Thèses
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2010-09 A Revolta de Sertório e a Crise Republicana do Século I a.C: Uma visão das práticas de dominação imperialista romana nas HispâniasTítuloA Revolta de Sertório e a Crise Republicana do Século I a.C: Uma visão das práticas de dominação imperialista romana nas HispâniasAutor
Vanessa Vieira de LimaOrientador(a)
Sônia Regina Rebel de AraújoData de Defesa
2010-09-09Nivel
MestradoPáginas
191Volumes
1Banca de DefesaAlexandre Carneiro Cerqueira LimaCiro Flamarion Santana CardosoClaudia Beltrão da RosaJorge Mario DavidsonSônia Regina Rebel de Araújo
ResumoO tema central do presente estudo é a Revolta de Sertório, ocorrida nas Hispânias, durante o primeiro episódio de guerras civis romanas no século I a.C. A crise republicana, oriunda dos conflitos entre Caio Mário e Cornélio Sila, compõe a conjuntura analisada ao longo desta dissertação, a qual se volta, especificamente, para o período compreendido entre os anos 90 a.C. e 70 a.C. Pretende-se, deste modo, analisar os conflitos políticos da República Romana e, neste contexto, a Revolta de Sertório, tendo como base, por um lado, a crescente importância da Península Ibérica para Roma. E, por outro lado, questões concernentes às disputas de poder, ao imperialismo romano e aos processos de romanização efetuados nessas províncias, graças à presença do governo sertoriano. Portanto, buscamos observar as persistências e as transformações efetuadas nas Hispânias, ponderando, principalmente, certas formas de consolidação do domínio senatorial junto às populações locais, enfatizando-se as ações de Quinto Sertório. Empregamos as concepções de Certeau sobre as fluídas relações entre estratégias e táticas, na medida em que reconhecemos, por um lado, as referidas formas de consolidação do domínio senatorial como "estratégias de dominação" e, por outro, as determinações sertorianas direcionadas aos hispanos como "táticas de dominação". Destarte, nossas interpretações são baseadas nas premissas da teoria pós-colonial, uma vez que nos propomos a descentralizar os estudos do Império Romano ao observarmos as trocas culturais, os fenômenos de negociação e de resistência à conquista romana. Em suma, visamos demonstrar porque a Revolta de Sertório foi um evento bastante importante para a crise republicana e um marco para a história das Hispânias no que tange à sua inserção na órbita imperial romana. Nossas análises são corroboradas pela aplicação do método de leitura isotópica sobre o corpus documental, formado por distintas fontes textuais: Plutarco ("Vida de Sertório" e "Vida de Pompeu"), Apiano "(As Guerras Civis I"), Tito-Lívio ("História de Roma"), Cícero ("Sobre a Lei Manília") e Estrabão ("Geografia").
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2010-09 Escola Politécnica da Bahia: Poder, política e educação na Bahia Republicana (1896 - 1920)TítuloEscola Politécnica da Bahia: Poder, política e educação na Bahia Republicana (1896 - 1920)Autor
Emiliano Côrtes BarbosaOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2010-09-03Nivel
MestradoPáginas
272Volumes
1Banca de DefesaLuiz Fernando SaraivaMaria Letícia CorrêaPedro Eduardo Mesquita de Monteiro MarinhoSonia Regina de MendonçaThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoAvaliar o processo de institucionalização da Escola Politécnica da Bahia — EPBA — é a diretriz do presente estudo. Esta investigação se foca em analisar e discutir as razões pelas quais a Escola Politécnica da Bahia foi criada, bem como a sua trajetória nos seus vinte três primeiros anos. Uma instituição de ensino formadora de engenheiros, criada e administrada por uma agência composta por agentes encampados na sociedade civil e sociedade política, situação que nos traz a luz as estratégias das frações da classe média urbanas preocupadas em alcançar representatividade e, a partir daí, inscrever seus projetos de ―visão de mundo. Portanto, tentaremos reconstruir o cenário ―jogo político na Bahia republicana, destacando todo processo de crise de hegemonia, apontando os agentes principais das disputas, inserindo a criação da EPBA, e seus representantes dentro deste processo.
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2010-09 Os Marginais e o Rei. A Construção de uma estratégica relação de poder em fins da Idade Média portuguesaTítuloOs Marginais e o Rei. A Construção de uma estratégica relação de poder em fins da Idade Média portuguesaAutor
Beatris Dos Santos GonçalvesOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2010-09-02Nivel
DoutoradoPáginas
330Volumes
2Banca de DefesaClinio de Oliveira AmaralEdmar Checon de FreitasGracilda AlvesLenora Pinto MendesMaria de Lurdes Pereira RosaMiriam Cabral CoserVânia Leite Fróes
ResumoEstudo sobre a atuação política dos reis de Avis, de D. Duarte a D. Manuel I cujo objetivo era o fortalecimento e a centralização do poder monárquico. A partir dos conceitos de centralidade e marginalidade, baseado, dentre outros teóricos, nas noções de Bronislaw Geremek, analisou-se a ação da justiça régia por meio de fontes normativas, arquivísticas e cronísticas, concluindo-se que a marginalidade era definida e redefinida, segundo os interesses monárquicos, constituindo-se numa das mais importantes estratégias régias.
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2010-08 LONGE DEMAIS DAS CAPITAIS? Cultura política, distinção social e movimento estudantil no Piauí (1935-1984)TítuloLONGE DEMAIS DAS CAPITAIS? Cultura política, distinção social e movimento estudantil no Piauí (1935-1984)Autor
João Batista Vale JuniorOrientador(a)
Edwar de Alencar Castelo BrancoData de Defesa
2010-08-20Nivel
DoutoradoPáginas
311Volumes
1Banca de DefesaClaudia Cristina da Silva FontinelesDaniel Aarão Reis FilhoDenilson Botelho de DeusEdwar de Alencar Castelo BrancoFrancisco Alcides do NascimentoGiselle Martins VenancioMaria Paula Nascimento Araújo
ResumoEsta tese procura mostrar as especificidades do Movimento Estudantil (ME) piauiense. O balizamento histórico estabelecido para a abordagem, situa-se entre a formação da primeira entidade de representação estudantil no Piauí (1935) e as manifestações locais que, nessa Unidade da Federação, marcaram o período de crise e superação da ditadura civil-militar, instaurada no Brasil em 1964: o ano de 1984. Procurou-se demonstrar que a constituição da identidade do ME, no Piauí, deu-se em um cenário em que a força dos valores e tradições conservadoras consubstanciaram-na. Ao tempo em que esses valores e tradições, geralmente sustentadas no tripé ordem/disciplina/progresso impediam a imersão das entidades estudantis em um círculo de referências ideológicas e políticas identificadas com o romantismo revolucionário de esquerda, fundamentavam também formas de distinção social e política que elevavam as lideranças estudantis ao patamar de interlocutores diretos com os círculos do poder. Essas condições de interlocução permitiam a essas lideranças atingirem metas reivindicativas que reforçavam a eficácia de sua representação. As transformações políticas pelas quais passou o Brasil nos anos 70 impactaram o ME piauiense de maneira a aproximá-lo do ideário de esquerda, alterando significativamente a composição de suas lideranças, referências ideológicas e estratégias de luta. Até meados dos anos 80, apesar das mudanças em sua dinâmica interna, o ME piauiense conservou parte de sua capacidade de diálogo com o campo político dominante, tendo a imprensa de Teresina como mediadora dessa relação e como difusora das bandeiras de luta e mobilizações estudantis junto à opinião pública.
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2010-08 Dos Sertões aos Mares: História do comércio e dos comerciantes de Parnaíba (1700 - 1950)TítuloDos Sertões aos Mares: História do comércio e dos comerciantes de Parnaíba (1700 - 1950)Autor
Junia Motta Antonaccio Napoleão do RegoOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2010-08-19Nivel
DoutoradoPáginas
291Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusFabiano de Souza GontijoFrancisco de Assis Veloso FilhoMarcelo Cheche GalvesSolimar Oliveira LimaTeresinha de Jesus Mesquita QueirozThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEste trabalho estuda o comércio e os comerciantes da cidade de Parnaíba (Piauí) no período compreendido entre 1700 e 1950. São abordadas as razões econômicas que levaram o desenvolvimento do Porto das Barcas, porto inicial da Vila de São João da Parnaíba. A vila atraiu o gado criado no interior da província para as oficinas de charqueada e com isso tornou-se um significativo pólo de exportação do produto. Com a chegada de comerciantes portugueses a técnica de charquear foi aprimorada e o comércio intensificado. Com a falência das charqueadas, Parnaíba conheceu outras empreitadas comerciais de vulto em torno de produtos derivados da pecuária, da agricultura e de atividades extrativistas que seguiram o mesmo percurso fluvial e de portos internacionais. As atividades econômicas desenvolvidas em Parnaíba a partir de produtos vindos do sertão ditaram a necessidade de uma infra-estrutura para o progresso do Piauí: a navegação a vapor pelo rio Parnaíba, a construção do porto marítimo de Amarração e a construção da Estrada de Ferro Central do Piauí. É abordada a instalação de duas casas comerciais estrangeiras: a Casa Inglesa representada por Paul Robert Singlehurst e James Frederick Clark e a Casa Comercial Marc Jacob do francês Marc Jacob. Os registros de suas atividades comerciais atestam o impressionante desenvolvimento do comércio importador e exportador com portos europeus. Os estrangeiros legaram algumas influencias culturais européias, entre elas o futebol e a edição de um Almanaque nos moldes dos franceses. A classe dos comerciantes de Parnaíba tomou o caráter de líder incentivador de várias lutas incluindo as que visavam melhorias na infraestrutura da cidade e reformas educacionais. Abordamos as lutas travadas ao longo deste período entre os comerciantes e as autoridades governamentais para conseguir obras e projetos públicos condizentes com o desenvolvimento almejado para a cidade.
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2010-08 Tráfico de escravos e direção Saquarema no Senado do Império do BrasilTítuloTráfico de escravos e direção Saquarema no Senado do Império do BrasilAutor
João Carlos Escosteguy FilhoOrientador(a)
Théo Lobarinhas PiñeiroData de Defesa
2010-08-17Nivel
MestradoPáginas
188Volumes
1Banca de DefesaLuiz Fernando SaraivaPedro Eduardo Mesquita de Monteiro MarinhoRicardo Henrique SallesThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoA trajetória do Império do Brasil, ao longo da primeira metade do século XIX, confunde-se com as disputas ideológicas promovidas pelos intelectuais orgânicos da classe senhorial em formação, que resultam na vitória de um determinado projeto de Império e de sociedade desenhado principalmente entre 1838 e 1850. Esse projeto vitorioso contemplou diversas questões consideradas essenciais para o novo Estado que se procurava erigir. Esta pesquisa trata de parcela dessas questões: aquela ligada às relações entre tráfico de escravos, nação, Império e sociedade. Procurou-se, aqui, analisar a série de conflitos entre diferentes concepções escravistas de Império que, em especial no período citado, conferiam lugares distintos para o papel da escravidão africana e do tráfico de escravos no tipo de Estado-nação que se queria construir. O espaço principal de análise é o Senado do Império do Brasil no período entre 1831 e 1850, mas com maior destaque para o recorte a partir de 1838. Ao final do período, a direção Saquarema, ligada à classe senhorial, passou a dar a tônica do processo, encaminhando seu próprio projeto de Império e sua própria perspectiva para a escravidão no Brasil.
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2010-08 Intelectuais, espíritas e abolição da escravidão: os projetos de reforma na imprensa espírita (1867-1888).TítuloIntelectuais, espíritas e abolição da escravidão: os projetos de reforma na imprensa espírita (1867-1888).Autor
Daniel Simões do ValleOrientador(a)
Magali Gouveia EngelData de Defesa
2010-08-17Nivel
MestradoPáginas
194Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMagali Gouveia EngelMarcello Otávio Neri de Campos BasileMartha Campos Abreu
ResumoEsse trabalho analisa os posicionamentos assumidos pelos espíritas no debate sobre a abolição da escravidão na década de 1880, no Rio de Janeiro. A pesquisa é encaminhada a partir da trajetória de três intelectuais: Antonio da Silva Neto, Adolfo Bezerra de Menezes e Francisco Leite de Bittencourt Sampaio. Esses intelectuais se envolveram nas discussões sobre as reformas servil e política, no final dos anos 1860. Posteriormente, tornaram-se espíritas e exerceram importante papel frente ao crescente movimento espírita da capital do Império. O objetivo é compreender a influência desses intelectuais nas posições adotadas pelas instituições espíritas através da imprensa, assim como, nas redes de sociabilidades estabelecidas pelos espíritas no âmbito do movimento abolicionista. O estudo da imprensa espírita está focado em dois periódicos: Revista da Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade e o Reformador. Através deles, busca-se compreender os projetos de reforma construídos e defendidos pelas instituições espíritas.
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2010-08 A Família Beija-FlorTítuloA Família Beija-FlorAutor
Luiz Anselmo BezerraOrientador(a)
Marcos Alvito Pereira de SouzaData de Defesa
2010-08-13Nivel
MestradoPáginas
244Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralKarina KuschnirLeila Maria da Silva BlassMarcos Alvito Pereira de SouzaSimoni Lahud Guedes
ResumoO trabalho apresenta uma análise das relações institucionais entre jogo do bicho e escola de samba enquanto suporte do esquema de poder familiar montado no município de Nilópolis durante a ditadura militar e que se encontra em pleno vigor ainda nos dias atuais. Abordamos num primeiro momento visões macro-políticas que relacionam a projeção dos dois ramos do poder familiar à interferência militar na Baixada Fluminense. Entretanto, o estudo aprofunda a reflexão sobre a adesão ao regime por parte das lideranças das famílias Sessim e Abraão na medida em que se assenta nos pressupostos de um modelo epistemológico atento à relevância de dados fragmentários, ou seja, indícios soltos que foram identificados no exame de fontes jornalísticas, de arquivo e fontes orais, estas produzidas mediante a realização de entrevistas de acordo com a metodologia da história oral. Em função disso, a pesquisa aponta para um conjunto mais amplo de fatores que teriam contribuído para a consolidação, pelas referidas famílias, de uma tradição de atuação política baseada no lugar. A relação dos chefes do esquema com setores da comunidade local é tratada considerando-se a dimensão simbólica do sistema de trocas que se centralizou na figura do banqueiro do bicho e presidente de hora da Beija-Flor, Anísio Abraão David, e foi estruturado através da organização carnavalesca na forma de uma economia do dom. Portanto, o universo simbólico do esquema político é analisado no trabalho com a demonstração de que se compõe também pela interligação de elementos da memória dos imigrantes de origem libanesa estabelecidos na localidade e de um conjunto de valores incorporados do sistema do jogo do bicho. Seguindo a proposta etnográfica do olhar de perto e de dentro, tomamos a visão de antigos moradores de Nilópolis vinculados à Beija-Flor acerca do contexto em que estão inseridos e das práticas que desenvolvem como ponto de partida para explicação dos mecanismos que articulam as redes sociais responsáveis pela sustentação da estrutura de poder estudada. Em síntese, argumenta se que a vitalidade do esquema familiar está associada à capacidade de articulação desenvolvida por suas lideranças através do controle de organizações que permitem a manutenção, e reprodução, de vínculos estabelecidos tanto nas redes de sociabilidade de âmbito local quanto em setores externos à esfera do município e ao mundo do samba.
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2010-08 Aspectos culturais e ascensão econômica de mulheres forras em São João Del Rey: séculos XVIII e XIXTítuloAspectos culturais e ascensão econômica de mulheres forras em São João Del Rey: séculos XVIII e XIXAutor
Bárbara Deslandes PrimoOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2010-08-02Nivel
MestradoPáginas
157Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMárcio de Sousa SoaresRoberto Guedes FerreiraSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoEsta dissertação analisa a vida, hábitos e costumes de mulheres alforriadas em São João Del Rey, Minas Gerais, na segunda metade do século XVIII e primeira metade do XIX. Para tal, parte da análise dos testamentos deixados por estas mulheres, de forma a traçar um panorama da vida delas na liberdade, englobando as atividades realizadas, ofícios e redes de sociabilidade desenvolvidas por estes atores sociais. Começo minha analise, apoiada pela historiografia, demonstrando que eram as mulheres as privilegiadas pela alforria, por diversos motivos, e que, já libertas, dedicavam-se, em sua maioria, à atividade comercial. Exploro a questão da dedicação ao comércio por parte destas mulheres tendo como pano de fundo sua origem africana. Por fim, analiso como a conjunção destes fatores – maior acesso à alforria e referências africanas - acabou por formar um dos grupos mais peculiares e contraditórios do Brasil Colônia, usando o universo de São João Del Rey para corroborar minhas hipóteses.
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2010-07 "Reaganation: a ascensão do neoconservadorismo e o nacionalismo nos Estados Unidos (1981 - 1988)"Título"Reaganation: a ascensão do neoconservadorismo e o nacionalismo nos Estados Unidos (1981 - 1988)"Autor
Roberto Moll NetoOrientador(a)
Cecília da Silva AzevedoData de Defesa
2010-07-06Nivel
MestradoPáginas
265Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoDaniel Aarão Reis FilhoFlavio LimoncicMarco Antonio Villela PamplonaThaddeus Gregory Blanchette
ResumoNesta dissertação pretendemos estudar a forma como um grupo de neoconservadores narrou e imaginou a nação e o nacionalismo nos Estados Unidos nos anos de governo de Ronald Reagan. A partir dos anos 1950, diante das problemáticas sociais, diversos grupos de empresários e intelectuais afinados com o conservadorismo começaram a se organizar com o objetivo de repensar o conservadorismo e pensar um novo projeto para a nação. Nos anos 1980, um grupo de conservadores, entendidos hoje como neoconservadores, conseguiu transformar seu projeto de nação em um projeto de nação amplo. Dessa forma, os neoconservadores chegaram ao poder representados por Ronald Reagan. Esse projeto de nação neoconservador apresentou uma narrativa particular e uma forma específica de narrar e imaginar a nação e o nacionalismo nos Estados Unidos. Esta forma de narrar e imaginar a nação e o nacionalismo neoconservador esteve presente e foi difundida nos discursos de Ronald Reagan, nosso principal objeto de análise, assim como nas páginas de alguns jornais. Nos discursos e nas ações do governo de Ronald Reagan, sobretudo quando tratam do estado de bem estar social para pobres e negros, das ações afirmativas e da imigração, buscamos investigar o que é a nação e o que é ser um verdadeiro estadunidense para os neoconservadores.
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2010-07 A SOMBRA E A PENUMBRA: centro e periferia no vice-reinado do Conde da Cunha (1763-1767)TítuloA SOMBRA E A PENUMBRA: centro e periferia no vice-reinado do Conde da Cunha (1763-1767)Autor
Izabela Gomes GonçalvesOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2010-07-01Nivel
MestradoPáginas
195Volumes
1Banca de DefesaAdriana Barreto de SouzaCarlos Gabriel GuimarãesGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesSérgio Chahon
ResumoO trabalho em tela se propõe a analisar as relações estabelecidas entre a Coroa lusa e os governantes ultramarinos, durante o período pombalino, focando de forma especial o vice-reinado de Antônio Álvares da Cunha, o primeiro vice-rei depois da transferência da capital para o Rio de Janeiro (1763). Diante da fragilidade do Império português, da crescente projeção da hegemonia britânica e das constantes ameaças espanholas nas fronteiras, o governo de d. José I e de seu principal ministro, Conde de Oeiras, empreendeu uma série de reformas militares em seus domínios, direcionadas em especial aos territórios reinóis e ao centro-sul da América Portuguesa. Neste sentido, tal esforço investigativo partirá da análise das mais diversas estratégias que visavam atingir pontos sensíveis relacionados à defesa da colônia: fortalezas; recrutamento; organização e uniformização de regimentos, pagamento de soldos e fardamento das tropas. Ações que expressaram a percepção da fragilidade militar da América portuguesa, principalmente em relação à defesa de suas desguarnecidas fronteiras.
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2010-06 Sob o Signo da Metamorfose: As Esquerdas Comunistas Brasileiras e a democracia (1974-1982)TítuloSob o Signo da Metamorfose: As Esquerdas Comunistas Brasileiras e a democracia (1974-1982)Autor
Rosalba LopesOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2010-06-07Nivel
DoutoradoPáginas
210Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoLucia GrinbergMarcelo Siqueira RidentiMaria Paula Nascimento AraújoMarieta de Moraes FerreiraNorberto Osvaldo FerrerasRodrigo Patto Sá Motta
ResumoBusca-se analisar o pensamento e a ação das esquerdas comunistas brasileiras no período que se estende de 1974 a 1982, tentando compreender em que medida transformaramse traços autoritários que, segundo vasta bibliografia, estariam historicamente presentes em sua cultura política, como o vanguardismo, o elitismo, a negação ou a instrumentalização da democracia. Sabe-se que o período é rico em mudanças em vários aspectos da vida nacional, basta que se pense no ressurgimento, na segunda metade da década de 1970, de movimentos vigorosos no interior de uma sociedade onde os descontentes eram sistematicamente silenciados. Trata-se, pois, de considerar a hipótese de ter havido um processo de transformação neste campo das esquerdas brasileiras, ainda que se busque dimensionar também as permanências e seus desdobramentos. O acompanhamento do processo se fez, primeiramente, a partir de um mergulho na literatura produzida nas décadas de 1970 e início da década de 1980, permitindo a recuperação tanto da riqueza daquela ambiência, quanto da situação experimentada pelas organizações comunistas, às quais fora imposta uma dura derrota. Mas, foi tempo também de recomeço. Dentre os pressupostos que orientam a pesquisa, destaca-se a compreensão do contexto de experiência e atividade dos atores como o terreno, no qual, as culturas políticas são colocadas em jogo. Daí a consideração dos desdobramentos das relações estabelecidas por estas esquerdas e os diversos movimentos sociais que surgiam ao longo da década de 1970. Em seguida, centramos o foco nas relações estabelecidas entre estas organizações e o sindicalismo surgido no ABC paulista, outro importante ator no processo de construção do Partido dos Trabalhadores. Consideradas duas das culturas políticas que se encontravam e tentavam articular-se em partido, buscamos o dimensionamento das mudanças vividas pelas organizações comunistas, sobretudo, no que diz respeito aos pressupostos democráticos. Através da análise dos documentos produzidos no processo de construção daquele Partido ganha destaque na investigação o desvendamento dos sentidos conferidos à democracia por aqueles que, no novo cenário que se desenhava no país ─ crescentemente povoado por democratas ─ se diferenciavam por historicamente lutar pela igualdade.
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2010-06 Entre Pernambuco e a África. História dos maracatus-nação do Recife e a espetacularização da cultura popular (1960-2000)TítuloEntre Pernambuco e a África. História dos maracatus-nação do Recife e a espetacularização da cultura popular (1960-2000)Autor
Ivaldo Marciano de França LimaOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2010-06-07Nivel
DoutoradoPáginas
420Volumes
1Banca de DefesaAndrea Barbosa MarzanoHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroIsabel Cristina Martins GuillenJocélio Teles Dos SantosLaura Antunes MacielMartha Campos AbreuRachel Soihet
ResumoEste trabalho se propõe a pensar a história dos maracatus-nação no Recife, nos anos de 1960 a 2000, imersos numa complexa luta política para estabelecer o poder de significar suas práticas culturais negras. Pensar a história dos maracatus-nação é estar atento à complexidade do processo de globalização e espetacularização da cultura popular, e de como esse processo se desdobra localmente. Nesse sentido, importa discutir as relações que os maracatuzeiros e os seus maracatus estabeleceram com os poderes públicos que normatizam o carnaval, bem como com a indústria do turismo que objetiva transformar as manifestações da cultura popular em bens culturais vendáveis. Concomitantemente, objetiva-se discutir como os folcloristas e intelectuais que promovem a "defesa" da cultura popular contra suas descaracterizações têm atuado em favor dos maracatus e na defesa dessas manifestações contra o assédio da indústria cultural que promove sua espetacularização. No entanto, esse processo não pode ser pensado sem se considerar a própria história dos maracatus, e suas relações com as comunidades de negros e negras, com o movimento negro e com o poder público. Optou-se por analisar a atuação individual dos maracatuzeiros diante do processo histórico mais global, discutindo as estratégias que estes sujeitos definiram diante de um campo cultural bastante disputado, ganhando visibilidade e legitimidade para os seus grupos.
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2010-05 Em busca da honra: a remuneração dos serviços da guerra holandesa e os hábitos das Ordens Militares (Bahia e Pernambuco, 1641 - 1683)TítuloEm busca da honra: a remuneração dos serviços da guerra holandesa e os hábitos das Ordens Militares (Bahia e Pernambuco, 1641 - 1683)Autor
Thiago Nascimento KrauseOrientador(a)
Ronald José RaminelliData de Defesa
2010-05-28Nivel
MestradoPáginas
244Volumes
1Banca de DefesaAntônio Carlos Jucá de SampaioMaria Fernanda Baptista BicalhoRodrigo Monteferrante RicuperoRonald José Raminelli
ResumoEm 1640, a Restauração demandou uma recriação dos laços de vassalagem entre a monarquia e seus súditos, com a ascensão da dinastia dos Bragança. A economia de mercê exerceu então um papel crucial, inserida em uma sociedade com características estamentais, fundada numa dinâmica centralizadora baseada na ideologia do serviço/recompensa. Servir a Coroa tornou-se um modo de vida e estratégia de ascensão social para certos grupos sociais.Os hábitos das Ordens Militares, especialmente da Ordem de Cristo, representaram grande parte das mercês régias, devido a sua importância social e aos privilégios que acarretava. Esta pesquisa versa sobre a requisição dos hábitos na Bahia e Pernambuco durante a "conjuntura crítica" da Restauração portuguesa, utilizando a documentação disponível no Projeto Resgate Barão do Rio Branco referente a Bahia e Pernambuco, especialmente requerimentos e consultas de mercês e o Livro de Registro de Consultas de Mercê do Conselho Ultramarino. Os objetivos são a definição do perfil social dos suplicantes, a importância dos hábitos para eles, os serviços que oferecem à Coroa e a apreciação do Conselho Ultramarino sobre estes mesmos serviços. Desta maneira, tento contribuir para o entendimento da economia de mercê e da estruturação das elites coloniais, em perspectiva comparada.
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2010-05 Vício dos Clérigos: A Sodomia nas Malhas do Tribunal do Santo Ofício de LisboaTítuloVício dos Clérigos: A Sodomia nas Malhas do Tribunal do Santo Ofício de LisboaAutor
Veronica de Jesus GomesOrientador(a)
Georgina Silva Dos SantosData de Defesa
2010-05-27Nivel
MestradoPáginas
228Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresDaniela Buono CalainhoGeorgina Silva Dos SantosRonaldo Vainfas
ResumoNão obstante as determinações dos concílios, especialmente as do de Trento, quanto à moral sexual dos eclesiásticos, a alcunha medieval vício dos clérigos caracterizou muito bem o contexto de Portugal e do Brasil da Época Moderna, quando um expressivo número de homens da Igreja se envolveu com o crime da sodomia e caiu nas malhas da Inquisição portuguesa. Através dos documentos gerados pelo Santo Ofício lusitano, especialmente os oriundos das Visitações à Bahia colonial, o trabalho analisa as relações sodomíticas entre os eclesiásticos e os seus parceiros sem, contudo, se esquecer daqueles que sofreram o que atualmente designamos de "abusos sexuais" perpetrados pelos homens da Igreja. Tal contexto demonstra que, ainda que tenha existido um conjunto de regras que regulavam os comportamentos dos membros da Igreja, objetivando constituí-los exemplos para a sociedade, não foi possível exercer um total controle sobre suas atitudes que, muitas vezes, pareceram desafiar os códigos católicos de conduta. A perspectiva reforça a idéia de que os sodomitas da Igreja, mesmo com um estilo de vida que se propunha diferente do dos leigos, não foram presas passivas de um discurso de submissão e austeridade.
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2010-05 O Império dos Souza Breves nos Oitocentos: Política e escravidão nas trajetórias dos Comendadores José e Joaquim de Souza BrevesTítuloO Império dos Souza Breves nos Oitocentos: Política e escravidão nas trajetórias dos Comendadores José e Joaquim de Souza BrevesAutor
Thiago Campos Pessoa LourençoOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2010-05-25Nivel
MestradoPáginas
188Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroKeila GrinbergMartha Campos AbreuRicardo Henrique Salles
ResumoO presente trabalho analisará as trajetórias dos irmãos José e Joaquim de Souza Breves. Utilizaremos suas histórias como caminhos possíveis para compreender algumas das questões em pauta no universo escravista brasileiro durante o século XIX. Nesse sentido, ao longo do texto, abordaremos três perfis de inserções dos Comendadores na sociedade escravista brasileira: Primeiramente analisaremos a construção da fortuna dos Souza Breves a partir de seus vínculos familiares, e das estratégias econômicas e de sociabilidades traçadas pelos Comendadores. Logo em seguida, evidenciaremos as diferentes inserções dos Souza Breves na política imperial. As perspectivas distintas dos Comendadores resultaram em posições antagônicas em momentos políticos singulares. Da Revolução Liberal de 1842 ao advento da abolição, os irmãos apresentaram respostas diferentes às questões formuladas por seu tempo. Por último, estudaremos a vinculação dos Comendadores e de suas fazendas litorâneas ao tráfico ilegal de africanos. Aproveitaremos o ensejo para desvendar o funcionamento de parte do comércio ilegal de cativos após 1831, destacando, em última instância, os indivíduos reduzidos ilegalmente à escravidão nas fazendas da família Breves.
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2010-05 Militância política e produção literária no Brasil (dos anos 30 aos anos 50): as trajetórias de Graciliano Ramos e Jorge Amado e o PCBTítuloMilitância política e produção literária no Brasil (dos anos 30 aos anos 50): as trajetórias de Graciliano Ramos e Jorge Amado e o PCBAutor
Júlia Monnerat BarbosaOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2010-05-24Nivel
DoutoradoPáginas
403Volumes
1Banca de DefesaAndréa Lemos Xavier GalucioEurelino Teixeira Coelho NetoLuciana Lombardo Costa PereiraMagali Gouveia EngelMarcelo Badaró MattosRicardo da Gama Rosa CostaVictor Hugo Adler Pereira
ResumoO objetivo central deste trabalho de pesquisa é investigar as relações estabelecidas entre os escritores Graciliano Ramos e Jorge Amado, e o Partido Comunista Brasileiro no período inscrito entre as décadas de 1930 e 1950. Para tanto, identifica as fronteiras entre o comprometimento militante e a criação artística destes dois autores, tentando entender até que ponto as diretrizes programáticas ou referências políticas mais gerais do partido estariam presentes em suas obras, assim como traça um painel da importância do PCB em um momento específico da vida intelectual e literária brasileira e investiga o papel desempenhado por esses literatos na dinâmica partidária.
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2010-05 A gestação de Crispim: um estudo sobre a constituição da piauiensidadeTítuloA gestação de Crispim: um estudo sobre a constituição da piauiensidadeAutor
Alcebíades Costa FilhoOrientador(a)
Edwar de Alencar Castelo BrancoData de Defesa
2010-05-21Nivel
DoutoradoPáginas
196Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusEdwar de Alencar Castelo BrancoFrancisco Alcides do NascimentoJorge Luiz FerreiraJosé Henrique de Paula BorralhoRaimunda Celestina Mendes da SilvaTeresinha de Jesus Mesquita Queiroz
ResumoEste trabalho reflete sobre alguns aspectos da formação histórica da piauiensidade, entendida como a média dos parâmetros identitários que foram capazes de dar aos piauienses um sentimento de pertença a uma comunidade. José Elias de Arêa Leão,Os recursos empíricos utilizados para o estudo foram principalmente livros, jornais e revistas que veicularam produtos literários da lavra de intelectuais piauienses, em especial aqueles produzidos entre os anos de 1852 e 1952. Tais recursos foram lidos como instrumentos através dos quais, do ponto de vista deste trabalho, seria possível refletir sobre como se constituiu um sistema literário no Piauí e, no lastro deste, como se conformou uma identidade piauiense.
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2010-05 O Comissário Real Martinho de Mendonça (1693-1743): Estratégias e Práticas Administrativas na primeira metade do século XVIIITítuloO Comissário Real Martinho de Mendonça (1693-1743): Estratégias e Práticas Administrativas na primeira metade do século XVIIIAutor
Irenilda Reinalda Barreto de Rangel Moreira CavalcantiOrientador(a)
Luciano Raposo de Almeida FigueiredoData de Defesa
2010-05-20Nivel
DoutoradoPáginas
443Volumes
1Banca de DefesaCaio Cesar BoschiGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesJúnia Ferreira FurtadoLaura de Mello E SouzaLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMaria Fernanda Baptista BicalhoRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoEste estudo pretende acompanhar a trajetória de Martinho de Mendonça de Pina e de Proença (1693-1743), um Comissário Real enviado para auxiliar os governadores da porção sul da América Portuguesa, nos meados da década de 1730. Seguindo suas variadas experiências no serviço do Rei, consegue-se perceber duas veredas que se entrecruzam. Em uma se encontram as iniciativas da Coroa, que tentava melhorar suas práticas e métodos, visando aprofundar o controle governamental no reino e no ultramar, em especial na América Portuguesa. Na outra, caminha com o letrado, durante a estadia em Coimbra, e depois na viagem pela Europa e no retorno a Portugal, quando passou a frequentar a Corte, as Academias de Letrados, e os corredores do palácio real, exercendo diversificadas funções. As duas veredas se unem nas muitas iniciativas de governação da Coroa que aproveitavam os melhores recursos administrativos e intelectuais do momento, representados por homens que reuniam em si habilidades militares e letradas. Para entender o momento em foco, analisa-se o papel da cultura escrita na governação e as crescentes exigências para nomeação de funcionários, tudo permeado pela cultura política neotomista e corporativa, que recomendava aos altos funcionários o uso da concórdia e da prudência para a consecução dos objetivos administrativos. A segunda parte da pesquisa concentra-se nas experiências vivenciadas por Martinho de Mendonça em diversas funções e principalmente, nas Minas, aonde permaneceu por três anos e três meses, exercendo os cargos de Comissário e de Governador Interino. Durante o exercício dessas ocupações, ele teve oportunidade de colocar em prática suas habilidades letradas, muitas vezes requisitadas para resolver os problemas surgidos na capitania mineradora, sendo o seu maior desafio a debelação dos motins eclodidos nos sertões do Rio S. Francisco, em 1736. Para empreender a pesquisa, empregamos fontes impressas e manuscritas depositadas no Arquivo Ultramarino, na Torre do Tombo, no Arquivo Público Mineiro, na Biblioteca Nacional de Lisboa, no Real Gabinete Português de Leitura
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2010-05 PÁGINAS GOLPISTAS: democracia e anticomunismo através do projeto editorial do IPES (1961-1964)TítuloPÁGINAS GOLPISTAS: democracia e anticomunismo através do projeto editorial do IPES (1961-1964)Autor
Martina Spohr GonçalvesOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2010-05-14Nivel
MestradoPáginas
225Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralMarcelo Badaró MattosRenato Luís do Couto Neto E LemosVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA dissertação tem como objetivo analisar a atividade de disseminação dos valores ideológicos do grupo multinacional e associado realizada no Brasil na primeira metade da década de 1960, através de empreendimentos culturais, mais especificamente a edição de livros. Compreendendo o golpe civil-militar de 1964 como uma conquista de uma fração de classe, decorrente do desenvolvimento de uma campanha de convencimento pautada por um determinado projeto hegemônico de sociedade, que acontece para resolver uma crise de hegemonia com objetivo de preservar a ordem ameaçada por esta, e não pelo estabelecimento de uma nova hegemonia, buscamos demonstrar que a conquista do poder não significou o estabelecimento de uma hegemonia plena – nos termos de Gramsci –, na medida em que não foi possível a obtenção do consenso intra e entre classes, refletido no recorrente uso do aparato repressivo ao longo de todo o regime (1964-1985). Nesta dissertação analisamos alguns livros publicados sob os auspícios do projeto editorial ipesiano. Os principais valores difundidos pelo projeto editorial do Instituo de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) foram o anticomunismo e um modelo de democracia isento de características consideradas "negativas" - a agitação sindical, o nacionalismo extremado etc. As características do mercado editorial e sua influência nos projetos desenvolvidos por editoras do período junto à divulgação de valores do grupo do capital multinacional e associado contribuíram para a construção do projeto hegemônico de sociedade difundido por este setor que expressou a aspiração por uma nova ordem, do ponto de vista de atores econômicos, políticos e militares críticos do sistema político praticado no Brasil desde 1946. Mais do que pregar a oposição ao governo João Goulart (1961-1964), procuram influenciar, pela propaganda de valores, a geração da qual sairiam os futuros dirigentes do país.
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2010-05 O Revérbero Constitucional Fluminense, constitucionalismo e imprensa no Rio de Janeiro na independência.TítuloO Revérbero Constitucional Fluminense, constitucionalismo e imprensa no Rio de Janeiro na independência.Autor
Virgínia Rodrigues da SilvaOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2010-05-06Nivel
MestradoPáginas
215Volumes
1Banca de DefesaAndrea SlemianGladys Sabina RibeiroMarco MorelTânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
ResumoEste trabalho trata as especificidades das propostas políticas e projetos de Estado e nação no processo de Independência, que recorrentemente variavam de acordo com o momento, o espaço geográfico e o lugar social a partir do qual eram veiculadas. Partimos da análise de um dos principais jornais da polemista imprensa de opinião do Rio de Janeiro no período de 1821-1822, o Revérbero Constitucional Fluminense, publicado por Joaquim Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa. Objetivamos o entendimento das fronteiras e pertencimentos que caracterizavam sua identidade política, definida em meio às transformações (não evolutivas) do espaço público e da afirmação, por formas enviesadas e diversas, de uma cultura política baseada nos princípios do liberalismo e constitucionalismo. Com isso, pretendemos estabelecer de que forma a noção de soberania e as variadas vertentes do pensamento constitucionalista e liberal de fins do século XVIII e início do século XIX manifestaram-se no discurso do jornal.
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2010-05 AMOR, SACRIFÍCIO E LEALDADE: O Donativo para o casamento de Catarina de Bragança e para a Paz de Holanda (Bahia, 1661-1725)TítuloAMOR, SACRIFÍCIO E LEALDADE: O Donativo para o casamento de Catarina de Bragança e para a Paz de Holanda (Bahia, 1661-1725)Autor
Letícia Dos Santos FerreiraOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2010-05-06Nivel
MestradoPáginas
184Volumes
1Banca de DefesaLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMaria Fernanda Baptista BicalhoPaulo Cavalcante de Oliveira JuniorPedro Luís PuntoniRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoO donativo para o dote da Sereníssima Rainha da Grã-Bretanha e pela paz de Holanda é constantemente citado pela historiografia. Entretanto, nenhum trabalho debruçou-se mais detalhadamente sobre sua imposição, dinâmica ou princípio. Esta dissertação, atenta a especificidade desta contribuição à Fazenda Real, procurou entender seu caráter dentro de uma lógica de Antigo Regime, sem contudo perder de vista as configurações especificas da América portuguesa. Igualmente, estivemos atentos às relações políticas e econômicas entre as principais nações européias durante o século XVII, uma vez que o donativo resultava de acordos diplomáticos firmados pela monarquia portuguesa recém restaurada com a Grã-Bretanha e a Holanda. Para viabilizar o estabelecimento do donativo, bem como seu pagamento, a coroa valeu-se de uma lógica de serviços que, da mesma forma, foi utilizada pelos vassalos régios quando acharam necessário. Perceber, portanto, como os vassalos portugueses na Bahia relacionavam-se com a coroa através do donativo de Inglaterra e paz de Holanda foi o objetivo desta dissertação.
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2010-05 Potentados e Conflitos nas Sesmarias da Comarca do Rio das MortesTítuloPotentados e Conflitos nas Sesmarias da Comarca do Rio das MortesAutor
Francisco Eduardo PintoOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2010-05-04Nivel
DoutoradoPáginas
421Volumes
1Banca de DefesaÂngelo Alves CarraraIris KantorJúnia Ferreira FurtadoLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMárcia Maria Menendes MottaRafael Ivan ChambouleyronSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoNesta tese nós nos propomos a investigar a ocupação territorial das regiões mais remotas da extensa Comarca do Rio das Mortes, em Minas Gerais, na segunda metade do século XVIII e no primeiro quartel do XIX através das doações de sesmarias. Observamos que à medida que a comarca foi ganhando destaque no abastecimento do Rio de Janeiro acirrou-se a disputa pelas terras de agricultura resultando em conflitos com as populações marginais da capitania: índios, quilombolas e colonos pobres. Para isso, abordamos o processo de conquista dos sertões das nascentes do rio São Francisco, a oeste, e dos sertões dos rios Pomba e Peixe, a leste, avançando sobre as terras indígenas, imediatamente distribuídas em sesmarias. Estudamos ainda as partes dos autos de medição e demarcação de algumas sesmarias da comarca e os conflitos judiciais daí decorrentes. Para a percepção desses conflitos focalizamos alguns poderosos proprietários de terras. Procuramos entender o funcionamento dos processos de medição e demarcação das sesmarias, marcados pelo inevitável envolvimento das autoridades judiciais e administrativas em benefício desses potentados. Apontamos as dificuldades enfrentadas por sesmeiros absenteístas para a conservação das suas propriedades usurpadas por administradores e ocupadas por posseiros, como foi o caso dos nobres portugueses da família Souza Coutinho. Por fim, observamos a disputa pela posse de uma grande sesmaria entre diversos moradores da freguesia da Campanha do Rio Verde e o coronel Inácio José de Alvarenga Peixoto, ouvidor da Comarca do Rio das Mortes e um dos homens mais ricos e influentes da capitania.
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2010-04 Comércio e trabalho em Cabinda durante a ocupação colonial portuguesa, c.1880 - c.1915TítuloComércio e trabalho em Cabinda durante a ocupação colonial portuguesa, c.1880 - c.1915Autor
Ana Flávia Cicchelli PiresOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2010-04-30Nivel
DoutoradoPáginas
266Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraBeatriz Gallotti MamigonianCarlos Moreira Henriques SerranoKeila GrinbergMarcelo Bittencourt Ivair PintoMariza de Carvalho SoaresMonica Lima E Souza
ResumoTenho por objetivo através da presente tese analisar o processo de formação do enclave de Cabinda, na costa centro-ocidental africana, ao norte do rio Congo, e acompanhar os avanços e retrocessos inerentes à ocupação colonial portuguesa na região, entre 1880 e 1915. Neste período, o colonialismo português empregou uma política que conjugou expropriação de terras, cobrança de impostos e amplo controle sobre a força de trabalho africana. Estas medidas tinham por finalidade financiar a ocupação e a construção do aparato colonial, assim como viabilizar os investimentos do capital público e privado, garantindo o retorno do capital investido. Diante deste quadro, procuro dar destaque à experiência colonial das populações que habitavam o enclave, na tentativa de compreender como elas receberam e reagiram frente às transformações decorrentes da política colonial. Para uma melhor elucidação do processo histórico, territórios ao sul do rio Congo, que compunham o antigo reino do Kongo, também serão analisados em perspectiva comparada.
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2010-04 A Trajetória D’O Repúblico no fim do Primeiro Reinado e início da Regência: Os discursos impressos de Antônio Borges da Fonseca sobre a Política Imperial (1830-1832)TítuloA Trajetória D’O Repúblico no fim do Primeiro Reinado e início da Regência: Os discursos impressos de Antônio Borges da Fonseca sobre a Política Imperial (1830-1832)Autor
Carolina Paes Barreto da SilvaOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2010-04-29Nivel
MestradoPáginas
173Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroMarcello Otávio Neri de Campos BasileMarco Morel
ResumoOO presente trabalho busca analisar a trajetória política do liberal exaltado Antônio Borges da Fonseca e de seu jornal O Repúblico nos anos finais do Primeiro Reinado e iniciais da Regência. A partir do exame de três fases do periódico (1830-1831; 1831-1832; 1837), o estudo pretende investigar os sentidos que o publicista atribuiu às palavras constituição, federação, república, liberdade, cidadão e revolução. A análise desses conceitos nos oferece um acesso privilegiado às formas pelas quais o redator experimentou, concebeu e prefigurou a realidade. Os discursos de Borges da Fonseca foram construídos em condições concretas, com base nas suas experiências históricas e nas limitações e possibilidades inscritas pelas transformações da sociedade. O publicista seguia à dinâmica das lutas de sua época: no início de 1831, exerceu uma função agitadora nos momentos mais tensos e decisivos da política imperial, como nas Noites das Garrafadas e na Revolução de 7 de Abril. Nesse contexto, as suas críticas não só se dirigiam aos deputados, ministros e altos funcionários do governo, mas também atingiam o Imperador. Contudo, após à abdicação de D. Pedro I, marcou um recuo em suas tendências "exaltadas", aliando-se aos moderados. Como conseqüência de sua adesão à moderação, os seus escritos começaram a expressar esta tendência. Mas, em 1837, com a ascensão do Regresso conservador, retratou-se publicamente: lamentou-se em ter defendido a "prudência", a "tranqüilidade e a "ordem", voltando a escrever discursos mais inflamados.