Thèses
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2010-03 "O Mundo Negro": A constituição do movimento negro contemporâneo no Brasil (1970 - 1995)Título"O Mundo Negro": A constituição do movimento negro contemporâneo no Brasil (1970 - 1995)Autor
Amilcar Araujo PereiraOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2010-03-25Nivel
DoutoradoPáginas
269Volumes
1Banca de DefesaÁlvaro Pereira do NascimentoHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJacques D‘adeskyMarcelo Bittencourt Ivair PintoMartha Campos AbreuMonica Lima E SouzaVerena Alberti
ResumoO principal objetivo desta tese é examinar aspectos da história do movimento negro no Brasil e das trajetórias de algumas de suas principais lideranças, que têm se dedicado à luta contra o racismo e por melhores condições de vida para a população negra em diversos setores da sociedade brasileira desde a década de 1970. Para tanto, a pesquisa iniciou-se com uma análise da construção da idéia de raça na Europa e nos Estados Unidos e de suas repercussões para a população negra na diáspora e para as relações raciais no Brasil. Utilizando a metodologia da história oral, este trabalho reuniu e analisou entrevistas com lideranças negras de todas as regiões do Brasil e com intelectuais negros norte-americanos com passagens pelo nosso país, que, juntamente com outras fontes históricas, forneceram o material necessário para a elaboração de uma história social do movimento negro contemporâneo no Brasil.
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2010-03 AS MULHERES NEGRAS POR CIMA O CASO DE LUZIA JEJE. Escravidão, família e mobilidade social - Bahia, c. 1780 - c. 1830.TítuloAS MULHERES NEGRAS POR CIMA O CASO DE LUZIA JEJE. Escravidão, família e mobilidade social - Bahia, c. 1780 - c. 1830.Autor
Adriana Dantas Reis AlvesOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2010-03-24Nivel
DoutoradoPáginas
431Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroLuiz Roberto de Barros MottManolo Garcia FlorentinoMarcus Joaquim Maciel de CarvalhoMartha Campos AbreuRonaldo VainfasSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoEm 1807, o senhor de engenho, Capitão Manoel de Oliveira Barrozo, morador na Freguesia de Paripe, Recôncavo Baiano, legitimou e libertou seis filhos pardos e os estabeleceu como herdeiros. Todos foram concebidos pela escrava jeje Luzia Gomes de Azevedo. A trajetória dessa família é o objeto principal desta tese. Através de testamentos, inventários, processos cíveis, escrituras públicas, jornais, assentos de casamentos/batismos, vasta bibliografia e documentos diversos, foi possível relacionar escravidão com cultura sexual/família, patriarcado/gênero, cor/mestiçagem, paternidade/legitimidade, e mobilidade social. Percebemos que os simbolismos sexuais relativos às mulheres "de cor", ao mesmo tempo em que as deixavam vulneráveis, poderiam torná-las importantes mecanismos de ascensão ao nível dos brancos. Revisitei as discussões sobre família escrava na Bahia, incluindo as políticas de gênero como fatores relevantes na definição de estratégias de organização e controle das escravarias. E, finalmente, tentei desvendar os enigmas das classificações de cores no período colonial, relacionando-os com processos de inserção de libertos no mundo dos livres.
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2010-03 Todo o Leme a Bombordo. Marinheiros e Ditadura Civil-Militar no Brasil: Da Rebelião de 1964 à AnistiaTítuloTodo o Leme a Bombordo. Marinheiros e Ditadura Civil-Militar no Brasil: Da Rebelião de 1964 à AnistiaAutor
Anderson da Silva AlmeidaOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2010-03-24Nivel
MestradoPáginas
250Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Palomanes MartinhoMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz Quadrat
ResumoA dissertação discute as trajetórias dos praças da Marinha pertencentes à Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil (AMFNB), durante o período da ditadura civilmilitar no Brasil. Com este objetivo analisam-se as principais causas e reivindicações da rebelião ocorrida em 1964, as participações de atores políticos, a ideia de que o acontecimento foi o estopim para o golpe e os caminhos posteriores percorridos pelos rebeldes. Nesse sentido, terão destaque tanto os marinheiros que participaram dos movimentos armados, quanto os que tentaram seguir suas vidas sem se envolver com a guerrilha. Por fim, a abordagem do longo e tortuoso processo de anistia destes atores sociais.
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2010-03 Baixa Núbia como Infra-Estrutura para Construção da Potência Hegemônica Egípcia na XVIIIª Dinastia (1550 - 1323 a.C.)TítuloBaixa Núbia como Infra-Estrutura para Construção da Potência Hegemônica Egípcia na XVIIIª Dinastia (1550 - 1323 a.C.)Autor
Fábio Afonso Frizzo de Moraes LimaOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
2010-03-24Nivel
MestradoPáginas
170Volumes
1Banca de DefesaAndré Leonardo ChevitareseCiro Flamarion Santana CardosoMarcelo Aparecido RedeMário Jorge da Motta Bastos
ResumoA pesquisa focar-se-á na importância da dominação da Baixa Núbia, através de uma relação de periferia negociada, para a construção do imperialismo egípcio e para sagração desta civilização como "potência hegemônica" do Oriente Próximo no período do Reino Novo (1550-1069 a.C.). Para tanto, concentrar-nos-emos no período da XVIIIª Dinastia, que inclui a reunificação do Egito e sua fase de maior expansão territorial, através da análise de um corpus documental composto basicamente pelas tumbas dos vice-reis da Baixa Núbia e pela correspondência internacional trocada entre o faraó e outros líderes do Oriente Próximo durante os reinados de Amenhotep III e Amenhotep IV – que ficou conhecida posteriormente como "cartas de Amarna".
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2010-03 O Historiador e o Agente da História: Os embates políticos travados no curso de História da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil(1959-1969)TítuloO Historiador e o Agente da História: Os embates políticos travados no curso de História da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil(1959-1969)Autor
Ludmila Gama PereiraOrientador(a)
Marcos Alvito Pereira de SouzaData de Defesa
2010-03-24Nivel
MestradoPáginas
153Volumes
1Banca de DefesaMarcelo Badaró MattosMarcos Alvito Pereira de SouzaRoberto LeherVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA pesquisa pretende analisar a atuação de agentes históricos na ditadura militar e os enfrentamentos, conformismos ou adesões dos intelectuais brasileiros frente ao regime militar . Os agentes que escolhi como tema de pesquisa são os historiadores que lecionaram na Universidade Federal do Rio de Janeiro, não como analistas do tempo, mas agentes historicizados, sujeitos às polêmicas que afetam tanto a construção do "saber histórico" como as suas próprias vidas. A partir deste pressuposto, constituí-se um conjunto de questões visando avaliar até que ponto o campo intelectual que pretendo estudar tornou-se resistência ou legitimação à repressão do Estado; bem como acompanhar as diferentes tomadas de posição nos anos de ditadura no Brasil.
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2010-03 MARIO BALDI: experiências Fotográficas e a trajetória do "repórter perfeito" - (1896-1957)TítuloMARIO BALDI: experiências Fotográficas e a trajetória do "repórter perfeito" - (1896-1957)Autor
Marcos Felipe de Brum LopesOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2010-03-23Nivel
MestradoPáginas
205Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusIsmênia de Lima MartinsMauricio LissovskyPaulo Knauss de Mendonça
ResumoEsta dissertação de mestrado tem como tema a trajetória de Mario Baldi, fotógrafo austríaco da primeira metade do século XX, emigrado ao Brasil em 1921. Sua produção visual é abordada através das noções de prática social e experiência fotográfica, mapeando seus projetos, estratégias e campo de possibilidades. Sugere-se que as experiências de Baldi iluminam importantes aspectos do surgimento da linguagem fotojornalística, na primeira metade do século XX, bem como testemunha o aparecimento do sujeito-fotógrafo na cena pública, através da fotografia de imprensa. Além disso, trata-se de identificar como as narrativas verbais e visuais de Mario Baldi constroem uma identidade para o fotógrafo, em concordância com o que se pensava ser um bom repórter fotográfico.
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2010-03 Litígios ao sul do Império: a Lei de Terras e a consolidação política da Coroa no Rio Grande do Sul (1850-1880).TítuloLitígios ao sul do Império: a Lei de Terras e a consolidação política da Coroa no Rio Grande do Sul (1850-1880).Autor
Cristiano Luis ChristillinoOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2010-03-22Nivel
DoutoradoPáginas
353Volumes
1Banca de DefesaElione Silva GuimarãesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMárcia Maria Menendes MottaMaria Verónica Secreto FerrerasPaulo Afonso ZarthPaulo Pinheiro Machado
ResumoNa presente tese, analisamos a aplicação da Lei de Terras de 1850 na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Recuperamos os conflitos enfrentados pelo Império no Prata e a participação dos milicianos sul-rio-grandenses nesses eventos, de modo a mostrar que a aprovação dos processos de legitimação pelos presidentes de província contribuiu às negociações políticas entre a Coroa e as elites locais. Nosso recorte temporal se estende de 1850 a 1880, período que abrange a promulgação da Lei até a década em que foi produzido o maior volume de processos de legitimação e revalidação de terras. Eles resultaram, principalmente, do avanço da colonização e da exploração da erva-mate. Analisamos a imigração na província meridional e discutimos os interesses da elite sul-rio-grandense nesse processo, para demonstrar que tal processo marcou o encontro do projeto da Coroa com os objetivos de parte da elite local. A erva-mate foi a segunda atividade econômica mais importante da província nesse período e constituiu a principal alternativa encontrada pelos estancieiros à pecuária. A expansão da fronteira fundiária, sobre as terras florestais, multiplicou o número de litígios entre os terratenentes e, com isso, aumentou a procura pelos expedientes da Lei para reconhecimento do direito de acesso a terras. No entanto, os velhos mecanismos de afirmação de propriedade permaneceram entre as estratégias dos fazendeiros para enfrentarem as disputas por terras.
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2010-03 A Mulher-Faraó: Representações da Rainha Hatshepsut como instrumento de legitimação (Egito Antigo – Século XV A.C.)TítuloA Mulher-Faraó: Representações da Rainha Hatshepsut como instrumento de legitimação (Egito Antigo – Século XV A.C.)Autor
Aline Fernandes de SousaOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
2010-03-18Nivel
MestradoPáginas
173Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoNorma Musco MendesRegina Maria da Cunha BustamanteSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoEm comparação com as mulheres de outras civilizações antigas, as egípcias desempenharam um papel privilegiado em questões jurídicas e econômicas. No entanto, seu estado ainda era inferior ao dos homens egípcios, sendo as mulheres excluídas, por exemplo, de postos públicos dos quais o trabalho de outras pessoas dependia; apenas algumas mulheres foram chamadas de escriba. O faraó, descendente direto do deus criador, encarnava uma divindade masculina. Isso fazia com que o reinado de uma mulher fosse percebido como algo contrário a Maat, a ordem cósmica e social que permeava o cosmos, conceito central para os antigos egípcios. Por essa razão, o reinado da rainha-faraó Hatshepsut, no século XV a.C., ponto central dessa pesquisa, torna-se peculiar, já que a mesma ocupou o trono do Egito por quase vinte anos e produziu uma série de imagens que a representavam como um legítimo faraó varão. As fontes selecionadas para o estudo são representações iconográficas dessa governante, especificamente estátuas e relevos, e a metodologia aplicada às imagens foi desenvolvida por Richard H. Wilkinson que, a partir da forte ligação entre escrita e imagem representacional no Egito Antigo, entende que os gestos das figuras podem ser lidos e interpretados como a representação simbólica de uma ação. Assim, tendo como uma de suas bases teóricas o conceito de gênero, relacionado a papéis socialmente construídos, o presente trabalho tem por objetivo identificar as estratégias empregadas por esta mulher-faraó, sexta governante da XVIII dinastia, a fim de legitimar seu poder como soberano do trono das Duas Terras, o Egito.
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2010-03 Um Ritmo Espontâneo: O Organicismo em Raízes do Brasil e Caminhos e Fronteiras, de Sérgio Buarque de HolandaTítuloUm Ritmo Espontâneo: O Organicismo em Raízes do Brasil e Caminhos e Fronteiras, de Sérgio Buarque de HolandaAutor
João Kennedy EugênioOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2010-03-17Nivel
DoutoradoPáginas
477Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresClaudete Maria Miranda DiasGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesIsmênia de Lima MartinsLúcia Maria Paschoal GuimarãesLuiz Carlos SoaresRonaldo Vainfas
ResumoHá uma fonte comum a Raízes do Brasil e Caminhos e fronteiras: o organicismo, com seus tópicos característicos: senso de realidade e aversão a fantasias ou programas; crescimento espontâneo, a partir das próprias forças do organismo cultural; adaptabilidade ou plasticidade; singularidade cultural, isto é, a consideração da tradição e da identidade de um povo; cultura como totalidade dotada de um "filtro" que atua nas trocas culturais. Nos dois livros há um trecho-síntese da concepção organicista de cultura, que permanece praticamente idêntico nos trinta anos que vão da primeira edição de Raízes do Brasil (1936) à edição de Caminhos e fronteiras (1957). Mas há diferenças entre as narrativas. Raízes do Brasil possui um movimento textual feito de oposições – de matrizes rivais: organicismo x sociologia no nível médio das seções, filosofia da vida x sociologia no nível micro dos tópicos. As referências principais são: Weber, na sociologia; Klages, Simmel e Heráclito, na filosofia da vida; Simmel e Aristóteles no organicismo. Sérgio Buarque delineia um organicismo que integra a noção de forma (princípio de individuação) e ritmo (o curso do mundo). Sérgio Buarque compreende vida e história como feitas de oposições em equilíbrio e deseja que a cultura brasileira combine raízes e inovações, tradição e experimentação. Como os organismos vivos, que crescem segundo uma lei interna, mas adaptando-se à realidade envolvente, a cultura precisa se realizar segundo um padrão intrínseco, mas adaptando-se ao contexto geral; ela precisa entrelaçar tradição cultural e modernidade, Volkgeist e Zeitgeist, physis (caráter) e nomos (norma), espírito e vida, em um acordo de antagonismos que seria a lei da vida. Em 1948 publicou-se a segunda edição de Raízes do Brasil, com acréscimos e reformulações. Entre as mudanças está a emergência do viés político progressista. O organicismo sofre uma atenuação plausível: o ensaio é um organismo que cresce e se adapta às novas circunstâncias; realiza em si o que propõe para o Brasil. E as mudanças se integram na economia do contraponto que rege o ensaio: antagonismos em equilíbrio. Mas é preciso reconhecer que a partir de 1948 o ânimo de Sérgio Buarque muda quanto ao organcismo, que ele critica em vários artigos, de forma injusta e exagerada. Em Raízes do Brasil a concepção "orgânica" deparava com um obstáculo: os brasileiros teimavam em agir de forma não adaptativa, renegavam sua tradição histórica e contradiziam na prática o postulado do ensaio de que toda cultura só absorve de outras os traços que são compatíveis com os seus quadros de vida. Já em Caminhos e fronteiras, se as marcas do organicismo são menos visíveis, o organicismo lá é inteiro (sem matriz rival), amplo e sereno. Desviando o olhar da história do Brasil como um todo, Sérgio Buarque vê a realização do crescimento orgânico e da adaptação à realidade na história de São Paulo, sem os dilemas que marcaram a sociedade brasileira do latifúndio monocultor escravista. Nesse livro Sérgio Buarque faz história de inspiração antropológica e isto já revela um traço do organicismo – afinal as raízes da antropologia cultural se ligam à noção aristotélica de forma como princípio de individuação e à valorização das coisas particulares como dotadas de teleologia (princípio de crescimento) própria. Em Caminhos e fronteiras a pesquisa disciplinada e a narrativa histórica são guiadas pela imaginação "orgânica": os tópicos característicos (crescimento orgânico, adaptação à realidade, singularidade cultural) estão por toda parte e os capítulos compõem um tácito argumento organicista. Mais que um erudito livro de história, Caminhos e fronteiras é uma intervenção velada no debate sobre a história do Brasil e as vias de acesso à modernidade.
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2010-03 Serras de Ibiapaba. De Aldeia à Vila de Índios: Vassalagem e Identidade no Ceará colonial - Século XVIIITítuloSerras de Ibiapaba. De Aldeia à Vila de Índios: Vassalagem e Identidade no Ceará colonial - Século XVIIIAutor
Lígio José de Oliveira MaiaOrientador(a)
Maria Regina Celestino de AlmeidaData de Defesa
2010-03-12Nivel
DoutoradoPáginas
409Volumes
1Banca de DefesaElisa Frühauf GarciaEurípides Antônio FunesJoão Pacheco de Oliveira FilhoJohn Manuel MonteiroMárcia Fernanda Ferreira MalheirosMaria Regina Celestino de AlmeidaMariza de Carvalho Soares
ResumoEsta tese visa refletir sobre as mudanças históricas pelas quais passaram os grupos indígenas nas Serras de Ibiapaba (CE), ao longo do século XVIII, procurando entendê-las também a partir da perspectiva dos índios. Sob os efeitos das legislações indigenistas abrangentes como o Regimento das Missões (1686) e o Diretório pombalino (1757), houve mudanças da maior importância, especialmente, na forma de governo dos índios aldeados: entre 1700-1759, com governo dos jesuítas na aldeia de Nossa Senhora da Assunção, também chamada "aldeia de Ibiapaba"; e a partir de 1759, com a elevação da antiga aldeia à categoria de Vila Viçosa Real, então, sob administração laica (com diretor e câmara local) e direção espiritual de padres seculares. Todo esse processo contou com a participação dos grupos indígenas, particularmente de suas lideranças. O objetivo da tese, por conseguinte, é compreender a ação indígena em diferentes contextos históricos setecentistas demonstrando que, mesmo na condição de dominação, eles buscaram diante das incertezas participar dos meandros do Antigo Regime, como índios aldeados e vassalos d’El Rei.
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2010-03 Socialistas Libertários e Lutas Sociais no Rio de Janeiro: Memórias, Trajetórias e Práticas (1985-2009)TítuloSocialistas Libertários e Lutas Sociais no Rio de Janeiro: Memórias, Trajetórias e Práticas (1985-2009)Autor
Mariana Affonso PennaOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2010-03-12Nivel
MestradoPáginas
166Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Ribeiro SamisLaura Antunes MacielNildo Silva VianaNorberto Osvaldo FerrerasVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEsta dissertação analisa movimentos e organizações atuais no Rio de Janeiro que adotam práticas socialistas libertárias, ou seja, que possuem como princípio a atuação direta dos trabalhadores nas lutas sociais e na construção de uma organização própria, horizontal e autônoma de poder, portanto autogestionária, desconstruindo a noção muito difundida de que o socialismo libertário é uma prática política relegada ao passado. Dessa maneira, a dissertação visa reconstituir a memória recente, assim como as trajetórias e práticas políticas dessas organizações e movimentos sociais. Primeiramente traça um breve histórico das organizações que deram origem a alguns dos coletivos contemporâneos, apresenta como estes se organizam e reflete sobre suas práticas. O foco principal da investigação procurou acompanhar ações de ocupação urbana, uma luta social que vem sendo privilegiada pelos socialistas libertários na cidade do Rio de Janeiro, particularmente as experiências do Acampamento Maria Júlia Braga, da Federação Anarquista do Rio de Janeiro e da Frente de Luta Popular. Por fim, busca apresentar alguns dos principais mecanismos utilizados pelos antagonistas dos movimentos sociais para fazer frente a essas lutas, via grande mídia, judiciário e aparelhos repressivos.
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2010-03 RETRATOS, INSTANTÂNEOS E LEMBRANÇAS: a trajetória e o acervo da fotógrafa Írica Kaefer, Marechal Rondon (1954 - 1990)TítuloRETRATOS, INSTANTÂNEOS E LEMBRANÇAS: a trajetória e o acervo da fotógrafa Írica Kaefer, Marechal Rondon (1954 - 1990)Autor
Lucia Teresinha Macena GregoryOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2010-03-12Nivel
DoutoradoPáginas
382Volumes
1Banca de DefesaNoneAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusCharles MonteiroIsmênia de Lima MartinsMariana de Aguiar Ferreira MuazeMilton Roberto Monteiro RibeiroPaulo Knauss de MendonçaSonia Cristina da Fonseca Machado Lino
ResumoEste é um estudo sobre fotografias e memórias feito a partir do acervo particular de Írica Kaefer, constituído pela Foto Kaefer, uma das primeiras casas fotográficas da então Vila General Rondon, com funcionamento desde meados de 1950 até 1990, período que define o nosso recorte temporal. Na perspectiva teórico-metodológica adotada, a fotografia é identificada como uma prática social de produção de sentido. A pesquisa, portanto, relaciona fotografia e memória a fim de discutir o processo de construção social e a relação dos sujeitos com a história local. As unidades culturais foram organizadas nas categorias espaço fotográfico, espaço geográfico, espaço do objeto, espaço da figuração e espaço da vivência, que serviram de base para a análise. Em síntese, após definidas as séries e as quantidades fotográficas analisadas, então entrevistas, textos, jornais e revistas fundamentaram a relação percebida entre a cultura fotográfica e a construção de memórias em Marechal Cândido Rondon/PR, no período 1954 a 1990.
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2010-03 "Batuque na cozinha, Sinhá num quer!"Repressão e resistência cultural dos cultos afro-brasileiros no Rio de Janeiro (1870-1890).Título"Batuque na cozinha, Sinhá num quer!"Repressão e resistência cultural dos cultos afro-brasileiros no Rio de Janeiro (1870-1890).Autor
Rafael Pereira de SouzaOrientador(a)
Gizlene NederData de Defesa
2010-03-11Nivel
MestradoPáginas
139Volumes
1Banca de DefesaGisálio Cerqueira FilhoGizlene NederHumberto Fernandes MachadoKeila Grinberg
ResumoO objetivo deste trabalho é estudar a questão relacionada à perseguição às casas destinadas aos cultos afro-brasileiros nas últimas décadas do século XIX na cidade do Rio de Janeiro. Analisamos diversas prisões de líderes religiosos afro-descendentes para observar a repressão policial e traçar um roteiro das experiências vivenciadas por estes líderes religiosos que se valiam da tradição de enaltecer a bravura de seus antepassados, conforme o escopo mais geral das crenças e práticas religiosas das populações afrodescendentes no Brasil. Para tanto, pesquisamos os Livros de Matrículas da Casa de Detenção, jornais da época e obras literárias. O trabalho teve a preocupação em identificar as diferentes estratégias de resistência e negociação das práticas religiosas cultuadas pelas classes subalternas da cidade do Rio de Janeiro. Cultos afro-brasileiros; perseguição policial; resistência cultural.
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2010-03 "Natural Jeyto e Boa Ensinança": Aspectos moralísticos e políticos na Literatura Técnica da Dinastia de Avis (Portugal, séc. XIV/XV)Título"Natural Jeyto e Boa Ensinança": Aspectos moralísticos e políticos na Literatura Técnica da Dinastia de Avis (Portugal, séc. XIV/XV)Autor
Jonathan Mendes GomesOrientador(a)
Roberto Godofredo Fabri FerreiraData de Defesa
2010-03-11Nivel
MestradoPáginas
142Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasMiriam Cabral CoserRoberto Godofredo Fabri FerreiraVânia Leite Fróes
ResumoEstudo sobre o papel dos jogos na educação dos príncipes e nobres na corte portuguesa do fim da Idade Média. Usou-se como referência a literatura de proveito produzida nos dois primeiros reinados da Dinastia de Avis, em Portugal, de 1385 a 1438, representada aqui por duas importantes obras, O Livro de Montaria de D. João I, e a Arte de Bem Cavalgar Toda Sela de D. Duarte. O conteúdo moralístico e político destes tratados favorecia a centralização do poder régio, e afirmava a legitimidade da nova dinastia. A formação de uma sociedade de corte, composta por uma nova nobreza, incluía grupos antes excluídos, cuja manutenção dos privilégios vinha através da proximidade com o rei, e da busca por similitudes com este. Os tratados transmitiam normas aos cortesãos para se enquadrarem na reordenação dos sentimentos e comportamentos, seguindo uma conduta mais polida. Assim, iniciou-se a transformação dos cavaleiros em cortesãos.
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2010-03 "O Dote é a Moça Educada": Mulher, dote e instrução em São Luís na Primeira RepúblicaTítulo"O Dote é a Moça Educada": Mulher, dote e instrução em São Luís na Primeira RepúblicaAutor
Elizabeth Sousa AbrantesOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2010-03-10Nivel
DoutoradoPáginas
320Volumes
1Banca de DefesaMargareth de Almeida GonçalvesPedro Vilarinho Castelo BrancoRachel SoihetSandra Regina Rodrigues Dos SantosSheila Siqueira de Castro FariaSuely Gomes Costa
ResumoA presente pesquisa analisa como simbolicamente a instrução formal destinada às mulheres passou a ser valorizada como um componente fundamental na sua educação, tornando-se seu símbolo moderno de "dote" no início do século XX. Apresentamos o estatuto do dote no período colonial e os novos arranjos dotais no século XIX, com a maior tendência para que as mulheres das classes altas e médias fossem para o casamento de mãos abanando, embora com a possibilidade de receberem dotes de seus noivos. Apesar do dote ainda ser uma possibilidade legal no início do século XX, cresciam as críticas ao dote e ao casamento por conveniência, ao mesmo tempo em que as famílias buscavam outros atrativos para ‘valorizar’ suas filhas no mercado matrimonial. A instrução como dote simbólico poderia servir tanto para arranjar um "bom partido" como para ser um meio de sobrevivência digna na ausência de "amparo marital". Analisamos os novos mecanismos de proteção social criados pelo Estado republicano, a maior inserção das mulheres no mercado de trabalho e a política educacional do período que ampliou o acesso feminino ao ensino secundário profissionalizante e ao ensino superior. Com isso, queremos mostrar os sentidos dessa educação que pretendia preparar as mulheres para serem as "mães educadoras" das novas gerações e que ao mesmo tempo criava brechas para a emancipação feminina através da conquista de uma profissão, o seu "dote
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2010-03 Identidades de Gênero, Amor e Casamento em Teresina (1920-1960)TítuloIdentidades de Gênero, Amor e Casamento em Teresina (1920-1960)Autor
Elizangela Barbosa CardosoOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2010-03-09Nivel
DoutoradoPáginas
535Volumes
1Banca de DefesaLuzia Margareth RagoMagali Gouveia EngelPedro Vilarinho Castelo BrancoRachel SoihetRoselane NeckelSuely Gomes CostaTeresinha de Jesus Mesquita Queiroz
ResumoEste trabalho estuda as relações de gênero e as condições históricas que tornaram possível a construção da identidade feminina centrada no casamento e na maternidade, no período compreendido entre 1920 e 1960, em Teresina (PI). Questiona-se acerca das formas de perceber o gênero que teriam possibilitado às mulheres se significarem a partir da maternidade e do casamento, das normas que asseguraram essa definição e das articulações entre as normas e a organização social. São abordadas diferenças e hierarquias de gênero no campo da educação formal, no mercado de trabalho, na trajetória do flerte ao noivado e em códigos de sexualidade. Igualmente, analisa-se a difusão do amor romântico no processo de formação de casais e seu impacto na colonização do futuro feminino. É também abordada a definição da mulher pela maternidade e a ampliação do papel materno, no decorrer do período em estudo. O corpus documental que permitiu o desenvolvimento do tema proposto é formado por contos, crônicas e artigos publicados em jornais, revistas e almanaques, que circularam em Teresina. Memórias, biografias, romances, poesias, quadrinhas, brincadeiras infantis, genealogias, dados censitários, mensagens e relatórios governamentais, depoimentos de homens e mulheres que viveram a juventude na conjuntura abordada, bem como a revista Vida Doméstica, produzida, no Rio de Janeiro, mas também consumida em Teresina, compõem igualmente a documentação pesquisada. Argumenta-se que o delineamento da identidade feminina embasada no casamento e na maternidade foi fruto do impacto da definição da mulher como naturalmente mãe, bem como da construção de diferenças e hierarquias de gênero na educação familiar e formal, no mercado de trabalho e nas relações afetivo-sexuais.
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2010-03 Pioneirismo e Hegemonia: A Construção da Agronomia como Campo Científico na Bahia (1832-1911)TítuloPioneirismo e Hegemonia: A Construção da Agronomia como Campo Científico na Bahia (1832-1911)Autor
Nilton de Almeida AraújoOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2010-03-08Nivel
DoutoradoPáginas
374Volumes
1Banca de DefesaAlda Lucia HeizerJosé Carlos Barreto de SantanaLuiz Carlos SoaresMagali Gouveia EngelMaria Letícia CorrêaSonia Regina de MendonçaThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoA história da agronomia na Bahia é o tema deste estudo. Esta investigação se debruça sobre a institucionalização da agronomia enquanto campo científico em dois momentos: enquanto projeto e enquanto ação. Como projeto através da análise da Sociedade de Agricultura, Comércio e Indústria da Província da Bahia (SACIPBA) e do Imperial Instituto Bahiano de Agricultura (IIBA), e, especialmente, como ação entre 1877 e 1911, a partir da Escola Agrícola da Bahia (EAB, 1877) fundada pelo Imperial Instituto, da Secretaria de Agricultura da Bahia (SEAGRIBA, 1896) e da Sociedade Baiana de Agricultura (SBA, 1902), buscando reconstituir as práticas e representações dos grupos sociais envolvidos neste processo - principalmente os engenheiros agrônomos. Nossa hipótese é de que a emergência da agronomia como campo científico na Bahia se vincula a um projeto de construção de hegemonia de uma fração de classe dominante em formação a partir do Recôncavo baiano. Neste sentido utilizaremos diversos tipos de fontes emanadas destas instituições (SACIPBA, IIBA, SBA, SEAGRIBA e EAB) para mapear um processo de construção de hegemonia, a elaboração de hierarquias raciais e um conjunto de valores, práticas e métodos socialmente apreendidos, reproduzidos e partilhados por estes novos agentes. Destacamos no interior deste corpo documental as teses escritas pelos estudantes da EAB como vias para reconstituir este processo ao mesmo tempo científico e político.
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2010-03 "Planejamento e Industrialização em regiões periféricas: As idéias da CEPAL no Projeto Paranaense de Desenvolvimento"Título"Planejamento e Industrialização em regiões periféricas: As idéias da CEPAL no Projeto Paranaense de Desenvolvimento"Autor
Carlos Alberto Ferreira GomesOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2010-03-04Nivel
DoutoradoPáginas
231Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesCezar Teixeira HonoratoGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraGloria Maria Moraes da CostaIsmênia de Lima MartinsLuiz Carlos SoaresPedro Paulo Zahluth Bastos
ResumoO presente trabalho tem por objetivo investigar a influência das teses formuladas pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL) no processo de desenvolvimento econômico e social do Brasil e, em especial, do estado do Paraná, tendo como foco central as ações empreendidas pelos governos e suas instituições ao longo do período 1950-1970. Esse período foi marcado pela forte influência da chamada ideologia desenvolvimentista, que propunha a utilização do planejamento governamental e da adoção de políticas voltadas para a industrialização como meio para se alcançar o desenvolvimento. Os estudos da CEPAL procuraram examinar, partindo de uma perspectiva histórica, a situação das regiões periféricas e concluíram que as mudanças necessárias para se promover a industrialização exigiam transformações nas estruturas produtivas de suas economias. O Paraná, na condição de economia periférica, a partir do início dos anos 1960 viu colocado em prática o seu projeto paranaense de desenvolvimento, idealizado por técnicos do poder público e adotado pelo governo Ney Braga (1961-1965), mas que tem suas referências nas políticas industrializantes do Plano de Metas, do governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), que recebeu grande contribuição dos estudos patrocinados pela CEPAL. A constatação da pesquisa realizada é a de que os debates que se iniciam no Paraná durante os anos 1950 e as políticas adotadas quando da elaboração e execução do seu projeto de desenvolvimento, na primeira metade da década de 1960, tiveram na CEPAL e na ideologia desenvolvimentista as suas fontes de inspiração. Entretanto, mudanças de rumo na execução desse projeto fizeram com que essa importante contribuição da CEPAL se tornasse praticamente desconhecida com o passar do tempo.
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2010-03 A Tradição por Um Fio: Uma história das sensibilidades em relação aos espaços na crise dos padrões tradicionais de masculinidade no Nordeste (1940/1980)TítuloA Tradição por Um Fio: Uma história das sensibilidades em relação aos espaços na crise dos padrões tradicionais de masculinidade no Nordeste (1940/1980)Autor
Valdinar da Silva Oliveira FilhoOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2010-03-01Nivel
DoutoradoPáginas
268Volumes
1Banca de DefesaÁlvaro Pereira do NascimentoAndrea Barbosa MarzanoCecília da Silva AzevedoClaudia Feierabend Baêta LealNorberto Osvaldo FerrerasThéo Lobarinhas PiñeiroVanderlei Vazelesk Ribeiro
ResumoA tradição por um fio: uma história das sensibilidades em relação aos espaços na crise dos padrões tradicionais de masculinidade no Nordeste (1940/1980), num primeiro instante se preocupou em demonstrar, narrar, problematizar e apresentar que o sensível, ou em outras palavras, que a sensibilidade humana tem uma história, e, que a mesma tem uma importância fundamental para o "eu" e para os "outros", pois estabelece relações diversas, dinâmicas e multidirecionais atravessadas no tempo e no espaço em que a história é narrada. Não podemos esquecer que as abordagens estruturais servem para nos dar a sintaxe da região, mas não a sua semântica. Elas nos apresentam os elementos, mas não nos é capaz de dizer como estes fazem sentido, como estes são organizados na forma de relatos, sejam relatos de memória, relatos de espaço, relatos literários, relatos sociológicos, relatos geográficos, relatos historiográficos. Num segundo momento, esta tese se preocupou em demonstrar que o que ocorre entre a sensibilidade humana e os espaços praticados pelos mesmos é relacional, que nossas relações com os lugares, com os territórios, com a terra é da ordem do sensível, talvez por isso não se tenha, durante muito tempo, encontrado pessoas dispostas a fazer a história destas relações. È sobre a história das relações do gênero masculino sustentado e demarcado pela tradição nordestina marcada por padrões e estereótipos em crise do que é ser homem nesta região que se constitui o eixo principal desta tese. Entre os folhetos de cordel e os romances clássicos e as memórias aqui utilizadas, o masculino foi pensado, problematizado e apresentado atravessando uma crise nos padrões estabelecidos na sociedade dita nordestina no começo do século XX. Enfim, uma história entre a prática dos lugares e espaços praticados da nordestinidade e da masculinidade percebemos os limites do mundo masculino demarcado entre o "fogo morto" e os limites do mando que entravam em crise, em confronto, em luta. Daí histórias no barbante de violência e masculinidade em relação aos espaços e ao feminino, que emergiam entre um passado patriarcal e uma sociedade matriarcal, efeminada que ameaçava a tradição configurada em crise da masculinidade nordestina sustentada por um fio e temerosa do nivelamento social e de gênero que se estabelecia no Nordeste no começo do século XX, entre 1940 e 1980, para ser mais didático.
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2010-02 "AO PÚBLICO SINCERO E IMPARCIAL" Imprensa e Independência do Maranhão (1821-1826)Título"AO PÚBLICO SINCERO E IMPARCIAL" Imprensa e Independência do Maranhão (1821-1826)Autor
Marcelo Cheche GalvesOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2010-02-05Nivel
DoutoradoPáginas
356Volumes
1Banca de DefesaGladys Sabina RibeiroHumberto Fernandes MachadoLucia Maria Bastos Pereira Das NevesMarco MorelThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEsta tese dedica-se ao estudo da província do Maranhão, desde a "adesão" à Revolução do Porto, em abril de 1821, até 1826, momento em que acontece a primeira festa de aclamação ao imperador. Interessa-me, especialmente, a construção de espaços públicos de representação política, materializados pela difusão de impressos, a circulação de abaixo-assinados e as reuniões políticas, agora também realizadas em praça pública, em meio a mudanças importantes na vida provincial, como o constitucionalismo português, as primeiras notícias de "separação" do Centro-Sul, a "adesão" do Maranhão ao Império, as tensões que marcaram a reorganização política provincial e o reconhecimento de um novo centro de autoridade, estabelecido no Rio de Janeiro. O objetivo principal é analisar as mediações entre a política provincial e a construção desses espaços públicos, não apenas variantes ao sabor da intensidade das querelas, mas também ingrediente poderoso na conformação dessa mesma política.
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2010-01 "COLUNAS VIVAS DE SÃO PEDRO": concílios, temporalidades e reforma na história institucional do Papado medieval (1046-1215)Título"COLUNAS VIVAS DE SÃO PEDRO": concílios, temporalidades e reforma na história institucional do Papado medieval (1046-1215)Autor
Leandro Duarte RustOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2010-01-15Nivel
DoutoradoPáginas
548Volumes
1Banca de DefesaAndréia Cristina Lopes Frazão da SilvaEdmar Checon de FreitasJosé Rivair MacedoMário Jorge da Motta BastosRoberto Godofredo Fabri Ferreira
ResumoEste estudo analisa a constituição política do papado medieval entre os séculos XI e XIII. Em especial, nossa busca consiste em compreender como transcorreram os processos decisórios nos quais estavam envolvidos os homens encarregados de agir em nome da autoridade apostólica romana. A análise de um diversificado corpus documental, composto por constituições e atas conciliares, vitae papae, epistolários, crônicas e opúsculos, revelou uma intrincada trama de condicionamentos envolvendo, num mesmo movimento histórico, a organização e a dinâmica das relações políticas pontifícias e as representações do tempo partilhadas pelos integrantes da igreja romana. Isto é, íntimas conexões ligavam os sentidos atribuídos à passagem do tempo à aplicação de lei canônica, ao entrosamento com as elites regionais da Cristandade senhorial, aos fundamentos sociais da noção de autoridade, às metas de controle social presentes nas relações de poder vivenciadas pelos membros do papado centro-medieval. Com base no exame destas correlações destaca-se uma releitura dos domínios institucionais que fundamentavam o exercício do poder pontifício; a análise da ascensão política do papado como um conjunto supra-regional de pólos de poder; os pressupostos e os limites analíticos envolvidos na aplicação historiográfica do conceito de "Reforma"; as relações existentes entre o governo pontifício, a eclesiologia romana e a secularização da temporalidade.
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2009-12 No sertão, a revolta:Grupos sociais e formas de contestação na América portuguesa, Minas Gerais - 1736TítuloNo sertão, a revolta:Grupos sociais e formas de contestação na América portuguesa, Minas Gerais - 1736Autor
Gefferson Ramos RodriguesOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2009-12-16Nivel
MestradoPáginas
243Volumes
1Banca de DefesaÂngelo Alves CarraraGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLuciano Raposo de Almeida FigueiredoLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMarco Antonio Villela PamplonaRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoO papel dos grupos sociais que participaram da série de revoltas conhecidas com Motins do Sertão do São Francisco em Minas Gerais, que tiveram como estopim o sistema de cobrança do quinto por meio da capitação, é o tema de que se ocupa esta dissertação. Destacando Nomeadamente os membros de estratos sociais menos privilegiados, sustenta que esses grupos atuaram com certa independência em relação aos grandes proprietários que também estiveram envolvidos nos protestos. O trabalho trata ainda do processo de ocupação do sertão da Capitania, os grupos familiares que aí se fixaram com suas fazendas de gado e estabelecimento de relações comerciais com a região mineradora.
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2009-12 Imprensa e luta pela terra no Pontal do Paranapanema: do direito de resistência ao fato jornalístico (1995-2002)TítuloImprensa e luta pela terra no Pontal do Paranapanema: do direito de resistência ao fato jornalístico (1995-2002)Autor
Paulo Ignacio Correa VillaçaOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2009-12-15Nivel
MestradoPáginas
122Volumes
1Banca de DefesaFrancisco Carlos Palomanes MartinhoHeloisa de Faria CruzMaria Paula Nascimento AraújoMartha Campos Abreu
ResumoA pesquisa investigou as formas e estratégias da manipulação das informações sobre os acontecimentos no Pontal do Paranapanema durante os anos de 1995 a 2002 e identificou como os jornais O Globo e o Jornal do Brasil exerceram uma ação política. A grande imprensa, consolidada como espaço público coletivo, selecionou e produziu, a partir do universo de experiências e lutas, fatos e notícias capazes de reforçar valores e projetos dominantes. A extrema concentração fundiária no Pontal se revelou uma parte da questão estrutural do desenvolvimento do capitalismo no Brasil, do qual as empresas jornalísticas são parte integrante e, ao mesmo tempo, suas forças de sustentação. A concentração de terras e a concentração de mídias são dois lados de um mesmo processo. A grande imprensa e a grande propriedade da terra estão no centro das relações de poder no Brasil. A pesquisa confirmou que esse monopólio da informação não é absoluto, restando brechas onde outras formas de fazer jornalismo podem intervir na conjuntura político-cultural do país, daí a importância da incorparação das matérias da revista Caros Amigos.
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2009-12 Fernão Lopes (c.1380/90-1459?): Crônica e História em Portugal (Séc. XIV e XV)TítuloFernão Lopes (c.1380/90-1459?): Crônica e História em Portugal (Séc. XIV e XV)Autor
Bruno GianezOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2009-12-14Nivel
MestradoPáginas
150Volumes
1Banca de DefesaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLúcia Maria Paschoal GuimarãesPaulo Knauss de MendonçaValdei Lopes de AraujoWilliam de Souza Martins
ResumoO objeto de análise desta dissertação, com ênfase numa história da historiografia, centra-se nos elementos constituintes da escrita da história em língua portuguesa nos séculos XIV-XV, os quais possibilitaram a emergência de um "discurso propriamente histórico" no interior do gênero cronístico. O recorte documental escolhido, as crônicas oficiais de Fernão Lopes (1380/90-1459†), permitiu traçar uma espécie de gênese do discurso historiográfico em Portugal, uma vez que as obras despontam num período de abalo e rearranjo decisivo do pensamento histórico e político no reino, os quais marcaram a ascensão da dinastia de Avis (c. 1383-1385). Na prosa de Lopes a escrita da história deve explicar uma realidade profundamente desordenada e instável, normatizando-a, o que culminou numa crise das narrativas tradicionais e na rearticulação profunda dos pressupostos historiográficos e dos conceitos de tempo e história. Orientado pelas concepções teórica-metodológicas desenvolvidas na História dos Conceitos de Reinhart Koselleck e História dos Discursos Políticos de John Pocock e Quentin Skinner, o presente trabalho buscou compreender o estabelecimento de uma relativa autonomização do "discurso histórico" frente a outros modelos de recuperação do passado. Através de elementos metodológicos concebidos num sentido mais amplo de subjetividade Lopes verteu empenho na produção de um ordenamento textual que viabilize o aparecimento da "verdade nua" como expressão primeira do trabalho do cronista.
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2009-12 Duque de Caxias (RJ) - De Cidade Dormitório à Cidade do Refino do Petróleo: um estudo econôícmico-político, do início dos anício dos anos 1970os 1950 ao inTítuloDuque de Caxias (RJ) - De Cidade Dormitório à Cidade do Refino do Petróleo: um estudo econôícmico-político, do início dos anício dos anos 1970os 1950 ao inAutor
Pierre Alves CostaOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2009-12-11Nivel
DoutoradoPáginas
339Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesCezar Teixeira HonoratoClaudio Antonio Gonçalves EglerGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraHélvio Alexandre MarianoLuiz Cláudio Moisés RibeiroRicardo Frota de Albuquerque Maranhão
ResumoA presente pesquisa tem como intuito principal realizar um estudo econômico-político da transformação de Duque de Caxias (RJ) de cidade dormitório em cidade do refino do petróleo, entre o início dos anos 1950 e o início dos anos 1970. A questão central (norteadora) é: por que se escolheu Caxias e por que a refinaria? A região de Caxias não é percebida aqui como uma região improdutiva, desprovida de História e sim, uma região modelada pelas condições materiais e naturais herdadas e pela ação contínua dos diferentes sujeitos históricos. O processo de construção de uma refinaria é o processo de construção de um espaço geográfico a partir da lógica das relações sociais de produção existentes num determinado momento histórico. As transformações sócio-econômicas sofridas por Caxias revelam que a cidade perdeu a característica de tão somente "subúrbio dormitório" do Rio de Janeiro; desenvolvendo uma economia própria e passando a se constituir também numa cidade industrial. Nas décadas de 1970 e 80 começa a se consolidar o Pólo Petroquímico de Duque de Caxias; e, no início deste século, Caxias recebe o Pólo Gás-Químico. Porém, apesar de todo este crescimento econômico, verificado principalmente a partir dos anos 1960, Caxias continua com graves problemas sociais.