Thèses
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2009-10 Em Busca do Paradigma Perdido: As Esquerdas Brasileiras e a Crise do Socialismo RealTítuloEm Busca do Paradigma Perdido: As Esquerdas Brasileiras e a Crise do Socialismo RealAutor
Izabel Cristina Gomes da CostaOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2009-10-30Nivel
DoutoradoPáginas
336Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzDulce Chaves PandolfiFrancisco Carlos Palomanes MartinhoMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz Quadrat
Resumo"Em Busca do Paradigma Perdido: as esquerdas brasileiras e a crise do socialismo real" analisa o impacto do colapso do socialismo de tipo soviético sobre três importantes tradições das esquerdas brasileiras: o socialismo petista (PT), os comunismos do PCB e do PC do B e o socialismo trabalhista do PDT. A tese está organizada em seis capítulos. O capítulo I apresenta determinados elementos da crise do movimento socialista internacional antes das reformas de Mikhail Gorbatchev na URSS. Além disso, o texto mapeia as principais tradições das esquerdas brasileiras no século XX, e contextualiza o momento singular da conjuntura nacional assinalada pelo processo de abertura política. Os quatro capítulos subseqüentes estudam o comportamento das esquerdas brasileiras durante os eventos ocorridos entre 1985 e 1991, analisando as principais tradições deste campo político. Empregando depoimentos orais e documentos escritos, a tese resgata o debate desenvolvido no seio das mesmas, protagonizado por dirigentes, militantes e afiliados. As resoluções partidárias também são trabalhadas, pois elas representam a síntese realizada após intensas discussões, gerando, muitas vezes, dissensões. Com este objetivo o texto trata da sua concepção de socialismo, das interpretações elaboradas sobre o processo de reformas e de decomposição do bloco comunista, identificando as principais alterações no seu sistema de crenças. O epílogo dedica-se a refletir sobre a trajetória das esquerdas brasileiras durante a década de oitenta, estabelecendo as polifonias e as respostas produzidas por elas diante do colapso do socialismo real. Buscando o fio entre este campo e os "paradigmas perdidos", a tese procura compreender como aquela débâcle afetou, por um lado, a cultura política de tais organizações – sua identidade, seu conjunto de crenças e de valores, o seu capital político. Mas, por outro lado, proporcionou a abertura de novos horizontes para os questionamentos e a reconstrução da utopia socialista.
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2009-10 Os Filhos Rebeldes de um Velho Camarada: A Dissidência Comunista da Guanabara (1964-1969)TítuloOs Filhos Rebeldes de um Velho Camarada: A Dissidência Comunista da Guanabara (1964-1969)Autor
Izabel Priscila Pimentel da SilvaOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2009-10-27Nivel
MestradoPáginas
337Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Palomanes MartinhoMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz Quadrat
ResumoO objetivo principal dessa dissertação é analisar a trajetória de uma das organizações revolucionárias surgidas no cenário brasileiro pós-1964: a Dissidência Comunista da Guanabara (DI-GB). As origens da organização remontam às acirradas divergências internas que cindiram o Partido Comunista Brasileiro (PCB) no início da década de 1960. A partir de 1966, quando os dissidentes romperam definitivamente com o partido que lhes dera origem, a Dissidência Comunista da Guanabara consolidou-se como organização autônoma e, inserida no contexto de ebulição do movimento estudantil brasileiro que atingiu seu ápice em 1968, exerceu liderança inconteste entre os estudantes cariocas, ao mesmo tempo em que ampliou sua expressão nacionalmente. Com o refluxo do movimento estudantil, ainda no final do primeiro semestre de 1968 e a exacerbação da repressão, a DI-GB passou à militância política além das fronteiras universitárias, convertendo-se às ações armadas e abandonando, paulatinamente, o movimento estudantil. A organização alcançou grande notabilidade ao conceber e realizar a captura do embaixador dos Estados Unidos, em setembro de 1969. Foi no curso desta ação revolucionária que os dissidentes cariocas adotaram o nome de Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), organização que assumiu papel de destaque nas ações armadas desencadeadas contra a ditadura civil-militar brasileira e o capitalismo, no final dos anos 1960 e início dos anos 1970.
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2009-10 Coerção e Consenso na Primeira República: A Guerra do Contestado (1912 - 1916)TítuloCoerção e Consenso na Primeira República: A Guerra do Contestado (1912 - 1916)Autor
Tarcísio Motta de CarvalhoOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2009-10-20Nivel
DoutoradoPáginas
214Volumes
1Banca de DefesaDilma Andrade de PaulaMarcelo Badaró MattosMárcia Maria Menendes MottaMaria Letícia CorrêaPaulo Pinheiro MachadoSonia Regina de MendonçaThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoO objetivo da presente tese é relacionar a construção do Estado na Primeira República e a Guerra do Contestado. Procuramos compreender a intervenção armada no Contestado, através da violência física estatizada, enquanto instrumento garantidor de uma determinada dominação de classe. Assim, podemos compreender melhor as razões da guerra e, ao mesmo tempo, desvendar os processos de luta pelo controle do Estado, enquanto disputa de valores e representações, ou seja, a construção de uma determinada hegemonia. Para as frações dominadas da classe dominante agrária, a construção desta hegemonia passava, de forma decisiva, pela ampliação da importância econômica da agricultura diversificada e voltada para o mercado interno, praticada nos estados não cafeicultores, dentre eles, Paraná e Santa Catarina. Colocava-se, desta forma, a necessidade de modernizar a agricultura, através da subordinação de seus objetivos à lógica do Capital: institucionalizar a propriedade privada, mecanizar e padronizar os métodos de produção e compelir o trabalhador rural a uma dependência cada vez maior do mercado. O ruralismo brasileiro foi a expressão ideológica e política desta modernização almejada. A Guerra do Contestado, ocorrida entre os anos de 1912 e 1916 nos sertões catarinenses é um episódio privilegiado para analisarmos este processo justamente porque os caboclos daquela região resistiram a tais mudanças, revelando que as construções ideológicas que procuravam caracterizar esse processo como benéfico e inevitável não tiveram a força de se impor pelo consenso. Ao mesmo tempo, na tentativa de justificar a intervenção armada, as classes dirigentes, tanto nacionais quanto locais, tiveram de lançar mão de todo um arsenal discursivo que, mesmo reforçado pela guerra, teve de expor suas contradições e seu conteúdo de classe. Com base nestas reflexões, podemos afirmar ter sido a Guerra do Contestado um momento emblemático da constituição do capitalismo no Brasil, não só porque expôs seu caráter mais violento, mas também porque revela sua dimensão histórica e, portanto, em nada natural.
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2009-10 A pureza da fé - o antijudaismo pacífico de João de Barros no Portugal QuinhentistaTítuloA pureza da fé - o antijudaismo pacífico de João de Barros no Portugal QuinhentistaAutor
Fabio Andre HahnOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2009-10-20Nivel
DoutoradoPáginas
254Volumes
1Banca de DefesaAngelo Adriano Faria de AssisBruno Guilherme FeitlerCélia Cristina da Silva TavaresGeorgina Silva Dos SantosIsabel Maria Ribeiro Mendes Drumond BragaRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
ResumoO objetivo deste trabalho é analisar o projeto de João de Barros (1496-1570), pensador português que visara estabelecer a unidade religiosa no reino português com o propósito de garantir a unidade nacional. Para tanto, Barros se valeu de sua literatura antijudaica de fundo evangelizadora e pacifista, com textos escritos durante o processo de instalação e consequente ação do Tribunal do Santo Ofício em território lusitano. Ao tecer uma crítica aos diversos seguimentos sociais à moda erasmiana, João de Barros declarava desempenhar um papel que não era seu, mas, sim, de um "cão que late para alertar a situação de perigo". O resultado foi uma tentativa de provar a pureza da fé cristã tanto aos cristãos-novos judaizantes quanto aos cristãos velhos abalados em sua fé, visando, então, a criação de uma unidade religiosa e nacional para o reino português.
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2009-10 TEATRO DIALÓGICO: Benjamim Santos em incursão pela História e Memória do Teatro BrasileiroTítuloTEATRO DIALÓGICO: Benjamim Santos em incursão pela História e Memória do Teatro BrasileiroAutor
Francisco de Assis de Sousa NascimentoOrientador(a)
Francisco Alcides do NascimentoData de Defesa
2009-10-02Nivel
DoutoradoPáginas
247Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusEdwar de Alencar Castelo BrancoEvelyn Furquim Werneck LimaFrancisco Alcides do NascimentoGiselle Martins VenancioLucia GrinbergMarcos Ribeiro Mesquita
ResumoNa investigação da relação entre história e teatro deparamo-nos com diversas formas de linguagem vinculadas às produções culturais e tensões sociais, como elementos da realidade brasileira. Para compreensão da trajetória histórica do teatro foram utilizadas a vida e obra do dramaturgo Benjamim Santos, sujeito que participou dos principais acontecimentos da produção teatral brasileira, seja como espectador, autor, diretor ou crítico de teatro na segunda metade do século XX. Neste processo, interagem em seus devidos contextos de produção, a ação dos críticos de teatro, espectadores, iluminadores, cenotécnicos, dramaturgos e atores, protagonistas de novas tendências no teatro brasileiro, que também eclodem na Europa e Estados Unidos. A fundamentação teórica da pesquisa está filiada à Nova História Cultural, tendo como representantes Michel de Certeau, Roger Chartier, Peter Burke, dentre outros. Na montagem metodologia privilegiou-se a história oral como instrumento de construção das fontes orais, bem como a investigação em fontes hemerográficas.
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2009-10 Os Italianos no Noroeste Fluminense: Estratégias Familiares e Mobilidade Social 1897-1950.TítuloOs Italianos no Noroeste Fluminense: Estratégias Familiares e Mobilidade Social 1897-1950.Autor
Rosane Aparecida BartholazziOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2009-10-02Nivel
DoutoradoPáginas
285Volumes
1Banca de DefesaFilippina ChinelliFrederico Alexandre de Moraes HeckerIsmênia de Lima MartinsLená Medeiros de MenezesMárcia Maria Menendes MottaMariléia Franco Marinho InoueVitor Manoel Marques da Fonseca
ResumoA tese privilegia o estudo da imigração italiana no quadro da expansão cafeicultora, no noroeste fluminense, particularmente, no município de Itaperuna, onde inúmeras famílias italianas, originárias de diferentes regiões, fixaram-se como colonas em grandes propriedades rurais, sobretudo na fazenda Bela Vista, nos anos de 1897 e 1898. Através dos registros privados e cartorários, verificou-se que muitas destas famílias, eram oriundas da região do Lazio, Província de Roma, o que imprime ao presente trabalho expressiva particularidade no que diz respeito à origem dos imigrantes italianos que afluíram para a região sudeste do Brasil, no último quartel do século XIX. Neste sentido, optou-se por acompanhar a trajetória dos imigrantes, que deixaram aquela região da Itália, sobretudo os municípios de Proceno e Graffignano, buscando compreender, através da análise da documentação dos arquivos italianos, o contexto econômico, social e político vivido no país de origem e colocando em discussão a questão da miserabilidade do imigrante frente às remessas originadas dos municípios. Na região de acolhida, este estudo buscou analisar a mobilidade social dos imigrantes, que utilizaram diversas estratégias para conquistarem a posse da terra, transformando-se de colonos e parceiros em proprietários rurais e ou comerciantes. Para o estudo da inserção e ocupação do espaço pelas famílias imigradas, o universo de pesquisa ampliou-se. Além dos grupos oriundos do Lazio, foram incluídos, também, as famílias emigradas de outras partes da Itália, considerando que chegaram no mesmo período, trabalharam juntas na mesma fazenda e participaram da rede de solidariedade estabelecida entre eles para demarcarem seu espaço e ascenderem socialmente. Por último, estudou-se a herança da terra, bem como as formas adotadas na transmissão dos negócios, fundamentais para que a maior parte das propriedades continuasse, ainda hoje, nas mãos dos descendentes.
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2009-09 A Fronteira como destino de viagem: A Colônia Militar de Foz do Iguaçu (1888-1907)TítuloA Fronteira como destino de viagem: A Colônia Militar de Foz do Iguaçu (1888-1907)Autor
Antonio Marcos MyskiwOrientador(a)
Beatriz Anselmo OlintoData de Defesa
2009-09-28Nivel
DoutoradoPáginas
245Volumes
1Banca de DefesaBeatriz Anselmo OlintoJosé Adilçon CampigotoLiliane da Costa FreitagMárcia Maria Menendes MottaMarcos Nestor SteinPaulo Pinheiro MachadoValdir Gregory
ResumoEste é um estudo de História Agrária, que tem por tema central a Colônia Militar de Foz do Iguaçu. A meta inicial é investigar como o imenso território situado a Oeste dos campos de Guarapuava passou a ser explorado, ocupado e colonizado, a partir de meados do século XIX, via abertura de picadas e a formação de fazendas de criação. A segunda meta é mostrar que a instalação de uma Colônia Militar na foz do rio Iguaçu, assentada na atividade agrícola e pastoril, teve um lento desenvolvimento devido a uma série de dificuldades, dentre elas, o isolamento geográfico e o extrativismo de erva-mate e madeira adotado pelos militares para poder sobreviver na fronteira via comercialização com argentinos de Posadas e Corrientes. A terceira meta é averiguar como as terras concedidas aos colonos matriculados passaram a ser objetos de disputas e conflitos agrários por não terem sido demarcados e titulados aos seus ocupantes.
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2009-09 Millennium. O imaginário social da Era Atômica (1945-1953)TítuloMillennium. O imaginário social da Era Atômica (1945-1953)Autor
Leslie Lothar Cavalcanti HeinOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2009-09-24Nivel
DoutoradoPáginas
332Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoDaniel Aarão Reis FilhoFlavio LimoncicPaulo Knauss de MendonçaRicardo Figueiredo de CastroSamantha Viz QuadratVitor Izecksohn
ResumoEstudo da ideia da Era Atômica no período 1945-1953 como fenômeno constitutivo de imaginários da Guerra Fria. A noção surgiu do impacto do uso do armamento nuclear sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki no final da Segunda Guerra Mundial e se desdobrou em culturas socialmente ativas que tinham em seu âmago a crença em uma transformação civilizacional constituída pela energia atômica como controle sobre a natureza, bem como na possibilidade de destruição dessa mesma civilização por essa mesma força. A noção de Era Atômica foi originariamente construída pelo Estado norte-americano como simbologia do seu próprio poder, constituindo-se em uma das temáticas fortes da Guerra Fria. Não obstante essa noção de transformação profunda (que idealmente gera uma nova era da história) dê suporte à afirmação do poder e hegemonia norte-americanos no mundo no período do pós-guerra, ao mesmo tempo gera na sociedade uma multiplicidade de percepções e sentidos que ajudam a moldar diversas culturas políticas com intervenção extremamente ativa na política interna dos Estados Unidos a partir de meados da década de 40 até os anos 70. A análise busca a compreensão das representações da bomba e da energia atômica no imaginário da época e como a sociedade inseriu esses elementos em suas utopias e receios, ora se aproximando e ora se afastando dos projetos políticos construídos pelo Estado.
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2009-09 Vivendo entre Cafres: vida e política do Conde de Assumar no Ultramar, 1688 - 1756.TítuloVivendo entre Cafres: vida e política do Conde de Assumar no Ultramar, 1688 - 1756.Autor
Marcos Aurélio de Paula PereiraOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2009-09-15Nivel
DoutoradoPáginas
406Volumes
1Banca de DefesaAdriana RomeiroFrancisco Carlos Cardoso CosentinoIris KantorLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMaria Fernanda Baptista BicalhoMaria Fernanda Baptista BicalhoRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
ResumoEste trabalho estuda a trajetória de vida e a política de D. Pedro Miguel de Almeida Portugal, 3º Conde de Assumar e 1º Marquês de Alorna. Abrange os séculos XVII e XVIII, iniciando a partir da Restauração em 1640, até 1756. Por meio da biografia do Conde de Assumar caracterizamos a sociedade de corte e contextualizamos as atividades da família do Conde de Assumar ao longo do período estudado. Aborda-se o Império português do Ocidente ao Oriente, com ênfase na América Portuguesa e vice-reinado na Índia. As análises privilegiam o exame da cultura política do império lusitano, percebendo uma transformação da política e da forma de governar. Incidindo sobre o exame das redes sociais, das relações centro-periferia e sobre as práticas político-administrativas do Conde de Assumar e outros governadores do império, demonstramos a mutação da política desse período através do entendimento da Razão de Estado em transformação.
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2009-09 Dívida e Obrigação: as Relações de Crédito em Minas Gerais, sécs. XIX/XXTítuloDívida e Obrigação: as Relações de Crédito em Minas Gerais, sécs. XIX/XXAutor
Rita de Cássia da Silva AlmicoOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2009-09-03Nivel
DoutoradoPáginas
297Volumes
1Banca de DefesaAnderson José PiresCarlos Gabriel GuimarãesCezar Teixeira HonoratoGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraLuiz Antônio Silva AraujoRenato Leite MarcondesThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoNeste trabalho buscamos discutir o mercado de crédito regionalizado na Zona da Mata mineira, especialmente na cidade de Juiz de Fora, no período de 1853 a 1906. A documentação utilizada é composta por ações de execução de dívidas – base para a pesquisa -, além de registros de hipotecas e inventários post mortem que serviram para qualificar as informações que foram quantificadas em nossa análise. Tal fonte – as ações de execução de dívidas – têm natureza litigiosa, o que significa que estamos lidando com um tipo específico de relação de dívida: onde a palavra foi quebrada e o credor precisou recorrer à justiça para reaver o montante emprestado. As questões levantadas são de caráter econômico, ou melhor dizendo, procuramos entender as relações entre devedores e credores dentro da região escolhida sob a luz da História econômica. O comportamento destes agentes, sua ocupação principal, origem destes, formas de empréstimos mais utilizadas, cobrança de juros, prazos e garantias serão aqui analisados de forma a caracterizar tal mercado.
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2009-08 Cristãos, Pagãos e Cultura Escrita: as Representações do Poder no Império Romano dos Séculos IV e V D.CTítuloCristãos, Pagãos e Cultura Escrita: as Representações do Poder no Império Romano dos Séculos IV e V D.CAutor
Márcia Santos LemosOrientador(a)
Sônia Regina Rebel de AraújoData de Defesa
2009-08-28Nivel
DoutoradoPáginas
270Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaCiro Flamarion Santana CardosoClaudia Beltrão da RosaGilvan Ventura da SilvaJorge Mario DavidsonRegina Maria da Cunha BustamanteSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoEste trabalho tem como objetivo tornar evidente como a cultura escrita, no Império Romano dos séculos IV e V d.C., foi utilizada tanto pelo episcopado cristão quanto pelos autores vinculados à elite senatorial romana pagã para veicular um conjunto de idéias morais e políticas de seus respectivos grupos. Com este propósito selecionamos dois corpora constituídos por textos produzidos por escritores pagãos e cristãos e organizamos a análise da documentação conforme a perspectiva teórico-metodológica do Estruturalismo Genético de Lucien Goldmann e de uma técnica semiótica, a da "leitura isotópica". A primeira parte do trabalho cumpre a função de apresentar as estruturas a partir das quais os textos foram produzidos e a segunda parte busca revelar a estrutura significativa dos discursos, com o auxílio da leitura isotópica, conforme estabelecida por Greimas e Courtés. Objetivamos fazer uma análise dialética que nos permita achar as interações entre os textos e as visões de mundo próprias da elite dirigente romana do período. Com este fim, organizamos a tese em quatro capítulos: O Império e a Igreja; A cultura escrita e a memória coletiva; O mos maiorum e as representações do imperador romano; e, por fim, O cristianismo e a imagem da monarquia na literatura episcopal. Essas partes articuladas nos permitirão verificar a força da escrita para preservar a memória dos grupos em estudo e seus limites e eficácia para selecionar e fixar valores que balizam as representações do poder imperial.
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2009-08 Discursos Americanos de CooperaçãoTítuloDiscursos Americanos de CooperaçãoAutor
Alexandre Guilherme da Cruz Alves JuniorOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2009-08-24Nivel
MestradoPáginas
171Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusCecília da Silva AzevedoMarco Antonio Villela PamplonaPaulo Knauss de MendonçaSabrina Evangelista Medeiros
ResumoO presente estudo analisa a construção de discursos de cooperação e fraternidade entre as repúblicas americanas produzidos pelo governo dos Estados Unidos ao longo da primeira metade do século XX, tendo o seu auge durante a Política de Boa Vizinhança. O objetivo é demonstrar que a política interamericana dos Estados Unidos naqueles anos apresentou importantes disputas internas entre diferentes projetos, realçando a participação efetiva dos países latino-americanos na formulação da política externa norte-americana para a região.
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2009-08 O"Saber mandar com modo" na América: a experiência administrativa d. Lourenço de Almeida em Pernambuco (1715 - 1718) e Minas Gerais (1721 - 1727)TítuloO"Saber mandar com modo" na América: a experiência administrativa d. Lourenço de Almeida em Pernambuco (1715 - 1718) e Minas Gerais (1721 - 1727)Autor
Lincoln Marques Dos SantosOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2009-08-19Nivel
MestradoPáginas
144Volumes
1Banca de DefesaMarcos Guimarães SanchesMaria Fernanda Baptista BicalhoPaulo Cavalcante de Oliveira JuniorRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoO presente trabalho dedica-se ao estudo do processo de institucionalização da autoridade metropolitana sobre seus domínios ultramarinos a partir de duas vias: a primeira, a ponderação teórica sobre as concepções e as práticas de poder político na Época Moderna associada à contribuição historiográfica sobre a importância das trajetórias administrativas dos governadores enquanto mecanismo de integração de informações e conhecimentos, assegurando conseqüentemente, a partir das experiências vivenciadas pelos oficiais régios, o acrescentamento político e material dos interesses portugueses. A segunda, o estudo de caso centrado nas ações de governo de d. Lourenço de Almeida em Pernambuco (1715-1718) e nos primeiros anos a frente da capitania de Minas Gerais (1721-1727).
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2009-08 Cavalhadas de Guarapuava : História e morfologia de uma festa campeira. (1899-1999)TítuloCavalhadas de Guarapuava : História e morfologia de uma festa campeira. (1899-1999)Autor
Carlos Eduardo SchipanskiOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2009-08-17Nivel
DoutoradoPáginas
274Volumes
1Banca de DefesaBeatriz Catão Cruz SantosFrancisco Carlos Palomanes MartinhoGeorgina Silva Dos SantosMárcia Maria Menendes MottaMartha Campos AbreuRachel SoihetZeloi Aparecida Martins Dos Santos
ResumoA presente pesquisa analisa uma projeção folclórica realizada sob a forma do espetáculo da "Festa das Cavalhadas", a luta entre Cristão e Mouro, realizada em Guarapuava – PR. Praticada desde 1870 pela aristocracia local, os homens de posse, reproduzia a herança colonial portuguesa, cultura ibérica cristã, transplantada para as terras do Novo Mundo durante o processo de ocupação e colonização. Nas suas primeiras representações (1899 a 1941) representou a união dos fazendeiros e a Igreja no sentido de arrecadar donativos para a manutenção das instituições de caridade da cidade. No período seguinte (1967 – 1999), por questões de sobrevivência, essa festa sofreu um processo de modernização com a introdução de novas tecnologias teatrais, o que resultou num processo de democratização do espetáculo, garantindo o acesso do povo, através da participação popular, transformando-se num amplo espaço de sociabilidade.
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2009-07 BRAVOS DO PIAUÍ! ORGULHAI-VOS. SOIS DOS MAIS BRAVOS BATALHÕES DO IMPÉRIO: A propaganda nos jornais piauienses e a mobilização para a guerra do Paraguai 1865-1866TítuloBRAVOS DO PIAUÍ! ORGULHAI-VOS. SOIS DOS MAIS BRAVOS BATALHÕES DO IMPÉRIO: A propaganda nos jornais piauienses e a mobilização para a guerra do Paraguai 1865-1866Autor
Johny Santana de AraujoOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2009-07-09Nivel
DoutoradoPáginas
302Volumes
1Banca de DefesaÁlvaro Pereira do NascimentoMárcia Maria Menendes MottaMaria Verónica Secreto FerrerasNorberto Osvaldo FerrerasThéo Lobarinhas PiñeiroVanderlei Vazelesk RibeiroVitor Izecksohn
ResumoEstudo sobre a campanha, a propaganda e a mobilização deflagrada na Província do Piauí durante os anos de 1865 - 1868 para a Guerra contra a Republica do Paraguai. Nesse estudo, privilegiamos a participação da Província do Piauí no conflito entre os anos de 1865 e 1870. Buscou-se mostrar nesse trabalho como a imprensa piauiense travou uma intensa campanha de mobilização para a guerra atuando em estreita colaboração com o governo Imperial e Provincial. Nesse trabalho toma-se ainda como ponto de explicação a construção da idéia de voluntariado para a guerra a partir dos jornais, para tanto buscou-se dar relevo ao caso da voluntária Jovita Alves Feitosa, que tendo sido vinculada pelos jornais da província do Piauí e os da Corte tornou-se uma espécie de ícone da propaganda de alistamento para a guerra, o que nos possibilitou avaliar a importância da imprensa na construção de um discurso de propaganda afim de fortalecer o alistamento militar que para os objetivos do Governo Imperial era de fundamental importância na constituição de um Exército para fazer frente a ameaça paraguaia. É avaliado também de que forma foi construído o próprio voluntariado na Província bem como se deu as diferentes formas de arregimentação de homens para o conflito. Nesse ínterim procura-se entender o processo de recrutamento para o Exército dos considerados pobres a margem do processo produtivo, dos guardas nacionais designados que compunham uma força produtiva relativamente importante do interior da Província, e de como sofreram como vitimas perseguição política ao tempo em que elaboraram estratégias de resistência para fugirem a convocação, além de ser analisado como se deu a desapropriação dos escravos das fazendas nacionais no ano de 1866 para o serviço da guerra. O trabalho leva ainda em consideração a questão do retorno dos ex-combatentes e sob que situações tentaram se restabelecer a partir das promessas do decreto 3.371 dos Voluntários da Pátria na província do Piauí nos anos pos 1870, tomando como ponto de principal o projeto das Colônias Militares Agrícolas .
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2009-07 IMAGENS DO CANDOMBLÉ E DA UMBANDA : etnicidade e religião no cinema brasileiro nos anos 1970TítuloIMAGENS DO CANDOMBLÉ E DA UMBANDA : etnicidade e religião no cinema brasileiro nos anos 1970Autor
Francisco Das Chagas Fernandes Santiago JúniorOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2009-07-06Nivel
DoutoradoPáginas
352Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAntonio Carlos Amancio da SilvaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMônica Almeida KornisRoberto Luís Torres ConduruSonia Cristina da Fonseca Machado LinoYvonne Maggie de Leers Costa Ribeiro
ResumoA tese que se apresenta visa mostrar as diferentes disputas que se formaram ao redor das imagens do Candomblé e da Umbanda no cinema brasileiro dos anos 1970. Identificamos as instituições que forneceram sentido aos filmes e os principais debates culturais que se constituíram na relação da sociedade brasileira com as imagens das chamadas "religiões populares". Observamos que o campo cinematográfico partiu de sua tradição de reflexão sobre o nacional e o popular e começou a constituir clivagens nas identidades brasileiras quando propôs fazer filmes que contemplassem os "valores populares". Naquele período ocorreu uma mudança no foco da identidade nacional, antes tida como homogênea, e que seria fraturada em múltiplas facetas. Os filmes que mostravam a Umbanda e o Candomblé, as "religiões populares", se constituíram em conflagrações e disputas pela afirmação da etnicidade e da nacionalidade no Brasil setentista. Começou a emergir uma nova etnicidade, uma etnicização das imagens cinematográficas advinda das fraturas identitárias produzidas no debate cultural brasileiro. Nossa pesquisa acompanha os diversos agenciamentos que os filmes realizaram, bem como as maneiras como foram agenciados por membros do campo cinematográfico, tais como cineastas e críticos de cinema, e membros de outros campos sociais, como antropólogos, ativistas de movimentos sociais e outros críticos culturais. Observamos pela análise de cinco películas (O Amuleto de Ogum, Tendas dos Milagres, Cordão de Ouro, A Força de Xangô, Prova de Fogo) como a etnicidade e a religiosidade se aproximavam e se distanciavam.
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2009-06 CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA E BRASILIENSE: trajetórias editoriais, empresários e militância políticaTítuloCIVILIZAÇÃO BRASILEIRA E BRASILIENSE: trajetórias editoriais, empresários e militância políticaAutor
Andréa Lemos Xavier GalucioOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2009-06-29Nivel
DoutoradoPáginas
316Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralLeila Bianchi AguiarLia Calabre de AzevedoMarcelo Badaró MattosSandra Lucia Amaral de Assis ReimãoSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEste trabalho analisa o papel das editoras Civilização Brasileira e Brasiliense ao longo de suas trajetórias, destacando o compromisso político de suas publicações, assim como o desempenho empresarial de seus editores e suas ações políticas. Para tanto, analisa a consolidação do campo editorial brasileiro, enfatizando a atuação empresarial e a militância política dos editores.
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2009-06 "Cidade ‘vermelha‘ do aço: Greves, controle operário e poder popular em Volta Redonda (1988-1989) "Título"Cidade ‘vermelha‘ do aço: Greves, controle operário e poder popular em Volta Redonda (1988-1989) "Autor
Marcos Aurélio Ramalho GandraOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2009-06-09Nivel
MestradoPáginas
136Volumes
1Banca de DefesaEdson Teixeira da Silva Jr.Marcelo Badaró MattosPaulo Roberto Ribeiro FontesVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA Companhia Siderúrgica Nacional foi fruto de um grande empreendimento estatal brasileiro, cujo financiamento (estadunidense) se deu no contexto da II Guerra Mundial. O gigantismo da unidade industrial implantada e a necessidade de fixação de mão-de-obra para a construção e operação da Usina Presidente Vargas exigiram a construção de uma cidade, Volta Redonda. A mão-de-obra de primeira geração e origem rural era gerida de forma militarizada e militarizante, ficando exposta à ideologia do populismo getulista do "Estado pai dos pobres" através da "CSN-mãe", o que ocultava o caráter de classe da exploração sofrida. Apesar do controle da empresa, o sindicalismo que se desenvolveu no pré-64, apesar dos vínculos com o populismo, ancorava-se na luta pela implantação dos direitos conquistados na CLT e teve dramática passagem quando da implantação da Ditadura Civil-militar em 1964. O modelo de sindicato da Ditadura fragilizou o movimento sindical da cidade, mas, acompanhando o processo de crise do regime ditatorial e de abertura política, organizou-se também em Volta Redonda a Oposição Sindical Metalúrgica, que guarda semelhança com o processo conhecido como "Novo Sindicalismo". Desde o início, a oposição teve o apoio dos outros movimentos sociais organizados da cidade (CEB’s, associações de moradores, sindicatos de professores, movimento estudantil, posseiros urbanos, aposentados, artistas, etc; com meios de comunicação desenvolvidos por eles), imbricação esta que se concretizou na greve da CSN em 1984. A partir desta, os metalúrgicos desenvolveram crescentemente a experiência de controle operário da CSN, sempre apoiados pelos movimentos sociais da cidade, o que desencadeou, em compasso com a agudização dos conflitos sociais no Brasil da Nova República, crescentes experiências de controle da população sobre a cidade. Tal controle permite afirmar que em duas ocasiões, no mínimo, viveu-se nesta localidade embriões de poder popular, onde a população, mobilizada, nas ruas, em assembléias massivas, lideradas pelos movimentos sociais organizados em conjunto, governaram a cidade por alguns dias, superando e/ ou agindo paralelamente à institucionalidade. Na greve de 1988, apesar da morte de três operários em violenta invasão da cidade pelo Exército, os movimentos sociais dirigiram Volta Redonda por mais de dez dias, assim como na greve geral de 14 e 15 de março de 1989, quando por bandeiras nacionais a cidade foi completamente paralisada. Finalmente, tentamos a intelecção de como, apesar da força destes movimentos, seu isolamento não impediu a privatização da CSN. A condição imprescindível para tal projeto era a derrota da CUT no Sindicato dos Metalúrgicos, o que ocorreu em 1992, já no contexto da penetração do ideário neoliberal no país. A questão da articulação da memória operária é discutida visando compreender a conjuntura local atual.
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2009-06 Negócios de mineiros e cariocas: família, estratégias e redes mercantis no caso Gervásio Pereira Alvim (1850-1880)TítuloNegócios de mineiros e cariocas: família, estratégias e redes mercantis no caso Gervásio Pereira Alvim (1850-1880)Autor
Paula Chaves Teixeira PintoOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2009-06-09Nivel
MestradoPáginas
207Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesJoão Luís Ribeiro FragosoSheila Siqueira de Castro FariaSilvia Maria Jardim Brugger
ResumoEsta investigação procurou estudar as relações mercantis entre a província de Minas Gerais e o Rio de Janeiro, dando ênfase para o processo de formação de uma rede de negócios que ligou a comarca do Rio das Mortes à capital do Império. Para tanto, recorremos ao caso do fazendeiro mineiro Gervásio Pereira Alvim e seus contatos firmados na praça carioca e em outras praças da província de Minas Gerais, na segunda metade do século XIX. A partir da documentação privada do fazendeiro, composta, em sua maioria, por correspondência, foi possível analisar o universo de práticas sociais que interferiam na dinâmica da atividade comercial, bem como o papel da família como principal instrumento de inserção de sujeitos nas redes de negócios entre praças distantes. Assim, a dinâmica do funcionamento do comércio entre os mineiros e cariocas foi parcialmente reconstituída com o cruzamento das informações das fontes analisadas.
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2009-06 Os Oito Batutas: Uma orquestra melhor que a encomenda. História e Música Brasileira nos anos 1920TítuloOs Oito Batutas: Uma orquestra melhor que a encomenda. História e Música Brasileira nos anos 1920Autor
Luiza Mara Braga MartinsOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2009-06-05Nivel
DoutoradoPáginas
186Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroLaura Antunes MacielMarcos Luiz BretasMaria Clementina Pereira CunhaMartha Campos AbreuOrlando de BarrosRachel Soihet
ResumoEsta tese visa estudar um conjunto musical carioca, os Oito Batutas, que, liderados por Pixinguinha e Donga, obtiveram grande sucesso entre 1919 e 1923, como um conjunto de choro. A partir daí, e até 1931, apresentaram-se como Jazzband Os Batutas, acrescentando o jazz a suas apresentações. Levaram a música popular que se fazia no Brasil de então, como samba, choro, nordestinos, maxixes, polcas e tangos a vários estados brasileiros, à França e à Argentina. Sofreram ataques racistas de alas da imprensa, pois alguns integrantes eram afro-brasileiros. Apareceram como símbolos da música popular que se fazia então no Brasil, num momento marcado por discussões em torno da questão nacional.
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2009-05 Leitura, encantamento e rebelião. O Islã Negro do Brasil do Século XIXTítuloLeitura, encantamento e rebelião. O Islã Negro do Brasil do Século XIXAutor
Priscilla Leal MelloOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2009-05-29Nivel
DoutoradoPáginas
298Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMarina de Mello E SouzaMariza de Carvalho SoaresMartha Campos AbreuRicardo Henrique Salles
ResumoA proposta deste trabalho que aqui apresentamos é refletir sobre a Rebelião Malê de 1835 a partir das redes de escrita e leitura em ambiente muçulmano no Império do Brasil. Percorremos, para tanto, a ante-sala do levante, procurando nas madrassas improvisadas localizadas nos arredores de Salvador e do Recôncavo o que chamamos de inteligência rebelde. Seguindo os indícios deixados pelas autoridades, bem como analisando os escritos árabes encontrados com os rebelados, identificamos a importância da participação haussá na rebelião, propondo a tese de que a inteligência do levante também foi haussá. Ao mesmo tempo, percorremos os cotidianos malês em outras províncias, como Alagoas e Rio de Janeiro. E ainda conseguimos inserir a produção das escolas corânicas da Bahia no que chamamos de literacia árabe no Atlântico. Por fim, propomos uma revisão do lugar da África na historiografia brasileira, demonstrando as fortes influências dos conhecimentos produzidos em importantes centros de estudos da África Ocidental nos saberes africanos praticados no Império.
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2009-05 As milícias D‘el Rey: Tropas militares e poder no Ceará SetecentistaTítuloAs milícias D‘el Rey: Tropas militares e poder no Ceará SetecentistaAutor
José Eudes Arrais Barroso GomesOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2009-05-29Nivel
MestradoPáginas
358Volumes
1Banca de DefesaMaria Fernanda Baptista BicalhoPedro Luís PuntoniRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
ResumoEste estudo procura discutir a estreita relação entre o "serviço das armas" e a manutenção de poderes locais no Império ultramarino português na modernidade. Inicialmente, busca traçar um panorama geral das forças bélicas no reino de Portugal e em seu império ultramarino, apontando para a sua grande heterogeneidade organizacional e social. Em seguida, analisa mais especificamente o papel das armas na conquista e colonização da capitania do Ceará ao longo do século XVIII, apontando a grande importância do "serviço das armas" na formação e manutenção de elites locais.
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2009-05 O verdadeiro Mandrake: Rubem Fonseca e sua onipresença invisível (1962-1989)TítuloO verdadeiro Mandrake: Rubem Fonseca e sua onipresença invisível (1962-1989)Autor
Aline Andrade PereiraOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2009-05-28Nivel
DoutoradoPáginas
241Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzLuis Alberto Nogueira AlvesMargarida de Souza NevesMaria Paula Nascimento AraújoVera Lúcia Follain de Figueiredo
ResumoA pesquisa tem por objetivo investigar a atuação política do escritor Rubem Fonseca em paralelo a sua trajetória literária. O autor ocupou cargos na direção do Instituto de Pesquisas do Rio de Janeiro (Ipês), além de ter assinado os documentários propagandísticos do instituto. O Ipês é visto por alguns autores, como Dreifuss, como o centro ideológico do golpe de 64. Em 1976 Rubem Fonseca tem seu livro "Feliz Ano Novo" censurado. A partir de então transforma-se em ferrenho opositor do regime. Pretendemos estabelecer de que forma podemos ver na literatura de Fonseca traços de suas relações políticas. O período analisado estende-se de 1963-1989. Nossa hipótese é a de que o escritor se insere no campo literário a partir de estratégias de legitimação oriundas de sua atuação no campo político. Como um "intelectual orgânico" irá reafirmar projetos ideológicos de sua classe- e contradizer outros.
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2009-05 Anarquismo, Sindicatos e Revolução no Brasil (1906-1936)TítuloAnarquismo, Sindicatos e Revolução no Brasil (1906-1936)Autor
Tiago Bernardon de OliveiraOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2009-05-25Nivel
DoutoradoPáginas
267Volumes
1Banca de DefesaAlexandre FortesClaudio Henrique de Moraes BatalhaMarcelo Badaró MattosNorberto Osvaldo FerrerasRicardo da Gama Rosa CostaSilvia Regina Ferraz PetersenVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEntre os anos de 1906 e 1936, particularmente, o movimento e as idéias anarquistas contribuíram para o desenvolvimento da identidade e consciência da classe trabalhadora no Brasil. Sua área de ação concentrou-se, basicamente, nos centros urbanos e o público alvo preferencial de sua propaganda foram os trabalhadores das cidades, embora os libertários partilhassem de uma concepção mais ampla de classe, segundo a qual pertenceriam à mesma classe todos os que vivessem de seu próprio trabalho e não da exploração alheia, fossem eles do campo ou da cidade, exercessem atividades manuais ou não. Assim, a presente tese versa sobre a trajetória do movimento anarquista em sua relação com o movimento operário brasileiro, sobretudo nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e do antigo Distrito Federal. Procura-se apresentar as estratégias, concepções e avaliações desenvolvidas pelos militantes libertários quanto às possibilidades de se fazer eclodir no Brasil um processo revolucionário que permitisse a concretização de seu ideal.
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2009-05 Da Guanabara ao Sena: relatos e cartas sobre a França Antártica nas guerras de religiãoTítuloDa Guanabara ao Sena: relatos e cartas sobre a França Antártica nas guerras de religiãoAutor
Luiz Fabiano de Freitas TavaresOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2009-05-25Nivel
MestradoPáginas
218Volumes
1Banca de DefesaCatarina Costa D´amaralJacqueline HermannMaria Fernanda Baptista BicalhoPaulo Knauss de MendonçaRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoEntre os anos de 1560 e 1567 a Baía de Guanabara abrigou um foco de ocupação francesa, a França Antártica, fundada pelo cavaleiro de Malta Nicolas Durand de Villegagnon. Embora breve, essa experiência seria marcada por inúmeras tensões e conflitos, que se refletiriam numa grande disputa pública na França, a partir de 1561. Numerosos personagens escreveriam no contexto dessa controvérsia polarizada em torno de questões religiosas, entre eles André Thévet, Jean Crespin, Jean de Léry e o próprio Villegagnon. Durante esses debates, uma das questões mais importantes seria a da definição de quem relatava a verdade dos acontecimentos na Guanabara. O objetivo do presente trabalho é analisar o enraizamento da controvérsia sobre a França Antártica no contexto político francês contemporâneo, buscando compreender suas relações com as diversas redes de aliança, bem como com as diferentes concepções políticas coevas. Assim sendo, serão examinados sob essa perspectiva os discursos articulados no quadro dessa disputa, com especial atenção para as modalidades de emprego da retórica. A pesquisa também se dedicará a estudar os discursos articulados pela documentação epistolar sobre o tema, analisando a inserção das questões políticas no universo das relações particulares, em oposição às relações públicas estabelecidas pela dinâmica da documentação impressa.