Thèses
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2007-08 A Luta Armada Gaúcha contra a Ditadura Militar nos anos 1960 e 70.TítuloA Luta Armada Gaúcha contra a Ditadura Militar nos anos 1960 e 70.Autor
Fábio André Gonçalves Das ChagasOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2007-08-29Nivel
DoutoradoPáginas
292Volumes
1Banca de DefesaBeatriz KushnirDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Palomanes MartinhoLuis Edmundo de Souza MoraesMaria Paula Nascimento AraújoSamantha Viz Quadrat
ResumoEste trabalho consiste no resgate histórico do movimento gaúcho de luta armada contra a ditadura militar dos anos 1960-70. A fim de interpretar um período compreendido entre 1964 e 71, propomos como inteligibilidade a articulação deste movimento com as tradições políticas do estado do Rio Grande do Sul. Com isto, operamos uma relação entre curta e longa durações, de sorte que procuramos explicar porque a luta revolucionária gaúcha não correspondeu às suas tradições guerreiras. Ademais, alçamos ao patamar da historiografia sobre o tema não apenas o caso gaúcho, mas também a idéia de uma luta contra a ditadura transcorrida sob a forma de duas vagas revolucionárias, sendo a primeira delas, protogonizado pelas revolucionários gaúchos.
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2007-08 Magistrados e Negociantes na Corte do Império do Brasil: O Tribunal do Comércio (1850-1875)TítuloMagistrados e Negociantes na Corte do Império do Brasil: O Tribunal do Comércio (1850-1875)Autor
Edson Alvisi NevesOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2007-08-28Nivel
DoutoradoPáginas
388Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGizlene NederGladys Sabina RibeiroLeonardo GrecoNadia de AraujoRicardo Perlingeiro Mendes da SilvaThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEste trabalho contemplou um estudo sobre o Tribunal do Comércio do Brasil imperial através de sua trajetória e de seus membros. Privilegiou a observação das interfaces dos magistrados e dos comerciantes com os setores privados e públicos da época, donde se conclui pela existência da formação de grupos de interesses naquelas estruturas. Na estrutura estatal observou-se a montagem do tribunal objeto no aparato burocrático, a relação de subordinação frente ao demais Poderes do Estado e sua flexibilidade frente às pressões externas. Na perspectiva de levantar os antecedentes do tribunal em estudo, resgatou-se a formação histórica do Direito Comercial, do Código Comercial no contexto brasileiro e as pressões para a sua revogação. Concluiu-se ressaltando a importância do Tribunal do Comércio, os avanços da sua regulamentação processual e a autonomia do próprio Direito Comercial.
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2007-08 Na contramão do sentido: Origens e trajetória do PT de Feira de Santana (BA) - 1979-2000.TítuloNa contramão do sentido: Origens e trajetória do PT de Feira de Santana (BA) - 1979-2000.Autor
Igor Gomes SantosOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2007-08-28Nivel
MestradoPáginas
317Volumes
1Banca de DefesaEurelino Teixeira Coelho NetoGelsom Rozentino de AlmeidaMarcelo Badaró MattosVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoO objetivo da dissertação é discutir a trajetória do PT de Feira de Santana, em especial, sua relação com os trabalhadores da cidade. Ao seguir as pistas de Gramsci, destacamos como proposta metodológica para tratar da história de um partido político, aquilo que ele chamou de "eficiência real, isto é, analisar a atuação do PT de Feira de Santana nas Lutas de classes, nas diversas esferas de atuação política e organizativa.
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2007-08 O SENHOR DA ORDENAÇÃO: Um estudo da relação entre o faraó Akhenaton e as oferendas divinas e funerárias durante a Reforma de Amarna (1353-1335 a.C.)TítuloO SENHOR DA ORDENAÇÃO: Um estudo da relação entre o faraó Akhenaton e as oferendas divinas e funerárias durante a Reforma de Amarna (1353-1335 a.C.)Autor
Gisela ChapotOrientador(a)
Marcos José de Araújo CaldasData de Defesa
2007-08-27Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoCláudia Andréa Prata FerreiraClaudia Beltrão da RosaMarcos José de Araújo Caldas
ResumoO presente trabalho pretende realizar uma análise da função cósmico-social desempenhada pelo monarca egípcio, enfatizando a relação do mesmo com a provisão de oferendas divinas e funerárias - elementos imprescindíveis para garantir a ordenação do universo – Maat - no mundo dos deuses, mortos e vivos. Com base na premissa do "faraó como um sacerdote solar" - texto proveniente do Reino Médio no qual explicitava as funções que o governante deveria exercer para que a ordem supracitada não fosse acossada por elementos caóticos – legitimou, por milênios, a posição privilegiada do rei cujas ações rituais visavam repelir a transgressão Isefet. Todavia, nossa análise centrou-se em um momento bastante particular da história faraônica - a Reforma de Amarna (1353 – 1335 a.C.) inserida no contexto do Reino Novo (1550 – 1069 a.C.) fase em que o Egito atingiu o "status" de um grande Império no Oriente Próximo. Deste modo, com base no referido texto do sacerdote solar, pretendemos analisar o papel do faraó Akhenaton, cujas modificações político-religiosas nos permitiu observar certas alterações (ou ênfases) em elementos os quais estiveram tradicionalmente muito bem estruturados dentro da sociedade egípcia antiga por milênios.
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2007-08 O LEME ESPIRITUAL DO NAVIO MERCANTE: a missionação calvinista no Brasil holandês (1630-1654)TítuloO LEME ESPIRITUAL DO NAVIO MERCANTE: a missionação calvinista no Brasil holandês (1630-1654)Autor
Maria Aparecida de Araujo Barreto RibasOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2007-08-24Nivel
DoutoradoPáginas
228Volumes
1Banca de DefesaGeorgina Silva Dos SantosJoão Azevedo FernandesJuliana Beatriz Almeida de SouzaMaria Cristina PompaMaria Regina Celestino de AlmeidaRonald José RaminelliRonaldo Vainfas
ResumoO objetivo desta tese é analisar historicamente a presença da Igreja Calvinista no Brasil holandês de 1630 a 1634 e, de modo particular, a sua missionação entre grupos indígenas que, a esta altura, já se encontravam aldeados e catequizados pelas ordens religiosas católicas, sobretudo pela Companhia de Jesus. O trabalho aborda a apropriação calvinista dos saberes católicas - principalmente da língua geral -, construídos ao longo do século XVI, bem como os problemas que se colocaram no bojo do processo de (re) catequização dos índios; demonstra, ainda, que as especificidades da missionação calvinista demandaram a elaboração de um corpus de literatura religosa - um catecismo, em especial - para a efetiva evangelização dos brasilianos, projeto que passava, portanto, pelo letramento dos ameríndios, quer dizer, por ensiná-los a ler e escrever; e, por fim, o trabalho enfatiza, através do estudo da apropriação da língua geral e da elaboração de um corpus de literatura devocional nesta língua, o desencandeamento de conflitos no terreno cultural - e na cultura religiosa, em particular.
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2007-08 O paladino dos hereges: a defesa dos cristãos- novos e judeus pelo Padre Antônio VieiraTítuloO paladino dos hereges: a defesa dos cristãos- novos e judeus pelo Padre Antônio VieiraAutor
Salomão Pontes AlvesOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2007-08-24Nivel
MestradoPáginas
113Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresGeorgina Silva Dos SantosRogério de Oliveira RibasRonaldo Vainfas
ResumoO presente trabalho é uma continuação e aprofundamento da minha monografia de final de curso, concluída sob o título de "Portugal, judeus e cristãos novos na vida do Padre Antônio Vieira", no ano de 2004, sob a orientação do professor Ronaldo Vainfas. Figura extremamente instigante e sedutora, Vieira foi objeto de estudo de intelectuais de diversas áreas das ciências humanas, sempre tendo aspectos inovadores sendo abordados. No que diz respeito ao presente trabalho, trabalharemos a defesa do insigne jesuíta aos cristãos-novos e judeus no reino de Portugal, característica por demais notada em todos os estudos a seu respeito. Entretanto, a maioria dos trabalhos que tratam desta caracterísitca da vida do padre valorizam muito o seu aspecto econômico em detrimento de outros. Desta maneira buscaremos relacionar esta defesa aos aspectos econômicos, os quais são inegáveis, mas também buscaremos mostrar que ela o extravasa, estando relacionada também ao seu pensamento profético-messiânico, que pregava um destino glorioso português, fazendo eco uma tradição que foi construída em Portugal ao longo dos séculos.
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2007-08 O profeta e a Umma: a formação da comunidade político-religiosa de Medina no século VIITítuloO profeta e a Umma: a formação da comunidade político-religiosa de Medina no século VIIAutor
Daniele Sandes da SilvaOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2007-08-23Nivel
MestradoPáginas
120Volumes
1Banca de DefesaAndréia Cristina Lopes Frazão da SilvaEdmar Checon de FreitasLeila Rodrigues da SilvaMário Jorge da Motta Bastos
ResumoPor volta de 622 d.C., Muhammad, Profeta do Islã, migra da cidade de Meca para Medina. O acontecimento também conhecido como Hégira, não marca somente o início do calendário muçulmano, mas também a instauração de uma comunidade política e religiosa, que rompe em alguns aspectos com a sociedade tribal e se apropria de outros elementos, dando-lhes um novo sentido. Esta dissertação tem como objetivo principal analisar as expressões, sobretudo no campo político, de ruptura e continuidade presentes no discurso das nossas fontes de pesquisa: o Alcorão e as poesisas pré-islâmicas. Estes aspectos evidenciam-se, principalmente, nas referências sobre religião, guerra e parentesco que constituem os três grandes temas deste trabalho.
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2007-08 HISTORIOGRAFIA E PARADIGMAS: A Tradição Primitivista-Substantivista e a Grécia Antiga.TítuloHISTORIOGRAFIA E PARADIGMAS: A Tradição Primitivista-Substantivista e a Grécia Antiga.Autor
Alexandre Galvão CarvalhoOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
2007-08-22Nivel
DoutoradoPáginas
260Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaCiro Flamarion Santana CardosoClaudia Beltrão da RosaFábio Duarte JolyMarcelo Aparecido RedeSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoO objetivo deste trabalho é investigar a sociedade grega antiga por meio dos trabalhos dos autores paradigmáticos da tradição primitivista-substantivista. Esta tradição nasceu no final do século XIX, na Alemanha, dentro do contexto de debates científicos centrando no oikos, sob a influência da tradição histórica alemã. Karl Bücher, um economista, lançou as bases desta tradição, defendendo que uma organização econômica baseada no oikos foi predominante durante toda a Antiguidade, dentro de uma perspectiva evolucionista. Max Weber repensou a hipótese de Bücher e, adotando algumas das críticas dos historiadores alemães a Bücher, redefiniu os paradigmas da tradição, colocando a pólis no centro dos argumentos primitivistas. Hsebroek seguiu Weber, porém, dirigiu críticas violentas contra a tradição modernista. Karl Polanyi, que foi o responsável pela introdução do substantivismo na tradição inaugurada por Bücher e seguida por Weber, desenvolveu estudos em uma perspectiva antropológica, removendo os resquícios neoclássicos da tradição e redimensionando o conceito formalista do mercado. Moses Finley, sob a influência da História Social, deu contornos finais a esta tradição, juntamente com os argumentos antiformalistas baseados em uma análise social centrada no papel dos diferentes grupos de status e na importância da cidadania. Os trabalhos destes autores contribuíram para o nascimento e consolidação da ciência histórica moderna, inserindo a História Antiga na corrente da Historiografia moderna.
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2007-08 No Gozo dos Direitos Civis: associativismo no Rio de Janeiro, 1903-1916TítuloNo Gozo dos Direitos Civis: associativismo no Rio de Janeiro, 1903-1916Autor
Vitor Manoel Marques da FonsecaOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2007-08-21Nivel
DoutoradoPáginas
311Volumes
1Banca de DefesaBeatriz KushnirGizlene NederGladys Sabina RibeiroIsmênia de Lima MartinsLená Medeiros de MenezesMarco MorelTherezinha Barcellos Baumann Zavataro
ResumoNo início do século XX, um grupo significativo de intelectuais creditava à insolidariedade do brasileiro muitos dos problemas de nossa sociedade. No entanto, pesquisas empíricas demonstram a existência no Rio de Janeiro, entre 1903 e 1916, de um grande número de associações, de diferentes tipos, algumas só autorizadas para funcionamento e outras, mais detidamente estudadas, que cumpriram uma série de formalidades burocráticas para adquirirem personalidade jurídica. A reflexão sobre a motivação dessas sociedades, seu funcionamento, admininstração e os membros que congregavam frente às condições sociais da cidade do Rio de Janeiro e a legislação que as regulava, as caracteriza e avalia como locus privilegiado do exercício da cidadania de boa parte da população.
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2007-08 Entre idéias e ações: lepra, medicina e políticas públicas de saúde no Brasil (1894-1934)TítuloEntre idéias e ações: lepra, medicina e políticas públicas de saúde no Brasil (1894-1934)Autor
Dilma Fátima Avellar Cabral da CostaOrientador(a)
André Luiz Vieira de CamposData de Defesa
2007-08-06Nivel
DoutoradoPáginas
410Volumes
1Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposFlávio Coelho EdlerGilberto HochmanJorge Luiz FerreiraMagali Gouveia EngelRoberto Godofredo Fabri FerreiraSimone Petraglia Kropf
ResumoO trabalho que apresentamos tem por objetivo analisar a estruturação do conceito de lepra no meio médico brasileiro e identificar o conjunto de intervenções propostas para o controle da doença, através da montagem de um aparato burocrático baseado em leis, regulamentos sanitários e medidas profiláticas. Definimos como marcos cronológicos de nossa análise os anos de 1894, quando se estabeleceu o Laboratório Bacteriológico do Hospital dos Lázaros do Rio de Janeiro, e 1934, quando foi extinta a Inspetoria de Profilaxia da Lepra. Em torno destas balizas analisaremos o processo de instituição da lepra como um fenômeno patológico singular, seu estabelecimento como uma ameaça sanitária e as respostas institucionais que o Estado brasileiro formulou ao torná-la objeto de suas políticas públicas. A análise dos elementos que foram utilizados e os esforços realizados para tal empreendimento obedeceu do princípio que estas variáveis eram a feição externa do mesmo processo, que procurava conferir-lhe um lugar entre as endemias nacionais.
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2007-07 Economia, Sociedade e Paisagens da Capitania e Comarca de Ilhéus no Período ColonialTítuloEconomia, Sociedade e Paisagens da Capitania e Comarca de Ilhéus no Período ColonialAutor
Marcelo Henrique DiasOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2007-07-27Nivel
DoutoradoPáginas
424Volumes
2Banca de DefesaÂngelo Alves CarraraCarlos Gabriel GuimarãesFrancisco Carlos Teixeira da SilvaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJoão Luís Ribeiro FragosoMárcia Maria Menendes MottaSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoTrata-se de um estudo panorâmico sobre a formação das estruturas agrárias no território da antiga capitania de Ilhéus ao longo do período colonial. Na primeira parte é feita uma análise do mercado no qual a Capitania se inseria, os produtos que demandava, os circuitos comerciais de alcance regional e as articulações mercantis com outras partes da América portuguesa e mesmo do além-mar, os mecanismos de negócios etc. Na segunda parte são apresentadas as estruturas da produção agrária propriamente ditas, as áreas de incidência de lavouras e suas produções, as vias de circulação e as feitorias de madeira. Considerou-se que a dinâmica dos espaços econômicos da antiga Capitania corresponde ao grau de articulação dos mesmos com os centros irradiadores de demanda e capital.
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2007-07 CIDADE DO SOM: HISTORIA, MÚSICA E MEMÓRIATítuloCIDADE DO SOM: HISTORIA, MÚSICA E MEMÓRIAAutor
Cláudia Maria Calmon ArrudaOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2007-07-13Nivel
MestradoPáginas
217Volumes
1Banca de DefesaAlberto Moby Ribeiro da SilvaDaniel Aarão Reis FilhoIsmênia de Lima MartinsNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoEste trabalho aborda a trajetória de vida de oito moradores e ex-moradores do Conjunto Residencial Cidade do Som, localizado no bairro suburbano do Engenho da Rainha, na cidade do Rio de Janeiro. Para o desenvolvimento da pesquisa utilizou-se o aporte teórico-metodológico oferecido pela micro-história e pela história oral. As entrevistas foram balizadas por questões-chaves que tinham por objetivo traçar o perfil de cada entrevistado. A coleta de dados reuniu registros orais, fotográficos, além de uma série de documentos obtidos em órgãos públicos e de propriedade dos depoentes. A pesquisa analisa questões ligadas à evoluçãourbana da Cidade; as políticas habitacionais desenvolvidas pelo Banco Nacional de Habitação (BNH); as dificuldades do exercício da profissão de músico; o fenômeno migratório; a questão do autoritarismo em fases diversas de nossa vida política; a relação dos depoentes com os diferentes governos; e o individualismo, fruto da ideologia liberal que marcou as escolhas individuais de cada entrevistado. Estes temas foram dimensionados e relacionados com aspectos sócio-econômicos e políticos da sociedade brasileira, a fim de mostrar seus reflexos na vida do grupo investigado.
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2007-07 TRABALHO, GREVES E FUTEBOL: Luta, Identidade e Sociabilidade na Formação da Classe Trabalhadora Friburguense (1911-1933)TítuloTRABALHO, GREVES E FUTEBOL: Luta, Identidade e Sociabilidade na Formação da Classe Trabalhadora Friburguense (1911-1933)Autor
Victor EmrichOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2007-07-11Nivel
MestradoPáginas
153Volumes
1Banca de DefesaMarcelo Badaró MattosMarcos Alvito Pereira de SouzaRicardo da Gama Rosa CostaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEste trabalho centra sua análise na formação da classe trabalhadora em Nova Friburgo no período constituído entre 1911 e 1933, entendendo como fundamentais as relações decorrentes do conflito entre capital e trabalho. O recorte cronológico tem por idéia localizar o início do processo de consolidação das indústrias na cidade, ainda em 1911, visualizando, neste momento, disputas entre grupos da classe dominante que culminariam na "Noite do Quebra-Lampiões", envolvendo também outros atores, como as classes populares. A partir de então, a classe operária em formação levantaria várias bandeiras de protestos coletivos, redundando em algumas greves durante a década de 1910 e 1920. Embora algumas não tenham obtido o conjunto de suas reivindicações, contribuíram para um profundo amadurecimento da classe, que ficaria patente na grande greve de 1933, envolvendo várias forças e vários atores sociais. Portanto, desenvolvo a hipótese de que a classe trabalhadora friburguense passou por um processo de fazer-se entre 1911 e 1933, e que a visão harmoniosa que se tentou associar à cidade – como o mito da "Suíça Brasileira – não se revelava na prática, haja vista os vários momentos de enfrentamento entre trabalhadores e capitalistas. Contudo, uma parte significativa dessa consciência de classe que se forjara, estaria diretamente ligada às formas de sociabilidade desses trabalhadores e, de maneira especial, ao futebol. Numa cidade que dificultava o contato entre operários, em função da distribuição espacial das fábricas, o esporte bretão surgia como uma possibilidade de criação de laços identitários, como a fundação do Esperança Foot-Ball Club mostraria. Porém, antes mesmo da criação de tal clube, os dirigentes das fábricas – em sua maioria, alemães ou descendentes – fundariam também um time de futebol chamado Friburgo Foot- Ball Club. A partir da constituição desses dois clubes, é notário o quanto o campo de futebol se revestiu em uma arena de luta de classes, uma vez que muitos dos confrontos não terminaram de forma amistosa. E, tal situação se agravaria ainda mais, quando da criação de um terceiro clube, surgido de dentro do Friburgo F. C., que seria o Fluminense A. Club, complexificando ainda mais as disputas futebolísticas na cidade. Assim, através do futebol e das várias organizações de classe – entre as quais, o Partido Comunista e os Sindicatos – foi possível aos trabalhadores se identificarem e atuarem enquanto classe, como a greve de 1933 provaria.
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2007-06 Laços da Senzala, Arranjos da Flor de Maio: relações familiares e de parentesco entre a população escrava e liberta - Juiz de Fora (1870-1900)TítuloLaços da Senzala, Arranjos da Flor de Maio: relações familiares e de parentesco entre a população escrava e liberta - Juiz de Fora (1870-1900)Autor
Raquel Pereira FranciscoOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2007-06-11Nivel
MestradoPáginas
225Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Lugão RiosHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroRoberto Guedes FerreiraSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoEsta dissertação tem por objetivo analisar as relações familiares e de parentesco entre a população escrava e liberta do município cafeicultor de Juiz de Fora, localizado na Zona Mata de Minas Gerais, entre o período de 1870-1900. Através da análise de assentos de batismos/nascimentos e matrimônios, processos de tutelas de menores afrodescendentes, inventários post-mortem, testamentos e jornais pretende-se examinar as estratégias forjadas pelos escravos para ampliarem suas redes de sociabilidade e de solidariedade através das alianças matrimoniais e das relações de compadrio, instituídas por meio do batismo cristão, com indivíduos da mesma posição social ou distinta e as lutas que travaram para terem seus laços de família reconhecidos pela sociedade e para mantê-los quando da conquista da liberdade. Para o pós-abolição procura-se analisar, através da utilização dos mesmos tipos de fontes consultadas para o período escravista, a importância dada pelos libertos a seus arranjos familiares e de parentesco ao reconhecerem os filhos que tiveram no s tempos de cativeiro, as lutas que travaram para reunirarem seus entes, e para que seus vínculos familiares fossem reconhecidos e respeitados pela sociedade.
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2007-06 DIZERES EM CONFRONTO: A Revolta dos Posseiros de 1957 na Imprensa ParanaenseTítuloDIZERES EM CONFRONTO: A Revolta dos Posseiros de 1957 na Imprensa ParanaenseAutor
Éverly PegoraroOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2007-06-11Nivel
MestradoPáginas
Volumes
Banca de DefesaBeatriz KushnirIsmênia de Lima MartinsMárcia Maria Menendes MottaMaria Verónica Secreto Ferreras
ResumoEsta pesquisa reflete sobre a participaão da imprensa na Revolta dos Posseiros de 1957. Parte-se do pressuposto de que jornalismo é mediação simbólica e de que as estruturas narrativas têm papel ativo na criação e descrição da realidade histórica. O estudo faz uma análise comparativa do discurso jornalístico acerca do levante entre os periódicos paranaenses Gazeta do Povo e O Estado do Paraná. Além disso, apresenta as rádios Colméia de Pato Branco e Francisco Beltrão,com seu envolvimento direto no conflito. A revolta envolveu a disputa das mesmas terras entre os governos estadual e federal, companhias de terras, colonos e posseiros, no Sudoeste do Paraná, resultando em violências, mortes e desentendimentos políticos. A análise contempla o período mais intenso e violento, entre os meses de setembro e novembro, quando colonos e posseiros organizaram-se e expulsaram as companhias de terras e os jagunços por elas contratados, além de exigir a designação de novas autoridades municipais.
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2007-05 Cenários Cariocas: O Ballet da juventude entre a tradição e o moderno.TítuloCenários Cariocas: O Ballet da juventude entre a tradição e o moderno.Autor
Ana Beatriz Fernandes CerbinoOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2007-05-22Nivel
DoutoradoPáginas
286Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAntonio Herculano LopesMaria Bernardete Ramos FloresMartha Campos AbreuPaulo Knauss de MendonçaRoberto Wagner Pereira
ResumoO objetivo dessa tese é apresentar a história do Ballet da Juventude, primeira companhia de dança privada do Brasil, que existiu de 1945 a 1956. A fim de compreender sua formação e o modelo seguido por seus criadores, Jaques Corseuil e Sansão Castello Branco, e seus organizadores a Federação Atlética dos Estudantes (FAE) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), na Parte I é lançado um olhar para os Ballets Russes de Diaghilev, que instaurou o paradigma de uma moderna companhia de balé, ao mostrar no palco e no corpo a relação entre a tradição e o moderno. Essa relação também é investigada nas obras dos coreógrafos Vaslav Nijinsky e Léonid Massine que, ao proporem novas possibilidades de movimentação, influenciaram outros criadores. Ao mesmo tempo, busca-se nas formulações nacionais do Estado Novo os ideais que sustentaram esse projeto, e como esse se inseriu no contexto social abrangente do Brasil na década de 1940. Fontes visuais, como filmes, documentários e fotos, além de uma vasta bibliografia sobre os temas abordados foram aqui utilizadas. Na Parte II, são observadas as mudanças instituídas no espaço urbano do Rio de Janeiro no início do século XX, e como essa reestruturação, que objetivou inserir a cidade, e o país, no circuito internacional da belle-époque, também pode ser percebida a partir do diálogo entre corpo e dança. Entende-se a cidade como o lugar em que ocorre a apropriação de diferentes práticas e usos do corpo e como a representação que daí surge está situada entre o erudito e o popular, além da tradição e do moderno. As três temporadas do Original Ballet Russe, herdeiro do legado diaghileviano, realizadas no Rio de Janeiro, nos anos de 1942, 1944 e 1946, que marcaram fortemente o cenário artístico da cidade, são analisadas a partir das críticas de Jaques Corseuil publicadas nos jornais e revistas da época. A Parte III focaliza o processo de constituição da companhia, e os ideiais educacionais em prol do ‘desenvolvimento do povo brasileiro‘ defendidos por seus idealizadores. Entende-se que as fases vividas pelo Ballet da Juventude, durante seus dez anos de existência, articulam-se diretamente com as mudanças em curso na sociedade brasileira. A formulação de ‘balé moderno‘ defendidas por Igor Schwezoff, primeiro coreógrafo da companhia, e diretamente influenciado por Léonid Massine, também é apresentada nessa terceira parte. De grupo amador à ‘escola experimental de dança‘, até sua última apresentação, passando por uma breve, mas importante, fase de companhia profissional, todas as suas etapas são enfocadas a partir de matérias. Críticas e entrevistas publicadas na imprensa. Os acervos de Jaques Corseuil e Igor Schwezoff foram as principais fontes de pesquisa dessa Parte III.
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2007-05 LA LLORONA: mito e poder no MéxicoTítuloLA LLORONA: mito e poder no MéxicoAutor
Rosa Maria Spinoso de MontandonOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2007-05-16Nivel
DoutoradoPáginas
329Volumes
1Banca de DefesaGeorgina Silva Dos SantosJorge Luiz FerreiraMaria Helena Rolim CapelatoMaria Ligia Coelho PradoRachel SoihetRonald José RaminelliVera Lúcia Puga
ResumoA presente tese propõe uma aproximação histórica ao mito La Llorona, representação feminina de profundas raízes latino-americanas, especialmente no México, onde parece como o fantasma de uma mulher de branco, descabelada e chorosa, que clama pelos filhos, nas encruzilhadas dos caminhados, nos rios, lagos lagoas ou nascentes. Tal aproximação se faz sob três supostos teóricos diretamente relacionados entre si: a dialética feminina, o controle social, o discurso de autoridade, como instrumentos representativos, relacionais e funcionais do poder. Igualmente, o tema é abordado através de três perspectivas culturais também intimamente ligadas, a mítico-simbólica que remete à figura primordial da Grande Deusa, através das antigas deusas mexicanas e da tradição greco-latina; a histórico-literária, através dos intelectuais que se ocuparam de La Llorona; e a memória, individual e coletiva. Na realidade, esta última, pela amplidão e diversidade de formas com que se pode apresentar, e pela impossibilidade de esgotamento num único capítulo, ficou mais como uma possibilidade para futuras pesquisas,delineada na parte correspondente à atualidade do mito, nas reflexões finais do trabalho. E tudo dentro do marco histórico do processo de construção do Estado Nacional Mexicano, com a idéia de cidadania, o nascimento do nacionalismo e a busca por uma identidade nacional que pressupõem tais processos. De forma que o recorte cronológico foi situado no século XIX, embora com recuos até os séculos anteriores à conquista, passando por esta e pela colônia, e com projeções até o futuro no século XX, num tratamento que priorizou os aspectos temáticos por sobre a seqüência cronológica e a temporalidade linear convencional. Da mesma forma, foram utilizadas todas as categoriais de fontes que se puderam conseguir, inclusive as não convencionais, priorizando-se aquelas que pudessem fornecer informações pertinentes para o tema, por sobre sua origem e natureza. Finalmente, a estrutura de cada capítulo foi elaborada pensando-se na autonomia de cada um, com princípio, médio e fim, de maneira que sua leitura e compreensão independam do conhecimento do anterior.
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2007-04 A TRAJETÓRIA DA DESTRUIÇÃO: Índios e Terras no Império do BrasilTítuloA TRAJETÓRIA DA DESTRUIÇÃO: Índios e Terras no Império do BrasilAutor
Marina Monteiro MachadoOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2007-04-04Nivel
MestradoPáginas
132Volumes
1Banca de DefesaJosé Ribamar Bessa FreireMárcia Maria Menendes MottaRonald José RaminelliThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoLutas travadas por agentes sociais desiguais, os conflitos de terras foram constantes ao longo do século XIX no Brasil. Em meio aos conflitos, percebemos um crescente interesse sob as terras indígenas, que vinham sendo legitimadas enquanto tais desde os anos coloniais, e muitos esforços empreeendidos para conquistá-las. Para compreender este universo de disputas em torno de interesses, o trabalho se debruça sobre as leis produzidas na primeira metade do oitocentos, buscando compreender como este grupo social era encarado no interior da sociedade em gestação. Ao estudar as leis, elucida-se também como a visão construída sobre os índios foi fundamental para possibilitar a invasão de suas terras e posterior ocupação dessas. Como conseqüência, tal processo de espoliação de terras indígenas marcou o desaparecimento de grupos indígenas nas principais províncias do Império brasileiro. Tensões anunciadas entre o discurso da preservação e o desaparecimento dos povos nativos, está inserida ainda em outro discurso, o da civilização dos ditos gentios.
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2007-03 Sacrílegas Famílias: conjugalidades clericais no bispado do Maranhão no século XVIIITítuloSacrílegas Famílias: conjugalidades clericais no bispado do Maranhão no século XVIIIAutor
Pollyanna Gouveia MendonçaOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2007-03-30Nivel
MestradoPáginas
168Volumes
1Banca de DefesaLana Lage da Gama LimaLuciano Raposo de Almeida FigueiredoRonaldo VainfasSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoO presente trabalho analisa as relações familiares formadas por padres no bispado do Maranhão no século XVIII. Os processos da Justiça Eclesiástica que fundamentam este estudo permitem perceber, para além da simples transgressão, a existência de relações familiares, de verdadeiras conjugalidades vividas por sacerdotes. Na encruzilhada entre o modelo de comportamento que deveriam seguir e o "mau exemplo" que davam, a experiência amorosa e familiar de alguns clérigos do Maranhão permitem perceber o peso dos discursos moralizadores e a dificuldade enfrentada pela Igreja tridentina ao tentar dissociar esses sacerdotes do mundo e dos valores da sociedade circundante.
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2007-03 Brasil em periódicos: história, folclore, mestiçagem e nação no início do século XX. (Rio de Janeiro, 1903-1914)TítuloBrasil em periódicos: história, folclore, mestiçagem e nação no início do século XX. (Rio de Janeiro, 1903-1914)Autor
Carolina Vianna DantasOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2007-03-21Nivel
DoutoradoPáginas
199Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesEliana Regina de Freitas DutraHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroIvana Stolze LimaLaura Antunes MacielMagali Gouveia EngelMartha Campos Abreu
ResumoEsta tese visa compreender determinadas reflexões intelectuais sobre a identidade nacional, elaboradas a partir do folclore e da história na primeira década do século XX. Esses dois aspectos foram privilegiados por trazerem avaliações do papel de negros e mestiços na história e na cultura que, então, estavam sendo forjadas como nacionais. Sob o impacto da abolição da escravidão e da proclamação da república, tais avaliações também implicaram a consideração da própria mestiçagem na formação nacional. A ênfase do trabalho está voltada para a análise de artigos, crônicas, resenhas e contos publicados no Almanaque Brasileiro Garnier (1903-1914) e na Revista Kosmos (1904-1909).
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2007-03 As diversas formas de ser índio: políticas indígenas e políticas indigenistas no extremo Sul da América PortuguesaTítuloAs diversas formas de ser índio: políticas indígenas e políticas indigenistas no extremo Sul da América PortuguesaAutor
Elisa Frühauf GarciaOrientador(a)
Maria Regina Celestino de AlmeidaData de Defesa
2007-03-20Nivel
DoutoradoPáginas
321Volumes
1Banca de DefesaÂngela Maria Vieira DominguesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJoão Luís Ribeiro FragosoJoão Pacheco de Oliveira FilhoJohn Manuel MonteiroMaria Regina Celestino de AlmeidaSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoEsta tese busca compreender a construção dos relacionamentos entre os índios estabelecidos no sul da América e os portugueses. Estes, durante a segunda metade do século XVIII, empreenderam uma vigorosa tentativa de expansão das suas fronteiras com o fim de aumentar os seus domínios americanos. Para viabilizar tal expansão, os portugueses valeram-se do expediente de buscar entabular relações amistosas com as populações indígenas, para com isto possibilitar o seu estabelecimento na região. Além entabular relações amistosas com as populações indígenas, os portugueses também buscavam atrair para os seus domínios os índios vassalos do Rei de Espanha, principalmente os habitantes das missões jesuíticas situadas na margem oriental do rio Uruguai. Com tal estratégia, pretendiam aumentar as suas forças na região e, paralelamente, debilitar as espanholas. Para atrair os índios, os lusitanos desenvolveram uma série de políticas, chamadas genericamente de "bom tratamento", as quais deveriam convencê-los da superioridade dos portugueses em relação aos espanhóis. Perceber, portanto, como os índios que eram alvo destas disputas por vassalos utilizaram aquelas políticas para satisfazer os seus próprios interesses é a principal questão colocada neste trabalho.
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2007-03 Letrados d‘el Rey: Os Conselhos da História e o Poder Real em Portugal na Primeira Metade do Século XVIIITítuloLetrados d‘el Rey: Os Conselhos da História e o Poder Real em Portugal na Primeira Metade do Século XVIIIAutor
Renato Luiz Bacellar CajueiroOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2007-03-20Nivel
MestradoPáginas
205Volumes
1Banca de DefesaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesPaulo Knauss de MendonçaSérgio ChahonWilliam de Souza Martins
ResumoEsta dissertação tem por objetivo problematizar a inserção da Academia Real de História Portuguesa (1720-1736) nos debates sobre a presença em Portugal, na primeira metade do século XVIII, de uma modernização dos métodos de fazer História e de uma sensibilidade nova, em sintonia com a visão de mundo que surgia então na Europa. Para tanto, partindo de uma História preocupada com os discursos e conceitos, procuro valerme não só da bibliografia existente sobre a instituição como também das memórias e estatutos que esta deixou. Ao final, busco demonstrar que, apesar da Academia estar informada de uma intelectualidade européia que paulatinamente se laicizava, na estrutura de seus discursos e na exposição dos sentimentos que motivavam seus membros, configurava-se ainda uma entidade atrelada aos padrões de Antigo Regime, que servia sobretudo, num quadro profundamente religioso, como instrumento de exaltação régia.
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2007-03 Do underground brotam flores do mal. Anarquismo e contracultura na imprensa alternativa brasileira (1969-1992)TítuloDo underground brotam flores do mal. Anarquismo e contracultura na imprensa alternativa brasileira (1969-1992)Autor
João Henrique de Castro de OliveiraOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2007-03-19Nivel
MestradoPáginas
209Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralAna Lucia Silva EnneFernando Sergio Dumas Dos SantosLaura Antunes Maciel
ResumoA proposta deste trabalho é investigar a atuação de grupos sociais no Brasil, entre 1969 e 1992, privilegiando como fontes primárias os jornais publicados por eles. Partindo de suas idéias-base, divido tais gruposem dois: os que se reivindicavam anarquistas e os que eram mais pontamente identificados com os chamados movimentos de contracultura dos anos 60 e 70. Pretende-se avaliar como o anarquismo foi resgatado no contexto dos anos 60/70/80 no Brasil, período de ditadura civil-militar. Além disso, delinear que tipo de relação foi estabelecida entre os movimentos de contracultura e a filosofia libertária, ressaltando ainda o legado/influência que tais ideologias deixaram para os movimentos contemporâneos.
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2007-03 Minas Gerais, da capitania à província: elites políticas e a administração da fazenda em um espaço em transformaçãoTítuloMinas Gerais, da capitania à província: elites políticas e a administração da fazenda em um espaço em transformaçãoAutor
Alexandre Mendes CunhaOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2007-03-16Nivel
DoutoradoPáginas
340Volumes
1Banca de DefesaCaio Cesar BoschiCarlos Gabriel GuimarãesGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesIlmar Rohloff de MattosJoão Antonio de PaulaLuciano Raposo de Almeida Figueiredo
ResumoO presente trabalho tem como foco Minas Gerais entre a segunda metado do século XVIII e a primeira do século XIX. O argumento central diz respeito à precocidade do urbano nas Minas, como esses espaços produzem e articulam os espaços do rural, e como tudo isto se relaciona à progressiva diferenciação regional do território. O fundamental, não obstante, é a leitura dessa questão espacial ampla nas tramas de processos históricos diversos, perpassando economia, sociedade e política. As referências fundamentais são o estdo detalhado dessa questão espacial, das elites e da administração fazendária, cada um dos temas com perspectivas metodológicas variadas e expressivo repertório documental. Na primeira parte Os Espaços das Minas, discute´se a formação espacial mineira e adiferenciação desse espaço entre os séculos XIIIe XIX. Na segunda, A elite política (e econômica) mineira, busca-se a percepção dos processos de hierarquização social e organização política em Minas. Realizam-se também estudos verticais e horizontais de caracterização do grupo. A terceira parte Contos do Reino e das Minas: Fazenda, Estado e seus Agentes, investiga a formação da Fzenda pública dentro do Estado português e a administração desssas questões na sociedade mineira nos séculos XVIII e XIX. Trata-se de um exemplo importante da realidade presente e dos projetos futuros daquela economia. Ponto de chegada privilegiado, portanto, para a discussão desse espaço em transformação.
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2007-03 "A forma, o discurso e a política: As gerações da tragédia grega no século V a.C.Título"A forma, o discurso e a política: As gerações da tragédia grega no século V a.C.Autor
Guilherme Gomes MoerbeckOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
2007-03-16Nivel
MestradoPáginas
234Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaCiro Flamarion Santana CardosoJosé Antônio Dabdab TrabulsiVânia Leite Fróes
ResumoAs Grandes Dionísias, festas realizadas a cada primavera em honra do deus Dioniso, marcavam, no calendário de Atenas do séclo V a.C., o momento em que eram encenadas as tragédias de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. Os principais intuitos deste trabalho são demonstrar que os referidos autores podem ser inseridos em três gerações distintas e que, dentro do referido século a tragédia, na medida em que se afastava dos seus propósitos mágico-religiosos, criava uma comunidade artística que, por meio de festas cívicas, envolvia-se na produção e recepção de tais encenações. Aliado ao processo de configuração desta comunidade, a sociedade ateniense de então assistia à institucionalização e o alargamento da participação dos cidadãos no mundo político. A noção de campo político foi aplicada a esta realidade para demonstrar o grau de depuração, independência e estruturação a que chegou o jogo propriamente político em Atenas. No contexto sobre o qual se organizava campo político ateniense ocorriam as Grandes Dionísias e, por meio das obras trágicas, eram desenvolvidos, nos limites de tal gênero, temas diversos. A estratégia encontrada para delimitar as três gerações mencionadas foi a de, comparativamente, discutir temas-chave, como a guerra, a alteridade e a política. Do ponto de vista metodológico foram utilizados, seletivamente, a análise do discurso político e a semiótica