Dissertações e Teses
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2005-12 Dotes e Contratos Antenupciais Os Arranjos Familiares no Rio de Janeiro (Séculos XVII e XVIII)TítuloDotes e Contratos Antenupciais Os Arranjos Familiares no Rio de Janeiro (Séculos XVII e XVIII)Autor
Liana Faganello da SilvaOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2005-12-05Nivel
MestradoPáginas
94Volumes
1Banca de DefesaGeorgina Silva Dos SantosJoão Luís Ribeiro FragosoMárcia Maria Menendes MottaSheila Siqueira de Castro FariaSilvia Maria Jardim Brugger
ResumoEsta dissertação tem como foco central a importância do casamento e suas conseqüências na formação da família colonial no Rio de Janeiro durante os séculos XVII e XVIII, enfocando suas estratégias e vivências matrimoniais. De uma forma detalhada aborda a historiografia, principalmente brasileira sobre o tema; a base legal, tanto civil como eclesiástica que regulamentavam o casamento; o âmbito cotidiano do processo matrimonial assim como as estratégias matrimoniais através da análise da parte material constante no matrimônio. Para tanto, essa dissertação se utiliza de documentação eclesiástica e cartorária como Processos de banhos matrimoniais, escrituras de dote, escritura de esponsais, contratos antenupciais e legislação portuguesa.
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2005-11 De Índios a Guerreiros Reais: a trajetória da Aldeia de São Pedro de Cabo Frio – séculos XVII-XVIIITítuloDe Índios a Guerreiros Reais: a trajetória da Aldeia de São Pedro de Cabo Frio – séculos XVII-XVIIIAutor
Silene Orlando RibeiroOrientador(a)
Maria Regina Celestino de AlmeidaData de Defesa
2005-11-30Nivel
MestradoPáginas
106Volumes
1Banca de DefesaEunícia Barros Barcelos FernandesMaria de Fátima Silva GouvêaMaria Fernanda Baptista BicalhoMaria Regina Celestino de Almeida
ResumoEste trabalho propõe uma análise histórica do processo de formação da Aldeia de São Pedro de Cabo Frio, visando reconstruir os significados daquele aldeamento no contexto colonial, partindo do pressuposto de que a função defensiva foi o elemento preponderante da relação mantida entre os índios aldeados, a sociedade envolvente e a Coroa portuguesa entre os séculos XVII e XIX. Articulando estas questões, a dissertação objetiva mostrar as tensões e as conexões originadas entre os vários agentes coloniais e a população aldeada. O que se pretende é mapear o lugar do Aldeamento de São Pedro de Cabo Frio no litoral sul da América portuguesa e como isto repercute entre os vários grupos humanos constituintes da sociedade colonial.
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2005-11 O Nascimento dos Estudos das Culturas Africanas, o Movimento Negro no Brasil e o Anti-Racismo em Arthur Ramos (1934-1949)TítuloO Nascimento dos Estudos das Culturas Africanas, o Movimento Negro no Brasil e o Anti-Racismo em Arthur Ramos (1934-1949)Autor
Júlio Cláudio da SilvaOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2005-11-10Nivel
MestradoPáginas
185Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroLuitgarde Oliveira Cavalcanti BarrosMarcos Luiz BretasMartha Campos Abreu
ResumoO objetivo desta dissertação é recuperar aspectos do campo intelectual de reflexão sobre o papel das populações e culturas de origem africana no Brasil, nas décadas de 1930 e 1940, a partir da trajetória intelectual de Arthur Ramos. O pensamento deste autor e os então denominados Estudos Afro-Brasileiros foram marcados pelo caráter acadêmico e preocupações políticas, o anti-racismo. Para atingir o objetivo do trabalho priorizamos a análise de espaços de sociabilidades como congressos e conferências. Esses eventosforam caracterizados por tomadas de posições anti-racistas e pelas vincilações dos intelectuais ao movimento negro. Ao longo de sua carreira, Arthur Ramos atuou em conferências nas quais refutou as teses cientificistas de inferioridade das raças e da degenerência da mestiçagem. Por fim analisamos os significados e limites da expressão harmonia étnica brasileira e sua relação com as tomadas de posição anti-racista de Arthur Ramos e de seus interlocutores.
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2005-11 Cultura e História na Festa da Penha: Os primeiros anos da República na vivência festiva popular (1880-1920)TítuloCultura e História na Festa da Penha: Os primeiros anos da República na vivência festiva popular (1880-1920)Autor
Ana Lucia de CarvalhoOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2005-11-04Nivel
MestradoPáginas
183Volumes
1Banca de DefesaGladys Sabina RibeiroMarcos Luiz BretasMartha Campos AbreuRachel Soihet
ResumoEste trabalho trata de uma festa popular - a Festa da Penha entre 1880-1920, que aconte no subúrbio do Rio de Janeiro desde 1728, aos domingos do mês de outubro. Neste período havia muitas etnias e culturas diferentes transitando no cotidiano das ruas da cidade disputando entre si trabalho e moradia. Estes grupos compareciam à festa da penha. Os jornais nos oferecem muitas informações sobre as relações desenvolvidas na festa entre os populares e as condições que influenciaram a produção de sociabilidades e também os conflitos entre eles.
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2005-10 A Chama não se Apagou: Candeia e a Gran Quilombo - Movimentos Negros e Escolas de samba nos anos 70.TítuloA Chama não se Apagou: Candeia e a Gran Quilombo - Movimentos Negros e Escolas de samba nos anos 70.Autor
Gabriela Cordeiro BuscácioOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2005-10-13Nivel
MestradoPáginas
167Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMaria Laura Viveiros de Castro CavalcantiMartha Campos Abreu
ResumoO objetivo desta dissertação é analisar a trajetória de Antônio Candeia Filho (1935-1978), sambista carioca bastante atuante no universo das escolas de samba, durante os anos 70. A biologia histórica proposta busca, através da vida e obra de Candeia, compreender sua atuação como agente social em seu contexto, assim como as imbricações entre a conjuntura e o personagem. Percebemos então que se tratava de um personagem muito rico, com vários campos de atuação importantes, como: nos movimentos negros que estavam se reestruturandona época, no militante de oposição ao regime militar, e ao sambista descontente com as inovações que o carnaval vinha sofrendo. Candeia, um sambista ligado à portela, se desligou de sua escola, fundando a quilombo (1975), buscando criar um centro de resgate da cultura negra que possibilitasse a conscientização da comunidade da escola. É uma outra visão dessa conjuntura que pretendemos demonstrar com este trabalho.
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2005-10 Defeito Mecânico: Mito e Trabalho no Paraíso de Sérgio Buarque de HolandaTítuloDefeito Mecânico: Mito e Trabalho no Paraíso de Sérgio Buarque de HolandaAutor
Luiz Fernando Pereira Das Neves FrancoOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2005-10-10Nivel
DoutoradoPáginas
288Volumes
1Banca de DefesaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLúcia Maria Paschoal GuimarãesNicolau SevcenkoPaulo Knauss de MendonçaRicardo Henrique SallesRoberto Luís Torres ConduruRonaldo Vainfas
ResumoDois regimes extremos de produção simbólica do ambiente antrópico ficam ilustrados exemplarmente pelas formas históricas da paisagem do Rio de Janeiro e pela pretensa sincronia da forma de Brasília. É lícito supor que, nos dois primeiros séculos do Rio de Janeiro, troca orgânica e troca simbólica com o meio - trabalho material e trabalho intelectual - confundiam-se quase completamente em modos comuns de ver e conceber o ambiente e dele dispor. Um vernáculo regia aquelas trocas. São do final do século XVIII testemunhos de interação com o mesmo ambiente estritamente simbólica, indícios promissores da adoção de um sistema de notação do visível. Possibilitavam uma divisão técnica de um trabalho; surgia o artífice pintor. As formas das práticas vernáculas continuavam, porém, a ser a sua matéria prima. À beira de uma reinvenção cabocla da ferramenta prospética, em 1808, o paradigma adventício trunca o processo em curso. O paradigma agora comporta um contra-regra. À flutuação inerente ao vernáculo substitui-se uma teleologia da própria ferramenta das letras. É a culminância desse processo que ilustra Brasília um século e meio depois. O cerne gnosiológico que viabiliza e promove o processo moderno equivale à esterilização do Paracleto, da volubilidade característca do signo, mediante a ancoragem providencial num referente. Disso resulta a redução do que é mero veículo de uma relação social num ícone ou ídolo. Do mesmo modo que a relação entre uma imagem acústica e um conceito parece a exigir um terceiro termo, um referente que aplaque o desassossego face à autonomia persistente das coisas em relação às formas segundo as quais são pensadas, assim, os valores segundo os quais obens se trocam devem ter também o sucedâneo de uma ancoragem. Na falta de outra, esta se faz no trabalho. Toda a argumentação de Sérgio Buarque contra as promessas da social-democracia, edênicas ou não, por uma fatalidade, começam a se confirmar a partir de sua morte em 1982. De fato, caso se generalize e estenda a noção de social-democracia à época em que o mercado do trabalho, para além de crises e flutuações, permaneceu comprador, naquela época, tudo parecia prometer padrões de qualidade de vida e de trabalho cada vez melhores. É a partir do refluxo reivindicativo dos anos sessenta do século XX que a nova revolução tecnológica inverte a tendência, sem perspectiva de retorno, e o mercado do trabalho passa a ser vendedor; e o vendedor, deixado pela automação sem comprador. Podia ser o paraíso. Na falta de pensamento político à altura, tornar-se-á um inferno, talvez aquele que Sérgio Buarque tentasse exorcizar sob a aparência dos engodos harmonicistas.
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2005-10 O Leninismo até 1917: Estratégia Política e Doutrina sobre o Estado.TítuloO Leninismo até 1917: Estratégia Política e Doutrina sobre o Estado.Autor
Vladimir Gracindo Soares PalmeiraOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2005-10-06Nivel
DoutoradoPáginas
1011Volumes
4Banca de DefesaArmando Boito JuniorCelso FredericoDaniel Aarão Reis FilhoFrancisco José Calazans FalconJoão Carlos Kfouri Quartim de Moraes
Resumo
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2005-09 Buen Gobierno e Evangelização no Peru do Século XVI: O Projeto Político de José de AcostaTítuloBuen Gobierno e Evangelização no Peru do Século XVI: O Projeto Político de José de AcostaAutor
Luis Alberto Martín Dávila MurguíaOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2005-09-29Nivel
MestradoPáginas
262Volumes
1Banca de DefesaJuliana Beatriz Almeida de SouzaMaria de Fátima Silva GouvêaRonald José RaminelliRonaldo Vainfas
ResumoA presente pesquisa tem como objetivo teórico o estudo da obra do jesuíta José de Acosta, a partir de uma interpretação que procure situar sua obra dentro do contexto político da época e dentro das discussões da reorganização do vice-reinado do Peru, com a finalidade de obter uma interpretação da evangelização dos índios do Peru feita por Acosta, mas através de uma leitura política da linguagem na qual ela está inscrita. Portanto, a evangelização é entendida nesta pesquisa não tanto quanto um discurso religioso, mas principalmente como um discurso político.
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2005-09 Conflitos no Campo e Revolução no Brasil: imprensa e intelectuais comunistas (1954-1964)TítuloConflitos no Campo e Revolução no Brasil: imprensa e intelectuais comunistas (1954-1964)Autor
Carlos Maurício Fried da SilvaOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2005-09-19Nivel
MestradoPáginas
180Volumes
1Banca de DefesaLuiz Flávio Carvalho CostaMárcia Maria Menendes MottaThéo Lobarinhas PiñeiroVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
Resumo
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2005-09 POR MINHA AGÊNCIA E TRABALHO: as conquistas e a constituição de patrimônio dos homens forros nas vilas de São José del-Rei e São João del-Rei (1736 - 1808)TítuloPOR MINHA AGÊNCIA E TRABALHO: as conquistas e a constituição de patrimônio dos homens forros nas vilas de São José del-Rei e São João del-Rei (1736 - 1808)Autor
Sirleia Maria ArantesOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2005-09-19Nivel
MestradoPáginas
176Volumes
1Banca de DefesaJosé Roberto Pinto de GóesMariza de Carvalho SoaresMartha Campos AbreuSheila Siqueira de Castro FariaSilvia Maria Jardim Brugger
ResumoEsta dissertação versa sobre a política da alforria na Comarca do Rio das Mortes, em especial na vila de São José del-Rei, e a constituição de bens e a herança dos homens forros e seus significados no século XVIII, na mesma comarca. Num primeiro momento, discute-se a política da alforria estabelecida pelos escravos, assim como as formas de conquista da liberdade, as etnias e o gênero dos partícipes da construção da manumissão e suas relações, incluindo diferenças e descrepâncias, com outras regiões da América portuguesa. Assim, aborda o significado da liberdade, envolvendo desde os empréstimos, as formas de pagamento da liberdades e a construçã do texto dessas escrituras de liberdade e papéis de liberdade, que eram acordados primeiramente de forma oral para depois serem escritos. A conquista da alforria não significou o fim dos empreendimentos dos ex-escravos. Estes, de posse da liberdade, amealharam bens que possibilitaram a constituição de pequenas riquezas e a conquista de status entre seus pares. Tais conquistas perpassaram pelo processo de desenvolvimento das ocupações, das relações travadas cotidianamente com seus amigos, compadres, filhos, esposas, vizinhos, ou seja, todos aqueles que participaram do seu círculo de convivência. O cotidiano dessas pessoas se descortina de várias formas através da dinâmica da herança, dos legados, da composição dos objetos particulares, como as jóias, as roupas e a morada de casa com suas benfeitorias.
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2005-09 Práticas Assistenciais em Sindicatos Pernambucanos e Cariocas 1978-1998TítuloPráticas Assistenciais em Sindicatos Pernambucanos e Cariocas 1978-1998Autor
José Fernando Souto JuniorOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2005-09-15Nivel
DoutoradoPáginas
348Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralGelsom Rozentino de AlmeidaJosé Ricardo Garcia Pereira RamalhoJosé Sérgio Leite LopesMarcelo Badaró MattosMarco Aurélio SantanaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoTento expor aqui as principais conclusões de minha tese de doutoramento sobre o asistencialismo em sindicatos do novo sindicalismo. A literatura especializada teceu e tece comentários sobre o assunto desde os seus primeiros estudos e manteve a opinião de nagear legitimidade a este tipo de experiência. O assistencialismo é portador de diversos sentidos que têm sido construídos em contextos históricos específicos e compreendê-los é o objetivo desse trabalho. Foram pesquisados dois sindicatos de telefônicos, o de Pernambuco e o do Rio de Janeiro. Chamou atenção a diversidades de experiênciais de cada um. Durante os anos 1980 lutaram pelo fim da estrutura sindical devolvendo o imposto sindical, rompendo com a federação oficial e criando uma outra fora da estrutura; puseram fim ao assistencialismo. Mas nos anos 1990 a reestruturação produtiva e o processo de privatização modificaram sobremaneira o perfil e as formas de luta da categoria. Novamente, cada um ao seu modo, optou pela volta do assistencialismo: escolas de formação profissional, cursos de inglês, cooperativas de empregos, administração de planos de saúde, atuação junto a comunidades e em parceria com ONGs, caracterizaram as novas formas de atuação que extrapolaram os limites da categoria profissional.
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2005-09 Os Movimentos Sociais e a Construção da Cidadania.TítuloOs Movimentos Sociais e a Construção da Cidadania.Autor
Marina Barbosa PintoOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2005-09-12Nivel
DoutoradoPáginas
204Volumes
1Banca de DefesaGelsom Rozentino de AlmeidaJosé Paulo NettoMarcelo Badaró MattosMarcos Alvito Pereira de SouzaRoberto LeherSônia Lúcio Rodrigues de LimaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA trajetória da ação dos sujeitos sociais nas lutas por moradia e frente aos limites e possibilidades de consolidação da democracia e efetivação da cidadania no sistema capitalista é o objeto deste estudo. As décadas de 1980 e 1990 no Rio de Janeiro constituem a delimitação da pesquisa. A luta por moradia na cidade do Rio de Janeiro é expressão nítida da ação dos sujeitos sociais, que enfrentam as condições geradas pelo processo de acumulação de capital no espaço urbano. Com este estudo busco desnudar os limites da democracia e da cidadania burguesas, que apregoam a igualdade entre todos os indivíduos em base à diferença estruturante do sistema capitalista - a diferença entre as classes sociais. Em tempos de aprofundamento das desigualdades sociais e de avanço da contra-ofensiva ideológica burguesa, superar a concepção de inevitabilidade do sistema capitalista, preservando seu caráter histórico e, portanto, mutável, são condições para a crítica das noções abstratas de democracia e cidadania para resgatá-las como relações sociais que são.
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2005-09 Política e Educação: a ação dos empresários do ensino no Rio de Janeiro, entre os anos de 1946 e 1961TítuloPolítica e Educação: a ação dos empresários do ensino no Rio de Janeiro, entre os anos de 1946 e 1961Autor
André Rodrigues de MenesesOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2005-09-08Nivel
MestradoPáginas
186Volumes
1Banca de DefesaLúcia Maria Wanderley NevesMarcelo Badaró MattosRoberto LeherSonia Regina de Mendonça
ResumoEsta dissertação enfoca a atuação dos interesses privatistas a partir das entidades de representação sindicais, entre os anos de 1946, período de retorno à ordem liberal no país, e 1961, ano de aprovação da LDBEN Nº 4.024/61 calorosamente debatida, a partir da apresentação do substitutivo de Carlos Lacerda (UDN), apresentado à Comissão de Educação e Cultura em 1958, que incorporava as diretrizes do III Congresso Nacional dos Estabelecimentos Particulares de Ensino ocorrido em 1948. Será priorizado nesta dissertação, o estudo do processo através do qual foram se erigindo as estratégias do segmento de ensino privado, com suas demandas e conflitos, desenvolvidos ao longo da conjuntura democrática, e que permitiram efetivamente aos donos de estabelecimentos particululares de ensino, impor seus interesses através do Estado, ao conjunto da sociedade, e cujo coroamento foi sem dúvida, a destinação de recursos públicos para as escolas privadas na referida LDBEN.
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2005-08 O Debate Econômico dos Anos 60 em Cuba: um momento do processo revolucionárioTítuloO Debate Econômico dos Anos 60 em Cuba: um momento do processo revolucionárioAutor
Carlos Alberto BarãoOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2005-08-25Nivel
DoutoradoPáginas
359Volumes
1Banca de DefesaAlexandre FortesCecília da Silva AzevedoDaniel Aarão Reis FilhoFrancisco Carlos Teixeira da SilvaJessie Jane Vieira de SousaNorberto Osvaldo FerrerasVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEssa tese se propõe a analisar o período inicial da reforma intelectual e moral em Cuba, iniciada com a vitória de Revolução naquele país, em 1 de janeiro de 1959, e que se estende até o final do debate econômico dos anos 60, ou seja, o período analisado está situado entre 1959 a 1965. É desenvolvida uma análise do processo geral da Revolução Cubana apresentando, ainda que de forma sucinta, a herança revolucionária do país constituída, sobretudo, pelas duas guerras de independência travadas no século XIX nos períodos respectivos de 1868-1878 e de 1895-1898. É discutida a herança intelectual e moral de José Martí, e seus conceitos de imperialismo e partido revolucionário. A república mediatizada, 1901-1959, é apresentada em seus principais traços, com destaque para a construção da opção revolucionária representada por Fidel Castro, posteriormente engrandecida pela adesão do Che Guevara. A Revolução é apresentada em suas características e tendências gerais, com destaque para o internacionalismo na África e América Latina. É debatido o conceito teórico de alienação, apresentando-se um conjunto representativo de posições teóricas que discutem esse tema. O debate soviético dos anos 60, que termina com as reformas de Alexei Kossiguin, é exposto em seus traços gerais, com destaque para as concepções do professor Liberman. O debate soviético, contrariamente ao cubano, restringe-se ao aspecto ?econômico? e ?técnico? da necessidade de aumento da produção, mas as conseqüências políticas e teóricas ficam a descoberto através de seu espelho tropical, o debate cubano, mais rico e profundo do que o soviético. É abordado o pensamento de Mariátegui, como fonte de debate e formação dos participantes do debate. O debate econômico é apresentado, através da exposição de seus artigos mais significativos. A tese central reside em que o sucesso e a permanência da Revolução Cubana foram determinados pela extraordinária reforma intelectual e moral ocorrida na ilha, no período posterior a 1959, no qual a direção revolucionária valorizou fortemente o elemento subjetivo e as tradições da luta de libertação do país. Essa valorização redundou em debates teóricos, políticos e econômicos, e na adoção de modelos de socialismo nos quais o desenvolvimento econômico sempre foi considerado apenas como uma base importante para a formação do homem novo, mas nunca como o principal objetivo do processo revolucionário.
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2005-08 A Construção da República no Pará (1886-1897)TítuloA Construção da República no Pará (1886-1897)Autor
William Gaia FariasOrientador(a)
Moacyr Fecury Ferreira da SilvaData de Defesa
2005-08-17Nivel
DoutoradoPáginas
284Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesCelso CastroHumberto Fernandes MachadoMoacyr Fecury Ferreira da SilvaRosa Elizabeth Acevedo Marin
ResumoO objetivo deste trabalho é demonstrar a construção da República no Pará utilizando-se todo conjunto de ações, discursos, representações simbólicas e revoltas relacionadas à disputa pelo poder político no período de 1886 a 1897. Como fio condutor do estudo considera-se algumas categorias gramscianas, partindo-se do pressuposto de que a discussão sobre o Golpe de 1889 em si, não basta para entender-se o estabelecimento do regime republicano, atribuindo-se importância às relações sociais relacionadas à construção da República. Neste viés recorreu-se a abordagens sobre as manifestações dos grupos que disputavam o poder, considerando-se a reorganização política ocorrida logo nos primeiros momentos de vigência do novo regime. Considera-se fundamental o mapeamento dos partidos que se digladiavam, atentanto-se para os respectivos programas político-partidários sem, contudo considerá-los como única instância definidora de suas propostas. Procura-se cautelosamente situar as disputas poíticas ocorridas no Pará no cenário nacional, com o objetivo de reconstruir a conjuntura em que estas disputas político foi discutido em vários campos. Em busca do objetivo almejado recorreu-se a vários tipos de fontes, merecendo destaque os jornais, as obras raras, auto-crimes, iconografias, relatórios de governo e relatórios de autoridades.
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2005-08 Uma cidadela no Império: A Colônia do Sacramento e os dilemas da colonização no sul da América Portuguesa (1680-1750)TítuloUma cidadela no Império: A Colônia do Sacramento e os dilemas da colonização no sul da América Portuguesa (1680-1750)Autor
Rodrigo Borges MonteiroOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2005-08-15Nivel
MestradoPáginas
153Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesJúnia Ferreira FurtadoLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMariza de Carvalho Soares
ResumoA Colônia do Sacramento, fundada no extremo-sul da América em 1680, não foi somente um ninho de contrabandistas, como afirma o historiador Capistrano de Abreu. Muito mais ampla do que apenas uma simples fortificação ou praça comercial em um lugar ermo, tornou-se um espaço colonial com características marcantes no contexto do Império português no Atlântico. Ao analisar a colonização desta região, encontramos a presença de aspectos e heranças metropolitanas e coloniais, influenciados não só pela própria experiência e vivência das regiões portuguesas de fronteira com o reino de Castela, como também pelas experiências do governo português em suas praças coloniais no Oriente. O isolamento territorial, a flutuação dos tratados (que deixavam Sacramento em meio a uma disputa européia), a insegurança (típica de uma região fronteiriça) e as injustiças e desrespeito do governo aos colonos transformaram esta região em um caso singular. Estes aspectos influenciaram a organização interna da Colônia.
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2005-08 O príncipe e o bispo – a boa governança segundo D. Álvaro Pais (Portugal / Século XIV)TítuloO príncipe e o bispo – a boa governança segundo D. Álvaro Pais (Portugal / Século XIV)Autor
Sabina Dos Santos CostaOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2005-08-15Nivel
MestradoPáginas
129Volumes
1Banca de DefesaLana Lage da Gama LimaMário Jorge da Motta BastosRoberto Godofredo Fabri FerreiraVânia Leite Fróes
ResumoEstudo das idéias políticas de Álvaro Pais, intelectual e bispo de Silves, escrito entre 1341-44. Considerando o primeiro tratado de filosofia política em Portugal, semelhante ao Regimento de Príncipes de Egídio Romano. Ele aborda a questão da educação do soberano como requisito para o sucesso da governança, o desenvolvimento harmônico das relações entre o príncipe e o bispo, mas reafirma em certos aspectos a primazia da Igreja. A partir da caracterização do jogo político europeu e ibérico, discute-se o grau de relação das críticas e propostas de Álvaro Pais com a realidade ibérica e portuguesa, com o rei Afonso IV, de Portugal enfatizando-se as atitudes desse monarca em relação às liberdades eclesiásticas. Trabalha-se com a perspectiva segundo a qual o monarca, desde que educado para o seu ofício, proporcionaria a realização de uma sociedade harmônica organizada segundo a ética cristã, reproduzindo no reino a hierarquia celeste.
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2005-08 O Pasquim: um jornal que só diz a verdade quando está sem imaginação (1969-1991)TítuloO Pasquim: um jornal que só diz a verdade quando está sem imaginação (1969-1991)Autor
Andréa Cristina de Barros QueirozOrientador(a)
Angela Maria de Castro GomesData de Defesa
2005-08-15Nivel
MestradoPáginas
211Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusBeatriz KushnirDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzMônica Almeida KornisPaulo Knauss de MendonçaRachel Soihet
ResumoEste é um estudo sobre a trajetória d‘O Pasquim. Um jornal alternativo que foi criado, em 1969, por um grupo de jornalistas e cartunistas influenciados pelo ambiente de efervescência cultural da década de 1960. Representou a boemia intelectual do bairro de Ipanema, Rio de Janeiro. Foi um periódico de oposição à ditadura civil-militar e de crítica aos costumes da classe média. Inovou a linguagem jornalística conjugando humor, criatividade e oralidade, influenciando outros jornais. Continuou em circulação até 1991, embora não tivesse mais as características de outrora. Na década de 1980, sua linguagem foi se mesclando a da indústria cultural. Com isso, foi perdendo a criatividade e massificando seu discurso, deixando de ser alternativo para se tornar um jornal-empresa.
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2005-08 Falsários D‘el Rei: Inácio de Souza Ferreira e a Casa de Moeda Falsa do Paraopeba (Minas-Gerais 1700-1734)TítuloFalsários D‘el Rei: Inácio de Souza Ferreira e a Casa de Moeda Falsa do Paraopeba (Minas-Gerais 1700-1734)Autor
Paula Regina Albertini TúlioOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2005-08-12Nivel
MestradoPáginas
186Volumes
1Banca de DefesaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesJúnia Ferreira FurtadoLuciano Raposo de Almeida FigueiredoRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoEste trabalho buscou compreender uma instituição clandestina nas Minas Gerais da década de 1720: a Casa de Fundição e de cunhar moedas, supostamente instituída e chefiada por Inácio de Souza Ferreira entre 1725-1733. A Casa de Fundição foi instalada no Vale do Paraopeba, lugar utilizado como rota de contrabandistas devido à sua localização e à facilidade oferecida pelo Rio Paraopeba e seus afluentes. Os produtos contrabandeados tomavam o caminho do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, de onde eram levados para Portugal e, em seguida, para o resto da Europa via Inglaterra e Holanda. A partir da fábrica do Paraopeba, buscaremos um espaço mais amplo de atuação dessas redes de contrabando que não tinham raízes apenas nas colônias - na verdade, tinham uma dimensão intercontinental. Pretendemos discutir não apenas a mecânica do contrabando e o perfil de seus participantes, mas também a atuação dessa rede de contrabandistas muito bem administrada por Inácio Ferreira, que exercia uma função exclusiva do rei: cunhar moedas. Analisando o papel do monarca, a maleabilidade da autoridade real, a aplicação da legislação e os timpos de penalidades impostas aos infratores, levantaremos questões sobre o que constituíam ações legais ou ilegais.
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2005-08 A Restauração e a Administração da América Portuguesa: o Conselho Ultramarino no reinado de D. João IV (1640-1656).TítuloA Restauração e a Administração da América Portuguesa: o Conselho Ultramarino no reinado de D. João IV (1640-1656).Autor
Ana Teresa Araujo VasconcelosOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2005-08-12Nivel
MestradoPáginas
109Volumes
1Banca de DefesaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLuciano Raposo de Almeida FigueiredoOswaldo Munteal FilhoRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoEste trabalho teve como objetivo investigar e compreender os difíceis anos de Restauração da Coroa portuguesa e seus reflexos no universo Atlântico, particularmente, sua porção mais cobiçada: a América. Durante o reinado de D. João IV, Portugal encontrava-se fragilizado em recursos para manter a guerra em sua fronteira com Castela e nas diversas partes do Império ocupadas pelos holandeses. Ao mesmo tempo, buscava o reconhecimento da nova monarquia perante as demais nações européias. Assim, o Império passou a atuar como moeda de troca da Coroa no jogo das relações internacionais. A criação do Conselho Ultramarino em 1643 e o diálogo produzido entre seus conselheiros e os distantes súditos coloniais assumiu um papel crucial no processo de restauração de terras e homens. Como um espelho da monarquia para o Ultramar, os conselheiros ultramarinos, imersos em seus próprios interesses, conflitos e conveniências do bom governo, construíram um diálogo da Reconquista. A cultura política que se configura a partir de então estava baseada nas idéias de lealdade e merecimento, fidelidade e dissimulação no processo de Restauração do Império português.
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2005-08 Respeitável Público: Universo Teatral, Trajetória e História Social no Rio de Janeiro (1839-1892)TítuloRespeitável Público: Universo Teatral, Trajetória e História Social no Rio de Janeiro (1839-1892)Autor
Andrea Barbosa MarzanoOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2005-08-12Nivel
DoutoradoPáginas
344Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusEduardo SilvaHumberto Fernandes MachadoKeila GrinbergLeonardo Affonso de Miranda PereiraMargarida de Souza NevesMartha Campos Abreu
ResumoA trajetória do ator Francisco Corrêa Vasques (1839-1892) será explorada como um caminho para a compreensão de importantes aspectos da vida no Rio de Janeiro. Acompanhando nosso protagonista, será possível construir um panorama do universo teatral, da vida cultural e das formas de socialbilidade, avaliando as possibilidades e obstáculos à ascensão social. O avanço dos gêneros ligeiros nas últimas décadas dos oitocentos e a formação de uma embrionária indústria do entretenimento serão analisados como expressões de uma diversificação crescente da população e como elementos dinamizadores de uma cultura urbana.
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2005-08 Forças Armadas e Democracia no Brasil: o 11 de NovembroTítuloForças Armadas e Democracia no Brasil: o 11 de NovembroAutor
Karla Guilherme CarloniOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2005-08-11Nivel
MestradoPáginas
145Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzJorge Luiz FerreiraRenato Luís do Couto Neto E Lemos
ResumoNo ano seguinte à morte de Vargas, o Brasil estava diante de um novo desafio, as eleições presidenciais. A polarização da sociedade materializou-se nas disputas eleitorais e propostas de suspensão das eleições que eram divulgadas pela imprensa. Os quartéis não ficaram imunes à ebulição política. As Forças Armadas estavam polarizadas e oficiais das três forças pronunciavam-se contra ou a favor da manutenção da legalidade. Realizadas as eleições, sob a garantia do Exército do general Henrique Lott, então Ministro da Guerra, uma nova etapa se colocou àqueles que defendiam a legalidade - a posse dos eleitos, repectivamente JK e Jango. Liderado por Lott e oficiais do Exército, o contra-golpe o golpe preventivo de 11 de novembro de 1955, garantiu a posse do novo presidente e seu vice, mas teve consequências drásticas dentro das Forças Armadas. A radicalização das cisões internas e a hostilidade entre oficiais, ampliou o espaço para a presença de forças político-partidárias dentro dos quartéis, colocando em risco a própria hierarquia militar. Identificado por boa parte da historiografia como movimento ligado à esquerda militar da época o contra-golpe, aliou grupos militares com diferentes objetivos e orientações ideológicas e não imprimiu um significado comum a todos aqueles que dele participaram.
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2005-08 Os Cegos no Rio de Janeiro do Segundo Reinado e Começo da RepúblicaTítuloOs Cegos no Rio de Janeiro do Segundo Reinado e Começo da RepúblicaAutor
Maurício ZeniOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2005-08-09Nivel
DoutoradoPáginas
306Volumes
1Banca de DefesaAlessandra Frota Martinez de SchuelerHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroLilia Ferreira LoboMagali Gouveia EngelMarcos Luiz BretasMartha Campos AbreuRenato Luís do Couto Neto E Lemos
ResumoEste trabalho encontra os cegos fora das instituições e de seus lares e em uma instituição de caráter educacional, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos. O pensamento que se tem sobre os cegos e a cegueira é tratado de duas maneiras: como imaginário, mostrado principalmente através da literatura do século XIX e início do XX e como sistematizado, através dos escritos de Diderot e de pessoas que se ligram ao instituto brasileiro. Destaque deve ser dado ao discurso de Antonio Lisboa Fagundes da Silva, ex-aluno e, depois, professor do Instituto, que representa os próprios cegos falando por si mesmos. A vida do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, oficialmente instalado em 17 de setembro de 1854, é discutida nos capítulos III e IV, quando se analisam o Regulamento Provisório e o Regimento Interno que o regeram durante o período imperial, bem como a atuação dos três diretores José Francisco Xavier Sigaud, Claudio Luiz da Costa e Benjamin Constant Botelho de Magalhães. Fora de qualquer instituição, os cegos tiveram muitas atividades além da comumente a eles atribuída, a mendicidade. No Instituto, estudaram as diferentes matérias do curso primário e algumas do secundário, música, encadernação de livros e impressão no sistema braille. Houve algumas tentativas de aprendizado e colocação profissional de alunos fora do Instituto no que então era considerado artes mecânicas, que não foram bem sucedidas. Embora alguns conseguissem trabalhar como orghanistas em igrejas, como professores de piano, órgão e outras matérias, a maioria continou ligada ao Instituto como seus professores, trabalhadores nas duas oficinas ou mesmo ali asilados. Além da dificuldade incial de conseguir alunos, o grande problema do Instituto foi as limitações ao crescimento de seu número impostas pelo Regulamento Provisório que o limitava em trinta, o espaço nos dois prédios que abrigaram o Instituto e as dotações orçamentárias. O Instituto só admitiria alunos totalmente cegos dos 6 aos 14 anos para um curso de 8 anos com prorrogação de mais dois. Estava prevista a matrícula de dois terços de alunos contribuintes para um terço de gratuitos, esperando-se que os presidentes de províncias enviassem cada um dois cegos, custeando-lhes a permanência no Instituto. O Regumento foi bastante descumprido, mormente quanto à matrícula de gratuitos que, de fato, constituiu a grande maioria dos alunos, até porque os presidentes de províncias não enviaram qualquer aluno contribuinte.
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2005-08 OS IMPASSES DA INTELLIGENTSIA DIANTE DA REVOLUÇÃO CAPITALISTA NO BRASIL (1930-1964): Historiografia e Política em Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Nelson Werneck SodréTítuloOS IMPASSES DA INTELLIGENTSIA DIANTE DA REVOLUÇÃO CAPITALISTA NO BRASIL (1930-1964): Historiografia e Política em Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Nelson Werneck SodréAutor
João Alberto da Costa PintoOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2005-08-08Nivel
DoutoradoPáginas
270Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesElide Rugai BastosMaria Letícia CorrêaRaimundo Nonato SantosSonia Regina de MendonçaThéo Lobarinhas PiñeiroVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEsta tese propõe um estudo sobre a obra e a trajetória política de três referências clássicas da Historiografia Brasileira: Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Nelson Werneck Sodré. O objetivo central dos seus cinco capítulos foi o de apresentar as práticas teórico-políticas dos três intelectuais diante do processo de consolidação da revolução capitalista no Brasil contemporâneo (1930 - 1964). O estudo da obra teórica de cada um dos autores foi elaborado sob critérios de análise oriundos da perspectiva metodológica do marxismo de Lucien Goldmann. Para além de um estudo internalista de conteúdos, a minha proposta foi a de afirmar tais conteúdos como marcas estrutturantes de práticas intelectuais que por sua vez afirmaram práticas político-institucionais de classe. Entendo que cada projeto teórico afirmou visões de mundo de classe, procurei em determinados espaços de práticas políticas institucionais de classe. Entendo que cada projeto teórico afirmou visões de mundo de classe, procurei em determinados espaços de práticas políticas institucionais encontrar o sentido global desses projetos teóricos. O projeto teórico-político de Caio Prado Júnior relacionado a Revista Brasiliense - São Paulo; o projeto teórico - político de Nelson Werneck Sodré relacionado ao Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) - Rio de Janeiro. Para alcançar os objetivos propostos, procurei em cada trajetória (vistas no sentido marxista, como trajetórias transindividuais) reconstruir os principais conflitos teóricos e políticos a que cada intelectual se viu envolvido. Inicialmente, aqueles conflitos oriundos de vicissitudes políticas regionais e aqueles de absorção e refutação de paradigmas explicativos hegemônicos na cultura política nacional do período 1930 - 1950; depois, aqueles conflitos teórico-políticos de amplitude nacional demandados pela centralidade das contradições de classe intrínsecas à governatibilidade do Estado (período 1950 - 1964), quando as práticas dos três intelectuais substantivam a operacionalidade institucional de seus projetos teóricos como afirmação política para a Revolução Brasileira de três visões de mundo entendidas como possíveis emblemas ideológicos das classes dominantes. Os emblemas de classe seriam: de Gilberto Freyre, o lusotropicalismo-rurbanista (burguesia agro-industrial); de Caio Prado Júnior, a democracia autoritária da economia integrada (gestores e burguesia industrial); e de Nelson Weneck Sodré, o nacionalismo de democracia ampliada (burguesia industrial, gestores e proletariado).
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2005-08 A Arte do Povo: Histórias na Literatura de Cordel (1900-1940)TítuloA Arte do Povo: Histórias na Literatura de Cordel (1900-1940)Autor
Maria Ângela de Faria GrilloOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2005-08-05Nivel
DoutoradoPáginas
257Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoIsabel Cristina Martins GuillenMagali Gouveia EngelMarcia Azevedo de AbreuMartha Campos AbreuMônica Pimenta VellosoRachel Soihet
ResumoO trabalho tem como objetivo realizar uma análise da literatura de cordel, na primeira metado do século XX, período em que o folheto passa a ser o suporte material, o veículo de uma cultura em que a oralidade ainda é predominante, percorrendo todo o sertão, alçando maior amplitude por todo o Nordeste, atingindo as cidades e feiras do interior, transitando entre as bibliotecas dos folcloristas, entre os salões das grandes propriedades e pelas mãos dos vaqueiros e peões. Na pesquisa, foram utilizadas como principais fontes, além dos próprios folhetos, antologias, biografias, romances, jornais e outros vaqueiros e peões. Na pesquisa, foram utilizadas como principais fontes, além dos próprios folhetos, antologias, biografias, romances, jornais e outros documentos. Os estudos sobre história cultural e da leitura, as discusões em torno da cultura popular, as pesquisas que se detêm sobre a relação entre oralidade e letramento e os trabalhos referentes à história do livro nortearam, teórica e metodologicamente, a investigação. O trabalho está dividido em cinco capítulos. No primeiro, busco verificar as especificidades da produção da literatura de cordel no Brasil, suas temáticas e os autores que mais se destacaram no período pesquisado. No segundo, mostro como esses autores trabalhavam, aclarando as condições de publicação e de circulação dos folhetos de cordel, analisando as condições históricas que possibilitaram, nas primeiras décadas do século XX, a circularidade da literatura oral em versos e como essas narrativas ganharam a forma impressa. No terceiro, verifico como os folcloristas do final do século XIX e início do XX não reconheciam a literatura de cordel como genuína literatura popular brasileira. Somente nas décadas de 1960 e 1970 é que o cordel se torna um tema legítimo entre os intelectuais, ganhando o espaço da universidade, sendo objeto de dissertações e teses. No quarto capítulo, aprofundo dois objetos fundamentais da pesquisa: de uma parte, as práticas de escrita que selecionam o cangaço como tema recorrente; de outra parte, os vínculos e as variações existentes entre a identidade social dos bandidos/heróis brasileiros e as representações textuais que lhes são dadas. Aqui, o propósito é situar o espaço entre a apropriação, pela ficção do cordel, da realidade do cangaço e da construção literária, pelos textos e representações coletivas de uma mesma realidade. No quinto capítuo, procuro estabele4cer de que modo as mulheres aparecem no imginário dos poetas de cordel e qual o papel que elas representam para a sociedade da época. A análise dos folhetos revela que eles estão impregnados de marcas de oralidade. Para o público, composto em sua maioria de pessoas analfabetas ou semi-alfabetizadas, de pequenas comunidades rurais e cidades do interior, os folhetos constituíam a principal, senão a única, mediação entre eles e o mundo da leitura, da escrita e do impress. Os cordéis eram lidos pelo folheteiro nas feiras e, posteriormente, em saraus e reuniões coletivas, onde ocorriam as narrações de contos e as cantorias. A memorização desses poemas era facilitada pela própria estrutura narrativa e formal dos poemas, e, por isso, considerada, pelos leitores/ouvintes, como um processo de apropriação da leitura. A pesquisa mostrou que no cordel encontramos críticas não conformistas às relações sociais, janelas que se abrem para a compreensão da cultura de um outro segmento social que nem sempre se posta passivamente diante da história.