Thèses
  • 2022-06

    O "milagre" que não era santo – a criação do mito do sucesso econômico no governo Médici (1969-1974)

    Título

    O "milagre" que não era santo – a criação do mito do sucesso econômico no governo Médici (1969-1974)

    Autor
    Fernando Jose Fernandes do Nascimento Junior
    Orientador(a)
    Marcelo Badaró Mattos
    Data de Defesa
    2022-06-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    155
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andréa Lemos Xavier Galucio
    Marcelo Badaró Mattos
    Tatiana Silva Poggi de Figueiredo

    Resumo

    O conhecido "milagre econômico" ocorrido entre o período de 1968 a 1974 refere-se a
    um elevado crescimento econômico proveniente de diversos fatores como, por exemplo,
    o parque industrial de Getúlio, o Plano de Metas de Juscelino, o PAEG de Castelo
    Branco, os quais se mostraram imperiosos para fundamentar e desenvolver este feito no
    campo da economia. Outras ações são importantes para compreender esse momento
    histórico relacionadas a um ortodoxo controle da inflação por meio de arrocho salarial,
    taxas de juros e concentração monopolista dos capitais. Todavia, a visão predominante
    atualmente entre os brasileiros de que a ditadura civil-militar foi um período de êxito
    econômico – apesar de trabalhos e indicadores econômicos e sociais específicos
    comprovarem o contrário – tem origem em um modelo de imprensa monopolista
    associado ao capital. Considerando os conceitos de Estado Ampliado em Gramsci, o
    presente trabalho busca analisar esse processo da expansão capitalista no Brasil com foco
    na relação dos conteúdos divulgados pelos jornais O Globo e Folha de São Paulo e sua
    contribuição para a formação de um consenso e consciência coletiva acerca da política
    econômica brasileira, no período do "milagre econômico" no governo Médici (1969 –
    1974).




  • 2022-06

    DIREITOS DO MENOR TRABALHADOR: A legislação no Rio de Janeiro sobre o trabalho infantil (1890-1917)

    Título

    DIREITOS DO MENOR TRABALHADOR: A legislação no Rio de Janeiro sobre o trabalho infantil (1890-1917)

    Autor
    Mariana Kelly da Costa Rezende
    Orientador(a)
    Paulo Cruz Terra
    Data de Defesa
    2022-06-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    184
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Flavia Fernandes de Souza
    Glaucia Cristina Candian Fraccaro
    Paulo Cruz Terra

    Resumo

    O presente trabalho busca observar a construção de uma legislação sobre trabalho
    infantil e pela sua proibição, no Rio de Janeiro, a partir de 1890, com a criação do primeiro
    Código Penal republicano, até 1917, de modo a analisar as demandas dos trabalhadores
    referentes ao tema na Greve Geral deste ano. A partir da perspectiva da lei enquanto
    espaço de disputa, busca-se observar as motivações para a criação desta legislação e sua
    repercussão entre as diferentes classes sociais. Portanto, essa dissertação visa observar o
    processo de criação das legislações municipais e federais sobre o trabalho do menor, no
    início da República brasileira, articulando-as com pressões dos movimentos trabalhistas
    nacionais e internacionais. Além disso, também é observado o papel da infância da classe
    trabalhadora na construção do projeto republicano, em especial pelas formas de repressão
    e prevenção à vadiagem.




  • 2022-06

    Um laboratório a céu aberto: Das doenças e das Curas na Guerra do Paraguai (1864-1870)

    Título

    Um laboratório a céu aberto: Das doenças e das Curas na Guerra do Paraguai (1864-1870)

    Autor
    Janyne Paula Pereira Leite Barbosa
    Orientador(a)
    Maria Verónica Secreto Ferreras
    Data de Defesa
    2022-06-30
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    369
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Jorge Luiz Prata de Souza
    Karoline Carula
    Maria Verónica Secreto Ferreras
    Serioja Rodrigues Cordeiro Mariano
    Tânia Salgado Pimenta

    Resumo

    Historicamente, as doenças foram e são determinantes para a caracterização das
    sociedades. Da Idade Média à Contemporaneidade, os vírus e as bactérias influenciaram
    na organização das estratégias de sobrevivência da humanidade. Como um fenômeno
    social, as doenças marcaram períodos importantes da história e dentre eles, os conflitos
    bélicos. A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi marcada pela historicidade das doenças.
    Nesse conflito, milhares de homens padeceram por doenças infectocontagiosas como a
    cólera, a febre tifoide, a varíola, e as febres em geral. Essas doenças desafiaram o
    conhecimento médico da época e se constituíram socialmente, sendo produto de um
    determinado enquadramento sociocultural. Em outros termos, a guerra do Paraguai pode
    ser considerada uma guerra "epidêmica", um campo/ laboratório a céu aberto, onde
    médicos, civis e militares construíram saberes, compartilharam experiências e lutaram
    pela sobrevivência ao longo de cinco anos ininterruptos. Nesse período, civis e militares,
    homens, mulheres e crianças, lutaram uma mesma guerra e contra um inimigo comum:
    as doenças. Mais do que um conflito com batalhas militarizadas, essa guerra colocou em
    protagonismo o maior inimigo dos exércitos em marcha: as epidemias, as febres
    infecciosas, as doenças contagiosas e tantas outras enfermidades. A narrativa que se
    constituiu nessas dezenas de páginas colocou em evidência a importância das doenças,
    das práticas de cura e das teorias médicas que determinaram os rumos do conflito. Para
    responder a questionamentos como: quais as principais doenças que afetaram as tropas?;
    Quais as condições dos espaços de cura e como se caracterizou a prática médica durante
    o conflito?. Esse trabalho se apoiou nas seguintes fontes históricas: atas, ofícios e
    correspondências do Serviço de Saúde do Exército, documentos oficiais do Ministério de
    Guerra Brasileiro, registros de memorialistas, teses médicas e representações de médicos
    que atuaram na frente de batalha. A investigação desse acervo documental em diálogo
    com as teses desenvolvidas até então sobre a História da Saúde e das Doenças no Brasil
    Oitocentista proporciou o desenvolvimento de análises em profundidade, na tentativa de
    apresentar a você, leitor, uma nova versão da história do conflito platino: aquela que
    enxerga a Guerra do Paraguai como um laboratório a céu aberto.




  • 2022-06

    "Tam ousada de quallquer estado e comdiçom": As relações de gênero nos mesteres em Lisboa de 1385 a 1438

    Título

    "Tam ousada de quallquer estado e comdiçom": As relações de gênero nos mesteres em Lisboa de 1385 a 1438

    Autor
    Josena Nascimento Lima Ribeiro
    Orientador(a)
    Vânia Leite Fróes
    Data de Defesa
    2022-06-30
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    314
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Maria de Souza Zierer
    Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues
    Mariana Bonat Trevisan
    Miriam Cabral Coser
    Vânia Leite Fróes

    Resumo

    Estudo das relações de gênero nos mesteres de Lisboa entre 1385 e 1438. Remete-se às trocas
    presentes no espaço artesanal entre homens e mulheres de mester, mercadores e funcionários
    concelhios e régios. Enfatizaremos a discussão dos acordos e consensos colocados em prática
    entre a monarquia e os grupos citadinos na busca de uma maior burocratização e organização
    do reino. Portanto, são ressaltadas como fontes a Crônica de D. João I, Chancelarias
    portuguesas: D. João I, Chancelarias portuguesas: D. Duarte, Cortes portuguesas: reinado de
    D. Duarte, Livro das Posturas Antigas, Ordenações del-rei Dom Duarte, Ordenações
    Afonsinas e Posturas do Concelho de Lisboa (século XIV). A cidade medieval, em concretude
    e utopia, foi testemunha das ações governativas que buscavam normatizar os corpos, os grupos
    populares e o agregado familiar através de hierarquias efetivadas por meio de interações
    domésticas e comunitárias.




  • 2022-06

    A Pérsia, o Samovar e o Tar: Um estudo de literatura de exílio na obra de Mariane Satrapi para
    uma identidade feminina iraniana.

    Título

    A Pérsia, o Samovar e o Tar: Um estudo de literatura de exílio na obra de Mariane Satrapi para
    uma identidade feminina iraniana.

    Autor
    Flávia da Silva Barbosa
    Orientador(a)
    Renata Torres Schittino
    Data de Defesa
    2022-06-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    170
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Janaína Martins Cordeiro
    Murilo Sebe Bon Meihy
    Renata Torres Schittino

    Resumo

    A presente pesquisa tem como objetivo estudar a obra da artista franco-iraniana Marjane
    Satrapi a partir da perspectiva da literatura de exílio. A análise aborda os livros de caráter
    memorialísticos da autora que marcam a sua inserção como profissional na Europa. As
    principais fontes de estudo são Persépolis (2000-2004), Bordados (2003) e Frango com
    Ameixas (2004) que formam uma trilogia temática. O trabalho conta com três eixos
    principais: a relação entre passado e presente em suas memórias, a elaboração do feminismo
    iraniano e a construção de uma identidade nacional de oposição ao atual regime do Irã. Os
    tópicos destacam as características que perpassam o teor de cada uma das obras investigadas e
    que contribuem para a compreensão das posições políticas e pessoais da artista. A presente
    análise pretende contribuir para o desenvolvimento do campo de estudos asiáticos e sobre o
    exame da história do Irã no Brasil. Bem como colaborar para os estudos sobre literatura de
    exílio como fonte de pesquisa histórica no mundo contemporâneo.




  • 2022-06

    "HAIL TRUMP! HAIL OU PEOPLE! HAIL VICTORY!": A ALT-RIGHT E O NEOFASCISMO NOS ESTADOS UNIDOS DO SÉCULO XXI

    Título

    "HAIL TRUMP! HAIL OU PEOPLE! HAIL VICTORY!": A ALT-RIGHT E O NEOFASCISMO NOS ESTADOS UNIDOS DO SÉCULO XXI

    Autor
    Gabriel Rodrigues Barbosa
    Orientador(a)
    Tatiana Silva Poggi de Figueiredo
    Data de Defesa
    2022-06-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    260
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    André Guimarães Augusto
    Odilon Caldeira Neto
    Tatiana Silva Poggi de Figueiredo

    Resumo

    O presente trabalho tem como objetivo analisar a Alt-Right, um movimento político que
    alcançou notoriedade entre os anos de 2015 e 2017, principalmente no contexto político
    da disputa presidencial em que Donald Trump foi eleito. Optamos por escolher a chave
    interpretativa do Neofascismo ao longo da pesquisa pois é a que vai de encontro às
    reivindicações antidemocráticas, defesa da supremacia branca e por vezes a adoção do
    próprio rótulo neonazista, apontando frequentemente os judeus, negros e latinos como
    parte de uma teoria da conspiração que visa extinguir a população branca e o que é
    entendido como "Civilização Ocidental. A maior parte da atuação dos grupos que
    compõem a extensa rede da Alt-Right ocorrem através da internet, neste âmbito,
    consideramos o arcabouço teórico fornecido por Antonio Gramsci como o mais
    apropriado para compreender os Aparelhos Privados de Hegemonia e seu trabalho de
    persuasão e cooptação através das redes sociais e de websites.




  • 2022-06

    TERNOS E TRAPOS: bancários e castanheiras e a formação desigual da classe trabalhadora no Ceará (1954 - 1970)

    Título

    TERNOS E TRAPOS: bancários e castanheiras e a formação desigual da classe trabalhadora no Ceará (1954 - 1970)

    Autor
    Marcelo Henrique Bezerra Ramos
    Orientador(a)
    Sonia Regina de Mendonça
    Data de Defesa
    2022-06-28
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    Volumes
    Banca de Defesa
    Álvaro Pereira do Nascimento
    Flavia Fernandes de Souza
    John David French
    Marcelo Badaró Mattos
    Sonia Regina de Mendonça

    Resumo

  • 2022-06

    "UM HÁBIL SUJEITO" o naturalista José Vieira Couto e o conhecimento mineralógico das Minas Gerais (1799 – 1805)

    Título

    "UM HÁBIL SUJEITO" o naturalista José Vieira Couto e o conhecimento mineralógico das Minas Gerais (1799 – 1805)

    Autor
    Yuri Teixeira Pires
    Orientador(a)
    Ronald José Raminelli
    Data de Defesa
    2022-06-28
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    161
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Lorelai Brilhante Kury
    Rodrigo Nunes Bentes Monteiro
    Ronald José Raminelli

    Resumo

    Esta pesquisa se propõe a trabalhar o tema da construção do conhecimento científico no império
    ultramarino português, entre final do século XVIII e início do XIX. Para tanto, será analisado
    a trajetória do naturalista José Vieira Couto (1752-1827), que nasceu na capitania de Minas
    Gerais, em Arraial de Tijuco, onde atualmente é Diamantina-MG. Formado em Filosofia pela
    Universidade de Coimbra, Couto fez parte de uma leva de naturalistas e matemáticos que
    ajudaram na produção do conhecimento da História Natural no mundo português, através de
    viagens filosóficas, trocas de cartas, envios de remessas com amostras materiais e na escrita de
    Memórias. As viagens filosóficas realizadas pelo naturalista aconteceram pelas regiões do Serro
    Frio, Tijuco, Sabará, Mariana, Rio São Francisco, Rio Abaeté e Serra do Cabral, entre os
    períodos de 1789 e 1805. Essas expedições ensejaram cinco Memórias escritas por Couto, cujo
    tema principal esteve em torno da mineralogia e da mineração em Minas Gerais. Portanto, o
    objetivo do presente trabalho é analisar o papel de José Vieira Couto na construção do
    conhecimento mineralógico no mundo português durante final do período colonial, bem como
    analisar as relações de patronagem, típicas da cultura política do Antigo Regime, entre José
    Vieira Couto e os agentes régios que possibilitaram a construção e execução das viagens e
    memórias. Para tanto, será analisado o contexto político, econômico e científico da época, bem
    como analisar as trocas de remessas e cartas com os agentes régios e outros naturalistas, bem
    como analisar as memórias escritas por José Vieira Couto.




  • 2022-06

    SHAHR-E NAFT: A CONSTRUÇÃO DA CIDADE-REFINARIA DE ABADAN E O REGIME ENERGÉTICO PETROLÍFERO (1912-1942)

    Título

    SHAHR-E NAFT: A CONSTRUÇÃO DA CIDADE-REFINARIA DE ABADAN E O REGIME ENERGÉTICO PETROLÍFERO (1912-1942)

    Autor
    Antônio Bylaardt Bacellar do Carmo
    Orientador(a)
    Tâmis Peixoto Parron
    Data de Defesa
    2022-06-28
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    115
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Daniel de Pinho Barreiros
    Leonardo Marques
    Tâmis Peixoto Parron

    Resumo

    Tomando o sistema-mundo capitalista como unidade de análise e o sudoeste do Irã
    como unidade de observação, esta dissertação busca investigar o processo de construção
    da refinaria de petróleo e do núcleo urbano iraniano de Abadan, durante a primeira
    metade do século XX, conectando-o com a montagem do complexo industrial
    petrolífero no Irã e com as transformações na economia mundial durante este período.
    Para tal fim, este trabalho se utiliza de correspondências diplomáticas e relatos de
    viagem, além de propor uma ressignificação do conceito de regimes energéticos.




  • 2022-06

    GUERRA E IDENTIDADE: O JUDEU E O ROMANO NAS OBRAS DE TÁCITO E FLÁVIO JOSEFO

    Título

    GUERRA E IDENTIDADE: O JUDEU E O ROMANO NAS OBRAS DE TÁCITO E FLÁVIO JOSEFO

    Autor
    Ana Beatriz Siqueira Bittencourt
    Orientador(a)
    Alexandre Santos de Moraes
    Data de Defesa
    2022-06-28
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    125
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alexandre Santos de Moraes
    Brian Gordon Lutalo Kibuuka
    Ivan Esperança Rocha

    Resumo

    A Primeira Guerra Romano-Judaica ocorreu entre os anos 66 e 73 d.C. e foi um dos
    marcos da insatisfação dos judeus perante a dominação romana na região da Judeia. O longo
    conflito se destaca na história da relação entre romanos e judeus em diferentes aspectos.
    Apesar da resistência judaica, a guerra é concluída com as forças romanas conseguindo
    subjugar os rebeldes. Com a conquista de Jerusalém, o Templo foi destruído no ano de 70
    d.C., permanecendo apenas a última resistência em Massada que, ao fim, sucumbiu em 73
    d.C.
    Sobre este conflito, destacam-se duas importantes narrativas: a de Tácito (Histórias,
    V, 1-13) e a de Flávio Josefo (Guerra dos Judeus), autores respectivamente de origem romana
    e judaica. Além desses documentos literários, consideramos também as moedas que foram
    cunhadas e versam sobre o período da Primeira Guerra Romano-Judaica – Judaea Capta,
    Judaea Recepta e moedas da resistência judaica. Neste sentido, nossa pesquisa valorizará as
    narrativas sobre a guerra produzidas nos suportes literário e numismático a fim de perceber a
    visão destes sobre a identidade romana e a identidade judaica. Consideramos ainda que, no
    contexto da narrativa da guerra, tem-se clara a ideia de que esses relatos apresentam de forma
    prática o acirramento do confronto identitário, onde se entrechocam e se destacam as
    diferenças. Posto isto, é preciso relacionar tais obras à proposta de trabalho acerca das
    identidades étnicas.
    Dessa forma, este trabalho analisa as narrativas elaboradas por Cornélio Tácito e
    Flávio Josefo sobre a Primeira Guerra Romano-Judaica para identificar as visões acerca das
    identidades do judeu e do romano. Os discursos foram ainda comparados às moedas do
    período, destacando-lhes as especificidades e as estratégias discursivas empregadas na
    construção de ambas as identidades em cada autor e suporte material trabalhado, e como uma
    é utilizada de contraponto à outra.




  • 2022-06

    OS JOGOS ELETRÔNICOS POR QUEM OS FAZ: CONCEITOS DE "ARTE" E
    "ENTRETENIMENTO" NA INDÚSTRIA DOS JOGOS ELETRÔNICOS

    Título

    OS JOGOS ELETRÔNICOS POR QUEM OS FAZ: CONCEITOS DE "ARTE" E
    "ENTRETENIMENTO" NA INDÚSTRIA DOS JOGOS ELETRÔNICOS

    Autor
    Pedro Henrique da Costa E Silva
    Orientador(a)
    Samantha Viz Quadrat
    Data de Defesa
    2022-06-28
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    146
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ivan Lima Gomes
    Samantha Viz Quadrat
    Tatiana Silva Poggi de Figueiredo

    Resumo

    A dissertação discute os diferentes conceitos de "arte" e "entretenimento" utilizados na
    indústria dos jogos eletrônicos, além de quais atores sociais os utilizam e com quais objetivos
    políticos. Para isso analisei os jogos eletrônicos como uma forma de arte inclusa nos debates
    que relacionaram arte e capitalismo no século XX, especialmente através do conceito de
    indústria cultural, desenvolvido primeiramente por Theodor Adorno e Max Horkheimer.
    Privilegio nessa análise o funcionamento interno da indústria, deixando em segundo plano a
    recepção dos consumidores sobre os seus bens de consumo.




  • 2022-06

    JUSTIÇA DO TRABALHO E DIREITOS TRABALHISTAS NO CAMPO EM TEMPOS DE DITADURA: A EXPERIÊNCIA DO PRORURAL NA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO (1971-1985).

    Título

    JUSTIÇA DO TRABALHO E DIREITOS TRABALHISTAS NO CAMPO EM TEMPOS DE DITADURA: A EXPERIÊNCIA DO PRORURAL NA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO (1971-1985).

    Autor
    Clarisse Dos Santos Pereira
    Orientador(a)
    Samantha Viz Quadrat
    Data de Defesa
    2022-06-28
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    234
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Larissa Rosa Corrêa
    Lucia Grinberg
    Pablo Francisco de Andrade Porfirio
    Regina Beatriz Guimarães Neto
    Samantha Viz Quadrat

    Resumo

    Esta tese tem como objetivo principal analisar os caminhos e os impactos da
    promulgação da Previdência Social Rural na Zona da Mata de Pernambuco entre os
    anos de 1971 e 1985. Para a compreensão da emergência da Lei Complementar no 11,
    que, pela primeira vez, estabeleceu a aposentadoria para os trabalhadores do campo, foi
    realizado um esforço em examinar os principais dispositivos legais voltados para o
    campo desde o golpe civil-militar até a aprovação do PRORURAL em 1971. O estudo
    privilegia como fonte documental periódicos nacionais e de Pernambuco, documentos
    de órgãos de classe (Sindicatos Rurais, FETAPE e CONTAG), processos trabalhistas
    das Juntas de Conciliação e Julgamento do TRT 6a Região, e relatos de magistrados. A
    partir da premissa de que os trabalhadores rurais são personagens fazedores de sua
    própria história, busco entender como se deu a articulação dos órgãos de classe para a
    conquista e efetivação desse direito após oito anos da publicação do Estatuto do
    Trabalhador Rural durante o mandato de Garrastazu Médici. Escrutinar a possibilidade
    da efetivação da lei da Previdência Rural no contexto do recrudescimento do governo
    autoritário sem incorrer no maniqueísmo contigo da ideia de "outorga de direitos" foi
    um dos principais objetivos desta pesquisa. Por fim, entender o papel da Justiça do
    Trabalho no processo de efetivação desse direito foi um objetivo chave da tese,
    compreendendo esse dispositivo jurídico como um dos meios pelos quais os
    trabalhadores do campo colocavam em cena suas demandas.




  • 2022-06

    A CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA E LEGITIMAÇÃO LANCASTER INGLATERRA, c. 1400 – c.1500

    Título

    A CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA E LEGITIMAÇÃO LANCASTER INGLATERRA, c. 1400 – c.1500

    Autor
    Caio de Barros Martins Costa
    Orientador(a)
    Vânia Leite Fróes
    Data de Defesa
    2022-06-28
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    311
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Edmar Checon de Freitas
    Fabiano Fernandes
    Raquel Alvitos Pereira
    Renata Rodrigues Vereza
    Vânia Leite Fróes

    Resumo

    Esta Tese busca analisar a construção da memória acerca da Dinastia de Lancaster na
    Inglaterra, especificamente no final do século XIV e século XV, considerando a construção e
    projeção dessa memória. A Inglaterra passou, ao longo da Baixa Idade Média, por
    transformações políticas que tiveram impacto na atuação do poder régio e por consequência
    na construção da memória em torno dos reis, e na produção de uma retórica que visava a
    legitimação política. O contexto de guerras, em especial a Guerra dos Cem Anos e a Guerra
    das Rosas, produziram instrumentos que foram importantes no jogo da memória. Através dos
    reis Lancastrianos, podemos entender melhor esse jogo, percebendo como os cronistas
    produziam memória contemporaneamente a eles, ou recuperavam narrativas do passado, no
    qual esses reis também poderiam fazer parte do passado, e assim ressignificavam ou
    transformavam a memória, projetando-a para questões do presente. Portanto, como caminho
    de análise toma-se principalmente as crônicas, tal como The Chronica Maiora de Thomas
    Walsingham, Chronicon Adae Usk de Adam de Usk, The Book of Illustrious Henries e The
    Chronicles of England de John Capgrave, entre outras, como ainda um corpus documental
    ligado à produção da administração central inglesa, tal qual os Rotuli Parliamentorum e os
    Calendars da Chancelaria.




  • 2022-06

    Revolução e impérios: o império espanhol e a Revolução Americana

    Título

    Revolução e impérios: o império espanhol e a Revolução Americana

    Autor
    Henrique Luiz Oliveira Spitz
    Orientador(a)
    Leonardo Marques
    Data de Defesa
    2022-06-24
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    220
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Leonardo Marques
    Thiago Nascimento Krause
    Waldomiro Lourenço da Silva Júnior

    Resumo

    A pesquisa propõe uma análise da participação da Espanha na Revolução Americana. O
    objetivo não é apresentar um estudo sobre a revolução em si, mas sim sobre a
    participação do império espanhol no processo de independência das treze colônias
    britânicas, demonstrando os interesses da monarquia hispânica na revolução americana e
    no Mundo Atlântico, em um complexo cenário nas relações internacionais, permeado por
    constantes alianças e disputas entre impérios europeus. Tendo sido deflagrada por uma
    revolta colonial contra o domínio imperial britânico, o conflito rapidamente ganhou
    proporções atlânticas/globais e afetou as relações com outras potências que exerciam
    significativa influência no Mundo Atlântico. A França, inimiga histórica da Inglaterra, possuía interesses econômicos na região e rapidamente apoiou os revolucionários
    americanos. A Espanha, que possuía vastos domínios na América e ambicionava reaver
    territórios perdidos durante a guerra dos sete anos, aliou-se à França, apoiando
    indiretamente os insurgentes coloniais britânicos. A República Holandesa, apesar de sua
    inicial política de neutralidade, manteve importantes relações comerciais com as colônias
    revolucionárias. E Portugal, embora aliado da Inglaterra, manteve sua tradicional política
    externa de neutralidade nas relações internacionais. No entanto, ainda que seja traçado
    um panorama geral das relações imperiais europeias no Mundo Atlântico no longo século
    XVIII, vale dizer, desde o último quartel do seiscentos até a deflagração do processo de
    emancipação política da América hispânica, em inícios do oitocentos, a ênfase da
    pesquisa consiste em elucidar, através de uma perspectiva atlântica/global e, sobretudo, por meio da via diplomática, os interesses e a estratégia do império espanhol, que
    motivaram sua aliança com a França e sua participação na guerra de independência dos
    Estados Unidos, em um processo que, encerrado formalmente pelo Tratado de Paris de
    1783, culminou com o colapso do primeiro império britânico, a falência da França e a
    fragmentação e ruína do vasto e poderoso império espanhol.




  • 2022-06

    LAS INTERMITENCIAS DEL DEBATE SOBRE LA REFORMA AGRARIA URUGUAYA (1943-1973) Tierras, instituciones y generaciones

    Título

    LAS INTERMITENCIAS DEL DEBATE SOBRE LA REFORMA AGRARIA URUGUAYA (1943-1973) Tierras, instituciones y generaciones

    Autor
    Agustin Juncal Pérez
    Orientador(a)
    Maria Verónica Secreto Ferreras
    Data de Defesa
    2022-06-24
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    305
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Elisa de Campos Borges
    Maria Inés Del Perpetuo Socorro Moraes Vázquez
    Maria Verónica Secreto Ferreras
    Norberto Osvaldo Ferreras
    Vanderlei Vazelesk Ribeiro

    Resumo

    El propósito central de esta tesis es contribuir a la identificación y análisis del debate agrario
    uruguayo entre 1943 y 1973. Se enfoca en determinar qué tipo de "visiones sociales del mundo"
    predominaron sobre la reforma agraria y de qué manera se disputaron las políticas públicas de
    tierras dentro del Estado, tanto antes como después de la ley 11.029 con la que se creó el Instituto
    Nacional de Colonización (INC) en 1948. Los objetivos generales de la tesis fueron los siguientes:
    a) aportar a la comprensión de los conflictos sociales y políticos del Uruguay, identificando
    diferentes conexiones generacionales y visiones sociales sobre la reforma agraria entre 1943 y
    1973; y b) analizar las políticas de tierras implementadas por el INC en las gestiones del Partido
    Colorado y el Partido Nacional.
    En términos del debate político sobre sobre la reforma agraria se identificaron dos momentos muy
    diferentes. El primero abarca el período 1943-1958 donde se puede identificar tres vertientes
    discursivas: a) una primera unidad generacional que confluyó en la pretensión de impulsar una
    reforma agraria a partir la tenencia de la tierra de dominio estatal con adjudicación a colonos bajo
    diferentes formas jurídicas (enfiteusis, arrendamiento y propiedad privada); b) una segunda unidad
    generacional conservadora que defendió la propiedad privada de la tierra y su opuso a la
    intervención estatal en el mercado de tierras; y c) una tercera unidad generacional basada en
    postulados católicos que promocionó algunas propuestas de colonización agraria, pero no
    cuestionó las relaciones de propiedad privada de la tierra. Un segundo momento abarca el período
    1959-1973 donde existió una convergencia casi absoluta entre los diferentes partidos políticos en
    materia de reforma agraria, aunque contó con opciones dicotómicas. Por un lado, una unidad
    generacional se amparó detrás de un proyecto liberal -muchas veces apuntalado por visiones
    católicas- con la pretensión de que la reforma agraria se podría lograr si se impulsaba el aumento
    de la productividad y se garantizaba la propiedad privada de la tierra. Por otro lado, hubo otra
    unidad generacional bajo una visión más socializante que promocionaba la reforma agraria
    fundamentalmente en base a la igualdad, aunque a veces podría referir a la productividad.
    En cualquier caso, los principales resultados fueron exiguos si se tiene en cuenta que en un cuarto
    de siglo (1948-1973), apenas 265.000 hectáreas fueron incorporadas al INC lo que representa
    menos del 2% de la superficie productiva del país.




  • 2022-06

    ESTADO, LUTA DE CLASSES E EDUCAÇÃO RURAL: A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE AGRICULTURA E PECUÁRIA (CNA) E A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA (CONTAG) (1991-2013)

    Título

    ESTADO, LUTA DE CLASSES E EDUCAÇÃO RURAL: A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE AGRICULTURA E PECUÁRIA (CNA) E A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA (CONTAG) (1991-2013)

    Autor
    Rita de Cássia Gomes Nascimento
    Orientador(a)
    Sonia Regina de Mendonça
    Data de Defesa
    2022-06-23
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    340
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Maria Aparecida Ciavatta Pantoja
    Paulo Roberto Raposo Alentejano
    Regina Angela Landim Bruno
    Rodrigo de Azevedo Cruz Lamosa
    Sonia Regina de Mendonça

    Resumo

    O presente estudo pretendeu analisar, historicamente, a Confederação Nacional de
    Agricultura e Pecuária (CNA) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na
    Agricultura (CONTAG), dois sindicatos oficiais e de âmbito nacional – respectivamente
    –, dos proprietários e dos trabalhadores rurais – que sob a perspectiva gramsciana, atuam
    como Aparelhos Privados de Hegemonia (APHs). De forma específica, problematizou-se
    a disputa político-ideológica, de frações de classe antagônicas, pela Educação Rural, -
    através do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), escolas públicas e
    políticas públicas para o campo no período de 1991 a 2013. Assentado no materialismo
    histórico-dialético, a pesquisa se orientou a partir dos pressupostos teóricos de Antônio
    Gramsci, filósofo italiano que viveu no início do século XX. Para tanto, buscou
    estabelecer relações entre Educação, Classes Sociais e Estado, em seu sentido integral,
    bem como o papel dos intelectuais orgânicos na organização da vontade coletiva.
    Outrossim, tomou-se, como base, a concepção sobre História, Historiografia e questão
    camponesa, em Gramsci, que deu suporte às análises sobre a História da Educação Rural
    e sua produção nas três últimas décadas. Além do levantamento bibliográfico, partiu-se
    de fontes documentais, disponíveis no sítio eletrônico das Confederações sindicais em
    estudo. Sobre o Sistema CNA/SENAR, pode-se destacar: "Terminologia da FPR" (1994);
    "Estrutura Ocupacional do Meio Rural" (2005); "Mercado de Trabalho: documento
    norteador" (2007), "Cartilha Conhecendo o SENAR" (s/d), "Série Metodológica (1994;
    2005b; 2013), "Relatório de Atividades" (2004; 2005), "Revista Cenário Rural, publicada
    pelo SENAR" (2008), "Relatório de Gestão – Administração Central" (2012),
    "Aprendizagem Rural: documento norteador" (2013); além de documentos da década de
    1970 e 1980, que trataram da sua primeira fase como agência pública. Sobre a CONTAG,
    analisou-se, sobretudo, os Anais dos Congressos Anuais de 1976 a 2013. A pesquisa
    apontou para observações analíticas sobre o papel e função do SENAR, a partir da década
    de 1990, como entidade que, através de seu Sistema CNA/SENAR/ICNA dimensionou,
    caracterizou e deu corpo à "CNA educadora". Para isso, buscou-se discutir o processo de
    formação histórica do SENAR, bem como a sua estrutura político-administrativa,
    enquanto agência de formação, que passou a ser gerida pela burguesia agrária a partir da
    década de 1990. Considerou-se as disputas da CNA e CONTAG, no tocante ao monopólio
    da gestão, e as tentativas da CONTAG pela "democratização" deste serviço aprendizagem
    e pela afirmação do referencial da Educação do Campo. Tratou-se, ainda, da atuação do
    SENAR como agência privada, que possui projeto político e pedagógico alicerçado,
    sobretudo a partir dos anos 2000, na negação da Reforma Agrária, criminalização dos
    movimentos sociais do campo e educação para o Agronegócio. Diante disso, o estudo
    enfoca as disputas pela hegemonia, através do embate entre projetos antagônicos de
    educação dos trabalhadores do campo.




  • 2022-06

    A diplomacia imperialista francesa na Conferência de Berlim (1884-1885)

    Título

    A diplomacia imperialista francesa na Conferência de Berlim (1884-1885)

    Autor
    Aline Barbosa Pereira Mariano
    Orientador(a)
    Alexsander Lemos de Almeida Gebara
    Data de Defesa
    2022-06-23
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    202
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alexsander Lemos de Almeida Gebara
    Felipe Paiva Soares
    Frédéric Jean Marie Monié
    Marcelo Bittencourt Ivair Pinto
    Monica Lima E Souza

    Resumo

    O presente trabalho busca identificar quais foram as principais diretrizes adotadas pelo
    governo francês durante a realização da Conferência de Berlim, entre novembro de 1884
    e fevereiro de 1885. A tese considera o histórico de interesse da França em relação ao
    continente africano nas últimas décadas do século XIX para entender quais foram os
    posicionamentos do país em relação aos três pontos do programa do evento diplomático:
    (1) liberdade de comércio; (2) liberdade de navegação; e (3) futuras anexações nas costas
    africanas. Para isso, são consultados, principalmente, documentos como o relatório do
    encontro produzido por Édouard Engelhardt, um dos membros da delegação francesa em
    Berlim, e a carta endereçada por Jules Ferry, então primeiro-ministro francês, ao Barão
    de Courcel, principal representante da França na Conferência.




  • 2022-06

    "Nos ombros de gigantes" — a noção medieval de progresso através do tempo na obra de João de Salisbury.

    Título

    "Nos ombros de gigantes" — a noção medieval de progresso através do tempo na obra de João de Salisbury.

    Autor
    Hiago Maimone da Silva Rebello
    Orientador(a)
    Vânia Leite Fróes
    Data de Defesa
    2022-06-23
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    155
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlile Lanzieri Júnior
    Edmar Checon de Freitas
    Vânia Leite Fróes

    Resumo

    A presente dissertação busca compreender a percepção temporal e a relação que o tempo possui
    com a concepção de progresso dentro de um autor do século XII, João de Salisbury, em suas
    obras filosóficas e historiográficas. O tempo, dentro do contexto do autor, era um elemento de
    importância para a validação ou a exaltação de algum autor, o que causava uma tensão entre
    autores novos e antigos, dentro do período onde as traduções de obras novas para o contexto
    escolástico da Europa Ocidental, onde a autoconsciência histórica dos autores do século XII
    pode ser observada através do caso de João de Salisbury.




  • 2022-06

    A REPRESENTAÇÃO DE SI COMO OUTRO: o disfarce muçulmano de Richard Francis Burton (1821-1890)

    Título

    A REPRESENTAÇÃO DE SI COMO OUTRO: o disfarce muçulmano de Richard Francis Burton (1821-1890)

    Autor
    Paula Carolina de Andrade Carvalho
    Orientador(a)
    Alexsander Lemos de Almeida Gebara
    Data de Defesa
    2022-06-21
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    260
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alexsander Lemos de Almeida Gebara
    Beatriz Juana Bissio Staricco Neiva Moreira
    Felipe Paiva Soares
    Murilo Sebe Bon Meihy
    Samira Adel Osman

    Resumo

    Richard Francis Burton (1821-1890), o famoso viajante britânico, costumava se disfarçar como
    o muçulmano Abdullah. Esse personagem apareceu em seus livros de viagens e em alguns de
    seus poemas em uma variedade de formas: como Mirza Abdullah em Falconry in the Valley of 

    the Indus (1852), como Shaykh Abdullah em Personal Narrative of a Pilgrimage to Al-
    Madinah and Meccah (1855-1856), como Haji Abdullah em First Footsteps in East Africa; or,

    An Exploration of Harar(1856) e em The Kasidah of Haji Abdu El-Yezdi (1880); o haji também
    aparece brevemente em The Lake Regions of Central Africa (1860), bem como em algumas das
    cartas de Burton. Por meio dessas obras escritas, podemos ver a genealogia de Abdullah: seu
    nascimento em Falconry, seu triunfo na Pilgrimage (livro no qual ele completa a peregrinação
    sem ser pego) e seu declínio em First Footsteps (no qual ele teve que revelar seu disfarce). Este,
    portanto, é um estudo da representação do próprio Burton como esse outro muçulmano, em
    meio à expansão do imperialismo britânico pelo mundo.




  • 2022-05

    O rábula negro Manuel Vicente Alves Jacarandá: política, racismo e luta por direitos no Rio de Janeiro (1904-1948)

    Título

    O rábula negro Manuel Vicente Alves Jacarandá: política, racismo e luta por direitos no Rio de Janeiro (1904-1948)

    Autor
    Paulo Roberto de Almeida
    Orientador(a)
    Laura Antunes Maciel
    Data de Defesa
    2022-05-24
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    215
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Amailton Magno Azevedo
    Laura Antunes Maciel
    Leonardo Affonso de Miranda Pereira
    Martha Campos Abreu
    Petrônio José Domingues

    Resumo

    O presente trabalho visa analisar as experiências, escolhas e trajetória do advogado e
    político negro Manuel Vicente Alves, mais conhecido como Doutor Jacarandá, no Rio de
    Janeiro das primeiras décadas do século XX. A partir delas, procura refletir sobre o impacto do
    letramento sobre sua vida e como ele a usou para atuar como um advogado em favor dos
    interesses de trabalhadores e trabalhadoras de baixa renda do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo,
    busca articular sua experiência individual em um universo social mais amplo, tenso e
    conflituoso, atravessado por hierarquias socio raciais presentes na sociedade e no mercado de
    trabalho advocatício de seu tempo. Além disso, a pesquisa destaca a atuação política de Manuel
    Alves, sua candidatura em diferentes eleições, os programas políticos e estratégias
    desenvolvidas para tentar se eleger como intendente municipal, deputado federal e presidente
    da República, em defesa da cidadania e dos direitos políticos da população simples e humilde
    da Capital Federal.




  • 2022-05

    Cebes, Abrasco e o público-privado na saúde pública brasileira (1976-2002)

    Título

    Cebes, Abrasco e o público-privado na saúde pública brasileira (1976-2002)

    Autor
    Tiago Siqueira Reis
    Orientador(a)
    André Vianna Dantas
    Data de Defesa
    2022-05-03
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    294
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    André Vianna Dantas
    Áquilas Nogueira Mendes
    Eurelino Teixeira Coelho Neto
    Marcelo Badaró Mattos
    Maria Valéria Costa Correia
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo

    A pesquisa trata do tema da relação entre o público e o privado no âmbito da saúde pública brasileira
    contemporânea. A temática é discutida a partir da análise da história de duas das mais proeminentes
    agremiações na área da saúde, o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde – Cebes, criado em 1976 e, a
    Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco, fundada em 1979. As organizações são
    analisadas enquanto aparelhos privados de hegemonia situados a partir da referência gramsciana de
    Estado Ampliado, situando-os no terreno das lutas de classe na sociedade civil no campo da esquerda
    na área da saúde. O trabalho tem por objetivo compreender como as agências e seus intelectuais no
    quadro das lutas de classes teorizaram e elaboraram seus projetos políticos para a saúde pública tendo
    por questão a relação público e privado. Nosso recorte temporal divide-se em dois períodos: o
    primeiro subperíodo entre os anos de 1976, data de criação do Cebes e 1988, quando da
    institucionalização de grande parte da agenda de lutas da Reforma Sanitária Brasileira (RSB) na
    Constituição Federal de 1988; e um segundo subperíodo entre os anos de 1988 até o término do
    segundo mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso em 2002. Os períodos são analisados
    como complementares, identificando o comportamento das agremiações no momento do processo
    histórico da RSB e após os marcos legais da saúde, quando o debate concentrou-se na implementação
    do Sistema Único de Saúde (SUS). Partimos da hipótese da existência de um consenso fluído entre
    público-privado na trajetória de Cebes e Abrasco, estabelecendo de formas variadas o consenso
    acerca da presença do privado no projeto político de saúde pública brasileira. Tal consenso fluido
    impôs limites a luta de classes e a elaboração da consciência crítica e unitária, negligenciando o
    próprio princípio das determinações sociais da saúde e da vida.




  • 2022-04

    Imprensa e História Local: os jornais de Itaboraí e as lutas políticas no período imperial

    Título

    Imprensa e História Local: os jornais de Itaboraí e as lutas políticas no período imperial

    Autor
    Gilciano Menezes Costa
    Orientador(a)
    Martha Campos Abreu
    Data de Defesa
    2022-04-29
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    327
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Humberto Fernandes Machado
    Marcelo de Souza Magalhães
    Martha Campos Abreu
    Tânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira

    Resumo

    A presente tese busca analisar a História da Imprensa Periódica de Itaboraí com ênfase
    no contexto imperial, demonstrando que o surgimento e o desenvolvimento dessa imprensa
    ocorreram em conexão com as principais disputas políticas realizadas no país e na Província
    Fluminense. A partir da História Local e do uso dos periódicos impressos como fonte e objeto
    de estudo, este trabalho mostra como os jornais locais e seus respectivos proprietários e
    redatores atuaram como uma força ativa em diversos conflitos políticos que emergiram na cena
    pública da província e da Vila de Itaboraí. O estudo também mostra como os agentes sociais
    locais dialogavam com as publicações dos periódicos impressos na Corte Imperial e na capital
    da província, e como os jornais impressos na vila publicizaram os trânsitos e os intercâmbios
    políticos e sociais predominantes do período.




  • 2022-04

    Histórias de professoras negras no Rio de Janeiro: experiências e tensões de classe, raça e gênero (1870-1920)

    Título

    Histórias de professoras negras no Rio de Janeiro: experiências e tensões de classe, raça e gênero (1870-1920)

    Autor
    Luara Dos Santos Silva
    Orientador(a)
    Laura Antunes Maciel
    Data de Defesa
    2022-04-19
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    294
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alessandra Frota Martinez de Schueler
    Alexandra Lima da Silva
    Ione Celeste Jesus Sousa
    Laura Antunes Maciel
    Martha Campos Abreu

    Resumo

    Este trabalho examina as experiências de um conjunto professoras negras no Rio de Janeiro,
    entre 1870 e 1920, e as decorrentes tensões de classe, raça e gênero que atravessaram suas
    trajetórias no magistério e em outros âmbitos da vida. Ao enquadrarem-se aos padrões de
    gênero, as professoras negras Alexandrina de Brito, Rufina Vaz, Coema e Gulnare Hemetério
    dos Santos, Elvira Pilar Guimarães, Luiza, Alice Noêmia e Clara Callado - e suas famílias -
    estavam construindo meios para contornar os muros do racismo que, associando-se ao sexismo,
    buscava rotulá-las enquanto mulheres hiper sexualizadas. As vidas dessas professoras negras
    foram ditadas pelos padrões de honestidade e respeitabilidade que atendiam aos padrões de
    gênero hierarquizado entre homens e mulheres. Suas experiências no magistério, em família e
    na sociedade mais ampla nos contam sobre as táticas miúdas do cotidiano cujos objetivos eram
    acessar a educação formal e, consequentemente, melhores e mais seguros postos de trabalho.
    Tais movimentos incluíam a estrita adequação às normas sociais vigentes e o enquadramento
    aos ditames impostos às mulheres - e em especial às professoras primárias - naqueles tempos.




  • 2022-04

    CORAÇÃO DE NEGRO: História oral e etnografia afro-sertaneja na Chapada Diamantina. Morro do Chapéu, Bahia

    Título

    CORAÇÃO DE NEGRO: História oral e etnografia afro-sertaneja na Chapada Diamantina. Morro do Chapéu, Bahia

    Autor
    Carolina Pazos Pereira
    Orientador(a)
    Martha Campos Abreu
    Data de Defesa
    2022-04-07
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    291
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Daniela Paiva Yabeta de Moraes
    Diego Ferreira Marques
    Edinelia Maria Oliveira Souza
    Jackson André da Silva Ferreira
    Martha Campos Abreu

    Resumo

    Este trabalho costura a história da escravidão e do imediato pós-abolição em Morro do Chapéu,
    cidade da Chapada Diamantina, Bahia, ao presente etnográfico das comunidades sertanejas
    negras autodenominadas quilombolas. A partir da História Oral e da Etnografia, com o auxílio
    da pesquisa com documentos judiciais e eclesiásticos do século XIX, é possível discutir as
    gêneses dos quilombos do município e destacar suas principais contribuições culturais e
    socioeconômicas. Embora tenham origens e desenvolvimentos diversos, os territórios étnicos
    de Morro do Chapéu apresentam características comuns. Alguns foram formados pela
    manutenção de ex-cativos nas proximidades das fazendas em que trabalhavam, outros se
    originaram pela migração de libertos e trabalhadores pobres de outras partes da Bahia. Todos
    são fortemente marcados pela tentativa de fixação territorial e busca de autonomia produtiva,
    mesmo diante dos deslocamentos impostos pelas secas periódicas, miséria e falta de
    oportunidades de trabalho. Dentre as sete comunidades autorreconhecidas, enfatizo os
    processos de formação e desenvolvimento do quilombo Barra II, pois nele concentro meu
    trabalho de campo e a maior parte das entrevistas de História Oral. A memória coletiva das
    famílias é fundamental para o entendimento da existência e da resistência negra nos sertões. A
    construção analítica da história e da antropologia desses grupamentos tem na reminiscência das
    memórias seu ponto de partida. Mesmo que a memória da escravidão seja rarefeita diante do
    transcorrer do tempo e do contexto regional de prevalência do trabalho livre, as fontes orais
    permitem discutir as rupturas e continuidades entre o tempo do cativeiro e o longo pós-abolição.
    O dia a dia, o trabalho, as crenças, os casos e experiências do campesinato nem sempre
    chegaram ao suporte escrito. Para que uma cultura rural negro-brasileira seja conhecida, é
    imprescindível ouvir as histórias de vida dos sujeitos comuns e suas narrativas acerca de seus
    antepassados.




  • 2022-04

    A intervenção britânica na segunda fase da guerra civil grega (1944-1945)

    Título

    A intervenção britânica na segunda fase da guerra civil grega (1944-1945)

    Autor
    Felipe Alexandre Silva de Souza
    Orientador(a)
    Daniel Aarão Reis Filho
    Data de Defesa
    2022-04-04
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    310
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Daniel Aarão Reis Filho
    Eurico de Lima Figueiredo
    Janaína Martins Cordeiro
    Sidnei José Munhoz
    Vinicius Aurélio Liebel

    Resumo

    Entre 1943 e 1949, a Grécia foi assolada por uma intrincada guerra civil
    desencadeada no contexto da ocupação da nação helena pelas forças do Eixo. Em um
    primeiro momento, o conflito foi marcado fundamentalmente pelo embate entre dois
    movimentos de resistência aos invasores: a Frente de Libertação Nacional, liderada pelo
    Partido Comunista, e a Liga Nacional Republicana. Posteriormente, com a Grécia já
    liberta (1944), o choque se daria entre o provisório governo monárquico conservador e a
    Frente de Libertação — que, a partir de 1946, se reorganizaria no Exército Democrático
    Grego.
    Durante a guerra civil, a Grã-Bretanha apoiou a monarquia grega, cuja
    estabilidade era considerada, em alguns círculos governamentais de Londres, essenciais
    para a manutenção dos interesses do Império Britânico no Mediterrâneo. Esses seriam os
    momentos finais das relações de preeminência que os britânicos mantinham com os
    gregos desde a década de 1820, quando os gregos lutavam por sua independência contra
    o Império Otomano. Em 1947, o governo britânico anunciaria não ter mais condições de
    apoiar militarmente o governo grego. Os Estados Unidos da América assumiriam o papel
    que até então Londres desempenhara.
    Este trabalho, pretende narrar a intervenção britânica na guerra civil grega. O foco
    se coloca sobre os debates públicos que transcorriam na Grã-Bretanha na medida em que
    o governo de Coalizão liderado pelo Conservador Winston Churchill participava do
    conflito fratricida heleno. A opção de Churchill pelo apoio às direitas gregas gerou
    considerável celeuma na sociedade britânica: nas casas do Parlamento, nas ruas e nos
    sindicatos. O recorte temporal se inicia em dezembro de 1944 e se encerra em fevereiro
    de 1945 — cobrindo assim a chamada segunda fase da guerra civil. É durante esse
    período que vemos as tropas britânicas participarem diretamente do conflito. Com a
    reconstituição das discussões acerca da questão grega, pretendemos aclarar, em certa
    medida, como as disputas entre diversas concepções e forças políticas acabaram
    determinando a política da Grã-Bretanha para a Grécia.


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