Tesis de Maestría, Doctorado
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1985-10 A Estrutura Fundiária do Município de Araruama: 1850 - 1920.TítuloA Estrutura Fundiária do Município de Araruama: 1850 - 1920.Autor
Maria Paula GranerOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1985-10-16Nivel
MestradoPáginas
230Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoIsmênia de Lima MartinsMaria Yedda Leite Linhares
ResumoEstudo de alguns aspectos da estrutura de distribuição de terras no município de Araruama, de 1850 a 1920. Esboça as continuidades e transformações que percorrem o período, abordando aspectos como: as tendências da concentração fundiária, as formas de apropriação da terra, as relações jurídicas e as formas de aquisição. Procura detectar os limites com os quais os grandes eixos da economia agro-exportadora podem ser identificados nos desdobramentos fundiários de uma região marginalizada dos centros dinâmicos da economia. A região selecionada para este estudo, afirma a autora, define-se como uma área periférica, medíocre em relação à produção agro-exportadora, sem contudo ausentar-se totalmente das grandes linhas sócio-econômicas que marcaram a formação da sociedade brasileira. Parte-se de fontes cartorárias (escrituras de compra e venda de terras, escrituras de dívidas e hipotecas, inventários Post-mortem), dos Registros Paroquiais de Terras e do Recenseamento Agrícola do Brasil de 1920. A autora destaca a validade da adoção de métodos quantitativos para a história da agricultura.
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1985-10 Metáforas do Trabalho na República das Letras: Atitudes Antiescravistas na Crise do Sistema Colonial.TítuloMetáforas do Trabalho na República das Letras: Atitudes Antiescravistas na Crise do Sistema Colonial.Autor
Francisco Medeiros SoeirosOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1985-10-11Nivel
MestradoPáginas
237Volumes
1Banca de DefesaAfonso Carlos Marques Dos SantosFrancisco José Calazans FalconIsmênia de Lima Martins
ResumoAborda a manifestação de uma opinião antiescravista no conjunto do reformismo econômico de cunho liberal, formulado pela intelectualidade adjunta ao estado absolutista português, durante o processo de crise e superação da relação colonial luso-brasileira. O pesquisador examina a argumentação desenvolvida pelos letrados em depoimentos voluntários (memórias), o que permitiu a identificação das bases ideológicas que delimitaram sua análise. Segundo Francisco Medeiros Soeiros, a crítica ao escravismo desenvolveu-se numa perspectiva dupla: uma técnica; outra, ética.
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1985-10 À Margem da História: Homens Livres Pobres e Pequena Produção na Crise do Trabalho Escravo.TítuloÀ Margem da História: Homens Livres Pobres e Pequena Produção na Crise do Trabalho Escravo.Autor
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1985-10-07Nivel
MestradoPáginas
293Volumes
1Banca de DefesaBartolomé BennassarCiro Flamarion Santana CardosoMaria Yedda Leite Linhares
ResumoQuestiona a importância da historiografia econômica brasileira de somente enfatizar a importância da Plantation, a grande agricultura exportadora. Parte, então do estudo de Capivary - atual Município de Silva Jardim, no Rio de Janeiro - no século XIX, uma fronteira agrícola aberta à expansão cafeeira, o que possibilitou o estabelecimento de uma sociedade rural baseada no trabalho escravo e voltada para o mercado interno. Em virtude de condições ecológicas desfavoráveis, o café foi cultivado associado às culturas de subsistência (a mandioca, sobretudo), sem jamais ter conseguido atingir o Status que o caracterizou no Vale do Paraíba. A autora conclui que que a sociedade daí resultante, pelo esforços conjugado de fazendeiros, comerciantes, lavradores pobres e escravos, caracterizava-se por uma produção agrícola de baixo rendimento, por um povoamento rarefeito e por um mercado restrito, cuja marca foi antes a pobreza do que a abundância.
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1985-10 Movimento Popular e Repressão: A Balaiada no Piauí.TítuloMovimento Popular e Repressão: A Balaiada no Piauí.Autor
Claudete Maria Miranda DiasOrientador(a)
Francisco José Calazans FalconData de Defesa
1985-10-03Nivel
MestradoPáginas
282Volumes
1Banca de DefesaAfonso Carlos Marques Dos SantosFrancisco José Calazans FalconVictor Vincent Valla
ResumoAnalisa a Balaiada, movimento popular do período regencial que envolveu grande parte do Piauí e do Maranhão, de 1838 a 1841, estendendo-se pelo interior do Ceará e da Bahia. Caracterizou-se pela prática violenta do recrutamento militar, pela aplicação arbitrária da Lei dos Prefeitos e pela ditadura do governo do Barão da Parnaíba no Piauí - resultados de uma estrutura econômica, política e social injusta e desigual que vigorava desde os tempos coloniais e que permaneceu praticamente imutável, mesmo com a emancipação política do Brasil. O movimento, demonstra a autora, teve a participação intensa de vaqueiros, artesãos, lavradores, escravos, índios e fazendeiros, que pegaram em armas contra o governo provincial, transformando a Balaiada numa verdadeira guerrilha. Ao final de mais de dois anos de lutas e combates violentos, o movimento foi derrotado pelo aparato repressor montado com forças do Piauí, do Maranhão, do Ceará, da Bahia e do Rio de Janeiro, deixando um salto de milhares de prisioneiros, mortos, além de centenas de feridos.
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1985-09 Rio de Janeiro, 1918: A Insurreição Anarquista.TítuloRio de Janeiro, 1918: A Insurreição Anarquista.Autor
Carlos Augusto AddorOrientador(a)
Victor Vincent VallaData de Defesa
1985-09-27Nivel
MestradoPáginas
234Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsVictor Vincent Valla
ResumoEstudo do movimento anarquista no Brasil, particularmente no Rio de Janeiro, na Primeira República. Seu objeto específico é a greve insurrecional ocorrida nesta cidade em novembro de 1918. São analisados o Estado, a economia e a sociedade brasileira nesse período, bem como as transformações urbanas no Rio de Janeiro, a formação da classe operária nessa cidade e suas condições de vida e trabalho. É apresentada uma visão geral do anarquismo, caracterizando seu processo de inserção no movimento operário brasileiro e carioca em particular, bem como as principais greves ocorridas no período. Os mais importantes aspectos da vida da Capital Federal ao longo do ano de 1918 são descritos, sendo especialmente enfatizados seu movimentos operários e sindicais. Dentro desse contexto, é analisado mais especificamente a insurreição anaquista no Rio de Janeiro, suas motivações e repercussões. Ressalta a importância do anarquismo na formação da classe operária no Brasil e também o peso do movimento de 1918 no Rio de Janeiro, forçando uma mudança da postura do Estado diante da questão social.
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1985-09 A República do Picapau Amarelo: Uma Leitura de Monteiro Lobato.TítuloA República do Picapau Amarelo: Uma Leitura de Monteiro Lobato.Autor
André Luiz Vieira de CamposOrientador(a)
Francisco José Calazans FalconData de Defesa
1985-09-26Nivel
MestradoPáginas
219Volumes
1Banca de DefesaFrancisco José Calazans FalconMargarida de Souza NevesNicolau Sevcenko
Resumo. Resgata, pela análise dos temas e do estilo literário de Monteiro Lobato (1882-1948), a imagem do Brasil na época. Denunciava, então, o advogado, o atraso em que o país vivia e como se buscou - inclusive ele -, alternativas para vencê-lo. Lobato iniciou a construção de um discurso de processo, tendo como categoria central, a noção de trabalho, embora ainda preso a uma perspectiva darwinista, debitando à suposta inferioridade do povo brasileiro a responsabilidade pelo atraso do país. Ainda na mesma época, um surto nacionalista trouxe mudanças para o campo intelectual brasileiro. Uma vanguarda voltou-se para a discussão de temas nacionais, a partir de uma perspectiva de afirmação da nacionalidade. Lobato está engajado neste movimento e seus primeiros livros infantis são fruto dessa preocupação nacionalista, defende o autor. No livro O problema vital (1918), retomou o tema do trabalho, repensando as concepções racistas que o orientaram na construção do Jeca Tatu. A parti daí, deslocou do fator raça para o fator trabalho, a discussão sobre a possibilidade de construção de uma nação moderna e civilizada no Brasil, passando a ver no saneamento e na melhoria das condições de vida do homem brasileiro, as pré-condições para o progresso
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1985-09 Empreendedores e Investidores em Indústria Têxtil no Rio de Janeiro: 1878 - 1895. Uma Contribuição Para o Estudo do Capitalismo no Brasil.TítuloEmpreendedores e Investidores em Indústria Têxtil no Rio de Janeiro: 1878 - 1895. Uma Contribuição Para o Estudo do Capitalismo no Brasil.Autor
Ana Maria Ferreira da Costa MonteiroOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1985-09-24Nivel
MestradoPáginas
348Volumes
Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsMaria Bárbara Levy
ResumoAnalisa a implantação das indústrias têxteis de algodão no Município Neutro da Corte, no período de 1878 a 1895. Procura mostrar, após um levantamento empírico criterioso, que este processo apresentou uma especificidade - no que diz respeito ao Rio de Janeiro - decorrente, em parte, de sua condição de capital do império e, depois, da República. O levantamento e a identificação dos empreendedores e investidores indica que o capital aplicado tinha sua acumulação relacionada indiretamente à atividade exportadora, sendo os negociantes de tecidos os principais agentes destes investimentos. O estudo das companhias, no que diz respeito à sua forma de organização em sociedade anônima e ao seu desempenho, durante este período, permitiu identificar a maneira como estavam-se constituindo numa sociedade em transição do escravismo para o capitalismo. O fenômeno conhecido como Encilhamento apresentou condições favoráveis à expansão destas empresas têxteis que se aproveitaram da crescente disponibilidade de crédito intermediado, em grande parte, pelos bancos
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1985-09 O Recorte da Nação Brasileira: 1822 - 1840.TítuloO Recorte da Nação Brasileira: 1822 - 1840.Autor
Flávia Maria Schlee EylerOrientador(a)
Margarida de Souza NevesData de Defesa
1985-09-24Nivel
MestradoPáginas
100Volumes
1Banca de DefesaFrancisco José Calazans FalconMargarida de Souza NevesNancy Priscilla Smith Naro
ResumoConcentra-se nos anos de 1822 a 1840, período de construção do Estado Imperial e, simultaneamente, de constituição da classe senhorial, cujo projeto era levar adiante uma idéia de unidade capaz de congregar os interesses das elites regionais, em torno do poder central. A análise de discurso revela, segundo a autora, a tentativa de retirar do estatuto colonial tudo que lembrasse como Portugal antiga metrópole.Constrói-se, então, defende a pesquisadora, um ideal de nação que é restrito, não abrangendo todos os grupos sociais. Essa nação será, mesmo a nível de discurso, um dos pilares da unidade da classe senhorial que se projeta, a partir de então, para além das fronteiras da propriedade escravista. Recoberta pelo discurso liberal, essa nação produz sua imagem que na verdade será a expansão da dominação da classe senhorial.
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1985-09 Meretrizes e Doutores: O Saber Médico e a Prostituição na Cidade do Rio de Janeiro.TítuloMeretrizes e Doutores: O Saber Médico e a Prostituição na Cidade do Rio de Janeiro.Autor
Magali Gouveia EngelOrientador(a)
Margarida de Souza NevesData de Defesa
1985-09-20Nivel
MestradoPáginas
189Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoFrancisco José Calazans FalconMargarida de Souza Neves
ResumoA pesquisa situa-se no campo da história social, particularmente no âmbito das ideologias. Estuda o discurso médico sobre a prostituição na cidade do Rio de Janeiro entre 1845 e 1890, base a partir da qual a autora reflete os impasses ideológicos que marcaram a desagregação do escravismo e a construção de uma ordem na sociedade brasileira. O Corpus documental analisado privilegia os textos sobre a prostituição escritos por médicos do Rio de Janeiro, tais como teses da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, memórias publicadas nos Anais da Academia de Medicina etc.. A autora parte do processo de que o texto não é uma simples fonte de informações, mas, dentro da perspectiva de análise adotada, um discurso carregado de ideologia. Desse modo, entre os sentidos possíveis que o caracterizam, haverá sempre um ideológico.
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1985-09 Protecionismo Alfandegário e Crescimento Industrial: O Setor Têxtil no Brasil de 1890 a 1930.TítuloProtecionismo Alfandegário e Crescimento Industrial: O Setor Têxtil no Brasil de 1890 a 1930.Autor
Vania Maria CuryOrientador(a)
Francisco José Calazans FalconData de Defesa
1985-09-16Nivel
MestradoPáginas
108Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboFrancisco José Calazans FalconIsmênia de Lima Martins
ResumoPropõe-se a correlacionar a elevação das tarifas aduaneiras e o crescimento industrial no Brasil, tomando como paradigma o ramo de tecidos de algodão. Percorrendo o período de 1890 a 1930, procura-se fundamentar a principal hipótese de pesquisa: a de que a proteção tarifária representou um papel de importância fundamental para o progresso da indústria brasileira. Para isso, examina-se o desempenho da indústria têxtil de algodão, desde a fase de sua implantação ao momento de sua consolidação.
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1985-09 Nova Friburgo: O Nascimento da Indústria (1890 - 1930).TítuloNova Friburgo: O Nascimento da Indústria (1890 - 1930).Autor
Heloisa Beatriz Serzedello CorreaOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1985-09-10Nivel
MestradoPáginas
168Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoMargarida de Souza NevesMaria Yedda Leite Linhares
ResumoAnalisa as condições históricas da industrialização em Nova Friburgo, no período de 1890 a 1930, assinalando sua transição de uma cidade típica de lazer, com atividades concentradas nos setores comercial e educacional, para um centro industrial de importância estadual. A autora afirma ter partido de duas vertentes: Nova Friburgo como parte integrante de um processo de industrialização mais amplo na transição para o capitalismo no Brasil. E como um processo específico quanto à disponibilidade de força de trabalho, quanto à sua inserção geográfica numa região de pequena produção familiar, e quanto à formação de um grupo de empresários e técnicos de origem alemã que desenvolveram mecanismos de controle sobre o trabalhador.
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1985-08 Três Apitos - Estudo Sobre a Gênese e Expasão da Companhia Progresso Industrial do Brazil (1889 - 1930).TítuloTrês Apitos - Estudo Sobre a Gênese e Expasão da Companhia Progresso Industrial do Brazil (1889 - 1930).Autor
Fernando Antonio FariaOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1985-08-26Nivel
MestradoPáginas
273Volumes
1Banca de DefesaAlmir Chaiban El-karehIsmênia de Lima MartinsWinston Fritsch
ResumoProposta de reconstrução da trajetória de uma fábrica de tecidos localizada em Bangu, subúrbio rural da cidade do Rio de Janeiro, desde o momento de sua fundação em 1889 até 1930. O conhecimento empírico da experiência histórica do movimento capitalista no Rio de Janeiro é falho, ressalta o autor. Isto porque a maior parte dos trabalhos realizados sobre a industrialização no Brasil está circunscrita a São Paulo. Além disso, defende, o estudo da CPIB, no período que corresponde à instalação da grande indústria de bens de consumo assalariado, pode fornecer subsídios a uma melhor compreensão histórica da fase inicial da industrialização retardatária no Rio de Janeiro. Ampliando questões, o estudo aborda a gênese e a expansão do processo industrial carioca, buscando identificar os empresários e aplicadores em ações, as origens do capital e o padrão de acumulação da CPIB.
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1985-08 A Utilização da Mão-de-Obra Indígena na Região do Rio de Janeiro na Segunda Metade do Século XVI.TítuloA Utilização da Mão-de-Obra Indígena na Região do Rio de Janeiro na Segunda Metade do Século XVI.Autor
Salete Maria Nascimento NemeOrientador(a)
Eulália Maria Lahmeyer LoboData de Defesa
1985-08-23Nivel
MestradoPáginas
155Volumes
1Banca de DefesaAfonso Carlos Marques Dos SantosEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima Martins
ResumoAnálise do contato entre os representantes dos grupos tribais brasileiros e agentes de comunidades européias. Baseia-se no conceito de fricção interétnica. Aborda as relações de produção entre os nativos Tupinambás e os colonizadores portuguesas, partindo da hipótese de que as populações indígenas desempenharam papel relevante na organização da economia colonial do século XVI. Conclui que, na fase de acumulação de riquezas, os lusitanos dispuseram de mão de obra aborígene, mais tarde substituída pela africana.
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1985-07 A Implantação da Ordem Republicana no Estado do Rio de Janeiro (1889 - 1892).TítuloA Implantação da Ordem Republicana no Estado do Rio de Janeiro (1889 - 1892).Autor
Renato Luís do Couto Neto E LemosOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1985-07-30Nivel
MestradoPáginas
240Volumes
1Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsJosé Murilo de CarvalhoVictor Vincent Valla
ResumoEstuda o processo de formação das estruturas republicanas no Estado do Rio de Janeiro. À queda da Monarquia segue-se, em território fluminense, uma intensa luta política. O autor entende a disputa pelo controle político do Estado como um capítulo de um processo de transição registrado em todo país, mas determinado, essencialmente, pelas condições peculiares nas quais a sociedade fluminense viveu a passagem da Monarquia à República. Para o Estado do Rio de Janeiro, conclui, a implantação de nova ordem significou uma adequação dos tradicionais grupos dominantes às novas condições resultantes da quebra das estruturas políticas que sustentavam o regime monárquico. A pesquisa foi delimitada pelos anos 1889 e 1892. Trata-se, respectivamente, das datas da Proclamação da República e da promulgação da segunda Constituição fluminense. Estes marcos indicam dois momentos - o primeiro, de ruptura; o segundo, de legitimação - de um itinerário de mudanças que, na verdade, tem suas reízes nas últimas décadas do século XIX.
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1985-07 A Volta ao País Legal e o Conflito Capital - Trabalho em São Paulo - 1932.TítuloA Volta ao País Legal e o Conflito Capital - Trabalho em São Paulo - 1932.Autor
Regina Maria Fernandes Castelo BrancoOrientador(a)
Victor Vincent VallaData de Defesa
1985-07-01Nivel
MestradoPáginas
139Volumes
1Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsSônia Bayão Rodrigues VianaVictor Vincent Valla
ResumoAnálise do Movimento Constitucionalista de 1932, que teve como bandeiras de luta: a reconstitucionalização do país e a devolução da autonomia estadual, assumindo uma posição de clara oposição ao processo de centralização político-administrativa que o Governo Provisório, implantado em 1930, estava realizando. Ele representou a reunificação das forças regionais paulistas das chamadas classes conservadoras - burguesia fundiária, burguesia comercial e burguesia industrial, contra o Governo Provisório. A clivagem política não ocorreu simplesmente porque a oligarquia cafeeira paulista foi afastada do centro de decisão de 1930, como analisa a historiografia tradicional, mas porque, defende a autora, o que estava em questão era a forma de como seria garantido o sistema de propriedade e o domínio político-ideológico e social sobre os não-proprietários, através dos quais o desenvolvimento capitalista estaria garantido. Assim, conclui que o referencial básico para a clivagem política ocorrida entre as diferentes facções da classe dominantes - que consolidou ainda mais a oposição entre as diferentes regiões geográficas do país - foi a luta de classes. Uma disputa que as mesmas tentaram apagar da memória nacional.
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1985-01 Imigração Estrangeira no Espírito Santo (1847 - 1896).TítuloImigração Estrangeira no Espírito Santo (1847 - 1896).Autor
Gilda RochaOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1985-01-15Nivel
MestradoPáginas
149Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Dos SantosIsmênia de Lima MartinsMaria Yedda Leite Linhares
ResumoExplica o movimento imigratório ocorrido no Espírito Santo entre 1847 e 1896 a partir das oscilações verificadas nas política de imigração do Governo Brasileiro ao longo do período enfocado. Com base no resultado das pesquisas, a autora dividiu a história da imigração estrangeira no Espírito Santo em três fases, cujas características no território capixaba e o tratamento político dado ao assunto pelas autoridades centrais. Destaca-se a articulação entre o geral e o regional, enriquecida com um enfoque das condições econômicas da região estudada. Com este tema - imigração estrangeira no Espírito Santo - procurou-se ampliar o entendimento da política imigratória brasileira. E também estimular um debate efetivo do fenômeno, preenchendo uma lacuna existente na historiografia.
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1984-12 A Questão Habitacional no Rio de Janeiro da Primeira República: 1889 - 1930.TítuloA Questão Habitacional no Rio de Janeiro da Primeira República: 1889 - 1930.Autor
Francisco Carlos da Fonseca EliaOrientador(a)
Victor Vincent VallaData de Defesa
1984-12-17Nivel
MestradoPáginas
159Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsVictor Vincent Valla
ResumoA questão habitacional na Primeira República e a constituição de uma problemática habitacional constituem o tema central desta pesquisa. A temática, contudo, é mais ampla e implica uma reflexão sobre a cidade do Rio de Janeiro do início do século, espaço e tempo privilegiados de disputa entre seus habitantes. Segundo o autor, essa disputa teve um caráter eminentemente classista. O que, acrescenta, não significa ser possível reduzi-la a um determinante de caráter puramente econômico.
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1984-12 As Práticas da Justiça no Cotidiano da Pobreza: Um Estudo Sobre o Amor, Trabalho e a Riqueza Através dos Processos Penais.TítuloAs Práticas da Justiça no Cotidiano da Pobreza: Um Estudo Sobre o Amor, Trabalho e a Riqueza Através dos Processos Penais.Autor
Celeste Maria Baitelli Zenha GuimarãesOrientador(a)
Maria Yedda Leite LinharesData de Defesa
1984-12-07Nivel
MestradoPáginas
267Volumes
1Banca de DefesaMaria Yedda Leite LinharesPeter Henry FryRobert Wayne Andrew Slenes
ResumoAborda o poder judiciário como um conjunto de práticas que podem ser acionadas pela população, tendo como principal objetivo a análise dos procedimentos que eram utilizados na produção de um criminoso através dos processos penais. Essa questão remete a autora a uma outra, mais ampla: a de como a justiça era exercitada cotidianamente no Império. Capivary é um exemplo de como uma determinada população pode acionar o poder judiciário. Tornou-se então possível conhecer, no âmbito local, os grupos sociais que recorreram mais efetivamente a este poder como uma estratégia de luta. Além disso, foram delimitados os demais poderes que marcaram o exercício da justiça na comunidade. Ao processos penais arquivados no Forum de Silva Jardim foram as principais fontes utilizadas
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1984-12 Turco Pobre, Sírio Remediado, Libanês Rico: A Trajetória do Imigrante Libanês no Espírito Santo (1910 - 1940).TítuloTurco Pobre, Sírio Remediado, Libanês Rico: A Trajetória do Imigrante Libanês no Espírito Santo (1910 - 1940).Autor
Mintaha Alcuri CamposOrientador(a)
Ronny Leroy SeckingerData de Defesa
1984-12-07Nivel
MestradoPáginas
182Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboRonny Leroy SeckingerVictor Vincent Valla
ResumoExamina as razões que motivaram libanesa para o Espírito Santo, a integração do libanês no mundo do trabalho, seus caminhos de mobilidade social, bem como seu processo de adaptação à cultura brasileira. Baseia-se na coleta de dados em arquivos e jornais de Vitória, Cachoeira de Itapemirim e Alegre. Recorre também a entrevistas com imigrantes libaneses e suas famílias. Concentra-se nos anos 1910 a 1940, período de maior influxo de imigrantes libaneses no Brasil.
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1984-11 O Queremismo na Redemocratização de 1945.TítuloO Queremismo na Redemocratização de 1945.Autor
Elza Borghi de Almeida CabralOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1984-11-12Nivel
MestradoPáginas
225Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsVictor Vincent Valla
ResumoDemonstra que os problemas econ6omicos e sociais existentes na sociedade brasileira, acentuados pela Segunda Guerra Mundial, bem como a repercussão mundial das vitórias alcançadas pelas nações democráticas, criaram, em setores da classes médias e da burguesia - aí incluídos segmentos das Forças Armadas - um clima favorável para a derrubada da ditadura de Getúlio Vargas. O esforço desses setores redemocratização encontrou, contudo, resistência de parte das massas trabalhadoras urbanas que temeram que o afastamento de Vargas pudesse em perigo a vigência das leis trabalhistas por ele outorgadas. A autora lembra que o Queremismo - nome derivado da expressão Queremos Getúlio - foi o movimento de reivindicação dos trabalhadores pela permanência de Vargas no poder. Todas as correntes de opinião que se transformaram em partidos políticos na época foram afetadas com maior ou menor impacto pelo Queremismo. Vargas, se não incentivava abertamente o movimento, pelo menos aceitava o apoio das massas que lhe trazia, como importante instrumento de manobra para suas intenções continuístas. De movimento defensivo das leis trabalhistas, porém, o Queremismo passou a reivindicar a convocação de uma constituinte e terminou canalizando a massa trabalhadora para o Partido Trabalhista Brasileiro. O estudo avalia ainda os desdobramentos dessa opção.
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1984-10 Trabalho, Lar e Botequim: Vida Cotidiana e Controle Social da Classe Trabalhadora no Rio de Janeiro da Belle Époque.TítuloTrabalho, Lar e Botequim: Vida Cotidiana e Controle Social da Classe Trabalhadora no Rio de Janeiro da Belle Époque.Autor
Sidney ChalhoubOrientador(a)
Robert Wayne Andrew SlenesData de Defesa
1984-10-18Nivel
MestradoPáginas
399Volumes
Banca de DefesaMargarida de Souza NevesMaria Yedda Leite LinharesRobert Wayne Andrew Slenes
ResumoTem como referencial mais amplo o processo de constituição da ordem capitalista na cidade do Rio de Janeiro, aproximadamente entre 1870 - início do período terminante da crise do escravismo - e a conjuntura 1917-1920 - marco fundamental da história do movimento operário na Primeira República. Mais estritamente, a pesquisa trata da classe trabalhadora do Rio de Janeiro na primeira década do século XX, pois é neste período que se insere o episódio decisivo da administração do prefeito Pereira Passos, que, em estreita associação com o capital estrangeiro, realiza mudanças importantes na vida da cidade e praticamente completa o longo processo de implantação das relações sociais do tipo burguês-capitalista na capital da República. Investiga também a configuração de práticas ou mecanismos de controle social da classe trabalhadora típicos de uma sociedade capitalista na cidade no período estudado. Observe, finalmente, que este controle se exerce desde a tentativa de disciplinarização rígida do tempo e do espaço na situação de trabalho até o problema da normalização das relações pessoais ou familiares dos trabalhadores, passando, também, pela vigilância contínua do botequim e da rua, espaços consagrados ao lazer popular.
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1984-10 Capa Preta e Lurdinha: Tenório Cavalcanti e o Povo da Baixada.TítuloCapa Preta e Lurdinha: Tenório Cavalcanti e o Povo da Baixada.Autor
Israel BelochOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1984-10-01Nivel
MestradoPáginas
221Volumes
1Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsMaria Yedda Leite LinharesVictor Vincent Valla
ResumoAborda basicamente a carreira do líder popular Tenório Cavalcanti na Baixada Fluminense, o cinturão proletário da cidade do Rio de Janeiro. Tenório foi detentor de grande poder político e eleitoral entre 1945 e 1964, período da demogracia representativa no Brasil. Descreve-se, em primeiro lugar, a situação sócio-econômica de seu reduto, Duque de Caxias, município habitado principalmente por migrantes de origem rural, condição do próprio Tenório. Estuda-se então o comportamento de político fluminense, demonstrando como a associação entre violência e distribuição de favores, permitiram-lhe alcançar grande popularidade. Busca uma explicação para o fenômeno através do conceito de coronelismo, desenvolvido originalmente para a análise de sociedades rurais. Discute, por fim, o aparente paradoxo de filiação partidária de Tenório a uma UDN com características elitistas e conservadoras.
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1984-09 Contribuição ao Estudo da Transição do Escravismo Colonial Para o Capitalismo Urbano-Industrial no Rio de Janeiro: A Cia. Luz Steárica (1854 - 1898).TítuloContribuição ao Estudo da Transição do Escravismo Colonial Para o Capitalismo Urbano-Industrial no Rio de Janeiro: A Cia. Luz Steárica (1854 - 1898).Autor
José Jorge SiqueiraOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
1984-09-28Nivel
MestradoPáginas
195Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoEulália Maria Lahmeyer LoboJacob Gorender
ResumoApresenta-se como uma contribuição ao estudo da transição do escravismo para o capitalismo urbano-industrial na cidade do Rio de Janeiro. Esta cidade foi o mais importante centro urbano, comercial e industrial do Brasil ao longo de toda a segunda metade do século XIX, período no qual se inicia o processo de transição. A questão da transição para o capitalismo no Brasil é assunto controverso, adverte o autor, pois envolve diferentes correntes teórico-metodológicas que chegaram a resultados igualmente diversos. Talvez, a própria opacidade do período - determinada pelas dificuldades na obtenção de dados empíricos sistematizados e confiáveis, e pela insuficiência dos estudos parciais - explique a ausência de consenso sobre período tão decisivo da trajetória histórica do país. Trata, este estudo, essencialmente da análise da trajetória da transição da fase manufatureira escravista, para a fase fabril-capitalista na Companhia Industrial Luz Steárica, fundada em 1854. Tendo a transição culminado em 1890.
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1984-09 Condições de Saúde e Prática Sanitária no Rio de Janeiro (1890 - 1934).TítuloCondições de Saúde e Prática Sanitária no Rio de Janeiro (1890 - 1934).Autor
Regina Cele de Andrade BodsteinOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
1984-09-10Nivel
MestradoPáginas
187Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsVictor Vincent Valla
ResumoO estudo relaciona as condições de vida da força de trabalho urbana com a medicina social e as práticas sanitárias adotadas no Rio de Janeiro de 1890 a 1934. O desenvolvimento do campo de investigação das determinações sociais do processo saúde-doença sofreram influ6encia do estado capitalista, graças às suas preocupações em torno das questões higiênicas. Isso porque o padrão sanitário ameaçava seriamente os interesses econômicos do grupos dirigentes. Mas estas práticas, conclui a pesquisadora, não chegaram a representar os interesses básicos da população com relação às condições de saúde das cidades, o que vai gerar resistência popular sanitárias. Essas práticas, partindo das observações de Michel Foucault, são interpretadas como formas de controle das relações sociais vividas no espaço urbano. Considerações sobre como melhorar o padrão sanitário urbano justificaram, em última instância, os diversos projetos políticos de reforma urbana, argumenta a pesquisadora.
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1984-04 A Companhia Agrícola Usina Santa Maria, Estudo de Um Caso.TítuloA Companhia Agrícola Usina Santa Maria, Estudo de Um Caso.Autor
Myrian Susana StanleyOrientador(a)
Eulália Maria Lahmeyer LoboData de Defesa
1984-04-13Nivel
MestradoPáginas
192Volumes
1Banca de DefesaEulália Maria Lahmeyer LoboIsmênia de Lima MartinsMaria Bárbara Levy
ResumoAvalia a importância da Companhia Agrícola Usina Santa Maria S.A., fundada em 1923. De 1933 ao final do período em estudo, o ano de 1959, a companhia firmou-se e cresceu como empresa capitalista, tanto a nível industrial quanto agrícola, embora muito mais firmemente como indústria e especialmente como fábrica de açúcar - setor que proporcionava os mais altos lucros. Segundo a autora, a expansão agrícola da empresa aparece mais como decorrência natural dos êxitos do setor industrial e observa-se em todo o período, acrescenta, uma tendência marcante em privilegiar a produção industrial em detrimento da agrícola. A produção da companhia era dirigida ao mercado nacional e às vezes destinava-se também ao setor de exportação. Adotou mão de obra assalariada tanto para a indústria quanto para as lavouras, embora nem sempre as relações de produção pudessem ser definidas como foi possível sujeitar e controlar, por endividamento, a força de trabalho.