Thèses
  • 2007-01 O Santo Ofício da Inquisição na Colônia e nas Letras: As apropriações da cristã-nova Branca Dias na literatura
    Título
    O Santo Ofício da Inquisição na Colônia e nas Letras: As apropriações da cristã-nova Branca Dias na literatura
    Autor
    Fernando Gil Portela Vieira
    Orientador(a)
    Ronaldo Vainfas
    Data de Defesa
    2007-01-19
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    155
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Evaldo Cabral de Mello
    Jacqueline Hermann
    Ronald José Raminelli
    Ronaldo Vainfas

    Resumo
    O Tribunal do Santo Ofício da Inquisição, criado em 1539 para zelar pela fé católica no Império Português, tinha nos cristãos-novos (antigos judeus portugueses convertidos à força em 1497 e seus descendentes) as principais vítimas de sua atuação. Uma cristã-nova portuguesa que veio para o Brasil no século XVI, fugindo da Inquisição, foi Branca Dias, que viveu em Pernambuco e faleceu antes da primeira visitação inquisitorial à colônia, entre 1591-5. Seu nome ganharia destaque na memória popular ao longo da época colonial, chegando no século XIX ao campo dos cantos populares, das lendas e da literatura, principalmente nos atuais Estados de Pernambuco e Paraíba. Os autores e o povo utilizam a cristã-nova Branca Dias com objetivos diversos, modificando-a de acordo com suas intenções. Esta Dissertação procura analisar os significados de quatro textos sobre Branca Dias: a peça Branca dias dos Apipucos, escrita em Pernambuco em 1858; dos artigos, escritos em 1897 e 1901 pelo advogado e político Irineu Joffily, na Paraíba; e um livreto intitulado A Inquisição na Parahiba: o supplicio de Branca Dias, publicado em 1924. Para interpretar estes textos, a Dissertação também recorre a alguns outros cantos e narrativias populares sobre Branca Dias.
  • 2006-12 ESTABILIDADE E CRESCIMENTO: A elite intelectual moderno-burguesa no ocaso do desenvolvimentismo (1960-1969)
    Título
    ESTABILIDADE E CRESCIMENTO: A elite intelectual moderno-burguesa no ocaso do desenvolvimentismo (1960-1969)
    Autor
    Daniel de Pinho Barreiros
    Orientador(a)
    Fernando Antonio Faria
    Data de Defesa
    2006-12-01
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    360
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    André Luiz Vieira de Campos
    Fernando Antonio Faria
    Maria Emília da Costa Prado
    Ricardo Emmanuel Ismael de Carvalho
    Silvio de Almeida Carvalho Filho
    Théo Lobarinhas Piñeiro
    Vania Maria Cury

    Resumo
    Este tese busca compreender os fundamentos éticos do pensamento de um grupo de economistas, composto por Eugênio Gudin, Octavio Gouvêa de Bulhões, Roberto Campos, Defim Netto e Mario Henrique Simonsen, que identificamos como sendo a elite intelectual moderno-burguesa, cuja presença foi absolutamente marcante no debate econômico brasileiro durante a década de 1960 e seguintes, além de terem participado diretamente do esforço de reformas engendrado após o golpe militar de 1964, na condição de membros de alto escalão da burocracia. A análise se centra na produção intelectual deste grupo entre os anos 1960-1969, no que se refere ao processo de dissolução do chamado projeto desenvolvimentista, e ao processo de reformas econômicas durante os governos Castelo Branco e Costa e Silva. Para a análise dos fundamentos éticos da elite intelectual moderno-burguesa, utiliza-se aporte baseado no Utilitarismo de Jeremy Bentham e de John Stuart, bem como na Filosofia Analítica de G. E. Moore.


  • 2006-11 Só por Hoje: um estudo sobre Narcóticos Anônimos, estigma social e sociedade contemporânea
    Título
    Só por Hoje: um estudo sobre Narcóticos Anônimos, estigma social e sociedade contemporânea
    Autor
    Ricardo Muniz Mattos Cardoso
    Orientador(a)
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Data de Defesa
    2006-11-24
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    113
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Fernando Sergio Dumas Dos Santos
    Marcelo Badaró Mattos
    Mário Jorge da Motta Bastos

    Resumo
    Este trabalho é uma análise histórica do programa de recuperação da drogadição promovido pela "irmandade" de ajuda mútua conhecida como Narcóticos Anônimos. No primeiro capítulo, um histórico da entidade é traçado; assim como seu conceito de "adicção" e sua estrutura organizacional são apresentados. No capítulo seguinte, são avaliados as estigmatizações sociais sobre a drogadição e os impactos destes nas representações sociais formuladas pelo NA. As convergências existentes entre a programação terapêutica do NA e a revigorada ética do trabalho da virada do século XX para o XXI também são avaliadas. No último capítulo, as representações sociais formuladas pelo NA são confrontadas com os individualismos e o hedonismo da moderna sociedade de consumo.


  • 2006-09 Nunca é tarde para ser feliz? A imagem da favela pelas lentes do Correio da Manhã
    Título
    Nunca é tarde para ser feliz? A imagem da favela pelas lentes do Correio da Manhã
    Autor
    Mauro Henrique de Barros Amoroso
    Orientador(a)
    Paulo Knauss de Mendonça
    Data de Defesa
    2006-09-27
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    172
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Dulce Chaves Pandolfi
    Márcia da Silva Pereira Leite
    Mario Grynszpan
    Paulo Knauss de Mendonça

    Resumo
    O objetivo da presente dissertação é realizar uma análise das representações sobre as favelas do Rio de Janeiro no acervo fotográfico do Correio da Manhã, entre as décadas de 50 e 60. Com isso, pretende-se contribuir para a reflexão sobre o processo de construção da percepção social do habitante da favela, a partir de uma perspectiva histórica. Também é objetivo de minha pesquisa o entendimento da atuação da mídia nesse processo, a partir do caso do renomado e politicamente influente periódico em questão.


  • 2006-09 Mercenários ou Libertários as motivações para o engajamento do Almirante Cochrane e seu grupo nas lutas da Independência do Brasil
    Título
    Mercenários ou Libertários as motivações para o engajamento do Almirante Cochrane e seu grupo nas lutas da Independência do Brasil
    Autor
    Nélio Galsky
    Orientador(a)
    Gladys Sabina Ribeiro
    Data de Defesa
    2006-09-25
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    138
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Gladys Sabina Ribeiro
    Lucia Maria Bastos Pereira Das Neves
    Márcia Maria Menendes Motta

    Resumo
    Durante as lutas que se seguiram a nossa emancipação política, a Marinha Imperial foi liderada pelo Almirante Cochrane e por um grupo de veteranos da Royl Navy e da Companhia das Índias. A importância destes oficiais na consolidação da nossa Independência foi inegável. Porém, parte da nossa historiografia os vê apenas como mercenários e caçadores de botins. Para entender aorigem da fama citada, buscamos acompanhar às transformações ocorridas na Marinha britânica a partir do final do século XVIII. Naquele momento, as Forças Navais inglesas passaram por um processo de profissionalização dos seus quadros. Uma elite de oficiais cuja origem remontava ao período elizabetano foi forçada a se integrar com graduados oriundos de grupos sociais não saque, seriam gradualmente extintos. Além disso, valores como patriotismo, lealdade à Monarquia e o serviço publico, ocupariam o lugar de relações de comando baseadas em laços pessoais e lideranças carismáticas. Ao se sentirem tolhidos pela perda de espaçõ, muitos oficiais da "velha escola" ofereceram seus serviços ao processo de emancipaçao dos novos novos países sul-americanos. No Brasil, alguns optariam por permanecer. Tal fato resultou num difícil processo de integração, cujo estudo permite esclarecer alguns aspectos da hstória naval e brasileira no período entre 1823 a 1853. Em nosso trabalho, acompanhamos a carreira daqueles que tiveram presença mais longa e significativa - João Grenfell, João Taylor e Bartolomeu Hayden. Procuramos, desta forma, relacionar a origem da pecha de mercenários, não só ao apego ao direito às presas de guerra, mas também na utilização destes oficiais na repressão aos movimentos insurrecionais ocorridos no Império.


  • 2006-09 Catulo da Paixão Cearense: memórias e histórias de músicos populares no Rio de Janeiro do final do século XIX e início do XX
    Título
    Catulo da Paixão Cearense: memórias e histórias de músicos populares no Rio de Janeiro do final do século XIX e início do XX
    Autor
    Márcio Gonçalves de Carvalho
    Orientador(a)
    Laura Antunes Maciel
    Data de Defesa
    2006-09-05
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    145
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Laura Antunes Maciel
    Marta Emisia Jacinto Barbosa
    Martha Campos Abreu
    Mônica Pimenta Velloso

    Resumo
    Este trabalho conta a história da experiência de sujeitos e práticas musicais, consideradas populares. Através das memórias deixadas pelo artista Catulo da Paixão Cearense e das memórias produzidas sobre ele, a dissertação acompanha como diferentes sujeitos com diversas formas de sociabilidade musical conviveram nos espaços abertos para a profissionalização musical iniciado com a formação do mercado editorial e fonográfico ligado à música, canção e poesia popular que foram difundidos pelos meios técnicos de massificação cultural na cidade do Rio de Janeiro no final do século XIX e início do XX.
  • 2006-09 "Oh! Que Imitem A Santa Rita de Cássia!" As Mulheres de nosso tempo: representações e Práticas da Devoção em Viçosa (Mg), 2003-2006.
    Título
    "Oh! Que Imitem A Santa Rita de Cássia!" As Mulheres de nosso tempo: representações e Práticas da Devoção em Viçosa (Mg), 2003-2006.
    Autor
    Raquel Dos Santos Sousa Lima
    Orientador(a)
    Rachel Soihet
    Data de Defesa
    2006-09-04
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    160
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Martha Campos Abreu
    Rachel Soihet
    Renata de Castro Menezes
    Suely Gomes Costa

    Resumo
    A presente dissertação é um estudo das representações e das práticas de devoção a Santa Rita de Cássia na cidade mineira de Viçosa, entre os anos de 2003 e 2006, sob a perspectiva da História Cultural e dos estudos de gênero. A vida de Santa Rita em geral é apresentada nas narrativas biográficas como a de uma mulher que viveu sob o signo da obediência, abnegação, resignação e sofrimento em vários momentos de sua trajetória humana. Partindo-se dessas proposições, e considerando-se que a Santa tem sido apresentada como exemplo a ser imitado pelas mulheres, buscou-se perceber como os devotos se apropriam das representações veiculadas sobre a Santa, e como as transformam em práticas nas suas vivências cotidianas. Para tal, foram entrevistados homens e mulheres de diferentes faixas etárias que moram na cidade de Viçosa, onde a Santa é Padroeira, e onde também é muitas vezes associada ao sentimento de identidade social da comunidade católica viçosense.


  • 2006-08 Turismo e preservação nos sítios urbanos brasileiros: o caso de Ouro Preto.
    Título
    Turismo e preservação nos sítios urbanos brasileiros: o caso de Ouro Preto.
    Autor
    Leila Bianchi Aguiar
    Orientador(a)
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes
    Data de Defesa
    2006-08-29
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    326
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    José Reginaldo Dos Santos Gonçalves
    Lygia Maria Sigaud
    Marcelo Badaró Mattos
    Márcia Regina Romeiro Chuva
    Regina Maria do Rego Monteiro Abreu
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    A formação de um patrimônio nacional brasileiro, a partir da criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1937, fez parte de um processo mais amplo de construção de uma nacionalidade brasileira. A partir de então, a atuação dessa agência deu origem a sítios urbanos preservados que, principalmente, após a década de 1960, transformaram-se em espaços privilegiados para o desenvolvimento das atividades turísticas de tipo industrial. Nesses espaços, observamos a apropriação das características naturais, históricas e culturais locais, transformadas em mercadorias para a venda do produto turismo e, desde então, observamos uma convergência entre os discursos proferidos no interior das agências preservacionais e de representação do setor turístico, nos quais a atividade turística tem sido apresentada como a solução para muitos dos problemas enfrentados para a salvaguarda de imóveis e conjuntos que compõem os patrimônios culturais locais, nacionais ou mundiais. Para melhor analisar esse processo, discutimos a preservação cultural e o turismo em Ouro Preto. Destacamos seu processo de consagração, empreendido por políticos e intelectuais de destaque desde princípios do século XX, para então, refletirmos sobre alguns dos conflitos e embates presentes nas práticas de preservação no município e ainda sobre o processo de apropriação de seu conjunto urbano preservado, pela indústria turística, a partir da segunda metade do século XX. A construção de Ouro Preto enquanto roteiro turístico esteve diretamente ligada à atribuição do valor de cidade-monumento e, em diversos momentos, o desenvolvimento turístico da cidade foi percebido como a solução para muitos dos problemas que dizem respeito à salvaguarda desse sítio urbano, tombado a nível federal. Por fim, buscamos, ainda, interpretar algumas das recentes transformações na atividade turística desenvolvida nessa cidade, como um estudo de caso de processos históricos mais amplos que envolvem a aceleração na concentração dos meios de produção, a crescente expropriação dos trabalhadores envolvidos nesse tipo de atividade e a criação permanente de novos produtos turísticos.
  • 2006-08 Rebeldia no Planalto: A expulsão dos Padres Jesuítas da Vila de São Paulo de Piratininga no Contexto da Restauração (1627-1655)
    Título
    Rebeldia no Planalto: A expulsão dos Padres Jesuítas da Vila de São Paulo de Piratininga no Contexto da Restauração (1627-1655)
    Autor
    Sheila Conceição Silva Lima
    Orientador(a)
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Data de Defesa
    2006-08-24
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    159
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Sérgio Chahon
    William de Souza Martins

    Resumo
    Esta dissertação constitui um estudo da expulsão dos jesuítas da Vila de São Paulo de Piratininga em 1640, procurando entendê-la como um episódio de revolta, típico do Antigo Regime. O foco da pesquisa recai sobre as tensões, geradas pelo desenvolvimento da vila, entre os seus homens bons - isto é, camaristas e sertanistas, que avançaram sobre as reduções jesuíticas portuguesas e espanhalos em busca da mão-de-obra de que tinham necessidade - e os padres da Companhia de Jesus, cujas idéias sobre a administração dos indígenas e de suas terras eram bem diversas. Entenda-se, por outro lado, que essas disputas não deixaram de ocorrer ao redor de uma concepção jurídico-teocrática da sociedade e do poder, baseada no respeito às liberdades e aos direitos, que fora formulada e divulgada pelos próprios jesuítas. Presente ao longo do século XVIII luso-brasileiro, essa concepçao, na década anterior a 1640, forneceu os principais argumentos para o movimento da Restauração portuguesa. No entanto, súditos tanto do rei espanho Filipe IV (1621-1640) quanto do português D. João IV (1640-1656), os paulistas souberam apropriar-se desse discurso para defender seus privilégios e liberdades; e combater o que consideravam os abusos dos inacianos. Dessa forma, vieram a apresentar-se como agentes do engrandecimento da Coroa à qual serviam, enquanto atribuíram aos padres da Companhia o papel de maus vassalos de elrei.


  • 2006-08 As Peculiaridades dos Bancários Cariocas
    Título
    As Peculiaridades dos Bancários Cariocas
    Autor
    Renato Costa Lima Filho
    Orientador(a)
    Théo Lobarinhas Piñeiro
    Data de Defesa
    2006-08-21
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    329
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Hiran Roedel
    Luiz Carlos Soares
    Marcelo Badaró Mattos
    Ricardo da Gama Rosa Costa
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    Pesquisa sobre a formação histórica do Sindicato dos Bancários de Município do Rio de Janeiro nas de 1960 a 2000, com foco nas décadas de 1980 e 1990. Trata dos rebatimentos das novas formas de organização do trabalho nos estabelecimentos bancários a partir das transformações da estrutura produtiva em face das novas tecnologias microeletrônicas e dos métodos de gerenciamento e controle. Articula estas mudanças aos avanços do capital sobre o trabalho, abordando seus conteúdos políticos, sociais, econômicos e culturais e suas conseqüências sobre a formação das lideranças bancárias.


  • 2006-08 "Civilização e Barbárie: a representação da nação nos textos de Sarmiento e do Visconde do Uruguai".
    Título
    "Civilização e Barbárie: a representação da nação nos textos de Sarmiento e do Visconde do Uruguai".
    Autor
    Maria Elisa Noronha de Sá Mäder
    Orientador(a)
    Marco Antonio Villela Pamplona
    Data de Defesa
    2006-08-10
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    235
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Cecília da Silva Azevedo
    Márcia de Almeida Gonçalves
    Marco Antonio Villela Pamplona
    Maria de Fátima Silva Gouvêa
    Maria Ligia Coelho Prado
    Ricardo Henrique Salles
    Rodrigo Nunes Bentes Monteiro

    Resumo
    Esta tese analisa a idéia de nação e identidade nacional nos textos de Domingo Faustino Sarmiento e Paulinho José Soares de Sousa, o Visconde do Uruguai, autores e atores privilegiados no processo de construção de seus respectivos Estados nacionais, a Argentina e o Brasil, na segunda metade do século XIX. Partindo do argumento central de que a dicotomia civilização/barbárie foi um dos eixos centrais da representação da nação nas Américas, analiso os diversos desdobramentos e significados próprios - políticos, espaciais, culturais e simbólicos -, que esses termos adquiriram nos projetos de nação formulados por esses autores, no que diz respeito à construção de uma nova ordem política nestes Estados recém independentes.


  • 2006-08 A Trincheira dos Trabalhadores: João Goulart, PTB e o Ministério do Trabalho (1952 - 1954)
    Título
    A Trincheira dos Trabalhadores: João Goulart, PTB e o Ministério do Trabalho (1952 - 1954)
    Autor
    Márcio André Koatz Sukman
    Orientador(a)
    Jorge Luiz Ferreira
    Data de Defesa
    2006-08-04
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    156
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Américo Oscar Guichard Freire
    Angela Maria de Castro Gomes
    Denise Rollemberg Cruz
    Jorge Luiz Ferreira
    Marieta de Moraes Ferreira

    Resumo
    A dissertação analisa a trajetória de consolidação de João Goulart como um dos principais dirigentes políticos do país. Em um período de aproximadamente dois anos, alcançou a presidência nacional do Partido Trabalhista Brasileiro e assumiu a gestão do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio durante o segundo governo de Getúlio Vargas. Neles impôs sua liderança ao empreender um conjunto de reformas estruturais, o que lhe possibilitou implantar uma política em favor dos trabalhadores, articulada pelo fortalecimento e mobilização das organizações sindicais. Em consonância com essas mudanças, ocorria o processo de transferência do carisma pessoal de Getúlio Vargas para Goulart, que o elegia como o principal herdeiro de sua obra e sucessor no trabalhismo. Com o legado getulista e o apoio do operariado, Jango legitimava-se como uma referência popular, reformista e nacionalista nos anos 1950.
  • 2006-07 Teologia da Libertação: Revolução e reação interiorizadas na Igreja
    Título
    Teologia da Libertação: Revolução e reação interiorizadas na Igreja
    Autor
    Sandro Ramon Ferreira da Silva
    Orientador(a)
    Denise Rollemberg Cruz
    Data de Defesa
    2006-07-31
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    143
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Daniel Aarão Reis Filho
    Denise Rollemberg Cruz
    Marcelo Bittencourt Ivair Pinto
    Marcelo da Silva Timotheo da Costa
    Maria Paula Nascimento Araújo

    Resumo
    Esta dissertação aborda as transformações sofridas pela Igreja Católica Romana ao longo do século XX e, principalmente na sua segunda metade, quando vários setores do clero na América Latina passaram a identificar-se com as causas das esquerdas do continente e com a questão do homem pobre. Dessa metamorfose, brotou o ideal de libertação das classes empobrecidas e das nações latino-americanas. Desenvolveram uma nova reflexão teológica voltada para os anseios e necessidades desse homem e dessa sociedade: a Teologia da Libertação. Tal reflexão, nascida a partir de uma nova práxis do clero, dialogava com as novas concepções políticas, cada vez mais radicalizantes, que surgiam no continente, animadas pelo mito da revolução e pelo mito do foco, após a vitória de Fidel Castro, em 1959. E também com a elaboração da teoria da Dependência, que pressupunha a ruptura com os grandes centros financeiros do mundo capitalista como a única forma de libertar a América Latina da condição de opressão na qual se encontrava. Dialogava ainda, com os novos posicionamentos da Santa Sé, a partir dos documentos do Concílio Vaticano II, mas, sobretudo, das encíclicas de João XXIII e Paulo VI, Pacem in Terris e Populorum Progressio, respectivamente. As novas posições geraram muitos conflitos e impasses, tanto no interior da Igreja Católica quanto nas sociedades latino-americanas, tornando-se a Teologia da Libertação (TL) objeto de muitos ataques, mas também, de muitas disputas. No Brasil, assumiu função ideológica hegemônica na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e foi fundamental na constituição das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), dentro do processo de transição política que o país vivia, saindo do regime civil-militar e retornando ao Estado de Direito. Na América Central e na Nicarágua, principalmente, assumiu um caráter mais explosivo e tornou-se parte integrante dos novos valores simbólicos, assumidos pela Frente Sandinista de Libertação Nacional, durante o processo revolucionário do país. Após 1984, foi ostensivamente combatida pela Santa Sé e pelas novas políticas do papa João Paulo II, para a Igreja latino-americana.


  • 2006-07 A arte no coletivo de cultura do movimento dos trabalhadores sem terra (1996 - 2006 )
    Título
    A arte no coletivo de cultura do movimento dos trabalhadores sem terra (1996 - 2006 )
    Autor
    Tania Mittelman
    Orientador(a)
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Data de Defesa
    2006-07-28
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    166
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Claudio Roberto Marques Gurgel
    Hiran Roedel
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    A dissertação objetivou identificar as concepções de arte e cultura presentes no Coletivo Nacional de Cultura do MST. Além disso, analisou os usos dos diferentes recursos artísticos estruturados pelo coletivo, destacando-se a produção musical, as artes plásticas e a dramaturgia no interior do movimento.
  • 2006-07 NOTÍCIAS DA BAHIA: A repercussão da revolta dos malês na Corte Imperial do Rio de Janeiro na primeira metade do século XIX
    Título
    NOTÍCIAS DA BAHIA: A repercussão da revolta dos malês na Corte Imperial do Rio de Janeiro na primeira metade do século XIX
    Autor
    Tatiane Silva Tereza
    Orientador(a)
    Humberto Fernandes Machado
    Data de Defesa
    2006-07-28
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    149
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Flávio Dos Santos Gomes
    Humberto Fernandes Machado
    Márcia de Almeida Gonçalves
    Mariza de Carvalho Soares
    Martha Campos Abreu

    Resumo
    Estudo da repercussão nos jornais fluminenses das notícias do Levante dos Malês - revolta de africanos, que professavam o Islã como religião, ocorrida em Salvador, em 1835 - e do debate estabelecido na imprensa acerca das cobranças feitas às autoridades de medidas repressivas sobre os africanos, escravos e libertos, que viviam na cidade do Rio de Janeiro, em face do clima de insegurança provocado por boatos de haitianismo - ou seja, o medo de uma insurreição nos moldes da ocorrida em São Domingos, Haiti, quando senhores brancos foram mortos por seus escravos - e de possíveis revoltas escravas nas mesmas proporções da ocorrida na Bahia, resultando na intensificação do controle aos africanos, como também, aos seus descendentes.
  • 2006-07 REVOLTAS DO QUEBRA-QUILOS: Levantes populares contra o Sistema Métrico Decimal
    Título
    REVOLTAS DO QUEBRA-QUILOS: Levantes populares contra o Sistema Métrico Decimal
    Autor
    Viviane de Oliveira Lima
    Orientador(a)
    Humberto Fernandes Machado
    Data de Defesa
    2006-07-27
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    142
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Gizlene Neder
    Humberto Fernandes Machado
    Márcia de Almeida Gonçalves
    Ricardo Henrique Salles
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    Esta pesquisa consiste no estudo das Revoltas do Quebra-Quilos, que ocorreram nos anos de 1874 e 1875, nas províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas, em reação à medida do Governo Imperial de adotar o sistema métrico francês, substituindo o antigo sistema de pesos e medidas no Brasil. A lei foi implantada no ano de 1862 e estabelecia um prazo de dez anos para que fosse gradativamente substituída e a população conscientizada de sua necessidade. No entanto, isto não foi feito e em 1872 o novo sistema entrou em vigor. Os governantes fundamentavam-se num discurso, de que estas mudanças viriam para modernizar, ordenar e civilizar o país, para assim serem bem vistos internacionalmente. Porém, os homens livres e pobres não compartilhavam desta idéia e desconfiados das mudanças impostas pelo governo, se revoltaram. Este trabalho buscará mostrar que as revoltas aconteceram, principalmente, por causa da insatisifação popular com a mudança do sistema de pesos e medidas, já que o antigo sistema encontrava-se bastante enraizado em seus costumes, hábitos e tradições. O comércio, as relações pessoais, e o cotidiano dos homens livres e pobres, possuíam uma ordem própria e, dessa forma, eles resistiram a idéia de ordenar um espaço, que no entender deles já estava ordenado. A imposição do sistema métrico francês representava a interferência direta do Governo na vida dos brasileiros. Iniciou-se então o movimento, onde os atos mais expressivos eram a quebra dos novos instrumentos de mediação, o que lhes rendeu o nome Quebra-Quilos.
  • 2006-07 OS FINS E SEUS MEIOS: DIPLOMACIA E PROPAGANDA NAZISTA NO BRASIL (1938-1942)
    Título
    OS FINS E SEUS MEIOS: DIPLOMACIA E PROPAGANDA NAZISTA NO BRASIL (1938-1942)
    Autor
    Igor Silva Gak
    Orientador(a)
    Jorge Luiz Ferreira
    Data de Defesa
    2006-07-27
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    131
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    André Luiz Vieira de Campos
    Denise Rollemberg Cruz
    Jorge Luiz Ferreira
    Luis Edmundo de Souza Moraes
    Marly Silva da Motta

    Resumo
    A presente dissertação estuda a propaganda nazista no Brasil entre 1938 e 1942. Nesse período o governo Vargas proibira qualquer tipo de difusão ideológica estrangeira em território brasileiro. Os diplomatas alemães, então, investiram na publicação de textos propagandísticos em português como alternativa para a propagação da ideologia nazista e como estratégia para buscar afastar o Brasil do aliados ocidentais depois do início do conflito na Europa. A metodologia consiste na análise dos textos publicados por Vicente Paz Fontenla em seus livros e no Boletim Mercantil de estudos político-econômicos documentados, e por Wladimir Bernardes na Gazeta de Notícias, um dos principais jornais do Rio de Janeiro no período. Além disso, buscou-se identificar uma possível relação entre a publicação desses textos e a orientação da pol´tica externa alemã do período.
  • 2006-07 A fiação de um Bairro: A fábrica Bangu e o seu Projeto Social (1930 a 1945 )
    Título
    A fiação de um Bairro: A fábrica Bangu e o seu Projeto Social (1930 a 1945 )
    Autor
    Luciana da Cunha Oliveira
    Orientador(a)
    Jorge Luiz Ferreira
    Data de Defesa
    2006-07-26
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    135
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Francisco Carlos Palomanes Martinho
    Jorge Luiz Ferreira
    Marco Aurélio Santana
    Norberto Osvaldo Ferreras

    Resumo
    Esta pesquisa analisa o papel da Companhia Progresso Industrial do Brasil conhecida como Fábrica Bangu, na urbanização e industrialização do bairro, mais especificamente o projeto industrial da companhia voltado para os benefícios sociais. Tomamos como ponto de referência o governo de Getúlio Vargas de 1930 a 1945 período que destaca o papel de maior interferência do Estado no campo social. Analisamos também a constituição da família banguense as memórias dos antigos moradores e operários buscando compreender como percebiam a fábrica e o bairro no contexto analisado.
  • 2006-07 SOB A LÓGICA DA DESCONFIANÇA: A POLÍCIA POLÍTICA E A CAMPANHA "O PETRÓLEO É NOSSO!" (1947-1953)
    Título
    SOB A LÓGICA DA DESCONFIANÇA: A POLÍCIA POLÍTICA E A CAMPANHA "O PETRÓLEO É NOSSO!" (1947-1953)
    Autor
    Angelissa Tatyanne de Azevedo E Silva
    Orientador(a)
    Jorge Luiz Ferreira
    Data de Defesa
    2006-07-26
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    159
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Denise Rollemberg Cruz
    Eliane Garcindo de Sá
    Jorge Luiz Ferreira
    Marly Silva da Motta
    Ricardo Figueiredo de Castro

    Resumo
    A dissertação de mestrado tem como objeto de estudo a atuação da Polícia Política no movimeto O petróleo é nosso que se evidenciou entre os anos de 947 e 1953. O tema envolve, portanto, o período de experiência democrática vislumbrado no Brasil a partir da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas. Neste contexto, busca-se tecer a rede de relações e de trocas materiais e simbólicas entre os diferentes agentes históricos da época. A tessitura desta rede evoca a caracterização de dois processos que se interligavam de formas diversas: a institucionalização e o acirramento das atividades da polícia política no Brasil e o advento do período democrático. Este é o eixo de reflexão da pesquisa, questão importante que me permite pensar como se constituía a idéia do que é impróprio e, portanto, passível de ser reprimido. A análise da atuação da Polícia Política demanda a preocupação com diferentes temas e conceitos que forjavam o caldo cultural da época. O nacional-estatismo, o ambiente de guerra-fria, o clima anti-comunista, o conceito de criminalidade política, a democracia brasileira do pós-guerra, o comunismo com doutrina política e ideológica, etc. A proposta é mostrar como o governo de regime democrático e um órgão policial agiram de modo a traçar a idéia do que é impróprio e, portanto, passível de ser reprimido politicamente. O conceito de criminalidade política aponta para um campo de forças peculiar. A Campanha do Petróleo servirá como chave de análise da atuação do órgão policial. Trata-se de um importante movimento civil, lugar privilegiado para se abordar os temas e conceitos aludidos anteriormente. Isto porque a campanha O petróleo é nosso se constituía a partir das premissas de soberania nacional e resguardo das reservas naturais ante a entrada dos inimigos externos, aproximando numa mesma bandeira política forças nacional-estatistas e comunistas. Neste processo os militares desempenharam um papel político relevante. A proposta de defesa e do monopólio estatal da exploração do petróleo era uma bandeira antiga de ala importante do meio militar.
  • 2006-07 O PAIZ E A GAZETA NACIONAL: Imprensa republicana e abolição . Rio de Janeiro, 1884-1888.
    Título
    O PAIZ E A GAZETA NACIONAL: Imprensa republicana e abolição . Rio de Janeiro, 1884-1888.
    Autor
    Andréa Santos da Silva Pessanha
    Orientador(a)
    Humberto Fernandes Machado
    Data de Defesa
    2006-07-25
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    211
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Eduardo Silva
    Humberto Fernandes Machado
    Keila Grinberg
    Marialva Carlos Barbosa
    Martha Campos Abreu
    Ricardo Henrique Salles

    Resumo
    O tema deste estudo é a relação entre república e abolição da escravatura, existente na imprensa republicana da cidade do Rio de Janeiro, entre 1884 e 1888. Os discursos sobre o fim do cativeiro e sobre o escravo veiculados nos jornais O Paiz e a Gazeta Nacional constituem o objeto específico. Pretendo compreender como os critérios de cidadania e de pertencimento à nação brasileira foram construídos, nestes jornais, a partir da articulação dos princípios do liberalismo e do etnocentrismo científico.


  • 2006-07 Cor, Identidade e Mobilidade Social: crioulos e africanos no Rio de Janeiro. (1870-1888)
    Título
    Cor, Identidade e Mobilidade Social: crioulos e africanos no Rio de Janeiro. (1870-1888)
    Autor
    Lucimar Felisberto Dos Santos
    Orientador(a)
    Martha Campos Abreu
    Data de Defesa
    2006-07-19
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    129
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Lugão Rios
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Keila Grinberg
    Martha Campos Abreu
    Sheila Siqueira de Castro Faria

    Resumo
    Este trabalho tem como objetivo investigar as estratégias de africanos e crioulos, no perímetro urbano do Rio de Janeiro, nas duas últimas décadas que antecederam a abolição da escravidão, tendo em vista seus projetos de ascensão social. A partir do resgate de algumas trajetórias de escravos, libertos e livres se pretende perceber os sentidos e os significados da mobilidade social, para este grupo em particular, e como a sociedade, em geral, teria influído de maneira positiva ou negativa neste projeto. Considerando a condição escrava de uma grande parcela deste grupo, será dada prioridade às estratégias pensadas para a conquista da alforria e as formas como elas se entrelaçavam às expectativas de uma sociedade que tentava se adaptar às mudanças socioeconômicas do período.


  • 2006-07 A Romanização no Egito: Direito e Religião (séculos I a. C. - III d. C.)
    Título
    A Romanização no Egito: Direito e Religião (séculos I a. C. - III d. C.)
    Autor
    Luís Eduardo Lobianco
    Orientador(a)
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Data de Defesa
    2006-07-19
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    429
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Claudia Beltrão da Rosa
    Edgard Leite Ferreira Neto
    Norma Musco Mendes
    Sônia Regina Rebel de Araújo
    Vânia Leite Fróes

    Resumo
    O objetivo desta tese é identificar a intensidade do desenvolvimento do processo de romanização no Egito, desde a conquista de Otávio (30 a.C.) até a promulgação do Edito de Caracala (212 d.C.), observando como atuavam o direito e a religião vigentes naquela província romana, junto aos quatro segmentos étnicos que compunham o seu tecido social no período acima referido: egípcios, judeus, gregos e romanos. O estudo de tais atividades é efetuado a partir de fontes textuais e iconográficas. As primeiras mostram a engrenagem jurídico-legal de todas as etnias acima citadas, bem como as práticas da religião judaica. As segundas revelam as manifestações espirituais politeístas. No que tange ao direito de egípcios, gregos e romanos, opero textos contidos nas coleções B.G.U. e Papiros de Oxirrinco. Em relação ao direito judaico utilizo tanto fragmentos do tratado O Decálogo, de Filão de Alexandria, quanto trecho do texto homônimo, presente na Torah. No que concerne ao politeísmo de egípcios, gregos e romanos, lanço mão de fontes iconográficas funerárias e imagens em reversos de moedas cunhadas em Alexandria, ao tempo da dinastia Antonina. Por fim, volto a textos da Torah para ilustrar pontos centrais da religião judaica. A Análise de Conteúdo é a metodologia empregada para analisar todas as fontes primárias acima citadas. Esta tese constata que, embora o processo de romanização tenha se instalado em território egípcio durante o domínio romano no período acima citado, os direitos indígenas de gregos e egípcios mantiveram-se em atividade, simultaneamente com o romano. O direito romano não apenas regulava as atividades jurídico-legais dos cidadãos romanos, mas também estendia sua influência a todas as etnias nativas do Egito, anterior à conquista de Otávio. O Decálogo foi preservado e a interferência da cultura clássica nele ocorrida, foi a presença da filosofia grega, na exegese bíblica de Filão. No âmbito da religião, observa-se que tanto o judaísmo, quanto as práticas politeístas continuaram a ser praticados. A iconografia, embora híbrida, revelou significativa presença de elementos espirituais faraônicos e gregos, bem mais consistentes do que os romanos.


  • 2006-06 Quem Tem Padrinho Não Morre Pagão: As relações de compadrio e apadrinhamento de escravos numa Vila Colonial (Mariana, 1715-1750)
    Título
    Quem Tem Padrinho Não Morre Pagão: As relações de compadrio e apadrinhamento de escravos numa Vila Colonial (Mariana, 1715-1750)
    Autor
    Moacir Rodrigo de Castro Maia
    Orientador(a)
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Data de Defesa
    2006-06-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    216
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Mariza de Carvalho Soares
    Renato Pinto Venâncio
    Sheila Siqueira de Castro Faria

    Resumo
    Este estudo analisa as relações de compadrio e apadrinhamento de escravos adultos e inocentes estabelecidas no difundido ato do batismo cristão em Mariana, importante centro minerador da Capitania de Minas Gerais na primeira metade do século XVIII (1715-1750). A necessidade de criação de laços de parentesco em uma nova terra fez com que africanos utilizassem a celebração do batizado para reforçar as identidades étnicas. Com esse fim, analisou-se os laços de apadrinhamento estabelecidos entre cativos minas e mais especificamente, dos provenientes da Terra de Courá. E como esses escravos, chamados couranos, se reorganizaram no cativeiro, tendo como base suas heranças. Por outro lado, procurou-se entender as múltiplas relações sociais estabelecida no compadrio dos inocentes e como os arranjos das famílias escravas foram fundamentais no reforço dos vínculos entre os parentes espirituais. Por fim, ao analisar variados corpos documentais procurou-se investigar os significados desse laço parental para a população mineira e como os diferentes atores sociais recriaram os sentidos do compadrio e deles se utilizaram, muitas vezes, para proteger as relações familiares.
  • 2006-06 O Encilhamento e a Economia de Juiz de Fora: O Balanço de uma Conjuntura (1888-1898)
    Título
    O Encilhamento e a Economia de Juiz de Fora: O Balanço de uma Conjuntura (1888-1898)
    Autor
    Marcus Antônio Croce
    Orientador(a)
    Cezar Teixeira Honorato
    Data de Defesa
    2006-06-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    306
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Anderson José Pires
    Carlos Gabriel Guimarães
    Cezar Teixeira Honorato
    Geraldo de Beauclair Mendes de Oliveira

    Resumo
    O trabalho presente, tem como finalidade demonstrar como a conjuntura do Encilhamento (política econômica inserida no final do período imperial e no início do período republicano) influenciou no cotidiano sócio-econômico da região da Zona da Mata do Estado de Minas Gerais, em especial na sua cidade pólo, Juiz de Fora. Vemos que o Encilhamento, foi uma política econômica elaborada para uma nova forma produtiva no país. O fim da forma de trabalho escravo, contribuiu na transformação de investimentos em ativos. Investimentos que antes eram efetivados em grande porcentagem em ativos imobilizados como terras, benfeitoria e escravos, começavam a ceder espaços para papéis como, títulos, ações e dívida pública. Tal transformação, possibilita um aumento significativo dos ramos de produção em Juiz de Fora, e uma grande diversificação setorial. Uma das formas de visualizarmos tais diversificações setoriais, e apontada com destaque nessa pesquisa, é a crescente abertura de sociedades anônimas que Juiz de Fora viveu naquele momento. As sociedades anônimas inauguradas, nos setores financeiro, energético, ensino, agrícola, industrial e comercial, delineavam a infra-estrutura urbana de Juiz de Fora. A cidade constituía então, uma estrutura urbana, compatível com as dos maiores centros do país, sendo uma das poucas a possuir um sistema próprio de transportes, eletricidade, financeiro e industrial. A contribuição dos setores diversos nesse período, mostram que, existiram movimentações especulativas no mercado de capitais local, porém, o movimento de produção alcançou uma magnitude muito superior. Apesar de presenciarmos na conjuntura do Encilhamento, especulação e solidez caminharem lado a lado, pudemos observar que a solidez em Juiz de Fora se sobressaiu sobre a especulação. O resultado do balanço da conjuntura do Encilhamento em Juiz de Fora, demonstra que estabelecimentos importantes, existentes no mercado de capitais da cidade até os dias atuais, se originaram no período analisado. Aponta também que, os investimentos realizados em Juiz de Fora, sobretudo por agentes locais, durante o Encilhamento, influenciaram de forma direta na evolução sócio-econômica atingida pelo município.


  • 2006-06 E saíram à luz as novas coleções de Polcas, modinhas, lundus, etc. - Música popular e impressão musical no Rio de Janeiro (1820-1920).
    Título
    E saíram à luz as novas coleções de Polcas, modinhas, lundus, etc. - Música popular e impressão musical no Rio de Janeiro (1820-1920).
    Autor
    Mônica Neves Leme
    Orientador(a)
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Data de Defesa
    2006-06-29
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    326
    Volumes
    2
    Banca de Defesa
    Aníbal Francisco Alves Bragança
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    José Roberto Zan
    Marcia Ermelindo Taborda
    Martha Campos Abreu
    Martha Tupinambá de Ulhôa
    Nelson Schapochnik

    Resumo
    No Brasil, o processo de autonomização do campo da música teve início logo após a chegada ao Rio de Janeiro da corte portuguesa, pois esta passou a servir de pólo dinamizador para um potencial mercado cultural e, em particular, para o da música. Após a implantação da Impressão Régia em 1808, a edição musical não tardou a constituir um dos mais importantes instrumentos nessa direção. Assim, ao transformar a música, pela primeira vez no país, em bem de consumo, em mercadoria, o setor gerou, a partir de 1824, o embrião do que, mais tarde, veio a ser conhecido como indústria cultural. Tal desenvolvimento implicou no advento de novas técnicas de impressão em geral, como a litografia; na entrada de capitais financeiros e culturais provenientes do exterior: na criação de um ativo comércio de partituras e instrumentos musicais, por meio de numerosas empresas; no surgimento e consolidação de diferentes espaços de produção e consumo musicais, como teatros, clubes e festas privadas; na ampliação do número de professores e de instituições de instrução musical; e, não menos importante, em um intenso debate ideológico, conduzido por pensadores que pretendiam estabelecer os traços fundamentais, inclusive musicais, que definiam a identidade do Brasil-nação com que sonhavam. No entanto, como muitos desses participantes estavam organizamente envolvidos com o nascente mercado musical, este acabou por refletir aquele debate e a orientar-se por ele, o que levou à criação de segmentos, de nichos de mercado, em que se moldaram gostos e formatos musicais originais, como a polca-lundu e o maxixe. O resultado foi o aparecimento, num momento posterior, com o disco e o rádio, do que passou a ser reconhecido e consagrado como música popular.
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