde, título da versão conhecida como Manuscrito de Lisboa, ou Tratado Breve dos Rios da Guiné do Cabo Verde, segundo a versão do Manuscrito do Porto. Acredito que o Tratado de Almada é uma importante ferramenta política na defesa dos interesses da elite local de proprietários e comerciantes de Cabo Verde na Costa da Guiné, já que estes que estavam perdendo seus mercados para concorrentes franceses e ingleses e buscavam apoio da Coroa portuguesa. Porém, principalmente, o texto de Almada é um fio condutor que permite apresentar e analisar as relações entre portugueses e africanos na Grande Senegâmbia entre meados do século XVI e o primeiro quartel do século XVII. A análise dos manuscritos conhecidos do Tratado e sua comparação com outros relatos da mesma época permitem perceber os contrastes e as especificidades do olhar e da produção escrita europeia, portuguesa, caboverdiana e luso-africana sobre a Guiné
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2016-03 Palavras que o Vento Leva: A parenética inquisitorial portuguesa dos Áustrias aos Braganças (1605-1673)TítuloPalavras que o Vento Leva: A parenética inquisitorial portuguesa dos Áustrias aos Braganças (1605-1673)Autor
Leonardo Coutinho LourençoOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2016-03-30Nivel
MestradoPáginas
123Volumes
1Banca de DefesaAngelo Adriano Faria de AssisGeorgina Silva Dos SantosRonaldo VainfasYllan de Mattos Oliveira
ResumoOs sermões pregados nos autos da fé da Inquisição portuguesa foram examinados buscando compreendermos sua função como resposta inquisitorial às pressões políticas, sociais e cultu-rais do período entre 1605 e 1673. Buscamos entender qual foi a dinâmica simbólica que en-volveu a pregação, quem eram os pregadores e como o discurso impactava a sociedade. Con-cluímos que a Inquisição usou os púlpitos dos autos da fé como maneira de atrair e vincular os religiosos, bem como, para defender-se dos ataques de sua jurisdição.
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2016-03 POR UMA CULTURA INTEGRADA: Noé Mendes de Oliveira e a piauiensidade nas décadas de 1970 e 1980TítuloPOR UMA CULTURA INTEGRADA: Noé Mendes de Oliveira e a piauiensidade nas décadas de 1970 e 1980Autor
Valério Rosa de NegreirosOrientador(a)
Giselle Martins VenancioData de Defesa
2016-03-30Nivel
MestradoPáginas
217Volumes
1Banca de DefesaAntonio Fonseca Dos Santos NetoGiselle Martins VenancioMárcia Regina Romeiro ChuvaMaria Verónica Secreto Ferreras
ResumoA dissertação busca mostrar a trajetória intelectual de Noé Mendes de Oliveira e sua relação com a construção de uma identidade piauiense, que chamamos de piauiensidade, marcada durante as décadas de 1970 e 1980. Identificamos que a partir dessa trajetória, o intelectual constituiu-se em espaços de sociabilidades que permitiram agenciar a identidade piauiense. Observamos que enquanto funcionário público no Departamento de Assuntos Culturais do Estado, professor da Universidade Federal do Piauí, folclorista ligado a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro e Superintendente da Fundação Cultural Monsenhor Chaves na prefeitura de Teresina, conseguiu construir uma ideia de patrimônio cultural do Piauí com base nos monumentos arqueológicos e pinturas rupestres do Estado, bem como as manifestações folclóricas representantes do homem piauiense. Ao passo em que incentivou e defendeu esse conjunto representacional em quanto identidade. Naquele período da década de 1970 o campo do folclore buscou se reestruturar a partir de financiamento cultural de agências do governo federal, ao congregar diversos folcloristas entorno de suas programações editoriais. A pesquisa acompanha o processo de inserção do folclore do Piauí no debate do Folclore Brasileiro mediado por Noé Mendes a partir da Comissão Piauiense de Folclore. Observamos pela análise de sua obra Folclore Brasileiro: Piauí (1977) editada nesse contexto, como Noé Mendes cria e faz apropriações da identidade do homem piauiense, sendo inclusive divulgadas na mídia nacional.
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2016-03TítuloAutor
Izabel Priscila Pimentel da SilvaOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2016-03-29Nivel
DoutoradoPáginas
285Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoEnrique Serra PadrósIcléia ThiesenJean Rodrigues SalesJessie Jane Vieira de SousaMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz Quadrat
ResumoEsta tese de doutorado tem por objetivo principal analisar o internacionalismo revolucionário na América do Sul ao longo das décadas de 1960 e 1970, em especial as práticas internacionalistas que se concretizaram através da criação da Junta de Coordinación Revolucionaria (JCR), organização integrada por quatro dos mais significativos grupos da esquerda armada sul-americana: o Movimiento de Liberación Nacional-Tupamaros (do Uruguai); o Movimiento de Izquierda Revolucionaria (do Chile); o Ejército Revolucionário del Pueblo (da Argentina) e o Ejército de Liberación Nacional (da Bolívia). Ao longo deste trabalho, verificamos que, apesar de suas especificidades, essas organizações revolucionárias também possuíam similitudes teóricas e práticas, que foram fundamentais para o estreitamento de laços entre estes guerrilheiros sul-americanos. Entre estes postulados em comum, podemos apontar o internacionalismo; o latino-americanismo; o antiimperialismo; a concepção de que desencadeariam uma segunda independência da América Latina; a defesa da luta armada e do caráter imediatamente socialista e continental da revolução. Os pressupostos teóricos e a prática revolucionária dessas organizações sul-americanas evidenciavam a existência de uma cultura política guerrilheira latino-americana. No entanto, o discurso e prática internacionalistas destes grupos da esquerda armada da América do Sul não foram capazes de superar as divergências presentes entre eles, o que se configurou como um dos fatores preponderantes para o fracasso da experiência internacionalista da Junta de Coordinación Revolucionaria.
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2016-03 A crônica dos quadrinhos: Marvel Comics e a história recente dos EUA (1980 - 2015)TítuloA crônica dos quadrinhos: Marvel Comics e a história recente dos EUA (1980 - 2015)Autor
Fábio Vieira GuerraOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2016-03-29Nivel
DoutoradoPáginas
446Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusCecília da Silva AzevedoIvan Lima GomesNelson SchapochnikPaulo Knauss de MendonçaTatiana Silva Poggi de FigueiredoThaddeus Gregory Blanchette
ResumoEssa tese procurou analisar as histórias em quadrinhos da editora Marvel Comics nas últimas três décadas como crônicas políticas e sociais dos Estados Unidos. A grande penetração dessa mídia na cultura estadunidense faz dela uma parte significativa da indústria do entretenimento desse país. Assim, essa obra indagou as representações sobre a sociedade americana tendo como objeto uma manifestação cultural tipicamente americana. Os profissionais que envolvem a produção dos quadrinhos, tais como editores, desenhistas e roteiristas realizam a transposição dos fatos reais de forma didática. Nesse sentido, utilizam a noção de realidade e a associam por meio da linguagem dos quadrinhos com o referencial de que o leitor entende que é ficção, mas percebe o diálogo com os acontecimentos reais. Por meio da mediação, a cada leitor é permitido um fluxo permanente de sentidos em função de suas experiências culturais e estéticas. Tendo o tempo como pano de fundo e grande articulador de eventos atuais, esse trabalho lança um olhar sobre a construção da memória na sociedade contemporânea dos EUA.
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2016-03 "À PROCURA DA COMUNIDADE PERDIDA": HISTÓRIAS E MEMÓRIAS DO MOVIMENTO DAS COMUNIDADES POPULARESTítulo"À PROCURA DA COMUNIDADE PERDIDA": HISTÓRIAS E MEMÓRIAS DO MOVIMENTO DAS COMUNIDADES POPULARESAutor
Mariana Affonso PennaOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2016-03-29Nivel
DoutoradoPáginas
350Volumes
1Banca de DefesaJuniele Rabêlo de AlmeidaLaura Antunes MacielLia de Mattos RochaMarcus Ajuruam de Oliveira DezemoneMatheus da Silveira GrandiNorberto Osvaldo FerrerasRegina Ilka Vieira Vasconcelos
ResumoOrganizado em 14 estados brasileiros, o Movimento das Comunidades Populares envolve, em torno de seus trabalhos e atividades, por volta de 15000 pessoas, espalhadas em aproximadamente 50 localidades. O objetivo estratégico defendido por esse movimento social é lançar as bases de um novo modo de produção, de uma nova forma de vida que tenha a ideia de Comunidade ao centro. Assim, efetivam sua prática política cotidiana através de trabalhos de base comunitária que vão desde a constituição de iniciativas informais de economia coletiva, sem patrão nem empregado, até a realização de cultos ecumênicos, identificados com uma Religião Libertadora, que propõe "religar" as pessoas entre si e ao comum, ao viver comunitário."À procura da comunidade perdida... a luta continua até encontrá-la!" foi o lema do 40º aniversário do Movimento das Comunidades Populares, celebrado em 2009, e expressa seu horizonte utópico que tem referência nas experiências de vida comunitária do povo brasileiro, como aquelas desenvolvidas em Canudos, Caldeirão, Palmares, Sete Povos das Missões, dentre outras. E, com raízes na esquerda católica, afirma-se também a inspiração no chamado "Cristianismo Primitivo".O objetivo desta tese é compreender e analisar a trajetória desse movimento. Para isso, tão importante quanto conhecer a prática política cotidiana, seus trabalhos de base e como estas práticas se relacionam com o projeto político defendido, foi necessário, ainda, identificar e analisar a perspectiva de produção de memória e história adotada pelo Movimento das Comunidades Populares, pois se a "visita ao passado" é orientada pelas questões presentes, ela é também instrumento da ação política, por isso tão importante e valorizada.Além disso, estudamos a metodologia de organização política construída e empregada pelo MCP no decorrer de sua história, identificando suas origens, as referências teóricas adotadas, as transformações e as vivências concretas do chamado "Método", assumido como base de toda a prática e organização políticas. E, por fim, aprofundamos a análise sobre os significados de "Comunidade" para o movimento e como esta opera como um elo entre o presente e o passado, o passado e o futuro, ligando ucronias e utopias.
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2016-03 A Diplomacia portuguesa no Reinado de D. Afonso V (1448-1481)TítuloA Diplomacia portuguesa no Reinado de D. Afonso V (1448-1481)Autor
Douglas Mota Xavier de LimaOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2016-03-29Nivel
DoutoradoPáginas
438Volumes
1Banca de DefesaAdriana Maria de Souza ZiererBeatris Dos Santos GonçalvesEdmar Checon de FreitasFátima Regina Fernandes FrighettoPaulo André Leira ParenteRaquel Alvitos PereiraVânia Leite Fróes
ResumoA pesquisa investiga diferentes aspectos da prática diplomática quatrocentista, estruturando-se em três eixos: as instituições que assessoravam o monarca nos assuntos diplomáticos; os homens escolhidos como embaixadores; e as práticas diplomáticas, entendidas como os mecanismos de negociação e as cerimônias da diplomacia. Buscou-se, desta maneira, compreender o funcionamento da diplomacia numa época considerada como passagem da diplomacia medieval para a diplomacia moderna, notando ainda o seu papel como campo de exercício e afirmação do poder régio português. O recorte temporal concentra-se no reinado de D. Afonso V, tendo como ponto de partida o fim da regência (1448) e, como limite, a morte do monarca (1481). Fez-se uso de diferentes documentações, como crônicas, narrativas de viagens, tratados, genealogias e fontes normativas. Esse variado corpus documental permitiu alcançar diferentes aspectos da diplomacia medieval quatrocentista, notando a importância institucional na condução dos assuntos externos, o crescente impacto da diplomacia para as finanças do reino, a definição de um perfil de embaixador letrado associado ao espaço cortesão, o uso de diferentes mecanismos de negociação, e a promoção da imagem externa do reino através das cerimônias diplomáticas.
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2016-03 O médico entre a tradição e a inovação: João Curvo SemedoTítuloO médico entre a tradição e a inovação: João Curvo SemedoAutor
Tânia Souza LourençoOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2016-03-29Nivel
MestradoPáginas
167Volumes
1Banca de DefesaDaniela Buono CalainhoGeorgina Silva Dos SantosGisele Porto SanglardLuiz Carlos Soares
ResumoNa Idade Moderna, a medicina praticada em Portugal baseava-se nos pressupostos teóricos herdados da Antiguidade greco-romana e nas contribuições árabes, difundidas na Península Ibérica durante o domínio do Islã na região. A teoria humoral era predominante na orientação da terapêutica e do diagnóstico. O conhecimento científico do Reino estava fundamentado nos princípios do Aristotelismo e da Escolástica, baseada em São Tomás de Aquino, contribuindo sobremaneira para que o saber e a cultura lusa estivessem pouco afeitos às inovações Além-Pireneus. Entretanto, não houve um completo isolamento português aos avanços científicos. A terapêutica praticada pelo médico João Curvo Semedo, conciliando a tradição hipocrático-galênica com o hermetismo, constitui um indício relevante sobre este aspecto. A proposta do estudo ora apresentado é demonstrar as especificidades das práticas de cura disseminadas por Semedo no âmbito da medicina portuguesa, além de buscar compreender as ideias por ele difundidas, mormente, quanto à farmácia química, formação e atuação médicas, assim como comprovar que os ecos da Revolução Científica se fizeram presentes entre os lusos, durante os séculos XVII e XVIII.
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2016-03 O traço toda da vida: Subjetividade e narrativa em Minha Formação, de Joaquim NabucoTítuloO traço toda da vida: Subjetividade e narrativa em Minha Formação, de Joaquim NabucoAutor
André Jobim MartinsOrientador(a)
Renata Torres SchittinoData de Defesa
2016-03-29Nivel
MestradoPáginas
156Volumes
1Banca de DefesaJuniele Rabêlo de AlmeidaLuiza Larangeira da Silva Mello     Renata Torres SchittinoRicardo Henrique Salles
ResumoEste trabalho empreende uma análise da autobiografia de Joaquim Nabuco, Minha formação, concentrando-se nas questões características do gênero autobiográfico. Partindo do pressuposto de que sujeito, identidade, tempo e narrativa são os elementos que sustentam a composição do texto autobiográfico, e observando a historicidade e as diferentes particularidades do gênero, observamos como o livro nele se insere. Primeiramente, reconstituímos o processo da escrita, tanto no plano temporal da definição dos períodos em que cada capítulo foi escrito, quanto no sentido intratextual da compreensão do projeto de automodelação em curso a cada momento. Em seguida, examinamos passagens-chave com maior atenção aos processos de construção de sentido ali presentes, tentando também identificá-los ao analisar o livro como um todo.
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2016-03 A Arenga dos índios era porque eles se consideravam senhores da Igreja. Quem Impõe é porque tem forçaTítuloA Arenga dos índios era porque eles se consideravam senhores da Igreja. Quem Impõe é porque tem forçaAutor
Ticiana de Oliveira AntunesOrientador(a)
Maria Regina Celestino de AlmeidaData de Defesa
2016-03-29Nivel
DoutoradoPáginas
257Volumes
1Banca de DefesaIsabelle Braz Peixoto da SilvaIzabel Missagia de MattosJosé Ribamar Bessa FreireLarissa Moreira VianaMaria Regina Celestino de AlmeidaMaria Verónica Secreto FerrerasNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoO projeto da elite política na construção do Estado nacional brasileiro marginalizou negros e índios. Predominava, na classe dominante, a crença de que a civilização se efetivaria por meio de políticas direcionadas ao progresso e ao desenvolvimento econômico. Para as populações indígenas, essa realidade representou perdas territoriais e invibilização de sua identidade cultural, imposta pela suposta miscigenação à massa populacional brasileira. A população indígena respondeu a essa situação com estratégias diversas, visando principalmente conservar seus direitos sobre a terra. Esta tese visa compreender a ação política dos índios cearenses, especialmente no campo da religião católica, analisada a partir do contexto histórico de inserção da província cearense no Estado nacional em formação. Ainda no período colonial, os índios foram submetidos a uma nova dinâmica social vivida no aldeamento, onde a ressocialização foi promovida, principalmente, através da cristianização. A religião católica corroborou no processo de incorporação do indígena à lógica do Antigo Regime, vigente na colônia. Mesmo ocupando uma posição de inferioridade, o índio passou a compor a cadeia de interdependência baseada na prestação de serviços ao Rei que, em troca, concedia benefícios e mercês a seus subordinados. Como servidores cristãos puderam angariar experiência na busca por direitos garantidos a partir dos mecanismos jurídicos e administrativos instituídos pelo governo. Para além da submissão e da suposta manipulação do indígena, promovida pela imposição da religião católica, o presente estudo analisa como os códigos sociais apreendidos a partir da vivência religiosa foram importantes para ampliar espaços de participação numa conjuntura cada vez mais hostil aos interesses dos índios. Como cristãos, os índios foram capazes de adquirir uma cultura política capaz de organizar e direcionar suas atuações em defesa de seus direitos. Tal realidade influenciou nas diversas formas em que o índio passou a se reconhecer e a ser reconhecido naquele período. Portanto, esse estudo procura refletir sobre o "ser índio" no Ceará oitocentista como reflexo de um processo histórico que variou de acordo com as circunstâncias e inseriu-se num campo de disputa, onde interesses econômicos e políticos foram negociados e valores religiosos utilizados como estratagemas e elementos de autoafirmação.
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2016-03 Liberdade tropical. A ideia de livre-arbítrio e os índios no Brasil (1549-1609)TítuloLiberdade tropical. A ideia de livre-arbítrio e os índios no Brasil (1549-1609)Autor
Bento Machado MotaOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2016-03-28Nivel
MestradoPáginas
271Volumes
1Banca de DefesaAdone AgnolinCarlos Ziller CamenietzkiRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José RaminelliSilvia Patuzzi
ResumoA presente dissertação dispõe-se a estudar a influência dos debates do século XVI sobre o livre-arbítrio na formulação de diversos aspectos da colonização dos índios do Brasil. Por um lado, este trabalho pretende estudar a importância que este conceito apresentou para a cisão entre protestantes e as principais ordens católicas. Por outro, estuda de que maneira essas querelas influenciaram no esforço dos teológicos, na Europa, e missionários, na América portuguesa, para definir a humanidade, a salvação e a liberdade dos índios no Brasil. Pretende-se aqui compreender a incidência do conceito de livre-arbítrio desde 1549, quando os primeiros Jesuítas começaram a chegar, até 1609, quando a primeira legislação sobre a liberdade total dos índios foi promulgada. Dessa maneira, busca-se investigar, a partir do universo de temas inerente ao conceito de livre-arbítrio, os limites do "humanismo" e do suposto "indigenismo" dos Jesuítas em relação aos índios e o movimento mais amplo de colonização.
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2016-03 Transgressão e Punição no Génos dos Átridas: representações acerca doTítuloTransgressão e Punição no Génos dos Átridas: representações acerca doAutor
Talita Nunes SilvaOrientador(a)
Alexandre Carneiro Cerqueira LimaData de Defesa
2016-03-28Nivel
DoutoradoPáginas
419Volumes
1Banca de DefesaAdriene Baron TaclaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaAlexandre Santos de MoraesAna Livia Bomfim VieiraAna Paula Lopes PereiraFábio de Souza LessaSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoDesde o século VIII a.C. a personagem mítica Clitemnestra foi representada pelos artesãos e poetas gregos como uma mulher transgressora. Tal constatação foi possível por meio da análise das obras de Homero (VIII a.C.), Hagias (VIII a.C.), Hesíodo (VIII-VII a.C.), Estesícoro (VII-VI a.C) e Píndaro (VI-V a.C.), assim como pela iconografia arcaica na qual Clitemnestra foi representada. Por conseguinte, partimos da análise da „construção‟ desta tradição no imaginário helênico de forma a mostrar que a mesma foi acolhida pelos tragediógrafos e artesãos dos vasos cerâmicos de figuras vermelhas da Atenas do século V a.C . Deste modo, buscamos observar através de sua interação com os personagens masculinos (Agamêmnon, Egisto e Orestes) que a ela se relacionam dentro da temática da Oresteia o papel do gênero em determinar um ato como transgressor e em estabelecer repreensões e punições as transgressões. Isto posto, verificamos que os referidos personagens cometiam desvios aos valores de sophrosýne, timé e eusébeia - pertencentes ao „sistema de conduta‟ ateniense - tanto nas peças trágicas como na documentação imagética analisada. Ao efetuar transgressões a estes valores a heroína e os heróis transgridem igualmente os ideais de comportamento de masculino e feminino vigentes na pólis. Em nossa análise observamos que tais atos transgressivos eram repreendidos/punidos nas tragédias, assim como nas imagens sobre a cerâmica ática de figuras vermelhas. Ao examinar estas repreensões e punições presentes na documentação (Oréstia de Ésquilo; Electra de Sófocles; Electra, Ifigênia em Táuris e Orestes de Eurípides; bem como a imagética ática) verificamos que na Atenas do V séc.a.C. os atos desviantes cometidos por mulheres eram percebidos e submetidos a julgamento diferenciado quando comparado as transgressões praticadas pelos cidadãos masculinos.
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2016-03 Ato de Popular dos Escravos: Poupança Escrava na Capital do Império Brasileiro ao Longo do Século XIXTítuloAto de Popular dos Escravos: Poupança Escrava na Capital do Império Brasileiro ao Longo do Século XIXAutor
Thiago Alvarenga de OliveiraOrientador(a)
Luiz Fernando SaraivaData de Defesa
2016-03-28Nivel
MestradoPáginas
141Volumes
1Banca de DefesaCarlos Eduardo Valencia VillaJonis FreireJorge Luiz Prata de SouzaLuiz Fernando SaraivaRômulo Garcia de Andrade
ResumoPropomos nessa dissertação analisar o ato de poupar dos escravos cariocas através da análise de algumas instituições financeiras no Rio de Janeiro oitocentista que estenderam seus serviços a esta parcela da população marginalizada economicamente. Neste sentido, pretendemos demonstrar fortes indícios de uma economia autônoma e racional das classes subalternas cariocas, assim como analisaremos disputas judiciais envolvendo legitimidade da posse das cadernetas de poupanças dos escravos frentes às vontades senhoriais antes e após à promulgação da lei do Ventre-livre de 1871. Para tais análises, balizamos o trabalho em três recortes temporais: primeiro, entre o surgimento da primeira evidência empírica trabalhada – A Caixa Econômica do Rio de Janeiro em 1831 até a sua liquidação em 1859; segundo, no momento de crise financeira em 1864, quando quatro das maiores casas bancárias cariocas fecharam faliram, deixando milhares de contas sem ressarcimento, dentre elas, algumas de escravos; e por último, a centralização da poupança popular a partir da criação da Caixa Econômica da Côrte pelo Estado imperial em 1861, no entanto só conseguindo atrair quantidades significativas de capitais após a crise de 1864 e a falências das casas bancárias.
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2016-03 O Teatro de Antônio Ribeiro Chiado: Perfis femininos no Portugal quinhentistaTítuloO Teatro de Antônio Ribeiro Chiado: Perfis femininos no Portugal quinhentistaAutor
Vanessa Gonçalves Bittencourt de SouzaOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2016-03-28Nivel
MestradoPáginas
222Volumes
1Banca de DefesaGeorgina Silva Dos SantosJacqueline HermannMargareth de Almeida GonçalvesWilliam de Souza Martins
ResumoO poeta português Antonio Ribeiro Chiado, nascido em Évora em princípios do século XVI, produziu peças teatrais que abordavam temas como relações familiares, críticas ao clero e ofícios femininos. A ênfase no universo feminino é um dos elementos marcantes do teatro de Chiado, sendo possível afirmar que o seu discurso sobre as mulheres revela aspectos importantes sobre a organização da vida cotidiana na sociedade portuguesa quinhentista. Desse modo, o presente trabalho tem por objetivo analisar as representações femininas nas peças Auto da Natural Invenção, Auto das Regateiras, Prática de Oito Figuras e Prática dos Compadres. A trajetória do poeta, suas referências cristãs e misóginas e a manipulação das normas de gênero na construção das personagens de suas peças teatrais são aspectos centrais nesta pesquisa. Os perfis explorados por Chiado (incluindo filhas, esposas, mães e viúvas) dialogam com os papéis femininos fixados como desejáveis pela sociedade portuguesa, mas suas personagens não estão de acordo com o ideal de feminilidade vigente ao longo da Idade Moderna. A partir da representação de personagens femininas transgressoras, Chiado produz uma sátira sobre o casamento, a maternidade e as ocupações femininas.
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2016-03 Sobre as águas da Guanabara: Transporte e trabalho no Rio de Janeiro do Século XIX (1835-1845)TítuloSobre as águas da Guanabara: Transporte e trabalho no Rio de Janeiro do Século XIX (1835-1845)Autor
Edilson Nunes Dos Santos JuniorOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2016-03-23Nivel
MestradoPáginas
190Volumes
1Banca de DefesaAlexandre FortesCarlos Gabriel GuimarãesFabiane PopinigisGladys Sabina RibeiroPaulo Cruz Terra
ResumoEsta pesquisa analisa o mundo do trabalho dos remadores e dos barqueiros que exerciam suas atividades no litoral da cidade do Rio de Janeiro na primeira metade do século XIX, entre os anos de 1835 a 1845. Analisa, também, as relações desses trabalhadores com a Câmara Municipal e com as outras instituições, imperiais ou leigas, que normatizavam e controlavam o mundo do trabalho durante o Oitocentos e como essas mesmas instituições serviram aos trabalhadores marítimos nas suas estratégias de defesa de direitos e na luta diária por cidadania e pela sobrevivência. As instituições municipais e imperiais vinham, gradativamente, agindo no sentido de aumentar o controle sobre os cidadãos e, principalmente, regular e submeter a força de trabalho disponível, fosse escravizada ou "livre". É objeto desta pesquisa, outrossim, investigar a introdução do vapor nos transportes marítimos e demonstrar como esse processo não foi automático e dicotômico, rompendo com a ideia de transição ainda persistente na história dos transportes carioca.
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2016-03 Entre cinzas e diamantes, a ambivalência de uma geração: A trilogia da guerra de Andrzej Wajda e as representações cinematográficas da resistência polonesa (1948-1958)TítuloEntre cinzas e diamantes, a ambivalência de uma geração: A trilogia da guerra de Andrzej Wajda e as representações cinematográficas da resistência polonesa (1948-1958)Autor
Vinícius Santos de MedeirosOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2016-03-23Nivel
MestradoPáginas
258Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Busko ValimAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusDenise Rollemberg CruzFabián Rodrigo Magioli Núñez
ResumoEste trabalho constitui-se como uma análise sociocultural da cinematografia nacional polonesa no imediato após segunda guerra, a fim de compreender historicamente a identidade geracional da Escola Polonesa de cinema, com destaque para um de seus mais famosos diretores – Andrzej Wajda. Nesta dissertação, portanto, optei por analisar os filmes da trilogia da guerra wajdaniana, lançados na Polônia entre 1955 e 1958. Meu propósito é concretizar uma investigação das representações da resistência nacional nos três filmes, buscando oferecer uma contribuição original às reflexões sobre o cinema polonês na segunda metade da década de 1950. Para tanto, procuro analisar as políticas culturais do regime stalinista para o cinema na Polônia e seus reflexos sobre a atuação dos realizadores, que, ou se posicionaram aliados aos soviéticos, ou manifestaram sinais de oposição à sua presença na Polônia – quando muito, demonstraram certa ambivalência em suas atitudes artísticas, operando com o arcabouço estético-narrativo ora do realismo socialista, ora de cinematografias desprezadas pelo regime, como o Neorrealismo italiano. A análise da trajetória de Andrzej Wajda descortina a biografia de toda uma geração de realizadores recém-formados nas instituições cinematográficas surgidas após a guerra, assim como os seus anseios artísticos de representar em imagens e sons os efeitos catastróficos da guerra total sobre a Polônia. Uma das hipóteses definidoras desta dissertação é que o diretor Andrzej Wajda, na medida em que buscou representar em seus três primeiros filmes os temas silenciados da história polonesa recente, não somente trouxe à tona um de seus principais tabus – a resistência clandestina durante a guerra –, como também o desconstruiu e o desmonumentalizou. Em contrapartida, uma das surpresas advindas da análise fílmica e de fontes extrafílmicas foi a percepção de que Wajda, ao contrário do que supõe a memória de grupo enquadrada pelos cineastas da Escola Polonesa, em alguns momentos assumiu uma postura ambígua em relação aos preceitos da política cultural realista socialista. Eis aí outra hipótese relevante em minha argumentação: a Escola Polonesa de cinema, apesar de suas críticas ao cinema pré-guerra e, sobretudo, ao realismo socialista, foi capaz de assumir certa flexibilidade na adesão de seus conteúdos.
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2016-03 Articulando o Estado: Campesinato e Aristocracia na Espanha VisigóticaTítuloArticulando o Estado: Campesinato e Aristocracia na Espanha VisigóticaAutor
Eduardo Cardoso DaflonOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2016-03-22Nivel
MestradoPáginas
148Volumes
1Banca de DefesaAndréia Cristina Lopes Frazão da SilvaEdmar Checon de FreitasMário Jorge da Motta BastosPaulo Henrique de Carvalho PacháRenata Rodrigues Vereza
ResumoO objetivo central desse trabalho é traçar uma caracterização do Estado visigodo entre os séculos VI e VIII, superando certos paradigmas historiográficos que ou projetam para a Alta Idade Média a existência de uma extemporânea estrutura estatal vigorosa ou negam veementemente qualquer expressão sua. A fim de escapar dessas perspectivas procuro considerar o Estado na longa duração, analisando a sua configuração entre os germanos e os romanos, sociedades que grosso modo interagiram e se integraram no advento da Idade Média. Observada essa gênese do Estado, busco demonstrar que ele está dialeticamente associado às relações sociais de produção então em constituição. Suas instituições, dessa forma, reforçavam a exploração sobre o campesinato e a dominância de uma parcela da aristocracia sobre outra. Munido dessas referências é, então, possível abordar as dinâmicas sociais que operaram e reproduziram o Estado na Hispânia alto medieval.
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2016-03 FÓRMULAS ANTIDEMOCRÁTICAS EM TERRAS LUSO - BRASILEIRAS: Análises em torno do Integralismo Lusitano e da Ação Integralista Brasileira (1914-1937)TítuloFÓRMULAS ANTIDEMOCRÁTICAS EM TERRAS LUSO - BRASILEIRAS: Análises em torno do Integralismo Lusitano e da Ação Integralista Brasileira (1914-1937)Autor
Felipe Azevedo CazettaOrientador(a)
Giselle Martins VenancioData de Defesa
2016-03-22Nivel
DoutoradoPáginas
440Volumes
1Banca de DefesaAntonio Jorge Pais Costa PintoFrancisco Carlos Palomanes MartinhoGiselda Brito SilvaGiselle Martins VenancioKarla Guilherme CarloniLúcia Maria Paschoal Guimarães
ResumoA tese tem como objeto de pesquisa os integralismos lusitano (IL) e brasileiro, e o Nacional Sindicalismo (N/S). Grosso modo, são movimentos que surgiram nas primeiras décadas do século XX que possuem, entre outros mediadores comuns, o corporativismo como projeto de Estado. Foram movimentos que surgiram do conservadorismo antiliberal e como reação à projeção do comunismo como espectro ideológico. Especificamente, o Nacional Sindicalismo e a Ação Integralista Brasileira (AIB) foram influenciados pela estética e ideologia fascista, com o desenvolvimento através da configuração de "movimentos de massas", embora se constate radicalização entre o grupo do Integralismo Lusitano no pós-Grande Guerra Mundial.Deste modo, o recorte temporal estabelecido se faz no intervalo de 1913, pela organização do Integralismo Lusitano, até 1937, com a interdição formal da AIB. Entre estas duas balizas temporais há o tratamento do Nacional Sindicalismo, que surge entre os fins dos anos 1920 e início da década seguinte. O problema da pesquisa concentra-se sobre na necessidade de compreender como movimentos com características distintas se denominavam integralistas. Diante desta questão, a pesquisa busca estabelecer vínculos e distinções entre estes grupos, no intuito de compreender o que fazia ambos movimentos serem integralistas. É sobre este contato que a pesquisa propõe oferecer colaboração à historiografia ao objeto de estudo, em função das investigações centrarem-se em torno das teorias, doutrinas, aspectos gerais destes grupos estabelecendo o contato entre estes. Quando proposta a observação do diálogo da AIB e com outro movimento ou regime, o debate se faz em ligação frequente com os fascismos, delegando ao esquecimento possíveis fontes de influência alternativas. Neste sentido, a tese propõe abrir novas frentes de pesquisas, diante dos exames em relação ao diálogo entre o IL e N/S, com a AIB.