Thèses
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2006-06 O grito pela terra: religiosos católicos e subalternos rurais na amazônia legal, na década de 1970TítuloO grito pela terra: religiosos católicos e subalternos rurais na amazônia legal, na década de 1970Autor
Maria Margarida Crespo CardosoOrientador(a)
Fernando Antonio FariaData de Defesa
2006-06-23Nivel
MestradoPáginas
130Volumes
1Banca de DefesaFernando Antonio FariaLeonilde Sérvolo MedeirosMárcia Maria Menendes MottaRicardo Emmanuel Ismael de CarvalhoThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEsse trabalho está fundamentado, sobretudo, na análise de textos produzidos pela hierarquia da Igreja Católica romana, além de outros redigidos pelo CELAM (Conselho do Episcopado Latino-americano) e pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), como também nas fontes secundárias pertinentes à participação da Igreja na luta pela terra, no Brasil. Nessas fontes foram observados os posicionamentos ideológicos e políticos da Instituição, ao mesmo tempo em que foram aparecendo conexões entre as demandas da Igreja no plano mundial com o posicionamento do clero brasileiro, repercutindo sobre o comportamento do mesmo frente às opções políticas governamentais para o campo, sobretudo, na década de 1970. Ficou constatado que a Igreja, enquanto instituição, estava dividida em frações políticas, diferentes e opostas, e no entanto, as resoluções oriundas de qualquer das frações originaram-se de demandas da hierarquia romana. Prova está que embora os progressistas do clero latino-americano, particularmente o clero brasileiro, possam ter ido para além das orientações vindas do Vaticano, foi, entretanto, atendendo aos indicativos de Roma que eles foram incentivados a levar à prática a opção preferencial pelos pobres. Essa Dissertação de Mestrado orientou-se no sentido de buscar elementos para a confirmação da hipótese de que não sendo a Igreja um bloco monolítico de idéias, foi a ação do clero brasileiro denominado progressista, que resultou em uma teologia da práxis denominada Teologia da Libertação. Esta experiência eclesial ocorrida no mundo rural, na região da Amazônia Legal, na década de 1970, representou um marco histórico de curta duração relativa à participação da Igreja junto ao movimento social rural, embora tenha dado destaque à Instituição frente a um dos problemas do Brasil de longa duração: a permanência do latifúndio como gerador da questão agrária.
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2006-06 A Remissão do Cativeiro Alforrias e Liberdades nos Campos dos Goitacases,c. 1750 - c. 1830.TítuloA Remissão do Cativeiro Alforrias e Liberdades nos Campos dos Goitacases,c. 1750 - c. 1830.Autor
Márcio de Sousa SoaresOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2006-06-12Nivel
DoutoradoPáginas
417Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Lugão RiosHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJosé Roberto Pinto de GóesMariza de Carvalho SoaresMartha Campos AbreuSheila Siqueira de Castro FariaSilvia Hunold Lara
ResumoEsta tese analisa a prática da alforria e as formas de re-inserção social dos libertos e de seus descendentes na região dos Campos dos Goitacases, entre 1750 e 130, período em que se verificou a montagem e expansão da atividade açucareira voltada para a exportação. Argumento que a prática da alforria exercia um papel estrutural para a manutenção da ordem escravista, ao considerar que – como um fenômeno de longa duração – a escravidão produzia e reiterava procedimentos socialmente determinados que visavam amortecer os conflitos inerentes à relação senhor-escravo. Deste modo, o tráfico atlântico (responsável pela introdução contínua de estrangeiros desenraizados), a escravidão (produto da socialização que transformava o cativo num escravo cujo objetivo final era fazer com que o mesmo reconhecesse a autoridade do senhor) e o horizonte da alforria devem ser entendidos como partes de um processo que produzia e reproduzia a ordem escravista.
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2006-06 Doença de Chagas, Doença do Brasil: Ciência, Saúde e Nação (1909-1962)TítuloDoença de Chagas, Doença do Brasil: Ciência, Saúde e Nação (1909-1962)Autor
Simone Petraglia KropfOrientador(a)
André Luiz Vieira de CamposData de Defesa
2006-06-02Nivel
DoutoradoPáginas
533Volumes
2Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposAngela Maria de Castro GomesJaime Larry BenchimolMagali Gouveia EngelNísia Verônica Trindade LimaRonald José RaminelliSilvia Fernanda de Mendonça Figueirôa
ResumoO objetivo deste estudo é analisar o processo pelo qual a doença de Chagas ou tripanossomíase americana foi estabelecida e reconhecida como um fato científico e uma questão de saúde pública no Brasil. A doença foi descoberta em 1909, em Minas Gerais, por Carlos Chagas, médico e pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Para isso, focalizamos dois momentos deste processo, no qual a definição da nova doença tropical como entidade nosológica específica deu-se de modo indissociado de sua caracterização como fato social, a representar uma dada visão da ciência e da sociedade brasileiras. Numa primeira fase, abordamos as pesquisas realizadas por Chagas e seus colaboradores, no IOC, desde 1909 até o seu falecimento, em 1934. Desde 1910, os enunciados sobre o quadro clínico e a importância médico-social da nova enfermidade ensejaram o debate sobre as condições do atraso das regiões do interior do país, a relação entre endemias rurais e identidade nacional e o papel social da ciência. Tal debate culminaria no chamado movimento pelo saneamento dos sertões, entre 1916 e 1920. Ao mesmo tempo, tais enunciados foram objeto de críticas, formuladas inicialmente na Argentina, entre 1914 e 1916, e aprofundadas no campo médico brasileiro, entre 1919 e 1923. Estes questionamentos marcaram de modo decisivo o encaminhamento dos estudos sobre a doença. Um segundo momento analisado diz respeito às pesquisas realizadas, após 1934, por dois discípulos de Carlos Chagas em Manguinhos: Evandro Chagas, seu filho mais velho e criador do Serviço de Estudo das Grandes Endemias (SEGE), e, principalmente, Emmanuel Dias, que dirigiu o Centro de Estudos e Profilaxia da Moléstia de Chagas (CEPMC), posto do IOC na cidade de Bambuí, Minas Gerais, desde sua criação, em 1943, até seu falecimento em 1962. Nesta fase, foi produzido um novo enquadramento para a fisionomia clínica da doença e estabeleceram-se os meios técnicos para a sua profilaxia, mediante aplicação de inseticidas. Tal processo transcorreu sob as condições históricas específicas da sociedade brasileira pós-1930 e sob os significados particulares conferidos à relação entre saúde e desenvolvimento nos cenários internacional e nacional, especialmente a partir da II Guerra Mundial. Mediante uma intensa mobilização dos cientistas para difundir os conhecimentos sobre a doença e conquistar o interesse de distintos grupos sociais para o tema, foram estabelecidos os meios para seu reconhecimento público e institucionalização como objeto científico e tema inscrito nas políticas sanitárias do Estado brasileiro.
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2006-06 Jurisdições: Imaginário e Sentimento Jurídico no Brasil Barroco.TítuloJurisdições: Imaginário e Sentimento Jurídico no Brasil Barroco.Autor
Ana Patrícia Thedin CorrêaOrientador(a)
Gizlene NederData de Defesa
2006-06-02Nivel
DoutoradoPáginas
313Volumes
1Banca de DefesaAirton Lisle Cerqueira Leite SeelaenderGisálio Cerqueira FilhoGizlene NederGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesMárcia Barros Ferreira RodriguesNilo BatistaSamuel Barbosa
ResumoO trabalho aqui exposto é uma tese sobre as idéias de Direito no Brasil no período anterior às mudanças implementadas pelo Marquês de Pombal. A pesquisa funda-se, em primeiro plano, na tese de que a idéia de vigência quase hegemônica do Direito ordena e de supremacia das Ordenações do Reino, muito comum nos manuais destinados aos cursos de graduação em Direito no Brasil, teria sido construída segundo o paradigma do monopólio estatal da produção do direito que, no entanto, não seria válido para o período anterior às reformas ocorridas na segunda metade do século XVIII. De fato, verificou-se ao longo da pesquisa que a racionalidade jurídica do período pesquisado comportava uma certa diversidade de centros geradores de normas jurídicas, especialmente de mati canônico, uma vez que ainda não havia sido naturaliada a idéia de que ao Estado - e somente ao Estado - cabia a produção de normas jurídicas válidas.
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2006-05 Os estudantes naturais do Brasil e a Universidade de Coimbra após a Reforma dos Estatutos Universitários de 1772TítuloOs estudantes naturais do Brasil e a Universidade de Coimbra após a Reforma dos Estatutos Universitários de 1772Autor
Rafael Rodrigues Dias AlvesOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2006-05-26Nivel
MestradoPáginas
150Volumes
1Banca de DefesaAnita Correia Lima de AlmeidaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLuciano Raposo de Almeida FigueiredoWilliam de Souza Martins
ResumoO presente trabalho não pode deixar de parti das relações existentes entre Estado e Sociedade na América Portuguesa durante o período da atuação de Sebastião José de Carvalho e Mello, o Marquês de Pombal (1750-1777). No entanto, graças a um longo e minucioso levantamento referente aos alunos da Universidade de Coimbra naturais do Brasil, realizado por Francisco Morais, ele quer ressaltar, sobretudo, dois aspectos. Quanto ao primeiro, de caráter histórico, a dissertação busca analisar a pouco notada problemática de uma significativa diminuição do número de estudantes naturais do Brasil inscritos na Universidade de Coimbra após a reforma de 1772. Quanto ao segundo, de caráter historiográfico, ela pretende salientar a limitação de uma abordagem tradicional, que tende a tratar o período pombalino e a reforma da instrução pública a que deu origem como uma simples passagem do caos existente ao cosmos futuro. Com essas duas preocupações em mente, este trabalho procurou perceber, de um lado, a manifestação de interesses educacionais que a longa tradição do ensino jesuítico enraizara na América Portuguesa; e, do outro, examinar novamente a Ilustração simplista e indiscutível atribuída ao poderoso Marquês.
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2006-05 A Guerra Ilustrada: caricaturas em combate no Segundo ReinadoTítuloA Guerra Ilustrada: caricaturas em combate no Segundo ReinadoAutor
Michelle Silva de OliveiraOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2006-05-19Nivel
MestradoPáginas
198Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusLúcia Maria Paschoal GuimarãesMarco MorelPaulo Knauss de MendonçaValéria Salgueiro de Souza
ResumoA Guerra Ilustrada: caricaturas em combate no Segundo Reinado aborda a Guerra do Paraguai (1864 - 1870) por meio das caricaturas produidas pela considerada imprensa ilustrada fluminense do século XIX. A Guerra do Paraguai pode ser considerada como o momento histórico no qual a idéia de nação brasileira é posta em destaque. A população do Império do Brasil foi estimulada a aderir ao combate por um meio cultural de intensa produção, em que a imprensa fluminense deteve peculiar participação. Entre o Paraguai e a Corte, a guerra foi divulgada ao sabor dos navios e dos correspondentes ligados aos periódicos fluminenses, ilustrados e não-ilustrados. Destarte, o jornalismo ilustrado é responsável pelo reconhecimento da caricatura como elemento de crítica social e política. Buscou-se conhecer os aspectos relacionados à produção das caricaturas e a maneira como utiliavam temas comuns para noticiar o conflito. Tal reconhecimento levou à verificação de núcleos diferenciados de produção de imagens, assim como à identificação da idéia de nação proposta pelas caricaturas da impresna ilustrada fluminense. Por conseguinte, a análise das caricaturas da Guerra do Paraguai relacionadas aos combates, aos combatentes, ao índio que corporificou a nação brasileira e ao inimigo do Império, Solano López, permitiu verficar propostas de nação distintas. Dessa forma, a imprensa ilustrada, produtora de imagens da Guerra, demonstrou seu posicionamento político e os símbolos que eram tidos e exaltados como nacionais no século XIX.
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2006-05 Confrades do Rosário: sociabilidade e identidade étnica em Mariana Minas Gerais (1745-1820)TítuloConfrades do Rosário: sociabilidade e identidade étnica em Mariana Minas Gerais (1745-1820)Autor
Fernanda Aparecida Domingos PinheiroOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2006-05-16Nivel
MestradoPáginas
206Volumes
1Banca de DefesaJoseph C. MillerMarcelo Bittencourt Ivair PintoMariza de Carvalho SoaresSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoEste trabalho visa compreender a organização social de um grupo encontrado em um núcleo urbano das Minas setecentistas e reunido no interior de uma associaão fraternal, onde seus representantes destacaram igual procedência, a chamada Terra de Courá. De fato, tais personagens foram apreendidos através da análise do perfil dos confrades e da composição hierárquica da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos pretos de Mariana. A fundação e a estruturação dessa confraria também foi enfatizada, sendo assim detalhado o demorado processo de construção dessa confraria e ornamentação de sua imponente Capela, iniciado em 1752 e concluído em 1826. Desse modo, o alcance do objeto privilegiado é resultante de um ajustado desvio de enfoque. Da investigação de uma instituição religiosa criada por africanos passa-se ao estudo minucioso das vivências de alguns de seus membros - os couranos. Entre estes, destacaram-se exímios oficiais e integrantes da corte festiva do Rosário.
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2006-05 Judeus novos no Brasil Holandês (1636 -1654)TítuloJudeus novos no Brasil Holandês (1636 -1654)Autor
Frank Dos Santos RamosOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2006-05-08Nivel
MestradoPáginas
181Volumes
1Banca de DefesaAngelo Adriano Faria de AssisJuliana Beatriz Almeida de SouzaRogério de Oliveira RibasRonaldo Vainfas
ResumoEste trabalho pretende fazer um panorama da sociedade colonial brasileira a partir da fundação da Kahal Kadosh Zur Israel, em 1636, a primeira comunidade judaica legal das Américas, organizada a partir da chegada de judeus sefarditas no nordeste brasílico durante a segunda Invasão Holandesa, 1630-1654. Isso abriria um precedente político-social na Nova Lusitânia, posto que seria instituída, com o respaldo legal das autoridades holandesas — e em contraponto com as demais regiões da América lusitana —, uma tolerância religiosa em grau nunca antes presenciado. Embora tivesse curta duração, seus efeitos se fizeram sentir longamente, contribuindo decisivamente para a manutenção, lembrança e divulgação das tradições judaicas no Brasil vivenciadas até os dias atuais. Esses sefarditas são descentes de famílias judaicas em fuga do processo de conversão forçada ao cristianismo, movida por D. Manuel entre 1496-7, os quais fundariam importantes centros de conservação das antigas tradições, verdadeira comunidades livres, em grandes centros comerciais europeus, notadamente na cidade de Amsterdam, na Holanda. Esses mesmos judeus chegariam as terras brasílicas, durante o período de dominação holandesa no nordeste, principalmente Pernambuco, sede dessa comunidade, fazendo contraste com a situação anteriormente vivenciada pelos cristãos-novos, tão molestados pela Igreja Católica com suas visitações inquisitoriais, principalmente, durante a primeira, 1591-95. Esses conflitos religiosos seriam amainados apenas com a Invasão Holandesa, quando, então, vivenciar-se-ia uma certa liberdade de culto, provocando uma considerável convivência pacífica.
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2006-05 Os homens bons e a Câmara de Porto Alegre (1767-1808)TítuloOs homens bons e a Câmara de Porto Alegre (1767-1808)Autor
Adriano ComissoliOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2006-05-05Nivel
MestradoPáginas
192Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesJoão Luís Ribeiro FragosoMaria de Fátima Silva GouvêaMaria Fernanda Baptista Bicalho
ResumoO presente trabalho aborda a constituição e funcionamento da Câmara de Porto Alegre no século XVIII, destacando suas ação na administração local e na manifestação política da elite sul do Rio Grande de São Pedro. Procuramos compreender os motivos que motivaram a transferência da instituição da povoação de Viamão para Porto Alegre e se este fenômeno inaugura uma alteração nos quadros de sua elite local. Através de um estudo prosopográfico de seus oficiais buscamos conhecer as redes de poder que desenharam seu funcionamento, bem como os instrumentos de afirmação social utilizados por essa mesma elite. Paralelamente, exploramos o funcionamento da instituição a partir da ação do conselho. Por fim, abordamos as relações com diferentes esferas de poder (governo da capitania, ouvidoria da comarca), analisando a complexa articulação entre poderes local e central na constituição do império português.
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2006-04 A Roça y la Campaña: A questão agrária sob o Varguismo e o Peronismo em perspectiva comparadaTítuloA Roça y la Campaña: A questão agrária sob o Varguismo e o Peronismo em perspectiva comparadaAutor
Vanderlei Vazelesk RibeiroOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2006-04-28Nivel
DoutoradoPáginas
239Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesMárcia Maria Menendes MottaMaria Verónica Secreto FerrerasNoemí María Girbal-blachaRegina Angela Landim BrunoSonia Regina de MendonçaThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoNeste trabalho comparamos as propostas de inclusão dos trabalhadores rurais nos projetos de modernização conservadora, desenvolvidos pelos regimes varguista e peronista no Brasil e na Argentina. Analisamos estas propostas, a partir do esforço das burocracias estatais, no sentido de regular as relações trabalhistas no meio agrário, bem como a busca por facilitar aos trabalhadores o acesso a propriedade da terra. Por outro lado, avalia-se o diálogo que os setores proprietários estabeleceram com as propostas das burocracias estatais. Para tanto, refletimos sobre o discurso elaborado por dirigentes de entidades representativas destes setores, nos quais busca-se hora o confronto, hora a composição com as burocracias. Finalmente, discutimos como os trabalhadores rurais, dentro de suas possibilidades, buscaram apropriar-se dos discursos governamentais para alcançar seus objetivos, tais como o acesso à terra ou o entendimento de solicitações as mais variadas.
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2006-04 Imagens Vigiadas: uma história social do cinema no alvorecer da Guerra Fria, 1945-1954TítuloImagens Vigiadas: uma história social do cinema no alvorecer da Guerra Fria, 1945-1954Autor
Alexandre Busko ValimOrientador(a)
Ana Maria Mauad de Sousa Andrade EssusData de Defesa
2006-04-28Nivel
DoutoradoPáginas
324Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusCiro Flamarion Santana CardosoDaniel Aarão Reis FilhoFlavio LimoncicFrancisco Carlos Teixeira da SilvaPaulo Knauss de MendonçaSidnei José Munhoz
ResumoEntre 1945 e 1954, diversas manifestações políticas, religiosas, econômicas e culturais foram fomentadas pela disseminação do anticomunismo na sociedade brasileira e estadunidense. A partir de uma concepção de História Social do Cinema, procuramos analisar o impacto social de filmes estadunidenses com mensagens anticomunistas exibidos no Brasil e, desse modo, contribuir para uma maior reflexão e entedimento da construção desse ideário em ambos os países. Os filmes produzidos em Hollywood com mensagens anticomunistas, e determinadas notícias em jornais e revistas formaram parte de um circuito comuncacional composto por maniefestações, folhetos, despachos diplomáticos, programas de rádio, palestras, dentre outros. O cirucuito emissão/mediiação/recepção desses produtos e o seu caráter transnacional, revela que apaixonadas defesas da necessidade de se conter e combater o Comunismo nem sempre foram motivadas por princípios éticos, morais ou religiosos, sobretudo ao observarmos atentamente um dos veículos que mais auxiliou na disseminação do anticomunismo, o Cinema. O modo como comunistas e anticomunistas foram representados nesses filmes, e como tais representações foram tratadas por jornais e revistas do período foram interpretadas em seu contexto de produção par se compreender como eles se relacionaram com as estruturas de dominação. Outrossim, investigamos as forças de resistência a essas representações, as posições ideológicas que propalaram nos debates e em lutas sociais do período. É frequente na historiografia que trata do anticomunismo no Brasil, a concepção de que o anticomunismo tenha sido menos intenso nas décadas de 1940 e 1950 do que nos anos que antecedem e sucedem esse período. No entanto, ao estudarmos a historicidade da prática anticomunista desvelamos um extenso e impetuoso esforço de diferentes atores sociais para se prevenir e combater o Comunismo. Tal quadro demonstra a dificuldade em se entender o anticomunismo do período sem um detido exame das ações do Estado, de organismos sociais e de indivíduos. Apesar de suas variantes, das diferenças de suas idéias e de suas práticas políticas, as suas infuências sociais, notadamente no Cinema, são visíveis.
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2006-04 A modernização brasileira no pensamento do General Edmundo de Macedo Soares (1937-1987)TítuloA modernização brasileira no pensamento do General Edmundo de Macedo Soares (1937-1987)Autor
Alexandre de Sá AvelarOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2006-04-20Nivel
DoutoradoPáginas
371Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCarlos Gabriel GuimarãesCelso CastroFrancisco Luiz CorsiOrlando de BarrosThéo Lobarinhas PiñeiroVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEsta tese pretende recuperar o processo de modernização autoritário-conservadora brasileira, iniciado nos anos 30, a partir da trajetória do General Edmundo de Macedo Soares e Silva. Militar e engenheiro metalúrgico, Macedo Soares desenvolveu uma extensão produção intelectual que incluía temas como industrialização, defesa militar, ciência, tecnologia, educação técnica, entre outros. Além disso, ocupou cargos na sociedade civil e na sociedade política. Sua atuação pode ser entendida como a de um intelectual orgânico da burguesia industrial, uma vez que contribuiu para a elaboração do discurso hegemônico desta fração de classe.
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2006-04 Jasão e a Quimera de Ouro. A ritualização do poder na Borgonha Valois (1363-1558)TítuloJasão e a Quimera de Ouro. A ritualização do poder na Borgonha Valois (1363-1558)Autor
Ana Cristina Campos RodriguesOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2006-04-20Nivel
MestradoPáginas
166Volumes
1Banca de DefesaGeorgina Silva Dos SantosJacqueline HermannRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonald José Raminelli
ResumoA presente dissertação pretende analisar o ducado da Borgonha no período Valois , por sua característica mais marcante. Na historiografia é lugar comum chamar sua corte de "esplendorosa", "faustosa" e "magnífica". A construção de intricados rituais de corte valorizaria o príncipe. No entanto, todo esse luxo tem razão de existir, e o consideramos mais do que mera exibição do poder de uma casa nobre. Neste trabalho, os rituais de corte são parte desse poderio, que se perpetuou na casa Habsburgo, sua herdeira e sucessora. Para tal tarefa, nos concentramos nas memórias de um dos mais ativos e produtivos servidores ducais, o maitre d’hotel Olivier de La Marche, que funcionaram, mais do que registro, como ligação entre as duas casas nobres. Palavras Chave: História, Rituais, Poder, Ducado da Borgonha (1363-1477), Países Baixos, Espanha Habsburgo, França Valois, Idade Média, Renascimento. IV
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2006-04 Desassistidas Minas - a exposição de crianças em Vila Rica, século XVIII.TítuloDesassistidas Minas - a exposição de crianças em Vila Rica, século XVIII.Autor
Renato Júnio FrancoOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2006-04-20Nivel
MestradoPáginas
212Volumes
1Banca de DefesaLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMary Lucy Murray Del PrioreRenato Pinto VenâncioSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoA presente dissertação aborda o enjeitamento de recém-nascidos em Vila Rica, sede da Capitania de Minas, no período de 1740 a 1810. A partir de meados da década de 1740 assistiu-se o progressivo aumento do número de crianças expostas ou enjeitadas nas portas das casas e em lugares públicos da vila. Na pesquisa procurou-se traçar os condicionantes de tal fenômeno eivado de especificidades locais, como por exemplo, a constituição social mestiça ou a ausência de uma Casa da roda, estabelecimento comum em várias cidades e vilas do Império Português. Por outro lado, a exposição de crianças estava também atrelada a paradigmas mentais compartilhados em todo mundo católico. Nesse sentido, pretendeu-se analisar o abandono de crianças dentro de uma ambiência moral e ética que aceitava a circulação de crianças anonimente pelas casas da comunidade. Esse processo social enfrentou uma série de conflitos institucionais quando a municipalidade decidiu cumprir a obrigação estabelecidade desde as Ordenações, de que todas as câmaras estavam obrigadas a pagar a criação dos enjeitados até os sete anos de idade. Tal determinação gerou querelas em torno do pagamento, interditando, durante certo tempo, o acesso universas a negros e mulatos, por exemplo. Desta forma, ressalta-se que, durante o século XVIII, a experiência do enjeitamento esteve intimamente ligada à ampla aceitação e utilização dessa prática por diversos segmentos sociais. Para elaboração da pesquisa utilizou-se, mormente, documentação paroquial (atas de batismo, casamento, óbito) e camarária (processos de entrada na câmara, recibos de pagamentos, listas semestrais de pagamentos, etc) a fim de estabelecer relações entre a assistência prestada pelas câmaras e a vivência do abandono.
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2006-04 Entre a Favela e o Conjunto Habitacional: programa de remoção e habitação provisóriaTítuloEntre a Favela e o Conjunto Habitacional: programa de remoção e habitação provisóriaAutor
Claudia Peçanha da TrindadeOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2006-04-17Nivel
MestradoPáginas
106Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralMagali Gouveia EngelMarcelo Badaró MattosNísia Verônica Trindade Lima
ResumoEste trabalho tem por objetivo discutir o Programa de Remoções de Favelas, no Rio de Janeiro, e a constituição de espaços de habitação provisória dentro desta política, com ênfase no Centro de Habitação Provisória de Nova Holanda, durante as décadas 1960 e 1970. Para essa análise foi levada em conta a relação entre habitação e capitalismo na intenção de perceber o que define a diferenciação dos locais de moradia no espaço urbano.
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2006-04 Ousando Saber: José Anastácio da Cunha e as Luzes em Portugal (1744-1787)TítuloOusando Saber: José Anastácio da Cunha e as Luzes em Portugal (1744-1787)Autor
Nelson Mendes CantarinoOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2006-04-06Nivel
MestradoPáginas
143Volumes
1Banca de DefesaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesIris KantorRonaldo VainfasSérgio Chahon
ResumoDurante a segunda metade do século XVIII, a Coroa portuguesa e seus agentes elaboraram políticas que visavam à superação do pensamento tradicional, à modernização administrativa e ao fortalecimento do poder monárquico, inserindo-se, assim, no quadro geral do Reformismo Ilustrado europeu. Um dos homens comprometidos com este projeto foi José Anastácio da Cunha (1744-1787). Poeta, militar e matemático, Anastácio foi réu de um processo inquisitorial onde respondeu a acusações graves: ser libertino, ler livros proibidos, conviver com hereges, tratar de pontos de religião entre outras. Este trabalho aborda o processo de Anastácio da Cunha não como a historiografia tradicional o faz, dentro da idéia de Viradeira como uma reação à política ilustrada do Marquês de Pombal, mas como um exemplo que evidencia os limites da Ilustração Católica em Portugal: a ortodoxia católica e o projeto de centralismo monárquico da Coroa.
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2006-04 As voltas da estrada: afrodescendência e cultura brasileira na obra de Xavier Marques.TítuloAs voltas da estrada: afrodescendência e cultura brasileira na obra de Xavier Marques.Autor
Kelly Pereira AmaralOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2006-04-06Nivel
MestradoPáginas
97Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Lugão RiosJuliana Beatriz Almeida de SouzaLaura Antunes MacielMagali Gouveia EngelMartha Campos Abreu
ResumoEsta dissertação apresenta uma discussão sobre a obra literária de Xavier Marques - Feiticeiro. Analisa a trajetória do autor e sua relação com a construção da nação no período do pós-Abolição. A visão do autor sobre os negros e a religiosidade afro-brasileira recebe atenção especial.
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2006-04 L. A. Muratori e o Cristianismo Feliz na Missão dos Padres da Companhia de Jesus no Paraguai.TítuloL. A. Muratori e o Cristianismo Feliz na Missão dos Padres da Companhia de Jesus no Paraguai.Autor
Regina Célia de Melo MoraisOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2006-04-05Nivel
MestradoPáginas
145Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesLúcia Maria Paschoal GuimarãesWilliam de Souza Martins
ResumoAo longo da segunda metade do século XVII e nas primeira décadas do XVIII, as missões jesuíticas no interior da América meridional se consolidaram, apesar dos crescentes problemas que a Companhia enfrentava na Europa. Se, entre 1759 e 1773, não só a expulsão dos inacianos de Portugal, da Espanha e da França, como a própria extinção da ordem por Roma deixaram os contemporâneos atônitos, quase duas décadas antes que tais conflitos viessem à tona, saiu à luz em Veneza um licrinho com o título Il Cristianesimo Felice nelle Missioni de Padri della Compagnia de Gesù nel Paraguai [O Cristianismo Feliz nas Missões dos Padres da Companhia de Jesus no Paraguai]. Através das inúmeras edições que alcançou, o exótico Paraguai passou a povoar o imaginário europeu do século XVIII e converteu-se em motivação para utopias de que as Luzes foram pródigas. Seu autor chamava-se Ludovico Antonio Muratori, um dos maiores eruditos da primeira metade do século XVIII, próximo, nas idéias religiosas, do esclarecido papa Bento XIV, preocupado, como a sua época, de um modo geral, com o aprimoramento da convivência humana e, sobretudo, um dos formuladores, pelo menos, daquela Ilustração católica que tanta influência exerceu em Portugal no século XVIII. As implicações deste autor e desta sua obra constituem o objeto deste trabalho.
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2006-03 Igreja católica e comunismo: articulação anticomunista em periódicos católicos (1961-1964)TítuloIgreja católica e comunismo: articulação anticomunista em periódicos católicos (1961-1964)Autor
Francis Welington de Barros AndradeOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2006-03-31Nivel
MestradoPáginas
159Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralMagali Gouveia EngelRicardo Figueiredo de CastroVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoAtravés da conjugação das análises qualitativa e quantitativa, este trabalho tem como objetivo principal apresentar e analisar o comportamento das linhas editoriais de três periódicos católicos semanais em relação à questão do comunismo: dois mineiros de alcance regional e pequena tiragem, O Arquidiocesano e a Gazeta de Minas das cidades de Mariana e Oliveira respectivamente, e o paulista O Santuário, produzido pela Basílica Nacional em Aparecida de alcance nacional e alta tiragem. Adotando como recorte temporal o período de 1961 a 1964, são exploradas as correlações estabelecidas entre as propagandas anticomunistas, veiculadas em ambos os periódicos, inseridas em um contexto de crise político-institucional que viria a culminar com o golpe de 1964. Mas pelo fato de o anticomunismo do pré-1964 se apresentar como um relativo desdobramento do difundido na década de 1930, fez-se necessário correlacionar esses dois momentos através dos trabalhos que problematizaram o anticomunismo no primeiro e o corpus documental selecionado para esta pesquisa. No limite, esta pesquisa busca apresentar fortes indícios que acabam por confirmar a exist
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2006-03 Os Intelectuais e a circularidade cultural na América Portuguesa: o caso da Academia Científica do Rio de Janeiro (1771-1779)TítuloOs Intelectuais e a circularidade cultural na América Portuguesa: o caso da Academia Científica do Rio de Janeiro (1771-1779)Autor
Paulo Cesar Dos ReisOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2006-03-31Nivel
MestradoPáginas
164Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesIsmênia de Lima MartinsLuiz Carlos SoaresTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoA pesquisa que se apresenta está balizada no estudo das relações dos intelectuais com as diferentes expressões do saber, desde que se constituiu o Império português com a expansão ultramarina, até as adaptações e interações que aconteceram na América portuguesa por força da reforma ilustrada de Sebastião José de Carvalho e Melo. Nosso foco encontra-se no século XVIII que se caracterizou pela ascensão da idéia de liberdade no campo da produção e reflexão científica, que foi o coroamento de todo o processo iniciado nos Descobrimentos ibéricos de exploração mercantil de produtos exóticos (especiárias) da América, África e Ásia. Cabe salientar neste processo os ideais de cosmopolitização ou mundialização dos saberes através da circulação das memórias produzidas por diversos cientistas espalhados pelo novo e velho mundo. O Rio de Janeiro foi, por excelência, o centro de produção destas reflexões eruditas n América portuguesa, comprovado na organização da Academia Científica (1771-1779) que produziu uma gama de memórias acerca de vários temas ligados à História Natural, Física, Agricultura, Botânica, etc. Seu fim pedagógico reflete a atmosfera de produção e circulação de um saber erudito com um fim útil: o engrandecimento do povo português. Destacamos a Memória da Cochonilha como paradigma desta postura epistemológica e política da comunidade científica Luso-Brasileira de propagação epistemológica e política da comunidade científica Luso-Brasileira de propagação/circulação do conhecimento erudito através das memórias escritas.
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2006-03 O desenvolvimento econômico de Mato Grosso (1850 - 1902)TítuloO desenvolvimento econômico de Mato Grosso (1850 - 1902)Autor
Adriana Patricia RoncoOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2006-03-31Nivel
DoutoradoPáginas
252Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraLuiz Carlos SoaresLuiz Eduardo CattaMaria Verónica Secreto FerrerasMônica Leite LessaThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoNosso intento foi comprovar, através desta pesquisa, que se Mato Grosso sofreu um declínio econômico, devido à queda da produção mineradora, o mesmo não significou o isolamento e a estagnação da região, mas uma reorganização das atividades econômicas, voltadas para a produção das fazendas de gado, das usinas açucareiras, das atividades econômicas extrativas e da mineração, que nunca foi abandonada. Outros aspectos que desenvolvemos foram as vias de comunicação, terrestres e fluviais, e a conformação dos mercados intra-regional, inter-regional e internacional. A presente pesquisa mostra a situação econômica de Mato Grosso, no período 1850-1902, partindo da idéia de que a região passou econômica de Mato Grosso, no período 1850-1902, partindo da idéia de que a região passou por um rearranjo das forças produtivas, o que lhe permitiu um lento mas constante desenvolvimento.
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2006-03 Política e Populismo: Rio de Janeiro,1931-1936TítuloPolítica e Populismo: Rio de Janeiro,1931-1936Autor
Alexandre Elias da SilvaOrientador(a)
Fernando Antonio FariaData de Defesa
2006-03-31Nivel
MestradoPáginas
163Volumes
1Banca de DefesaFernando Antonio FariaMaria Emília da Costa PradoRicardo Emmanuel Ismael de CarvalhoSilvio de Almeida Carvalho Filho
ResumoEsta dissertação analisa a política carioca durante a primeira metade da década de 1930, privilegiando o governo Pedro Ernesto (1931-1936) e suas reformas na saúde e na educação. Assim, o objetivo principal foi avaliar o seu período como decorrência de uma gama de questões surgidas e articuladas por grupos sociais ainda pouco considerados no cenário político nacional e local. Sua administração tenta buscar respostas, de certa maneira inovadoras, para algumas das reivindicações formuladas durante Primeira República, bem como articular o governo como intermediador destas demandas. Ao considerar a população trabalhadora como um interlocutor legítimo do governo, elaborando um programa de intervenção estatal amplo e fornecendo serviços que antes boa parte da população não tinha acesso, sua gestão traz para a cena política um setor marginalizado. Embora tenha criado medidas de inegável valor social, buscou também conformar, utilizando-se pioneiramente de medidas populistas, procurando amenizar os possíveis conflitos entre a classe trabalhadora e a elite dominante.
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2006-03 O Poder da Companhia Brasileira de Energia (CBEE) em Petrópolis (1909-1927)TítuloO Poder da Companhia Brasileira de Energia (CBEE) em Petrópolis (1909-1927)Autor
Cláudia Regina Salgado de Oliveira HansenOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2006-03-30Nivel
MestradoPáginas
260Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesCezar Teixeira HonoratoFlávio Azevedo Marques de SaesSonia Regina de Mendonça
ResumoO tema dessa pesquisa é o exame da atuação da Companhia Brasileira de Energia Elétrica no município de Petrópolis, na Primeira República. A partir de uma perspectiva ampla, são analisados vários aspectos econômicos e políticos relacionados à atuação da Companhia na municipalidade, articulando-se a uma investigação acerca da conjuntura em que se deu a fundação da empresa, assim como seus aspectos organizacionais, financeiros e econômicos. Fundada sob a forma de Sociedade Anônima, em 1909, para fornecer energia elétrica a vários centros urbano-industriais do Brasil, e controlada por membros da família Guinle, atuaou nos limites do quadro institucional da época, marcado pela falta de regulamentação específica para o setor da eletricidade. Seus diretores e acionistas, além de estarem organizados em associações de empresários, eram pessoas que possuíam relações políticas importantes no Distrito Federal e também no município de Petrópolis, o que contribuiu em muito para o estabelecimento da empresa na municipalidade em foco. A CBEEE não apresentou resultados econômicos e financeiros satisfatórios ao longo do período em tela, mas sua eletricidade contribuiu para o crescimento industrial de Petrópolis e, nesta municipalidade, estabeleceu relações contratuais importantes com o concessionário de iluminação pública e particular da cidade, o Banco Constructor do Brasil, o que permitiu à companhia ampliar significativamente sua presença na municipalidade como empresa de serviços públicos de eletricidade.
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2006-03 O Velho Vaqueano: Capistrano, da historiografia ao historiadorTítuloO Velho Vaqueano: Capistrano, da historiografia ao historiadorAutor
Rebeca Gontijo TeixeiraOrientador(a)
Angela Maria de Castro GomesData de Defesa
2006-03-29Nivel
DoutoradoPáginas
323Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesFrancisco José Calazans FalconIlmar Rohloff de MattosLúcia Maria Paschoal GuimarãesManoel Luiz Lima Salgado GuimarãesPaulo Knauss de MendonçaRonaldo Vainfas
ResumoA tese aborda o tema da identidade do historiador, defendendo a hipótese de que essa construção identitária envolve dois tipos de exercícios de legitimação. O primeiro é coletivo, pois resulta da atuação dos pares, admiradores, discípulos, biógrafos e intérpretes do historiador, no sentido de situá-lo em relação a uma dada tradição intelectual. O segundo é individual, pois corresponde aos investimentos feitos pelo próprio historiador a partir de determinadas circunstâncias, de um dado campo de possibilidades, assim como, de um certo domínio das opções, por meio das quais é possível constituir a si mesmo como indivíduo e intelectual. Diante dessa hipótese, a opção foi escolher um entre outros historiadores capazes de servir como um guia para acessar o pequeno mundo dos intelectuais, com suas estratégias de consagração e exclusão. A escolha recaiu sobre Capistrano de Abreu (1853-1927), considerado por muitos e há muito tempo como o mais importante historiador brasileiro das primeiras décadas do século XX.
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2006-03 Um estudo comparativo dos contatos estabelecidos entre emporitanos e indigetes: o caso emporitano e o oppidum de Ullastret (500 - 350 a.C.)TítuloUm estudo comparativo dos contatos estabelecidos entre emporitanos e indigetes: o caso emporitano e o oppidum de Ullastret (500 - 350 a.C.)Autor
Jeanne Cristina Menezes CrespoOrientador(a)
Marcos José de Araújo CaldasData de Defesa
2006-03-29Nivel
MestradoPáginas
202Volumes
1Banca de DefesaMarcelo Aparecido RedeMarcos José de Araújo CaldasMaria Regina CandidoMário Jorge da Motta BastosNeyde Theml
ResumoNa presente dissertação propomos-nos a apresentar um estudo acerca das relações de contato estabelecidas entre os colonos que habitavam Emporion, descendentes dos emporoi massaliotas (habitantes de Massalia, colônica fundada pelos foceus no sul da França), e as populações indígenas que habitavam a região próxima a esse estabeecimento, na região nordeste da Catalunha (Espanha). Para tanto, utilizaremos dois casos: os contatos com o oppidum de Ullastret, o maior assentamento nativo da região; e os contatos desenvolvidos com a população nativa que vivia próxima ao estabelecimento emporitano. Sendo estes últimos, aqueles que Estrabão (III.4.8) cita ao falar do sinecismo em Emporion, e que provavelmente tratariam-se dos nativos que dividem, com os colonos, o espaço de enterramento nas necrópoles emporitanas. O corte cronológico da presente pesquisa será o momento compreendido entre os séculos V a.C e a primeira metade do século IV a.C.