Tesis de Maestría, Doctorado
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2005-03 Cinearte: O Cinema Brasileiro em Revista (1926-1942)TítuloCinearte: O Cinema Brasileiro em Revista (1926-1942)Autor
Taís Campelo LucasOrientador(a)
hoppaData de Defesa
2005-03-04Nivel
MestradoPáginas
178Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAngela Maria de Castro GomesMônica Almeida Kornis
ResumoO presente trabalho analisa a revista Cinearte (1926-1942), cuja existência cobre um momento original e estratégico do debate sobre o cinema no Brasil. Cinearte apresenta-se como um locus privilegiado de discussões e projeções sobre o desenvolvimento da indústria cinematográfica nacional. Utilizada como fonte em inúmeros trabalhos sobre a história do cinema brasileiro, aqui ela é o próprio objeto de estudo. A dissertação privilegia, ao traçar sua cartografia, a compreensão do contexto urbano da cidade do Rio de Janeiro, no qual nascem as preocupações e aspirações dos intelectuais envolvidos com o cinema nacional, o tema de destaque nas páginas de Cinearte.
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2005-02 A Face da Desordem: Pobreza e estratégias de sobrevivência em uma cidade de fronteira (Foz do Iguaçu / 1964-1992)TítuloA Face da Desordem: Pobreza e estratégias de sobrevivência em uma cidade de fronteira (Foz do Iguaçu / 1964-1992)Autor
Luiz Eduardo CattaOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2005-02-23Nivel
DoutoradoPáginas
460Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesIsmênia de Lima MartinsJoana Maria PedroLuiz Carlos SoaresMaria Verónica Secreto FerrerasMônica Leite LessaRoberto Godofredo Fabri Ferreira
ResumoMostrar a emergência de uma população pobre em Foz do Iguaçu, entre os anos de 1965 quando se instala o regime militar no país e 1992 quando é aberta a última comporta de Itaipu, periodo esse em que desenvolve-se o comércio de fronteira com o Paraguai e desenrola-se a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Essa população se estabelecerá em favelas nas áreas centrais da cidade e nos bairros perif‘;ericos, sendo vistas pelas autoridades e classes dominantes como classe perigosa, o que demandará um controle e arepressão de suas condutas no cotidiano. Essa população pobre urbana, para sobreviver, buscará alternativas de trabalho nos setores informais, autônomos, e na solidariedade de grupo.
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2005-02 O Integralismo no Processo Político Brasileiro - O PRP entre 1945 e 1965: Cães de Guarda da Ordem BurguesaTítuloO Integralismo no Processo Político Brasileiro - O PRP entre 1945 e 1965: Cães de Guarda da Ordem BurguesaAutor
Gilberto Grassi CalilOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2005-02-18Nivel
DoutoradoPáginas
800Volumes
2Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralCarlos Gabriel GuimarãesLuis Edmundo de Souza MoraesMaria Letícia CorrêaRené Ernaini GertzSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEsta tese tem como objeto a intervenção do integralismo no processo político brasileiro entre 1945 e 1965, períoo que corresponde à trajetória do Partido de Representação Popular, formado pelos integralistas no contexto da crise do Estado Novo e extinto junto aos demais partidos pelo Ato Institucional número 2. Sustenta que o integralismo não era um elemento exótico no processo político brasileiro, mas um componente importante da dominação burguesa, extremando posições excludentes e repressivas defendidas também por outros movimentos políticos e agentes sociais. A hipótese geral é que o PRP desempenhou um papel importante na dominação burguesa no Brasil entre 1945 e 1965, o que se verifica em sua intervenção política no conjunto do período, tendo como elementos centrais sua relação permanente com o conjunto de organizações pol´ticas, visando a estabilização política e a preservação do status quo econômico e social; sua ação permanente visando a afirmação de uma concepçõ excludente e restrita de democracia; e a disseminação teórica e prática do anticomunismo e enfrentamento aos setores populares. Em resposta ao novo contexto político, o integralismo reformulou sua estratégia, abandonando a perspectiva de assalto ao poder a curto prazo - que caracterizou o movimento entre 1932 e 1937, adaptando sua intervenção às condições estabelecidas pela ordem institucional vigente a partir de 1945. Um aspecto relevante desta intervenção é sua perspectiva de promoção de uma ampla Contra-Reforma Intelectual e Moral marcada por uma concepção cristã ultraconservadora e por uma visãi ierárquica de sociedade, pautada pela ordem e pela obediência. Para isto, os integralistas contaram com diversos instrumentos além do PRP, dentre os quais uma editara, uma imprensa doutrinária, programas radiofônicos e organizações voltadas aos trabalhadores e à juventude. Seu papel específico para a dominação burguesa se deu pela mobilização ativ de importantes parcelas da pequena buruesia. A avaliação da trajetória integralista entre 1945 e 1965 levará em conta os seguintes aspectos: a reorientação doutrinária conduzida por algado par apresentar o integrlismo como democrático; o processo de formação do PRP; sua composição social; seu financiamento; a estrutura interna e a hierarquia do PRP; as diferentes fases da trajetória do integralismo em sua relação com os demais movimentos e partidos políticos; sua intervenção no parlamento; sua participaçõ em governos estaduais e no governo federal; a constituição de organizações integralistas extrapartidárias, com destaque para os centros culturais da juventude; sua atuação no interior da conspiração golpista que instaurou a ditadura; e os elementos centrais de seu projeto político, com destaque para a concepção excludente de democracia e a afirmação teórica e prática do anticomunismo, caracterizando-se como cão de guarda da ordem vigente.
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2005-02 Veja: o indispensável partido neo-liberal (1989 a 2002)TítuloVeja: o indispensável partido neo-liberal (1989 a 2002)Autor
Carla Luciana Souza da SilvaOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2005-02-17Nivel
DoutoradoPáginas
658Volumes
2Banca de DefesaAna Paula Goulart RibeiroCarlos Gabriel GuimarãesLaura Antunes MacielMarcelo Badaró MattosRoberto LeherVenício Artur de LimaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoO objeto deste estudo é a revista semanal Veja, publicada pela editora Abril. A análise centrase no período de 1989 a 2002. O objetivo é a investigação de quais são os interesses de classe defendidos na linha editorial, investigando quem são os sujeitos políticos, econômicos e sociais que se fazem representar na linha ideológica da revista. A revista é um instrumento que permite noticiar, defender e encaminhar ações de sujeitos concretos. Buscamos compreender quais são e a quem visam atingir esses posicionamentos e sua relação com o desenvolvimento do sistema de reprodução e ampliação do capital. Veja tem uma ação como partido político, na acepção gramsciana do termo. Suas táticas para alcançar tal objetivo são: 1) formulação, 2) gerenciamento, 3) ação pedagógica. 1) Veja possui um projeto e um programa de ação estabelecido em conjunto com outros grupos, especialmente o Fórum Nacional, coordenado pelo ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso. O Fórum propunha, em inícios de 1990 a prática de um aggiornamento, que constituiria uma contra-reforma moral e intelectual, resumida na sua teorização sobre o "moderno". Buscava sintetizar e formular a experiência do reagnomics e thatcherism para a realidade brasileira. Reiterava a noção de que "não há alternativas". Engajou-se em campanha constante para apontar rumos, assumindo papel dirigente diante das conjunturas políticas que envolviam outros grupos: os partidos formais, o Congresso Nacional, entre outros. O apoio de Veja aos governos esteve em relação direta com o cumprimento de determinadas condições por ela estabelecidas. A revista manteve com os diferentes governos brasileiros uma linha de coerência inarredável em torno de seu programa, controlando sua aplicação. 2) Veja atuou na formação dos organizadores das mudanças e gerenciamento necessários à ordem neoliberal. Seus ensinamentos dirigiam-se aos pequenos e médios gestores dessas medidas, induzindoos a considerarem necessárias as demissões e o enxugamento de postos de trabalho, o fim de direitos e o aumento de obrigações por parte dos trabalhadores que eles administram. Mesmo quando há apoio, a cobrança é permanente e sistemática contra quaisquer desvios. 3) O sentido pedagógico se centra em três aspectos. A) A cobertura internacional da revista, com papel relevante na construção da credibilidade jornalística, as notícias mundiais apresentadas de forma a justificar a exigência do programa de ação proposto. A cobertura sobre os acontecimentos internacionais atende ao modelo de propaganda: o privilégio de fontes oficiais, as razões do império como naturalmente hegemônicas, o controle das vozes dissonantes, o anticomunismo acirrado. Apresenta a hegemonia norte-americana como indispensável para a manutenção dos padrões de acumulação e reprodução do capital. B) A formulação de um "admirável mundo novo" é o outro eixo desta ação pedagógica, propondo uma contra-reforma moral e intelectual, definindo um estilo de vida, essencial para o projeto político e econômico gestado em Veja. Mas esse mundo esbarra nos elementos reais que o discurso apologético não tem como negar, e sobre eles tenta impor um pensamento homogeneizador e obscurecido do seu sentido contraditório. A miséria, violência, devastação, cada vez mais ampliadas, não podem ser negadas, porque são limites do próprio sistema, mas a revista, em contraposição, propõe um mundo de aparente harmonia, o mundo do espetáculo, uma das formas de obscurecer essa realidade. Também aqui, a revista retoma os padrões de gerenciamento do capital. Os seus gerentes precisam aprender a moldar seus estilos de vida, devem internalizar a face "cultural" do neoliberalismo (consumo exacerbado, novas tecnologias, padronização do corpo e da saúde, etc) como sendo a única (e a melhor) forma de vida possível. c) Por fim, a revista atua no sentido da coerção e cobrança da repressão policial. Um dos eixos neoliberais é o reforço de sua ação policial, o desmantelamento dos movimentos sindicais, a cooptação dos movimentos sociais. Para isso há uma ação sistemátic
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2005-02 UMA ESQUERDA PARA O CAPITAL: Crise do Marxismo e Mudanças nos Projetos Políticos dos Grupos Dirigentes do PT (1979-1998).TítuloUMA ESQUERDA PARA O CAPITAL: Crise do Marxismo e Mudanças nos Projetos Políticos dos Grupos Dirigentes do PT (1979-1998).Autor
Eurelino Teixeira Coelho NetoOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2005-02-15Nivel
DoutoradoPáginas
549Volumes
2Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralCarlos Nelson CoutinhoLaura Antunes MacielLúcio Flávio Rodrigues de AlmeidaMarcelo Badaró MattosSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEste trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a história das duas organizações políticas cujas trajetórias convergiram, na década de 90, para a formação do bloco político conhecido atualmente como ‘campo majoritário‘ do Partido dos Trabalhadores: a ‘Articulação‘ e o coletivo que, organizado inicialmente como ‘Partido Comunista Revolucionário‘ (PRC), passou a denominar-se ‘Nova Esquerda‘ em 1989 e, após 1992, ‘Democracia Radical‘ (DR). A história dessas organizações, no período pesquisado (1979-1998), é marcada por uma profunda reviravolta teórica e programática que afetou todas as dimensões do seu projeto político. Nesta mudança, foram abandonadas as referências marxistas anteriormente vigentes e, em seu lugar, passaram a figurar elementos pós-modernos e liberais. O abandono dos refrenciais marxistas é aqui denominado ‘crise do marxismo‘, e é um fenômeno contemporâneo de amplitude mundial. O objetivo central deste trabalho é contribuir para a explicação deste fenômeno histórico, a crise do marxismo, a partir da investigação de sua manifestação particular nos projetos políticos da parcela mais influente da esquerda brasileira contemporânea. A pesquisa abordou as organizações como intelectuais, em perspectiva gramsciana por suas funções como elaboradoras e reformadoras de projetos políticos, e investigou a relação entre a trajetória destes intelectuais e a dinâmica da luta de classes no período. A hipótese central é que o abandono do marxismo foi a expressão de uma mudança de ‘concepção de mundo‘ de intelectuais que se deslocaram no terreno da luta de classes. Um caso histórico de ‘transformismo‘.
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2005-02 Organização Profissional dos Designers no Brasil: APDINS-RJ, A Luta Pela Hegemonia no Campo Profissional.TítuloOrganização Profissional dos Designers no Brasil: APDINS-RJ, A Luta Pela Hegemonia no Campo Profissional.Autor
Marcos da Costa BragaOrientador(a)
Fernando Antonio FariaData de Defesa
2005-02-15Nivel
DoutoradoPáginas
347Volumes
1Banca de DefesaAnamaria de MoraesFernando Antonio FariaHumberto Fernandes MachadoJorge Luiz FerreiraNorma Côrtes Gouveia de MeloRicardo Emmanuel Ismael de CarvalhoVania Maria Cury
ResumoO tema da pesquisa é a organização profissional dos designers no Brasil. O recorte temporal proposto é o período qur vai de meados dos anos 70 e meados dos anos 80 no RJ. Nesta época foca-se desde as tensões entre a pioneira associação ABOI e os novos diplomados da APDINS-RJ.
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2005-01 Ser ingênuo em Desterro/SC: A lei de 1871, o vínculo tutelar e a luta pela manutenção dos laços familiares das populações de origem africana (1871-1889).TítuloSer ingênuo em Desterro/SC: A lei de 1871, o vínculo tutelar e a luta pela manutenção dos laços familiares das populações de origem africana (1871-1889).Autor
Patrícia Ramos GeremiasOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2005-01-19Nivel
MestradoPáginas
112Volumes
1Banca de DefesaBeatriz Gallotti MamigonianHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMárcia Maria Menendes MottaMartha Campos Abreu
ResumoPretendo apreender algumas das implicações da Lei n. 2040 de 28 de setembro de 1871 nas relações familiares de africanos e afrodescendentes que viveram na Ilha de Sc em fins do século XIX.
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2005-01 Revolucionários, Bandidos e Marginais: Crime Político e comum na Ditadura.TítuloRevolucionários, Bandidos e Marginais: Crime Político e comum na Ditadura.Autor
Cátia da Conceição Faria FernandesOrientador(a)
Daniel Aarão Reis FilhoData de Defesa
2005-01-17Nivel
MestradoPáginas
127Volumes
1Banca de DefesaDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzJorge Luiz FerreiraMichel Misse
ResumoEstudar o convívio entre presos comuns e políticos nos cárceres da ditadura civil - militar brasileira para debater a tese da imprensa carioca de que o crime organizado seria fruto desse convívio.
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2005-01 Os Códigos da Lembrança: Narrativas e imagens da imigração italiana no noroeste fluminense.TítuloOs Códigos da Lembrança: Narrativas e imagens da imigração italiana no noroeste fluminense.Autor
Silvana Cristina Bandoli VargasOrientador(a)
Gizlene NederData de Defesa
2005-01-14Nivel
DoutoradoPáginas
249Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesCarlos Henrique Aguiar SerraGisálio Cerqueira FilhoGizlene NederHumberto Fernandes MachadoMárcia Elisa de Campos GrafVera Malaguti de Souza W. Batista
ResumoTese de doutorado que investiga a elaboração da memória da imigração italiana em Varre-Sai, durante o período de 1857 à 1997, respectivamente chegada das primeiras famílias imigrantes na região e a festa da "Comemoração dos 100 anos da colonização italiana". A análise recorta como corpus documental o acervo do Centro de Cultura de Varre-Sai, composto de documentos, relíquias e imagens, bem como de entrevistas realizadas segundo a metodologia da história oral. Todo o material é percebido como um a narrativa construída coletivamente por aquela comunidade, num processo de enquadramento da memória. A análise das narrativas elaboradas privilegia uma abordagem teórica centrada nos operadores textuais, tal como imaginado pelo filósofo Jacques Derrida.
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2005-01 Os contratadores e o Império Colonial Português: um estudos dos casos de Jorge Pinto de Azevedo e Francisco Ferreira da SilvaTítuloOs contratadores e o Império Colonial Português: um estudos dos casos de Jorge Pinto de Azevedo e Francisco Ferreira da SilvaAutor
Fernando Gaudereto LamasOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2005-01-14Nivel
MestradoPáginas
172Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesLuciano Raposo de Almeida FigueiredoOswaldo Munteal FilhoThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEstudar o abastecimento da Capitania de Minas Gerias no século XVIII pelo Caminho Novo verificando a importância deste caminho para o referido comércio.
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2005-01 A Música no Teatro de Gil Vicente: A função do espetáculo no projeto político da Dinastia de Avis (?1465-1536)TítuloA Música no Teatro de Gil Vicente: A função do espetáculo no projeto político da Dinastia de Avis (?1465-1536)Autor
Lenora Pinto MendesOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2005-01-05Nivel
DoutoradoPáginas
295Volumes
1Banca de DefesaCiro Flamarion Santana CardosoJosé Costa D'assunção BarrosLygia Rodrigues Vianna PeresMaria do Amparo Tavares MalevalVânia Leite Fróes
ResumoEstudo da função da música como elemento importante na produção e veiculação da imagem do rei e do reino português sob a Dinastia de Avis. O poder régio fez farto uso de diferentes formas de espetáculo para veicula uma imagem de prosperidade e riqueza tanto para a Cristandade quant para seus súditos. O teatro vicentino, aqui tomado como exemplo, integra um conjunto discursivo, o discurso do paço, que busca propagar, através de textos músicas, poesias e danças, a fama e a glória recem-conquistadas nas navegações. Gil Vicente (?1465-1536), dramaturgo e poeta, responsável pelos espetáculos de corte, colocou efetivamente o poder em cena, promovendo uma verdadeira exibição do poder no período manuelino e joanino. A música desempenhou papel importantíssimo nesse teatro, trazendo grandiosidade, pompa e requinte para os espetáculos. A pesquisa incluiu análises de músicas utilizadas na dramaturgia vicentina, proveninentes de cancioneiros portugueses e espanhóis.
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2004-12 Imago Gentilis Brasilis: Modelos de Representação Pictórica do Índio da RenascençaTítuloImago Gentilis Brasilis: Modelos de Representação Pictórica do Índio da RenascençaAutor
Yobenj Aucardo Chicangana BayonaOrientador(a)
Ronald José RaminelliData de Defesa
2004-12-15Nivel
DoutoradoPáginas
578Volumes
2Banca de DefesaGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesMaria Regina Celestino de AlmeidaRonald José RaminelliRonaldo VainfasTherezinha Barcellos Baumann ZavataroUlpiano Toledo Bezerra de MenesesVânia Leite Fróes
ResumoEstudo de História Cultural que aborda as representações iconográficas feitas pelos europeus no século XVI, sobre os aborígenes que habitaram as terras do Brasil, especificamente os tupinambás . Para esta análise se abordam fontes pictóricas variadas como pinturas, desenhos e gravuras, de origens e contextos diferentes: portugueses, alemães, francesas, flamengas, holandesas e até uma pintura do Brasil Imperial. A partir destas fontes se analisa o processo de produção das imagens sobre o índio desde seus modelos medievais e renascentistas, que permitiram aos artistas partir do familiar para compor imagens sobre uma realidade antes desconhecida.
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2004-12 Como se livre Nascera: Alforria na Pia Batismal em São João del Rei (1750-1850).TítuloComo se livre Nascera: Alforria na Pia Batismal em São João del Rei (1750-1850).Autor
Cristiano Lima da SilvaOrientador(a)
Sheila Siqueira de Castro FariaData de Defesa
2004-12-02Nivel
MestradoPáginas
165Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroJosé Roberto Pinto de GóesSheila Siqueira de Castro FariaSilvia Maria Jardim Brugger
ResumoEsta dissertação aborda as 309 alforrias concedidas aos filhos de cativas na pia batismal da freguesia da Matriz de Nossa Senhora do Pilar de São João del-Rei no período de 1751 a 1850 A análise dessas manumissões revela algumas peculiaridades sobre as relações estabelecidas entre senhores, cativos, padrinhos e madrinhas marcadas, por vínculos parentais, afetivos e/ou de solidariedade que contribuíram, de diferentes formas, para que essas crianças alcançassem a liberdade no batismo. As principais fontes que sustentam a pesquisa são os registros paroquiais de batismo, testamentos, inventários post-mortem, relatos de viajantes e as ‘Constitiuções Primeiras do Arcebispado da Bahia‘.
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2004-11 Catolicismo e Luzes - A Congregação do Oratório no Mundo Português, séculos XVI-XVIIITítuloCatolicismo e Luzes - A Congregação do Oratório no Mundo Português, séculos XVI-XVIIIAutor
Vivien Fialho da Silva IshaqOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2004-11-19Nivel
DoutoradoPáginas
384Volumes
1Banca de DefesaAnderson José Machado de OliveiraCélia Cristina da Silva TavaresFrancisco José Silva GomesLana Lage da Gama LimaRonaldo Vainfas
ResumoAnálise dos tratados morais e da literatura religiosa produzida pela companhia de Jesus e Congregação do Oratório. O objetivo é compreender as relações estabelecidas entre a coroa portuguesa e esses agentes eclesiásticos na construção da religiosidade colonial.
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2004-11 Soberania no Mundo Atlântico: Tráfico de escravos e a construção do Estado nacional no Brasil monárquico (1831-1850)TítuloSoberania no Mundo Atlântico: Tráfico de escravos e a construção do Estado nacional no Brasil monárquico (1831-1850)Autor
Lívia Beatriz da ConceiçãoOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2004-11-08Nivel
MestradoPáginas
231Volumes
1Banca de DefesaGladys Sabina RibeiroHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMárcia de Almeida GonçalvesMariza de Carvalho Soares
ResumoEste trabalho tem por objetivo analisar os últimos anos do comércio atlântico de escravos para o Brasil (1831-1850). Perceberemos, através de uma análise dos conflitos em que estiveram envolvidos os encarregados brasileiros e britânicos para a suspensão dessa atividade já tornada ilícita, que o fim do tráfico esteve relacionado a fatores internos assim como as leis e decretos que buscavam viabilizar essa abolição. Nossa hipótese central é a que um conceito específico de Soberania Nacional foi se constituindo nesse processo. Em um momento singular de construção de uma comunidade política imaginada, de identificação de quem se reconhecia enquanto brasileiro, o comércio negreiro se mostrava cada vez mais fora de ordem, constituindo-se em um perigo para a própria sobrevivência da jovem nação. A abolição do tráfico de escravos, assim, esteve inserida nesse contexto histórico específico de formação do Estado nacional no Brasil Monárquico, sendo um possível instrumento de leitura desse processo.
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2004-11 A fé no desvio: cultos africanos, demonização e perseguição religiosa - Minas Gerais, século XVIIITítuloA fé no desvio: cultos africanos, demonização e perseguição religiosa - Minas Gerais, século XVIIIAutor
André Luiz Lima NogueiraOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2004-11-03Nivel
MestradoPáginas
199Volumes
1Banca de DefesaDaniela Buono CalainhoHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMariza de Carvalho Soares
ResumoA partir das classes engendradas nas M.G. do século XVIII - fundamentalmente sob a Égide do Bispos de Mariana -, descortinar as práticas religiosas africanas e seu sonho , a partir do referencial demonológico europeu.
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2004-10 Entre Dois reinos: a inserção luterana entre os pequenos agricultoresTítuloEntre Dois reinos: a inserção luterana entre os pequenos agricultoresAutor
Tarcísio VanderlindeOrientador(a)
Márcia Maria Menendes MottaData de Defesa
2004-10-25Nivel
DoutoradoPáginas
347Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesEli de Fátima Napoleão de LimaIsmênia de Lima MartinsMárcia Maria Menendes MottaRachel SoihetValdir Gregory
ResumoHistória de idéias e ações da IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, entre os pequenos agricultores. Desde o seu transplante para o Brasil, a Igreja Luterana foi considerada uma entidade qu eteve entre os pequenos agricultores seu segmento majoritário. No período de implantação dos espaços coloniais no sul do Brasil, a agricultura vinculada a esses agricultores se afirma como modelo tradicional de um modo de vida que se reproduz à medida que a fronteira agrícola vai se expandindo. A partir dos anos 60 do século XX, com as novas tecnologias, vinculadas ao proceso de expansão capitalista no campo, o modeloagrícola é questionado e o pequeno agricultor sente-se impactado e excluído do sistema. Diante da emersão da crise dos pequenos agricultores luteranos, a Igreja, enquanto instituição, sentiu-se pressionada e, como organização eclesiástica, considerou obrigação sua atuar também no campo temporal. No processo de busca de uma identidade nacional, a Igreja Luterana, sentindo-se desconfortável, sai do gueto provocando uma ruptura com o seu histórico isolamento. A Reforma Agrária, como uma das prioridades de reflexão e ação, é estabelecida na IECLB na segunda metade dos anos 70. O Concílio da Terra acontecido em 1982 considerou legítima a inserção da Igreja num campo que poderia ser respaldada pela Bíblia e os ensinos de Lutero. ‘A terra é de Deus‘, e como tal mereceria atenção social e teológica devida. O Capa - Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor - é uma entidade mediadora que emerge da conjuntura e revela-se como uma forma peculiar de envolvimento da Igreja Luterana com os agricultores. A partir da mediação IECLB/CAPA, os agricultores se rearticulam no sentido de subsistir no novo momento. A rearticulação passa pela discussão de idéias e novas inserções técnicas associadas a formas de cooperação e associação já percebidas em outros agricultores no passado. A idéia do CAPA é considerada como o sinal luterano de se envolver com a questão da terra: ‘ voz e presença da IECLB na realidade agrícola brasileira, marcada por tanta injustiça na terra‘. A idéia do CAPA se identifica com a história da formação da Igreja Luterana no Brasil e preconiza, juntamente com os pequenos agricultores, num processo de libertação, a construção de uma nova paisagem no meio rural. Numa discussão de fundo, o texto problematiza a doutrina teológica dos dois reinos e a relação desta com a inserção luterana nas dimensões tempoarais. O envolvimento de Lutero com os camponeses do século XVI ainda provoca reflexões no tempo presente. Os luteranos do século XX, no entanto, buscam sua identidade como igreja nacional e desenvolvem políticas de inserção social de forma ecumênica, mas sem deixar de lado o jeito luterano de ser e agir. No confronto de idéias e ações, presente e passado esclarecem-se mutuamente e iluminam-se reciprocamente.
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2004-10 A Ocupação do Oeste Paranaense e a Formação de Cascavel: as singularidades de uma cidade comumTítuloA Ocupação do Oeste Paranaense e a Formação de Cascavel: as singularidades de uma cidade comumAutor
Vander PiaiaOrientador(a)
Luiz Carlos SoaresData de Defesa
2004-10-22Nivel
DoutoradoPáginas
400Volumes
1Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsLuiz Carlos SoaresMaria Verónica Secreto FerrerasMônica Leite LessaTânia Maria Tavares Bessone da Cruz FerreiraThéo Lobarinhas PiñeiroValdir Gregory
ResumoO território do atual oeste paranaense foi um dos primeiros lugares a ser conhecido e explorado quando dodescobrimento do Brasil, principalmente em função de razões geopolíticas decorrentes do Tratado de Tordesilhas. No século subsequente ao descobrimento, a região foi palco as ações jesuíticas que abalaram os alicerces do mundo colonial. Além disto, a região contava com a existência de grandes leitos d‘água navegáveis, acidentes naturais raros, como Sete Quedas e as Cataratas de Iguaçu, além de possuir um solo extremamente fértil e constituir divisa com duas outras nações. Contudo, o território iria sofrer uma ocupação efetiva apenas em meados do século XX, de modo que a ocupação do terrritório representou também a expansão da fronteira colonizatória. Desta forma, o presente estudo buscou compreender e explicar a ocupação relativamente tardia da região e a formação do espaço social sob a ótica do confronto entre tempos históricos diferenciados. Na medida em que se efetivou a colonização, as contradições inerentes à formação de novas cidades e da posse da terra se evidenciaram. Coube, deste modo, contemplar de que forma ocorreu a posse da terra, assim como demonstrar que não houve um modelo padrão de ocupação, tendo havido diferenciações profundas no modo de ocupação do espaço oestino. A última parte do trabalho focaliza as especificidades da formação e crescimento da cidade de Cascavel, cujo solo se tornou palco de lutas violentas pela terra, ao mesmo tempo em que a cidade estava se transformando - nos anos de 1960 - no maior núcleo populacional do oeste paranaense.
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2004-08 O idioma da mestiçagem: religiosidade e identidade parda na América portuguesa.TítuloO idioma da mestiçagem: religiosidade e identidade parda na América portuguesa.Autor
Larissa Moreira VianaOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2004-08-27Nivel
DoutoradoPáginas
Volumes
1Banca de DefesaAnderson José Machado de OliveiraHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMarina de Mello E SouzaMariza de Carvalho SoaresMartha Campos AbreuRonaldo VainfasSilvia Hunold Lara
ResumoEsta tese examina a criação das irmandades de pardos da América Portuguesa, demonstrando como esta temática se relaciona ao processo de mestiçagem e hierarquização em curso no interior da sociedade escravista. A primeira parte do trabalho trata da mestiçagem como um problema histórico sob dupla perspectiva. Ressalta-se inicialmente o contexto de ingresso formal dos mulatos na legislação ultramarina, inspirada pelo ideal de ‘pureza de sangue‘; em seguida, trata-se das alternativas simbólicas a este contexto de estigmatização do mestiço, através do exame das devoções especialmente adotadas pelos pardos no período colonial.A segunda parte da tese explora os significados da construção de uma ‘identidade parda‘ em contexto limitado, analisando apenas as irmandades do Rio de Janeiro colonial. Acompanham-se aqui algumas trajetórias de indivíduos filiados às irmandades de pardos, na tentativa de construir um quadro complexo das motivações sociais, religiosas e identitárias atuantes na composição destas instituições.
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2004-08 Sem (Vi)Eira nem Beira: uma história do Zé Pereira da Chácara (Mariana-MG, 1960-2002)TítuloSem (Vi)Eira nem Beira: uma história do Zé Pereira da Chácara (Mariana-MG, 1960-2002)Autor
Newton Cardoso JuniorOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2004-08-23Nivel
MestradoPáginas
200Volumes
1Banca de DefesaCecília da Silva AzevedoMarcos Luiz BretasMaria Clementina Pereira CunhaMartha Campos AbreuRachel Soihet
ResumoPartindo do pressuposto de que o campo cultural é dinâmico e seus significados múltiplos e historicamente condicionados, o presente trabalho tem como objeto de investigação uma brincadeira carnavalesca denominada zé-pereira e, mais especificamente, um destes grupos, natural da cidade Mariana, Minas Gerais: o Zé Pereira da Chácara. A trajetória do bloco nas últimas quatro décadas, marcada por sucessivas ressignificações, apropriações e pela aliança formalizada com a prefeitura municipal serve como ponto de partida para as reflexões mais amplas. Nesse sentido, pretende-se investigar o papel das tradições no processo de construção de identidades e as relações entre memória e história, as políticas institucionais de incremento e preservação de bens culturais, bem como estratégias a que manifestações ditas tradicionais recorrem a fim de se manterem prósperas no contexto das sociedades industriais fortemente influenciadas pelos meios de comunicação de massa. Para redigr o trabalho - que se insere no âmbito da história social da cultura- recorreu-se a diversas fontes, tais como jornais, obras de memorialistas, literatos e folcloristas, depoimentos orais,a tas das reuniões do Zé Pereira da Chácara e iconografia, dentre outras.
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2004-08 Selvagens bebedeiras:álcool, embriaguez e contatos culturais no Brasil Colonial.TítuloSelvagens bebedeiras:álcool, embriaguez e contatos culturais no Brasil Colonial.Autor
João Azevedo FernandesOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2004-08-23Nivel
DoutoradoPáginas
386Volumes
1Banca de DefesaEduardo Batalha Viveiros de CastroJohn Manuel MonteiroMaria Cristina PompaMaria Regina Celestino de AlmeidaMariza de Carvalho SoaresRonald José RaminelliRonaldo Vainfas
ResumoQuando pisaram no solo que se tornaria o território brasileiro, os europeus encontraram sociedades nativas que tinham, em suas bebidas alcoólicas e em suas formas específicas de embriaguez, um espaço crucial para a expressão de suas visões de mundo e para a realização de eventos e práticas centrais em suas sociedades e culturas. Estas formas nativas de experiência etílica estavam, muitas vezes, em flagrante contradição com aquilo que os europeus consideravam como forma correta de relacionamento com o álcool e com a ebriedade.Além disso, durante e após as cerimônias etílicas dos índios, os europeus viam sua nascentes estruturas de poder, e seus instáveis mecanismos de controle, serem desafiados por nativos que, aos olhos dos europeus, pareciam possuídos por uma força demoníaca, que aparentemente fruía das jarras e cuias nas quais estranhas bebidas espumavam. Uma grande parte dos esforços europeus foi inicialmente dirigida à extinção destes regimes etílicos dos índios, vistos como uma ameaça à colonização dos corpos e das mentes dos povos nativos.No decorrer desta luta contra o beber indígena, defrontaram-se dois mundos etílicos muito diferentes, que possuíam lógicas mentais e práticas sociais distintas, as quais haviam sido desenvolvidas durante milênios, de acordo com condições ecológicas e históricas muito específicas. No seio destas diferenças, foram construídos estereótipos e identidades étnicas que permitiram a elaboarção de discursos que jusitficavam o domínio europeu, mas que, por outro lado, também permitiram aos índios manter esferas de autonomia espiritual que foram fundamentais para o seu próprio esforço de resistência e adaptação ao torvelinho da expansão européia.Como estudar a luta dos europeus contra as bebidas nativas e, ao mesmo tempo, escapar a uma visão que, a pretexto de denunciar a colonização e clamar contra a dizimação dos índios, vê as bebidas alcoólicas unicamente como armas, conscientemente usadas pelos agentes da colonização para o domínio de nativos passivos, inteiramente sujeitos às inexoráveis determinações do sistema mundial? Esta é a questão que esta tese se propõe a enfrentar.
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2004-08 Macabéias da Colônia: Criptojudaísmo feminino na Bahia - Séculos XVI- XVII.TítuloMacabéias da Colônia: Criptojudaísmo feminino na Bahia - Séculos XVI- XVII.Autor
Angelo Adriano Faria de AssisOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2004-08-20Nivel
DoutoradoPáginas
430Volumes
1Banca de DefesaBruno Guilherme FeitlerCarlos Eduardo Calaça Costa FonsecaGeorgina Silva Dos SantosJacqueline HermannLina Gorenstein Ferreira da SilvaRonald José RaminelliRonaldo Vainfas
ResumoEm 1496-97, decretos do monarca português impuseram o monopólio católico em Portugal, transformando os antigos judeus em cristãos-novos. A criação do Santo Ofício da Inquisição, em 1536 com o intuito de zelar pela pureza da fé católica, teria nos cristãos-novos suas principais vítimas e justificativa mais intensa para sua instauração. Com a intensificação dos trabalhos inquisitoriais, muitos deixaram Portugal à procura de locais onde vivessem longe das pressões do reino. O trópico brasílico tornar-se-ia então das regiões preferidas. Durante a primeira visitação inquisitorial às capitanias do Nordeste, entre 1591-95, ganharia destaque o número de mulheres cristãs-novas acusadas de práticas judaizantes, sinalizando a intensa participação feminina no processo de resitência judaica, como propagadoras do judaísmo secreto que se tornara possível, quando os lares passariam a representar papel primordial para a divulgação e sobrevivência das antigas tradições. Esta Tese procura analisar a importância feminina para a manutenção e sobrevivência judaica no mundo luso-brasileiro durante os séculos XVI e XVII, através do estudo dos processos movidos pelo Tribunal do Santo Ofício da Inquisição lisboeta contra a família Antunes - principalmente a matriarca Ana Rodrigues suas filhas e netas, a pontadas com Macabéias -, radicada em Matotim, no Recôncavo baiano, insistentemente delatada perante a Inquisição, exemplos dos mais significativos do criptojudaísmo então vivido na colônia.
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2004-08 Uma Questão de Projetos:O Senado da Câmara e a Intendência da Polícia na Gestão do Espaço Urbano da Corte. Rio de Janeiro, 1808 - 1821TítuloUma Questão de Projetos:O Senado da Câmara e a Intendência da Polícia na Gestão do Espaço Urbano da Corte. Rio de Janeiro, 1808 - 1821Autor
Livia Mauricio ScheinerOrientador(a)
Maria Fernanda Baptista BicalhoData de Defesa
2004-08-20Nivel
MestradoPáginas
208Volumes
1Banca de DefesaAdriana Pereira CamposJoão Luís Ribeiro FragosoMaria de Fátima Silva GouvêaMaria Fernanda Baptista Bicalho
ResumoO presente trabalho discute a ação urbanizadora empreendida pela Intendência da Polícia da Corte e do Estado do Brasil, durante os anos de permanência da corte portuguesa no Rio de Janeiro, e seu relacionamento com o Senado da Câmara - instância governativa da municipalidade que até 1808 esteve encarregada da administração do espaço público da cidade. Busca-se apreender o compromisso da Intendência da Polícia, por meio da gestão do desembargador Paulo Fernandes Viana, com a tentativa de construção de um novo e poderoso Império na América: o Império luso-brasileiro. Tal projeto objetivava o resgate da preeminência da monarquia portuguesa pela integração entre o Reino e o Brasil - sua possessão mais rentável - coordenado a partir da cidade do Rio de Janeiro. No interior daquele projeto, no qual a administração e o ordenamento do espaço urbano da capital ativam representações de ordem, unidade, grandeza, modernidade e fidelidade à Coroa, em constante reformulação naquele momento, destacam-se os componentes de negociação e conflito - os atritos e alianças com os grupos de poder que dominavam a cena política da corte.
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2004-08 1789 - A Sedução do Escorpião: Um Estudo dos Autos da Devassa da Premeditada Sublevação de Minas GeraisTítulo1789 - A Sedução do Escorpião: Um Estudo dos Autos da Devassa da Premeditada Sublevação de Minas GeraisAutor
Dilma Ferreira do NascimentoOrientador(a)
Maria de Fátima Silva GouvêaData de Defesa
2004-08-20Nivel
MestradoPáginas
175Volumes
1Banca de DefesaBerenice de Oliveira CavalcanteJúnia Ferreira FurtadoMaria de Fátima Silva Gouvêa
ResumoA presente disertação é um estudo dos autos da premeditada sublevação de Minas Gerais de 1789. O objetivo da pesquisa realizada foi fazer uma releitura da Inconfidência Mineira com uma perspectiva de abordar as idéias de governo e leis no interior do movimento e a penetração das leituras sediciosas entre os sublevados. Pensando os referidos conceitos procurou-se localizar os possíveis projetos de bom governo para a capitania de Minas Gerais em oposição aos projetos que foram ordenados por Martinho de Mello e Castro em suas instruções de 1798 para o governador das Minas em 1789, Visconde de Barbacena.
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2004-08 Os Braços da (Des)Ordem: Indisciplina militar na Província do Grão-Pará (meados do século XIX).TítuloOs Braços da (Des)Ordem: Indisciplina militar na Província do Grão-Pará (meados do século XIX).Autor
Carlos Augusto de Castro BastosOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2004-08-20Nivel
MestradoPáginas
270Volumes
1Banca de DefesaGizlene NederGladys Sabina RibeiroHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMarcos Luiz Bretas
ResumoEste trabalho trata da constituição de tropas de 1ª linha e das ações de indisciplina envolvendo soldados na Província do Grão-Pará em meados do século XIX. O recorte cronológico inicial corresponde ao ano de 1836, quando as forças legais intensificam a repressão aos rebeldes da Cabanagem, instituindo a Guarda Policial de 1ª linha da Província. O recorte final refere-se ao início da década de 1850, momento de reinstalação da Guarda Nacional no Grão-Pará. Na sociedade paraense, a formação dessas tropas de 1ª linha visava grantir a ordem social que se buscava construir no Império naquele momento. No entanto, tal política afetava o cotidiano da população livre pobre local, o que ocasionava um aforte oposição ao serviço militar. Além disso, as leituras políticas que muitos recrutados tinham do papel dessas tropas eram divergentes das visões das autoridades, não considerando a Guarda Policial como uma instituição legítima ou mesmo se posicionando contra a ordem que se tentava estabelecer no período. Com base em tais constatações, são analisadas as ações de indisciplina praticadas por soldados, como deserções, protestos e motins. A documentação utilizada consiste principalmente em ofícios das autoridades militares, documentos impressos, relatos de viajantes e autos e processos crimes.