Thèses
  • 2010-09 A Revolta de Sertório e a Crise Republicana do Século I a.C: Uma visão das práticas de dominação imperialista romana nas Hispânias
    Título
    A Revolta de Sertório e a Crise Republicana do Século I a.C: Uma visão das práticas de dominação imperialista romana nas Hispânias
    Autor
    Vanessa Vieira de Lima
    Orientador(a)
    Sônia Regina Rebel de Araújo
    Data de Defesa
    2010-09-09
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    191
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alexandre Carneiro Cerqueira Lima
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Claudia Beltrão da Rosa
    Jorge Mario Davidson
    Sônia Regina Rebel de Araújo

    Resumo
    O tema central do presente estudo é a Revolta de Sertório, ocorrida nas Hispânias, durante o primeiro episódio de guerras civis romanas no século I a.C. A crise republicana, oriunda dos conflitos entre Caio Mário e Cornélio Sila, compõe a conjuntura analisada ao longo desta dissertação, a qual se volta, especificamente, para o período compreendido entre os anos 90 a.C. e 70 a.C. Pretende-se, deste modo, analisar os conflitos políticos da República Romana e, neste contexto, a Revolta de Sertório, tendo como base, por um lado, a crescente importância da Península Ibérica para Roma. E, por outro lado, questões concernentes às disputas de poder, ao imperialismo romano e aos processos de romanização efetuados nessas províncias, graças à presença do governo sertoriano. Portanto, buscamos observar as persistências e as transformações efetuadas nas Hispânias, ponderando, principalmente, certas formas de consolidação do domínio senatorial junto às populações locais, enfatizando-se as ações de Quinto Sertório. Empregamos as concepções de Certeau sobre as fluídas relações entre estratégias e táticas, na medida em que reconhecemos, por um lado, as referidas formas de consolidação do domínio senatorial como "estratégias de dominação" e, por outro, as determinações sertorianas direcionadas aos hispanos como "táticas de dominação". Destarte, nossas interpretações são baseadas nas premissas da teoria pós-colonial, uma vez que nos propomos a descentralizar os estudos do Império Romano ao observarmos as trocas culturais, os fenômenos de negociação e de resistência à conquista romana. Em suma, visamos demonstrar porque a Revolta de Sertório foi um evento bastante importante para a crise republicana e um marco para a história das Hispânias no que tange à sua inserção na órbita imperial romana. Nossas análises são corroboradas pela aplicação do método de leitura isotópica sobre o corpus documental, formado por distintas fontes textuais: Plutarco ("Vida de Sertório" e "Vida de Pompeu"), Apiano "(As Guerras Civis I"), Tito-Lívio ("História de Roma"), Cícero ("Sobre a Lei Manília") e Estrabão ("Geografia").


  • 2010-09 Escola Politécnica da Bahia: Poder, política e educação na Bahia Republicana (1896 - 1920)
    Título
    Escola Politécnica da Bahia: Poder, política e educação na Bahia Republicana (1896 - 1920)
    Autor
    Emiliano Côrtes Barbosa
    Orientador(a)
    Théo Lobarinhas Piñeiro
    Data de Defesa
    2010-09-03
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    272
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Luiz Fernando Saraiva
    Maria Letícia Corrêa
    Pedro Eduardo Mesquita de Monteiro Marinho
    Sonia Regina de Mendonça
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    Avaliar o processo de institucionalização da Escola Politécnica da Bahia — EPBA — é a diretriz do presente estudo. Esta investigação se foca em analisar e discutir as razões pelas quais a Escola Politécnica da Bahia foi criada, bem como a sua trajetória nos seus vinte três primeiros anos. Uma instituição de ensino formadora de engenheiros, criada e administrada por uma agência composta por agentes encampados na sociedade civil e sociedade política, situação que nos traz a luz as estratégias das frações da classe média urbanas preocupadas em alcançar representatividade e, a partir daí, inscrever seus projetos de ―visão de mundo. Portanto, tentaremos reconstruir o cenário ―jogo político na Bahia republicana, destacando todo processo de crise de hegemonia, apontando os agentes principais das disputas, inserindo a criação da EPBA, e seus representantes dentro deste processo.


  • 2010-09 Os Marginais e o Rei. A Construção de uma estratégica relação de poder em fins da Idade Média portuguesa
    Título
    Os Marginais e o Rei. A Construção de uma estratégica relação de poder em fins da Idade Média portuguesa
    Autor
    Beatris Dos Santos Gonçalves
    Orientador(a)
    Vânia Leite Fróes
    Data de Defesa
    2010-09-02
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    330
    Volumes
    2
    Banca de Defesa
    Clinio de Oliveira Amaral
    Edmar Checon de Freitas
    Gracilda Alves
    Lenora Pinto Mendes
    Maria de Lurdes Pereira Rosa
    Miriam Cabral Coser
    Vânia Leite Fróes

    Resumo
    Estudo sobre a atuação política dos reis de Avis, de D. Duarte a D. Manuel I cujo objetivo era o fortalecimento e a centralização do poder monárquico. A partir dos conceitos de centralidade e marginalidade, baseado, dentre outros teóricos, nas noções de Bronislaw Geremek, analisou-se a ação da justiça régia por meio de fontes normativas, arquivísticas e cronísticas, concluindo-se que a marginalidade era definida e redefinida, segundo os interesses monárquicos, constituindo-se numa das mais importantes estratégias régias.


  • 2010-08 LONGE DEMAIS DAS CAPITAIS? Cultura política, distinção social e movimento estudantil no Piauí (1935-1984)
    Título
    LONGE DEMAIS DAS CAPITAIS? Cultura política, distinção social e movimento estudantil no Piauí (1935-1984)
    Autor
    João Batista Vale Junior
    Orientador(a)
    Edwar de Alencar Castelo Branco
    Data de Defesa
    2010-08-20
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    311
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Claudia Cristina da Silva Fontineles
    Daniel Aarão Reis Filho
    Denilson Botelho de Deus
    Edwar de Alencar Castelo Branco
    Francisco Alcides do Nascimento
    Giselle Martins Venancio
    Maria Paula Nascimento Araújo

    Resumo
    Esta tese procura mostrar as especificidades do Movimento Estudantil (ME) piauiense. O balizamento histórico estabelecido para a abordagem, situa-se entre a formação da primeira entidade de representação estudantil no Piauí (1935) e as manifestações locais que, nessa Unidade da Federação, marcaram o período de crise e superação da ditadura civil-militar, instaurada no Brasil em 1964: o ano de 1984. Procurou-se demonstrar que a constituição da identidade do ME, no Piauí, deu-se em um cenário em que a força dos valores e tradições conservadoras consubstanciaram-na. Ao tempo em que esses valores e tradições, geralmente sustentadas no tripé ordem/disciplina/progresso impediam a imersão das entidades estudantis em um círculo de referências ideológicas e políticas identificadas com o romantismo revolucionário de esquerda, fundamentavam também formas de distinção social e política que elevavam as lideranças estudantis ao patamar de interlocutores diretos com os círculos do poder. Essas condições de interlocução permitiam a essas lideranças atingirem metas reivindicativas que reforçavam a eficácia de sua representação. As transformações políticas pelas quais passou o Brasil nos anos 70 impactaram o ME piauiense de maneira a aproximá-lo do ideário de esquerda, alterando significativamente a composição de suas lideranças, referências ideológicas e estratégias de luta. Até meados dos anos 80, apesar das mudanças em sua dinâmica interna, o ME piauiense conservou parte de sua capacidade de diálogo com o campo político dominante, tendo a imprensa de Teresina como mediadora dessa relação e como difusora das bandeiras de luta e mobilizações estudantis junto à opinião pública.


  • 2010-08 Dos Sertões aos Mares: História do comércio e dos comerciantes de Parnaíba (1700 - 1950)
    Título
    Dos Sertões aos Mares: História do comércio e dos comerciantes de Parnaíba (1700 - 1950)
    Autor
    Junia Motta Antonaccio Napoleão do Rego
    Orientador(a)
    Théo Lobarinhas Piñeiro
    Data de Defesa
    2010-08-19
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    291
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Fabiano de Souza Gontijo
    Francisco de Assis Veloso Filho
    Marcelo Cheche Galves
    Solimar Oliveira Lima
    Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    Este trabalho estuda o comércio e os comerciantes da cidade de Parnaíba (Piauí) no período compreendido entre 1700 e 1950. São abordadas as razões econômicas que levaram o desenvolvimento do Porto das Barcas, porto inicial da Vila de São João da Parnaíba. A vila atraiu o gado criado no interior da província para as oficinas de charqueada e com isso tornou-se um significativo pólo de exportação do produto. Com a chegada de comerciantes portugueses a técnica de charquear foi aprimorada e o comércio intensificado. Com a falência das charqueadas, Parnaíba conheceu outras empreitadas comerciais de vulto em torno de produtos derivados da pecuária, da agricultura e de atividades extrativistas que seguiram o mesmo percurso fluvial e de portos internacionais. As atividades econômicas desenvolvidas em Parnaíba a partir de produtos vindos do sertão ditaram a necessidade de uma infra-estrutura para o progresso do Piauí: a navegação a vapor pelo rio Parnaíba, a construção do porto marítimo de Amarração e a construção da Estrada de Ferro Central do Piauí. É abordada a instalação de duas casas comerciais estrangeiras: a Casa Inglesa representada por Paul Robert Singlehurst e James Frederick Clark e a Casa Comercial Marc Jacob do francês Marc Jacob. Os registros de suas atividades comerciais atestam o impressionante desenvolvimento do comércio importador e exportador com portos europeus. Os estrangeiros legaram algumas influencias culturais européias, entre elas o futebol e a edição de um Almanaque nos moldes dos franceses. A classe dos comerciantes de Parnaíba tomou o caráter de líder incentivador de várias lutas incluindo as que visavam melhorias na infraestrutura da cidade e reformas educacionais. Abordamos as lutas travadas ao longo deste período entre os comerciantes e as autoridades governamentais para conseguir obras e projetos públicos condizentes com o desenvolvimento almejado para a cidade.


  • 2010-08 Tráfico de escravos e direção Saquarema no Senado do Império do Brasil
    Título
    Tráfico de escravos e direção Saquarema no Senado do Império do Brasil
    Autor
    João Carlos Escosteguy Filho
    Orientador(a)
    Théo Lobarinhas Piñeiro
    Data de Defesa
    2010-08-17
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    188
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Luiz Fernando Saraiva
    Pedro Eduardo Mesquita de Monteiro Marinho
    Ricardo Henrique Salles
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    A trajetória do Império do Brasil, ao longo da primeira metade do século XIX, confunde-se com as disputas ideológicas promovidas pelos intelectuais orgânicos da classe senhorial em formação, que resultam na vitória de um determinado projeto de Império e de sociedade desenhado principalmente entre 1838 e 1850. Esse projeto vitorioso contemplou diversas questões consideradas essenciais para o novo Estado que se procurava erigir. Esta pesquisa trata de parcela dessas questões: aquela ligada às relações entre tráfico de escravos, nação, Império e sociedade. Procurou-se, aqui, analisar a série de conflitos entre diferentes concepções escravistas de Império que, em especial no período citado, conferiam lugares distintos para o papel da escravidão africana e do tráfico de escravos no tipo de Estado-nação que se queria construir. O espaço principal de análise é o Senado do Império do Brasil no período entre 1831 e 1850, mas com maior destaque para o recorte a partir de 1838. Ao final do período, a direção Saquarema, ligada à classe senhorial, passou a dar a tônica do processo, encaminhando seu próprio projeto de Império e sua própria perspectiva para a escravidão no Brasil.


  • 2010-08 Intelectuais, espíritas e abolição da escravidão: os projetos de reforma na imprensa espírita (1867-1888).
    Título
    Intelectuais, espíritas e abolição da escravidão: os projetos de reforma na imprensa espírita (1867-1888).
    Autor
    Daniel Simões do Valle
    Orientador(a)
    Magali Gouveia Engel
    Data de Defesa
    2010-08-17
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    194
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Magali Gouveia Engel
    Marcello Otávio Neri de Campos Basile
    Martha Campos Abreu

    Resumo
    Esse trabalho analisa os posicionamentos assumidos pelos espíritas no debate sobre a abolição da escravidão na década de 1880, no Rio de Janeiro. A pesquisa é encaminhada a partir da trajetória de três intelectuais: Antonio da Silva Neto, Adolfo Bezerra de Menezes e Francisco Leite de Bittencourt Sampaio. Esses intelectuais se envolveram nas discussões sobre as reformas servil e política, no final dos anos 1860. Posteriormente, tornaram-se espíritas e exerceram importante papel frente ao crescente movimento espírita da capital do Império. O objetivo é compreender a influência desses intelectuais nas posições adotadas pelas instituições espíritas através da imprensa, assim como, nas redes de sociabilidades estabelecidas pelos espíritas no âmbito do movimento abolicionista. O estudo da imprensa espírita está focado em dois periódicos: Revista da Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade e o Reformador. Através deles, busca-se compreender os projetos de reforma construídos e defendidos pelas instituições espíritas.


  • 2010-08 A Família Beija-Flor
    Título
    A Família Beija-Flor
    Autor
    Luiz Anselmo Bezerra
    Orientador(a)
    Marcos Alvito Pereira de Souza
    Data de Defesa
    2010-08-13
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    244
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Karina Kuschnir
    Leila Maria da Silva Blass
    Marcos Alvito Pereira de Souza
    Simoni Lahud Guedes

    Resumo
    O trabalho apresenta uma análise das relações institucionais entre jogo do bicho e escola de samba enquanto suporte do esquema de poder familiar montado no município de Nilópolis durante a ditadura militar e que se encontra em pleno vigor ainda nos dias atuais. Abordamos num primeiro momento visões macro-políticas que relacionam a projeção dos dois ramos do poder familiar à interferência militar na Baixada Fluminense. Entretanto, o estudo aprofunda a reflexão sobre a adesão ao regime por parte das lideranças das famílias Sessim e Abraão na medida em que se assenta nos pressupostos de um modelo epistemológico atento à relevância de dados fragmentários, ou seja, indícios soltos que foram identificados no exame de fontes jornalísticas, de arquivo e fontes orais, estas produzidas mediante a realização de entrevistas de acordo com a metodologia da história oral. Em função disso, a pesquisa aponta para um conjunto mais amplo de fatores que teriam contribuído para a consolidação, pelas referidas famílias, de uma tradição de atuação política baseada no lugar. A relação dos chefes do esquema com setores da comunidade local é tratada considerando-se a dimensão simbólica do sistema de trocas que se centralizou na figura do banqueiro do bicho e presidente de hora da Beija-Flor, Anísio Abraão David, e foi estruturado através da organização carnavalesca na forma de uma economia do dom. Portanto, o universo simbólico do esquema político é analisado no trabalho com a demonstração de que se compõe também pela interligação de elementos da memória dos imigrantes de origem libanesa estabelecidos na localidade e de um conjunto de valores incorporados do sistema do jogo do bicho. Seguindo a proposta etnográfica do olhar de perto e de dentro, tomamos a visão de antigos moradores de Nilópolis vinculados à Beija-Flor acerca do contexto em que estão inseridos e das práticas que desenvolvem como ponto de partida para explicação dos mecanismos que articulam as redes sociais responsáveis pela sustentação da estrutura de poder estudada. Em síntese, argumenta se que a vitalidade do esquema familiar está associada à capacidade de articulação desenvolvida por suas lideranças através do controle de organizações que permitem a manutenção, e reprodução, de vínculos estabelecidos tanto nas redes de sociabilidade de âmbito local quanto em setores externos à esfera do município e ao mundo do samba.


  • 2010-08 Aspectos culturais e ascensão econômica de mulheres forras em São João Del Rey: séculos XVIII e XIX
    Título
    Aspectos culturais e ascensão econômica de mulheres forras em São João Del Rey: séculos XVIII e XIX
    Autor
    Bárbara Deslandes Primo
    Orientador(a)
    Sheila Siqueira de Castro Faria
    Data de Defesa
    2010-08-02
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    157
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Márcio de Sousa Soares
    Roberto Guedes Ferreira
    Sheila Siqueira de Castro Faria

    Resumo
    Esta dissertação analisa a vida, hábitos e costumes de mulheres alforriadas em São João Del Rey, Minas Gerais, na segunda metade do século XVIII e primeira metade do XIX. Para tal, parte da análise dos testamentos deixados por estas mulheres, de forma a traçar um panorama da vida delas na liberdade, englobando as atividades realizadas, ofícios e redes de sociabilidade desenvolvidas por estes atores sociais. Começo minha analise, apoiada pela historiografia, demonstrando que eram as mulheres as privilegiadas pela alforria, por diversos motivos, e que, já libertas, dedicavam-se, em sua maioria, à atividade comercial. Exploro a questão da dedicação ao comércio por parte destas mulheres tendo como pano de fundo sua origem africana. Por fim, analiso como a conjunção destes fatores – maior acesso à alforria e referências africanas - acabou por formar um dos grupos mais peculiares e contraditórios do Brasil Colônia, usando o universo de São João Del Rey para corroborar minhas hipóteses.


  • 2010-07 "Reaganation: a ascensão do neoconservadorismo e o nacionalismo nos Estados Unidos (1981 - 1988)"
    Título
    "Reaganation: a ascensão do neoconservadorismo e o nacionalismo nos Estados Unidos (1981 - 1988)"
    Autor
    Roberto Moll Neto
    Orientador(a)
    Cecília da Silva Azevedo
    Data de Defesa
    2010-07-06
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    265
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Cecília da Silva Azevedo
    Daniel Aarão Reis Filho
    Flavio Limoncic
    Marco Antonio Villela Pamplona
    Thaddeus Gregory Blanchette

    Resumo
    Nesta dissertação pretendemos estudar a forma como um grupo de neoconservadores narrou e imaginou a nação e o nacionalismo nos Estados Unidos nos anos de governo de Ronald Reagan. A partir dos anos 1950, diante das problemáticas sociais, diversos grupos de empresários e intelectuais afinados com o conservadorismo começaram a se organizar com o objetivo de repensar o conservadorismo e pensar um novo projeto para a nação. Nos anos 1980, um grupo de conservadores, entendidos hoje como neoconservadores, conseguiu transformar seu projeto de nação em um projeto de nação amplo. Dessa forma, os neoconservadores chegaram ao poder representados por Ronald Reagan. Esse projeto de nação neoconservador apresentou uma narrativa particular e uma forma específica de narrar e imaginar a nação e o nacionalismo nos Estados Unidos. Esta forma de narrar e imaginar a nação e o nacionalismo neoconservador esteve presente e foi difundida nos discursos de Ronald Reagan, nosso principal objeto de análise, assim como nas páginas de alguns jornais. Nos discursos e nas ações do governo de Ronald Reagan, sobretudo quando tratam do estado de bem estar social para pobres e negros, das ações afirmativas e da imigração, buscamos investigar o que é a nação e o que é ser um verdadeiro estadunidense para os neoconservadores.


  • 2010-07 A SOMBRA E A PENUMBRA: centro e periferia no vice-reinado do Conde da Cunha (1763-1767)
    Título
    A SOMBRA E A PENUMBRA: centro e periferia no vice-reinado do Conde da Cunha (1763-1767)
    Autor
    Izabela Gomes Gonçalves
    Orientador(a)
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Data de Defesa
    2010-07-01
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    195
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Barreto de Souza
    Carlos Gabriel Guimarães
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Sérgio Chahon

    Resumo
    O trabalho em tela se propõe a analisar as relações estabelecidas entre a Coroa lusa e os governantes ultramarinos, durante o período pombalino, focando de forma especial o vice-reinado de Antônio Álvares da Cunha, o primeiro vice-rei depois da transferência da capital para o Rio de Janeiro (1763). Diante da fragilidade do Império português, da crescente projeção da hegemonia britânica e das constantes ameaças espanholas nas fronteiras, o governo de d. José I e de seu principal ministro, Conde de Oeiras, empreendeu uma série de reformas militares em seus domínios, direcionadas em especial aos territórios reinóis e ao centro-sul da América Portuguesa. Neste sentido, tal esforço investigativo partirá da análise das mais diversas estratégias que visavam atingir pontos sensíveis relacionados à defesa da colônia: fortalezas; recrutamento; organização e uniformização de regimentos, pagamento de soldos e fardamento das tropas. Ações que expressaram a percepção da fragilidade militar da América portuguesa, principalmente em relação à defesa de suas desguarnecidas fronteiras.


  • 2010-06 Sob o Signo da Metamorfose: As Esquerdas Comunistas Brasileiras e a democracia (1974-1982)
    Título
    Sob o Signo da Metamorfose: As Esquerdas Comunistas Brasileiras e a democracia (1974-1982)
    Autor
    Rosalba Lopes
    Orientador(a)
    Daniel Aarão Reis Filho
    Data de Defesa
    2010-06-07
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    210
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Daniel Aarão Reis Filho
    Lucia Grinberg
    Marcelo Siqueira Ridenti
    Maria Paula Nascimento Araújo
    Marieta de Moraes Ferreira
    Norberto Osvaldo Ferreras
    Rodrigo Patto Sá Motta

    Resumo
    Busca-se analisar o pensamento e a ação das esquerdas comunistas brasileiras no período que se estende de 1974 a 1982, tentando compreender em que medida transformaramse traços autoritários que, segundo vasta bibliografia, estariam historicamente presentes em sua cultura política, como o vanguardismo, o elitismo, a negação ou a instrumentalização da democracia. Sabe-se que o período é rico em mudanças em vários aspectos da vida nacional, basta que se pense no ressurgimento, na segunda metade da década de 1970, de movimentos vigorosos no interior de uma sociedade onde os descontentes eram sistematicamente silenciados. Trata-se, pois, de considerar a hipótese de ter havido um processo de transformação neste campo das esquerdas brasileiras, ainda que se busque dimensionar também as permanências e seus desdobramentos. O acompanhamento do processo se fez, primeiramente, a partir de um mergulho na literatura produzida nas décadas de 1970 e início da década de 1980, permitindo a recuperação tanto da riqueza daquela ambiência, quanto da situação experimentada pelas organizações comunistas, às quais fora imposta uma dura derrota. Mas, foi tempo também de recomeço. Dentre os pressupostos que orientam a pesquisa, destaca-se a compreensão do contexto de experiência e atividade dos atores como o terreno, no qual, as culturas políticas são colocadas em jogo. Daí a consideração dos desdobramentos das relações estabelecidas por estas esquerdas e os diversos movimentos sociais que surgiam ao longo da década de 1970. Em seguida, centramos o foco nas relações estabelecidas entre estas organizações e o sindicalismo surgido no ABC paulista, outro importante ator no processo de construção do Partido dos Trabalhadores. Consideradas duas das culturas políticas que se encontravam e tentavam articular-se em partido, buscamos o dimensionamento das mudanças vividas pelas organizações comunistas, sobretudo, no que diz respeito aos pressupostos democráticos. Através da análise dos documentos produzidos no processo de construção daquele Partido ganha destaque na investigação o desvendamento dos sentidos conferidos à democracia por aqueles que, no novo cenário que se desenhava no país ─ crescentemente povoado por democratas ─ se diferenciavam por historicamente lutar pela igualdade.


  • 2010-06 Entre Pernambuco e a África. História dos maracatus-nação do Recife e a espetacularização da cultura popular (1960-2000)
    Título
    Entre Pernambuco e a África. História dos maracatus-nação do Recife e a espetacularização da cultura popular (1960-2000)
    Autor
    Ivaldo Marciano de França Lima
    Orientador(a)
    Martha Campos Abreu
    Data de Defesa
    2010-06-07
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    420
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andrea Barbosa Marzano
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Isabel Cristina Martins Guillen
    Jocélio Teles Dos Santos
    Laura Antunes Maciel
    Martha Campos Abreu
    Rachel Soihet

    Resumo
    Este trabalho se propõe a pensar a história dos maracatus-nação no Recife, nos anos de 1960 a 2000, imersos numa complexa luta política para estabelecer o poder de significar suas práticas culturais negras. Pensar a história dos maracatus-nação é estar atento à complexidade do processo de globalização e espetacularização da cultura popular, e de como esse processo se desdobra localmente. Nesse sentido, importa discutir as relações que os maracatuzeiros e os seus maracatus estabeleceram com os poderes públicos que normatizam o carnaval, bem como com a indústria do turismo que objetiva transformar as manifestações da cultura popular em bens culturais vendáveis. Concomitantemente, objetiva-se discutir como os folcloristas e intelectuais que promovem a "defesa" da cultura popular contra suas descaracterizações têm atuado em favor dos maracatus e na defesa dessas manifestações contra o assédio da indústria cultural que promove sua espetacularização. No entanto, esse processo não pode ser pensado sem se considerar a própria história dos maracatus, e suas relações com as comunidades de negros e negras, com o movimento negro e com o poder público. Optou-se por analisar a atuação individual dos maracatuzeiros diante do processo histórico mais global, discutindo as estratégias que estes sujeitos definiram diante de um campo cultural bastante disputado, ganhando visibilidade e legitimidade para os seus grupos.


  • 2010-05 Em busca da honra: a remuneração dos serviços da guerra holandesa e os hábitos das Ordens Militares (Bahia e Pernambuco, 1641 - 1683)
    Título
    Em busca da honra: a remuneração dos serviços da guerra holandesa e os hábitos das Ordens Militares (Bahia e Pernambuco, 1641 - 1683)
    Autor
    Thiago Nascimento Krause
    Orientador(a)
    Ronald José Raminelli
    Data de Defesa
    2010-05-28
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    244
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Antônio Carlos Jucá de Sampaio
    Maria Fernanda Baptista Bicalho
    Rodrigo Monteferrante Ricupero
    Ronald José Raminelli

    Resumo
    Em 1640, a Restauração demandou uma recriação dos laços de vassalagem entre a monarquia e seus súditos, com a ascensão da dinastia dos Bragança. A economia de mercê exerceu então um papel crucial, inserida em uma sociedade com características estamentais, fundada numa dinâmica centralizadora baseada na ideologia do serviço/recompensa. Servir a Coroa tornou-se um modo de vida e estratégia de ascensão social para certos grupos sociais.Os hábitos das Ordens Militares, especialmente da Ordem de Cristo, representaram grande parte das mercês régias, devido a sua importância social e aos privilégios que acarretava. Esta pesquisa versa sobre a requisição dos hábitos na Bahia e Pernambuco durante a "conjuntura crítica" da Restauração portuguesa, utilizando a documentação disponível no Projeto Resgate Barão do Rio Branco referente a Bahia e Pernambuco, especialmente requerimentos e consultas de mercês e o Livro de Registro de Consultas de Mercê do Conselho Ultramarino. Os objetivos são a definição do perfil social dos suplicantes, a importância dos hábitos para eles, os serviços que oferecem à Coroa e a apreciação do Conselho Ultramarino sobre estes mesmos serviços. Desta maneira, tento contribuir para o entendimento da economia de mercê e da estruturação das elites coloniais, em perspectiva comparada.


  • 2010-05 Vício dos Clérigos: A Sodomia nas Malhas do Tribunal do Santo Ofício de Lisboa
    Título
    Vício dos Clérigos: A Sodomia nas Malhas do Tribunal do Santo Ofício de Lisboa
    Autor
    Veronica de Jesus Gomes
    Orientador(a)
    Georgina Silva Dos Santos
    Data de Defesa
    2010-05-27
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    228
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Célia Cristina da Silva Tavares
    Daniela Buono Calainho
    Georgina Silva Dos Santos
    Ronaldo Vainfas

    Resumo
    Não obstante as determinações dos concílios, especialmente as do de Trento, quanto à moral sexual dos eclesiásticos, a alcunha medieval vício dos clérigos caracterizou muito bem o contexto de Portugal e do Brasil da Época Moderna, quando um expressivo número de homens da Igreja se envolveu com o crime da sodomia e caiu nas malhas da Inquisição portuguesa. Através dos documentos gerados pelo Santo Ofício lusitano, especialmente os oriundos das Visitações à Bahia colonial, o trabalho analisa as relações sodomíticas entre os eclesiásticos e os seus parceiros sem, contudo, se esquecer daqueles que sofreram o que atualmente designamos de "abusos sexuais" perpetrados pelos homens da Igreja. Tal contexto demonstra que, ainda que tenha existido um conjunto de regras que regulavam os comportamentos dos membros da Igreja, objetivando constituí-los exemplos para a sociedade, não foi possível exercer um total controle sobre suas atitudes que, muitas vezes, pareceram desafiar os códigos católicos de conduta. A perspectiva reforça a idéia de que os sodomitas da Igreja, mesmo com um estilo de vida que se propunha diferente do dos leigos, não foram presas passivas de um discurso de submissão e austeridade.


  • 2010-05 O Império dos Souza Breves nos Oitocentos: Política e escravidão nas trajetórias dos Comendadores José e Joaquim de Souza Breves
    Título
    O Império dos Souza Breves nos Oitocentos: Política e escravidão nas trajetórias dos Comendadores José e Joaquim de Souza Breves
    Autor
    Thiago Campos Pessoa Lourenço
    Orientador(a)
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Data de Defesa
    2010-05-25
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    188
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro
    Keila Grinberg
    Martha Campos Abreu
    Ricardo Henrique Salles

    Resumo
    O presente trabalho analisará as trajetórias dos irmãos José e Joaquim de Souza Breves. Utilizaremos suas histórias como caminhos possíveis para compreender algumas das questões em pauta no universo escravista brasileiro durante o século XIX. Nesse sentido, ao longo do texto, abordaremos três perfis de inserções dos Comendadores na sociedade escravista brasileira: Primeiramente analisaremos a construção da fortuna dos Souza Breves a partir de seus vínculos familiares, e das estratégias econômicas e de sociabilidades traçadas pelos Comendadores. Logo em seguida, evidenciaremos as diferentes inserções dos Souza Breves na política imperial. As perspectivas distintas dos Comendadores resultaram em posições antagônicas em momentos políticos singulares. Da Revolução Liberal de 1842 ao advento da abolição, os irmãos apresentaram respostas diferentes às questões formuladas por seu tempo. Por último, estudaremos a vinculação dos Comendadores e de suas fazendas litorâneas ao tráfico ilegal de africanos. Aproveitaremos o ensejo para desvendar o funcionamento de parte do comércio ilegal de cativos após 1831, destacando, em última instância, os indivíduos reduzidos ilegalmente à escravidão nas fazendas da família Breves.


  • 2010-05 Militância política e produção literária no Brasil (dos anos 30 aos anos 50): as trajetórias de Graciliano Ramos e Jorge Amado e o PCB
    Título
    Militância política e produção literária no Brasil (dos anos 30 aos anos 50): as trajetórias de Graciliano Ramos e Jorge Amado e o PCB
    Autor
    Júlia Monnerat Barbosa
    Orientador(a)
    Marcelo Badaró Mattos
    Data de Defesa
    2010-05-24
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    403
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andréa Lemos Xavier Galucio
    Eurelino Teixeira Coelho Neto
    Luciana Lombardo Costa Pereira
    Magali Gouveia Engel
    Marcelo Badaró Mattos
    Ricardo da Gama Rosa Costa
    Victor Hugo Adler Pereira

    Resumo
    O objetivo central deste trabalho de pesquisa é investigar as relações estabelecidas entre os escritores Graciliano Ramos e Jorge Amado, e o Partido Comunista Brasileiro no período inscrito entre as décadas de 1930 e 1950. Para tanto, identifica as fronteiras entre o comprometimento militante e a criação artística destes dois autores, tentando entender até que ponto as diretrizes programáticas ou referências políticas mais gerais do partido estariam presentes em suas obras, assim como traça um painel da importância do PCB em um momento específico da vida intelectual e literária brasileira e investiga o papel desempenhado por esses literatos na dinâmica partidária.


  • 2010-05 A gestação de Crispim: um estudo sobre a constituição da piauiensidade
    Título
    A gestação de Crispim: um estudo sobre a constituição da piauiensidade
    Autor
    Alcebíades Costa Filho
    Orientador(a)
    Edwar de Alencar Castelo Branco
    Data de Defesa
    2010-05-21
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    196
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Edwar de Alencar Castelo Branco
    Francisco Alcides do Nascimento
    Jorge Luiz Ferreira
    José Henrique de Paula Borralho
    Raimunda Celestina Mendes da Silva
    Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz

    Resumo
    Este trabalho reflete sobre alguns aspectos da formação histórica da piauiensidade, entendida como a média dos parâmetros identitários que foram capazes de dar aos piauienses um sentimento de pertença a uma comunidade. José Elias de Arêa Leão,Os recursos empíricos utilizados para o estudo foram principalmente livros, jornais e revistas que veicularam produtos literários da lavra de intelectuais piauienses, em especial aqueles produzidos entre os anos de 1852 e 1952. Tais recursos foram lidos como instrumentos através dos quais, do ponto de vista deste trabalho, seria possível refletir sobre como se constituiu um sistema literário no Piauí e, no lastro deste, como se conformou uma identidade piauiense.


  • 2010-05 O Comissário Real Martinho de Mendonça (1693-1743): Estratégias e Práticas Administrativas na primeira metade do século XVIII
    Título
    O Comissário Real Martinho de Mendonça (1693-1743): Estratégias e Práticas Administrativas na primeira metade do século XVIII
    Autor
    Irenilda Reinalda Barreto de Rangel Moreira Cavalcanti
    Orientador(a)
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Data de Defesa
    2010-05-20
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    443
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Caio Cesar Boschi
    Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das Neves
    Júnia Ferreira Furtado
    Laura de Mello E Souza
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Maria Fernanda Baptista Bicalho
    Rodrigo Nunes Bentes Monteiro

    Resumo
    Este estudo pretende acompanhar a trajetória de Martinho de Mendonça de Pina e de Proença (1693-1743), um Comissário Real enviado para auxiliar os governadores da porção sul da América Portuguesa, nos meados da década de 1730. Seguindo suas variadas experiências no serviço do Rei, consegue-se perceber duas veredas que se entrecruzam. Em uma se encontram as iniciativas da Coroa, que tentava melhorar suas práticas e métodos, visando aprofundar o controle governamental no reino e no ultramar, em especial na América Portuguesa. Na outra, caminha com o letrado, durante a estadia em Coimbra, e depois na viagem pela Europa e no retorno a Portugal, quando passou a frequentar a Corte, as Academias de Letrados, e os corredores do palácio real, exercendo diversificadas funções. As duas veredas se unem nas muitas iniciativas de governação da Coroa que aproveitavam os melhores recursos administrativos e intelectuais do momento, representados por homens que reuniam em si habilidades militares e letradas. Para entender o momento em foco, analisa-se o papel da cultura escrita na governação e as crescentes exigências para nomeação de funcionários, tudo permeado pela cultura política neotomista e corporativa, que recomendava aos altos funcionários o uso da concórdia e da prudência para a consecução dos objetivos administrativos. A segunda parte da pesquisa concentra-se nas experiências vivenciadas por Martinho de Mendonça em diversas funções e principalmente, nas Minas, aonde permaneceu por três anos e três meses, exercendo os cargos de Comissário e de Governador Interino. Durante o exercício dessas ocupações, ele teve oportunidade de colocar em prática suas habilidades letradas, muitas vezes requisitadas para resolver os problemas surgidos na capitania mineradora, sendo o seu maior desafio a debelação dos motins eclodidos nos sertões do Rio S. Francisco, em 1736. Para empreender a pesquisa, empregamos fontes impressas e manuscritas depositadas no Arquivo Ultramarino, na Torre do Tombo, no Arquivo Público Mineiro, na Biblioteca Nacional de Lisboa, no Real Gabinete Português de Leitura


  • 2010-05 PÁGINAS GOLPISTAS: democracia e anticomunismo através do projeto editorial do IPES (1961-1964)
    Título
    PÁGINAS GOLPISTAS: democracia e anticomunismo através do projeto editorial do IPES (1961-1964)
    Autor
    Martina Spohr Gonçalves
    Orientador(a)
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Data de Defesa
    2010-05-14
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    225
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Marcelo Badaró Mattos
    Renato Luís do Couto Neto E Lemos
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    A dissertação tem como objetivo analisar a atividade de disseminação dos valores ideológicos do grupo multinacional e associado realizada no Brasil na primeira metade da década de 1960, através de empreendimentos culturais, mais especificamente a edição de livros. Compreendendo o golpe civil-militar de 1964 como uma conquista de uma fração de classe, decorrente do desenvolvimento de uma campanha de convencimento pautada por um determinado projeto hegemônico de sociedade, que acontece para resolver uma crise de hegemonia com objetivo de preservar a ordem ameaçada por esta, e não pelo estabelecimento de uma nova hegemonia, buscamos demonstrar que a conquista do poder não significou o estabelecimento de uma hegemonia plena – nos termos de Gramsci –, na medida em que não foi possível a obtenção do consenso intra e entre classes, refletido no recorrente uso do aparato repressivo ao longo de todo o regime (1964-1985). Nesta dissertação analisamos alguns livros publicados sob os auspícios do projeto editorial ipesiano. Os principais valores difundidos pelo projeto editorial do Instituo de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) foram o anticomunismo e um modelo de democracia isento de características consideradas "negativas" - a agitação sindical, o nacionalismo extremado etc. As características do mercado editorial e sua influência nos projetos desenvolvidos por editoras do período junto à divulgação de valores do grupo do capital multinacional e associado contribuíram para a construção do projeto hegemônico de sociedade difundido por este setor que expressou a aspiração por uma nova ordem, do ponto de vista de atores econômicos, políticos e militares críticos do sistema político praticado no Brasil desde 1946. Mais do que pregar a oposição ao governo João Goulart (1961-1964), procuram influenciar, pela propaganda de valores, a geração da qual sairiam os futuros dirigentes do país.


  • 2010-05 O Revérbero Constitucional Fluminense, constitucionalismo e imprensa no Rio de Janeiro na independência.
    Título
    O Revérbero Constitucional Fluminense, constitucionalismo e imprensa no Rio de Janeiro na independência.
    Autor
    Virgínia Rodrigues da Silva
    Orientador(a)
    Gladys Sabina Ribeiro
    Data de Defesa
    2010-05-06
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    215
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andrea Slemian
    Gladys Sabina Ribeiro
    Marco Morel
    Tânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira

    Resumo
    Este trabalho trata as especificidades das propostas políticas e projetos de Estado e nação no processo de Independência, que recorrentemente variavam de acordo com o momento, o espaço geográfico e o lugar social a partir do qual eram veiculadas. Partimos da análise de um dos principais jornais da polemista imprensa de opinião do Rio de Janeiro no período de 1821-1822, o Revérbero Constitucional Fluminense, publicado por Joaquim Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa. Objetivamos o entendimento das fronteiras e pertencimentos que caracterizavam sua identidade política, definida em meio às transformações (não evolutivas) do espaço público e da afirmação, por formas enviesadas e diversas, de uma cultura política baseada nos princípios do liberalismo e constitucionalismo. Com isso, pretendemos estabelecer de que forma a noção de soberania e as variadas vertentes do pensamento constitucionalista e liberal de fins do século XVIII e início do século XIX manifestaram-se no discurso do jornal.


  • 2010-05 AMOR, SACRIFÍCIO E LEALDADE: O Donativo para o casamento de Catarina de Bragança e para a Paz de Holanda (Bahia, 1661-1725)
    Título
    AMOR, SACRIFÍCIO E LEALDADE: O Donativo para o casamento de Catarina de Bragança e para a Paz de Holanda (Bahia, 1661-1725)
    Autor
    Letícia Dos Santos Ferreira
    Orientador(a)
    Rodrigo Nunes Bentes Monteiro
    Data de Defesa
    2010-05-06
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    184
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Maria Fernanda Baptista Bicalho
    Paulo Cavalcante de Oliveira Junior
    Pedro Luís Puntoni
    Rodrigo Nunes Bentes Monteiro

    Resumo
    O donativo para o dote da Sereníssima Rainha da Grã-Bretanha e pela paz de Holanda é constantemente citado pela historiografia. Entretanto, nenhum trabalho debruçou-se mais detalhadamente sobre sua imposição, dinâmica ou princípio. Esta dissertação, atenta a especificidade desta contribuição à Fazenda Real, procurou entender seu caráter dentro de uma lógica de Antigo Regime, sem contudo perder de vista as configurações especificas da América portuguesa. Igualmente, estivemos atentos às relações políticas e econômicas entre as principais nações européias durante o século XVII, uma vez que o donativo resultava de acordos diplomáticos firmados pela monarquia portuguesa recém restaurada com a Grã-Bretanha e a Holanda. Para viabilizar o estabelecimento do donativo, bem como seu pagamento, a coroa valeu-se de uma lógica de serviços que, da mesma forma, foi utilizada pelos vassalos régios quando acharam necessário. Perceber, portanto, como os vassalos portugueses na Bahia relacionavam-se com a coroa através do donativo de Inglaterra e paz de Holanda foi o objetivo desta dissertação.


  • 2010-05 Potentados e Conflitos nas Sesmarias da Comarca do Rio das Mortes
    Título
    Potentados e Conflitos nas Sesmarias da Comarca do Rio das Mortes
    Autor
    Francisco Eduardo Pinto
    Orientador(a)
    Márcia Maria Menendes Motta
    Data de Defesa
    2010-05-04
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    421
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ângelo Alves Carrara
    Iris Kantor
    Júnia Ferreira Furtado
    Luciano Raposo de Almeida Figueiredo
    Márcia Maria Menendes Motta
    Rafael Ivan Chambouleyron
    Sheila Siqueira de Castro Faria

    Resumo
    Nesta tese nós nos propomos a investigar a ocupação territorial das regiões mais remotas da extensa Comarca do Rio das Mortes, em Minas Gerais, na segunda metade do século XVIII e no primeiro quartel do XIX através das doações de sesmarias. Observamos que à medida que a comarca foi ganhando destaque no abastecimento do Rio de Janeiro acirrou-se a disputa pelas terras de agricultura resultando em conflitos com as populações marginais da capitania: índios, quilombolas e colonos pobres. Para isso, abordamos o processo de conquista dos sertões das nascentes do rio São Francisco, a oeste, e dos sertões dos rios Pomba e Peixe, a leste, avançando sobre as terras indígenas, imediatamente distribuídas em sesmarias. Estudamos ainda as partes dos autos de medição e demarcação de algumas sesmarias da comarca e os conflitos judiciais daí decorrentes. Para a percepção desses conflitos focalizamos alguns poderosos proprietários de terras. Procuramos entender o funcionamento dos processos de medição e demarcação das sesmarias, marcados pelo inevitável envolvimento das autoridades judiciais e administrativas em benefício desses potentados. Apontamos as dificuldades enfrentadas por sesmeiros absenteístas para a conservação das suas propriedades usurpadas por administradores e ocupadas por posseiros, como foi o caso dos nobres portugueses da família Souza Coutinho. Por fim, observamos a disputa pela posse de uma grande sesmaria entre diversos moradores da freguesia da Campanha do Rio Verde e o coronel Inácio José de Alvarenga Peixoto, ouvidor da Comarca do Rio das Mortes e um dos homens mais ricos e influentes da capitania.


  • 2010-04 Comércio e trabalho em Cabinda durante a ocupação colonial portuguesa, c.1880 - c.1915
    Título
    Comércio e trabalho em Cabinda durante a ocupação colonial portuguesa, c.1880 - c.1915
    Autor
    Ana Flávia Cicchelli Pires
    Orientador(a)
    Mariza de Carvalho Soares
    Data de Defesa
    2010-04-30
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    266
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alexsander Lemos de Almeida Gebara
    Beatriz Gallotti Mamigonian
    Carlos Moreira Henriques Serrano
    Keila Grinberg
    Marcelo Bittencourt Ivair Pinto
    Mariza de Carvalho Soares
    Monica Lima E Souza

    Resumo
    Tenho por objetivo através da presente tese analisar o processo de formação do enclave de Cabinda, na costa centro-ocidental africana, ao norte do rio Congo, e acompanhar os avanços e retrocessos inerentes à ocupação colonial portuguesa na região, entre 1880 e 1915. Neste período, o colonialismo português empregou uma política que conjugou expropriação de terras, cobrança de impostos e amplo controle sobre a força de trabalho africana. Estas medidas tinham por finalidade financiar a ocupação e a construção do aparato colonial, assim como viabilizar os investimentos do capital público e privado, garantindo o retorno do capital investido. Diante deste quadro, procuro dar destaque à experiência colonial das populações que habitavam o enclave, na tentativa de compreender como elas receberam e reagiram frente às transformações decorrentes da política colonial. Para uma melhor elucidação do processo histórico, territórios ao sul do rio Congo, que compunham o antigo reino do Kongo, também serão analisados em perspectiva comparada.
  • 2010-04 A Trajetória D’O Repúblico no fim do Primeiro Reinado e início da Regência: Os discursos impressos de Antônio Borges da Fonseca sobre a Política Imperial (1830-1832)
    Título
    A Trajetória D’O Repúblico no fim do Primeiro Reinado e início da Regência: Os discursos impressos de Antônio Borges da Fonseca sobre a Política Imperial (1830-1832)
    Autor
    Carolina Paes Barreto da Silva
    Orientador(a)
    Gladys Sabina Ribeiro
    Data de Defesa
    2010-04-29
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    173
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Gladys Sabina Ribeiro
    Marcello Otávio Neri de Campos Basile
    Marco Morel

    Resumo
    OO presente trabalho busca analisar a trajetória política do liberal exaltado Antônio Borges da Fonseca e de seu jornal O Repúblico nos anos finais do Primeiro Reinado e iniciais da Regência. A partir do exame de três fases do periódico (1830-1831; 1831-1832; 1837), o estudo pretende investigar os sentidos que o publicista atribuiu às palavras constituição, federação, república, liberdade, cidadão e revolução. A análise desses conceitos nos oferece um acesso privilegiado às formas pelas quais o redator experimentou, concebeu e prefigurou a realidade. Os discursos de Borges da Fonseca foram construídos em condições concretas, com base nas suas experiências históricas e nas limitações e possibilidades inscritas pelas transformações da sociedade. O publicista seguia à dinâmica das lutas de sua época: no início de 1831, exerceu uma função agitadora nos momentos mais tensos e decisivos da política imperial, como nas Noites das Garrafadas e na Revolução de 7 de Abril. Nesse contexto, as suas críticas não só se dirigiam aos deputados, ministros e altos funcionários do governo, mas também atingiam o Imperador. Contudo, após à abdicação de D. Pedro I, marcou um recuo em suas tendências "exaltadas", aliando-se aos moderados. Como conseqüência de sua adesão à moderação, os seus escritos começaram a expressar esta tendência. Mas, em 1837, com a ascensão do Regresso conservador, retratou-se publicamente: lamentou-se em ter defendido a "prudência", a "tranqüilidade e a "ordem", voltando a escrever discursos mais inflamados.


language

Siga-nos