Thèses
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2022-06
O "milagre" que não era santo – a criação do mito do sucesso econômico no governo Médici (1969-1974)
TítuloO "milagre" que não era santo – a criação do mito do sucesso econômico no governo Médici (1969-1974)
Autor
Fernando Jose Fernandes do Nascimento JuniorOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2022-06-30Nivel
MestradoPáginas
155Volumes
1Banca de DefesaAndréa Lemos Xavier GalucioMarcelo Badaró MattosTatiana Silva Poggi de Figueiredo
ResumoO conhecido "milagre econômico" ocorrido entre o período de 1968 a 1974 refere-se a
um elevado crescimento econômico proveniente de diversos fatores como, por exemplo,
o parque industrial de Getúlio, o Plano de Metas de Juscelino, o PAEG de Castelo
Branco, os quais se mostraram imperiosos para fundamentar e desenvolver este feito no
campo da economia. Outras ações são importantes para compreender esse momento
histórico relacionadas a um ortodoxo controle da inflação por meio de arrocho salarial,
taxas de juros e concentração monopolista dos capitais. Todavia, a visão predominante
atualmente entre os brasileiros de que a ditadura civil-militar foi um período de êxito
econômico – apesar de trabalhos e indicadores econômicos e sociais específicos
comprovarem o contrário – tem origem em um modelo de imprensa monopolista
associado ao capital. Considerando os conceitos de Estado Ampliado em Gramsci, o
presente trabalho busca analisar esse processo da expansão capitalista no Brasil com foco
na relação dos conteúdos divulgados pelos jornais O Globo e Folha de São Paulo e sua
contribuição para a formação de um consenso e consciência coletiva acerca da política
econômica brasileira, no período do "milagre econômico" no governo Médici (1969 –
1974).
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2022-06
DIREITOS DO MENOR TRABALHADOR: A legislação no Rio de Janeiro sobre o trabalho infantil (1890-1917)
TítuloDIREITOS DO MENOR TRABALHADOR: A legislação no Rio de Janeiro sobre o trabalho infantil (1890-1917)
Autor
Mariana Kelly da Costa RezendeOrientador(a)
Paulo Cruz TerraData de Defesa
2022-06-30Nivel
MestradoPáginas
184Volumes
1Banca de DefesaFlavia Fernandes de SouzaGlaucia Cristina Candian FraccaroPaulo Cruz Terra
ResumoO presente trabalho busca observar a construção de uma legislação sobre trabalho
infantil e pela sua proibição, no Rio de Janeiro, a partir de 1890, com a criação do primeiro
Código Penal republicano, até 1917, de modo a analisar as demandas dos trabalhadores
referentes ao tema na Greve Geral deste ano. A partir da perspectiva da lei enquanto
espaço de disputa, busca-se observar as motivações para a criação desta legislação e sua
repercussão entre as diferentes classes sociais. Portanto, essa dissertação visa observar o
processo de criação das legislações municipais e federais sobre o trabalho do menor, no
início da República brasileira, articulando-as com pressões dos movimentos trabalhistas
nacionais e internacionais. Além disso, também é observado o papel da infância da classe
trabalhadora na construção do projeto republicano, em especial pelas formas de repressão
e prevenção à vadiagem.
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2022-06
Um laboratório a céu aberto: Das doenças e das Curas na Guerra do Paraguai (1864-1870)
TítuloUm laboratório a céu aberto: Das doenças e das Curas na Guerra do Paraguai (1864-1870)
Autor
Janyne Paula Pereira Leite BarbosaOrientador(a)
Maria Verónica Secreto FerrerasData de Defesa
2022-06-30Nivel
DoutoradoPáginas
369Volumes
1Banca de DefesaJorge Luiz Prata de SouzaKaroline CarulaMaria Verónica Secreto FerrerasSerioja Rodrigues Cordeiro MarianoTânia Salgado Pimenta
ResumoHistoricamente, as doenças foram e são determinantes para a caracterização das
sociedades. Da Idade Média à Contemporaneidade, os vírus e as bactérias influenciaram
na organização das estratégias de sobrevivência da humanidade. Como um fenômeno
social, as doenças marcaram períodos importantes da história e dentre eles, os conflitos
bélicos. A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi marcada pela historicidade das doenças.
Nesse conflito, milhares de homens padeceram por doenças infectocontagiosas como a
cólera, a febre tifoide, a varíola, e as febres em geral. Essas doenças desafiaram o
conhecimento médico da época e se constituíram socialmente, sendo produto de um
determinado enquadramento sociocultural. Em outros termos, a guerra do Paraguai pode
ser considerada uma guerra "epidêmica", um campo/ laboratório a céu aberto, onde
médicos, civis e militares construíram saberes, compartilharam experiências e lutaram
pela sobrevivência ao longo de cinco anos ininterruptos. Nesse período, civis e militares,
homens, mulheres e crianças, lutaram uma mesma guerra e contra um inimigo comum:
as doenças. Mais do que um conflito com batalhas militarizadas, essa guerra colocou em
protagonismo o maior inimigo dos exércitos em marcha: as epidemias, as febres
infecciosas, as doenças contagiosas e tantas outras enfermidades. A narrativa que se
constituiu nessas dezenas de páginas colocou em evidência a importância das doenças,
das práticas de cura e das teorias médicas que determinaram os rumos do conflito. Para
responder a questionamentos como: quais as principais doenças que afetaram as tropas?;
Quais as condições dos espaços de cura e como se caracterizou a prática médica durante
o conflito?. Esse trabalho se apoiou nas seguintes fontes históricas: atas, ofícios e
correspondências do Serviço de Saúde do Exército, documentos oficiais do Ministério de
Guerra Brasileiro, registros de memorialistas, teses médicas e representações de médicos
que atuaram na frente de batalha. A investigação desse acervo documental em diálogo
com as teses desenvolvidas até então sobre a História da Saúde e das Doenças no Brasil
Oitocentista proporciou o desenvolvimento de análises em profundidade, na tentativa de
apresentar a você, leitor, uma nova versão da história do conflito platino: aquela que
enxerga a Guerra do Paraguai como um laboratório a céu aberto.
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2022-06
"Tam ousada de quallquer estado e comdiçom": As relações de gênero nos mesteres em Lisboa de 1385 a 1438
Título"Tam ousada de quallquer estado e comdiçom": As relações de gênero nos mesteres em Lisboa de 1385 a 1438
Autor
Josena Nascimento Lima RibeiroOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2022-06-30Nivel
DoutoradoPáginas
314Volumes
1Banca de DefesaAdriana Maria de Souza ZiererAna Maria Seabra de Almeida RodriguesMariana Bonat TrevisanMiriam Cabral CoserVânia Leite Fróes
ResumoEstudo das relações de gênero nos mesteres de Lisboa entre 1385 e 1438. Remete-se às trocas
presentes no espaço artesanal entre homens e mulheres de mester, mercadores e funcionários
concelhios e régios. Enfatizaremos a discussão dos acordos e consensos colocados em prática
entre a monarquia e os grupos citadinos na busca de uma maior burocratização e organização
do reino. Portanto, são ressaltadas como fontes a Crônica de D. João I, Chancelarias
portuguesas: D. João I, Chancelarias portuguesas: D. Duarte, Cortes portuguesas: reinado de
D. Duarte, Livro das Posturas Antigas, Ordenações del-rei Dom Duarte, Ordenações
Afonsinas e Posturas do Concelho de Lisboa (século XIV). A cidade medieval, em concretude
e utopia, foi testemunha das ações governativas que buscavam normatizar os corpos, os grupos
populares e o agregado familiar através de hierarquias efetivadas por meio de interações
domésticas e comunitárias.
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2022-06
A Pérsia, o Samovar e o Tar: Um estudo de literatura de exílio na obra de Mariane Satrapi para
uma identidade feminina iraniana.TítuloA Pérsia, o Samovar e o Tar: Um estudo de literatura de exílio na obra de Mariane Satrapi para
uma identidade feminina iraniana.Autor
Flávia da Silva BarbosaOrientador(a)
Renata Torres SchittinoData de Defesa
2022-06-29Nivel
MestradoPáginas
170Volumes
1Banca de DefesaJanaína Martins CordeiroMurilo Sebe Bon MeihyRenata Torres Schittino
ResumoA presente pesquisa tem como objetivo estudar a obra da artista franco-iraniana Marjane
Satrapi a partir da perspectiva da literatura de exílio. A análise aborda os livros de caráter
memorialísticos da autora que marcam a sua inserção como profissional na Europa. As
principais fontes de estudo são Persépolis (2000-2004), Bordados (2003) e Frango com
Ameixas (2004) que formam uma trilogia temática. O trabalho conta com três eixos
principais: a relação entre passado e presente em suas memórias, a elaboração do feminismo
iraniano e a construção de uma identidade nacional de oposição ao atual regime do Irã. Os
tópicos destacam as características que perpassam o teor de cada uma das obras investigadas e
que contribuem para a compreensão das posições políticas e pessoais da artista. A presente
análise pretende contribuir para o desenvolvimento do campo de estudos asiáticos e sobre o
exame da história do Irã no Brasil. Bem como colaborar para os estudos sobre literatura de
exílio como fonte de pesquisa histórica no mundo contemporâneo.
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2022-06
"HAIL TRUMP! HAIL OU PEOPLE! HAIL VICTORY!": A ALT-RIGHT E O NEOFASCISMO NOS ESTADOS UNIDOS DO SÉCULO XXI
Título"HAIL TRUMP! HAIL OU PEOPLE! HAIL VICTORY!": A ALT-RIGHT E O NEOFASCISMO NOS ESTADOS UNIDOS DO SÉCULO XXI
Autor
Gabriel Rodrigues BarbosaOrientador(a)
Tatiana Silva Poggi de FigueiredoData de Defesa
2022-06-29Nivel
MestradoPáginas
260Volumes
1Banca de DefesaAndré Guimarães AugustoOdilon Caldeira NetoTatiana Silva Poggi de Figueiredo
ResumoO presente trabalho tem como objetivo analisar a Alt-Right, um movimento político que
alcançou notoriedade entre os anos de 2015 e 2017, principalmente no contexto político
da disputa presidencial em que Donald Trump foi eleito. Optamos por escolher a chave
interpretativa do Neofascismo ao longo da pesquisa pois é a que vai de encontro às
reivindicações antidemocráticas, defesa da supremacia branca e por vezes a adoção do
próprio rótulo neonazista, apontando frequentemente os judeus, negros e latinos como
parte de uma teoria da conspiração que visa extinguir a população branca e o que é
entendido como "Civilização Ocidental. A maior parte da atuação dos grupos que
compõem a extensa rede da Alt-Right ocorrem através da internet, neste âmbito,
consideramos o arcabouço teórico fornecido por Antonio Gramsci como o mais
apropriado para compreender os Aparelhos Privados de Hegemonia e seu trabalho de
persuasão e cooptação através das redes sociais e de websites.
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2022-06
TERNOS E TRAPOS: bancários e castanheiras e a formação desigual da classe trabalhadora no Ceará (1954 - 1970)
TítuloTERNOS E TRAPOS: bancários e castanheiras e a formação desigual da classe trabalhadora no Ceará (1954 - 1970)
Autor
Marcelo Henrique Bezerra RamosOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2022-06-28Nivel
DoutoradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaÁlvaro Pereira do NascimentoFlavia Fernandes de SouzaJohn David FrenchMarcelo Badaró MattosSonia Regina de Mendonça
Resumo
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2022-06
"UM HÁBIL SUJEITO" o naturalista José Vieira Couto e o conhecimento mineralógico das Minas Gerais (1799 – 1805)
Título"UM HÁBIL SUJEITO" o naturalista José Vieira Couto e o conhecimento mineralógico das Minas Gerais (1799 – 1805)
Autor
Yuri Teixeira PiresOrientador(a)
Ronald José RaminelliData de Defesa
2022-06-28Nivel
MestradoPáginas
161Volumes
1Banca de DefesaLorelai Brilhante KuryRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
ResumoEsta pesquisa se propõe a trabalhar o tema da construção do conhecimento científico no império
ultramarino português, entre final do século XVIII e início do XIX. Para tanto, será analisado
a trajetória do naturalista José Vieira Couto (1752-1827), que nasceu na capitania de Minas
Gerais, em Arraial de Tijuco, onde atualmente é Diamantina-MG. Formado em Filosofia pela
Universidade de Coimbra, Couto fez parte de uma leva de naturalistas e matemáticos que
ajudaram na produção do conhecimento da História Natural no mundo português, através de
viagens filosóficas, trocas de cartas, envios de remessas com amostras materiais e na escrita de
Memórias. As viagens filosóficas realizadas pelo naturalista aconteceram pelas regiões do Serro
Frio, Tijuco, Sabará, Mariana, Rio São Francisco, Rio Abaeté e Serra do Cabral, entre os
períodos de 1789 e 1805. Essas expedições ensejaram cinco Memórias escritas por Couto, cujo
tema principal esteve em torno da mineralogia e da mineração em Minas Gerais. Portanto, o
objetivo do presente trabalho é analisar o papel de José Vieira Couto na construção do
conhecimento mineralógico no mundo português durante final do período colonial, bem como
analisar as relações de patronagem, típicas da cultura política do Antigo Regime, entre José
Vieira Couto e os agentes régios que possibilitaram a construção e execução das viagens e
memórias. Para tanto, será analisado o contexto político, econômico e científico da época, bem
como analisar as trocas de remessas e cartas com os agentes régios e outros naturalistas, bem
como analisar as memórias escritas por José Vieira Couto.
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2022-06
SHAHR-E NAFT: A CONSTRUÇÃO DA CIDADE-REFINARIA DE ABADAN E O REGIME ENERGÉTICO PETROLÍFERO (1912-1942)
TítuloSHAHR-E NAFT: A CONSTRUÇÃO DA CIDADE-REFINARIA DE ABADAN E O REGIME ENERGÉTICO PETROLÍFERO (1912-1942)
Autor
Antônio Bylaardt Bacellar do CarmoOrientador(a)
Tâmis Peixoto ParronData de Defesa
2022-06-28Nivel
MestradoPáginas
115Volumes
1Banca de DefesaDaniel de Pinho BarreirosLeonardo MarquesTâmis Peixoto Parron
ResumoTomando o sistema-mundo capitalista como unidade de análise e o sudoeste do Irã
como unidade de observação, esta dissertação busca investigar o processo de construção
da refinaria de petróleo e do núcleo urbano iraniano de Abadan, durante a primeira
metade do século XX, conectando-o com a montagem do complexo industrial
petrolífero no Irã e com as transformações na economia mundial durante este período.
Para tal fim, este trabalho se utiliza de correspondências diplomáticas e relatos de
viagem, além de propor uma ressignificação do conceito de regimes energéticos.
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2022-06
GUERRA E IDENTIDADE: O JUDEU E O ROMANO NAS OBRAS DE TÁCITO E FLÁVIO JOSEFO
TítuloGUERRA E IDENTIDADE: O JUDEU E O ROMANO NAS OBRAS DE TÁCITO E FLÁVIO JOSEFO
Autor
Ana Beatriz Siqueira BittencourtOrientador(a)
Alexandre Santos de MoraesData de Defesa
2022-06-28Nivel
MestradoPáginas
125Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Santos de MoraesBrian Gordon Lutalo KibuukaIvan Esperança Rocha
ResumoA Primeira Guerra Romano-Judaica ocorreu entre os anos 66 e 73 d.C. e foi um dos
marcos da insatisfação dos judeus perante a dominação romana na região da Judeia. O longo
conflito se destaca na história da relação entre romanos e judeus em diferentes aspectos.
Apesar da resistência judaica, a guerra é concluída com as forças romanas conseguindo
subjugar os rebeldes. Com a conquista de Jerusalém, o Templo foi destruído no ano de 70
d.C., permanecendo apenas a última resistência em Massada que, ao fim, sucumbiu em 73
d.C.
Sobre este conflito, destacam-se duas importantes narrativas: a de Tácito (Histórias,
V, 1-13) e a de Flávio Josefo (Guerra dos Judeus), autores respectivamente de origem romana
e judaica. Além desses documentos literários, consideramos também as moedas que foram
cunhadas e versam sobre o período da Primeira Guerra Romano-Judaica – Judaea Capta,
Judaea Recepta e moedas da resistência judaica. Neste sentido, nossa pesquisa valorizará as
narrativas sobre a guerra produzidas nos suportes literário e numismático a fim de perceber a
visão destes sobre a identidade romana e a identidade judaica. Consideramos ainda que, no
contexto da narrativa da guerra, tem-se clara a ideia de que esses relatos apresentam de forma
prática o acirramento do confronto identitário, onde se entrechocam e se destacam as
diferenças. Posto isto, é preciso relacionar tais obras à proposta de trabalho acerca das
identidades étnicas.
Dessa forma, este trabalho analisa as narrativas elaboradas por Cornélio Tácito e
Flávio Josefo sobre a Primeira Guerra Romano-Judaica para identificar as visões acerca das
identidades do judeu e do romano. Os discursos foram ainda comparados às moedas do
período, destacando-lhes as especificidades e as estratégias discursivas empregadas na
construção de ambas as identidades em cada autor e suporte material trabalhado, e como uma
é utilizada de contraponto à outra.
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2022-06
OS JOGOS ELETRÔNICOS POR QUEM OS FAZ: CONCEITOS DE "ARTE" E
"ENTRETENIMENTO" NA INDÚSTRIA DOS JOGOS ELETRÔNICOSTítuloOS JOGOS ELETRÔNICOS POR QUEM OS FAZ: CONCEITOS DE "ARTE" E
"ENTRETENIMENTO" NA INDÚSTRIA DOS JOGOS ELETRÔNICOSAutor
Pedro Henrique da Costa E SilvaOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2022-06-28Nivel
MestradoPáginas
146Volumes
1Banca de DefesaIvan Lima GomesSamantha Viz QuadratTatiana Silva Poggi de Figueiredo
ResumoA dissertação discute os diferentes conceitos de "arte" e "entretenimento" utilizados na
indústria dos jogos eletrônicos, além de quais atores sociais os utilizam e com quais objetivos
políticos. Para isso analisei os jogos eletrônicos como uma forma de arte inclusa nos debates
que relacionaram arte e capitalismo no século XX, especialmente através do conceito de
indústria cultural, desenvolvido primeiramente por Theodor Adorno e Max Horkheimer.
Privilegio nessa análise o funcionamento interno da indústria, deixando em segundo plano a
recepção dos consumidores sobre os seus bens de consumo.
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2022-06
JUSTIÇA DO TRABALHO E DIREITOS TRABALHISTAS NO CAMPO EM TEMPOS DE DITADURA: A EXPERIÊNCIA DO PRORURAL NA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO (1971-1985).
TítuloJUSTIÇA DO TRABALHO E DIREITOS TRABALHISTAS NO CAMPO EM TEMPOS DE DITADURA: A EXPERIÊNCIA DO PRORURAL NA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO (1971-1985).
Autor
Clarisse Dos Santos PereiraOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2022-06-28Nivel
DoutoradoPáginas
234Volumes
1Banca de DefesaLarissa Rosa CorrêaLucia GrinbergPablo Francisco de Andrade PorfirioRegina Beatriz Guimarães NetoSamantha Viz Quadrat
ResumoEsta tese tem como objetivo principal analisar os caminhos e os impactos da
promulgação da Previdência Social Rural na Zona da Mata de Pernambuco entre os
anos de 1971 e 1985. Para a compreensão da emergência da Lei Complementar no 11,
que, pela primeira vez, estabeleceu a aposentadoria para os trabalhadores do campo, foi
realizado um esforço em examinar os principais dispositivos legais voltados para o
campo desde o golpe civil-militar até a aprovação do PRORURAL em 1971. O estudo
privilegia como fonte documental periódicos nacionais e de Pernambuco, documentos
de órgãos de classe (Sindicatos Rurais, FETAPE e CONTAG), processos trabalhistas
das Juntas de Conciliação e Julgamento do TRT 6a Região, e relatos de magistrados. A
partir da premissa de que os trabalhadores rurais são personagens fazedores de sua
própria história, busco entender como se deu a articulação dos órgãos de classe para a
conquista e efetivação desse direito após oito anos da publicação do Estatuto do
Trabalhador Rural durante o mandato de Garrastazu Médici. Escrutinar a possibilidade
da efetivação da lei da Previdência Rural no contexto do recrudescimento do governo
autoritário sem incorrer no maniqueísmo contigo da ideia de "outorga de direitos" foi
um dos principais objetivos desta pesquisa. Por fim, entender o papel da Justiça do
Trabalho no processo de efetivação desse direito foi um objetivo chave da tese,
compreendendo esse dispositivo jurídico como um dos meios pelos quais os
trabalhadores do campo colocavam em cena suas demandas.
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2022-06
A CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA E LEGITIMAÇÃO LANCASTER INGLATERRA, c. 1400 – c.1500
TítuloA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA E LEGITIMAÇÃO LANCASTER INGLATERRA, c. 1400 – c.1500
Autor
Caio de Barros Martins CostaOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2022-06-28Nivel
DoutoradoPáginas
311Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasFabiano FernandesRaquel Alvitos PereiraRenata Rodrigues VerezaVânia Leite Fróes
ResumoEsta Tese busca analisar a construção da memória acerca da Dinastia de Lancaster na
Inglaterra, especificamente no final do século XIV e século XV, considerando a construção e
projeção dessa memória. A Inglaterra passou, ao longo da Baixa Idade Média, por
transformações políticas que tiveram impacto na atuação do poder régio e por consequência
na construção da memória em torno dos reis, e na produção de uma retórica que visava a
legitimação política. O contexto de guerras, em especial a Guerra dos Cem Anos e a Guerra
das Rosas, produziram instrumentos que foram importantes no jogo da memória. Através dos
reis Lancastrianos, podemos entender melhor esse jogo, percebendo como os cronistas
produziam memória contemporaneamente a eles, ou recuperavam narrativas do passado, no
qual esses reis também poderiam fazer parte do passado, e assim ressignificavam ou
transformavam a memória, projetando-a para questões do presente. Portanto, como caminho
de análise toma-se principalmente as crônicas, tal como The Chronica Maiora de Thomas
Walsingham, Chronicon Adae Usk de Adam de Usk, The Book of Illustrious Henries e The
Chronicles of England de John Capgrave, entre outras, como ainda um corpus documental
ligado à produção da administração central inglesa, tal qual os Rotuli Parliamentorum e os
Calendars da Chancelaria.
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2022-06
Revolução e impérios: o império espanhol e a Revolução Americana
TítuloRevolução e impérios: o império espanhol e a Revolução Americana
Autor
Henrique Luiz Oliveira SpitzOrientador(a)
Leonardo MarquesData de Defesa
2022-06-24Nivel
MestradoPáginas
220Volumes
1Banca de DefesaLeonardo MarquesThiago Nascimento KrauseWaldomiro Lourenço da Silva Júnior
ResumoA pesquisa propõe uma análise da participação da Espanha na Revolução Americana. O
objetivo não é apresentar um estudo sobre a revolução em si, mas sim sobre a
participação do império espanhol no processo de independência das treze colônias
britânicas, demonstrando os interesses da monarquia hispânica na revolução americana e
no Mundo Atlântico, em um complexo cenário nas relações internacionais, permeado por
constantes alianças e disputas entre impérios europeus. Tendo sido deflagrada por uma
revolta colonial contra o domínio imperial britânico, o conflito rapidamente ganhou
proporções atlânticas/globais e afetou as relações com outras potências que exerciam
significativa influência no Mundo Atlântico. A França, inimiga histórica da Inglaterra, possuía interesses econômicos na região e rapidamente apoiou os revolucionários
americanos. A Espanha, que possuía vastos domínios na América e ambicionava reaver
territórios perdidos durante a guerra dos sete anos, aliou-se à França, apoiando
indiretamente os insurgentes coloniais britânicos. A República Holandesa, apesar de sua
inicial política de neutralidade, manteve importantes relações comerciais com as colônias
revolucionárias. E Portugal, embora aliado da Inglaterra, manteve sua tradicional política
externa de neutralidade nas relações internacionais. No entanto, ainda que seja traçado
um panorama geral das relações imperiais europeias no Mundo Atlântico no longo século
XVIII, vale dizer, desde o último quartel do seiscentos até a deflagração do processo de
emancipação política da América hispânica, em inícios do oitocentos, a ênfase da
pesquisa consiste em elucidar, através de uma perspectiva atlântica/global e, sobretudo, por meio da via diplomática, os interesses e a estratégia do império espanhol, que
motivaram sua aliança com a França e sua participação na guerra de independência dos
Estados Unidos, em um processo que, encerrado formalmente pelo Tratado de Paris de
1783, culminou com o colapso do primeiro império britânico, a falência da França e a
fragmentação e ruína do vasto e poderoso império espanhol.
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2022-06
LAS INTERMITENCIAS DEL DEBATE SOBRE LA REFORMA AGRARIA URUGUAYA (1943-1973) Tierras, instituciones y generaciones
TítuloLAS INTERMITENCIAS DEL DEBATE SOBRE LA REFORMA AGRARIA URUGUAYA (1943-1973) Tierras, instituciones y generaciones
Autor
Agustin Juncal PérezOrientador(a)
Maria Verónica Secreto FerrerasData de Defesa
2022-06-24Nivel
DoutoradoPáginas
305Volumes
1Banca de DefesaElisa de Campos BorgesMaria Inés Del Perpetuo Socorro Moraes VázquezMaria Verónica Secreto FerrerasNorberto Osvaldo FerrerasVanderlei Vazelesk Ribeiro
ResumoEl propósito central de esta tesis es contribuir a la identificación y análisis del debate agrario
uruguayo entre 1943 y 1973. Se enfoca en determinar qué tipo de "visiones sociales del mundo"
predominaron sobre la reforma agraria y de qué manera se disputaron las políticas públicas de
tierras dentro del Estado, tanto antes como después de la ley 11.029 con la que se creó el Instituto
Nacional de Colonización (INC) en 1948. Los objetivos generales de la tesis fueron los siguientes:
a) aportar a la comprensión de los conflictos sociales y políticos del Uruguay, identificando
diferentes conexiones generacionales y visiones sociales sobre la reforma agraria entre 1943 y
1973; y b) analizar las políticas de tierras implementadas por el INC en las gestiones del Partido
Colorado y el Partido Nacional.
En términos del debate político sobre sobre la reforma agraria se identificaron dos momentos muy
diferentes. El primero abarca el período 1943-1958 donde se puede identificar tres vertientes
discursivas: a) una primera unidad generacional que confluyó en la pretensión de impulsar una
reforma agraria a partir la tenencia de la tierra de dominio estatal con adjudicación a colonos bajo
diferentes formas jurídicas (enfiteusis, arrendamiento y propiedad privada); b) una segunda unidad
generacional conservadora que defendió la propiedad privada de la tierra y su opuso a la
intervención estatal en el mercado de tierras; y c) una tercera unidad generacional basada en
postulados católicos que promocionó algunas propuestas de colonización agraria, pero no
cuestionó las relaciones de propiedad privada de la tierra. Un segundo momento abarca el período
1959-1973 donde existió una convergencia casi absoluta entre los diferentes partidos políticos en
materia de reforma agraria, aunque contó con opciones dicotómicas. Por un lado, una unidad
generacional se amparó detrás de un proyecto liberal -muchas veces apuntalado por visiones
católicas- con la pretensión de que la reforma agraria se podría lograr si se impulsaba el aumento
de la productividad y se garantizaba la propiedad privada de la tierra. Por otro lado, hubo otra
unidad generacional bajo una visión más socializante que promocionaba la reforma agraria
fundamentalmente en base a la igualdad, aunque a veces podría referir a la productividad.
En cualquier caso, los principales resultados fueron exiguos si se tiene en cuenta que en un cuarto
de siglo (1948-1973), apenas 265.000 hectáreas fueron incorporadas al INC lo que representa
menos del 2% de la superficie productiva del país.
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2022-06
ESTADO, LUTA DE CLASSES E EDUCAÇÃO RURAL: A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE AGRICULTURA E PECUÁRIA (CNA) E A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA (CONTAG) (1991-2013)
TítuloESTADO, LUTA DE CLASSES E EDUCAÇÃO RURAL: A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE AGRICULTURA E PECUÁRIA (CNA) E A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA (CONTAG) (1991-2013)
Autor
Rita de Cássia Gomes NascimentoOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2022-06-23Nivel
DoutoradoPáginas
340Volumes
1Banca de DefesaMaria Aparecida Ciavatta PantojaPaulo Roberto Raposo AlentejanoRegina Angela Landim BrunoRodrigo de Azevedo Cruz LamosaSonia Regina de Mendonça
ResumoO presente estudo pretendeu analisar, historicamente, a Confederação Nacional de
Agricultura e Pecuária (CNA) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (CONTAG), dois sindicatos oficiais e de âmbito nacional – respectivamente
–, dos proprietários e dos trabalhadores rurais – que sob a perspectiva gramsciana, atuam
como Aparelhos Privados de Hegemonia (APHs). De forma específica, problematizou-se
a disputa político-ideológica, de frações de classe antagônicas, pela Educação Rural, -
através do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), escolas públicas e
políticas públicas para o campo no período de 1991 a 2013. Assentado no materialismo
histórico-dialético, a pesquisa se orientou a partir dos pressupostos teóricos de Antônio
Gramsci, filósofo italiano que viveu no início do século XX. Para tanto, buscou
estabelecer relações entre Educação, Classes Sociais e Estado, em seu sentido integral,
bem como o papel dos intelectuais orgânicos na organização da vontade coletiva.
Outrossim, tomou-se, como base, a concepção sobre História, Historiografia e questão
camponesa, em Gramsci, que deu suporte às análises sobre a História da Educação Rural
e sua produção nas três últimas décadas. Além do levantamento bibliográfico, partiu-se
de fontes documentais, disponíveis no sítio eletrônico das Confederações sindicais em
estudo. Sobre o Sistema CNA/SENAR, pode-se destacar: "Terminologia da FPR" (1994);
"Estrutura Ocupacional do Meio Rural" (2005); "Mercado de Trabalho: documento
norteador" (2007), "Cartilha Conhecendo o SENAR" (s/d), "Série Metodológica (1994;
2005b; 2013), "Relatório de Atividades" (2004; 2005), "Revista Cenário Rural, publicada
pelo SENAR" (2008), "Relatório de Gestão – Administração Central" (2012),
"Aprendizagem Rural: documento norteador" (2013); além de documentos da década de
1970 e 1980, que trataram da sua primeira fase como agência pública. Sobre a CONTAG,
analisou-se, sobretudo, os Anais dos Congressos Anuais de 1976 a 2013. A pesquisa
apontou para observações analíticas sobre o papel e função do SENAR, a partir da década
de 1990, como entidade que, através de seu Sistema CNA/SENAR/ICNA dimensionou,
caracterizou e deu corpo à "CNA educadora". Para isso, buscou-se discutir o processo de
formação histórica do SENAR, bem como a sua estrutura político-administrativa,
enquanto agência de formação, que passou a ser gerida pela burguesia agrária a partir da
década de 1990. Considerou-se as disputas da CNA e CONTAG, no tocante ao monopólio
da gestão, e as tentativas da CONTAG pela "democratização" deste serviço aprendizagem
e pela afirmação do referencial da Educação do Campo. Tratou-se, ainda, da atuação do
SENAR como agência privada, que possui projeto político e pedagógico alicerçado,
sobretudo a partir dos anos 2000, na negação da Reforma Agrária, criminalização dos
movimentos sociais do campo e educação para o Agronegócio. Diante disso, o estudo
enfoca as disputas pela hegemonia, através do embate entre projetos antagônicos de
educação dos trabalhadores do campo.
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2022-06
A diplomacia imperialista francesa na Conferência de Berlim (1884-1885)
TítuloA diplomacia imperialista francesa na Conferência de Berlim (1884-1885)
Autor
Aline Barbosa Pereira MarianoOrientador(a)
Alexsander Lemos de Almeida GebaraData de Defesa
2022-06-23Nivel
DoutoradoPáginas
202Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraFelipe Paiva SoaresFrédéric Jean Marie MoniéMarcelo Bittencourt Ivair PintoMonica Lima E Souza
ResumoO presente trabalho busca identificar quais foram as principais diretrizes adotadas pelo
governo francês durante a realização da Conferência de Berlim, entre novembro de 1884
e fevereiro de 1885. A tese considera o histórico de interesse da França em relação ao
continente africano nas últimas décadas do século XIX para entender quais foram os
posicionamentos do país em relação aos três pontos do programa do evento diplomático:
(1) liberdade de comércio; (2) liberdade de navegação; e (3) futuras anexações nas costas
africanas. Para isso, são consultados, principalmente, documentos como o relatório do
encontro produzido por Édouard Engelhardt, um dos membros da delegação francesa em
Berlim, e a carta endereçada por Jules Ferry, então primeiro-ministro francês, ao Barão
de Courcel, principal representante da França na Conferência.
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2022-06
"Nos ombros de gigantes" — a noção medieval de progresso através do tempo na obra de João de Salisbury.
Título"Nos ombros de gigantes" — a noção medieval de progresso através do tempo na obra de João de Salisbury.
Autor
Hiago Maimone da Silva RebelloOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2022-06-23Nivel
MestradoPáginas
155Volumes
1Banca de DefesaCarlile Lanzieri JúniorEdmar Checon de FreitasVânia Leite Fróes
ResumoA presente dissertação busca compreender a percepção temporal e a relação que o tempo possui
com a concepção de progresso dentro de um autor do século XII, João de Salisbury, em suas
obras filosóficas e historiográficas. O tempo, dentro do contexto do autor, era um elemento de
importância para a validação ou a exaltação de algum autor, o que causava uma tensão entre
autores novos e antigos, dentro do período onde as traduções de obras novas para o contexto
escolástico da Europa Ocidental, onde a autoconsciência histórica dos autores do século XII
pode ser observada através do caso de João de Salisbury.
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2022-06
A REPRESENTAÇÃO DE SI COMO OUTRO: o disfarce muçulmano de Richard Francis Burton (1821-1890)
TítuloA REPRESENTAÇÃO DE SI COMO OUTRO: o disfarce muçulmano de Richard Francis Burton (1821-1890)
Autor
Paula Carolina de Andrade CarvalhoOrientador(a)
Alexsander Lemos de Almeida GebaraData de Defesa
2022-06-21Nivel
DoutoradoPáginas
260Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraBeatriz Juana Bissio Staricco Neiva MoreiraFelipe Paiva SoaresMurilo Sebe Bon MeihySamira Adel Osman
ResumoRichard Francis Burton (1821-1890), o famoso viajante britânico, costumava se disfarçar como
o muçulmano Abdullah. Esse personagem apareceu em seus livros de viagens e em alguns de
seus poemas em uma variedade de formas: como Mirza Abdullah em Falconry in the Valley ofthe Indus (1852), como Shaykh Abdullah em Personal Narrative of a Pilgrimage to Al-
Madinah and Meccah (1855-1856), como Haji Abdullah em First Footsteps in East Africa; or,An Exploration of Harar(1856) e em The Kasidah of Haji Abdu El-Yezdi (1880); o haji também
aparece brevemente em The Lake Regions of Central Africa (1860), bem como em algumas das
cartas de Burton. Por meio dessas obras escritas, podemos ver a genealogia de Abdullah: seu
nascimento em Falconry, seu triunfo na Pilgrimage (livro no qual ele completa a peregrinação
sem ser pego) e seu declínio em First Footsteps (no qual ele teve que revelar seu disfarce). Este,
portanto, é um estudo da representação do próprio Burton como esse outro muçulmano, em
meio à expansão do imperialismo britânico pelo mundo.
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2022-05
O rábula negro Manuel Vicente Alves Jacarandá: política, racismo e luta por direitos no Rio de Janeiro (1904-1948)
TítuloO rábula negro Manuel Vicente Alves Jacarandá: política, racismo e luta por direitos no Rio de Janeiro (1904-1948)
Autor
Paulo Roberto de AlmeidaOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2022-05-24Nivel
DoutoradoPáginas
215Volumes
1Banca de DefesaAmailton Magno AzevedoLaura Antunes MacielLeonardo Affonso de Miranda PereiraMartha Campos AbreuPetrônio José Domingues
ResumoO presente trabalho visa analisar as experiências, escolhas e trajetória do advogado e
político negro Manuel Vicente Alves, mais conhecido como Doutor Jacarandá, no Rio de
Janeiro das primeiras décadas do século XX. A partir delas, procura refletir sobre o impacto do
letramento sobre sua vida e como ele a usou para atuar como um advogado em favor dos
interesses de trabalhadores e trabalhadoras de baixa renda do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo,
busca articular sua experiência individual em um universo social mais amplo, tenso e
conflituoso, atravessado por hierarquias socio raciais presentes na sociedade e no mercado de
trabalho advocatício de seu tempo. Além disso, a pesquisa destaca a atuação política de Manuel
Alves, sua candidatura em diferentes eleições, os programas políticos e estratégias
desenvolvidas para tentar se eleger como intendente municipal, deputado federal e presidente
da República, em defesa da cidadania e dos direitos políticos da população simples e humilde
da Capital Federal.
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2022-05
Cebes, Abrasco e o público-privado na saúde pública brasileira (1976-2002)
TítuloCebes, Abrasco e o público-privado na saúde pública brasileira (1976-2002)
Autor
Tiago Siqueira ReisOrientador(a)
André Vianna DantasData de Defesa
2022-05-03Nivel
DoutoradoPáginas
294Volumes
1Banca de DefesaAndré Vianna DantasÁquilas Nogueira MendesEurelino Teixeira Coelho NetoMarcelo Badaró MattosMaria Valéria Costa CorreiaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA pesquisa trata do tema da relação entre o público e o privado no âmbito da saúde pública brasileira
contemporânea. A temática é discutida a partir da análise da história de duas das mais proeminentes
agremiações na área da saúde, o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde – Cebes, criado em 1976 e, a
Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco, fundada em 1979. As organizações são
analisadas enquanto aparelhos privados de hegemonia situados a partir da referência gramsciana de
Estado Ampliado, situando-os no terreno das lutas de classe na sociedade civil no campo da esquerda
na área da saúde. O trabalho tem por objetivo compreender como as agências e seus intelectuais no
quadro das lutas de classes teorizaram e elaboraram seus projetos políticos para a saúde pública tendo
por questão a relação público e privado. Nosso recorte temporal divide-se em dois períodos: o
primeiro subperíodo entre os anos de 1976, data de criação do Cebes e 1988, quando da
institucionalização de grande parte da agenda de lutas da Reforma Sanitária Brasileira (RSB) na
Constituição Federal de 1988; e um segundo subperíodo entre os anos de 1988 até o término do
segundo mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso em 2002. Os períodos são analisados
como complementares, identificando o comportamento das agremiações no momento do processo
histórico da RSB e após os marcos legais da saúde, quando o debate concentrou-se na implementação
do Sistema Único de Saúde (SUS). Partimos da hipótese da existência de um consenso fluído entre
público-privado na trajetória de Cebes e Abrasco, estabelecendo de formas variadas o consenso
acerca da presença do privado no projeto político de saúde pública brasileira. Tal consenso fluido
impôs limites a luta de classes e a elaboração da consciência crítica e unitária, negligenciando o
próprio princípio das determinações sociais da saúde e da vida.
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2022-04
Imprensa e História Local: os jornais de Itaboraí e as lutas políticas no período imperial
TítuloImprensa e História Local: os jornais de Itaboraí e as lutas políticas no período imperial
Autor
Gilciano Menezes CostaOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2022-04-29Nivel
DoutoradoPáginas
327Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroHumberto Fernandes MachadoMarcelo de Souza MagalhãesMartha Campos AbreuTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoA presente tese busca analisar a História da Imprensa Periódica de Itaboraí com ênfase
no contexto imperial, demonstrando que o surgimento e o desenvolvimento dessa imprensa
ocorreram em conexão com as principais disputas políticas realizadas no país e na Província
Fluminense. A partir da História Local e do uso dos periódicos impressos como fonte e objeto
de estudo, este trabalho mostra como os jornais locais e seus respectivos proprietários e
redatores atuaram como uma força ativa em diversos conflitos políticos que emergiram na cena
pública da província e da Vila de Itaboraí. O estudo também mostra como os agentes sociais
locais dialogavam com as publicações dos periódicos impressos na Corte Imperial e na capital
da província, e como os jornais impressos na vila publicizaram os trânsitos e os intercâmbios
políticos e sociais predominantes do período.
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2022-04
Histórias de professoras negras no Rio de Janeiro: experiências e tensões de classe, raça e gênero (1870-1920)
TítuloHistórias de professoras negras no Rio de Janeiro: experiências e tensões de classe, raça e gênero (1870-1920)
Autor
Luara Dos Santos SilvaOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2022-04-19Nivel
DoutoradoPáginas
294Volumes
1Banca de DefesaAlessandra Frota Martinez de SchuelerAlexandra Lima da SilvaIone Celeste Jesus SousaLaura Antunes MacielMartha Campos Abreu
ResumoEste trabalho examina as experiências de um conjunto professoras negras no Rio de Janeiro,
entre 1870 e 1920, e as decorrentes tensões de classe, raça e gênero que atravessaram suas
trajetórias no magistério e em outros âmbitos da vida. Ao enquadrarem-se aos padrões de
gênero, as professoras negras Alexandrina de Brito, Rufina Vaz, Coema e Gulnare Hemetério
dos Santos, Elvira Pilar Guimarães, Luiza, Alice Noêmia e Clara Callado - e suas famílias -
estavam construindo meios para contornar os muros do racismo que, associando-se ao sexismo,
buscava rotulá-las enquanto mulheres hiper sexualizadas. As vidas dessas professoras negras
foram ditadas pelos padrões de honestidade e respeitabilidade que atendiam aos padrões de
gênero hierarquizado entre homens e mulheres. Suas experiências no magistério, em família e
na sociedade mais ampla nos contam sobre as táticas miúdas do cotidiano cujos objetivos eram
acessar a educação formal e, consequentemente, melhores e mais seguros postos de trabalho.
Tais movimentos incluíam a estrita adequação às normas sociais vigentes e o enquadramento
aos ditames impostos às mulheres - e em especial às professoras primárias - naqueles tempos.
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2022-04
CORAÇÃO DE NEGRO: História oral e etnografia afro-sertaneja na Chapada Diamantina. Morro do Chapéu, Bahia
TítuloCORAÇÃO DE NEGRO: História oral e etnografia afro-sertaneja na Chapada Diamantina. Morro do Chapéu, Bahia
Autor
Carolina Pazos PereiraOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2022-04-07Nivel
DoutoradoPáginas
291Volumes
1Banca de DefesaDaniela Paiva Yabeta de MoraesDiego Ferreira MarquesEdinelia Maria Oliveira SouzaJackson André da Silva FerreiraMartha Campos Abreu
ResumoEste trabalho costura a história da escravidão e do imediato pós-abolição em Morro do Chapéu,
cidade da Chapada Diamantina, Bahia, ao presente etnográfico das comunidades sertanejas
negras autodenominadas quilombolas. A partir da História Oral e da Etnografia, com o auxílio
da pesquisa com documentos judiciais e eclesiásticos do século XIX, é possível discutir as
gêneses dos quilombos do município e destacar suas principais contribuições culturais e
socioeconômicas. Embora tenham origens e desenvolvimentos diversos, os territórios étnicos
de Morro do Chapéu apresentam características comuns. Alguns foram formados pela
manutenção de ex-cativos nas proximidades das fazendas em que trabalhavam, outros se
originaram pela migração de libertos e trabalhadores pobres de outras partes da Bahia. Todos
são fortemente marcados pela tentativa de fixação territorial e busca de autonomia produtiva,
mesmo diante dos deslocamentos impostos pelas secas periódicas, miséria e falta de
oportunidades de trabalho. Dentre as sete comunidades autorreconhecidas, enfatizo os
processos de formação e desenvolvimento do quilombo Barra II, pois nele concentro meu
trabalho de campo e a maior parte das entrevistas de História Oral. A memória coletiva das
famílias é fundamental para o entendimento da existência e da resistência negra nos sertões. A
construção analítica da história e da antropologia desses grupamentos tem na reminiscência das
memórias seu ponto de partida. Mesmo que a memória da escravidão seja rarefeita diante do
transcorrer do tempo e do contexto regional de prevalência do trabalho livre, as fontes orais
permitem discutir as rupturas e continuidades entre o tempo do cativeiro e o longo pós-abolição.
O dia a dia, o trabalho, as crenças, os casos e experiências do campesinato nem sempre
chegaram ao suporte escrito. Para que uma cultura rural negro-brasileira seja conhecida, é
imprescindível ouvir as histórias de vida dos sujeitos comuns e suas narrativas acerca de seus
antepassados.
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2022-04
A intervenção britânica na segunda fase da guerra civil grega (1944-1945)
TítuloA intervenção britânica na segunda fase da guerra civil grega (1944-1945)
Autor
Felipe Alexandre Silva de SouzaOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2022-04-04Nivel
DoutoradoPáginas
310Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoEurico de Lima FigueiredoJanaína Martins CordeiroSidnei José MunhozVinicius Aurélio Liebel
ResumoEntre 1943 e 1949, a Grécia foi assolada por uma intrincada guerra civil
desencadeada no contexto da ocupação da nação helena pelas forças do Eixo. Em um
primeiro momento, o conflito foi marcado fundamentalmente pelo embate entre dois
movimentos de resistência aos invasores: a Frente de Libertação Nacional, liderada pelo
Partido Comunista, e a Liga Nacional Republicana. Posteriormente, com a Grécia já
liberta (1944), o choque se daria entre o provisório governo monárquico conservador e a
Frente de Libertação — que, a partir de 1946, se reorganizaria no Exército Democrático
Grego.
Durante a guerra civil, a Grã-Bretanha apoiou a monarquia grega, cuja
estabilidade era considerada, em alguns círculos governamentais de Londres, essenciais
para a manutenção dos interesses do Império Britânico no Mediterrâneo. Esses seriam os
momentos finais das relações de preeminência que os britânicos mantinham com os
gregos desde a década de 1820, quando os gregos lutavam por sua independência contra
o Império Otomano. Em 1947, o governo britânico anunciaria não ter mais condições de
apoiar militarmente o governo grego. Os Estados Unidos da América assumiriam o papel
que até então Londres desempenhara.
Este trabalho, pretende narrar a intervenção britânica na guerra civil grega. O foco
se coloca sobre os debates públicos que transcorriam na Grã-Bretanha na medida em que
o governo de Coalizão liderado pelo Conservador Winston Churchill participava do
conflito fratricida heleno. A opção de Churchill pelo apoio às direitas gregas gerou
considerável celeuma na sociedade britânica: nas casas do Parlamento, nas ruas e nos
sindicatos. O recorte temporal se inicia em dezembro de 1944 e se encerra em fevereiro
de 1945 — cobrindo assim a chamada segunda fase da guerra civil. É durante esse
período que vemos as tropas britânicas participarem diretamente do conflito. Com a
reconstituição das discussões acerca da questão grega, pretendemos aclarar, em certa
medida, como as disputas entre diversas concepções e forças políticas acabaram
determinando a política da Grã-Bretanha para a Grécia.